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UnISCED - UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Botânica Geral

1º Ano

PLANTAS MEDICINAIS

OLGA LUIS JOSE FERNANDES: 11230278

Chibabava, Agosto, 2023


UnISCED - UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Botânica Geral
1º Ano

PLANTAS MEDICINAIS

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Biologia da UnISCED.

Tutor: Msc. Nielete Ana De


Oliveria

OLGA LUIS JOSE FERNANDES: 11230278

Chibabava, Agosto, 2023


Índice

1. Introdução ................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivo geral: ....................................................................................... 4
1.1.2. Objectivos específicos: ............................................................................ 4
2. Fundamentação Teórica ..........................................................................................5
2.1. Conceitos ........................................................................................................ 5
3. PLANTAS MEDICINAIS ......................................................................................6
3.1. PLANTAS MEDICINAIS NA MINHA COMUNIDADE............................... 6
3.1.1. HORTELÃ (Mentha spicata) ................................................................... 6
3.1.2. INHAME (Colocasia esculenta) ............................................................... 7
3.1.3. LIMÃO (Citrus × latifólia) – .................................................................... 9
4. Importância da botanica na nossa sociedade ....................................................... 10
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ................................................................ 12
1. Introdução
O presente trabalho irei abordar sobre o tema plantas medicinais, portanto, acreditamos
que o conhecimento das plantas é fundamental para a compreensão da vida na terra e a
sua evolução. Com excepção de alguns organismos do fundo dos oceanos e de certos
microorganismos, todos os outros seres vivos dependem das plantas e das algas, directa
ou indirectamente, como fonte de alimento e oxigénio. As plantas são essenciais para a
nossa existência e são a base de todas as interacções das comunidades terrestres. Em
termos de ecologia, as plantas e algas são os produtores da maioria das comunidades e,
por isso, para entender como os animais e os ecossistemas funcionam, o conhecimento
das plantas é crítico. Finalmente, as plantas são economicamente importantes porque os
seus produtos, transformados ou não, são de utilização diária pelo homem.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
 Falar sobre as plantas medicinais.
1.1.2. Objectivos específicos:
 Descrever as plantas medicinais;
 Indicar as plantas medicinais existente na minha comunidade e apontar os
nomes científicos;
 Apontar a importância da botânica na nossa sociedade.

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2. Fundamentação Teórica

Frequentemente ao observarmos uma árvore um arbusto, uma erva ou


uma flor, um fruto ou um tronco perguntamos a nós próprios que
espécie será esta, a que família pertencerá e qual será o seu interesse
económico. É uma questão que desde há muito tem interess ado
numerosas pessoas. Com que base é que os organismos se podem
distinguir uns dos outros à vista desarmada é o objecto da Morfologia
Externa! Sabemos que, em moçambique, as pessoas do campo conhecem
grande parte das plantas com que convivem por determina dos nomes
vernáculos ou vulgares que variam conforme a região.

Imagine-se se englobarmos também os nomes de outros países! Para evitar esta


confusão de nomes vernáculos cada organismo tem uma designação científica formada
por dois nomes: o do género que geralmente é um substantivo e o da designação
específica que é um adjectivo. No caso da corriola o seu nome científico é Convolvulus
arvensis L. em que Convolvulus é o nome do género, arvensis é o epíteto específico
(que quer dizer que aparece nos campos cultivados) e L. a abreviatura de quem primeiro
o classificou, neste caso Lineu. Isto é o sistema binominal.

Pelo facto da corriola ter aquele nome específico quer dizer que é parente muito
próximo de outras corriolas existentes no nosso País (Corriola spp.) e também que
pertence à família das Convolvuláceas, classe Magnoliopsida, divisão (ou phylum)
Antophyta, Reino Plantae.

2.1. Conceitos
 A Taxonomia é apenas um dos aspectos da Sistemática. Até 1859 as diferenças
e similaridades eram fundamentais. Depois da publicação da “Origem das
espécies” (de Charles 15 Darwin) as diferenças e similaridades passaram a ser
vistos como produtos da sua história evolucionária ou seja da sua Filogenia

 A botânica é uma área da biologia que estuda todas as características


apresentadas pelos vegetais, fungos e algas, como morfologia, anatomia, entre
outras subáreas. A botânica é um ramo da biologia que estuda a fisiologia e a
morfologia das plantas, dos fungos e das algas.

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 Plantas
As plantas são seres vivos que fazem parte do reino Plantae ou reino dos vegetais. Elas
se destacam por serem formadas por muitas células e, em sua grande maioria,
realizarem a chamada fotossíntese, que garante a produção do seu próprio alimento
(moléculas orgânicas), o qual é necessário para o seu crescimento e desenvolvimento.

3. PLANTAS MEDICINAIS

Plantas medicinais são espécies vegetais, cultivadas ou não, utilizadas para fins
terapêuticos. Após os processos de coleta, estabilização e secagem a planta passa a ser
chamada de droga vegetal. Nesse estágio ela pode ser apresentada na forma íntegra,
rasurada, triturada ou pulverizada.
A planta medicinal é o recurso em sua forma natural, sem passar por qualquer processo
de industrialização.
É difícil definir o momento exacto que as plantas começaram a ser usadas. Os primeiros
registros sobre plantas medicinais e para que servem, que se tem acesso, são da
Mesopotâmia, de aproximadamente 2600 a.C. Os escritos em tábuas de argila, citavam
cedro (Cedrus sp), cipreste (Cupressus sempervirens), alcaçuz (Glycyrrhiza glabra),
mirra (Commiphora myrrha) e papoula (Papaver somniferum), espécies utilizadas até
hoje no tratamento de enfermidades.

3.1. PLANTAS MEDICINAIS NA MINHA COMUNIDADE


Na minha comunidade encontrei algumas plantas medicinais e na qual irei demonstrar
as suas utilidades, origens e seus nomes científicos.
3.1.1. HORTELÃ (Mentha spicata)
Estimulante, estomacal, carminativo (auxilia na eliminação de gases). Usado nas atonias
digestivas, flatulências, dispepsias nervosas, empregado nas palpitações e tremores
nervosos, vômitos, cólicas uterinas, útil nos catarros brônquicos facilitando a
expectoração. O chá feito de hortelã também é usado como calmante.

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 Nomenclatura científica

A ordem das Lamiales é um grupo taxonómico do grupo das asterídeas, dicotiledóneas.


O nome Scrophulariales tem também sido utilizado para identificar o mesmo grupo.

Nome científico: Lamiales


Classificação superior: Asterídeas
Classificação: Ordem
Classe: Magnoliopsida
Divisão: Magnoliophyta
Reino: Plantae

3.1.2. INHAME (Colocasia esculenta)

O inhame (Dioscorea spp.), pertence à classe Monocotiledônea, e família


Dioscoreaceae. É uma planta herbácea com ramas, trepadeira (em geral) quando
encontra apoio, com tubérculos subterrâneos (aéreas em algumas espécies nas axilas das
folhas). É uma planta dioica em sua grande maioria embora plantas monoicas tenham
sido observadas em algumas espécies em uso (DANSI et al., 1997);

 Cultivada devido às seus tubérculos ricos em amido; apresenta multiápices,


sistema reprodutivo por alogamia e propagação vegetativa, exclusivamente por
meio de tubérculos sementes, que são pequenos tubérculos ou pedaços de
tubérculos. Os tubérculos são indicados para tratar anemia, convalescenças
(período de recuperação, após uma doença ou intervenção cirúrgica),
deficiências de cálcio e fósforo. A planta é também indicada para reposição
hormonal em homens e mulheres e para afecções da pele (emplastros).

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Propriedades terapêuticas: energética, mineralizante, anti- inflamatória,
imunomoduladora, moduladora hormonal e depurativa.

 Origem:

O gênero Dioscorea teve uma vasta dispersão mundial ao fim do período Cretáceo, com
evolução para diferentes direções no Novo e no Velho Mundo, originando assim
espécies distintas. As Américas (Central e Sul), África, Sul e Sudeste Asiático,
Austrália e Melanésia, ao Norte da Austrália, foram as principais regiões para a
dispersão das inúmeras espécies do gênero (LEBOT, 2009).

Segundo Coursey (1967), a separação das espécies asiáticas e africanas teria ocorrido
mais tarde, durante o Mioceno, ha aproximadamente 5 milhões de anos. As espécies D.
cayennensis Lam. e D. rotundata Poir., internacionalmente conhecidas como inhame
amarelo e inhame branco , respectivamente, originaram-se no continente africano
(COURSEY, 1976; AMUSA et al. 2003). Para Vavilov (1951) as espécies Dioscorea
alata e D. esculenta originaram-se em Myanmar e Assam, na Índia. Essa cultura é
cultivada pelo homem desde a antiguidade e sua importância na alimentação do povo
africano em especial, sempre foi grande.

 Nomenclatura cientifica:
Reino: plantae
Divisão: magnoliophyta
Classe: liliopsida
Ordem: Alismatales
Família: araceae
Género: colocasia
Espécie: colocasia esculenta
Nome biniminal: colocasia esculenta
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3.1.3. LIMÃO (Citrus × latifólia) –

O limão é uma espécie de pequena árvore perene da família das plantas com flores
Rutaceae, nativa da Ásia, principalmente do nordeste da Índia, norte de Mianmar ou
China.

 Utilidades medicinais:

É utilizado para diversas patologias, tais como reumático, infecções e febres,


aterosclerose, combate ateromas (remove placas gordurosas das artérias), constipações,
gripes, dores de garganta, acidez gástrica e úrica (alcaliniza o sangue), frieiras, caspas,
cicatrizações, ajuda a manutenção de colágeno, hemoglobina, atua como antisséptico
entre outras. O limão possui uma substância própria denominada limoneno capaz de
combater os radicais livres.

 Nome cientifico
Nome científico: Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle.
Família: Rutaceae.
Sinônimos botânicos: Citrus lima Lunan, Citrus limetta Risso, Limonia
aurantifolia Christm, Citrus maxima (Burm. ex Rumph.) Merr.
Variações botânicas: Citrus aurantifolia var. Tahiti.
Outras espécies de Limão com usos similares: Citrus limonia (L.) Osbeck (limão-
cravo), Citrus limon (L.) Burm. f. (limão-siciliano).
Outros nomes populares: limão-taiti, limão, limoeiro, lima-ácida, lime.
 Constituintes químicos:
felandrina, hidrocarbonetos terpênicos, limonina, óleo essencial ((limoneno), ácidos
orgânicos (cítrico e málico), bioflavonóides (hespiridina), pectinas, vitamina A (retinol),

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vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina), niacina), sais minerais (potássio,
fósforo, ferro, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, cloro), vitamina C (ácido ascórbico).
 Propriedades medicinais:
Adstringente, alcalinizante, antianémica, antibiótica, antidepressiva, antiemética,
antiescorbútica, antiespasmódica, antiinflamatória, anti-séptica, antitérmica, aperiente,
bactericida, clareador da pele, depurativa, diaforética, diurético, expectorante,
refrescante, sedativa, sudorífera, tônica estomacal, vermífuga, vitaminizante.
Parte utilizada: folhas, frutos (casca e suco).
 Contra-indicações/cuidados:
Aplicado externamente, não se deve expor a pele ao sol, pois queima e provoca
manchas escuras; a aromaterapia com óleo de limão é contra-indicada para diabéticos;
desaconselhada para quem tem pressão baixa.
Em doses elevadas é convulsivo, provoca tremores, delírio e vertigens. Na
aromaterapia, o óleo essencial de limão usado em altas doses, por longos períodos de
tempo, pode causar hipertensão arterial.

4. Importância da botanica na nossa sociedade

Botânica é importante porque as plantas são a principal fonte de vida na Terra. Elas nos
fornecem alimento, oxigénio e matéria-prima para a fabricação de inúmeros outros itens
importantes, como combustíveis e remédios, apenas para citar dois exemplos. Por tudo
isso, os seres humanos sempre se interessaram pelas plantas.

 A botânica estuda diferentes tipos de plantas e seus usos, beneficiando os


campos da ciência, da medicina e, até, da cosmética;
 São desenvolvidos biocombustíveis que possibilitam a redução do uso de
combustíveis fósseis que poluem o meio ambiente;
 As lavouras também são beneficiadas pela botânica, pois as pesquisas na área
possibilitam o desenvolvimento de técnicas de cultivo mais vantajosas para os
agricultores;
 Usos para a proteção do meio ambiente e identificação de espécies de plantas
que possam estar entrando em extinção.

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5. CONCLUSÃO

O uso de Plantas e Ervas Medicinais, portanto, as plantas e ervas medicinais, mesmo


sendo medicamentos naturais, podem intoxicar, cegar, provocar coma e até matar.
Todas as plantas têm mais de um princípio ativo. Algum dos princípios ativos pode ser
contra indicado para o usuário.

As informações deste trabalho academicos, têm apenas os fins educacional, de pesquisa


e de informação. Elas não devem ser usadas para diagnosticar, tratar, curar, mitigar ou
prevenir qualquer doença, muito menos substituir cuidados médicos adequados.

Consulte sempre um especialista, ao querer fazer o uso das plantas mediicinais,


tomando assim cuidado especial ao manusear ervas e as mantenha longe das crianças.
Só deve ser feita aliada ao quadro clínico e a história do paciente. Seu médico é o único
que pode interpretar seus exames. Leia com cuidado e atenção todas as informações dos
produtos que deseja adquirir. O uso indevido dos produtos ou combinações de produtos
que por ventura você possa usar. Para saber qual produto deve usar, consulte sempre as
pessoas que que entende da materia.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
 ALZATE-MARIN, A. L.; CERVIGNI, G. D. L.; MOREIRA, M. A.; BARRO, E
G. Seleção Assistida por Marcadores Moleculares Visando ao Desenvolvimento
de Plantas Resistentes a Doenças, com Ênfase em Feijoeiro e Soja. Fitopatol.
bras. 30(4), 2005;
 ABRAHAM K, ARNAU, G. Use of DNA Markers for Genetically Improving
the Productivity,Palatability, Storability and Dry Matter Content of Tubers of
Greater Yam. In Mid-term report of IFCPAR Project Number 3000-B1. New
Delhi, India: IFCPAR. 26 pp. 2007.
 ABRAHAM, K.; NAIR, P.G. Floral Biology and artificial pollination in
Dioscorea alata L. Euphytica v.48, p.45-51, 1986.
 ABRAMO, M.A. Taioba, cará e inhame. São Paulo: Ícone, p. 65-80. 1990
 Costa, J.C. 2001. Tipos de vegetação e adaptações das plantas do litoral de
Portugal Continental. In: Albergaria Moreira, M.E., Casal Moura, A. Granja,
H.M. & Noronha, F. (ed.) Homenagem (in honório) Professor Doutor Soares de
Carvalho. 283-299. Universidade do Minho, Braga. (www.isa.utl.pt)
 Espírito-Santo M.D., Monteiro A. 1998 Infestantes das Culturas Agrícolas.
Chaves de Identificação. Ed. ADISA. 90 pp (comprar).
 Lindon F, Gomes H & Campos A 2001. Anatomia e Morfologia Externa das
Plantas Superiores. Lidel. Lisboa. (comprar).
 Raven PH, Evert RF & Eichhorn SE 2005 Biology of plants. 7ª Edição. W.H.
Freeman and Company Publishers. New York. (BISA)

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