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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA

Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica

Clara Henriques, 91230062


:

Pemba, Setembro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA

Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica

Trabalho de Campo da disciplina de Zoologia


Clara Henriques, 91230062 Geral a ser submetido na Coordenação do Curso
de Licenciatura em Ensino de Biologia do 1º ano,
Turma: D da UnISCED, leccionado pelo
docente:

Tutor: Ernesto José Adelino

Pemba, Setembro de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 5

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 5

2. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica ............................................................ 6

2.1. Conceito ........................................................................................................................... 6

2.2. Código Internacional de Nomenclatura Zoológica .......................................................... 6

2.3. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica ......................................................... 6

2.4. Princípio do Primeiro Nome Válido ................................................................................ 7

2.4.1. Princípio da Prioridade ................................................................................................ 7

2.5. Principais Regras de Nomenclatura Zoológica ............................................................... 7

2.5.1. Descrição das Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica .............................. 8

Nome Genérico e Específico ...................................................................................................... 8

2.5.2. Nomes de Subespécies e Variedades ........................................................................... 8

2.6. A Importância da nomenclatura Zoológica ..................................................................... 9

3. Conclusão .......................................................................................................................... 10

4. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 11


1. Introdução
Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica. As Regras Internacionais de
Nomenclatura Zoológica desempenham um papel fundamental na organização e na
comunicação do vasto mundo dos seres vivos. A taxonomia e a sistemática são pilares da
biologia, e a padronização dos nomes científicos dos animais é essencial para a compreensão
e o intercâmbio de conhecimento na comunidade científica. Esta seção introdutória explora a
importância dessas regras, destacando seu papel na construção de uma linguagem universal e
precisa para a identificação e classificação dos seres vivos.

A Zoologia é a área da Biologia que estuda a vida animal. Os animais originaram-se há cerca
de 600 milhões de anos e compõem um dos ramos da árvore evolutiva da vida. Eles estão
inclusos em uma ramificação ainda maior, conhecida como eucariotos, organismos cujas
células possuem seu material genético isolado do resto da célula por um envoltório nuclear.
1.1. Objectivos
Objectivo Geral

Compreender as Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica, investigando sua


relevância e aplicação na taxonomia animal.

Objectivos Específicos

 Identificar Regras internacionais de nomenclatura zoológica;


 Descrever as regras internacionais de nomenclatura zoológica;
 Exemplificar as regras de nomenclatura.

1.2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho baseou-se nas seguintes linhas Metodológicas: Consultas
Bibliográficas; Leitura de páginas de internet; Análise dos conteúdos e a sua respectiva
selecção; Compilação dos dados; e o trabalho esta estruturado da seguinte maneira:
Introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia
2. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica

2.1. Conceito
Segundo (Utiyama, 2016), A Zoologia é a área da Biologia especializada no estudo da vida
animal, que inclui suas características morfológicas, fisiológicas e comportamentais.

Portanto, Zoologia é um dos ramos da biologia que estuda as características dos animais.

Para Buzzi )1985), Nomenclatura Zoologia é o agrupamento taxonico em categorias


hierárquicas como: filo, classe, ordem, família, género e espécie.

2.2. Código Internacional de Nomenclatura Zoológica


De acordo com Pough, Heiser , & Mcfarland, (2008), Afirma que foi Adoptada desde 1958, o
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica é um sistema de regras que determina a
maneira correta de compor e aplicar nomes zoológicos.

A Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica é a entidade que mantêm e regula o


Código, sendo também a responsável por promover as alterações pertinentes, quando
necessárias. Tem por objectivo promover a estabilidade e universalidade dos nomes
científicos dos animais, além de garantir que cada nome seja único e distinto.

2.3. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica


As Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica formam a espinha dorsal da
classificação científica dos animais, proporcionando um sistema universalmente reconhecido
de nomenclatura que transcende fronteiras e idiomas. Estas regras definem como os nomes
científicos dos organismos devem ser estabelecidos, aplicados e alterados quando necessário.
São um guia indispensável para garantir uma comunicação clara e consistente dentro da
comunidade científica e além.

Uma das bases mais cruciais dessas regras é a estabilidade dos nomes ao longo do tempo. A
ciência zoológica é uma jornada de descobertas contínuas e aprimoramento do conhecimento,
e as regras de nomenclatura garantem que, à medida que novas informações sejam adquiridas,
os nomes dos animais permaneçam constantes, facilitando a compreensão e a rastreabilidade.
As regras de nomenclatura zoológica são:
2.4. Princípio do Primeiro Nome Válido
O Princípio do Primeiro Nome Válido é uma pedra angular das regras de nomenclatura
zoológica. De acordo com esse princípio, o primeiro nome atribuído a um organismo é
considerado o nome válido, independentemente de futuras reclassificações ou revisões. Um
exemplo cativante desse é princípio o do leão-marinho. O biólogo naturalista Johann
Hermann deu a esse animal o nome Phoca californiana em 1779. Anos depois, foi descoberto
que os leões-marinhos formam seu próprio grupo taxonómico. Apesar disso, o nome original
Zalophus californianus ainda é considerado válido, pois foi o primeiro a ser atribuído.

2.4.1. Princípio da Prioridade


O Princípio da Prioridade estipula que, em caso de exceções, o nome mais antigo tem
prioridade e é considerado o nome válido. Isso evita confusões causadas por nomes
duplicados e mantém a continuidade na nomenclatura. Um exemplo notável é o caso do
elefante africano, cujo nome científico foi alterado de Elephas africana para Loxodonta
africana de acordo com o princípio da prioridade.

2.5. Principais Regras de Nomenclatura Zoológica


Segundo Hickman, Connon, & Wasto Hiter, (2013), Os nomes dos táxons podem ser
uninominais, binominais, trinomiais e tetranominais.

Regra Uninominal: Todos os táxons de escalão superior ao grupo da espécie consistem de


uma palavra (uninominal) e com a inicial maiúscula ex: Lepidoptera (nome de uma Ordem de
insetos). Se o nome do táxon é um gênero, uninomial, é escrito com inicial maiúscula e
grifado.

Regra Binominal: Usados para designar táxons da categoria espécie. Consiste no nome do
gênero no qual a espécie está classificada seguido do nome específico. O nome da espécie é
grifado e não pode ser acentuado.

Por exemplo, Panthera leo (leão), Panthera tigris (tigre), Panthera onca (onça) são três
espécies da família felidae, pertencentes ao mesmo gênero, Panthera. Cada uma delas tem as
suas particularidades, daí serem classificadas em três espécies distintas; todas as três, porém,
compartilham certas características, daí pertencerem ao mesmo gênero.
Regra Trinominal: Quando há um subgênero ou uma subespécie. O nome da subdivisão
deve ser escrito entre parênteses e todos devem ser grifados.

Regra Tetranominal: Quando um nome contém quatro termos: género, subgénero, espécie e
subespécie. As subdivisões devem ser escritas entre parênteses e todos os nomes devem ser
grifados.

2.5.1. Descrição das Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica

Nome Genérico e Específico


Os nomes científicos dos animais, estabelecidos pelas Regras Internacionais de Nomenclatura
Zoológica, seguem uma estrutura binomial: o nome genérico (ou gênero) seguido do nome
específico (ou espécie). Esse sistema, popularizado por Carl Linnaeus, permite a identificação
precisa e a classificação sistemática dos organismos. A concordância gramatical é essencial
nesse processo, garantindo que o nome genérico concorde em gênero com o nome específico.

A escrita em itálico ou sublinhado é utilizada para destacar nomes científicos dos demais
textos. Isso diferencia os nomes científicos dos nomes em linguagem cotidiana e enfatiza sua
importância na comunicação científica. Por exemplo, o nome científico do lobo cinzento é
escrito como Canis lupus , onde "Canis" é o gênero e "lupus" é a espécie.

2.5.2. Nomes de Subespécies e Variedades


A nomenclatura de subespécies e variedades segue regras específicas, embora essas regras
possam variar um pouco entre diferentes grupos taxonómicos. Abaixo, darei exemplos de
como os nomes de subespécies e variedades são formatados, mas é importante consultar as
regras específicas para o grupo taxonómico com o qual você está trabalhando, uma vez que
possa haver variações.

 Nome do Gênero: O nome do gênero é escrito com inicial encomendado e em itálico


(ou sublinhado).
 Nome da Espécie: O nome da espécie é escrito com inicial minúscula e em itálico (ou
sublinhado).
 Nome da Subespécie: O nome da subespécie é adicionado após o nome da espécie e
também é escrito em itálico (ou sublinhado). O nome da subespécie é frequentemente
uma descrição geográfica que indica a região em que a subespécie é encontrada.
Exemplo: Panthera leo leo é o leão africano.
 Nome do Autor e Ano: O nome do autor que descreveu a subespécie e o ano da
descrição geralmente são incluídos entre parênteses. Exemplo: Panthera leo leo
(Linnaeus, 1758).
 Nome da Variedade: O nome da variedade é adicionado após o nome da espécie e
também é escrito em itálico (ou sublinhado). O nome da variedade pode ser uma
descrição da característica variável que a distingue, como uma cor ou forma
específica. Exemplo: Rosa gallica var officinalis é uma variedade de rosa.
 Nome do Autor e Ano: O nome do autor que descreveu uma variedade e o ano da
descrição também pode ser incluído entre parênteses. Exemplo: Rosa gallica var.
officinalis (Tausch, 1823) .

Por exemplo: o lobo cinzento (Canis lupus) tem uma subespécie conhecida como lobo
cinzento mexicano, com a nomenclatura Canis lupus baileyi.

2.6. A Importância da nomenclatura Zoológica


A comunicação entre os diversos campos da ciência biológica se dá principalmente pelo nome
científico das espécies estudadas. Por exemplo, num estudo interdisciplinar em que existe a
cooperação de profissionais de diversas áreas da biologia, um ecólogo poderá fazer o
levantamento da fauna de determinada região, um geneticista fará a caracterização do
cariótipo daquela fauna, um morfologista descreverá as características morfológicas, e, assim
por diante.

Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a comunidade
científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria difícil a comunicação
entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é o código de nomenclatura
zoológica. Tal código é universal, ele rejeita nomes que possam causar confusão ou
ambiguidade, o que garante a universalidade dos nomes científicos, fazendo com que estes
sejam reconhecidos por cientistas de qualquer nacionalidade.
3. Conclusão
As regras de nomenclatura zoológica fornecem certificados sólidos para a comunicação
científica, transcendendo barreiras linguísticas e culturais. Ao adoptar nomes científicos
universais, como Homo sapiens para os humanos, os cientistas podem se comunicar com clara
e precisão, garantindo que as descobertas sejam descobertas de maneira unívoca em todo o
mundo. Elas representam uma âncora na organização da diversidade biológica. Em um
planeta com uma miríade de espécies, desde as criaturas mais exóticas até as mais comuns, a
nomenclatura zoológica fornece uma estrutura para catalogar e estudar essa variedade. Ela
ajuda a identificar relações evolutivas, permitindo que os cientistas entendam melhor a
história e a interconexão da vida na Terra.

As regras do código determinam quais nomes são válidos para qualquer táxon no grupo
familiar, grupo de género e grupo de espécies. Ele tem disposições adicionais (mas mais
limitadas) sobre nomes em cargos mais altos. O código não reconhece jurisprudência.
Qualquer disputa é decidida primeiro pela aplicação directa do código, e não por referência ao
precedente.
4. Referencias Bibliográficas
BUZZI, Z. J. (1985). Entomologia Didática de Zoologia. Parana: Universidade Federal do
Paraná.

CARLOS, F. (2023). Regra de Nomenclatura Zoológica. São Paulo

HICKMAN, J., CONNON, P. K., & WASTO, H. (2013). Princípios Integrados de Zoologia.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

ICZN. (1999). Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. O Fundo Internacional para


Nomenclatura Zoológica.

MAYR, E. (1957). Exemplos de nomes enganosos e sua retificação. Ciência.

POUGH, F. H., HEISER , J. B., & MCFARLAND, W. N. (2008). A vida dos Vertebrados.
São Paulo: Atheneu.

UTIYAMA, A. H. (2016). Zoologia geral. Londrina: Distribuidora Educacional S.A.

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