Você está na página 1de 9

0

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Disciplina de Botânica Sistemática

Sistemas de Classificação Botânica

Discente: Serafina Patrício Mualabo Código: 91230203

Pemba, Março de 2024


1

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Disciplina de Botânica Sistemática

Sistemas de Classificação Botânica

Discente: Serafina Patrício Mualabo Código: 91230203

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Biologia do
ISCED, 2º Ano no Módulo de Botânica
Sistemática sob orientação do tutor:

Pemba, Março de 2024


2

Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3

Objectivos .................................................................................................................................. 3

Metodologia ............................................................................................................................... 3

1. História da Classificação Botânica: ....................................................................................... 4

2. Formas de Classificação Botânica ......................................................................................... 4

2.1. Classificação Artificial: ...................................................................................................... 4

2.2. Classificação Natural .......................................................................................................... 4

2.3 Classificação Filogenética ................................................................................................... 5

2.4. Sistemas sintéticos .............................................................................................................. 5

Conclusão................................................................................................................................... 7

Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 8


3

Introdução
Os sistemas de classificação botânica são estruturas organizadas que agrupam e
organizam as plantas com base em suas características morfológicas, fisiológicas, genéticas e
evolutivas. Esses sistemas são essenciais para facilitar o estudo e a compreensão da
diversidade vegetal, permitindo que os botânicos e outros profissionais relacionados
classifiquem as plantas de maneira sistemática e hierárquica. A classificação botânica é uma
parte essencial da botânica e da taxonomia, fornecendo uma estrutura para organizar e
compreender a diversidade de plantas que habitam nosso planeta.

Objectivos
Geral:
 Descrever os sistemas de classificação Botânica.

Específicos:
 Identificar as formas de classificação botânica;
 Explicar as formas de classificação botânica;

Metodologia
A metodologia usada para a elaboração do presente trabalho foi com base na pesquisa
documental e consulta de forma censurada e sucinta de algumas obras que abordam sobre o
assunto. Quanto a estrutura o trabalho é regido de regras da ISCED, medidas vigentes tais
como: introdução, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas que esta presente
no final do trabalho.
4

1. História da Classificação Botânica:


Os primeiros sistemas de classificação botânica datam da Grécia Antiga, com filósofos como
Teofrasto e Aristóteles. Ao longo dos séculos, diversos outros sistemas foram propostos, cada
um com suas vantagens e desvantagens.

A classificação botânica é a ferramenta fundamental para organizar e compreender a incrível


variedade de plantas que existe no planeta. Através de critérios específicos, as plantas são
agrupadas em categorias, facilitando o estudo e a identificação de cada espécie (Strasburger,
1986).

2. Formas de Classificação Botânica


2.1. Classificação Artificial:
Uma classificação artificial é aquela baseada em uma característica seleccionada
arbitrariamente. Em 1735, por exemplo, Lineu baseava boa parte de sua classificação no
número de estames por flor, estabelecendo 24 classes, naquele que ficou conhecido como
Sistema Sexual de Classificação. Em contraposição, a classificação natural, inaugurada na
botânica por Jussieu (Stevens 1997), agrupa os organismos de acordo com a semelhança
geral. Um arranjo é tanto mais natural quanto maior o número de atributos correlacionados
ele inclui (Giulmour 1937) e, portanto, maior é o seu poder de predição (Cronquist, A. 1988).

Dahlgren (1989) aponta que: Lineu agrupou as plantas em classes, ordens, géneros e espécies,
classificando-as de acordo com características visíveis a olho nu e sem levar em consideração
suas relações evolutivas ou filogenéticas. Embora esse sistema tenha sido amplamente
utilizado no passado devido à sua simplicidade e praticidade, hoje é considerado limitado e
insuficiente para representar a verdadeira diversidade e relacionamentos evolutivos entre as
plantas.

2.2. Classificação Natural


O sistema de Engler e Prantl é um exemplo de sistema de classificação botânica baseado em
critérios filogenéticos, ou seja, nas relações evolutivas entre as plantas. Desenvolvido por
Adolf Engler e Karl Prantl, esse sistema agrupa as plantas com base em suas características
anatómicas, fisiológicas e genéticas compartilhadas, reflectindo sua história evolutiva
comum. Diferentemente do sistema de Lineu, o sistema de Engler e Prantl reconhece a
importância das relações filogenéticas na classificação das plantas e busca representar essas
relações por meio de uma hierarquia taxonómica que reflecte a história evolutiva das plantas
(Takhtajan, 1997).
5

2.3 Classificação Filogenética


A classificação filogenética é um sistema de organização taxonómica que busca agrupar
organismos com base em suas relações evolutivas, representando a história evolutiva
compartilhada entre eles. Diferentemente de sistemas de classificação mais antigos, que se
baseavam principalmente em características morfológicas visíveis, a classificação
filogenética utiliza evidências moleculares, anatómicas, fisiológicas e genéticas para
determinar os padrões de parentesco entre os organismos (Lobo & Mucaca 2015).

Lobo & Mucaca (2015) salientam que: a classificação filogenética é fundamentada em alguns
princípios básicos:
1º. Parentesco Evolutivo Comum: A classificação filogenética parte do pressuposto de
que organismos que compartilham um ancestral comum mais recente estão mais
intimamente relacionados entre si do que com organismos que compartilham um
ancestral mais distante. Essa abordagem reflecte a árvore da vida e as ramificações
que ocorrem ao longo do tempo evolutivo.
2º. Análise de Características Derivadas: A classificação filogenética considera
características derivadas, ou apomorfias, que são características compartilhadas por
um grupo de organismos, mas que não estavam presentes no ancestral comum mais
distante. Essas características são úteis para determinar agrupamentos mais
específicos e relacionamentos evolutivos mais próximos.
3º. Construção de Árvores Filogenéticas: Uma das principais ferramentas da
classificação filogenética é a construção de árvores filogenéticas, também conhecidas
como cladogramas ou árvores evolutivas. Essas representações gráficas mostram as
relações de parentesco entre os organismos, destacando os agrupamentos filogenéticos
e as características compartilhadas que suportam esses agrupamentos.

2.4. Sistemas sintéticos


Actualmente, o sistema de classificação adoptado busca validar suas classificações e
descobertas através de várias disciplinas, como citogenética, microanatomia, fitoquímica,
entre outras. No entanto, ainda há um certo grau de subjectivismo envolvido. O acúmulo de
dados proporcionado pelas novas técnicas de investigação às vezes é difícil de organizar, e é
por isso que muitos recorrem a técnicas como a Taxonomia Numérica (Lobo & Mucaca
2015).
6

Ela ajuda a agrupar organismos com base em características semelhantes, tornando mais fácil
a organização e interpretação dos dados taxonómicos. Essa técnica pode ajudar a reduzir o
subjectivismo na classificação, fornecendo uma base mais objectiva para a identificação e
categorização de espécies (Strasburger, 1986).
7

Conclusão
De forma resumida, os sistemas de classificação botânica desempenham um papel
fundamental na organização e compreensão da diversidade vegetal. Enquanto os sistemas de
classificação artificial, como o de Lineu, são baseados em características morfológicas
visíveis, os sistemas de classificação natural, como o de Engler e Prantl, buscam representar
as relações evolutivas entre as plantas. Ambos os sistemas têm suas vantagens e limitações, e
a escolha entre eles depende dos objectivos específicos da análise taxonómica.
8

Referências Bibliográficas

Lobo Felisberto & Mucaca Cornélio (2015), Botânica Sistemática. Universidade Pedagógica.
Maputo.
Strasburger, Eduard. (1986), Botânica. 7ª Edição Espanhola. Barcelona.

Cronquist, A. (1988). The evolution and classifi cation of fl owering plants. 2.ed. New York
Botanical Garden.

Dahlgren, G. (1989). The last Dahlgrenogram System of classifi cation os the dicotiledons. In
Plant taxonomy, phytogeography, and related subjects, K.Tan (ed.), 249-250.
Edinburgh University Press, London.

Takhtajan, AL. (1997). Diversity and classifi cation of fl owering plants. New York:
Columbia University Press

Você também pode gostar