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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA DE ENSINO DE BIOLOGIA

Módulo: Zoologia Geral

Tema:

REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA.

Estudante
Salomão Shitungulo Jorge - 91231125

Centro de Recursos de Pemba


Pemba

2023
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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA DE ENSINO DE BIOLOGIA

Módulo: Zoologia Geral

Tema:

REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA.

Trabalho do campo da cadeira de Zoologia


Geral, a ser apresentado na faculdade de
ciências de Educação com requisito de
avaliação parcial.

Estudante
Salomão Shitungulo Jorge - 91231125

Centro de Recursos de Pemba


Pemba

2023
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Índice

Introdução..........................................................................................................................4

1.Contextualização da Zoologia........................................................................................5

1.2.Nomenclatura..............................................................................................................5

1.3.Nomenclatura zoológica..............................................................................................5

1.4.A importância da nomenclatura...................................................................................6

2.Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica........................................................6

2.1. Principais regras do código........................................................................................7

2.2.Algumas regram mais utilizadas da nomenclatura zoológica.....................................8

Conclusão..........................................................................................................................9

Referencias Bibliográficas...............................................................................................10
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Introdução

O trabalho que esta diante de si, faz menção sobre Regras Internacionais de
Nomenclatura Zoológica. De salientar que a zoologia é uma disciplina dentro do
campo da Biologia Comparada (ciência da diversidade). A biologia comparada tem três
elementos: (1) a descrição dos organismos, suas similaridades e diferenças; (2) a
história dos organismos no tempo e (3) a história da distribuição espacial dos
organismos no tempo. Neste caso a classificação Biológica é o agrupamento dos
organismos vivos com base na descrição de suas características e similaridades
encontradas. Basicamente é composta pelo primeiro elemento da biologia comparada.
Com o surgimento das escolas evolutivas, a classificação incorpora a história dos
organismos no tempo (filogenia).

Objectivos

Objectivo Geral:

 Compreender Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica;

Objectivos Específicos:

 Identificar Regras internacionais de nomenclatura zoológica;


 Descrever as regras internacionais de nomenclatura zoológica;
 Exemplificar as regras de nomenclatura.

Metodologia

Para a fundamentação deste trabalho usou-se a revisão de literatura, que consiste em


consultar várias bibliografias disponíveis no plano analítico e outros não inclusos mas
que aborda o tema, e por fim usou-se a internet que é o meio mais usado na actualidade.
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1. Contextualização da Zoologia

De ante mão nos torna imperioso mergulharmos dentro da biologia para posteriormente
trazermos o conceito do módulo que é a zoologia, que servirá como uma luz no que
tange ao percurso epistemológico.

De acordo com Martins (1983). define a zoologia como uma disciplina que esta dentro
do campo da Biologia Comparada (ciência da diversidade). A biologia comparada tem
três elementos: (1) a descrição dos organismos, suas similaridades e diferenças; (2) a
história dos organismos no tempo e (3) a história da distribuição espacial dos
organismos no tempo.

1.2. Nomenclatura

Nomenclatura é o sistema organizado de nomes dados aos organismos biológicos bem


como dos princípios que presidem a essa categorização. O termo vem do
latim nomen (nome) e calare (chamar), o que literalmente significa “chamar pelo
nome”. Através da nomenclatura impõem-se uma série de regras que facilitam a
atribuição de nomes aos organismos permitindo a comunicação entre os cientistas.

O nome de uma espécie é composto por duas partes, o nome genérico e o nome
específico, também conhecido como epíteto específico. No escorpião-amarelo
Tityus serrulatus, por exemplo, o nome genérico é Tityus, o epíteto específico é
serrulatus e o nome da espécie é Tityus serrulatus. A esse nome geralmente
atribuímos a alcunha de nome científico, o que na verdade é uma designação
bastante vaga, já que vários outros nomes usados em ciências também podem
ser considerados nomes científicos (por exemplo: aldeído, polimerase,
fototropismo). Uma definição mais precisa seria “nomes científicos latinizados
de espécies biológicas”. Por conveniência, no entanto, continuaremos a referir a
tais nomes como nomes científicos (AMORIM, 1994).
Neste caso é imperioso salientarmos que geralmente designa-se nomenclatura como
conjunto de regras e recomendações que regulamentam a formação de nomes científicos
de urbanismos.

1.3. Nomenclatura zoológica

Segundo Amorim (1994.p.23), defende que podemos definir a nomenclatura zoológica


como:

“a aplicação de nomes distintos para cada um dos grupos reconhecidos em uma


dada classificação zoológica”. O objectivo principal da nomenclatura zoológica
é que cada entidade reconhecida pelos taxonomistas seja reconhecida apenas
por um nome, e que esse nome seja exclusivo desse táxon. Em outras palavras,
tenta se eliminar sinónimos (nomes diferentes para a mesma entidade) e
homónimos (nomes iguais para entidades diferentes) (AMORIM 1994.p.23).
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Portanto, arrisca-se dizendo que a finalidade da nomenclatura é promover nome para os


táxons (= populações ou grupo de populações suficientemente distintas para ser
distinguido por um nome e ser classificado em uma categoria definida), a fim de
permitir a comunicação entre os profissionais de diferentes lugares do mundo. O nome
científico é uma chave para a documentação passada sobre cada um dos táxons e da
ligação entre todos os passos do conhecimento e do trabalho científico - é a pedra
angular do entendimento (IBIDEM).

1.4. A importância da nomenclatura

A comunicação entre os diversos campos da ciência biológica se dá principalmente pelo


nome científico das espécies estudadas.

No entanto, Araújo (2013), nos mostra o seguinte exemplo:

Num estudo interdisciplinar em que existe a cooperação de profissionais de


diversas áreas da biologia, um ecólogo poderá fazer o levantamento da fauna de
determinada região, um geneticista fará a caracterização do cariótipo daquela
fauna, um morfologista descreverá as características morfológicas, e, assim por
diante. Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por
toda a comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e
catalogada, ficaria difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia
(2013).

Portanto, é pertinente ressaltarmos que quem dita tais regras é o código de nomenclatura
zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que possam causar confusão ou
ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes científicos, fazendo com que
estes sejam reconhecidos por cientistas de qualquer nacionalidade.

2. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica

Depois de termos feito uma explanação categórica sobre a nomenclatura, zoologia e sua
importância, agora iremos abordar as regras.

De acordo com Souza (2013.p.45) as regras de nomenclatura zoológica são um conjunto


de normas e recomendações, que governam a criação dos nomes científicos. Visam à
estabilidade dos nomes científicos. Nesta óptica, é recomendado que: (1) um
determinado tipo de organismo tenha somente um nome correcto; (2) dois tipos
diferentes de organismos não possuam o mesmo nome.
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As excepções são sempre propostas ao Comité de Nomenclatura Zoológica.

Há um código de nomenclatura zoológica baseado na 10a edição do Systema


Naturae). A moderna nomenclatura zoológica teve início em 1901 no 1o
Congresso Internacional de Nomenclatura Zoológica com a criação do Código
Internacional de Nomenclatura Zoológica (“International Code of Zoologiacal
Nomenclature – I. C. Z. N.”). A adesão ao código é estritamente voluntária e a
grande maioria dos sistematas tem aderido a ele em nome da estabilidade e
universalidade da nomenclatura (FERREIRA.S/d).

A Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica é a entidade que mantêm e


regula o Código, sendo também a responsável por promover as alterações pertinentes,
quando necessárias. Tem por objectivo promover a estabilidade e universalidade dos
nomes científicos dos animais, além de garantir que cada nome seja único e distinto
(IBIDEM).

Portanto, levando em consideração das duas citações acima supracitadas, é imperioso


debruçar que desde a sua adaptação em 1958, o Código Internacional de Nomenclatura
Zoológica é um sistema de regras que determina a maneira correcta de compor e aplicar
nomes zoológicos.

2.1. Principais regras do código

Segundo Ferreira (s/d), os nomes dos táxons podem ser (a) uninominais, (b) binominais,
(c) trinomiais e (d) tetranominais.

 Quanto a Uninomiais - Todos os táxons de escalão superior ao grupo da espécie


consistem de uma palavra (uninominal) e com a inicial maiúscula ex:
Lepidoptera (nome de uma Ordem de insectos). Se o nome do táxon é um
género, uninomial, é escrito com inicial maiúscula e grifado;
 Quanto a Binomiais - Usados para designar táxons da categoria espécie.
Consiste no nome do género no qual a espécie está classificada seguido do nome
específico. O nome da espécie é grifado e não pode ser acentuado;
 Quanto a Trinomiais - Quando há um subgénero ou uma subespécie. O nome da
subdivisão deve ser escrito entre parênteses e todos devem ser grifados;
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 Quanto a Tetranomiais - Quando um nome contém quatro termos: género,


subgénero, espécie e subespécie. As subdivisões devem ser escritas entre
parênteses e todos os nomes devem ser grifados.

2.2. Algumas regram mais utilizadas da nomenclatura zoológica

Como forma de ilustráramos algumas regras mais utilizadas deste epilogo, nos torna
imperioso invocarmos um dos grandes autores desta área (Neves, 2002.26), ele nos
amostra as seguintes regras:

Nomes científicos são latinos ou latinizados;


Lei da homonímia;
Lei da prioridade ou sinonímia;
Tipos;
Tipificação dos nomes científicos;
Sufixos indicativos da categoria taxonómica;
Hierarquia lineana;
Nome da categoria da espécie;
Nome da categoria de subgénero;
Nome da categoria da subespécie;
Nome do autor de um táxon;
Mudança de Género;
Tautonímia;
Espécie;
Subespécie.

Outros aspectos a serem considerados são:

 A nomenclatura zoológica é independente da nomenclatura botânica ou outras;

 O nome da espécie é binominal e o da subespécie é trinomial. O primeiro nome


é indicativo do género; o segundo, da espécie e o terceiro, da subespécie;

 O subgénero quando citado, é colocado entre o género e a espécie e entre


parênteses;

 O nome do autor não faz parte do nome de um táxon e sua citação é opcional.
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Conclusão

Chegando ao fim deste epílogo, é pertinente salientarmos que actualmente existem seis
principais códigos de nomenclatura biológica: o Código Internacional de Nomenclatura
de algas, fungos e plantas, o Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias, o
Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas, o Código Internacional de
Nomenclatura Fitossociológica, o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica e o
Comité Internacional de Taxonomia de Vírus.

Portanto, a função desses códigos é providenciar um conjunto de regras que governam a


nomenclatura formal dos grupos de organismos compreendidos por eles. Além de
possuir um conjunto de regras dizendo o que é e o que não é permitido na nomenclatura
de cada um dos grupos citados acima, cada código possui um comité internacional que
pode julgar e decidir arbitrariamente casos ambíguos ou de difícil resolução.
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Referencias Bibliográficas

Araújo, A.P. (2013). Noções de Taxonomia e Classificação: Introdução à Zoologia. São


Paulo.

Amorim D. de S. (1994). Elementos básicos de sistemática filogenética.

São Paulo: Sociedade Brasileira de Entomológica.

Ferreira, C. (s/d).Taxonomia e Nomenclatura Zoológica. Todo Estudo. Disponível em:


https://www.todoestudo.com.br/biologia/taxonomia-e-nomenclatura-zoologica. Acesso
em: 07 de Setembro de 2023.

Martins, U. R.. (1983). A nomenclatura zoológica. Fundamentos Práticos de taxonomia


zoológica: colecções bibliografia, nomenclatura. Belém.

Neves, D.P. (2002). Parasitologia Humana, 10ª ed., Editora Atheneu, Rio de Janeiro.

Souza, L. (2013). Nomenclatura Zoológica. Disponível em:


<http://zoologia.forumeiros.com/ nomenclatura-zoologica>. Acesso em: 07 de Setembro
de 2023.

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