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Universidade Aberta (UnisCED)

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica.

Nome de estudante; Fátima Rodrigues Jauado


Código de estudante; 96230909

Lichinga aos 22 de Agosto de 2023


Universidade Aberta (UnisCED)
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Biologia da UnISCED.

Tutor:

Nome de estudante; Fátima Rodrigues Jauado


Código de estudante; 96230909

Lichinga aos 22 de Agosto de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivo geral ......................................................................................................... 3

1.2. Objectivos específicos ................................................................................................. 3

2. Metodologia ..................................................................................................................... 3

3. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica. ........................................................... 4

3.1. Outros Grupos Taxonômicos ....................................................................................... 5

3.2. Regras de Nomenclatura .............................................................................................. 6

3.2.1. A nomenclatura zoológica ........................................................................................ 7

3.3. Regras básicas de nomenclatura Zoológica ..................................................................... 9

3.4. Sistema de Classificação e sua Evolução ...................................................................... 10

3.5. Os critérios de classificação dos seres vivos ................................................................. 10

4. Conclusão .......................................................................................................................... 14

5. Referências bibliográficas ................................................................................................. 15


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1. Introdução

O presente trabalho traz-nos conteúdos detalhados de forma clara sobre a introdução


aos estudos da zoologia. Será abordada a definição da zoologia sistemática, classificação dos
seres vivos, regras de nomenclaturas, principais grupos de seres vivos e suas características.
Salientar que a zoologia sistemática é o ramo da zoologia que se ocupa na organização,
caracterização. De modo geral a zoologia, este ramo da Biologia é um vasto domínio que
pode englobar todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre animais e
ambiente.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


Conhecer a zoologia.

1.2. Objectivos específicos


Descrever a classificação zoológica e sua nomenclatura.
Explicar a classificação dos seres vivos.

2. Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi necessária a consultas bibliográficas em livros físicos e
formatos electrónicos, com auxílio de artigos e uso de Internet para compilar algumas
informações necessárias para o desenvolvimento de trabalho.
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3. Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica.

Inicialmente, com base no modo de vida, direcção da evolução e tipo da organização de seu
corpo, os seres vivos foram divididos em dois grandes reinos: Animal e Vegetal. Mais tarde,
como o desenvolvimento do microscópio, entre outras técnicas, tornou-se óbvio que muitos
organismos não se encaixavam em nenhum desses reinos, por exemplo uma bactéria, que é
um organismo unicelular, desprovido de envoltório nuclear e de estruturas membranosas
intracelulares como retículo endoplasmático, mitocôndrias, cloroplastos e complexo de Golgi.

Essas diferenças que a distingue dos demais organismos é bem mais fundamental que as
diferenças entre animais e vegetais. Outro sistema proposto, e também não mais utilizado, foi
o de três reinos: Protista, Plantae e Animalia. Nesse sistema, reuniam-se no reino Protista
organismos com características vegetais e animais. Posteriormente, surgiu um novo sistema
de classificação agrupando os organismos em quatro reinos: Monera (bactérias e cianofíceas),
Protista (demais algas, protozoários e fungos), Plantae ou Metaphyta (desde briófitas até as
angiospermas) e Animalia ou Metazoa (desde espongiários até mamíferos).

Um sistema de classificação mais recente, compreende cinco reinos e foi proposto por
Whittaker (1969). É composto por um reino procariótico, Monera, e outros quatro reinos
eucarióticos (figura 1). Dos grupos eucarióticos, acredita-se que o Protista deu origem aos
outros três grupos restantes (Plantae, Animalia e Fungi). Tais grupos, na maioria
multicelulares, diferem fundamentalmente no seu modo nutricional.

É claro que qualquer sistema de classificação apresenta muitas dificuldades, pois os seres
vivos se modificam e evoluem ao longo do tempo e ainda, com o avanço da ciência, surgem
novas descobertas a respeito das relações existentes entre os organismos. Todavia, o sistema
de classificação proposto por Whittaker é, ainda hoje, o mais aceito e utilizado.
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3.1. Outros Grupos Taxonômicos


O reino é a maior unidade usada em classificação biológica. Entre o nível do reino e do
gênero, entretanto, Lineu e taxonomistas posteriores adicionaram diversas categorias (ou
taxa). Temos então, os gêneros agrupados em famílias, as famílias em ordens, as ordens em
classes e as classes em filos (ou divisão, para os botânicos), seguindo um padrão hierárquico.

Essas categorias podem ser subdivididas ou agregadas em várias outras, menos importantes,
como, por exemplo, os subgêneros e as superfamílias.
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3.2. Regras de Nomenclatura

Os animais, assim como as plantas, são popularmente conhecidos por nomes muito variáveis
de um lugar para outro. Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e plantas, os
cientistas têm, há muito, procurado criar uma nomenclatura internacional para a designação
dos seres vivos. Mark Catesby, por volta de 1740, publicou um livro de zoologia onde
denominava o pássaro conhecido como tordo (sabiá americano) de Turdus minor
cinereoalbus non maculatus, que significava: “tordo pequeno branco-acinzentado sem
manchas”.

Essa foi uma tentativa de padronizar o nome do pássaro, para que ele pudesse ser conhecido
em qualquer idioma ou região, mas havia o inconveniente de usar uma denominação muito
extensa.

Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, conhecido simplesmente por Lineu,
lançou seu livro Systema Naturae, no qual propôs regras para classificar e denominar
animais e plantas. Porém, foi somente na 10ª edição do seu livro, em 1758, que ele sugeriu
uma nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes
apenas, seguidos e inseparáveis. Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual é ainda hoje
utilizada. As regras para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas
posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898.

As principais regras da nomenclatura científica estão resumidas a seguir:

Na designação científica os nomes devem ser em latim de origem ou, então,


latinizados.
Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for
impresso, ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos.
Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Considera-se um erro
grave usar o nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo gênero.
O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com
inicial maiúscula.
O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas exceções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo
7

Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse


grande sanitarista brasileiro.
Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou
abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer
pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira
publicação.

Exemplos:

Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758.

Ancilóstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845.

Zoologia (do idioma Grego: zoon, animal e logos, estudo), este ramo da Biologia é um vasto
domínio que pode englobar todos os aspectos da biologia animal, inclusive relações entre
animais e ambiente.

Sistemática – inventariar, descrever e classificar a biodiversidade, e estabelecer as relações


de parentesco entre as espécies.

Zoologia Sistemática― é o ramo da zoologia que se ocupa na organização, caracterização


e denominação dos grupos de animais.

A zoologia sistemática sub divide-se em (2) dois grupos:

 Taxonomia ―“é o capítulo da sistemática que tem por fim, entre outros, a
organização, definição e ordenação de grupos de animais” ‖ (MATEUS, 1986:43).
Assim pode-se dizer que a Taxonomia é o ramo da ciência que trata da ordenação
(classificação) e denominação (nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o
seu grau de semelhança. Tem dois objectivos principais: considerar organismos
estruturalmente relacionados e separá-los pelas respectivas espécies, descrevendo as
características que distinguem uma espécie da outra; e ordenar as espécies, por categorias
taxonómicas do género ao reino.

3.2.1. A nomenclatura zoológica


“É a aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidos numa dada
classificação zoológica” ‖ (SIMPSON, 1962:13).
Assim, Nomenclatura é uma parte da zoologia sistemática que se ocupa nas regras da
nomenclatura dos diferentes animais segundo as regras taxonómicas.
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Objectivo – classificar os seres vivos em categorias que possam ser referidas.


Categoria taxonómica ― “é uma classe cujos membros são todos os taxons colocados a um
determinado nível numa classificação hierárquica” ‖ (SIMPSON, 1962:22).

Taxon ― “é um grupo de organismos reais reconhecido como uma unidade formal a


qualquer nível de uma classificação hierárquica” ‖ (SIMPSON, 1962:22).

Reino ― “é a categoria superior da classificação científica dos organismos introduzida por


Lineu no século XVIII” ‖ (http://pt.wikipedia.org)

Filo - é agrupamento mais elevado geralmente aceites em cada um dos Reinos em que os
seres vivos foram divididos tendo em conta os seus traços evolutivos e a sua estrutura e
ancestralidade. Cada filo representa o agrupamento mais alargado geralmente aceite de seres
vivos que partilham certas características evolutivas comuns.

Classe - é a categoria taxonómica que agrupa ordens relacionadas filogeneticamente, Ordem é


a categoria taxonómica que agrupa famílias relacionadas filogeneticamente, distinguíveis das
outras por diferenças marcantes, e que é a principal subdivisão.

Ordem - é a categoria taxonómica que agrupa famílias relacionadas filogeneticamente,


distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a principal subdivisão das classes.

Família - Reúne géneros semelhantes e estas estão reunidas em classes e as classes em


Divisão.

Género ― “é uma categoria sistemática que contém uma ou mais espécies de presumível
origem filogenética comum que se separa de outras unidades similares por limites marcados”
‖ (MATEUS apud MAYR, 1986:43).

Em outras palavras, género é o agrupamento de espécies semelhantes ou parecidas entre si,


que signifiquem relações genéticas.

Espécie - “é A unidade de classificação usada pelos biólogos é chamada espécie, porém a


palavra é usada para animais e vegetais tão semelhante que não só tenha as mesmas
características estruturais, como também possam ser cruzadas livremente na natureza e
produzir descendentes férteis” ‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 14).
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Assim, Espécie são indivíduos que, além das características genéricas, têm em comum outras
características pelos quais se assemelham entre si, são capazes de cruzar entre si e dar
descendentes férteis e se distinguem dos das demais espécies.

3.3. Regras básicas de nomenclatura Zoológica

Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, conhecido simplesmente por Lineu,
lançou seu livro Systema Naturae, no qual propôs regras para classificar e denominar animais
e plantas. Porém, foi somente na 10ª edição do seu livro, em 1758, que ele sugeriu uma
nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes apenas,
seguidos e inseparáveis.

Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual é ainda hoje utilizada. As regras para a
denominação científica dos seres vivos foram firmadas posteriormente, no I Congresso
Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898.

A denominação científica dos animais segue certas regras definidas, as quais são esboçadas
no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. ― “Nomes científicos são latinizados,
mas podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou lugares; a
maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se a alguma
característica do animal ou do grupo denominado” ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:05).

Por convenção, os nomes genéricos e específicos são latinizados, enquanto o nome das
famílias, ordens, classes e outras categorias não o são, embora tenham letra inicial

maiúscula. As principais regras da nomenclatura científica estão resumidas a seguir:

 O nome dos animais deve ser escrito em latim de origem ou, então, latinizados. Sendo
obrigatório dois nomes no mínimo. O primeiro é do gênero e o segundo á da espécie
(Binominal). Ex.: Felis catus.
 Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu género e o segundo, a sua espécie. Considera-s e um erro
grave usar o nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo género.
 O nome do gênero deve ser escrito sempre com a inicial maiúscula;
 O nome relativo à espécie deve ser um adjectivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas excepções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo
10

Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse


grande sanitarista brasileiro.
 Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou
abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer
pontuação intermediária, “seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira
publicação. Exemplos: Cachorro: Canis familiaris” Lineu ou L., 1758. Ancilóstoma:
Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845.

3.4. Sistema de Classificação e sua Evolução

RUPPERT (2005). A Zoologia Sistemática começa com a origem do homem. Os primeiros


homens classificavam os seres vivos segundo as suas necessidades, esse tipo de classificação
é conhecida como classificação empírica ou prática, pois o homem ia lidar-se directamente
com o objecto ou com o animal (semelhanças morfológicas). O mais importante para os
nossos antepassados era organizar as plantas e os outros animais em comestíveis ou não,
perigosos ou não, úteis ou sem interesse, o tipo de critérios que em forma os chamados
sistemas de classificação práticos.

Assim, por motivos óbvios, essas classificações, chamadas práticas, foram abandonadas. O
sistema natural actual de classificação emprega todos os dados disponíveis: estrutura,
embriologia, fisiologia, distribuição, entre outros.

3.5. Os critérios de classificação dos seres vivos

 Classificação artificial – utilização de critérios arbitrários (não reflecte as


semelhanças e diferenças fundamentais entre os seres vivos).
Ex: quanto ao habitat, à forma de locomoção, ao tamanho (vegetais).

 Classificação natural – baseada nas relações de parentesco evolutivo entre os seres


vivos (considera aspectos morfológicos, fisiológicos, reprodutivos, genéticos e
ecológicos).
A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384-
322 a.C.).

Mais tarde, Teofrasto, um discípulo de Aristóteles (372 à 287 a.C.), veio classificar as plantas
bem como os animais em aéreos, terrestres e aquáticos, este usou o meio como características
de classificação. Descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as
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plantas, um dos critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos,
subarbustos e ervas. Com a evolução do tempo Aristóteles trabalhou principalmente com
animais e classificou várias centenas de espécies. Ele dividia os animais em dois grandes
grupos: os com sangue e os sem sangue.

De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados
alguns sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns
Biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o
ambiente em que ele vivia, e outros.

1a Classificação (Aristóteles. 384 a.C. - c. 322.A.C ):

Critério que utilizou: Agrupou os seres vivos, conforme tinham ou não locomoção.

Baseado nesse critério agrupou os seres vivos em dois reinos:

 Reino Animal
 Reino Vegetal
Reino Animal: Sangue quente ou Sem sangue. Reino Vegetal: Árvores, Arbustos e Ervas.

Carlos Lineu (1707 - 1778 )

 Plantae: imóveis, clorofila e parede celular.


Fungos e bactérias sem pigmentos verdes, consideradas plantas, devido parede celular;

 Animalia: movimento, heterotróficos e desprovidos de parede celular.


Protozoários devido a mobilidade e nutrição por ingestão.

2ª Classificação (Haeckel, 1866)

 Reino Animal
 Reino Vegetal
 Reino Protista (bactérias, algas, fungos e protozoários)
3ª Classificação (Copeland, 1956)

Organismos unicelulares apresentavam diferenças na organização celular propôs os quatro


reinos: Reino monera (procariontes) e Reino protista (unicelulares eucariontes).

 Reino Protista
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 Reino Vegetal
 Reino Animal
 Reino Monera (bactérias e cianobactérias)
4ª Classificação (Whittaker, 1969)

Robert H. WHITTAKER (1979), propôs o 5º reino:

 Organização celular;
 Tipos de nutrição: autotrófico (fotossíntese) e heterotrófico (ingestão e absorção).
Seres procariontes: foram incluídos no reino monera.

Seres eucariontes: distribuídos em quatros reinos:

 Protistas, unicelulares e os três tipos de nutrição;


 Fungos ou Fungi, uni ou pluricelulares - absorção;
 Planta ou Plantae, pluricelulares – fotossíntese;
 Animal ou Animalia: pluricelulares - ingestão.

1. Carl Woese

O sistema de classificação em seis reinos, construído por Woese em 1977 teve como principal
mudança, em relação ao sistema de cinco reinos, a divisão do reino Monera em dois novos
reinos: Eubacteria e Archaebacteria. Carl Woese procedeu a esta divisão por comparação
genética, nomeadamente, por comparação do Rna ribossómico.

Os seres considerados no grupo Archaebacteria teriam adquirido características de seres


eucariontes enquanto os seres incluídos no grupo Eubacteria eram apenas procariontes. Este
sistema de classificação é mais complexo do que os anteriores mas, por outro lado, esta
classificação é mais rigorosa, uma vez que considera as relações filogenéticas dos seres.

Carl Woese é colaboradores, em 1990, propõe 3 domínios: Bactéria, Archaea e Eucarya.


Tiveram grande aceitação. De realçar que existe uma base comum, a partir do qual surgem os
restantes por evolução.

Woese e os seus colegas usaram as investigações realizadas a nível do genoma e concluíram


que o grupo dos seres procariontes se pode dividir em dois. Assim, obtemos três grandes
domínios: Bactéria, Archaea e Eukarya.
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Como critérios para esta classificação, Carl Woese utilizou a comparação genética. Esta
classificação tem em vista apenas as relações filogenéticas entre os seres, o que a torna mais
complexa, por outro lado, é uma classificação mais abrangente uma vez que divide todos os
seres em três grandes domínios.

2.3.2.Tabela 1. Diversidade dos Sistemas de Classificação

Haeckel Copeland(1956) Whittaker Woese (1977) Woese


Lineu (1894) Quatro (1959) Seis reinos (1990)
(1758) Três Reinos Cinco Três
Dois reinos reinos reinos domínios
Protista Monera Monera Eubacteria Bactéria

Archaebacteria Archaea
Plantae
Protista Protista
Protista
Plantae Plantae Fungi Fungi Eukarya

Plantae Plantae
Animalia Animalia Animalia Animalia Animalia Animalia

Fonte: Adaptado pela autora


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4. Conclusão
Como forma de desenlace, o trabalho foca alguns parágrafos para dar seu fecho, a Taxonomia
é o ramo da ciência que trata da ordenação (classificação) e denominação (nomenclatura) dos
seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. Tem dois objectivos
principais: considerar organismos estruturalmente relacionados e separá-los pelas respectivas
espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra; e ordenar as
espécies, por categorias taxonómicas do género ao reino.

A zoologia Sistemática começa com a origem do homem. Os primeiros homens classificavam


os seres vivos segundo as suas necessidades, esse tipo de classificação é conhecida como
classificação empírica ou prática, pois o homem ia lidar-se directamente com o objecto ou
com o animal (semelhanças morfológicas).
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5. Referências bibliográficas

1. MATEUS, Amilcar. Fundamentos da zoologia sistemática, s/ed, Fundação Calouste


Gulbenkian, Lisboa, 1986.
2. RUPPERT, E.; FOX, R.S. & BARNES, R.D. Zoologia dos Invertebrados – Uma
abordagem funcional-evolutiva. 7ª ed. Roca, São Paulo, 2005.
3. AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamento da Biologia
Moderna, 4ªed, Moderna, São Paulo, 2006.
4. AMARAL, Luis e MENDES, Fernando. Biologia, s/ed, ICONE Ltda, Brasil-SP, 2005.
5. SIMPSON, George Gaylord. Princípios da Taxonomia Animal, 2ª ed, Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1962.
6. De ARAUJO, Ana Paula Ulian e BOSSOLAN, Nelma Regina Segnini. Biologia II –
Noções de Taxonomia e Classificação - Introdução à Zoologia, São Carlos, 2006.
7. DOS SANTOS, Cecília Helena Vechiatto, Denise Estorilho Baganha, et al. Biologia
Ensino Médio, 2ª ed, Ícone Audiovisual Ltda, 2007, Brasil.

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