Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Reino: Animalia ou Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Gênero: Homo
Espécie: sapiens
História da classificação dos seres vivos
2
reinos, modificando o sistema de Copeland. Segundo Whittaker, os reinos dos seres
vivos são:
3
Assim, na proposta de Woese e em outras mais recentes, os Reinos Monera e
Protista não existem, pois não são monofiléticos. Já os Reinos fungi, Plantae e
Animalia são monofiléticos. Nesses casos, empregam-se os termos Monera e
Protista como coletivos sem valor taxonômico.
Levando em conta o atual status da classificação dos seres vivos, em que ainda
há pouco consenso sobre as definições dos reinos, vamos adotar por simplificação
a classificação em cinco reinos, assim definidos:
4
REINO MONERA
5
Certas espécies vivem em associação com outros organismos, trazendo-lhes
benefícios, como é o caso das bactérias que ocorrem na nossa flora intestinal e
que produzem vitamina K;
Algumas espécies são usadas na indústria de alimentos para a produção de
iogurte e outros produtos.
6
As Bactérias
A nutrição bacteriana
7
Fertilização do solo — Pode-se concluir, pelo que foi descrito acima, que a
fertilidade do solo depende da atividade dos seres decompositores. Mas outros tipos
de bactérias também contribuem para a riqueza do solo. É o caso das bactérias do
gênero Rhizobium, que vivem associadas às raízes de leguminosas, um importante
grupo de plantas, como a soja, o feijão e a ervilha. Uma vez instaladas nas raízes, as
bactérias fixam o gás nitrogênio atmosférico (N2) e o transformam em sais
nitrogenados, que são em parte assimilados pelas plantas. Esse gênero de bactérias
fornece às leguminosas os sais nitrogenados necessários ao seu desenvolvi
mento. Parte da matéria orgânica produzida pelas leguminosas por meio da
fotossíntese é a ssimilada por essas bactérias, que são heterótrofas. Estabelece-se,
assim, uma interação de benefícios mútuos entre as bactérias Rhizobium e a planta;
esse tipo de interação é denominado mutualismo. Depois de colhidas as sementes, o
agricultor pode enterrar as leguminosas para que funcionem como "adubos verdes".
De fato, à medida que se decompõem, as grandes moléculas orgânicas nitrogenadas
existentes na planta, como as proteínas, originam principalmente amônia, que é
liberada para o ambiente. Então, bactérias nitrificantes, como as dos gêneros
Nitrosomonas e Nitrobacter, atuam, respectivamente, convertendo a amônia em
nitrito e o nitrito em nitrato. Uma vez incorporados ao solo os nitritos e os nitratos
aumentam sua fertilidade.
8
indústria farmacêutica, as bactérias do gênero Bacillus fornecem certos antibióticos,
como a tirotricina e a bacitracina.
9
A Reprodução das Bactérias
10
Estrutura da Bactéria
FIMBRIAS E PILI
11
Reino Protista
12
rizópodes— locomovem -se por meio de pseudópodes;
ciliados — locomovem -se por meio de cílios;
esporozoários — são desprovidos de estruturas locomotoras;
flagelados ou mastigóforos — locomovem -se por meio de flagelos.
Algas
13
desses ambientes. Assim, elas são os mais importantes componentes do fitoplâncton,
contingente de seres clorofilados aquáticos flutuantes. Em virtude de sua intensa
atividade fotossintetizante, as algas, principalmente as marinhas, são responsáveis
pela maior parte do gás oxigênio liberado diariamente na biosfera; por isso, são
consideradas os verdadeiros "pulmões do mundo".
REINO FUNGI
14
talo é denominado micélio e se acha constituído por um emaranhado de
filamentos microscópicos chamados hifas.
Esse filo reúne espécies de vida livre, como Rhizopus sp,. Um bolor negro que
cresce sobre superfícies úmidas de alimentos ricos em carboidratos, como pão velho,
frutas e verduras. Existem também zigomicetos parasitas de protozoários, de vermes e
de insetos e espécies que formam associação mutualísticas com raízes de plantas, as
chamadas micorrizas.
15
Filo Basidiomycota (Basidiomicetos)
16
constituídas por pequenos fragmentos do corpo do líquen, nos quais existem hifas do
fungo envolvendo algumas algas. Os sorédios são vistos como um pó esverdeado sobre
o corpo do líquen, de onde são disseminados pelo vento.
MICORRIZAS
As hifas dos fungos das micorrizas atuam como uma "ponte" que conecta as
células das raízes de uma planta ao material orgânico em decomposição disponível no
ambiente. Elas formam no solo uma espécie de "teia" subterrânea, que atua como um
filtro capaz de reter sais minerais dissolvidos na água, evitando perdas para as águas
subterrâneas ou riachos e rios. Esse fato é importante sobretudo em solos geralmente
pobres em nutrientes minerais, como é o caso da floresta Amazônica.
17
decompositores. No entanto, muitas espécies são parasitas de plantas e de animais,
inclusive os seres humanos. Outras espécies, por fim, atendem a interesses humanos
servindo de alimento ou sendo aplicados no co ntrole biológico ou na produção de
bebidas e medicamentos.
Ação parasitária
18
com o ar; assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo pr ocessa a
fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho.
19
VÍRUS
A virologia, ramo da ciência que estuda os vírus, teve seu início apenas no final
do século XIX. Mesmo antes da descoberta desses seres ultramicroscópicos, já se
supunha a sua existência, com o reconhecimento de agentes infecciosos capazes de
atravessar filtros que retinham bactérias.
Os vírus, cujo nome vem do latim e significa 'veneno' ou 'fluido venenoso', são
hoje considerados seres vivos pela grande maioria dos cientistas. Mas não são
inseridos em nenhum dos cinco reinos descritos no capítulo anterior, por
apresentarem certas características, como a de não possuírem organização celular.
20
A reprodução dos vírus
No estudo do ciclo reprodutivo dos vírus, utilizaremos como exemplo os
bacteriófagos ou fagos, vírus parasitas de certas bactérias.
Quando um bacteriófago entra em contato com uma bactéria hospedeira,
acopla-se a ela através da cauda e perfura sua membrana celular. Então, o ácido
nucléico viral — no caso, o DNA — é injetado no interior da bactéria, permanecendo a
cápsula proteica fora da célula. Uma vez no interior da bactéria, o DNA do bacteriófago
passa a interferir no metabolismo celu-lar, comandando a síntese de novos ácidos
nucléicos virais, à custa da energia e dos compo-nentes bioquímicos da bactéria.
Paralelamente, e ainda utilizando o arsenal bioquímico da cé-lula hospedeira, o ácido
nucléico viral comanda a síntese de outras moléculas, como proteínas, que
basicamente organizam novas cápsulas. Em cada cápsula abriga-se um cerne de ácido
nucléico, configurando a formação de um novo vírus. No final do processo, formam-se
inúme-ros novos vírus. As novas unidades virais promovem então a ruptura ou lise da
mem-brana bacteriana e os novos vírus são liberados, podendo infectar outra célula e
recomeçar um novo ciclo.
21
Principais viroses humanas
Os vírus são capazes de infectar quase todos os seres vivos, desde as bactérias até o
ser humano.
A seguir, destacaremos as principais doenças humanas provocadas pela ação
infectante desses organismos (viroses).
Aids
A Aids (sigla em inglês de Acquired Immuno-deficiency Syndrome), ou síndrome
da imuno-deficiência adquirida, é uma enfermidade caracterizada por uma intensa
debilitação do sistema imune com o consequente desenvolvimento de um conjunto de
infecções provocadas por di-versos microrganismos oportunistas.
A palavra síndrome refere-se a um conjunto de sinais e de sintomas que pode ser
produzi-do por mais de uma causa. O termo imunodeficiência indica que o sistema
imune do organismo encontra-se debilitado. Uma enfermidade é caracterizada como
adquirida quando o indivíduo a contraiu em qualquer época de sua vida, sem
influência hereditária.
O vírus da Aids foi isolado em 1983, na França, a partir de um gânglio extraído
de um paci-ente, pelo médico e professor Luc Montagnier. Foi batizado como HIV, sigla
em inglês formada da expressão Human Immunodeficiency Virus e que quer dizer 'vírus
da imunodeficiência hu-mana'.
O HIV é portador de RNA e de uma enzima denominada transcriptase reversa. O RNA
do vírus, uma vez no interior de uma célula hospedeira, comanda uma
retrotranscrição, isto é, a partir do RNA viral ocorre síntese de DNA, graças à ação da
enzima transcriptase reversa. Por isso, os vírus como o HIV são chamados de
retrovírus, por serem capazes de realizar retro transcrição. O DNA produzido
comandará então a síntese de novas moléculas de RNA virais e das proteínas que
constituirão as cápsulas virais, culminando com a formação de novos vírus.
O período de incubação do HIV no organismo é variável, em média de dois a
três anos, mas pode ser superior a nove anos. Durante o período de incubação, o
organismo vai produ-zindo anticorpos específicos para combater o vírus e, por meio de
testes, é possível diagnosti-car se um indivíduo é portador do HIV, mesmo que a
enfermidade ainda não tenha se manifes-tado.
22
O HIV invade e destrói os linfócitos T, glóbulos brancos do sangue, essenciais
tanto para o funcionamento dos linfócitos B, produtores de anticorpos, quanto para a
atividade fagocitária de outros glóbulos brancos. Assim, a destruição dos linfócitos T
debilita o sistema de defesa do corpo, quadro clínico que caracteriza a Aids. Nessa
situação, o organismo fica exposto ao de-senvolvimento de inúmeras doenças
oportunistas, como as que podem ser observadas no quadro a seguir.
Contágio e prevenção
O HIV pode ser transmitido por sangue, esperma e secreções vaginais
contaminados, bem como de mãe para filho, por meio da placenta ou da
amamentação. A transmissão por relações sexuais ocorre pelo intercâmbio de sangue
entre os parceiros, uma vez que é comum o surgi-mento de microfissuras ou
lacerações invisíveis nos tecidos dos órgãos genitais durante o ato sexual.
Assim a transmissão pode ser processada das seguintes maneiras:
relações sexuais com parceiro contaminado com HIV;
transfusões com sangue contaminado com HIV;
agulhas e outros instrumentos contaminados com HIV;
placenta e amamentação de mães contaminadas com HIV.
23