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CENTRO EDUCACIONAL TITÂNIA

LAVÍNIA NUNES DOS SANTOS

TAXONOMIA E VÍRUS

SALVADOR – BA

2022
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LAVÍNIA NUNES DOS SANTOS

TAXONOMIA E VÍRUS

Trabalho solicitado ao turno matutino pela


professora Jamile Anjos da disciplina de biologia
através da instituição Centro Educacional Titânia.

SALVADOR- BA

2022
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Sumário
1. TAXONOMIA .................................................................................................................................. 2
1.1. Histórico da classificação biológica ....................................................................................... 2
1.2. Categorias taxonômicas......................................................................................................... 4
1.3. Classificação em cinco reinos ................................................................................................ 5
1.4. Classificação em seis reinos ................................................................................................... 6
1.5. Classificação em três domínios.............................................................................................. 7
2. VÍRUS ............................................................................................................................................. 9
2.1. Características e estrutura dos vírus ..................................................................................... 9
2.2. Reprodução dos vírus .......................................................................................................... 10
2.3. Tipos de vírus ....................................................................................................................... 10
2.4. Doenças causadas por vírus ................................................................................................. 11
2.5. Curiosidades......................................................................................................................... 13
3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 14
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1. TAXONOMIA

A classificação biológica é um sistema utilizado para organizar os seres


vivos por meio de critérios preestabelecidos. A taxonomia é a área da biologia
responsável por identificar, nomear e classificar os seres vivos. A sistemática é uma
área que também auxilia nesse processo, já que estuda as relações evolutivas entre
os organismos, sendo cada vez mais utilizada nesse processo, assim como a biologia
molecular.

1.1. Histórico da classificação biológica

• Aristóteles

A classificação dos seres vivos é um processo antigo, e diversos sistemas


de classificação foram elaborados ao longo do tempo. O filósofo grego Aristóteles
(384-322 a.C.), ao qual se remetem os primeiros registros sobre classificação
biológica, considerava que as espécies não sofriam mudanças, sendo assim unidades
fixas, e que poderiam ser organizadas em uma escala com ordem crescente de
complexidade, posteriormente denominada de scala naturae (escala da vida).
Aristóteles foi o primeiro a agrupar os animais em invertebrados e
vertebrados, além de descrever cerca de 500 espécies e classificá-las em diferentes
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categorias, como mamíferos e aves. Como suas observações ocorriam apenas a nível
macroscópico, os seres vivos eram classificados em dois grandes grupos: animais
(seres que se moviam) ou plantas (seres que não se moviam), e essa classificação
perdurou por muito tempo até que, com o avanço da tecnologia, permitiu-se descobrir
os seres microscópicos.

• Carolus Linnaeus

O físico e botânico sueco Carolus Linnaeus (1707-1778), considerado o pai


da taxonomia moderna, desenvolveu o sistema de nomenclatura binomial, no qual os
organismos são designados de acordo com gênero e espécie.
Nesse sistema, o nome deve ser escrito em latim, sendo que o primeiro
nome, escrito com letra maiúscula, representa o gênero, e o segundo nome, escrito
com letra minúscula, o epíteto específico. Esse sistema de nomenclatura ainda é
utilizado na atualidade. Além disso, Linnaeus estabeleceu um sistema hierárquico de
táxons: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie, os quais detalharemos
mais adiante.
Em seguida, o avanço da tecnologia permitiu a descoberta de novos
organismos, e, diante dessas novas descobertas, em 1866, o alemão Ernst Haeckel
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(1834-1919) propôs a existência de três grupos de seres vivos: os animais, as plantas


e os protistas. Em 1936, o norte-americano Herbert Faulkner Copeland incluiu um
quarto grupo, o dos moneras, no qual estariam os organismos procariontes, antes
incluídos em protistas.
O norte-americano Robert Harding Whittaker (1920–1980) foi o
responsável pela elaboração do sistema de classificação em cinco reinos, ainda
presente em muitos livros didáticos. Nesse sistema os seres vivos estão classificados
em Reino Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae, como veremos em detalhes
mais adiante.
Com o avanço da biologia molecular e da sistemática filogenética, novas
formas de classificação surgiram, dentre elas podemos destacar a proposta, no ano
de 1977, pelo microbiologista norte-americano Carl Richard Woese (1928-2012). Por
meio de seus estudos filogenéticos, ele concluiu que os seres vivos poderiam ser
agrupados em três grupos, aos quais chamou de Domínio, uma categoria acima de
Reino. Além disso, Woese propôs uma nova classificação em reinos, desta vez
apresentando seis reinos, que também serão explicados mais adiante.

1.2. Categorias taxonômicas

Como mencionado, Linneu estabeleceu um sistema hierárquico de táxons,


também chamado de categorias hierárquicas, são elas:

• Reino: a maior das categorias, é constituída por um conjunto de filos;

• Filo: constituído por um conjunto de classes;

• Classe: constituída por um conjunto de ordens;

• Ordem: constituída por um conjunto de famílias;

• Família: constituída por um conjunto de gêneros;

• Gênero: constituído por um conjunto de espécies;

• Espécie: grupo de organismos capazes de reproduzir-se e originar


descendentes férteis.
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1.3. Classificação em cinco reinos

A classificação em cinco reinos proposta por Whittaker, embora seja


considerada ultrapassada, ainda persiste em muitos materiais didáticos de Ensino
Fundamental e Médio. Nesse sistema os organismos são classificados em cinco
reinos:

• Reino Monera: organismos procariontes unicelulares. Exemplos:


bactérias e cianobactérias.

• Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou


heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.

• Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou multicelulares,


heterotróficos. Exemplos: cogumelos e leveduras.

• Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos


(fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores
(apesar de alguns autores classificarem algas como protistas, classificações recentes
incluem algas multicelulares no Reino Plantae).

• Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e


heterotróficos. Exemplos: animais invertebrados e animais vertebrados.
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1.4. Classificação em seis reinos

A classificação em seis reinos foi proposta por Woese e diferencia-se da


classificação de Whittaker pela extinção do Reino Monera e a criação do Reino
Bacteria e do Reino Archea:

• Reino Bacteria: organismos procariontes unicelulares. Exemplos:


bactérias e cianobactérias.

• Reino Archea: organismos procariontes, autotróficos ou heterotróficos,


e que habitam ambientes extremos, por exemplo, apresentando altas temperaturas e
concentração de metano ou enxofre. Esses organismos assemelham-se, em termos
evolutivos, mais aos eucariontes do que às bactérias.

• Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou


heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.

• Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares,


heterotróficos, sendo que sua nutrição ocorre por absorção. Exemplos: cogumelos e
leveduras.
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• Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos


(fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e
superiores.

• Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e


heterotróficos. Exemplos: animais invertebrados e animais vertebrados.

Segundo as classificações mais recentes, o Reino Monera e o Reino


Protista deixam de existir, sendo apenas utilizados como coletivo para organismos
procariontes e eucariontes unicelulares, respectivamente.

1.5. Classificação em três domínios

A classificação em três domínios foi também proposta por Woese e é a


mais aceita na atualidade.
• Domínio Bacteria: constituído por organismos unicelulares
procariontes, tendo como representantes as bactérias.
• Domínio Archea: constituído por organismos unicelulares procariontes,
também conhecidos como arqueobactérias, encontrados em ambientes considerados
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extremos, apresentando, por exemplo, temperaturas muito elevadas e altas


concentrações de metano ou enxofre.
• Domínio Eukarya: constituído por todos os organismos eucariontes.
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2. VÍRUS

Os vírus são parasitas que se destacam principalmente pelas doenças


causadas no homem, entretanto, eles não parasitam apenas as células humanas.
Esses organismos, que só se reproduzem no interior de células, podem infectar
qualquer ser vivo, desde uma bactéria até uma planta, por exemplo.

2.1. Características e estrutura dos vírus

Os vírus são bastante pequenos e não podem ser visualizados nem mesmo
no microscópio óptico. Além disso, não possuem célula, sendo assim, não são
considerados por muitos pesquisadores como seres vivos.

Dizemos que eles são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que só
conseguem reproduzir-se no interior de uma célula. Eles não possuem ribossomos ou
outras estruturas capazes de produzir suas próprias proteínas. Dessa forma, não
realizam nenhuma atividade metabólica fora de células.

Eles são formados por cápsulas proteicas, chamadas de capsídio, que


envolvem o ácido nucleico, que, por sua vez, pode ser um DNA ou um RNA, com
exceção de poucos vírus que apresentam os dois tipos. O conjunto do capsídio com
o ácido nucleico é chamado de nucleocapsídio. Alguns vírus, chamados de
envelopados, apresentam ainda uma proteção lipídica externa, o envelope viral. Esse
envelope é derivado de membranas da célula hospedeira.
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2.2. Reprodução dos vírus

No capsídio e no envelope dos vírus envelopados, há proteínas ligantes,


que se ligam aos receptores encontrados na membrana da célula que será infectada.
Cada vírus é capaz de infectar um tipo de célula, sendo assim, dizemos que os vírus
possuem especificidade.

Os vírus multiplicam-se no interior das células infectadas graças à inserção


de seu material genético, que passa a comandar o metabolismo da célula hospedeira.
Cada vírus possui um mecanismo diferente de multiplicação.

Após se multiplicarem, os vírus podem romper as células infectadas para a


liberação de novas estruturas, constituindo, assim, um ciclo lítico. Outras vezes, o
material genético viral pode manter-se ligado ao da célula hospedeira, e a transmissão
desse material para novas células ocorre à medida que ela se divide, caracterizando
um ciclo lisogênico.

Os vírus podem ser encontrados em praticamente todos os locais e infectar


qualquer tipo de célula. As doenças causadas por eles são chamadas de viroses e
são tratadas com poucas drogas, sendo recomendado normalmente repouso e boa
alimentação. É importante frisar que antibióticos não são eficazes no tratamento de
doenças virais.

2.3. Tipos de vírus

Os vírus são classificados de acordo com o tipo de ácido nucleico, de


acordo com a forma do capsídeo e também pelos organismos que eles são capazes
de infectar. Veja os exemplos a seguir.

• Adenovírus: formados por DNA, por exemplo o vírus da pneumonia.

• Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.

• Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da dengue.

• Bacteriófagos: vírus que infectam bactérias.


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• Micófagos: vírus que infectam fungos.

Uma informação importante sobre os vírus é que eles podem utilizar


agentes transmissores em uma infecção. Por exemplo, as plantas podem ser
infectadas por vírus através de insetos ou outros organismos que se alimentam delas.

2.4. Doenças causadas por vírus

Como exemplos de doenças causadas por vírus, também chamadas


de viroses, podemos citar:

• Covid-19
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• Dengue

• Ebola

• Febre amarela

Outros exemplos de vírus são: Aids, caxumba, gripe, hepatite, herpes,


HPV, meningite, raiva, rubéola, varicela e sarampo.
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2.5. Curiosidades

• A palavra "vírus", do latim, significa toxina, fluido venenoso.


• O “vírion” corresponde a partícula viral quando ela se encontra fora da célula
hospedeira.
• O termo “vírus de computador” surgiu por analogia ao vírus biológico marcado
por sua característica parasitária.
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3. BIBLIOGRAFIA

SANTOS, H. S. D. Biologia Net. Biologia Net, 2022. Disponivel em:


<https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-biologica-taxonomia.htm>. Acesso em:
22 Março 2022.

SANTOS, V. S. D. Biologia Net. Biologia Net, 2022. Disponivel em:


<https://www.biologianet.com/biodiversidade/virus.htm>. Acesso em: 22 Março 2022.

BATISTA, C. TodaMatéria. TodaMatéria, 2022. Disponivel em:


<https://www.todamateria.com.br/virus/>. Acesso em: 25 Março 2022.

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