Você está na página 1de 10

TURMA DO BRILHO

MATERIAL DE APOIO

BIOLOGIA ANIMAL E VEGETAL


TEMA I. DIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES
Na natureza existe uma grande diversidade de seres vivos, e para distingui-los
foi necessário classifica-las de acordo com as características mais comuns.
Desde os tempos remotos, o homem faz a classificação dos seres vivos, ao
distinguir animais venenosos dos não venenosos, plantas comestíveis e não
Comestíveis, estes sistemas de classificação são práticas, foram criadas para
satisfazer as necessidades básicas.
As classificações dos seres vivos foram possíveis graças ao desenvolvimento
da sistemática e a taxonomia.
-SISTEMÁTICA: é a ciência dedicada a inventar e descrever a biodiversidade
e a compreender as relações filogenéticas entre os organismos.
-TAXONOMIA: é a ciência que da descoberta, descrição e classificação das
espécies com suas normas, princípios e filogenia (relação evolutiva entre
organismo).
As classificações devem conter informações sobre semelhanças morfológicas,
Anatómicas, fisiológicas e outros aspectos.
Aristóteles foi o primeiro a classificar os seres vivos com base nas características
Classificou os organismos em dois reinos: plantas e animais. Os animais foram
subdivididos em dois grupos, Enaimas e Anaimas.
As classificações modernas com base nas características morfológicas, fisiológicas
e grau de parentesco surgiram com Lineo no séc XVIII.
Lineo considerou os seguintes pressupostos:
1- Cada espécie tem um padrão ideal com o qual se pode comparar;
2- A natureza e o número de espécie é imutável e fixo-fixismo.
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA. CLASSIFICAÇÃO RACIONAL E FILOGENÉTICA.
O sistema de classificação de Lineo e Aristóteles têm uma base racional.
Classificação Racional
São aquelas que classificam os animais segundo critérios morfológicos e fisiológico,
pós baseavam-se em características de animais.
Dentro das classificações racionais enquadram-se as classificações naturais e
Artificiais.
- Classificação artificiais
São aquelas que se baseiam num número reduzido de características.
Ex: cor do sangue, número de cavidade no coração, etc. Englobam organismos
muito diferentes.
- Classificações naturais
São aquelas que se baseiam num número maior de características possíveis
exprimindo uma maior afinidade entre os seres vivos. Englobam organismos com
grau de semelhança.
Estas classificações racionais (natural e horizontal) são registadas pelo fixismo, logo
não têm importância com o factor tempo. Face a tal, estas classificações no seu
todo são designadas por classificações horizontais.
As ideias evolucionistas começaram por se impor dependendo que os seres vivos e
stavam relacionados por laços de parentesco. Estas classificações são designadas
por classificações filogenéticas, pós dependem que os seres vivos têm uma origem
comum. Como são classificações evolucionistas, têm em conta o factor tempo, são
dinâmicas de tal modo que são designadas classificações artificiais.
Os taxonomistas obtêm os dados para classificações filogenéticas com ajuda de mui
tas ciências das quais, destacam-se a genética, embriologia, etc. A categoria taxonó
mica fundamental para a classificação é a espécie.
LINEO E O DESENVOLVIMENTO DAS CLASSIFICAÇÕES
Actualmente as classificações biológicas são ainda influenciadas pelo trabalho de
Aristóteles e Lineo, que é considerado o pai da taxonomia. Este elaborou um
sistema de classificação tanto para as plantas como os animais.
Cada um destes reinos subdivide-se em categorias, ele agrupou os organismos de
forma hierárquica usando as categorias.
A categoria taxonómica fundamental para a classificação é a espécie.
-ESPÉCIE, categoria mais restrita, o conjunto de espécie semelhantes formam
géneros.
- GÉNERO, semelhantes constituem famílias
- FAMÍLIAS, semelhantes formam ordens
- ORDEM, semelhantes reúnem-se em classe
- CLASSE, semelhantes constituem filos(animais) ou divisões (plantas).
- FILOS OU DIVISÕES, formam reinos
- REINO, é a categoria mais ampla.
Podem existir outras categorias intermediárias para além destas, neste caso
acrescentam-se os prefixos sub quando a categoria é inferior, sup quando a
categoria é superior. A única categoria é a espécie, as outras são artificiais.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKEZ
Aristóteles classificou os seres vivos em dois reinos: animais e plantas. Lineo
reforçou a mesma ideia distribuindo os seres vivos em grupos taxonómicos.
Com o avanço da ciência, este tipo de classificação começou a levantar dúvidas.
Nos reinos dos animais pertenciam os organismos desprovidos de clorofila e de
parede celular com capacidade de se movimentar. No reino das plantas faziam
parte todos os seres com clorofila, parede celular e sem movimento incluindo fungos
e bactérias por apresentarem paredes celulares.
Em 1866 Halckel criou um sistema de classificação com três reinos: animais, planta
s e protistas. Mas tarde Copland, aumenta mais um reino: animais, plantas, protistas
e monera.
Whittakez, elaborou um sistema de classificação baseado no nível de organização
celular(procariotas e eucariota), e no modo de nutrição (autotróficos e heterotróficos)
.
Whittakez, reconhece 5 reinos: animais, plantas, protistas, fungos e monera.
-Reino dos Animais
Constituído por organismos pluricelulares por ingestão entra e extracelulares
-Reino das Plantas
Constituído por organismos pluricelulares incluindo algas pluricelulares e fotos
sintéticos.
- Reino Protista
Construído por seres unicelulares, incluindo as algas unicelulares fotossintéticas.
- Reino Fungo
Constituído por organismos uni e pluricelulares heterotróficos por absorção.
- Reino Monera
No reino monera foram agrupados todos os seres procariontes, organismos
unicelulares sem núcleo individualizado.
A classificação está em constante alteração, e Whittakez alterou o seu sistema de
classificação, retirando as algas pluricelulares do reino das plantas e introduziu no
reino dos protistas. Os organismos uni e pluricelulares eucariotas, protozoários e
algas, surgindo assim a classificação modificada de Whittakez, e por conseguinte
a mais aceite.

TEMA II. A CÉLULA COMO UNIDADE ESTRUTURAL E FUNCIONAL DOS


SERES VIVOS.
ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO
O aspecto morfológico dos diferentes níveis da organização da matéria, requer meio
s de observações diferentes. A percepção e descrição dos fenómenos naturais são
os meios utilizados principalmente para os níveis da matéria macroscópica (visível
ao alcance visual).
Mas para os níveis da matéria microscópica (visível só ao microscópio), como celula
res moleculares e atómicas, requerem a utilização de outros tipos de instrumentos e
métodos, pós o olho humano não consegue distinguir.
O microscópio é um instrumento óptico com a capacidade para ampliar as imagens
de objectos muito pequeno, cuja a invenção é atribuída a Robert Hook, que em
1665 construíu as primeiras lentes compostas para o microscópio.
O microscópio óptico é constituído por uma parte óptica e mecânica.
A parte óptica é composta por:
a) Sistema de iluminação: contendo lâmpada, espelho, condensador e diafrágma.
b) Sistema de ampliação: contendo o sistema objetivo e o sistema ocular
A parte mecânica é composta por: pé ou base, braço ou coluna, platína, canhão ou t
ubo, revólver ou porta, objectiva, parafuso macromético e parafuso micrométrico.
O microscópio óptico pode ser classifaco em: composto e simples.
-composto: constituído por duas ou mais lentes associados;
- Simples: constituído por apenas uma lentes.

A CÉLULA EUCARIOTA E PROCARIOTA. CÉLULA ANIMAL E VEGETAL.


Todos os organismos são constituídos por uma ou mais unidades chamada célula,
que se caracteriza por estrutura e organização própria necessária a vida. Elas
realizam funções químicas, proporcionando energia ao organismo para a realização
de funções vitais como reprodução digestiva e excreção de resíduos.
As células mais complexas possuem núcleo organizado e numerosos organelos, por
isso, se chamam células eucariotas. Nelas, apesar da grande diversidade de
organelos, existem três constituintes principais, que são: a membrana celular, o
citoplasma e o núcleo.
- O núcleo é o centro de controlo da célula, contém cromossomas que são
constituído por DNA.
- A membrana celular é a barreira entre o citoplasma e o meio extra-celular e é
colectivamente permeável.
- O citoplasma é uma solução coloidal na qual ocorrem todas as reacções químicas
celulares (o metabolismo), nele se encontra organelos ou organitos como;
a) Membrana nuclear: separa o DNA do citoplasma
b) Mitocôndrias: local onde ocorre a respiração celular
c) Complexo de golgi: recebe do retículo endoplasmático proteínas para vesícula
membranosas
d) Ribossomas: intervêm na síntese de moléculas complexas de proteínas
e) Centríolos: participam na divisão celular, facilitando o crescimento.
Nas células, o material nuclear não está delimitado pela membrana nuclear, pelo
que fica em contacto directo com o citoplasma. Por este facto, essas células são de
signadas células procariotas (do grego pró = antes, e karyon= núcleo). Assim os se
res constituídos por células procariotas chamam-se procariontes (as bactérias).
As células eucariotas( do grego eu = verdadeiro, e karyon= núcleo), apresentam a
região nuclear limitada por uma menbrana. Assim os seres constituído por células
eucariota chamam-se eucariontes (o homem).
CÉLULA ANIMAL E VEGETAL
Existem diferenças entre as células vegetais em relação as animais, assim, os
constituintes principais das células vegetais são: núcleo, citoplasma, membrana
celular e parede celular. Nas células vegetais as diferenças das animais
encontram-se ao citoplasma, também organitos como:
a) Plastos: elaboram e acumulam determinadas substâncias como:
- Cloroplastos: onde se localizam as clorofilas(pigmentos verdes)
- Cromoplastos: onde se localizam outros pigmentos não verdes responsáveis pela
diversas flores e frutos.
- Amioloplastos: onde é armazenado o amido (substância que serve de energia
das plantas)
b) Vacúolos: existem nas células animais, nas vegetais são poucos e grandes, e
que armazenam água e produtos do metabolismo.
Por tanto, as diferenças entre as células vegetais e animais podem expressarem-se
na seguinte tabela.
ESTRUTURA CÉLULA ANIMAL CÉLULA VEGETAL

Plastos Não apresenta Apresenta

Parede celular Não apresenta Apresenta

Vacúolos Apresenta Poucos e grandes

Centríolos Apresenta Não apresenta

ESTRUTURA DO METABOLISMO
Para a realização dos processos vitais, se utilizam níveis celular, moléculas de
nutrientes absorvidas no tubo digestivo. Após este processo, ocorrem um conjunto
de reacções químicas em todas células vivas, designado metabolismo celular.
O metabolismo é importante, porque a segura a manuntenção das estruturas celular
es, o seu crescimento, desenvolvimento. No metabolismo celular , ocorre dois tipos
de reacções metabólicas que são:
1- Anabolismo: é a reacção que leva a síntese de organismos indispensáveis
ao crescimento e renovação celular.
2- Catabolismo: é a reacção que leva a degradação das moléculas dos nutrientes
com transferência de energia e eliminação de resíduos.
Tanto o anabolismo como o catabolismo são processos simultâneos, cada um
agrupa um conjunto de reacções enzimáticas mediante as quais se degrada uma de
terminada biomolécula. Todos os compostos quimicos que aparecem no
desenvolvimento destes processos, denominam-se metabólitos.
Com tudo, o processo de captação de energia pelos seres vivos são: fotossíntese e
a quimiossíntese.
- Quimiossíntese: é o processo de gradação de compostos orgânicos com energia
libertadas em certas reacções químicas. Os organismos que têm a energia química
como fonte de energia metabólica, denominam-se quimiotróficos. Ex: todos os
animais, fungos e certas bactérias.
- Fotossíntese:
Etimologicamente a fotossíntese significa síntese pela luz, ou ainda compor
substâncias a partir da luz, onde "foto" = luz e "síntese" = sintetizar.

As plantas, certas bactérias e algas obtêm as suas energias a partir da luz solar
pela fotossíntese. A fotossíntese pode ser considerada como um dos processos
biológicos mais importante na terra. É através da fotossíntese que a energia
luminosa é captada e convertida em energia química para que possa ser utilizada
no metabolismo dos seres vivos.
Nas plantas verdes, a fotossíntese implica um consumo de dióxido de carbono e
água formando-se hidratos de carbono com a glicose e libertando-se oxigénio e
água.
Transporte nas plantas
O transporte nas plantas reflecte a grande importância do que se passa no interior
delas, desde o transporte da seiva xilémica até ao transporte da seiva floémica. Nas
plantas terrestre a acessibilidade a água, constitui uma condição crítica, pós a água
é uma necessidade básica para vida.
No xilema é transportada água e saís minerais (seiva bruta da raiz para as partes
aéreas da planta). No floema é transportada a água, solutos inorgânicos ( seiva
elaborada das folhas para outros orgãos das plantas).
Admite-se que o trajecto que a água e os solutos seguem da periferia até ao xilema,
se efectue por duas vias:
1- Via simplasto: a água atravessa as células epidérmicas e as células do
parênquima cortical seguindo a continuidade citoplasmática que se
estabelece através dos plasmodesmos que ligam as diferentes células.
2- Via acoplasto: a água circula através da matriz constituída pelas paredes celular
es e espaço intercelulares.
DIVISÃO CELULAR (A MITOSE)
Os organismos unicelulares são constituídos por apenas uma célula que realiza as
funções vitais como a nutrição, respiração, reprodução, locomoção, etc. Integram
nesse grupo a paramécia, ameba, o plasmódio, bactérias e entre outros. Neles a
divisão celular é um modo de reprodução, já que por este processo dois ou mais
indivíduos nascem de uma célula.
A divisão celular é o processo pelo qual uma célula mãe divide-se em duas células
filhas que por sua vez crescem e se dividem. A este tipo de divisão dá-se o nome
de mitose.
A mitose é a transferência de energia necessária na manutenção da vida. A mitose
é contínua e para facilitar sua descrição distinguem-se 5 fases: prófase, prometase,
metáfase, anáfase, e telófase.
1- Prófase: é o único da divisão em que há um aumento do núcleo celular e os
cromossomas longos tornam-se curtos e grossos.
2- Prometafase: esse é um período muito curto da divisão celular, nessa fase
os cromossomas estão cada vez mais condensados, os centrossomas se
dirigem para os polos opostos das células e as fibras do fuso invadem a
região nuclear.
3-Metáfase: fase em que desaparece a membrana nuclear e cada cromossoma
apresenta uma cópia de sí própria.
4-Anáfase: fase em que o cromossoma original e sua cópia separam-se para polos
opostos da célula, começando sua divisão.
5- Telófase: nesta, as células se dividem totalmente, duas novas células têm o
mesmo número de cromossomas cada vez mais compridos e finos, com o
reaparecimento da membrana celular.

Você também pode gostar