Você está na página 1de 7

A prova de Ciências da

Natureza será na
quinta-feira 13/04/2023.

Classificação biológica
ou Taxonomia
CLASSFICAÇÃO BIOLÓGICA (TAXONOMIA)
A classificação biológica é um sistema utilizado para organizar os seres vivos por meio de
critérios preestabelecidos. A taxonomia é a área da biologia responsável por identificar,
nomear e classificar os seres vivos. A sistemática é uma área que também auxilia nesse
processo, já que estuda as relações evolutivas entre os organismos, sendo cada vez mais
utilizada nesse processo, assim como a biologia molecular.

Histórico da classificação biológica


• Aristóteles
A classificação dos seres vivos é um processo antigo, e diversos sistemas de classificação foram
elaborados ao longo do tempo. O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), ao qual se remetem
os primeiros registros sobre classificação biológica, considerava que as espécies não
sofriam mudanças, sendo assim unidades fixas, e que poderiam ser organizadas em uma escala
com ordem crescente de complexidade, posteriormente denominada
de scala naturae (escala da vida).
Aristóteles foi o primeiro a agrupar os animais em invertebrados e vertebrados, além
de descrever cerca de 500 espécies e classificá-las em diferentes categorias,
como mamíferos e aves. Como suas observações ocorriam apenas a nível macroscópico, os
seres vivos eram classificados em dois grandes grupos: animais (seres que se moviam)
ou plantas (seres que não se moviam), e essa classificação perdurou por muito tempo até que,
com o avanço da tecnologia, permitiu-se descobrir os seres microscópicos.

• Carolus Linnaeus
O físico e botânico sueco Carolus Linnaeus (1707-1778), considerado o pai da taxonomia
moderna, desenvolveu o sistema de nomenclatura binomial, no qual os organismos são
designados de acordo com gênero e espécie.
Nesse sistema, o nome deve ser escrito em latim, sendo que o primeiro nome, escrito com letra
maiúscula, representa o gênero, e o segundo nome, escrito com letra minúscula, o epíteto
específico. Esse sistema de nomenclatura ainda é utilizado na atualidade. Além disso, Linnaeus
estabeleceu um sistema hierárquico de táxons: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e
Espécie, os quais detalharemos mais adiante.
Carolus Linnaeus, o pai da taxonomia moderna, desenvolveu o sistema de nomenclatura binomial e um sistema hierárquico de táxons.

Em seguida, o avanço da tecnologia permitiu a descoberta de novos organismos, e, diante dessas


novas descobertas, em 1866, o alemão Ernst Haeckel (1834-1919) propôs a existência de três
grupos de seres vivos: os animais, as plantas e os protistas. Em 1936, o norte-
americano Herbert Faulkner Copeland incluiu um quarto grupo, o dos moneras, no qual
estariam os organismos procariontes, antes incluídos em protistas.
O norte-americano Robert Harding Whittaker (1920–1980) foi o responsável pela
elaboração do sistema de classificação em cinco reinos, ainda presente em muitos livros
didáticos. Nesse sistema os seres vivos estão classificados em Reino Monera, Protista,
Fungi, Animalia e Plantae, como veremos em detalhes mais adiante.
Com o avanço da biologia molecular e da sistemática filogenética, novas formas de classificação
surgiram, dentre elas podemos destacar a proposta, no ano de 1977, pelo microbiologista norte-
americano Carl Richard Woese (1928-2012). Por meio de seus estudos filogenéticos, ele
concluiu que os seres vivos poderiam ser agrupados em três grupos, aos quais chamou de
Domínio, uma categoria acima de Reino. Além disso, Woese propôs uma nova classificação em
reinos, desta vez apresentando seis reinos, que também serão explicados mais adiante.

Categorias taxonômicas
Como mencionado, Linneu estabeleceu um sistema hierárquico de táxons, também chamado de
categorias hierárquicas, são elas:

• Reino: a maior das categorias, é constituída por um conjunto de filos;


• Filo: constituído por um conjunto de classes;
• Classe: constituída por um conjunto de ordens;
• Ordem: constituída por um conjunto de famílias;
• Família: constituída por um conjunto de gêneros;
• Gênero: constituído por um conjunto de espécies;
• Espécie: grupo de organismos capazes de reproduzir-se e originar descendentes
férteis.
Completamente seus estudos com os
resumos escritos no caderno durante as aulas
de biologia e as atividades realizadas.

Dica: ReFiCOFaGE

Classificação biológica da espécie “Vulpes vulpes”, também conhecida como raposa-vermelha.


Classificação em cinco reinos
A classificação em cinco reinos proposta por Whittaker, embora seja considerada
ultrapassada, ainda persiste em muitos materiais didáticos de Ensino Fundamental e Médio.
Nesse sistema os organismos são classificados em cinco reinos:
• Reino Monera: organismos procariontes unicelulares. Exemplos: bactérias e
cianobactérias.
• Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou
heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.
• Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou multicelulares, heterotróficos.
Exemplos: cogumelos e leveduras.
• Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos
(fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores
(apesar de alguns autores classificarem algas como protistas, classificações recentes
incluem algas multicelulares no Reino Plantae).
• Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos. Exemplos:
animais invertebrados e animais vertebrados.

Classificação em seis reinos


A classificação em seis reinos foi proposta por Woese e diferencia-se da classificação de
Whittaker pela extinção do Reino Monera e a criação do Reino Bacteria e do Reino Archea.
• Reino Bacteria: organismos procariontes unicelulares. Exemplos: bactérias e
cianobactérias.
• Reino Archea: organismos procariontes, autotróficos ou heterotróficos, e que
habitam ambientes extremos, por exemplo, apresentando altas temperaturas e
concentração de metano ou enxofre. Esses organismos assemelham-se, em termos
evolutivos, mais aos eucariontes do que às bactérias.
• Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou
heterotróficos. Exemplos: protozoários e algas.
• Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, heterotróficos,
sendo que sua nutrição ocorre por absorção. Exemplos: cogumelos e leveduras.
• Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos
(fotossintetizantes). Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores.
• Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos. Exemplos:
animais invertebrados e animais vertebrados.
Segundo as classificações mais recentes, o Reino Monera e o Reino Protista deixam de
existir, sendo apenas utilizados como coletivo para organismos procariontes e
eucariontes unicelulares, respectivamente.

Classificação em três domínios


A classificação em três domínios foi também proposta por Woese e é a mais aceita na
atualidade.
• Domínio Bacteria: constituído por organismos unicelulares procariontes, tendo
como representantes as bactérias.
• Domínio Archea: constituído por organismos unicelulares procariontes, também
conhecidos como arqueobactérias, encontrados em ambientes considerados
extremos, apresentando, por exemplo, temperaturas muito elevadas e altas
concentrações de metano ou enxofre.
• Domínio Eukarya: constituído por todos os organismos eucariontes.

Disponível em: https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-biologica-taxonomia.htm

Você também pode gostar