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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Métodos e técnicas como princípio de investigação científica


Lúcia Nunes José - 708234104

Curso: Licenciatura em Ensino Geografia


Disciplina: MIC
Ano de Frequência: 1o ano

Pemba, Maio de 2023


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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 3.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria:
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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Índice

1. Introdução................................................................................................................. 3
1.1. Objectivo Geral...................................................................................................... 3

1.2. Objectivos específicos............................................................................................ 3

1.3. Metodologia........................................................................................................... 3

2. Métodos e técnicas como princípio de investigação científica.................................... 4

2.2. Tipos de conhecimentos ......................................................................................... 4

2.2.1. Conhecimento Filosófico..................................................................................... 4

2.2.2. Conhecimento Popular ou do Senso Comum ....................................................... 4

2.2.3. Conhecimento Científico..................................................................................... 4

2.3. Diferença Entre Análise Textual, Análise Temática e Análise Interpretativa........... 5

2.3.1. Análise Textual ................................................................................................... 5

2.3.2. Análise Temática................................................................................................. 5

2.3.3. Análise Interpretativa .......................................................................................... 5

2.4. Método Qualitativo, Quantitativo e Princípios de Investigação ............................... 6

2.5. Citação Direta, Citação Indirecta e Citação de Citação ........................................... 8

2.5.1. Citação direta ...................................................................................................... 8

2.5.2. Citação Indirecta ................................................................................................. 8

2.6. Princípios da Ética e Sua Importância Numa Investigação Científica...................... 9

2.6.1. Princípios Gerais ................................................................................................. 9

2.6.1.1. Responsabilidade.............................................................................................. 9

2.6.1.2. Honestidade...................................................................................................... 9

2.6.1.3.Fiabilidade e rigor ............................................................................................. 9

2.6.1.4. Objectividade ................................................................................................... 9

2.6.1.5. Integridade ....................................................................................................... 9

Conclusão ................................................................................................................... 10

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Introdução

O método científico refere-se a um conjunto de regras básicas dos procedimentos que


produzem o conhecimento científico, quer um novo conhecimento, quer uma correcção
(evolução) ou um aumento na área de incidência de conhecimentos anteriormente
existentes. Na maioria das disciplinas científicas consiste em juntar
evidências empíricas verificáveis baseadas na observação sistemática e controlada,
geralmente resultantes de experiências ou pesquisa de campo e analisá-las com o uso da
lógica. Para muitos autores, o método científico nada mais é do que a lógica aplicada
à ciência.

1.1. Objectivo Geral

 Compreender os métodos e técnicas como princípio de investigação científica.

1.2. Objectivos específicos

 Mencionar os tipos de conhecimentos na perspectiva de vários autores;


 Distinguir a análise textual, temática e interpretativa;
 Descrever os princípios da ética e sua importância numa investigação científica.

1.3. Metodologia

Para se materializar o trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica, com este tipo de


metodologia focou-se na leitura da documentação primária referente ao assunto em
destaque.

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2. Métodos e técnicas como princípio de investigação científica

2.2. Tipos de conhecimentos

2.2.1. Conhecimento Filosófico


Na visão de Matallo (1989), os gregos foram os primeiros a criar condições para uma
sistematização do conhecimento. Essa sistematização só foi possível devido à separação
de classes (homens livres cabeça trabalho intelectual e; escravos mãos trabalho braçal).

O comércio (que colocou a Grécia em contacto com outros povos além mar) e a moeda
(um símbolo aceito como padrão para substituir o escambo) foram alguns dos factores
que alargaram os horizontes dos gregos, permitindo ampliar também os horizontes do
pensamento. Os primeiros pensadores gregos, ao tomar contacto com estrangeiros,
verificavam que eram homens como eles. Ao perguntarem sobre monstros marítimos
e/ou lendários, começaram a perceber que esses não existiam, ou se existiam, não
podiam ser comprovados, ganhando assim, o status de lenda. Essa busca da verdade
levou ao questionamento dos mitos. A indagação em busca da verdade levou ao
nascimento da filosofia (Chauí, 2005).

2.2.2. Conhecimento Popular ou do Senso Comum


É um conhecimento que existe desde a época dos homens das cavernas. É um
conhecimento passado de geração em geração, e que, de certa forma, deu origem a
todos os outros tipos de conhecimento. A grande maioria dos fatos do nosso cotidiano
actual tiveram origem no senso comum, e muitas vezes, por mero acaso (Chassot,
2004).

2.2.3. Conhecimento Científico


De acordo com Matallo (1989), o conhecimento científico começa a partir do momento
em que as explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no mundo do
método da ciência (eu sei que). O senso comum é um conjunto de informações não
sistematizadas, fragmentadas. A partir do momento em que essas informações começam
a ser justificadas por meio de argumentos aceitáveis, o senso comum começa a evoluir
em direcção à ciência. Em outras palavras, o senso comum trabalha com o juízo de
valor, com o subjectivo. Assim, não há como determinar se uma opinião é boa ou má,

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verdadeira ou falsa. O desenvolvimento científico leva esses comportamentos informais
a um formalismo, um padrão aceitável pela maioria como verdade.

2.3. Diferença Entre Análise Textual, Análise Temática e Análise Interpretativa


Severino (2007) oferece um excelente roteiro para favorecer o estudo de textos.
Apresento, a seguir, as etapas apontadas pelo referido autor (análise textual, análise
temática e análise interpretativa).

2.3.1. Análise Textual


Finalidade
É a primeira forma de aproximação do leitor com o texto, por meio do qual o
pensamento do autor será conhecido. Visa preparar para a análise temática (etapa
subsequente).

2.3.2. Análise Temática


Finalidade
Compreensão profunda do texto: não cabe aqui ainda a interpretação, mas a apreensão.
Nessa etapa o leitor não discute o texto, não debate seus conceitos ou idéias, somente
interroga-o e aguarda resposta = Escutar + descoberta e reflexão.

A idéia central do texto é o elemento a ser descoberto pelo leitor nessa etapa. Ela é a
diretriz do trabalho do autor. Para descobrir a idéia central, deve-se perguntar: do que
trata o texto? O que mantém sua unidade global?

2.3.3. Análise Interpretativa


Finalidade
Nas etapas anteriores o leitor foi ouvinte. Nessa etapa, ele cuidará da interpretação do
texto, inferindo e interpretando o que apreciou.

O que é interpretar?
"(...) é tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas, é superar a estrita
mensagem do texto, é ler na entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar a

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fecundidade das idéias expostas, é cotejá-las com outros, é dialogar com o autor (...)
(Severino, 2007, p.94).

2.4. Método Qualitativo, Quantitativo e Princípios de Investigação


Para Gressler (2003), concepções filosóficas e epistemológicas diferentes sustentam
paradigmas metodológicos diferentes. Tomando-se uma classificação bem ampla,
poder-se-ia dizer segundo o autor, que existem duas grandes abordagens: a quantitativa
e a qualitativa.

Abordagem quantitativa: caracteriza-se pela formulação de hipóteses, definições


operacionais de variáveis, quantificação nas modalidades de colecta de dados e de
informações, e utilização de tratamentos estatísticos. O modelo quantitativo estabelece
hipóteses que exigem uma relação entre causa e efeito e apoia suas conclusões em dados
estatísticos, comprovações e testes. Os critérios de cientificidade são a verificação, a
demonstração, os testes e a lógica matemática.

Abordagem qualitativa: difere da abordagem quantitativa na medida em que não


emprega instrumentos estatísticos como base para a análise. Essa abordagem é utilizada
quando se busca descrever a complexidade de determinado problema não envolvendo
manipulação de variáveis ou estudos experimentais. Ela contrapõe-se à abordagem
quantitativa, uma vez que busca levar em consideração todos os componentes de uma
situação e suas interacções e influências recíprocas, numa visão holística.

Segundo Richardson (1999), os métodos quantitativos são criticáveis. As principais


críticas são as seguintes:
 Relacionam-se a uma concepção positivista, que insiste na aplicação de modelos
das ciências naturais às ciências sociais;
 Derivam de uma redução da ciência ao campo do observável e à separação entre
fatos e contextos;
 Eles indicam uma ênfase exagerada no dado e sua “reificação” (objectização);
 Pressupõem uma ciência livre de valores. Por meio de métodos quantitativos, o
positivismo tenta eliminar avaliações políticas, morais ou ideológicas;
 As ciências naturais vêem o mundo como objecto que deve ser controlado
tecnologicamente pelo ser humano, mas isto não se aplica às ciências sociais.

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De acordo com Senra (1989) a medida, quando supervalorizada em si mesma, conduz
inexoravelmente à sua ficção; com ela não se alcançaria a “essência da realidade”,
apenas uma imagem dela. Há domínios quantificáveis e outros qualificáveis.

De acordo com Richardson (1999), podemos afirmar que as investigações que se voltam
para uma análise qualitativa têm como objecto de estudo situações complexas ou
bastante particulares (como é o caso do objecto de estudo deste trabalho). Estudos que
empregam a metodologia qualitativa podem descrever melhor a complexidade dos
problemas. Entretanto, haverá sempre possibilidades de aporte do potencial do método
quantitativo ao método qualitativo. Em nosso caso, a ênfase é dada no método de
análise qualitativo, pois devemos analisar um problema de grande complexidade

Segundo Nielsen (2004), existem dois tipos principais de pesquisas com usuários: a
pesquisa quantitativa (estatísticas) e a pesquisa qualitativa (insights).

A pesquisa qualitativa apresenta melhores resultados. Além disso, estudos quantitativos


são reducionistas demais para serem úteis e podem gerar interpretações enganosas. O
benefício dos estudos quantitativos seria que eles reduzem uma situação complexa a um
número fácil de ser compreendido e discutido.

Entretanto, é um erro acreditar que a pesquisa estatística seria de algum modo mais
científica ou crível do que os insights de ensaios observacionais qualitativos. A pesquisa
em usabilidade de interfaces não é a mesma coisa que a ciência médica; os estudos
etnográficos seriam a sua analogia mais próxima no campo das ciências tradicionais. Os
estudos sobre interfaces e usabilidade são conceituais e dependem da compreensão
sobre o comportamento humano.

Questões que são tão específicas, a ponto de uma fórmula estatística poder resumi-las,
são irrelevantes para o Design de interfaces. O emprego de estatísticas pode levar a
análises simplistas, resultados aleatórios ou mensurações distorcidas, afirmou

Nielsen (2004). Quanto ao tamanho da amostra de participantes, o autor afirma que


pequenos e rápidos estudos com usuários são superiores aos estudos amplos e que testar
aproximadamente cinco usuários seria o suficiente. Actualmente, a maioria das pessoas

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que aplicam testes com os usuários concordam com esta proposição sobre o número de
participantes: cinco usuários é o suficiente.

2.5. Citação Direta, Citação Indirecta e Citação de Citação


Citação é a “menção de uma informação extraída de outra fonte” (ABNT, 2002b, p. 1).
As citações podem ser:
a) Citação directa: transcrição textual de parte da obra do autor consultado;
b) Citação indirecta: transcrição livre, baseado na obra do autor consultado;
c) Citação de citação: é uma citação direta ou indirecta de um texto do qual não se
teve acesso ao original.

A citação no texto é feita pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável e pelo
título da matéria.

2.5.1. Citação direta


É a cópia literal de um trecho. As transcrições de até três linhas devem estar contidas
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar uma citação no interior
da citação (ABNT, 2002).

O ideal é sempre procurar a obra original, sem precisar utilizar deste tipo de citação,
mas quando isso não é possível, faz-se a “citação de citação”. (ABNT, 2001)

2.5.2. Citação Indirecta


Transcrição de conceitos do autor consultado, porém descritos com as próprias palavras
do redator. Na citação indirecta o autor tem liberdade para escrever com suas palavras
as idéias do autor consultado (Alvarenga e Rosa, 2001).

2.5.3. Citação de Citação


É a transcrição direta ou indirecta de uma obra ao qual não se teve acesso. Nesse caso,
emprega-se a expressão latina "apud" (junto à), ou o equivalente em português "citado
por", para identificar a fonte secundária que foi efectivamente consultada (Marconi e
Lakatos, 2007).

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2.6. Princípios da Ética e Sua Importância Numa Investigação Científica

2.6.1. Princípios Gerais

2.6.1.1. Responsabilidade
Responsabilidade em relação ao impacto da investigação: nos/as participantes,
respeitando a autodeterminação e tomando medidas para minimizar quaisquer riscos
para a saúde e bem-estar físico e/ou psicológico; na sociedade, privilegiando actividades
com elevado potencial de relevância social e científica; e no ambiente, minimizando
impactos nocivos e promovendo a gestão sustentável dos recursos disponíveis (WMA).

2.6.1.2. Honestidade
Honestidade em relação ao processo de investigação, assegurando a transparência e
veracidade dos procedimentos, dos dados, dos resultados, das interpretações e de
eventuais implicações, reconhecendo os contributos de terceiros, e não utilizando nem
ocultando más práticas de investigação (D'Angelo, 2012).

2.6.1.3.Fiabilidade e rigor
Fiabilidade e rigor ao realizar actividades de investigação, agindo de forma meticulosa,
cuidadosa e com atenção aos detalhes; e na comunicação de resultados, reportando-os
de forma correta, integral e imparcial (D'Angelo, 2012).

2.6.1.4. Objectividade
Objectividade nas interpretações e conclusões, ancorando-as em dados e evidências
disponibilizáveis e comprováveis, obtidas através de procedimentos replicáveis.

2.6.1.5. Integridade
Integridade na identificação e manifestação de conflitos de interesse, reais e/ou
potenciais, e no cumprimento de todos os requisitos éticos e legais em relação à
respetiva área de investigação (Danis, 2012).

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Conclusão

Após a pesquisa do trabalho, pode-se então verificar que o método científico é um


conjunto de regras para a obtenção do conhecimento durante a investigação científica.

É pelas etapas seguidas que se cria um padrão no desenvolvimento da pesquisa e o


pesquisador formula uma teoria para o fenómeno observado. A teoria científica é
considerada fiável quando a correta aplicação do método científico faz com que ela seja
repetida indefinidamente, conferindo confiabilidade aos resultados.

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Referências Bibliográficas
Alvarenga, M. A. F. P.; Rosa, M. V. F. P. C. (2001). Apontamentos de metodologia
para a ciência e técnicas de redação científica (monografias, dissertações e
teses): de acordo com a ABNT 2000. 2.ed. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris.

ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. (2002). Normas ABNT


sobre documentação. Rio de Janeiro: ABNT.

Chassot, Attico. (2004). A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna.

Chauí, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2005

D'Angelo, J. (2012). Ethics in Science: Ethical misconduct in scientific research.


London: CRC Press.

Danis, M., Largent, E., Grady, C., Hull, S. C., & Wendler, D. (2012). Research ethics
consultation: a casebook. New York: Oxford University Press.

Gressler, Lori Alice. (2003). Introdução à pesquisa: projectos e relatórios. São Paulo:
Loyola.

Marconi, M. de A.; Lakatos, E. M. (2007). Fundamentos de metodologia científica.


6.ed. São Paulo: Atlas,.

Matallo, Júnior, Heitor. (1989). A problemática do conhecimento. In: CARVALHO,


Maria Cecília Maringoni de (Org.). 2. ed. Campinas, SP: Papirus.

Nielsen, Jakob. Risks of quantitative studies. Disponível em: Acesso em: 22 de Maio de
2023.

Richardson, Roberto J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.

Senra, Nelson de Castro. (1989). O cotidiano da pesquisa. São Paulo: Ática.

Severino, Antônio Joaquim. (2007). Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São
Paulo: Cortez.

World Medical Association (2008). Declaration of Helsinki - Ethical principles for


medical research involving human subjects.

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