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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Classificação evolutiva dos seres pertencentes ao Reino Animalia

André Zucule Júnior Filho – 31210694

Xai – Xai, Abril de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Classificação evolutiva dos seres pertencentes ao Reino Animalia

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Biologia da UNISCED

Tutor:

André Zucule Júnior Filho – 31210694

Xai – Xai, Abril de 2022

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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 4

1.1.1. Geral ............................................................................................................................. 4

1.1.2. Especificos ................................................................................................................... 4

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4

2. Classificação evolutiva dos seres pertencentes ao Reino Animalia .................................... 5

2.1. História da classificação dos animais .............................................................................. 5

2.2. Filos do Reino Animalia .................................................................................................. 6

3. Considerações Finais ......................................................................................................... 12

4. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 13

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1. Introdução

O presente trabalho versa sobre a classificação evolutiva dos seres [pertencentes ao Reino
Animalia. Uma das primeiras tentativas de classificação que se tem conhecimento foi a de
Aristóteles, por volta de 300 anos a.C. Ele dividiu os animais entre os de sangue vermelho e
os sem sangue vermelho (só a título de curiosidade, as baratas não têm sangue vermelho).

Depois de Aristóteles, Lineu organizou os seres vivos em dois grandes grupos: o Reino
Animal e o Reino Vegetal.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar a classificação evolutiva dos seres pertencentes ao Reino Animalia.

1.1.2. Especificos

 Descrever a Historia da classificação dos animais;

 Descrever a classificação evolutiva dos animais.

1.2. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu – se à pesquisa bibliográfica.

Segundo Gil (1999, p. 39), este procedimento técnico serve para sustentar teoricamente o
estudo recorrendo à consulta de “livros de leitura corrente, livros de referência e publicações
periódicas”. Portanto, a pesquisa bibliográfica auxiliou, especificamente, na identificação,
análise e compreensão de dados considerados úteis para o desenvolvimento e argumentação
do estudo, mediante a consulta de livros.

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2. Classificação evolutiva dos seres pertencentes ao Reino Animalia

2.1. História da classificação dos animais

Uma das primeiras tentativas de classificação que se tem conhecimento foi a de Aristóteles,
por volta de 300 anos a.C. Ele dividiu os animais entre os de sangue vermelho e os sem
sangue vermelho (só a título de curiosidade, as baratas não têm sangue vermelho).

Depois de Aristóteles, Lineu organizou os seres vivos em dois grandes grupos: o Reino
Animal e o Reino Vegetal.

Lineu ainda classificou 67bios, aves, peixes, vermes e insetos.

Com o desenvolvimento da tecnologia e dos microscópios foram revelados alguns organismos


que não se encaixavam nem como animais nem como vegetais, ou seja, as algas e os fungos.
E assim, em 1866, foi criado o terceiro reino, o Reino Protista.

Em 1938 e depois em 1956, Copeland propôs um sistema de classificação dos seres vivos em
quatro reinos, criando o Reino Monera.

Os quatro reinos de Copeland são: Monera – bactérias; Protoctista – algas e fungos;


Metaphyta – plantas e Metazoa – animais.

Em 1969, Whittaker aprimorou o sistema de classificação de Copeland e criou o quinto reino.


No sistema de Whittaker todos os seres vivos foram classificados como pertencendo a um dos
cinco reinos, que são:

i. Monera – bactérias;

ii. Proctotista ou Protista – protozoários e algas;

iii. Fungi – todos os fungos;

iv. Plantae ou Metaphyta – plantas avasculares e vasculares;

v. Animalia ou Metazoa – reúne todos os animais.

Essa classificação em cinco reinos vigora até hoje, apesar das propostas de novas
classificações.

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O Reino Animalia, também conhecido como Metazoa, engloba organismos multicelulares,
eucariontes e heterotróficos, como os seres humanos.

Os animais são organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição


heterotrófica, ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Apesar de serem
bastante distintos anatômica, morfológica e fisiologicamente, todos os animais possuem as
três características citadas.

O Reino Animalia ou Metazoa conta com mais de um milhão de espécies dispostas em mais
de 30 filos. Uma das características mais marcantes do reino é a capacidade de locomoção,
apesar de existirem também representantes sésseis (não se locomovem). Além disso, os
animais possuem células que formam tecidos, com exceção dos poríferos, que não possuem
tecidos verdadeiros.

No que diz respeito ao habitat, os animais também apresentam grande variabilidade, pois são
encontrados em ambientes aquáticos e também terrestres. Sua dieta também é variada,
existindo animais herbívoros, carnívoros, parasitas e até mesmo saprófagos (alimentam-se de
cadáveres de plantas e animais).

Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais: os vertebrados e os


invertebrados. Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido, representa apenas 5% de
todas as espécies de animais existentes. Os invertebrados, por sua vez, agrupam o maior
número de espécies, com cerca de 95%. Vale destacar que essa classificação é artificial, sendo
utilizada apenas para fins didáticos.

2.2. Filos do Reino Animalia

Ainda que existam mais de 30 diferentes filos de animais, costuma-se restringir o estudo
desse grupo à análise de apenas nove. Descritos da seguinte forma: póriferos, celenterados,
platelmindos, asquelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodes, aracnídeos, equinodermos.

a) Poríferos

Os poríferos (Filo Porifera), também conhecidos popularmente como esponjas, são animais
bastante simples que vivem exclusivamente no ambiente aquático. Não possuem tecidos
verdadeiros, logo também não possuem órgãos e sistemas. São sésseis (não se movem) e
podem viver sozinhos ou em colônias. Apresentam o corpo repleto de poros, daí o nome
poríferos (do latim: porus = poro e ferre = possuidor).
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Os poríferos são animais muito simples e que não possuem células organizadas em tecidos
verdadeiros, assim, essas células apresentam certa independência. Esses animais são sésseis e
filtradores, ou seja, não se locomovem e retiram as partículas necessárias para a sua
sobrevivência do ambiente aquático. Algumas espécies apresentam grande capacidade de
regeneração.

Variam muito de tamanho, apresentando desde alguns milímetros até vários metros.
Normalmente são assimétricos, mas podem ser observadas espécies com simetria radial.
Ocorrem tanto em água doce quanto em água salgada; porém, há mais espécies marinhas.
Existem mais de 8000 espécies diferentes de esponjas descritas atualmente, as quais variam
em cores e formatos.

As esponjas apresentam um corpo geralmente cilíndrico e rico em poros. Estes são formados
por uma célula, que possui forma de anel, denominada de porócito. Esses poros servem de
local de entrada para a água, que segue para uma cavidade central (espongiocele ou átrio) e
sai por uma grande abertura, chamada de ósculo. No corpo desse animal, observa-se uma
corrente de água constante.

Fisiologia dos poríferos

Os poríferos são animais que não possuem órgãos e sistemas, sendo assim, alguns processos
fundamentais para a sua sobrevivência são bem diferentes de outros animais. A digestão, por
exemplo, não ocorre em um sistema digestório. São os coanócitos os responsáveis por retirar
da água o alimento necessário para a esponja, fazendo, posteriormente, a digestão intracelular.
Eles podem também transferir os alimentos aos amebócitos, que levam as substâncias para
outras células.

As trocas gasosas ocorrem em todas as células dos poríferos por meio de difusão. No que diz
respeito à excreção, esta também ocorre em todas as células, sendo os produtos nitrogenados
liberados na água.

Importância econômica dos poríferos

Os poríferos são animais de grande valor comercial. Algumas esponjas, por exemplo,
produzem compostos que apresentam potencial antibacteriano e anti-inflamatório. Atualmente
vários estudos são realizados também para testar compostos produzidos por esses animais que
apresentam ação importante contra células cancerígenas. Não podemos nos esquecer ainda de
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que, no passado, as esponjas eram usadas para o banho. Hoje, no entanto, utilizam-se esponjas
sintéticas.

b) Crustáceos

Crustáceos são os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. Os principais
representantes dessa classe são os camarões, as lagostas, os caranguejos e os siris, todos com
5 pares de patas. São, portanto, decápodes( deca= dez; podes= patas, pés).

Na maioria dos decápodes, as 2 patas dianteiras são modificadas e bem desenvolvidas como
adaptação à preenção de alimentos.

O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos crustáceos em duas
ordens: Decápodes e Isópodes.

Os decápodes você já conhece: São crustáceos de dez patas.

Os isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas semelhantes. O exemplo
mais conhecido é um isópodes encontrado em toda a costa litorânia do Brasil, conhecido por
tatuí, tatuíra ou tatuzinho de praia.

O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em vertebrados como


em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro do corpo, e nos invertebrados fica
fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, que os vertebrados tem endoesqueleto (esqueleto
interno) e que os invertebrados tem exoesqueleto (esqueleto externo).

Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais volumoso e mais
desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos crustáceos, e que reveste e protege o
corpo desses animais. Essa crosta é constituída por quitina e carbonato de cálcio.

No cefalotórax localizam-se dois pares de antenas e um par de olhos compostos, que


geralmente situan-se na extremidade de dois pedúnculos; são por isso, chamados olhos
pedunculados. Esses olhos são movimentados pelos pedúnculos, permitindo assim, uma
ampla exploração do ambiente.

c) Anelídeos

Animais como a minhoca e a senguessuga pertencem ao filo anelida ou anelídeos. São vermes
anelados, animais cujo corpo se divide em anéis ou segmentos.

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Os anelídeos são animais triblásticos, celomados e de simetria bilateral. O celoma não é aqui
uma cavidade única, mas se apresenta dividido em partes por septos de origem mesodérmica.

Os anelídeos são classificados segundo o número de cerdos que possuem. De acordo com esse
critério, distinguem-se três classes pertencentes ao filo Annelida:

Oligoquetos: classe oligachoeta: anelídeos com formas certas. Exemplo: minhocas.

Poliquetos: classe polychoeta: São anelídeos que possuem muitas cerdas. Exemplo: Wereis

Miruolíneos: classe Mirudínea: quase todas as espécies sem cerdas. Exemplo: sanguessuga.

O principal exemplo de anelídeos é a minhoca, normalmente por seu papel como agente
espontânea e voluntária do beneficiamento do solo, em diversos países do mundo.

O corpo é revestido por uma cutícula fina e transparente. Abaixo dela, situa-se um epitélio
simples, constituído por células cilíndricas. Nele encontram-se células glandulares secretoras
de muco, fotorreceptoras e sensoriais.

O sistema digestivo é completo. Trata-se de um tubo retilíneo, localizado na parte cntral do


corpo sustentado por pregas de mosoderme.

O sistema circulatório é fechado, ou seja, o sangue só circula no interior de vasos sanguíneos.


Na região dorsal do corpo, pode ser visto externamente, por transparência, um vaso
longitudinal dorsal, localizado sobre o intestino.

As minhocas não possuem sistema respiratório. A respiração é cutânea, e a troca de gases dá-
se pela pela superfície do corpo, para isso é importante que a célula esteja umedecida, o que
facilita a difusão de gases. O sangue, que chega à parede do corpo pelas capilares, libera o gás
carbônico e se oxigena.

O sistema nervoso é centralizado. Na extremidade anterior do corpo, há dois gânglios


celebrais ou sufra-esofágicos que, por meio de um anel periofágico, se comunicam com dois
gânglios subesofágicos.

A reprodução ocorre por fecundação cruzada entre dois indivíduos que se unem pela região de
clitelo. Nessa ocasião, uma minhoca deposita espermatozoides no receptáculo seminal da
outra. Após a troca de espermatozóides, os animais se separam e forma-se um casulo na
região do clitelo.

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d) Aracnídeos

Os aracnídeos são representados pelas aranhas, pelos escorpiões e pelos carrapatos. Todos
eles possuem um par de quelíceras e quatro pares de patas locomotoras.

As quelíceras são apêndices em forma de pinças, situados na parte anterior da cabeça. É um


exemplo uma aranha jovem e uma adulta. Seus corpos têm a mesma forma.Todos os
aracnídeos não sofrem metamorfose.

Outra característica importante dos aracnídeos é que eles têm a cabeça e o tórax numa peça só,
chamada cefalotórax.

É fácil distinguir um aracnídeo de um inseto, pelo exame externo do corpo.

Os Aracnídeos podem ser distribuídas por 3 ordens, com base no aspecto externo do corpo:

Ordem Corpo Exemplos Araneídeos cefalotórax e abdômen aranhas Escorpinídeos


cefalotórax, abdome e pós-abdômen escorpiões Acarinos cefalotórax fundido com abdômen
carrapato *Araneídeos englobam todas as espécies de aranhas, venenosas ou não.

Escorpionideos, que reúne os escorpiões. O escorpião é um aracnídeo que provoca um certo


receio nas pessoas, pelo seu aspecto e comportamento agressivo.

Ácaros, que são os carrapatos e alguns parasitas micróbicos.

e) Equinodermos

São animais exclusivamente marinhos, como a estrela-do-mar, o ouriço-do-mar e o pepino-


do-mar. São cerca de 5500 espécies, de tamanhos médios, nunca sendo muito grandes ou
pequenos.

São características exclusivas dos equinodermos:

Sistema hidrovascular, constituído por vasos em cujo interior, circula água;

Formações existentes na superfície do corpo dotadas de mandíbulas e acionados por músculos;

Endoesqueleto calcário: o esqueleto interno, recoberto pela epiderme de origem mesodérmica


e constituído por placas calcárias que, em algumas espécies, emitem espinhos;

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Resumindo as características do grupo, podemos dizer que os equinodermos são animais
triblásticos, celomados, deuterostômios e de simetria radial de base pentarradiada quando
adustos. As larvas apresentam simetria bilateral.

O corpo da estrela-do-mar apresenta-se formado por um disco central do qual partem,


radialmente, cinco braços triangulares. Em algumas estrelas, o número de braços pode chegar
a vinte ou mais.

Os secos são separados. Em cada braço há um par de gônados. Cada uma destas possui um
pequeno canal que se abre num poro situado na parte superior do disco central.

A estrela-do-mar possui um grande poder de regeneração.

O ouriço-do-mar, chamado de pindá pelos indígenas, vive em buracos de rochas onde chega a
água domar. Seu corpo tem a forma de um globo achatado e é coberto por espinhos e, entre
eles, pedicelárias.

Os pepinos-do-mar são animais de corpo alongado e mole. Suas placas calcárias são pequenas
e não se soldam como ocorre no ouriço-do-mar.

Os equinodermos ofiuróides assemelham-se às estrelas-do-mar, mas seus braços são muito


finos. Esses braços são articulados e capazes de movimentar água.

O lírio-do-mar possui um pedúnculo pelo qual se fixa ao solo marinho ou a recifes de corais.
Na extremidade do pedúnculo existe um disco em forma de cálice do qual partem cinco
braços ramificados. Alguns desses braços são capazes de se soltar e flutuar.

f) Quilópodes e Diplópodes

Tem como principal característica a divisão de corpo em vários segmentos, onde se prendem
as patas.

Os quilópodes e os diplópodes possuem um par de antenas e olhos simples, não possuindo


olhos compostos.

Quilópodes: Principal exemplo: centopéia (lacraia, escolopendra)..

Os Quilópodes e os Diplópodes não têm interesse especial para saúde humana. A única
agressão ao homem é praticada pelas centopéias, que possuem um par de pinças de veneno na
cabeça, que podem provocar picadas dolorosas.
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3. Considerações Finais

O Reino Animalia, também conhecido como Metazoa, engloba organismos multicelulares,


eucariontes e heterotróficos, como os seres humanos.

Os animais são organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição


heterotrófica, ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Apesar de serem
bastante distintos anatômica, morfológica e fisiologicamente, todos os animais possuem as
três características citadas.

O Reino Animalia ou Metazoa conta com mais de um milhão de espécies dispostas em mais
de 30 filos. Uma das características mais marcantes do reino é a capacidade de locomoção,
apesar de existirem também representantes sésseis (não se locomovem). Além disso, os
animais possuem células que formam tecidos, com exceção dos poríferos, que não possuem
tecidos verdadeiros.

Costuma-se dividir o Reino Animal em dois grandes grupos principais: os vertebrados e os


invertebrados. Esse primeiro grupo, apesar de ser o mais conhecido, representa apenas 5% de
todas as espécies de animais existentes. Os invertebrados, por sua vez, agrupam o maior
número de espécies, com cerca de 95%. Vale destacar que essa classificação é artificial, sendo
utilizada apenas para fins didáticos.

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4. Referencias Bibliográficas

BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. 4. ed. São Paulo: Roca, 1990.1179 p.

HICKMAN, C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios integrados de zoologia. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 872 p.

RUPPERT, E. E.; BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. 6. ed. SãoPaulo: Roca, 1996.
1088 p

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