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Você conhece os

cinco reinos dos seres


vivos?
#natureza

Em nosso planeta vivem milhões de seres vivos, mas você sabia


que se dividem em cinco reinos diferentes? Alguns, como os
animais e as plantas, podemos vê-los a olho nu. Outros, como as
bactérias, apenas são visíveis através do microscópio. A seguir,
adentramos nos cinco reinos da natureza para conhecê-los um
pouco melhor.
Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.

Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.

Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.
Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.

Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.

Ninguém sabe com certeza quando, como nem por que surgiu a vida na Terra, mas
Aristóteles observou há 2.400 anos que toda a biodiversidade do planeta era de
origem animal ou vegetal. Essa observação inicial do filósofo grego foi completada
nos séculos XIX e XX com a descoberta de novos reinos, até chegar aos cinco mais
reconhecidos da atualidade — agrupam as 8,7 milhões de espécies que habitam a
Terra, segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA)—.

O QUE É UM REINO EM BIOLOGIA

O sistema dos reinos biológicos é a forma que a ciência tem para classificar os
seres vivos por sua relação de parentesco na história da evolução. Isso significa que
todas as espécies que integram os cinco grandes grupos — algumas teorias
recentes os situam em seis e inclusive sete — têm antepassados comuns; portanto,
compartilham parte de sua genética e pertencem à mesma árvore genealógica.

Além dos reinos dos seres vivos, existem outras categorias taxonômicas dentro do
mesmo sistema de classificação como o domínio, o filo, a classe, a ordem, a família,
o gênero e a espécie. Todas elas seguem uma ordem hierárquica e estão
subordinadas entre si; portanto, uma divisão engloba outras. Dessa forma, o
domínio inclui o reino, o reino ao filo, o filo à classe e assim sucessivamente.

CARACTERÍSTICAS DOS CINCO REINOS DOS SERES VIVOS1

Todas as espécies que fazem parte de um determinado reino têm características


semelhantes quanto a desenvolvimento e funcionamento. A seguir, vejamos onde
ocorrem essas relações de parentesco que definem os reinos da natureza:

Nutrição. Autotrófica (produzem seu próprio alimento) ou heterotrófica (se


alimentam de outros seres vivos).

Organização celular. Unicelulares (possuem apenas uma célula) ou


pluricelulares (têm duas ou mais células).
Tipologia celular. Eucariontes (o material genético está rodeado por uma
membrana) ou procariontes (não possuem membrana).

Respiração. Aeróbia (necessitan oxigênio) ou anaeróbia (não utilizan


oxigênio).

Reprodução. Sexuada, assexuada ou por esporos.

Locomoção. Autônoma ou imóvel.

A CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS EM CINCO REINOS

O primeiro que classificou os seres vivos em cinco grandes reinos foi o ecólogo
norte-americano Robert Whittaker. Este pesquisador comprovou em 1959 que os
fungos não eram organismos vegetais — até então se acreditava que sim — e uma
década depois propôs a criação do reino Fungi para diferenciá-los das plantas. A
teoria de Whittaker teve grande aceitação e a comunidade científica somou assim
um novo grupo ao sistema anterior de quatro reinos, estabelecido pelo biólogo
norte-americano Herbert Copeland em 1956.

Reino animal

O reino Animália é o mais evoluído e se divide em dois grandes grupos: vertebrados


e invertebrados. Os animais são seres pluricelulares e eucariontes de alimentação
heterotrófica, respiração aeróbia, reprodução sexual e capacidade de deslocamento.
Este reino é um dos mais biodiversos e é composto pelos mamíferos, peixes, aves,
répteis, anfíbios, insetos, moluscos e anelídeos, entre outros.

Reino vegetal

As árvores, as plantas e demais espécies vegetais fazem parte do reino Plantae, um


dos mais antigos e que se caracteriza por sua natureza imóvel, pluricelular e
eucariontes. Esses seres autotróficos, que contêm celulose e clorofila em suas
células, são imprescindíveis para a vida na Terra ao liberarem oxigênio através da
fotossíntese. Quanto à forma de se reproduzir, esta pode ser sexuada ou
assexuada.
Um olhar rápido sobre os reinos dos seres vivos e suas espécies.

VER INFOGRÁFICO: Um olhar rápido sobre os reinos dos seres vivos e


suas espécies [PDF]

Link externo, abra em uma nova aba.

Reino fungi
Esse nome é utilizada para designar o reino dos fungos, que abrange as leveduras,
os bolores e todas as espécies de cogumelos. Esses organismos pluricelulares,
aeróbios, eucariontes e heterotróficos contêm quitina em suas paredes celulares,
parasitam outros seres vivos para se alimentar e se reproduzir por meio de esporos.

Reino protista

Esse grupo é o mais primitivo dos eucariontes e dele provêm todos os outros. O
reino protista é parafilético — contém o ancestral comum, mas nem todos os seus
descendentes — e engloba os organismos eucariontes que não são considerados
animais, nem plantas nem fungos, como os protozoários. Ao ser tão heterogêneo é
difícil caracterizá-lo, uma vez que seus integrantes têm muito pouco em comum.

Reino monera

É o reino dos seres vivos microscópicos e abarca os organismos procariontes


(arqueas e bactérias). Esse grupo está presente em todos os habitats e é formado
por seres unicelulares sem núcleo definido. A maioria das bactérias são aeróbias e
heterotróficas, enquanto as arqueas costumam ser anaeróbias e de metabolismo
quimiossintético.

Classificação dos seres vivos em 5 reinos

Carolina Batista

Professora de Química
Na Biologia, o reino é um tipo de organização
utilizada para agrupar os indivíduos de acordo
com a semelhança entre as características
estruturais, anatômicas e genéticas.

Os cinco reinos biológicos são:

● Reino Animal, Animalia ou Metazoa

● Reino Vegetal, Plantae ou Metaphyta

● Reino Protista ou Proctista

● Reino Fungi

● Reino Monera

A primeira organização dos seres vivos em reinos


foi criada por Aristóteles, dividindo-os em
animais e plantas, o que foi confirmado por Carl
von Linnée conforme a análise das
características.
Em 1866, o biólogo alemão Ernst Haeckel foi
responsável pela criação do reino Protista e em
1956 Herbert Copeland organizou o reino
Monera. Por fim, em 1969, o biólogo R.H.
Whittaker propôs também a inclusão do reino dos
fungos, totalizando cinco reinos.

Características dos seres vivos


Os seres vivos apresentam características que em
conjunto os diferenciam dos seres não vivos. Ao
organizar os organismos de acordo com as
semelhanças podemos agrupá-los em reinos e,
assim, distingui-los uns dos outros.

As principais características são:

O tipo de células divide os seres vivos que


apresentam células eucariontes, com núcleo
celular bem definido, e células procariontes, onde
o material genético fica disperso no citoplasma.

A organização celular distingue os seres em


unicelular, formados por uma única célula, e
pluricelulares, quando são constituídos de
inúmeras delas.

A nutrição diferencia os seres autótrofos, capazes


de produzir seu próprio alimento, dos
heterótrofos que se alimentam de outros seres.
A reprodução dos seres vivos pode ocorrer de
forma sexuada, pela união de dois membros de
uma espécie, ou gerar descendentes por
reprodução assexuada, onde um único organismo
é capaz de gerar outros.

A respiração é essencial e pode ser aeróbia para


os seres que precisam de oxigênio para
sobreviver ou anaeróbia para os que não
necessitam desse elemento.

Saiba mais sobre as características dos seres


vivos.

Reino Animal
O reino animal é um reino que apresenta seres
bastante distintos em anatomia e fisiologia, mas
que reúnem as seguintes características:
● Nutrição: são seres heterótrofos

● Tipo de célula: apresentam células


eucariontes

● Organização celular: são seres pluricelulares

● Reprodução: a maioria se reproduz por


reprodução sexuada

● Respiração: realizam respiração aeróbia

Exemplos de seres do reino animal

Os animais são classificados como vertebrados,


do Filo dos Cordados, pela presença de coluna
vertebral. As classes com exemplos de animais
são:

● Peixes: tubarão, sardinha e cavalo-marinho

● Anfíbios: sapo, salamandra e cobra-cega

● Répteis: cobra, jacaré e lagarto


● Aves: avestruz, pavão e galinha

● Mamíferos: gato, macaco e morcego

Existem ainda os animais invertebrados, que


caracterizam-se pela ausência de coluna dorsal e
existem diversos filos que se enquadram nessa
classificação. Alguns exemplos de animais são:
lulas, lesmas e minhocas.

Em uma cadeia alimentar os animais, que são


heterotróficos por ingestão, estão inseridos como
consumidores, podendo se alimentar de seres
autótrofos ou de outros animais.

Saiba mais: Animais: classificação e


características

Reino Vegetal
O reino vegetal apresenta seres vivos com as
seguintes características:

● Nutrição: são seres autótrofos


fotossintetizantes

● Tipo de célula: eucariontes

● Organização celular: pluricelulares

● Reprodução: sexuada ou assexuada,


dependendo da planta

● Respiração: aeróbia

Embora os vegetais e animais apresentem o


mesmo tipo celular, as células das plantas
apresentam estruturas diferentes, como vacúolos,
cloroplastos e celulose na parede celular.

Exemplos de seres do reino vegetal


Levando em consideração os vasos condutores de
seiva, as plantas são classificadas em vasculares,
quando apresentam a estrutura, e avasculares, se
não os tiverem.

São exemplos de plantas vasculares:

● Pteridófitas: samambaia, cavalinha e avenca

● Gimnospermas: pinheiro, araucárias e cedros

● Angiospermas: laranjeira, mangueira e


coqueiro

As plantas avasculares são as briófitas, como os


musgos, que são de pequeno porte e crescem em
locais úmidos e sem receber luz direta do Sol.

Existe também as plantas parasitas que


apresentam uma nutrição diferente das demais,
pois necessitam de outras plantas para sobreviver
e por isso são heterotróficas.

Teste seus conhecimentos com exercícios sobre


reino vegetal.

Reino Fungi
O reino fungi apresenta seres vivos
macroscópicos e microscópicos com as seguintes
características:

● Nutrição: são seres heterótrofos

● Tipo de célula: eucariontes

● Organização celular: uni ou pluricelulares

● Reprodução: sexuada ou assexuada

● Respiração: aeróbia ou anaeróbia facultativa


(em ambientes com pouco oxigênio)

Exemplos de seres do reino fungi


Muitos fungos macroscópicos são empregados na
alimentação, como o cogumelo champignon, e na
produção de alimentos, como as leveduras
utilizadas para fermentação de bebidas e pães.

Outros exemplos de fungos são:

● Leveduras: fungos pluricelulares com hifas

● Bolores: fungos que surgem em matéria


orgânica

● Líquens: espécies que surgem da associação


de fungos com outros organismos, como
algas e cianobactérias.

Reino Monera
O reino monera apresenta seres vivos com as
seguintes características:

● Nutrição: autótrofos ou heterotróficos


● Tipo de célula: procariontes

● Organização celular: unicelulares

● Reprodução: sexuada ou assexuada

● Respiração: aeróbia ou anaeróbia facultativa


(com ou sem oxigênio)

Exemplos de seres do Reino Monera

O reino monera é constituído de seres


microscópicos simples. Existem milhares de
bactérias, que vivem nos mais diversos
ambientes. Esses seres são agrupados de acordo
com sua estrutura em cocos, bacilos, espirilos e
vibriões.

As cianobactérias também fazem parte deste


reino e são fotossintetizantes. As algas azuis, ou
cianofíceas, vivem isoladamente ou formam
colônias.
Reino Protista
O reino protista apresenta seres vivos com as
seguintes características:

● Nutrição: autótrofos ou heterótrofos

● Tipo de célula: eucariontes

● Organização celular: uni ou pluricelulares

● Reprodução: sexuada ou assexuada

● Respiração: a maioria realiza respiração


aeróbia

Exemplos de seres do reino protista

Exemplos de protozoários, classificados de


acordo com a locomoção, são:

● Sarcodíneos: amebas

● Ciliados: paramécio

● Flagelados: Trypanosoma cruzi


● Esporozoários: plasmódios causadores da
malária

Já as algas são organismos autótrofos


fotossintetizantes e por apresentarem estrutura
mais simples foram inseridos neste grupo. Pelo
tipo de pigmento, as algas são classificadas em
verdes, vermelhas, pardas ou douradas.

Classificação atual dos seres vivos


A classificação em reinos é a mais abrangente
para classificar os seres vivos. Para distinguir as
espécies, dentro de um reino existem outras
categorias que agrupam os organismos, as
chamadas categorias taxonômicas:

Reino → Filo → Classe → Família → Gênero →


Espécie
Existem ainda estudos que indicam a existência
de pelo menos mais um reino, proposto por Carl
Woese, em 1977, além dos 5 citados
anteriormente. Segundo o pesquisador, o Reino
Monera deve ser extinto e os seres divididos entre
os reinos Bacteria e Archea.

Embora os organismos dos reinos Bacteria e


Archea sejam procariontes e unicelulares, os
seres do reino Archea apresentam características
mais próximas dos seres eucariontes.

Classificação dos Seres Vivos


A classificação biológica ou taxonomia é um sistema que organiza os seres vivos em
categorias, agrupando-os de acordo com suas características comuns, bem como por
suas relações de parentesco evolutivo.

É usada a nomenclatura científica que facilita a identificação dos organismos em


qualquer parte do mundo.

Através desse sistema, os biólogos buscam conhecer a biodiversidade, descrevendo e


nomeando as diferentes espécies e organizando-as de acordo com os critérios que
definem.
As Categorias Taxonômicas
No sistema de classificação biológica são usadas as categorias para agrupar os
organismos segundo as suas semelhanças.

A categoria básica é a espécie, que se define como os seres semelhantes que são capazes
de se reproduzir naturalmente e gerar descendentes férteis.

Animais da mesma espécie são reunidos em outra categoria, o gênero. Todos que
pertencem ao mesmo gênero são agrupados em famílias, que são agrupadas em ordens,
que por sua vez se reúnem em classes, reunidas em filos e por fim temos os reinos.

Os reinos são, portanto, a última categoria na hierarquia e se subdividem até chegar à


espécie, categoria mais básica. Então, temos:

Reino ⇒ Filo ⇒ Classe ⇒ Ordem ⇒ Família ⇒ Gênero ⇒ Espécie

Como se Classificam as Espécies?


Um animal pode ser conhecido por diversos nomes em regiões diferentes, entretanto,
para facilitar a identificação dos animais, a nomenclatura científica é adotada
internacionalmente.

Lineu desenvolveu em 1735 a nomenclatura binomial, composta por dois nomes, cujo
primeiro é escrito em letra maiúscula e define o gênero, e o segundo tem letra minúscula
e define a espécie.

Os nomes científicos devem ser escritos em latim e destacados em itálico ou grifados.

Assim, por exemplo, o nome científico do cão é Canis familiaris. O nome Canis também
pode ser usado sozinho, indicando somente o gênero, sendo, portanto, comum aos
animais que tenham relação de parentesco, nesse caso podendo ser o cão ou o lobo
(Canis lupus) ou outro do gênero.

Leia também sobre as características dos seres vivos.

Os Reinos dos Seres Vivos e as Relações Filogenéticas


Classificação dos Seres Vivos nos Cinco Reinos.

As Primeiras Classificações: Aristóteles e Lineu


Aristóteles, pelo que se sabe, foi o primeiro a classificar os seres vivos. Ele dividiu-os em
dois grupos: animais e plantas, que teriam subgrupos organizados de acordo com o
ambiente em que viviam, sendo caracterizados como aéreos, terrestres ou aquáticos.

Mais tarde, vários cientistas criaram sistemas, baseados no que Aristóteles havia feito.

O naturalista sueco Carl von Linnée (1707-1778), mais conhecido como Lineu, definiu
como critério de classificação as características estruturais e anatômicas.
Lineu, nome latinizado do naturalista
que desenvolveu a nomenclatura científica

Lineu era criacionista e acreditava que o número de espécies era fixo e imutável, tendo
sido definidas por Deus no momento da criação.

Assim, os animais eram agrupados apenas de acordo com as semelhanças corporais e as


plantas segundo a estrutura das suas flores e frutos.

Lineu desenvolveu também um método para nomear as espécies, a nomenclatura


binomial publicada no seu livro Systema Naturae, que é aceita até hoje.

Leia também: O que são seres vivos?

Surgimento dos Reinos


Em 1866, o biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) sugeriu que fossem criados os
reinos Protista e Monera, além dos reinos já existentes: Animal e Vegetal.
Em 1969, o biólogo R.H. Whittaker propôs a divisão dos vegetais em outro grupo, dos
Fungos, criando portanto os cinco reinos: Protista, Monera, Fungi, Plantae e Animalia.

A partir de 1977, com estudos de C. Woese, passaram a existir 3 domínios: Archaea,


Eubacteria e Eukarya.

Nos dois primeiros são distribuídos os procariotas (bactérias, protozoários e algas


unicelulares), e no outro, estão todos os eucariotas (fungos, plantas e animais).

Saiba mais sobre os seres vivos e seres não vivos e os 5 reinos biológicos.

Relações Filogenéticas
O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), contribuiu com o desenvolvimento da
classificação dos seres vivos através da sua teoria evolutiva e da noção de ancestral
comum que originou as espécies atuais.

Ele criou "genealogias de seres vivos", diagramas representando as relações de


parentesco evolutivo entre as espécies, que hoje são chamadas de árvores filogenéticas.

A forma de classificar os organismos se modificou muito nas últimas décadas devido ao


desenvolvimento de áreas como a genética e a biologia molecular. As relações de
parentesco são definidas não somente pelas características externas, mas também por
semelhanças genéticas e bioquímicas.

Atualmente, alguns cientistas tem utilizado a cladística para determinar as relações


filogenéticas entre as espécies. Desse modo, é investigada a história evolutiva dos
organismos para classificá-los.

Os cladogramas são semelhantes às árvores filogenéticas, que apresentam as relações de


parentesco. Grupos de espécies que descendem de ancestral comum único são chamadas
monofiléticas e grupos que possuem diferentes ancestrais na sua origem são polifiléticos.

Saiba mais sobre Filogenia e Taxonomia.

Sistemática
A Sistemática é uma área da Biologia que estuda a biodiversidade através de um
sistema sintético de classificação, chamado taxonomia. Ele utiliza hierarquias para
agrupar os organismos formando grupos e subgrupos.

Dessa forma, por exemplo, dentro do grupo das plantas há o subgrupo das plantas com
frutos e outro das plantas sem frutos.

Os objetivos da sistemática são:

● Conhecer melhor os seres vivos e, para tal, são agrupados em categorias


taxonômicas ou táxons. Já foram identificadas mais de 1,5 milhão de espécies e
acredita-se que ainda haja muitas desconhecidas;

● Usar a taxonomia para identificar, descrever, nomear e catalogar as espécies;

● Identificar os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade


biológica;

● Investigar as relações de parentesco evolutivo entre as espécies atuais e seus


antepassados, usando conhecimentos de outras áreas da biologia como genética
e biologia molecular.

Características gerais dos seres vivos


As principais características dos seres vivos são a sua composição química
comum, a presença de células, o metabolismo, a capacidade de reprodução e a
evolução.
Entre as características de um ser vivo, podemos citar sua capacidade de reprodução

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Quando vemos um animal, sabemos que se trata de um ser vivo, não é


mesmo? Mas, afinal, o que define um ser como um organismo vivo? Que
característica um organismo deve possuir para ser classificado como uma
forma de vida? Essas respostas, apesar de parecerem simples, são muito mais
complexas do que podemos imaginar, uma vez que determinados organismos
não se encaixam em determinados quesitos mesmo se comportando como uma
forma de vida.
A seguir listamos alguns dos principais quesitos para que um organismo possa
ser considerado um ser vivo.

Tópicos deste artigo


● 1 - → Composição química

● 2 - → Células

● 3 - → Material genético

● 4 - → Metabolismo

● 5 - → Nutrição

● 6 - → Reprodução

● 7 - → Capacidade de responder a estímulos

● 8 - → Evolução

→ Composição química
Todos os organismos vivos apresentam determinados tipos de elementos
químicos. São eles: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Além desses
elementos, também encontramos fósforo e enxofre, mas em menor
quantidade.

→ Células
As células são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos, estando
presentes em todos os organismos vivos, com exceção dos vírus. De uma
maneira simplificada, podemos dizer que as células apresentam membrana
plasmática, citoplasma e material genético. Esse material genético pode estar
disperso no citoplasma (células procariontes) ou ser delimitado por uma
membrana (célula eucariótica). Os organismos formados por apenas uma
célula são chamados de unicelulares, e aqueles formados por várias células são
chamados de multicelulares.

→ Material genético
Todos os seres vivos apresentam material genético, o qual é responsável por
transmitir as características de um ser vivo para a próxima geração
(hereditariedade) e controlar as atividades que serão realizadas pela célula. O
material genético é formado por um ou dois tipos de ácidos nucleicos (DNA e
RNA).

→ Metabolismo
Os seres vivos apresentam no interior de seu corpo reações químicas, as quais
são necessárias para as mais variadas atividades, como a obtenção de energia.
Ao conjunto dessas reações químicas dá-se o nome de metabolismo. Existem
reações que estão relacionadas com a síntese ou construção de moléculas,
sendo esses processos chamados de anabolismo. Existe ainda o catabolismo,
que consiste na destruição de partículas para a liberação de substâncias mais
simples.

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É importante salientar que os vírus não apresentam seu próprio metabolismo


e, por isso, devem parasitar uma célula para que possam reproduzir-se.

→ Nutrição
Os organismos vivos necessitam de energia para a realização de suas
atividades, e essa energia é conseguida pela nutrição. Os organismos vivos
podem ser divididos, a partir do critério de nutrição, em autotróficos e
heterotróficos. Os autotróficos obtêm energia por meio de processos como a
fotossíntese, e os heterotróficos obtêm energia a partir da quebra de produtos
provenientes de outros seres vivos. De uma maneira simplificada, podemos
dizer que os seres autotróficos são capazes de produzir seu próprio alimento, e
os heterotróficos, não.

Após a nutrição, os organismos realizam reações químicas para que a energia


seja obtida e utilizada posteriormente. O processo de produção de energia é
chamado de respiração celular.

→ Reprodução
Os seres vivos são capazes de reproduzir-se, ou seja, produzir descendentes. A
reprodução pode ocorrer de forma sexuada ou de maneira assexuada. Na
forma sexuada, ocorre o envolvimento de gametas; na assexuada, não.

→ Capacidade de responder a estímulos


Os seres vivos são capazes de responder a estímulos do meio ambiente, uma
propriedade conhecida como irritabilidade. Como exemplo, podemos citar o
fechamento dos folíolos da planta sensitiva ao toque ou ainda a fuga de um
animal diante de um perigo iminente.

→ Evolução
Todos os seres vivos estão sujeitos aos processos evolutivos, ou seja, sofrem
modificações ao longo do tempo. Um dos fatores que causam a evolução é o
surgimento de mutações, modificações que ocorrem na molécula de DNA e
levam ao surgimento de novas características em um organismo. Essas
modificações podem ser transmitidas aos descendentes.

Características dos seres vivos


Carolina Batista

Professora de Química

Os seres vivos apresentam características gerais que permitem diferenciá-los dos seres não vivos.

Costumamos ouvir que os seres vivos nascem, crescem, reproduzem e morrem. Entretanto, existem
características ou funções fundamentais que em conjunto podem definir aquilo que chamamos de
vida.

A seguir, descrevemos 12 das características que permitem identificar um ser vivo.

1. Organização celular
Os seres vivos são formados por células. Eles podem apresentar uma célula (seres unicelulares) ou
várias células (seres pluricelulares).

As células são estruturas altamente organizadas e funcionam coordenadamente. Nos seres


multicelulares, células semelhantes se combinam para formar os tecidos, que participam da
construção dos órgãos. Uma organização mais elevada é a formação dos sistemas de órgãos.

A maioria dos autores indicam que todos os seres vivos são formados por uma unidade funcional e
estrutural: a célula. De acordo com a estrutura celular, os organismos vivos podem ser simples, como
bactérias, ou complexos, como os seres humanos. Os vírus são considerados por muitos estudiosos
como seres vivos, mas são os únicos que não possuem células.

2. Composição química
Os seres vivos são formados basicamente por uma junção de elementos químicos, chamados de
bioelementos ou elementos biogênicos, que constituem a matéria viva.

A tabela periódica agrupa os 118 elementos químicos conhecidos e destes, carbono (C), oxigênio (O),
hidrogênio (H) e nitrogênio (N) são os bioelementos primários.
Os bioelementos primários mais fósforo (P) e enxofre (S) constituem aproximadamente 98% da
massa corporal de um ser vivo.

3. Metabolismo
Todos os seres vivos apresentam metabolismo, que corresponde à junção de todas as reações químicas
interligadas dentro de um organismo.

O objetivo do metabolismo é controlar a energia e os recursos materiais para suprir as necessidades de


um ser vivo. As diversas reações em uma célula fazem com que ela se mantenha viva, com
capacidade de crescer e se dividir.

O metabolismo pode ser classificado em dois grandes processos: anabolismo (reações de síntese ou
construção) e catabolismo (reações de degradação ou quebra).

Saiba mais sobre Anabolismo e Catabolismo.

4. Crescimento e desenvolvimento
Os seres vivos crescem ao longo da vida e aumentam de tamanho ou massa seca (sem levar em
consideração a água do organismo). Consequentemente, o número de células no organismo aumenta.

O crescimento e o desenvolvimento seguem padrões, que envolvem genética, hormônios, nutrição e


metabolismo. As células podem passar por um aumento de volume (hipertrofia) ou multiplicação que
origina novas células (hiperplasia).

5. Reprodução
Os seres vivos são capazes de reproduzir e aumentar o número de componentes da sua espécie através
de seus descendentes. Essa capacidade de reprodução pode ocorrer de diferentes maneiras,
dependendo do organismo.

Seres unicelulares duplicam seu material genético e dividem-se, originando células novas a partir de
uma célula-mãe. Já os seres pluricelulares apresentam células especializadas em reprodução, que são
chamadas de células germinativas reprodutivas.

A reprodução pode ser classificada em sexuada, pela união de gametas dos progenitores, ou
assexuada, que forma organismos geneticamente idênticos.

Saiba mais sobre Reprodução Sexuada e Reprodução Assexuada.


6. Hereditariedade
A hereditariedade pode ser definida como a capacidade de transmitir informações genéticas entre os
indivíduos de uma mesma espécie para que suas características sejam mantidas de uma geração para
outra.

Essas informações são transmitidas através de genes, unidades funcionais da hereditariedade, que
consistem em fragmentos sequenciados de DNA.

7. Nutrição
Os organismos vivos precisam se alimentar para adquirir nutrientes e energia para sua sobrevivência.
De acordo com a nutrição, os seres vivos são classificados em autotróficos e heterotróficos.

Os seres autotróficos conseguem produzir seu alimento a partir de materiais sem vida através de
processos como, por exemplo, fotossíntese e quimiossíntese. Já os seres heterotróficos são nutridos a
partir de outros seres vivos, retirando moléculas orgânicas.

Leia também sobre os Nutrientes.

8. Processamento de energia
Os seres vivos precisam de uma fonte de energia para sobreviver e realizar as atividades celulares.

A respiração celular é uma reação química que ocorre dentro das células e é responsável por liberar a
energia absorvida através dos alimentos.

Nesse processo, ocorre a quebra das moléculas de nutrientes e a energia liberada é aproveitada pela
célula para desempenhar suas funções.

Nas plantas, por exemplo, a energia absorvida do Sol é transformada em alimento através da
fotossíntese.

9. Irritabilidade
Os seres vivos são capazes de reagir a estímulos e detectar alterações no meio em que estão inseridos.
Essa característica recebe o nome de irritabilidade.

As respostas aos estímulos recebidos podem ser positivas, quando a resposta é dada em direção ao
estímulo, ou negativas, para que o ser se afaste do que foi detectado.
Sensibilidade é diferente de irritabilidade. A sensibilidade é uma característica exclusiva dos animais,
que podem responder de diferentes formas a um estímulo.

10. Movimento
Os seres vivos são capazes de se movimentar, sair de um local ou mudar de posição. Por exemplo, os
animais podem percorrer distâncias ao se locomoverem, e as plantas se curvam em direção ao Sol.

O movimento pode ser perceptível pela movimentação externa, como reação aos estímulos, ou pode
ocorrer com as estruturas dentro do próprio organismo. Por isso, o movimento é necessário para a
manutenção da vida.

11. Homeostase
A homeostase, interpretada como “estado estável”, é o mecanismo que garante que as condições
internas necessárias para o funcionamento do organismo sejam mantidas constantes.

Temperatura e concentração de substâncias químicas são exemplos de fatores regulados nos seres
vivos.

12. Evolução e adaptação


A evolução biológica faz parte da adaptação dos seres vivos. Um ser vivo pode passar por um
processo de modificação para ajudá-lo a sobreviver no ambiente e dar continuidade à espécie.

A evolução está relacionada com a diversidade dos seres vivos, em um processo de desenvolvimento
a partir de um ancestral comum ou de seleção natural. A adaptação pode ser vista como uma
estratégia de defesa para manutenção da espécie, como é o caso da camuflagem.

Respiração celular e fotossíntese


A respiração celular e a fotossíntese são processos diferentes, mas
interligados. Na respiração celular, ocorre a liberação de energia para
ser utilizada pelo organismo, no entanto, essa energia é produzida por
outro processo, a fotossíntese.

A fotossíntese produz moléculas orgânicas nos organismos produtores


fotossintetizantes, como plantas e algas. Assim, os organismos
heterotróficos, como os animais, obtêm essas moléculas por meio da
alimentação, seja alimentando-se de organismos produtores, seja de
outros heterotróficos.

Os processos de respiração celular e fotossíntese estão interligados.


Na fotossíntese, os organismos produtores captam a energia luminosa
através de moléculas denominadas cloroplastos. Em seguida, essa
energia é convertida em energia química e utilizada para a síntese de
compostos orgânicos, como as moléculas de glicose. Essa energia
química fica armazenada nessas moléculas e é liberada durante o
processo de respiração celular.

Além disso, a fotossíntese também apresenta como produto final


oxigênio, que também será utilizado na respiração celular, um processo
aeróbio. Já a respiração celular apresenta como produto final gás
carbônico e água, que serão utilizados pelos organismos produtores
para a realização da fotossíntese.
O processo de fotossíntese pode ser resumido na equação apresentada
no quadro a seguir. No entanto, é importante destacar que as primeiras
moléculas produzidas são de açúcares mais simples, com apenas três
átomos de carbono

6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

Saiba mais: Teoria endossimbiótica: a origem dos cloroplastos,


responsáveis pela fotossíntese

Etapas da respiração celular


A respiração celular é um processo que pode ser dividido em três
etapas. Vamos conferir quais são elas.

● Glicólise

Embora a respiração celular seja considerada um processo que ocorre


na presença de oxigênio, este não é essencial para essa etapa, assim a
glicólise pode ocorrer tanto na presença quanto na ausência desse
elemento. Na glicólise ocorre a degradação da molécula de glicose, com
seis carbonos, em duas moléculas contendo três carbonos cada uma, o
piruvato. Essa etapa ocorre no citosol das células.

A glicólise consiste em 10 reações que ocorrem em duas etapas. Na


primeira, denominada fase de ativação, ocorre a fosforilação da glicose,
que, ao receber fosfato proveniente de duas moléculas de ATP, torna-se
quimicamente ativa. Nessa fase há gasto de energia.

Na segunda etapa, a fase de rendimento, ocorre a oxidação da glicose. A


energia liberada nesse processo é utilizada para a produção de quatro
moléculas de ATP. Os elétrons liberados na oxidação da glicose levam à
redução de NAD+ (dinucleotídeo nicotinamida-adenina) em NADH.
● Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs)

No ciclo do ácido cítrico, também conhecido como ciclo de Krebs, ocorre a oxidação
completa da glicose.
Na presença de oxigênio, as moléculas de piruvato entram nas
mitocôndrias, a partir daí, passam por três etapas para a formação de
um novo composto, o acetil coenzima-A (acetil-CoA). Na primeira etapa,
ocorre a remoção e a liberação do grupo carboxila do piruvato na forma
de CO2.

Na segunda etapa, ocorre a formação de acetato e os elétrons liberados


ligam-se ao NAD+, ficando armazenados na forma de energia em NADH.
Na terceira fase, o acetato liga-se à coenzima A, composto derivado da
vitamina B, formando o acetil coenzima-A (acetil-CoA).
Em seguida, inicia-se o ciclo do ácido cítrico, também conhecido por
ciclo de Krebs. Aqui ocorre a oxidação completa da glicose por meio de
oito etapas. O acetil-CoA reage com o oxaloacetato, um ácido
constituído por quatro carbonos, formando o citrato, uma forma oxidada
do ácido cítrico constituída por seis carbonos.

A seguir ocorrerão reações que levarão à degradação do citrato, dois


dos seis carbonos são removidos e oxidados a CO 2, formando
novamente oxaloacetato. O oxaloacetato reagirá com outro acetil-CoA,
iniciando novamente o ciclo.

Para cada acetil-CoA, 3 NAD+ são reduzidos a NADH. Os elétrons são


transferidos ao FAD (dinucleótidio de flavina-adenina), formando FADH 2.
Nessa etapa, em diversas células animais, é formado GTP (trifosfato de
guanosina) por fosforilação, uma molécula semelhante em estrutura e
ação ao ATP e que pode ser também utilizada para a produção de ATP.J
á algumas células animais, as células vegetais e bactérias formam
moléculas de ATP por fosforilação. O saldo final desse ciclo, como cada
glicose produz dois acetil-CoA, é: 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP.

● Fosforilação oxidativa

Nessa etapa, as moléculas NADH e FADH2, transportadoras de elétrons


produzidas no ciclo de ácido cítrico, doarão elétrons para a cadeia de
transporte de elétrons ou cadeia respiratória. Na cadeia, a transferência
de elétrons acontece através de uma série de transportadores, como
algumas proteínas, por exemplo, os citocromos. Esses elétrons vão
perdendo energia em cada etapa da cadeia, sendo captados pelo
oxigênio, aceptor final, reduzindo-os a H20.

O transporte de elétrons pela cadeia na membrana interna da


mitocôndria também leva a um transporte ativo de prótons na cadeia.
Esses irão retornar à matriz da mitocôndria e, simultaneamente, por
meio da fosforilação oxidativa do ADP, será formado ATP. Essa etapa é
denominada quimiosmose. Ao final de todo o processo de respiração
celular, terão sido produzidos, no máximo, 32 ATP.

Diferença entre respiração celular e fermentação


Respiração celular e fermentação são processos realizados para
obtenção de energia, no entanto, ambos apresentam algumas
diferenças.

Quadro comparativo entre os processos de respiração celular e


fermentação

Fermentaçã
Respiração celular
o

Tipo de
Aeróbio Anaeróbio
respiração

Glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo


Etapas Glicólise
de Krebs) e a fosforilação oxidativa

Saldo 2

energético 32
(ATP)

Respiração celular
A respiração celular é um processo que pode ser dividido em três etapas
principais: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa.
Duas etapas da respiração celular ocorrem na mitocôndria: o ciclo de Krebs e a fosforilação
oxidativa
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A respiração celular é um processo em que moléculas orgânicas são oxidadas


e ocorre a produção de ATP (adenosina trifosfato), que é usada pelos seres
vivos para suprir suas necessidades energéticas. A respiração ocorre em três
etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa.

Tópicos deste artigo


● 1 - Glicólise

● 2 - Mapa Mental: Respiração Celular

● 3 - Ciclo de Krebs

● 4 - Fosforilação oxidativa

Glicólise
A glicólise é uma etapa anaeróbia da respiração celular que ocorre no citosol e
envolve dez reações químicas diferentes. Essas reações são responsáveis pela
quebra de uma molécula de glicose (C6H12O6) em duas moléculas de ácido
pirúvico (C3H4O3).

O processo de glicólise inicia-se com a adição de dois fosfatos, provenientes de


duas moléculas de ATP, à molécula de glicose, promovendo a sua ativação.
Essa molécula torna-se instável e quebra-se facilmente em ácido pirúvico.
Com a quebra, ocorre a produção de quatro moléculas de ATP, entretanto,
como duas foram utilizadas inicialmente para a ativação da glicose, o saldo
positivo é de duas moléculas de ATP.

Durante a glicólise também são liberados quatro elétrons (e -) e quatro íons H+.
Dois H+ e os quatro e- são capturados por duas moléculas de NAD+
(dinucleotídio nicotinamida-adenina), produzindo moléculas de NADH.

Temos, portanto, a seguinte equação que resume a glicólise:

C6H12O6+ 2ADP + 2Pi + 2NAD+ → 2C3H4O3 + 2ATP + 2NADH + 2H+

Mapa Mental: Respiração Celular


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Ciclo de Krebs
Após a glicólise, inicia-se uma etapa aeróbia, a qual inclui o ciclo de Krebs,
também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico.
Essa etapa ocorre no interior da organela celular conhecida como mitocôndria
e inicia-se com o transporte do ácido pirúvico para a matriz mitocondrial.

Na matriz, o ácido pirúvico reage com a coenzima A (CoA) ali existente,


produzindo uma molécula de acetilcoenzima A (acetil-CoA) e uma molécula
de gás carbônico. Durante esse processo, uma molécula de NAD+ é
transformada em uma de NADH em razão da captura de 2 e- e 1 dos 2 H+ que
foram liberados na reação.

A molécula de acetil-CoA sofre com o processo de oxidação e dá origem a


duas moléculas de gás carbônico e a uma molécula intacta de coenzima A.
Esse processo, que envolve várias reações químicas, é o chamado ciclo de
Krebs. Veja o esquema a seguir:

Esse ciclo tem início quando uma molécula de acetil-CoA e o ácido oxalacético
reagem e produzem uma molécula de ácido cítrico, liberando uma molécula
de CoA. Ocorrem sequencialmente oito reações em que são liberadas duas
moléculas de gás carbônico, elétrons e H +. No final desse processo, o ácido
oxalacético é recuperado e o ciclo pode ser iniciado novamente. Os elétrons e
os íons H+ são capturados pelo NAD+ e transformados em NADH. Eles
também são capturados pelo FAD (dinucleotídio de flavina-adenina), que é
transformado em FADH2. O ciclo de Krebs resulta em 3 NADH e 1 FADH2.
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Durante o ciclo, também é produzida uma molécula de GTP (trifosfato de


guanosina) a partir de GDP (difosfato de guanina) e Pi. Essa molécula de GTP
assemelha-se ao ATP e também é responsável por fornecer energia para a
realização de alguns processos no interior da célula.

Fosforilação oxidativa
A última etapa da respiração celular também ocorre no interior das
mitocôndrias, mais precisamente nas cristas mitocondriais. Essa etapa é
chamada de fosforilação oxidativa, uma vez que se refere à produção de ATP
a partir da adição de fosfato ao ADP (fosforilação). A maior parte da
produção de ATP ocorre nessa etapa, na qual acontece a reoxidação das
moléculas de NADH e FADH2.

Nas cristas mitocondriais são encontradas proteínas que estão dispostas em


sequência, as chamadas cadeias transportadoras de elétrons ou cadeias
respiratórias. Nessas cadeias ocorre a condução dos elétrons presentes no
NADH e no FADH2 até o oxigênio. As proteínas responsáveis por transferir os
elétrons são chamadas de citocromos.

Os elétrons, ao passarem pela cadeia respiratória, perdem energia e, no final,


combinam-se com o gás oxigênio, formando água na reação final. Apesar de
participar apenas no final da cadeia, a falta de oxigênio gera o
interrompimento do processo.

A energia liberada através da cadeia respiratória faz com que os íons H +


concentrem-se no espaço entre as cristas mitocondriais, voltando à matriz.
Para voltar ao interior da mitocôndria, é necessário passar por um complexo
proteico chamado de sintase do ATP, onde ocorre a produção de ATP. Nesse
processo são formadas cerca de 26 ou 28 moléculas de ATP.
A respiração ocorre em três etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa

No final da respiração celular, há um saldo positivo total de 30 ou 32


moléculas de ATP: 2 ATP da glicólise, 2 ATP do ciclo de Krebs e 26 ou 28 da
fosforilação oxidativa.

Importante: Nos seres procariontes, todo o processo de respiração celular


ocorre no citoplasma e na membrana celular.

Metabolismo energético
Metabolismo energético é o conjunto das várias reações químicas que ocorrem
no organismo e possui como objetivo satisfazer a necessidade de energia do
indivíduo.
A maioria dos seres vivos produz a energia necessária à vida por meio da respiração
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Podemos definir metabolismo como o conjunto das atividades metabólicas da


célula relacionadas com a transformação de energia. A fotossíntese e a
respiração são os processos mais importantes de transformação de energia dos
seres vivos, mas a fermentação e a quimiossíntese também são processos
celulares desse tipo importantes para alguns seres vivos.

→ Seres autotróficos e heterotróficos

Todos os seres vivos gastam energia para manter suas diversas atividades
celulares, e a fonte de energia mais importante para os seres vivos é a luz
solar. Luz solar, água e gás carbônico são os ingredientes necessários para os
seres clorofilados realizarem a fotossíntese e produzirem moléculas orgânicas,
como a glicose. Esses seres, chamados de autótrofos (que produzem o próprio
alimento), servem de alimento a diversos outros, os heterótrofos (que não são
capazes de produzir o próprio alimento). Quando se alimentam dos
autótrofos, os seres heterótrofos introduzem em seus corpos a matéria
orgânica, que é degradada dentro das células, liberando a energia necessária
para a execução das funções vitais.

Essa cadeia formada entre os seres vivos pode ser facilmente observada na
natureza. Os vegetais servem de alimento para os animais herbívoros, que,
por sua vez, servem de alimento para animais carnívoros. Nessa sequência
chamada de cadeia alimentar, ocorre a transferência de matéria e de energia
para os seres vivos, pois, como diz a Primeira Lei Física da Termodinâmica:
“nos processos físicos e químicos, a energia pode ser ganha ou perdida,
transferindo-se de um sistema para outro, mas não pode ser criada nem
destruída”.

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→ Reações de síntese e degradação

Geralmente, as reações metabólicas são classificadas em dois tipos: as reações


de síntese e as reações de degradação.

Nas reações de síntese, moléculas mais simples são unidas para formar outras
de maior complexidade, como ocorre com a união de aminoácidos para
formar as proteínas. Já nas reações de degradação, ocorre o contrário: as
moléculas mais complexas são quebradas, transformando-se em moléculas
mais simples, como ocorre na quebra do glicogênio em glicose.

Todas as reações de síntese – por meio das quais os organismos vivos


constroem as complexas moléculas orgânicas que formam o seu corpo – são
chamadas de anabolismo, e as reações de degradação de moléculas constituem
o catabolismo. Dessa forma, podemos concluir que é pelas reações anabólicas
que o ser vivo constrói seu corpo e é pelas reações catabólicas que os seres
vivos conseguem a matéria-prima e a energia necessárias à vida

Respiração celular
A respiração celular é um processo que ocorre no interior das células e
caracteriza-se por ser o processo principal de fornecimento de energia
para a maioria das células. Podemos dizer, de uma maneira
simplificada, que a respiração celular atua retirando a energia de uma
molécula orgânica, geralmente a glicose, para sintetizar ATP
(adenosina trifosfato).

Neste texto, explicaremos mais sobre o processo de respiração celular


em organismos eucariontes, evidenciando os eventos que ocorrem em
suas 3 etapas.

Leia também: Aminoácidos – moléculas orgânicas responsáveis por


formar proteínas

Etapas da respiração celular

A respiração celular é um processo que envolve 3 etapas:

1. Glicólise, que ocorre no citosol.


2. Ciclo do ácido cítrico, que ocorre na matriz mitocondrial.
3. Fosforilação oxidativa, que ocorre na membrana mitocondrial
interna.

Etapas
da respiração celular e o local onde elas ocorrem.
Essas 3 etapas são responsáveis por garantir a completa oxidação de
glicose, ou outras moléculas orgânicas, a dióxido de carbono e água.
Considerando a degradação da glicose, podemos resumir o processo
por meio da seguinte equação:

C6H12O6(glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + Energia (ATP + calor)

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● Glicólise
A glicólise é uma etapa que ocorre no citosol da célula e será
responsável por quebrar a glicose em 2 moléculas de um composto
chamado piruvato. Ela ocorre tanto na presença de oxigênio quanto na
sua ausência e consiste em um conjunto de 10 etapas distintas, sendo
cada uma catalisada por uma enzima específica.

Inicialmente, a glicose, que apresenta 6 carbonos, será dividida em um


açúcar que apresenta 3 carbonos. O açúcar com 3 carbonos será
oxidado, e seus átomos rearranjados para formar 2 moléculas de
piruvato, que é a forma ionizada de ácido pirúvico.

A glicólise pode ser dividida em 2 etapas, a etapa de investimento


energético e a etapa de compensação energética. Como o nome de
cada etapa indica, na fase de investimento, a célula gasta ATP, sendo
observado um investimento de 2 ATP por molécula de glicose; e na
fase de compensação, o ATP é produzido. Na fase de compensação
energética, são formados 4 ATP e 2 NADH (carreador de elétrons).

No final do processo de glicólise, temos um rendimento líquido (ganho


de energia) de 2 ATP e 2 NADH. Vale salientar que o processo de
glicólise finaliza com a maior parte da energia da molécula original da
glicose ainda presente nas moléculas de piruvato. Para saber mais
detalhes sobre essa etapa da respiração celular, leia: glicólise.

● Ciclo do ácido cítrico


Após a glicólise, o piruvato, na presença de oxigênio, dá continuidade
ao processo de respiração celular. Nas células eucariontes, o processo
continuará no interior das mitocôndrias. Inicialmente, o piruvato entra
na organela por meio do transporte ativo, ele é então convertido em
acetil coenzima A, também chamado de acetil-CoA, para que possa ser
usado no ciclo do ácido cítrico. Nesse processo, 2 moléculas de NADH
são produzidas a partir de NAD+, e dióxido de carbono é liberado.

Visão
geral da oxidação do piruvato e do ciclo do ácido cítrico, também conhecido como ciclo
de Krebs.
O ciclo do ácido cítrico, também conhecido como ciclo de Krebs,
ocorre em 8 etapas, cada uma delas catalisada por uma enzima
específica. Inicialmente, o grupo acetila do acetil-CoA combina-se com
o oxalacetato, um composto de 4 carbonos, formando citrato, um
composto de 6 carbonos. As etapas seguintes do ciclo decompõem o
citrato de volta a oxalacetato.

Para cada acetila que entra no ciclo do ácido cítrico, 3 NAD + são
reduzidos em 3 NADH. Além disso, parte da energia liberada pela
oxidação dos átomos de carbono é usada para reduzir FAD (carreador
de elétrons) em FADH2, sendo formada uma molécula a cada volta do
ciclo. ATP também será produzido.

Vale salientar que em alguns tecidos o GTP, uma molécula semelhante


ao ATP, poderá ser formada e ser utilizada para gerar ATP ou atuar
diretamente na célula. Ao final do ciclo do ácido cítrico, temos 3 NADH,
1 FADH2 e 1 ATP. Como a glicose originou 2 acetil-CoA, esses valores
deverão ser duplicados, resultando, então, em 6 NADH, 2 FADH 2 e 2
ATP.

Veja também: Qual a diferença entre células procarióticas e células


eucarióticas?

● Fosforilação oxidativa
A última etapa da respiração celular é a fosforilação oxidativa, sendo
essa etapa a maior produtora de ATP. Essa etapa utiliza a energia que é
liberada pela cadeia de transportes de elétrons para impulsionar a
produção de ATP e consiste em 2 processos: o transporte de elétrons
e a quimiosmose.
É nas
mitocôndrias que grande parte dos processos de respiração celular acontecem.
A cadeia de transporte de elétrons consiste em uma série de
transportadores de elétrons inserida na membrana interna da
mitocôndria que leva os elétrons a níveis mais baixos de energia que o
transportador anterior. Os elétrons de alta energia presentes no NADH
e FADH2 vão passando gradualmente por essa cadeia até chegar ao
aceptor final, que é o oxigênio, levando à formação de água.

A maioria dos transportadores de elétrons estão contidos em 4


complexos proteicos. Os elétrons são transportados entre esses
complexos graças a 2 carreadores móveis denominados de ubiquinona
e citocromo. Conforme os elétrons descem pela cadeia, prótons são
bombeados para dentro do espaço intermembranas. O transporte de
elétrons e o bombeamento de prótons (H+) criam um gradiente de H+
através da membrana.

Na quimiosmose, o que se observa é que os prótons passam pelo


complexo ATP-sintase inserido na membrana mitocondrial interna em
um fluxo a favor do gradiente e de volta para a matriz mitocondrial. A
energia liberada nesse processo é usada para fosforilar ADP, levando à
formação de ATP.

Saldo energético da respiração celular


O saldo energético da respiração celular é um tema muito controverso,
sendo considerado por muitos pesquisadores um valor muito difícil de
ser estimado, existindo uma série de variáveis que podem reduzir o
rendimento do ATP.

Alguns autores consideram o rendimento líquido de uma única


molécula de glicose como sendo de 36 moléculas de ATP, outros, no
entanto, acreditam que o total seria de 30 a 32 ATP. Nesse último, caso
teríamos:

● 2 ATP formados no processo de glicólise,


● 2 ATP gerados no ciclo do ácido cítrico,
● cerca de 26 ou 28 ATP formados no processo de fosforilação
oxidativa.

Fotossíntese e respiração celular

A fotossíntese e a respiração celular são processos distintos. Como


vimos no decorrer do texto, a respiração celular é responsável por
liberar energia a partir da glicose, sendo a água e o dióxido de carbono
os subprodutos do processo.

No caso da fotossíntese, observa-se a utilização de água e dióxido de


carbono para a produção de moléculas orgânicas, como a glicose. A
fotossíntese gera, portanto, moléculas orgânicas e também oxigênio
que serão utilizados no processo de respiração. Para saber mais sobre
esse processo característico de plantas e algas, acesse: fotossíntese.

Fermentação e respiração celular

A respiração celular é um processo aeróbio que necessita, portanto, do


oxigênio para que ocorra. Nesse processo, o oxigênio atua como
aceptor final de elétrons no final da cadeia de transporte de elétrons. A
fermentação, por sua vez, é um processo que ocorre na ausência de
oxigênio (processo anaeróbico) e leva à produção de energia.
Na fermentação, não se observa a presença de cadeias de transporte
de elétrons, sendo a glicólise o único processo comum entre a
fermentação e a respiração celular. Leia mais informações sobre esse
processo anaeróbio acessando: fermentação.

Respiração Celular
Respiração Celular é o processo bioquímico que ocorre na célula para
obtenção de energia, essencial para as funções vitais.

Acontecem reações de quebra das ligações entre as moléculas liberando


energia. Pode ser realizado de duas formas: a respiração aeróbica (na
presença do gás oxigênio do ambiente) e a respiração anaeróbica (sem o
oxigênio).

Respiração Aeróbica
A maioria dos seres vivos utiliza esse processo para obter energia para
suas atividades. Através da respiração aeróbica é quebrada a molécula
de glicose, produzida na fotossíntese pelos organismos produtores e
obtida através da alimentação pelos consumidores.

Pode ser representada resumida na seguinte reação:

C6H12O6 + 6 O2 ⇒ 6 CO2 + 6 H2O + Energia

O processo não é assim tão simples, na realidade, ocorrem diversas


reações das quais participam várias enzimas e coenzimas que realizam
sucessivas oxidações na molécula da glicose até o resultado final, em que
é produzido gás carbônico, água e moléculas de ATP que carregam a
energia.
Representação da Respiração Aeróbica na célula

O processo é dividido em três etapas para ser melhor compreendido, que


são: a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia
Respiratória.

Glicólise
A glicólise é o processo de quebra da glicose em partes menores,
liberando energia. Essa etapa metabólica acontece no citoplasma da
célula enquanto as seguintes são dentro da mitocôndria.

A glicose (C6H12O6) é quebrada em duas moléculas menores de ácido


pirúvico ou piruvato (C3H4O3).

Acontece em diversas etapas oxidativas envolvendo enzimas livres no


citoplasma e moléculas de NAD, que fazem a desidrogenação das
moléculas, ou seja, retiram os hidrogênios a partir dos quais serão
doados os elétrons para a cadeia respiratória.

Por fim, há um saldo de duas moléculas de ATP (carregadoras de


energia).

Ciclo de Krebs
Nessa etapa cada piruvato ou ácido pirúvico, originado na etapa
anterior, entra na mitocôndria e passa por uma série de reações que
resultarão na formação de mais moléculas de ATP.

Antes mesmo de iniciar o ciclo, ainda no citoplasma, o piruvato perde


um carbono (descarboxilação) e um hidrogênio (desidrogenação)
formando o grupo acetil [CH3−C(=O)−] e se une à coenzima A,
formando acetil CoA.

Na mitocôndria, a acetil CoA se integra em um ciclo de reações


oxidativas que irão transformar os carbonos presentes nas moléculas
envolvidas em CO2(transportado pelo sangue e eliminado na respiração).

Através dessas sucessivas descarboxilações das moléculas será liberada


energia (incorporada nas moléculas de ATP) e haverá transferência de
elétrons (carregados por moléculas intermediárias) para a cadeia
transportadora de elétrons.

Saiba mais:

● Fotossíntese

● Glicólise
● Ciclo de Krebs

● Fosforilação Oxidativa

● Fermentação

● Mitocôndrias

● Citoplasma

● Metabolismo Celular

● ATP

Fosforilação Oxidativa
Essa última etapa metabólica, chamada de fosforilação oxidativa ou
cadeia respiratória, é responsável pela maior parte da energia produzida
ao longo do processo.

Há transferência de elétrons provenientes dos hidrogênios, que foram


retirados das substâncias participantes nas etapas anteriores. Com isso,
são formadas moléculas de água e de ATP.

Há muitas moléculas intermediárias presentes na membrana interna de


células (procariontes) e na crista mitocondrial (eucariontes) que
participam nesse processo de transferência e formam a cadeia de
transporte de elétrons.

Essas moléculas intermediárias são proteínas complexas, tais como o


NAD, os citocromos, a coenzima Q ou ubiquinona, entre outras.

Respiração Anaeróbica
Em ambientes onde o oxigênio é escasso, como regiões marinhas e
lacustres mais profundas, os organismos precisam utilizar outros
elementos para receber os elétrons na respiração.

É o que fazem muitas bactérias que utilizam compostos com nitrogênio,


enxofre, ferro, manganês, entre outros.

Certas bactérias são incapazes de realizar a respiração aeróbia pois não


possuem as enzimas que participam do ciclo de Krebs e da cadeia
respiratória.

Esses seres podem até morrer na presença do oxigênio e são chamados


anaeróbios estritos, um exemplo é a bactéria causadora do tétano.

Outras bactérias e fungos são anaeróbicos facultativos, pois realizam a


fermentação como processo alternativo à respiração aeróbica, quando
não existe oxigênio.

Na fermentação, não há a cadeia transportadora de elétrons e são


substâncias orgânicas que recebem os elétrons.

Há diferentes tipos de fermentação que produzem compostos a partir da


molécula de piruvato, por exemplo: o ácido lático (fermentação lática) e
o etanol (fermentação alcoólica).

Saiba mais sobre o Metabolismo energético.

Fotossíntese
A fotossíntese é um processo pelo qual a planta e outros organismos,
como algas, convertem a energia solar em energia química e utilizam-
na para a produção de moléculas orgânicas. A fotossíntese é a
principal responsável pela entrada de energia na biosfera.

→ Como ocorre

A fotossíntese ocorre em organelas denominadas cloroplastos. Essas


organelas estão presentes nas mais diversas partes da planta,
entretanto, a sua maior ocorrência é no tecido interior das folhas,
denominado mesófilo.

Os cloroplastos são constituídos por uma membrana dupla que os


reveste e, além desse conjunto de membranas externas, apresentam
dois conjuntos de membranas internas, as lamelas e os tilacoides. Os
tilacoides podem ser encontrados empilhados formando uma estrutura
denominada grana. É nos tilacoides que encontramos os pigmentos.

A
fotossíntese ocorre nos cloroplastos, organelas presentes em todas as partes da planta.
Pigmentos são substâncias que captam a luz, como as clorofilas, os
carotenoides e as ficobilinas, sendo a principal delas a clorofila a.
Diferentemente da maioria das demais organelas, os cloroplastos
apresentam DNA próprio. Além disso, eles possuem um espaço interno
denominado estroma.

A fotossíntese ocorre em duas etapas ou fases, que serão descritas


mais detalhadamente no próximo tópico. A fase luminosa ou
fotoquímica, que é a fase em que ocorre a captura de luz; e a fase de
fixação de carbono, em que a energia capturada será utilizada na
produção dos compostos orgânicos. A fase luminosa ou fotoquímica
ocorre nos tilacoides, local em que se encontram os pigmentos, já a
fase de fixação de carbono ocorre no estroma.

Leia também: Tipos de clorofila

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→ Etapas

A fotossíntese ocorre em etapas ou fases que são denominadas fase


luminosa ou fotoquímica e fase de fixação de carbono:

● Fase luminosa ou fotoquímica


Nessa fase, que ocorre nos tilacoides dos cloroplastos, acontece a
captação de energia luminosa, e esta é utilizada na produção de
moléculas de ATP e na redução de moléculas de NADP+. A redução
ocorrerá com a utilização proveniente da quebra de moléculas de água
(fotólise da água). Esse processo dará origem ao NADPH, que será
utilizado nas reações de fixação do carbono, fornecendo energia.

Essa fase é constituída por dois fotossistemas, fotossistema I e


fotossistema II. Cada fotossistema pode ser constituído por até cerca
de 400 pigmentos e apresenta dois componentes: o complexo antena e
o centro de reação. O complexo antena, constituído por moléculas de
pigmento, absorve a energia luminosa e transfere-a para centro de
reação, em que ela será convertida em energia química. O centro de
reação é constituído por proteínas e clorofila.

A energia luminosa é absorvida por uma molécula de pigmento no


complexo antena e transferida para uma outra molécula de pigmento, e
assim sucessivamente até atingir o centro de reação, no qual se
encontra com um par de moléculas de clorofila a associado a proteínas
específicas.

Quando uma molécula de clorofila a absorve a energia, um de seus


elétrons é transferido para um receptor de elétrons. À medida que
ocorre a transferência desses elétrons, eles são substituídos por
outros provenientes da fotólise da água, que ocorre no fotossistema II.

O aceptor final dos elétrons é uma proteína chamada ferredoxina, que


irá transferir os elétrons para NADP+, reduzindo-os a NADPH. O
processo de fotólise da água liberará prótons que serão bombardeados
para o lúmen do tilacoide, estimulando a síntese de ATP.

O processo de fotólise da água também é responsável pela produção


de O2. No fotossistema I, os pigmentos absorvem comprimentos de
ondas de 700 nm ou maiores. Já no fotossistema II, os pigmentos
absorvem comprimentos de ondas 680 nm ou menores. Geralmente os
dois fotossistemas atuam em conjunto, entretanto, o fotossistema I
pode atuar de forma independente.

Leia também: Quimiossíntese

● Fase de fixação do carbono


Essa fase ocorre no estroma do cloroplasto por meio de reações
denominadas Ciclo de Calvin, o qual consiste em três etapas. Na etapa
de fixação do carbono, serão utilizadas as moléculas de NADPH e ATP
produzidas na fase luminosa para a produção de açúcares com base
na redução do carbono fixado. O processo inicia-se com a fixação do
carbono a um açúcar constituído por cinco carbonos com dois grupos
fosfato, conhecido como ribulose 1,5-bifosfato.
A fixação do carbono pela maioria das plantas ocorre geralmente por
meio de uma enzima denominada RuBisCo. Essas plantas são
denominadas C3, pois o primeiro produto do ciclo — duas moléculas
de 3-fosfoglicerato ou ácido 3-fosfoglicérico (PGA) — apresenta três
átomos de carbono em cada uma das moléculas. Entretanto, algumas
plantas, denominadas C4, formam como primeiro produto um
composto com quatro átomos de carbono e apresentam um modo
alternativo de fixação do carbono.

Na segunda etapa, ocorre a redução do 3-fosfoglicerato a gliceraldeído


3-fosfato ou 3-fosfogliceraldeído (PGAL). Nessa etapa a fixação de três
moléculas de CO2 a três moléculas de ribulose 1,5-bifosfato dará
origem a seis moléculas de gliceraldeído 3-fosfato.

Na terceira e última etapa do Ciclo de Calvin, cinco das seis moléculas


de gliceraldeído 3-fosfato, formadas na segunda etapa, são usadas
para regenerar três moléculas de ribulose 1,5-bifosfato, o material
inicial, fechando, assim, o ciclo.
Por
meio da fotossíntese, as plantas convertem a energia solar em energia química,
utilizando-a para a produção de moléculas orgânicas.

→ Equação

O processo de fotossíntese pode ser descrito por meio de uma


equação global, descrita ao fim deste tópico. Entretanto, é importante
destacar que as primeiras moléculas a serem formadas não são de
glicose (C6H12O6), e sim de açúcares mais simples com apenas três
átomos de carbono. A equação global da fotossíntese pode ser escrita
da seguinte maneira:

6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O


Saiba mais: Classificações do carbono

A
fotossíntese é responsável pela produção de oxigênio, essencial para a vida da maioria
dos organismos.

→ Importância

A fotossíntese é um processo essencial para a existência da vida na


Terra da maneira que a encontramos hoje, pois é por meio dela que
ocorre a produção de oxigênio, fundamental para a sobrevivência da
maioria dos organismos. Ela também é responsável pela produção de
energia para praticamente todos os seres vivos.

Diferentemente dos organismos autotróficos fotossintetizantes, alguns


organismos não conseguem produzir seu próprio alimento, são os
organismos heterotróficos. Estes consumem os compostos
produzidos pelos organismos autotróficos. Essa transferência de
energia do alimento entre os organismos é denominada cadeia
alimentar.

Quando os heterotróficos alimentam-se dos organismos autotróficos


(produtores), são denominados herbívoros (consumidores primários).
Quando se alimentam de outro organismo heterotrófico, são
denominados carnívoros (consumidores secundários, terciários e
assim por diante). Ao final das cadeias, há sempre um organismo
decompositor, que obtém a energia da matéria orgânica morta.

Fotossíntese
Fotossíntese é um processo realizado por organismos produtores em que se
observa a captura da energia solar e sua transformação em energia química.

As plantas, por meio da fotossíntese, são capazes de sintetizar seu próprio alimento.
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A fotossíntese, termo que significa “síntese utilizando a luz”, é geralmente


definida como o processo pelo qual um organismo consegue obter seu
alimento. Esse processo é realizado graças à energia solar, que é capturada e
transformada em energia química, e ocorre em tecidos ricos em cloroplastos,
sendo um dos tecidos mais ativos o parênquima clorofiliano encontrado nas
folhas.

Leia também: Nutrição das plantas

Tópicos deste artigo


● 1 - → Etapas da fotossíntese

● 2 - → Fotossistemas

● 3 - → Reações luminosas

● 4 - Mapa Mental: Fotossíntese

● 5 - → Fixação do carbono

● 6 - → Equação da fotossíntese

● 7 - → Importância da fotossíntese para o ecossistema

● 8 - → Fotossíntese e quimiossíntese

● 9 - → Resumo da fotossíntese

→ Etapas da fotossíntese
Nas plantas, a fotossíntese acontece nos cloroplastos e caracteriza-se pelas
diversas reações químicas observadas. Essas reações podem ser agrupadas em
dois processos principais.

● Reações luminosas: ocorrem na membrana do tilacoide (sistemas de


membranas internas do cloroplasto).
● Reações de fixação de carbono: ocorrem no estroma do cloroplasto
(fluido denso no interior da organela).
Na fotossíntese, gás carbônico é utilizado e oxigênio liberado. As trocas gasosas com o meio
acontecem graças à presença de estômatos.

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→ Fotossistemas
Antes de entender cada reação que ocorre na fotossíntese, devemos conhecer o
local em que algumas dessas reações acontecem. As reações luminosas
acontecem, por exemplo, na membrana do tilacoide, mais precisamente nos
chamados fotossistemas.

Os fotossistemas são unidades nos cloroplastos em que estão inseridas as


clorofilas a e b e os carotenoides. Nesses fotossistemas, é possível perceber
duas porções denominadas de complexo antena e centro de reação. No
complexo antena são encontradas moléculas de pigmento que captam a
energia luminosa e as leva para o centro de reação, um local rico em proteínas
e clorofila.

No processo de fotossíntese, é possível verificar a presença de dois


fotossistemas ligados por uma cadeia transportadora de elétrons: o
fotossistema I e o fotossistema II. O fotossistema I absorve luz com
comprimentos de onda de 700 nm ou mais, enquanto o fotossistema II absorve
comprimentos de onda de 680 nm ou menos. Vale destacar que a denominação
de fotossistema I e II foi dada na ordem de suas descobertas.

→ Reações luminosas

Observe o esquema com os principais pontos do processo de fotossíntese.

Nas reações luminosas, inicialmente a energia luminosa entra no fotossistema


II, onde é aprisionada e levada até as moléculas de clorofila P 680 do centro de
reação. Essa molécula de clorofila é excitada, seus elétrons são energizados e
transportados da clorofila em direção a um receptor de elétrons. A cada
elétron transferido, ocorre a substituição desse por um elétron proveniente do
processo de fotólise da água.

Pares de elétrons saem do fotossistema I por uma cadeia transportadora de


elétrons, impulsionando a produção de ATP (grande fonte de energia
química) pelo processo conhecido como fotofosforilação. A energia absorvida
pelo fotossistema I é transferida para moléculas de clorofila P 700 do centro de
reação. Os elétrons energizados são capturados pela molécula da coenzima
NADP+ e são substituídos na clorofila pelos elétrons provenientes do
fotossistema II. A energia formada nesses processos é guardada em moléculas
de NADPH e ATP.

Leia também: O que é ATP?

Mapa Mental: Fotossíntese

* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

→ Fixação do carbono
Nas reações de fixação do carbono, o NADPH e o ATP produzidos
anteriormente nas reações luminosas são usados para reduzir o dióxido de
carbono a carbônico orgânico. Nessa etapa, ocorre uma série de reações
denominadas ciclo de Calvin. Nesse ciclo, três moléculas de CO 2 combinam-se
com um composto denominado ribulose-1,5-bifosfato (RuBP), formando um
composto intermediário instável que se quebra produzindo seis moléculas de
3-fosfoglicerato (PGA).

As moléculas de PGA são então reduzidas a seis moléculas de gliceraldeído 3-


fosfato (PGAL). Cinco moléculas de PGAL rearranjam-se e formam três
moléculas de RuBP. O ganho do ciclo de Calvin então é de uma molécula de
PGAL, a qual servirá para a produção de sacarose e amido.

→ Equação da fotossíntese
A equação balanceada para a fotossíntese pode ser descrita da seguinte forma:

Observe a equação balanceada da fotossíntese.

É importante destacar que, geralmente, observa-se na equação da fotossíntese


a formação da glicose como carboidrato produzido. Entretanto, no processo
de fotossíntese, os primeiros carboidratos produzidos são os açúcares
constituídos por apenas três carbonos.

→ Importância da fotossíntese para o ecossistema


A fotossíntese é, sem dúvida, essencial para os ecossistemas, sendo
responsável, por exemplo, pelo fornecimento de oxigênio, o qual é utilizado
por grande parte dos seres vivos para processos de obtenção de energia
(respiração celular). Não podemos esquecer-nos ainda de que os organismos
fotossintetizantes fazem parte do primeiro nível trófico das cadeias e teias
alimentares, sendo eles, portanto, a base na cadeia trófica.

Na fotossíntese, as plantas e outros organismos fotossintetizantes conseguem


converter a energia solar em energia química. Ao ser consumida, a energia
acumulada pelos produtores passa para o próximo nível trófico. Desse modo,
podemos concluir que, para um ecossistema funcionar adequadamente, esse
depende da captura de energia solar e sua conversão para a biomassa dos
organismos fotossintetizantes.

Leia também: Cadeia e teia alimentar

→ Fotossíntese e quimiossíntese
A fotossíntese e a quimiossíntese são dois processos realizados por organismos
autotróficos. A quimiossíntese destaca-se por ser um processo em que a
energia solar não é necessária, sendo esse um processo realizado por muitos
organismos que vivem em ambientes extremos, como fontes hidrotermais nos
abismos oceânicos. Na quimiossíntese, ocorre a síntese de moléculas orgânicas
utilizando-se a energia química proveniente de compostos inorgânicos. Na
fotossíntese, por sua vez, observa-se um processo em que compostos orgânicos
são formados utilizando-se a energia luminosa absorvida por pigmentos
especiais.

→ Resumo da fotossíntese
● A fotossíntese é um processo em que a energia solar é capturada e
utilizada na produção de moléculas orgânicas.
● A fotossíntese acontece nos cloroplastos.
● Clorofila e carotenoides estão arranjados nos tilacoides dos
cloroplastos, em unidades chamadas de fotossistemas.
● Duas etapas podem ser observadas na fotossíntese: reações luminosas e
reações de fixação de carbono.
● No final da fotossíntese, são produzidos carboidratos.
● A fotossíntese garante que oxigênio seja disponibilizado para o meio
ambiente.
● Os organismos fotossintetizantes são produtores na cadeia alimentar.

RESPIRAÇÃO
CELULAR
VO

ES

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UI:

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2. BIO
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Respiração celular é um processo pelo qual os organismos obtêm energia


para realizar as mais diversas atividades. A respiração celular ocorre nas
mitocôndrias, em presença de oxigênio, e é divida em três etapas: a
glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a fosforilação
oxidativa. A seguir, detalharemos como ela ocorre, suas etapas e
importância.
O
processo de respiração celular ocorre em organelas denominadas mitocôndrias.

Leia também: Origem das mitocôndrias: as organelas responsáveis pela


respiração

O que é respiração celular ?


Respiração celular é o processo pelo qual os organismos obtêm energia
para realizar as mais diversas atividades. Esse procedimento pode ocorrer
tanto na presença de oxigênio, sendo aeróbio, quanto em sua ausência,
anaeróbio. No entanto, tal termo é normalmente utilizado para referir-se ao
processo aeróbio, como faremos também aqui.

Na respiração celular, a obtenção de energia ocorre com a oxidação de uma


molécula orgânica, geralmente a glicose, liberando energia. Parte dessa
energia é armazenada na forma de moléculas de ATP (adenosina trifosfato),
e parte é liberada na forma de calor.
Esse processo pode ser dividido em três etapas: a glicólise, o ciclo do
ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a fosforilação oxidativa. Em geral, o termo
respiração celular é utilizado pelos bioquímicos para representar as fases
dois e três, etapas que ocorrem nas mitocôndrias.

Entretanto, a glicólise acaba sendo incluída por muitos autores devido a


sua importância na produção de matéria-prima para a próxima etapa.
Podemos representar o processo de respiração celular por meio da fórmula
geral apresentada a seguir:

C6H12O6(glicose) + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + Energia (ATP + calor)

Acesse também: Diferenças entre seres aeróbios e anaeróbios

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Respiração celular e fotossíntese


A respiração celular e a fotossíntese são processos diferentes, mas
interligados. Na respiração celular, ocorre a liberação de energia para ser
utilizada pelo organismo, no entanto, essa energia é produzida por outro
processo, a fotossíntese.

A fotossíntese produz moléculas orgânicas nos organismos produtores


fotossintetizantes, como plantas e algas. Assim, os organismos
heterotróficos, como os animais, obtêm essas moléculas por meio da
alimentação, seja alimentando-se de organismos produtores, seja de outros
heterotróficos.
Os
processos de respiração celular e fotossíntese estão interligados.

Na fotossíntese, os organismos produtores captam a energia luminosa


através de moléculas denominadas cloroplastos. Em seguida, essa energia
é convertida em energia química e utilizada para a síntese de compostos
orgânicos, como as moléculas de glicose. Essa energia química fica
armazenada nessas moléculas e é liberada durante o processo de
respiração celular.

Além disso, a fotossíntese também apresenta como produto final oxigênio,


que também será utilizado na respiração celular, um processo aeróbio. Já a
respiração celular apresenta como produto final gás carbônico e água, que
serão utilizados pelos organismos produtores para a realização da
fotossíntese.

O processo de fotossíntese pode ser resumido na equação apresentada no


quadro a seguir. No entanto, é importante destacar que as primeiras
moléculas produzidas são de açúcares mais simples, com apenas três
átomos de carbono
6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O

Saiba mais: Teoria endossimbiótica: a origem dos cloroplastos,


responsáveis pela fotossíntese

Etapas da respiração celular


A respiração celular é um processo que pode ser dividido em três etapas.
Vamos conferir quais são elas.

● Glicólise

Embora a respiração celular seja considerada um processo que ocorre na


presença de oxigênio, este não é essencial para essa etapa, assim a
glicólise pode ocorrer tanto na presença quanto na ausência desse
elemento. Na glicólise ocorre a degradação da molécula de glicose, com
seis carbonos, em duas moléculas contendo três carbonos cada uma, o
piruvato. Essa etapa ocorre no citosol das células.

A glicólise consiste em 10 reações que ocorrem em duas etapas. Na


primeira, denominada fase de ativação, ocorre a fosforilação da glicose,
que, ao receber fosfato proveniente de duas moléculas de ATP, torna-se
quimicamente ativa. Nessa fase há gasto de energia.

Na segunda etapa, a fase de rendimento, ocorre a oxidação da glicose. A


energia liberada nesse processo é utilizada para a produção de quatro
moléculas de ATP. Os elétrons liberados na oxidação da glicose levam à
redução de NAD+ (dinucleotídeo nicotinamida-adenina) em NADH.

● Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs)


No ciclo do ácido
cítrico, também conhecido como ciclo de Krebs, ocorre a oxidação completa da glicose.

Na presença de oxigênio, as moléculas de piruvato entram nas


mitocôndrias, a partir daí, passam por três etapas para a formação de um
novo composto, o acetil coenzima-A (acetil-CoA). Na primeira etapa, ocorre
a remoção e a liberação do grupo carboxila do piruvato na forma de CO 2.

Na segunda etapa, ocorre a formação de acetato e os elétrons liberados


ligam-se ao NAD+, ficando armazenados na forma de energia em NADH. Na
terceira fase, o acetato liga-se à coenzima A, composto derivado da
vitamina B, formando o acetil coenzima-A (acetil-CoA).

Em seguida, inicia-se o ciclo do ácido cítrico, também conhecido por ciclo


de Krebs. Aqui ocorre a oxidação completa da glicose por meio de oito
etapas. O acetil-CoA reage com o oxaloacetato, um ácido constituído por
quatro carbonos, formando o citrato, uma forma oxidada do ácido cítrico
constituída por seis carbonos.

A seguir ocorrerão reações que levarão à degradação do citrato, dois dos


seis carbonos são removidos e oxidados a CO 2, formando novamente
oxaloacetato. O oxaloacetato reagirá com outro acetil-CoA, iniciando
novamente o ciclo.

Para cada acetil-CoA, 3 NAD+ são reduzidos a NADH. Os elétrons são


transferidos ao FAD (dinucleótidio de flavina-adenina), formando FADH 2.
Nessa etapa, em diversas células animais, é formado GTP (trifosfato de
guanosina) por fosforilação, uma molécula semelhante em estrutura e ação
ao ATP e que pode ser também utilizada para a produção de ATP.J á
algumas células animais, as células vegetais e bactérias formam moléculas
de ATP por fosforilação. O saldo final desse ciclo, como cada glicose
produz dois acetil-CoA, é: 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP.

● Fosforilação oxidativa

Nessa etapa, as moléculas NADH e FADH 2, transportadoras de elétrons


produzidas no ciclo de ácido cítrico, doarão elétrons para a cadeia de
transporte de elétrons ou cadeia respiratória. Na cadeia, a transferência de
elétrons acontece através de uma série de transportadores, como algumas
proteínas, por exemplo, os citocromos. Esses elétrons vão perdendo
energia em cada etapa da cadeia, sendo captados pelo oxigênio, aceptor
final, reduzindo-os a H20.

O transporte de elétrons pela cadeia na membrana interna da mitocôndria


também leva a um transporte ativo de prótons na cadeia. Esses irão
retornar à matriz da mitocôndria e, simultaneamente, por meio da
fosforilação oxidativa do ADP, será formado ATP. Essa etapa é denominada
quimiosmose. Ao final de todo o processo de respiração celular, terão sido
produzidos, no máximo, 32 ATP.
Diferença entre respiração celular e fermentação
Respiração celular e fermentação são processos realizados para obtenção
de energia, no entanto, ambos apresentam algumas diferenças.

Quadro comparativo entre os processos de respiração celular e fermentação

Fermentaçã
Respiração celular
o

Tipo de
Aeróbio Anaeróbio
respiração

Glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de


Etapas Glicólise
Krebs) e a fosforilação oxidativa

Saldo
energético 32 2
(ATP)

Processo para Obtenção de Energia


dos Seres Vivos
Todos os seres vivos precisam queimar combustíveis orgânicos, como a
glicose, para obter energia. A queima ocorre pelo processo de respiração
celular. Além disso, entender o processo de energia dos seres vivos é
fundamental para a biologia.

A – Respiração Celular

Fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de energia


química de moléculas como carboidratos e lipídios.

Antes de começarmos a estudar os tipos de respiração, é necessário falar um


pouco sobre o ATP.
ATP

A energia dos seres vivos é liberada nas reações metabólicas é armazenada


em uma molécula especial, o ATP (adenosina trifosfato). sob a forma de
ligações químicas muito ricas em energia.

O ATP é constituído pela adenina (adenina é uma das quatro bases nucleicas
usadas na formação dos nucleotídeos dos ácidos nucleicos DNA e RNA)
ligada a uma ribose (Carboidrato) e a três grupos fosfóricos, formando a
adenosina trifosfato.

Os grupos de fosfato estão unidos entre si por ligações químicas com grande
quantidade de energia. Ao perder um grupo fosfórico, ele transforma-se em
ADP (adenosina difosfato), liberando energia.

O ATP possui duas ligações de alta energia e o ADP apenas uma. Ao absorver
energia e ganhar um grupo fosfórico, o ADP pode voltar a ser ATP.

Tipos de Respiração
De acordo com a presença ou ausência do oxigênio, a respiração pode ser de
dois tipos:

• Aeróbica

Na presença de oxigênio.

• Anaeróbica

Na ausência de oxigênio.

I – Respiração Aeróbica
Nesse processo, a glicose (carboidrato) combina-se com o oxigênio do ar
formando resíduos com menos quantidade de energia (gás carbônico e água).
É como se a glicose fosse “desmontada”. Esses resíduos são oxidados ou
“queimados” liberando energia.

A respiração celular ocorre principalmente nas mitocôndrias e pode ser


representada pela equação seguinte:

Glicose + Oxigênio => Gás Carbônico + Água + Energia

A glicose deve ser “desmontada” gradativamente. Assim, a respiração


aeróbica compreende, basicamente, três fases: Glicólise, Ciclo de Krebs e
Cadeia Respiratória.

A – Glicólise

Todas as etapas da glicólise acontecem no citoplasma. Inicialmente a


molécula de glicose recebe dois grupos fosfato, convertendo-se em frutose
1,6-P:
Glicose + 2 ATP => frutose 1,6-P + 2 ADP

A seguir, essa molécula é fragmentada em duas, com três átomos de carbono


cada, denominada ácido pirúvico (C3H4O3).

Frutose 1,6-P + 4 ADP => 2 ácidos pirúvicos + 4 ATP

Para ser ativada e tornar-se reativa, a célula consome 2 ATP. No entanto, a


energia química liberada no rompimento das ligações químicas da glicose
permite a síntese de 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um saldo
energético positivo de 2 ATP (o rompimento das ligações da glicose liberam
4ATP, ocorre gasto de 2 ATP, sobram 2 ATP).

Nessa quebra, duas moléculas de NAD (nicotinamida – adenina –


dinucleotídeo) recolhem átomos de hidrogênio com elétrons ricos em energia,
convertendo-se em duas moléculas de NADH. Essa duas moléculas de NADH
irão levar esses átomos de hidrogênio para o interior das mitocôndrias (2
moléculas de NADH formadas).
Em seguida, uma nova oxidação transforma cada molécula de ácido pirúvico
em uma molécula de acetil coenzima-A (ou acetil Co-A). Nessa passagem mais
duas moléculas de NAD se convertem em NADH (mais 2 moléculas de NADH
formadas, totalizando agora 4 NADH).

2 ácido pirúvicos + 2 Co-A + 2 NAD => 2 acetil Co-A + 2 NADH + 2 CO2

Saldo

Até a presente etapa, a partir de uma molécula de glicose, foram formadas 2


CO2 (gás carbônico), 2 acetil Co-A, 2 ATP e 4 NADH.

Atenção!

A transformação do ácido pirúvico em acetil Co-A se dá na membrana


mitocondrial. Portanto, todas as etapas posteriores irão ocorrer no interior da
mitocôndria e não mais no citoplasma.
B – Ciclo de Krebs

Também chamado de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo dos Ácidos


Tricarboxílicos. Todas as etapas desse ciclo ocorrem na mitocôndria, mais
precisamente na matriz mitocondrial.

Nesse ciclo, os átomos de hidrogênio (ricos em energia) do acetil Co-A são


removidos. Com isso, ocorre a liberação de átomos de carbono na forma de
CO2 (produto estável da respiração aeróbica), que deixa a célula. Cada
molécula de acetil Co-A promove uma volta no ciclo.

As principais etapas serão representadas a seguir. Não há necessidade de


memorizá-las.

Inicialmente, a molécula de acetil Co-A se funde a uma molécula de ácido


Oxalacético. A molécula resultante da fusão é o ácido cítrico (com 6
carbonos). Em algumas etapas do ciclo são perdidos átomos de carbono e de
hidrogênio.
Os átomos de carbono entram na formação do CO2, liberado pela célula. Os
átomos de hidrogênio são recolhidos pelo NAD, anteriormente citado e pelo
FAD (flavina-adenina-dinucleotídeo). Em uma das etapas da sequência, a
energia liberada é suficiente para que uma molécula de ADP se converta em
ATP.

Portanto, em cada volta do ciclo, são formados 2 CO2, 1 ATP, 3 NADH e 1


FADH. Como cada molécula de glicose origina duas moléculas de acetil Co-A,
permite que o ciclo seja adicionado duas vezes.

Saldo

No total o ciclo de Krebs produz, por molécula de glicose: 4 CO2, 2 ATP, 6


NADH, 2 FADH.

As moléculas de CO2 são liberadas pela célula, juntamente com as geradas na


glicólise, totalizando seis moléculas. As duas moléculas de ATP tornam-se
disponíveis para o uso da célula. As seis moléculas de NADH e as duas de
FADH irão levar os átomos de hidrogênio para a cadeia respiratória.
C – Cadeia Respiratória

Também conhecida como cadeia transportadora de elétrons, é a última etapa


da respiração aeróbica e é composta por uma série de enzimas, os
citocromos. Todos eles estão presentes junto das cristas mitocondriais, onde
a cadeia respiratória acontece.

Os citocromos são proteínas dotadas de um anel central com íons ferro.


Quando um citocromo recebe um par de elétrons, os seus íons Fe +++ se
transformam em Fe++. Quando o par de elétrons é cedido para o citocromo
seguinte, os íons ferro retornam ao seu estado inicial.

Os pares de elétrons provenientes dos átomos de hidrogênio ao passarem de


um para o outro, vão liberando energia. Ao mesmo tempo, os prótons H+
circulam pelo espaço existente entre as membranas interna e externa das
mitocôndrias.

Em algumas etapas da passagem de pares de elétrons pela cadeia, a energia


liberada é suficiente para que uma molécula de ADP seja ligada a um grupo
fosfato formando uma molécula de ATP.
Como a fosforilação se faz graças à energia proveniente da oxidação da
glicose, chamamos de fosforilação oxidativa.

Na cadeia respiratória, os elétrons provenientes dos átomos de hidrogênio,


transportados pelo NADH, possibilitam a produção de três moléculas de ATP.
Já os elétrons transportados pelo FADH, permitem a produção de apenas
duas moléculas.

Depois que passam pela cadeia transportadora, os pares de elétrons são


recolhidos pelo oxigênio, juntamente com seus respectivos prótons, formando
moléculas de água.

Na cadeia respiratória, o aceptor final de elétrons é o oxigênio. Na falta dele,


os outros componentes da cadeia passam a reter elétrons, cessando a
produção de ATP e causando a morte da célula por falência energética.

Saldo Final

Balanço Energético da Respiração Aeróbica


Atualmente, considera-se como correto que uma molécula de glicose produz,
na respiração aeróbica, 36 moléculas de ATP.

Equação Geral da Respiração Aeróbica

Glicose + 6 O2 + 36 ADP => 6 CO2 + 6 H2O + 36 ATP

II – Respiração Anaeróbica

Nas células, o tipo de respiração anaeróbica realizada é denominada


fermentação. Nesse processo, a célula obtém energia a partir da oxidação
incompleta da molécula de glicose, sem a utilização de oxigênio.

Na fermentação, os aceptores finais dos átomos de hidrogênio são compostos


orgânicos originados na glicólise e o rendimento energético é menor que na
respiração aeróbica.
A fermentação pode ser de dois tipos, e em ambos há a produção de duas
moléculas de ATP ao final do processo: Fermentação Alcoólica e Fermentação
Lática.

A – Fermentação Alcoólica

Na fermentação alcoólica, a glicose inicialmente sofre a glicólise, originando


duas moléculas de ácido pirúvico, dois NADH2 e um saldo energético positivo
de duas moléculas ATP.

Cada molécula de ácido pirúvico perde um CO2 (ou se “descarboxila”),


originando aldeído acético que atua como receptor dos hidrogênios só NADH2
formando

o álcool etílico (dois carbonos), produto final desse tipo de fermentação.

B – Fermentação Lática
Do mesmo modo que na fermentação alcoólica, no processo de fermentação
lática a glicose sofre glicólise, originando duas moléculas de ácido pirúvico,
dois NADH2 e duas moléculas de ATP.

O ácido pirúvico age como aceptor dos átomos de hidrogênio e se converte


em ácido lático. Como não ocorre a descarboxilação do ácido pirúvico, não há
formação de CO2.

A fermentação de energia dos seres vivos é lática é realizada por micro-


organismos (certas bactérias, fungos e protozoários) e por certos animais. Um
exemplo de microrganismo fermentador são os Lactobacillus, bactérias
utilizadas no processo de fabricação de queijos, coalhadas e iogurtes. Eles
convertem a lactose (açúcar do leite) em ácido lático. O ácido lático reduz o
pH, provocando a precipitação das proteínas do leite, formando o coalho no
processo de energia dos seres vivos.

Saldo Final

Tanto na fermentação alcoólica quanto na fermentação lática, o saldo


energético ao final do processo é de duas moléculas de ATP por molécula de
glicose.
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3. FE
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Fermentação é um processo anaeróbio de obtenção de energia realizado por alguns


organismos. Esse processo é utilizado por indústrias na fabricação, por exemplo, de
medicamentos.
A
fermentação é um processo anaeróbio realizado por alguns organismos, como a levedura
Saccharomyces cerevisae, bastante utilizada na indústria.

Fermentação é um processo realizado por alguns organismos para a


obtenção de energia. Esse ocorre na ausência de oxigênio e também não
apresenta cadeia receptora de elétrons, como ocorre na respiração
anaeróbica.

O processo de fermentação é utilizado na produção de alimentos e


medicamentos. A seguir, detalharemos como ele ocorre, apresentaremos a
sua diferença em relação aos processos realizados na presença de
oxigênio, além de sua importância econômica.

O que é fermentação?
A fermentação é um processo pelo qual a matéria orgânica é parcialmente
degradada e a energia química nela armazenada é liberada e utilizada na
produção de moléculas de ATP (adenosina trifosfato), em que ficará
armazenada para ser utilizada posteriormente em diversas reações do
organismo.

Esse processo é realizado por algumas espécies de fungos, bactérias,


protistas, bem como por alguns tecidos animais e vegetais. A fermentação
ocorre na ausência de oxigênio, ou seja, é um processo anaeróbio, e seu
saldo energético é menor do que o obtido por meio de processos aeróbios
(que ocorrem na presença de oxigênio), como veremos mais adiante.

Leia também: Organismos aeróbios e anaeróbios: saiba diferenciá-los

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Como ocorre a fermentação?


O processo de fermentação inicia-se com a degradação da molécula de
glicose, constituída por seis carbonos, em duas moléculas contendo três
carbonos cada uma, denominadas piruvatos. Esse processo é conhecido
como glicólise, ocorre no citosol das células e consiste em 10 reações que
ocorrem em duas etapas.

Na primeira etapa, ocorre a fosforilação da glicose, que, ao receber fosfato


proveniente de duas moléculas de ATP, torna-se quimicamente ativa. Nessa
fase há, então, gasto de energia. Na segunda etapa, ocorre a oxidação da
glicose, sendo o agente oxidante o NAD + (dinucleotídio nicotinamida e
adenina), que será reduzido em NADH. A energia liberada nesse processo é
utilizada para a produção de quatro moléculas de ATP. Como foram gastos
dois ATP na primeira etapa, a glicólise apresenta um saldo energético final
de dois ATP.

O piruvato permanece no citosol, recebe os elétrons do NADH e é


convertido em lactato ou etanol e dióxido de carbono, dependendo do
organismo que estiver realizando esse processo. Nele, o NAD + é então
reciclado e poderá ser utilizado novamente na glicólise.
Tipos de fermentação

A
fermentação alcoólica é utilizada, por exemplo, na fabricação de pães. O dióxido de carbono
liberado é o responsável pelo crescimento da massa.

Mediante seu produto final, a fermentação pode ser classificada de diversas


formas. As principais formas de fermentação realizadas pelos organismos,
sendo também as mais utilizadas pelas indústrias, são:

● Fermentação alcoólica

Nela o piruvato é reduzido a etanol (álcool etílico) num processo constituído


por duas etapas. Na primeira, o piruvato é convertido em acetaldeído
(constituído por dois átomos de carbono) e ocorre a liberação de dióxido de
carbono. Em seguida, o acetaldeído é reduzido a etanol pelo NADH.

A fermentação alcoólica é realizada por algumas bactérias, fungos e células


vegetais. A equação balanceada da fermentação alcoólica é apresentada a
seguir:
Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Etanol + 2CO2 + 2ATP + 2H2O


Fermentação láctica

É realizada por algumas espécies de bactérias, fungos, protistas e células


animais, por exemplo, nas células musculares humanas, quando o oxigênio
é escasso. Na fermentação láctica, o piruvato é reduzido a lactato, um
composto semelhante a ele. A equação balanceada da fermentação láctica é
apresentada a seguir:

Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Lactato + 2ATP + 2H2O

Saiba mais: Pirâmide de energia: representa a quantidade de energia nos


níveis tróficos

Importância econômica da fermentação

A
fermentação é utilizada pela indústria para a produção de diversos produtos, como
medicamentos.
A fermentação é um processo utilizado há milhares de anos pelo ser
humano. Mesmo antes da compreensão de como ele ocorria, já era utilizado
para a fabricação de bebidas, como vinho e cerveja, e alimentos, como o
pão.

Atualmente a fermentação ainda é utilizada na produção de alimentos,


podemos destacar, por exemplo, a utilização da fermentação láctica, na
produção de iogurtes e queijos, e a fermentação alcoólica, na fabricação de
vinhos, cervejas e pães. A fabricação do vinagre ocorre pela conversão de
etanol em ácido acético e é conhecida como fermentação acética.

Além disso, a fermentação é utilizada também na fabricação de


medicamentos, como antibióticos, entre outros produtos, como etanol
(combustível), acetona e butanol (solventes).

Diferença entre fermentação e respiração celular


A fermentação e a respiração celular são processos realizados pelos seres
vivos para a obtenção de energia. Embora ambos apresentem a mesma
finalidade, ocorrem de formas diferentes. A fermentação é um processo
anaeróbio, enquanto a respiração celular é um processo aeróbio.

A fermentação não apresenta uma cadeia de transporte de elétrons, como


ocorre na respiração celular. O aceptor final de elétrons na fermentação é
uma molécula orgânica, e na respiração celular, é o oxigênio. O processo de
fermentação ocorre em apenas uma etapa, diferentemente da respiração
celular, que ocorre em três.

O saldo energético final da fermentação, que é um processo de degradação


parcial da glicose, é de duas moléculas de ATP. Já a respiração celular, na
qual ocorre a degradação total da glicose, o saldo energético final é de 32
moléculas de ATP. Veja, a seguir, um quadro comparativo entre esses dois
processos.

Fermentação

O processo de fermentação é uma via anaeróbia de síntese de ATP,


ou seja, ocorre sem a presença de oxigênio.

O vinho só é fabricado graças à


fermentação
A fermentação é um processo de obtenção de energia que ocorre sem
a presença de gás oxigênio, portanto, trata-se de uma via de produção
de energia anaeróbia. Nesse processo, o aceptor final de elétrons é
uma molécula orgânica. Essa via é muito utilizada por fungos,
bactérias e células musculares esqueléticas de nosso corpo que estão
em contração vigorosa.

A fermentação ocorre no citosol e inicia-se com a glicólise, quando


ocorre a quebra de glicose em duas moléculas de piruvato. Percebe-se,
portanto, que inicialmente esse processo é semelhante à respiração
celular.

O piruvato recebe elétrons H+ provenientes do NADH e transforma-se


em ácido láctico, que posteriormente é eliminado pela célula. Ele pode
também se transformar em álcool e CO2, que também são
posteriormente eliminados. A substância a ser produzida depende do
organismo em que o processo ocorre. Quando o piruvato é
transformado em ácido láctico, dizemos que ocorreu uma fermentação
láctica; mas quando se transforma em álcool, a fermentação é
chamada de alcoólica. Tanto na fermentação alcoólica quanto na lática
o NADH doa seus elétrons e é convertido em NAD+.

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Observe o esquema que ilustra o processo de fermentação.

A fermentação láctica é comum em células musculares, bactérias,


protozoários e fungos, sendo usada para a produção de iogurte,
coalhada e queijos. Já a fermentação alcoólica é normalmente
realizada por leveduras e bactérias, sendo bastante explorada
economicamente pelo homem, principalmente para a fabricação de
alimentos como o pão e de bebidas como a cerveja, vinho e destilados

O rendimento da fermentação é bastante pequeno quando comparado


ao da respiração celular. Enquanto nesse processo é obtido apenas 2
ATP, na respiração, temos um saldo final de 30 ATP.

Fermentação Respiração celular

Tipo de respiração Anaeróbio Aeróbio

Glicólise, ciclo do ácido


Etapas Glicólise cítrico (ou ciclo de Krebs) e
fosforilação oxidativa

Saldo energético (ATP) 2 32

Célula: o que é e suas estruturas

Lana Magalhães

Professora de Biologia
A célula é a menor unidade dos seres vivos com formas e funções
definidas. Isolada forma todo o ser vivo, no caso dos organismos
unicelulares ou junto com outras células, no caso dos pluricelulares.

A célula tem todo o material necessário para realizar processos vitais,


como nutrição, liberação de energia e reprodução.

O ser humano é constituído de cerca de 100 trilhões de células. De todas


elas a maior é o óvulo, que possui o diâmetro de um ponto final. As
demais são invisíveis a olho nu.

Estrutura das Células

A células que formam o organismo de muitos dos seres vivos apresentam


uma membrana envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de células
eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana plasmática,
citoplasma e núcleo.

Diferente das células eucariotas, a célula procariota não possui


membrana nuclear nem estruturas membranosas no seu interior.
Membrana plasmática ou membrana celular - é uma espécie de película
que envolve e protege a célula.

Possui permeabilidade seletiva, ou seja, ela regula a entrada e a saída de


substâncias na célula. Através dela a célula recebe oxigênio e nutrientes e
elimina gás carbônico e outras substâncias.

Na célula vegetal, além da membrana celular existe ainda, mais


externamente, a parede celular, formada de celulose.

O citoplasma - é a parte da célula que fica entre a membrana celular e o


núcleo. É constituído por um material gelatinoso chamado hialoplasma.

É formado por água, sais minerais, proteínas e açúcares. No


hialoplasma, encontram-se várias organelas, que são estruturas
responsáveis por diversas atividades da célula, tais como: nutrição e
respiração da célula, além do armazenamento de substâncias. Em
conjunto, elas são responsáveis pela manutenção da vida.
Entre as organelas destacam-se:

● mitocôndrias - é a usina energética das células. Realizam a


respiração celular e liberam a energia de que a célula necessita
para as suas atividades;

● ribossomos - fabricam as proteínas nas células. Organelas


fundamentais ao crescimento a à regeneração celular;

● retículo endoplasmático - rede de canais e reentrâncias onde


circulam proteínas, gorduras, sais etc;
● complexo golgiense - formado por pequenas bolsas achatadas.
Produz certos "açúcares", modifica e armazena proteínas e
outras substâncias. Também produz os lisossomos;

● lisossomos - realizam a digestão dentro da célula;

● centríolos - pequenas estruturas cilíndricas que participam da


divisão da célula;

● vacúolos - vesículas - pequenas bolsas que armazenam ou


transportam enzimas, água etc.

● cloroplastos - organelas presentes apenas em células vegetais,


responsáveis pela fotossíntese.

O núcleo - é a central de comando das atividades celulares. Em geral


situa-se no centro da célula. É envolvido por uma membrana nuclear ou
carioteca.

No interior do núcleo estão os cromossomos,que guardam o material genético da célula


(DNA). Os cromossomos ficam mergulhados na cariolinfa ou suco nuclear - material
gelatinoso que preenche o espaço dentro do núcleo.

Célula
A célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos e apresenta como
partes fundamentais a membrana plasmática, o citoplasma e o material
genético.
Na célula procarionte, observa-se a ausência de um núcleo delimitado por membrana
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As células são estruturas microscópicas que fazem parte da organização do


corpo dos seres vivos. Essa estrutura foi inicialmente descrita por Robert
Hooke ao analisar um corte de cortiça. O termo célula vem do latim cella, que
significa pequeno compartimento, e faz referência ao que Hooke visualizou ao
analisar o corte do vegetal. Por ter observado células mortas, o pesquisador
viu apenas a parede celular das células vegetais e, por isso, achou que se
tratava de um compartimento, e não uma estrutura viva e complexa.

Tópicos deste artigo


● 1 - → Teoria celular

● 2 - → Estrutura básica de uma célula e sua classificação

● 3 - Mapa Mental - Células

● 4 - → Funções das principais partes da célula

→ Teoria celular
A teoria celular baseia-se na hipótese de que todo organismo vivo possui
células. Essa teoria é sustentada por três pilares:

1. Todos os seres vivos são constituídos por células, sendo estas, portanto, a
unidade morfológica dos organismos vivos;
2. As células realizam importantes atividades em seu interior e, por isso, são
as unidades funcionais dos seres vivos;
3. Uma célula é formada apenas a partir de outra célula preexistente.

Assim sendo, utilizando essa teoria como base, podemos dizer que a célula é a
menor unidade estrutural e funcional dos seres vivos.

→ Estrutura básica de uma célula e sua classificação


É comum dizer que uma célula é composta por três partes básicas: membrana
plasmática, citoplasma e núcleo. Essa informação, no entanto, é incorreta
quando analisamos alguns tipos de células. Todas as células possuem
membrana plasmática e citoplasma, mas o núcleo é estrutura ausente em
células procariontes. Nesse tipo celular, o material genético está disperso no
citoplasma.

Assim sendo, analisando a estrutura básica de uma célula, podemos classificá-


la em procarionte e eucarionte. Procariontes são aquelas que não possuem um
núcleo definido envolto por membranas. Já a célula eucarionte apresenta um
núcleo delimitado pelo envoltório nuclear, possuindo, portanto, uma proteção
ao seu material genético.

Na célula eucarionte, é possível observar a presença de um núcleo definido.

Além da diferença no que diz respeito ao núcleo, as células procariontes ainda


apresentam diferenças quando comparadas às eucariontes. Em procariontes,
por exemplo, não existem organelas citoplasmáticas envolvidas por
membranas, como a mitocôndria e o retículo endoplasmático. As células
eucariontes, por sua vez, são células mais complexas, maiores e possuem
organelas membranosas.

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Mapa Mental - Células


* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

→ Funções das principais partes da célula


Como vimos, uma célula obrigatoriamente possui uma membrana plasmática,
um citoplasma e um material genético que pode ou não estar em um núcleo
definido. A seguir vamos falar um pouco sobre cada uma dessas importantes
partes.

● Membrana plasmática: é formada por uma bicamada lipídica com


proteínas inseridas de maneira assimétrica. Esse modelo de organização
da membrana é conhecido como modelo do mosaico fluído.
A membrana plasmática proporciona a seleção de substâncias que
entram e saem da célula, uma propriedade conhecida como
permeabilidade seletiva. Moléculas pequenas, como oxigênio e água,
passam pela membrana por processo de difusão simples. Já moléculas
maiores e carregadas, como íons e glicose, são transportadas por
difusão facilitada. Substâncias que entram na célula contra um
gradiente eletroquímico fazem-no por um processo chamado de
transporte ativo. Existem ainda aquelas que entram por invaginações
da membrana (endocitose) e aquelas que saem e virtude da fusão de
vesículas à membrana (exocitose).
Externamente à membrana plasmática, algumas células possuem a
chamada parede celular. Em uma célula vegetal, as paredes celulares
são formadas basicamente de celulose e garantem rigidez, previnem a
ruptura da membrana, protegem a célula, entre outras funções.
● Citoplasma: região que abriga o citoesqueleto, as organelas celulares e o
núcleo. O citoplasma é uma matriz fluida que é formada basicamente
de água, mas apresenta substâncias como proteínas e carboidratos. O
espaço entre essas organelas é chamado de citosol. Entre as principais
organelas celulares, podemos citar a mitocôndria, o retículo
endoplasmático, complexo Golgiense, peroxissomos e ribossomos.
Apenas essa última organela é encontrada também em procariontes.
● Núcleo: presente apenas em eucariontes, o núcleo é delimitado por duas
membranas chamadas de envoltório nuclear ou carioteca. Essas
membranas apresentam pequenos poros que garantem o fluxo de
substâncias entre o interior do núcleo e o citoplasma. Essa estrutura,
por conter a informação genética do organismo, é essencial para o
funcionamento adequado da célula, garantindo o metabolismo celular.

Curiosidade: Você sabia que o corpo humano adulto é formado por mais de 70
trilhões de células?

CÉLULAS
Células são as unidades estruturais e funcionais que constituem todos os seres vivos. Os
únicos seres vivos que não possuem células são os vírus.
Todas
as células possuem membrana plasmática, citoplasma e material genético.

As células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. Todos os


seres vivos são constituídos por células, com exceção dos vírus, que são
organismos acelulares. Alguns organismos são formados por uma única
célula (seres unicelulares), outros, por sua vez, são formados por várias
células (seres pluricelulares).

As células desempenham diferentes funções e apresentam algumas partes


básicas: membrana plasmática, citoplasma e material genético, o qual pode ou
não estar delimitado por um envoltório nuclear. As células podem ser
classificadas em dois grandes grupos: procariontes e eucariontes. Os seres
humanos possuem células do tipo eucarionte.

Leia mais: Meiose e mitose – dois processos de reprodução celular

Resumo sobre células


● Célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos.
● Os vírus são organismos acelulares.
● Existem diferentes tipos de células, os quais desempenham variadas
funções.
● Todas as células possuem membrana plasmática, citoplasma e material
genético.
● As células procariontes não possuem núcleo, enquanto as células
eucariontes possuem um núcleo verdadeiro.
● As células eucariontes podem ser divididas em células vegetais e
animais.
● As células vegetais possuem parede celular, vacúolo central e plastos,
estruturas ausentes em células animais.

O que são células?


As células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. São
chamadas de unidades estruturais, pois formam o corpo dos seres vivos.
Imagine, por exemplo, um grande muro. Esse muro é formado por pequenas
estruturas, os tijolos. Cada tijolo seria uma célula, que, unida às outras, ajuda
a formar um organismo pluricelular (ser vivo formado por mais de uma célula).

Além disso, em organismos unicelulares, a célula representa todo o


organismo. Além de serem estruturais, elas são unidades funcionais dos
seres vivos, e são assim chamadas, pois são unidades vivas, capazes de
produzir energia e se reproduzir, por exemplo.

O termo célula foi cunhado, em 1665, por Robert Hooke. Célula vem do latim,
cellula, que significa “pequena cela”. Hooke propôs esse termo, pois
observou um corte de cortiça ao microscópio e verificou apenas células
mortas. Por isso, ele verificou apenas a presença da parede celular dessas
estruturas e, portanto, achou tal estrutura semelhante a uma cela.

Onde encontramos as células?


Todos os seres vivos são formados por células, com exceção dos vírus. Elas
são encontradas formando o corpo dos organismos. Alguns seres vivos,
como bactérias e protozoários, possuem o corpo formado por apenas uma
única célula. Outros organismos, no entanto, são pluricelulares, sendo
formados por várias células. Em alguns organismos pluricelulares, as células
estão agrupadas em tecidos, os quais constituem órgãos, que estão
agrupados em sistemas.
Quais as funções das células?

Existe
m diferentes tipos celulares, e cada um desempenha uma função distinta.

Existem diferentes tipos de células, cada um adaptado a uma determinada


função. Como mencionado, em alguns organismos, como protozoários e
bactérias, as células representam todo o ser vivo, uma vez que esses seres
são unicelulares. Nesse caso, elas realizam todas as funções responsáveis
pela sua sobrevivência.

Em organismos pluricelulares, por sua vez, existem células especializadas e


que desempenham diferentes papéis. Os leucócitos, por exemplo, são células
encontradas em nosso corpo que atuam protegendo o organismo contra
agentes causadores de doenças. Os neurônios são células que atuam
garantindo a propagação do impulso nervoso. As hemácias, por sua vez,
garantem o transporte de oxigênio pelo organismo.

Leia mais: Células-tronco – são capazes de se transformar em qualquer célula


e uma esperança para a medicina

Partes básicas de uma célula


As células são estruturas pequenas, porém bastante complexas. De maneira
geral, podemos dizer que todas as células possuem três componentes
básicos: a membrana plasmática, o citoplasma e o material genético.

● Membrana plasmática: é uma estrutura formada por uma bicamada de


moléculas lipídicas com várias proteínas inseridas. Ela circunda toda a
célula, separando e protegendo todos os seus componentes do meio
externo. A membrana apresenta a capacidade de selecionar o que entra
e o que sai da célula. Devido a essa função, dizemos que ela apresenta
permeabilidade seletiva.
● Citoplasma: em células procariontes, corresponde a toda região interna
da célula. Em células eucariontes, por sua vez, o citoplasma
corresponde à região entre a membrana plasmática e o envoltório
nuclear e é o local onde estão presentes as organelas citoplasmáticas.
Nele ocorrem várias reações químicas importantes, nas células
eucariontes.
● Material genético: contém as informações que determinam as
características de um ser vivo. Nas células eucariontes, a maior parte do
material genético está contida no núcleo, o qual é envolvido por uma
membrana dupla, o envoltório nuclear. Nas células procariontes, por
sua vez, não há envoltório nuclear delimitando o material genético.

Leia também: DNA – responsável por transmitir todas as informações


genéticas para as células-filhas

Classificação das células


Células
procariontes não possuem núcleo definido, diferentemente das células eucariontes.

As células podem ser classificadas em dois grupos básicos: procarióticas e


eucarióticas.

● Células procarióticas
As células procarióticas caracterizam-se por não apresentarem núcleo
definido. Nessas células, o material genético não está delimitado por
envoltório nuclear. Além disso, em células procarióticas, não há a presença de
organelas membranosas (pequenas estruturas presentes no citoplasma que
realizam diferentes funções dentro da célula, como digestão intracelular e
produção de energia). Os ribossomos, estruturas responsáveis pela síntese de
proteínas, estão presentes. Como exemplo de organismos que possuem
células procarióticas, temos as bactérias e cianobactérias.
● Células eucarióticas
As células eucarióticas são aquelas que possuem um núcleo verdadeiro, com
o material genético envolvido por um envoltório nuclear. Nessas células
também são observadas as organelas membranosas, tais como mitocôndrias,
complexo golgiense e retículo endoplasmático. Assim como em células
procarióticas, a presença de ribossomos é observada. São exemplos de
organismos que possuem células eucarióticas os animais, plantas,
protozoários, algas e fungos.

As células eucarióticas podem ser agrupadas em dois tipos: células vegetais e


células animais. As células vegetais diferenciam-se das células animais
devido à presença de três estruturas: parede celular, vacúolo central e
plastos.

A parede celular das células vegetais é formada principalmente por celulose e


está localizada externamente à membrana plasmática. A parede celular
confere maior resistência à célula vegetal. O vacúolo central é uma organela
que apresenta diferentes funções, como garantir a manutenção do pH da
célula e armazenar substâncias. Por fim, temos os plastos, sendo o tipo mais
conhecido o cloroplasto, que está relacionado com a fotossíntese.

Tipos de células

Carolina Batista

Professora de Química

A célula é a menor unidade que constitui os seres vivos. Enquanto alguns


organismos são formados apenas por uma célula, como as bactérias, existem
seres pluricelulares, que possuem uma grande quantidade de células, como o ser
humano.
Os tipos de células existentes são classificados basicamente em dois grandes
grupos de acordo com a estrutura celular e funcionamento: eucariontes e
procariontes.

Classificação celular
As células procariontes, também chamadas de células primitivas, possuem
organização simples. Seu nome vem do grego pro (antes, primeiro) e karyon
(núcleo), cujo significado é “antes do núcleo”. Já as células eucariontes são
células complexas e acredita-se que são uma evolução da célula procarionte.

Confira mais detalhes sobre essas classificações a seguir.

Célula procarionte
A característica mais marcante da célula procariótica é que por não possuir um
núcleo o material genético da célula fica disperso em sua estrutura.

As partes da célula procarionte são:

● Cápsula: reveste a célula externamente;

● Citoplasma: substância gelatinosa responsável por manter o formato da


célula;

● Flagelo: possibilita a locomoção da célula;

● Membrana plasmática: controla a troca de substâncias da célula com o


meio;

● Parede celular: confere forma à célula;

● Pilus: possibilita a fixação da bactéria ao meio;

● Ribossomo: estrutura responsável pela produção de proteínas.


Bactérias, cianobactérias e micoplasmas são organismos formados por células
procariontes.

Célula eucarionte
A célula eucariótica é um tipo celular que apresenta um núcleo bem definido. As
partes da célula eucarionte são:

● Núcleo: região onde se localiza o material genético e comando das


atividades celulares;

● Membrana plasmática: envoltório fino e poroso que reveste a célula;

● Citoplasma: substância fluida onde se localiza o núcleo celular e as


organelas;

● Organelas celulares: funcionam como órgãos e desempenham as


atividades celulares.
Os organismos que fazem parte dos Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia
são seres formados por células eucariontes.

Células animais e vegetais


Embora a célula eucariótica seja composta basicamente pelos componentes, as
células de animais e vegetais apresentam algumas diferenças.

● A célula animal apresenta forma irregular e a célula vegetal possui forma


fixa;

● A parede celular é uma estrutura exclusiva da célula vegetal e é formada


por celulose;

● Apenas a célula animal pode apresentar cílios e flagelos em sua


estrutura;

● A estrutura da célula vegetal é marcada pela presença de um grande


vacúolo no citoplasma.
Saiba mais sobre as células animal e vegetal.

Organelas celulares
As organelas celulares são as estruturas responsáveis pelo funcionamento da
célula. Cada organela desempenha uma função. Confira na tabela a seguir.

Célula Célula
Organela Função
animal vegetal

Aparelho de Golgi Responsável por modificar, Sim Sim


armazenar e exportar proteínas.

Centríolos Atua na divisão célula. Sim Depende da


espécie

Glioxissomos Atua na transformação de ácidos Não Sim


graxos em açúcares.

Lisossomos Atua na digestão de moléculas Sim Sim


orgânicas.

Mitocôndrias Atua na respiração celular. Sim Sim


Peroxissomos Atua na digestão de substâncias. Sim Sim

Plastos Atua no armazenamento de Não Sim


substâncias e pigmentos.

Retículo Atua na síntese de lipídios. Sim Sim


endoplasmático liso

Retículo Atua na síntese de proteínas. Sim Sim


endoplasmático
rugoso

Ribossomos Atua na síntese de proteínas. Sim Sim

Vacúolos Atua no armazenamento de Não Sim


substâncias.

Saiba mais sobre as organelas celulares.

Resumo sobre células

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● Células são as unidades estruturais e funcionais dos
seres vivos.
● Com exceção dos vírus, todos os seres vivos
apresentam células. Devido à ausência dessas
estruturas, muitos autores não consideram os vírus
seres vivos.
● Células podem ser classificadas em procariontes e
eucariontes.
● Células procariontes apresentam material genético
disperso no citoplasma.
● Células eucariontes possuem um núcleo definido,
delimitado pelo envelope nuclear.
● Células apresentam membrana plasmática, citoplasma e
material genético, o qual pode estar ou não no núcleo.
● A membrana plasmática da célula é responsável por
controlar o que entra e o que sai, funcionando como uma
barreira seletiva.
● O citoplasma é formado por uma matriz gelatinosa,
chamada citosol, em que várias estruturas estão
imersas. Mitocôndrias, cloroplastos, complexo
golgiense, retículo endoplasmático e lisossomos são
exemplos de organelas celulares encontradas no
citoplasma de células eucariontes.
● De acordo com o número de células, os organismos
podem ser unicelulares ou multicelulares. São chamados
de organismos unicelulares aqueles que apresentam
apenas uma célula, enquanto os multicelulares
apresentam corpo rico em células.

Classificação das células

As células podem ser classificadas de diferentes maneiras,


sendo uma dessas a divisão em dois grandes grupos:
procariontes e eucariontes.

● Células procariontes: destacam-se por não


apresentarem material genético envolto por uma
membrana nuclear, ou seja, por não apresentarem
núcleo definido. Essas células também não apresentam
organelas celulares membranosas, tais como complexo
golgiense e retículo endoplasmático. Como exemplo de
células procariontes, podemos citar as bactérias e
cianobactérias.
● Células eucariontes: destacam-se por possuírem
material genético envolto pela membrana nuclear, ou
seja, essas células apresentam um núcleo verdadeiro.
Nelas é observada a presença de organelas
membranosas. Essas células podem ser encontradas
nos protozoários, nos fungos, nos animais e nas plantas,
por exemplo

Tipos de células humanas e suas funções


Os seres humanos são organismos pluricelulares formados por células
eucariontes. São aproximadamente 10 trilhões de células especializadas
trabalhando no corpo para manter as funções vitais.

Os 200 tipos de células do corpo humano apresentam funções de acordo com o


tecido que elas formam.

Células epiteliais: unidade básica do tecido epitelial, são responsáveis por revestir
órgãos e protegê-los. São exemplos:

● Células neuroepiteliais: atuam na captação de estímulos do ambiente;

● Células mioepiteliais: atuam na expulsão da secreção de glândulas por


meio da compressão;

● Células epiteliais glandulares: atuam na produção, armazenamento e


liberação de substâncias.

Células nervosas: unidade básica do tecido nervoso, são responsáveis pela


comunicação, envio, recebimento e interpretação de sinais entre as diversas
partes do corpo. São exemplos:

● Micróglias: atuam na defesa do sistema nervoso;

● Neurônios: são responsáveis pela transmissão de mensagens;

● Células dendríticas: atuam no transporte de antígenos;

● Células de Schwann: atuam na produção de mielina, que auxiliam na


produção dos impulsos nervosos.
Células musculares: unidade básica do tecido muscular, são responsáveis pela
locomoção e regulação do tamanho dos órgãos pela sua capacidade de contração.
São exemplos:

● Células de sarcômero: atuam na contração muscular;

● Fibroblastos: atuam na síntese de proteínas.

Células do tecido conjuntivo sanguíneo: os principais tipos de células do sangue


são:

● Hemácias: atuam no transporte de oxigênio;

● Leucócitos: atuam no sistema imunológico;

● Plaquetas: atuam na coagulação sanguínea.

Células do tecido conjuntivo ósseo: os ossos apresentam as seguintes células


especializadas:

● Osteócitos: atuam na secreção de substâncias;

● Osteoclastos: atuam na reabsorção e remodelação do tecido ósseo;

● Osteoblastos: atuam na síntese de componentes orgânicos.


Veja algumas diferenças observadas entre células procariontes e eucariontes.
Acesse também: Células-tronco – capacidade de diferenciação e
autorrenovação

Partes das células

É costume dizer que as partes básicas de uma célula são:


membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Entretanto, como
sabemos, nem todas as células apresentam um material genético
delimitado por membrana, sendo muitas vezes observada a
presença do material genético disperso no citoplasma. Desse
modo, o mais correto a dizer é que todas as células apresentam
membrana plasmática, citoplasma e material genético, o qual
pode estar ou não envolto por membrana formando um núcleo.

● Membrana plasmática: é um envoltório que delimita a


célula. Ela consiste em uma bicamada de fosfolipídeos
na qual estão inseridas proteínas. A membrana é uma
estrutura importante da célula, estando relacionada,
entre outras funções, com a seleção do que entra e do
que sai da célula, funcionando como uma barreira
seletiva. Em algumas células, externamente à membrana
plasmática, observa-se a presença de uma parede
celular. Essa parte pode ser observada, por exemplo, em
bactérias e células vegetais. Entretanto, a composição
dessas paredes celulares é bastante diferenciada em
cada um desses organismos.

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● Citoplasma: é a região delimitada pela membrana


plasmática. Nas células eucariontes, o citoplasma está
localizado entre a membrana e o núcleo celular. O
citoplasma é formado por uma matriz gelatinosa,
denominada citosol. É no citosol que estão imersas as
organelas celulares, como mitocôndrias, complexo
golgiense, retículo endoplasmático e outras. Vale
salientar ainda que no citoplasma de todas as células
são encontrados ribossomos, que são minúsculos
complexos capazes de realizar a síntese de proteínas.

Uma célula eucarionte com suas principais partes: membrana plasmática,


citoplasma e material genético contido no núcleo.
● Material genético: Tanto as células procariontes quanto
as eucariontes possuem cromossomos, que são
estruturas formadas por DNA e que carregam a
informação genética do indivíduo. Nas células
eucariontes, o envelope nuclear está presente e
caracteriza-se por ser uma dupla membrana cheia de
poros. Esse envelope delimita o núcleo, que é o local
onde se encontram vários cromossomos lineares. Na
célula procarionte, por sua vez, não é observado núcleo
definido e verifica-se a presença de, normalmente, um
cromossomo circular localizado em uma região
específica denominada nucleoide.

Saiba mais: Hereditariedade – transmissão de informações


genéticas e fenotípicas

Organelas celulares

As organelas celulares são estruturas que realizam atividades


importantes para o funcionamento adequado das células
atuando como pequenos órgãos. Veja algumas organelas
celulares e suas respectivas funções.

Organelas celulares

Organela Função

Mitocôndria Sítio da respiração celular.

Complexo golgiense Secreção de substâncias;


modificação, armazenamento e
distribuição de substâncias
produzidas no retículo
endoplasmático.
Retículo Relacionado com diversos processos,
endoplasmático tais como metabolismo de
agranular ou liso carboidratos, síntese de lipídios e
desintoxicação.

Retículo Relacionado com processos como


endoplasmático síntese de proteínas e adição de
granuloso ou rugoso carboidratos a glicoproteínas.

Lisossomos Relacionado com a digestão


intracelular.

Vacúolos Existem diferentes tipos de vacúolos,


portanto, diferentes funções. Os
vacúolos alimentares formam-se após
um processo de endocitose e
participam da digestão intracelular.
Vacúolos contráteis (presentes em
alguns eucariontes unicelulares de
ambientes aquáticos) ajudam a
bombear o excesso de água para fora
da célula. Vacúolo central ou vacúolo
de suco celular (presente em plantas)
participa da manutenção do pH,
digestão de componentes celulares e
do armazenamento de substâncias.

Cloroplasto (célula Local onde ocorre a fotossíntese.


vegetal)

Peroxissomos Oxidam substratos orgânicos. Essas


organelas retiram átomos de
hidrogênio e combina-os com
oxigênio molecular, produzindo
peróxido de hidrogênio, daí o nome da
organela. Por ser tóxico para a célula,
o peróxido é rapidamente eliminado.

Ribossomos (Devido à Participam da síntese de proteínas.


ausência de
membranas, alguns
autores não
consideram os
ribossomos organelas,
outros, no entanto,
consideram-nos
organelas não
membranosas)

Amplie seus conhecimentos a respeito das organelas lendo


nosso texto sobre o tema: Organelas celulares.

Classificação dos organismos de acordo com o


número de células

De acordo com o número de células que formam o corpo de um


organismo, podemos classificá-lo em: unicelular ou multicelular.

● Organismos unicelulares: são aqueles que apresentam o


corpo formado por uma única célula. Como exemplo
podemos citar as bactérias e os protozoários, como a
ameba e o Paramecium.
O Paramecium é um organismo unicelular, ou seja, formado por uma única célula.
● Organismos multicelulares: são aqueles que apresentam
corpo formado por várias células. Nesses organismos as
células podem estar agrupadas em tecidos. Os animais e
plantas são seres vivos multicelulares.

Fisiologia Celular
Fisiologia celular é o estudo do funcionamentos das células. Segue abaixo as
suas partes e funções.

Revestimento Celular: Todas as células são revestidas por uma finíssima


película, que contém o citoplasma e o núcleo: a membrana plasmática. Essa
membrana separa o conteúdo celular do meio circundante, mantendo instável,
o meio interno.

A membrana apresenta uma permeabilidade seletiva, dependendo da


natureza da substância. Algumas substâncias atravessam a membrana com
facilidade, enquanto outras são dificultadas ou totalmente impedidas. A
membrana é capaz de capturar substâncias necessárias no exterior,
auxiliando sua entrada na célula.

As moléculas de água entram e saem da célula espontaneamente, elas


simplesmente mergulham entre as moléculas de fosfolipídio e saem do outro
lado (difusão). Não há nada que a membrana possa fazer para impedir a
transição da água através dela. O mesmo acontece com o O2, gás carbônico e
outras substâncias de pequeno tamanho molecular.
Na difusão não há dispêndio de energia por parte da célula, quando isso
ocorre chamamos de transporte passivo. Esse processo é importante para a
vida da célula. Por difusão as células de nosso intestino retiram a maior parte
de substâncias nutritivas do alimento.

As membranas das células também executam processos ativos de transporte


de substâncias. Esse processo acontece quando há um transporte de solutos e
solventes contra o gradiente de concentração. Um exemplo pode ser observado
nas células hemácias. Nesse caso há gasto de energia.

É através do transporte ativo que uma célula pode manter certas substâncias
necessárias em concentração elevada no seu interior, mesmo que tenha pouco
da mesma no exterior.

Quando uma substância não consegue atravessar a membrana, ela captura a


substância pelos seguintes processos:

– Fagocitose: quando a célula ingere a substância a partir de pseudopódos que


envolve o alimento e o coloca em uma cavidade do interior da célula, onde
ocorrerá a digestão.

– Pinocitose: quando a célula através de invaginações da membrana captura


pequenas gotículas líquidas.

A energia para o transporte ativo é suprida por uma substância chamada


ATP, que fornece energia para a maioria dos processo celulares.

Citoplasma: O citoplasma é conteúdo de uma célula, excluindo-se o núcleo.


Ele é constituído por uma solução chamada hialoplasma. Também inclui as
organelas ligadas por membranas, como a Mitocôndria, o complexo de Golgi e
outras estruturas essenciais para o funcionamento da célula.

O hialoplasma é o local onde ocorrem diversa reações químicas do


metabolismo (a síntese proteica, a parte inicial da respiração), também facilita
a distribuição de substâncias por difusão. É aí que o alimento é degradado
para fornecer energia.

Em certas células, as correntes citoplasmáticas são orientadas de tal maneira


que resultam na locomoção de célula. Um exemplo são os glóbulos brancos,
que possuem pseudópodos.
O citoplasma é coberto de organelas cada uma é responsável em realizar uma
ou mais atividades vitais, e a inter-relação entre elas resulta na vida da célula.

O retículo endoplasmático: O retículo endoplasmático é um complexo sistema


de bolsas e canais membranosos.

Algumas regiões do retículo são lisas por isso o nome de retículo


endoplasmático liso. Outras porções do retículo apresentam-se salpicadas por
grânulos, os ribossomos, que dão o aspecto granuloso, por isso o nome retículo
endoplasmático rugoso.

O Retículo endoplasmático rugoso ou granular é o local de fabricação de boa


parte das proteínas celulares. Na realidade são os ribossomos presos nas
membranas que fazem as moléculas de proteínas. A função dos ribossomos é a
síntese proteica. Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou preso a
membrana do retículo.

O retículo endoplasmático desempenha, portanto, as funções síntese,


armazenamento e transporte de substâncias.

Ribossomos: São grãos de proteína. A função dos ribossomos é a síntese


proteica pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo DNA. O
RNA descreve a sequência dos aminoácidos da proteína. Eles realizam essa
função estando no hialoplasma ou preso a membrana do retículo
endoplasmático.

Complexo de Golgi: A função do complexo está diretamente relacionado com


a secreção celular (quando a célula elimina substâncias que ainda serão
aproveitadas pelo organismo, só que em outros locais). Um exemplo do papel
secretor do aparelho de Golgi ocorrem nas células produtoras de muco, que
recobre os revestimentos interno do nosso corpo. Outro exemplo é a secreção
de enzimas que será utilizado na digestão. Ele apresenta outras funções tais
como complementar a síntese de glicídios usados na formação do glicocálix
que protege as células animais e serve como estrutura de identificação; ele
participa na formação do acrossoma, vesícula rica em enzimas localizada
sobre a cabeça do espermatozoide, e responsável na perfuração do óvulo.

Existem indicações que os lisossomos sejam formados por ele.


Lisossomos e peroxissomos: São bolsas citoplasmáticas cheias de enzimas
digestivas e envolvidas por uma membrana lipoproteica.

O lisossomo tem as seguinte funções: digestão intracelular; digestão dos


materiais capturados por fagocitose ou pinocitose. A autofagia; onde o
lisossomo digere partes da própria célula, englobando organoides e formando
os vacúolos autofágicos. Isso ocorre quando a organela esta velha ou quando a
célula passa um período de fome. E a autólise; ocorre quando a membrana do
lisossomo se rompe espalhando enzimas pelo citoplasma, destruindo a célula.
Serve para renovar a células do corpo. Em alguns casos, o rompimento se dá
por causa de doenças. O material conseguido com a autodigestão é mandado
através da circulação para outras partes do corpo, onde é aproveitado para o
desenvolvimento.

Peroxissomos: Acredita-se que eles têm como função proteger a célula contra
altas concentrações de oxigênio, que poderiam destruir moléculas importantes
da célula. Os peroxissomos do fígado e dos rins atuam na desintoxicação da
célula, ao oxidar, por exemplo, o álcool. Outro papel que os peroxissomos
exercem é converter gorduras em glicose, para ser usada na produção de
energia.

Mitocôndrias e a respiração celular: A função da mitocôndria é produzir


energia, para todos os processos vitais da célula. Essa produção de energia
ocorre através da respiração celular.

A respiração celular é o processo pelo qual a célula obtém energia do


alimento. Elas fazem isso combinado moléculas de alimento com o gás
oxigênio do ar(respiração aeróbica), isso é uma oxidação controlada, através
da qual a energia contida nas moléculas é liberada. Essas moléculas são
degradadas até se transformarem em gás carbônico e água.

Na falta de oxigênio, a célula pode obter energia realizando apenas a parte


inicial do processo de quebra de glicose.

Centríolos, cílios e flagelos: Uma das funções dos centríolos é originar os cílios
e os flagelos, projeções em forma de pelos móveis que algumas células
apresentam. Tanto os cílios quanto os flagelos formam-se a partir do
crescimento dos microtúbulos de um centríolo.
Na traqueia de mamíferos existe um epitélio lubrificado por muco. O
batimento constate dos cílios permite a formação de uma corrente deste muco
que tem papel protetor, já que muitas impurezas dor ar inspiradas ficam
aderida a ele.

Apesar de terem origem comum e idênticas finalidades (movimentos


celulares) eles diferem entre si em dois detalhes: o tamanho e o número de
unidades por célula. Os cílios são curtos e numerosos, enquanto os flagelos são
longos e não ultrapassam de 6 a 8 por célula.

O núcleo celular: O núcleo celular animal apresenta a carioteca, que contêm


em seu interior a cromatina, que contém ainda um, dois, ou mais nucleólos em
um fluído, semelhante ao hialoplasma. O núcleo é a região da célula que
controla o transporte de informações genéticas. No núcleo ocorrem tanto a
duplicação do DNA, imprescindível para a divisão celular, como a síntese do
RNA, ligada a produção de proteínas nos ribossomos.

Carioteca: Ela permite a troca de material com o citoplasma. A carioteca, ou


membrana nuclear é um envoltório duplo. As duas membranas do conjunto
são lipoproteicas. A membrana mais externa, voltada ao hialoplasma,
comunica-se com os canais do retículo e frequentemente apresenta ribossomos
aderidos.

A carioteca esta presente em toda divisão celular, ela some no início da divisão
e só aparece no final do processo. Ela separa o núcleo do citoplasma.

Cromatina: Tem como instrução controlar quase todas as funções celulares.


Essas instruções são “receitas” para a síntese de proteínas. Essas “receitas”,
chamadas de genes, são segmentos da molécula de DNA, e a célula necessita
dos genes para sintetizar proteínas.

Os cromossomos são constituídos de uma única molécula de DNA associados a


proteína.

A cromatina é o conjunto dos cromossomos de uma célula, quando não esta se


dividindo (período de intérfase).

Nucléolo: Nos núcleos das células que não esta em reprodução (núcleos
interfásicos), encontramos um ou mais nucléolos. Os nucléolos são produzidos
por regiões específicas de certos cromossomos, as quais são denominadas
nucléolo.

Essas regiões cromossômicas produzem um tipo de RNA (RNA ribossômico),


que se combina com proteínas formando grânulos.

Quando esses grânulos amadurecem e deixam o núcleo, passam pela carioteca


e se transformam em ribossomos citoplasmáticos (a função dos ribossomos já
foi citada).

Por: Renan Bardine

Veja também:

● Biologia Celular
● Osmose
● Ciclo da Mitose
● A Teoria Celular

Núcleo celular
Núcleo é uma estrutura presente em todas as células eucarióticas. Ele é
responsável por controlar todas as atividades celulares e armazenar
informação genética.
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O núcleo é uma estrutura importante encontrada nas células eucarióticas e


ausente nas células procarióticas. Desempenha diferentes funções, sendo uma
delas o controle das atividades celulares. Essa estrutura é envolta por uma
dupla membrana chamada de envoltório nuclear, a qual é repleta de poros,
que garantem a passagem de substâncias do citoplasma para o interior do
núcleo e vice e versa. No interior do núcleo, observamos uma matriz
denominada nucleoplasma e a cromatina, que, em células em divisão, está
condensada, formando cromossomos.

Leia também: Diferenças entre células procariontes e eucariontes

Tópicos deste artigo


● 1 - O núcleo celular

● 2 - Componentes do núcleo celular

● 3 - Funções do núcleo celular

O núcleo celular
O núcleo celular é uma estrutura bastante evidente nas células eucarióticas.
Apresenta formato, geralmente, arredondado ou alongado e possui cerca de
cinco µm de diâmetro. Uma célula eucarionte possui, normalmente, um
núcleo, entretanto, algumas células podem apresentar vários núcleos, como é o
caso das do tecido muscular estriado esquelético. Além disso, algumas células
não apresentam núcleo, como é o caso das hemácias, que o perdem durante
seu amadurecimento.

Componentes do núcleo celular

Observe
as principais estruturas que compõem o núcleo celular.
A seguir, vamos compreender melhor algumas estruturas importantes que
compõem o núcleo:

● Envoltório nuclear: o núcleo celular é envolvido por uma dupla


membrana denominada envoltório nuclear ou carioteca. Entre essas
membranas, há um espaço, de 20 nm a 40 nm, chamado cisterna
perinuclear. Cada uma delas apresenta uma estrutura formada por
uma bicamada lipídica com proteínas associadas. A membrana mais
externa está em contato com o citoplasma da célula, apresenta vários
ribossomos associados e é, em vários locais, contínua com o retículo
endoplasmático. A membrana mais interna, por sua vez, mantém
contato com a matriz nuclear. Em associação com essa última,
encontra-se a lâmina nuclear, uma rede de proteínas que atua na
estabilização do envoltório nuclear.
O envoltório nuclear é rico em poros circulares, os quais apresentam de
30 a 100 nanômetros de diâmetro e possuem suas bordas formadas
pelas membranas internas e externas do envoltório nuclear. Os poros
são importantes para garantir a comunicação entre o interior do núcleo
e o citoplasma celular. Entretanto, é importante deixar claro que eles
não são apenas espaço de passagem de substâncias, sendo uma
estrutura complexa circundada pelo chamado complexo do poro, o qual
garante uma regulação do que entra e sai no núcleo.
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● Nucleoplasma: no interior do núcleo, temos o chamado nucleoplasma,
uma espécie de gel proteico que possui propriedades semelhantes às do
citoplasma. É no nucleoplasma que encontramos a cromatina, definida
como DNA associado a proteínas histonas. Dois tipos de cromatina
podem ser identificados, a heterocromatina, em que a dupla hélice de
DNA está muito condensada, e a eucromatina, em que o DNA está
menos condensado.
No processo de divisão celular, essa cromatina condensa-se e forma o
que chamamos de cromossomos. Quando não está em divisão, a
cromatina aparenta uma massa difusa, não sendo possível diferenciar
os cromossomos. É importante deixar claro que cada espécie apresenta
um número próprio deles. A espécie humana, por exemplo, apresenta
em suas células somáticas 46 cromossomos, enquanto a mosca-das-
frutas apresenta oito cromossomos, e a Arabidopsis thaliana (uma erva
daninha), 10 cromossomos.
● Nucléolo: dentro do núcleo, quando este não está em divisão, é possível
observar uma estrutura esférica chamada nucléolo. Nele se observa
uma grande quantidade de RNA e proteínas, bem como algumas alças
de DNA que saem dos cromossomos e são conhecidas como regiões
organizadoras do nucléolo. Nessa estrutura ocorre a formação das
subunidades ribossômicas, que, após formadas, saem do núcleo pelos
poros e seguem para o citoplasma, onde serão responsáveis por formar
um ribossomo.
● Matriz nuclear: é uma estrutura fibrilar que se espalha pelo núcleo.
Alguns pesquisadores admitem a existência dela, outros não. Aqueles
que não a confirmam acreditam que se trata de uma estrutura formada
durante a preparação para a observação das células.

Leia mais: Citologia ou biologia celular - área de estudos das células

Funções do núcleo celular

Resumo sobre o Núcleo Celular e


seus principais componentes

Sanar
4 min• 11 de mai. de 2021
Índice

1.

Introdução

2.

Componentes do núcleo celular


Índice

Introdução

O núcleo celular é o responsável pelo controle de todas as atividades celular.


É em seu interior que se encontra o genoma, que trata-se da codificação das
informações genéticas do DNA.
Sua forma é variável e depende de cada célula, mas em geral, apresenta-se
arredondado, e é facilmente corado pela hematoxilina e pelos corantes
básicos. Normalmente, cada célula apresenta apenas um núcleo, mas existem
células multinucleadas.

O núcleo é o principal dirigente da síntese e processamentos dos RNAs,


incluindo o RNA mensageiro (mRNA) , RNA ribossomal (rRNA) e RNA
transportador (tRNA), que serão exportados para o citoplasma, ontem terão
como principal responsabilidade a produção das proteínas. É composto pelo
envoltório nuclear, a cromatina, o nucléolo, a matriz nuclear e o
nucleoplasma.

Componentes do núcleo celular

Envoltório Nuclear

O envoltório nuclear é revestido internamente por uma camada de


cromatina e é o responsável por delimitar e separar o núcleo do citoplasma. O
envoltório nuclear é impermeável a íons e moléculas. Entretanto, esse
revestimento não é 100% íntegro, existindo poros e os complexos de poros,
responsáveis pelo transporte de substâncias entre o citoplasma e o núcleo, e
vice-versa.
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Núcleo celular com seu envoltório nuclear bem delimitado à coloração.. Fonte:
Histologia Básica – Junqueira & Carneiro

Cromatina

A cromatina é formada por filamentos duplos de DNA agregados a proteínas,


especialmente histonas, mas também a proteínas não histônicas. A
associação do DNA com as histonas dão origem aos nucleossomos. Os
nucleossomos, por sua vez, se agruparão em estruturas mais complexas até
instituírem os cromossomos.
As proteínas não histônicas, por sua vez, desempenharão função estrutural,
participando da condensação dos cromossomos, regularão atividade dos
genes, ou se diferenciarão em enzimas, como a DNA e RNA polimerase.

Vale ressaltar que existem dois tipos de cromatina intranuclear: a


heterocromatina e a eucromatina. A heterocromatina é bem visível na
microscopia óptica, trata-se de uma cromatina inativa, pois a dupla hélice de
DNA está tão compactada ao ponto de tornar impossível a transcrição de seus
genes.

Já na eucromatina a dupla hélice se encontra menos condensada,


permitindo a transcrição genética. Por esse motivo, é considerada uma
cromatina ativa, estando presente em maior proporção nas células em intensa
produção proteica.

Diferença da coloração do núcleo com heterocromatina (seta) e núcleo com


eucromatina (ponta de seta). A condensação diferente desses tipos de cromatina resulta na
maior ou menor pigmentação ao ser submetido à coloração. Fonte: Histologia Básica –
Junqueira & Carneiro

Nucléolos

Os nucléolos são os responsáveis por produzir os ribossomos, essenciais


na síntese de proteínas. Podem existir vários nucléolos numa células, mas,
normalmente, estão fundidos, de forma que se apresentam apenas como um
ou dois nucléolos.

Matriz celular

A presença da matriz celular é controversa entre os pesquisadores. Para


aqueles que defendem sua existência, a matriz celular seria composta por
uma estrutura fibrilar que fornece um arcabouço para apoiar os
cromossômicos interfásicos. Também faria parte da sua composição a lâmina
nuclear.

Entretanto, alguns negam sua existência pois, exceto a lâmina nuclear, não
foi possível isolar outras moléculas que constituem a matriz, afirmando que
sua visualização ao microscópio eletrônico pode ser criada pelas técnicas de
preparação da lâmina.

Nucleoplasma

O nucleoplasma refere-se a um soluto com água, íons, aminoácidos,


metabólitos e precursores diversos, receptores para hormônios, enzimas para
a síntese de RNA e DNA, moléculas de RNA e outros componentes. Este
soluto apresenta-se com característica granulosa e preenche o espaço entre os
elementos nucleares citados acima.

Posts relacionados:
● Resumo sobre Neurônios
● Resumo sobre Histologia do Tecido Conjuntivo
● Mecanismos de lesão celular
● Replicação do DNA
● Membrana plasmática
● Matriz extracelular

O núcleo
armazena o material genético dos organismos eucariontes.

O núcleo celular é extremamente importante para a célula, exercendo funções


como:

● Controle das atividades celulares, estabelecendo quais e quando as


proteínas serão produzidas.
● Armazenamento da informação genética, uma vez que é no núcleo que
está presente a maior parte do DNA. Dizemos especificamente que a
maior parte do DNA está no núcleo, pois nas mitocôndrias e plastos
observa-se também a sua presença.
● Duplicação do DNA.
● Síntese e processamento do RNA mensageiro, transportador e
ribossomal.

Impactos ambientais: o que é, principais


causas e muito mais!
Um assunto muito frequente no Enem e vestibulares são os impactos ambientais. Você já
começou a estudar o assunto? Vem conferir esse post super completo que preparamos para
te ajudar na sua preparação!

Impactos ambientais: o que é, principais causas e muito mais!

CONTEÚDO DESTE POST

● O que é impacto ambiental?


● Exemplos de impactos ambientais
○ Impactos ambientais causados pela mineração
○ Impactos ambientais causados pelas fontes de energia
○ Impactos ambientais causados pela agricultura
○ Impactos ambientais causados pelo consumo e a pela geração de lixo
● Impactos ambientais no Brasil
● Impactos ambientais: Consequências
● Como minimizar e diminuir os impactos ambientais?
Consumismo, agropecuária e carvão. Você sabe o que estas três coisas têm em comum? Todas elas estão
diretamente ligadas aos impactos ambientais.

Esse assunto é indispensável no seu plano de estudos para o Enem. Continue lendo e saiba tudo sobre o tema!

O que é impacto ambiental?

Impactos ambientais são as consequências das atividades humanas na natureza. A mineração e a agricultura, por
exemplo, são atividades econômicas que alteram o meio ambiente.

Os impactos ambientais afetam o planeta de várias formas e podem fazer estragos irreparáveis. Esses impactos
podem ser locais, como a poluição urbana do ar e a poluição do ar em ambientes fechados.

Os impactos também podem ser regionais, como a chuva ácida. Já os impactos globais são o efeito estufa, o
desmatamento, a degradação costeira e marinha.

Exemplos de impactos ambientais


As principais atividades causadoras dos impactos ambientais no planeta são a mineração, a agricultura, a
exploração florestal, a produção de energia, os transportes, as construções civis como estradas e cidades, além das
indústrias básicas químicas e metalúrgicas.

As agressões do ser humano ao meio ambiente ficaram mais intensas depois da Revolução Industrial. Isso
aconteceu particularmente no século XX, por causa do grande aumento da população e do consumo nos países
industrializados. Por isso, a maior parte dos impactos ambientais são causados pelo homem direta ou
indiretamente.

Impactos ambientais causados pela mineração

A mineração é uma atividade de extração de minerais como o carvão, o petróleo e o gás natural. Esses minerais
são encontrados em forma natural sólida, líquida ou gasosa.

Os minerais são recursos esgotáveis, ou seja, eles não se renovam naturalmente e tendem a acabar quando há
muita exploração. Depois de extraídas, as substâncias minerais são processadas com substâncias químicas,
geralmente nocivas para a natureza e isso é feito para que os minerais sejam utilizados na indústria.

Em contra partida, parte dos minerais extraídos é estéril, ou seja, não servem para a indústria.
Então esse material é depositado em áreas vizinhas à mina. Assim, os principais impactos ambientais
da mineração são:
● A poluição da água pelo descarte indevido dos rejeitos da mineração, além de contaminar
a fauna e flora aquática;
● A poluição do ar a partir da queima de elementos tóxicos;
● A poluição sonora das instalações que afetam cidades urbanas;
● A subsidência do terreno (afundamento gradativo da superfície da terra);
● Rejeitos radioativos.

A mineração de bens da construção civil, como areia, argila e brita, também é uma preocupação,
pois existe um alto índice de clandestinidade nessa atividade e os impactos ambientais são grandes:
degradação de ambientes de delicado equilíbrio ecológico (dunas e manguezais), alteração de canais
naturais de rios e dos aspectos paisagísticos.

Impactos ambientais causados pelas fontes de energia

Os impactos ambientais causados pela obtenção de energia são discutidos mundialmente devido à
gravidade da questão. Afinal, a maior parte do mundo é urbana e necessita de energia para
funcionar.

As termelétricas, por exemplo, produzem energia através da queima em caldeira de carvão. Esse
calor produzido aquece a água que circula numa rede de tubos, criando vapor. É esse vapor que
movimenta as pás das turbinas, ligadas a um gerador, e assim a energia elétrica é produzida.
O vapor gerado é resfriado por um condensador e volta à rede de tubos, reiniciando o ciclo. Por isso,
as termelétricas geralmente são instaladas próximas de leitos de rios ou mar, pois a água deles é
utilizada para condensar o vapor.

Esse processo eleva a temperatura da água dos rios e mares onde as termelétricas estão instaladas,
pois a água utilizada é devolvida mais quente. Isso compromete a fauna e a flora da região, além de
aumentar a temperatura média local.

Além disso, as usinas termelétricas queimam combustíveis como o diesel e o carvão. Essa queima é
fonte de gás carbônico e óxidos de nitrogênio, que aumentam o efeito estufa e geram chuvas ácidas.

Impactos ambientais causados pela agricultura

A agricultura é uma atividade indispensável para a existência e sobrevivência das pessoas. Afinal é
dela que vem todo o alimento consumido no mundo, e também o alimento dos animais.

Mas essa também é uma atividade que causa impactos ambientais. Para fazer uma plantação, é
necessário ter um espaço de terra fértil. Então acontece a substituição (desmatamento) de uma
vegetação natural para o plantio de mudas agrícolas.
Após essa substituição, ainda é preciso conter as plantas que naturalmente cresciam ali. Esta ação
destrói o capital genético do planeta e altera o equilíbrio dos ecossistemas.

Além disso, a agricultura moderna é mecanizada. Ou seja, utiliza equipamentos como tratores e
outros maquinários agrícolas. E estas máquinas são movidas a combustíveis fósseis que poluem o ar.

Outro problema é a utilização de insumos agrícolas. São os adubos químicos, corretores do solo,
agrotóxicos e demais produtos químicos utilizados na produção em massa. A água das chuvas e da
irrigação leva esses produtos para os rios, causando a contaminação da água, além de comprometer
o solo.

Impactos ambientais causados pelo consumo e a pela geração de lixo

Na sociedade atual, consumo está aumentando de uma forma desenfreada, onde as pessoas compram
coisas mais do que precisam, algumas vezes por status ou pela influência de propagandas, e os
impactos ambientais são muitos!

O consumo exagerado de bens materiais é responsável por boa parte dos impactos ambientais, entre
eles podemos destacar a alta geração de lixo.

Atualmente não dá para pensar em uma cidade sem pensar nos problemas causados pela alta
quantidade de lixo gerado. É evidente a poluição visual, mau cheiro e contaminação do ambiente.
Além disso, o lixo eletrônico gera a poluição do solo, o que leva milhares de anos para se decompor.

Contudo, os principais impactos ambientais do lixo são decorrentes do descarte inadequado dos
resíduos sólidos em fundos de vale, nas margens de rios e cursos de água. Essa prática gera
contaminação da água, assoreamento (acúmulo de sedimentos na foz de um rio ou em um lago),
enchentes e proliferação de animais transmissores de doenças como ratos, baratas, moscas, entre
outros.

Impactos ambientais no Brasil

No Brasil são realizadas diversas atividades causadoras de impactos ambientais. Abaixo vamos
apresentar alguns deles.
A retirada de áreas verdes para abrir espaço para a construção de prédios, casas, fábricas etc.,
causa o aumento da poluição atmosférica. Além disso, é um fator determinante para a ocorrência de
enchentes e alagamentos.

A mineração é outra atividade causadora de impactos ambientais no Brasil, presente nos estados do
Pará, Minas Gerais e Goiás. Além dos impactos como a contaminação das águas no pequeno
garimpo, as empresas mineradoras removem áreas verdes, alterando a paisagem ambiental.

A agropecuária é uma atividade muito importante para o Brasil, mas que também prejudica o meio
ambiente. Para alimentar tantos gados, grandes áreas verdes são desmatadas para o plantio de soja
da ração dos bois, bem como para criar os animais. Isso prejudica muitos ecossistemas em diversas
regiões do país.

Além disso, o Brasil também realiza a extração de petróleo no litoral sudeste do país. O
derramamento de petróleo provoca sérios danos ao meio ambiente, pois mata peixes em grande
quantidade, além de aves marinhas e outros animais marinhos.

Impactos ambientais: Consequências

As principais consequências dos impactos ambientais são:

● Alterações climáticas;
● Extinção de espécies e habitats;
● Aumento do nível do mar;
● Desaparecimento de rios;
● Poluição do ar;
● Diminuição da qualidade de vida.

Como minimizar e diminuir os impactos

ambientais?
Os impactos ambientais podem ser diminuídos através de ações individuais e coletivas, bem como
por meio de leis e políticas ambientais. Algumas ações que podem ser feitas, são elas:

● Replantio de floresta em áreas desmatadas;


● Separação, descarte adequado e reciclagem do lixo;
● Economia de água;
● Utilização de transportes coletivos;
● Utilização de produtos biodegradáveis;
● Redução do consumo.

Deu para entender que os impactos ambientais acontecem de muitas formas, não é? Esse assunto faz
parte de uma discussão global sobre o futuro do planeta! É uma consciência que deve estar em todos.
Seja um cidadão consciente!

O que é impacto ambiental?


O que é impacto ambiental? Trata-se de alterações no meio ambiente
causadas pelas atividades humanas que podem ser negativas ou positivas,
permanentes ou temporárias.
As atividades humanas têm causado muitos impactos ambientais negativos no planeta
Terra
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Impactos ambientais são alterações no ambiente causadas pelo desenvolvimento


das atividades humanas no espaço geográfico¹. Nesse sentido, eles podem ser
positivos, quando resultam em melhorias para o ambiente, ou negativos,
quando essas alterações causam algum risco para o ser humano ou para os
recursos naturais encontrados no espaço.

Apesar de possuir essas duas classificações, o termo impacto ambiental é mais


utilizado em referência aos aspectos negativos das atividades humanas sobre a
natureza. Isso ocorre em virtude do modelo de desenvolvimento da sociedade
moderna, que se baseou na exploração intensiva dos recursos naturais do
mundo, que são vistos como uma fonte inesgotável de matéria-prima e de
energia para a produção dos mais diversos produtos.

Tópicos deste artigo


● 1 - Impactos ambientais

Impactos ambientais
Entre os principais impactos ambientais negativos causados pelo
desenvolvimento das atividades humanas, destacam-se:

● Redução da biodiversidade de plantas e animais: Com o


desenvolvimento das atividades humanas, principalmente após a
Revolução Industrial, tornou-se cada vez mais comum a substituição da
vegetação nativa por construções humanas. As vegetações dos mais
diferentes biomas foram sendo substituídas por estradas, fazendas,
indústrias e cidades, reduzindo, assim, o habitat de muitas espécies de
animais e plantas. Com isso, muitas espécies já desapareceram ou
correm risco de extinção caso sejam mantidas as formas atuais de
apropriação da natureza.
● Contaminação do ar, água, fauna e flora: As atividades humanas geram
muitos resíduos, que se acumulam na natureza e causam a poluição e
contaminação do ar, água, solo, fauna, flora e até mesmo do próprio
homem.
● Compactação, impermeabilização, redução da fertilidade e erosão do
solo. As atividades agropecuárias, quando realizadas sem consciência
ambiental, favorecem a compactação, a redução da fertilidade e a
erosão do solo, que, a longo prazo, dificultam ou impossibilitam o
desenvolvimento dessas atividades e causam danos, muitas vezes,
irreversíveis para o solo. As massas asfálticas utilizadas nas cidades e
estradas, por sua vez, impermeabilizam o solo, isto é, comprometem a
infiltração da água, o que ocasiona alagamentos e dificuldades de
abastecimento das águas subterrâneas.
● Esgotamento dos mananciais: A maioria das atividades humanas
necessita de uma grande quantidade de água, o que causa a exploração
intensiva dos cursos d'água para abastecer indústrias, fazendas e
cidades. Apesar de a água ser um recurso abundante no planeta Terra,
a crescente demanda aliada à má utilização dos recursos hídricos já tem
causado escassez de água ou crises de água (falta periódica de água) em
locais que não sofriam com esse problema, como o Brasil, que, apesar
de ter uma grande quantidade de canais fluviais, periodicamente tem
tido problemas em relação à disponibilidade de água em seus
mananciais.
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● Alterações climáticas: O desenvolvimento da sociedade capitalista tem
causado grandes alterações no clima mundial. Acredita-se que ele tenha
contribuído para a intensificação do efeito estufa e aquecimento global
do mundo, uma vez que os gases emitidos pelas indústrias e automóveis
contribuem para a conservação do calor na atmosfera, aumentando
assim, o efeito estufa, e, consequentemente, a temperatura no planeta
Terra.
● Destruição da camada de ozônio: Os gases lançados na atmosfera,
principalmente os CFCs, contribuem para a destruição da camada de
ozônio, já que, como o gás ozônio é muito instável, a acumulação dos
gases na atmosfera favorece a degradação de suas moléculas, que se
ligam às moléculas dos gases poluidores, formando outras substâncias.

A crescente produção e a destinação indevida de resíduos sólidos têm causado a poluição da água em todo o mundo
Atualmente, em virtude do comprometimento da vida no planeta, cresceu o
debate, a nível internacional, sobre as questões ambientais mundias. É cada
vez mais comum o estudo sobre os impactos ambientais para que haja
conscientização da população e de governantes sobre a necessidade de se
praticar um desenvolvimento sustentável, que promova o desenvolvimento
econômico sem comprometer o meio ambiente e a oferta de recursos naturais
para o futuro.

Com isso, diversas medidas (como o Protocolo de Kyoto e o Protocolo de


Montreal) têm sido tomadas para reverter o quadro de degradação ambiental
existente no mundo atual, aumentando, assim, a quantidade de impactos
ambientais positivos. Essas medidas esbarram em interesses econômicos,
principalmente de países desenvolvidos, que acreditam que esse
desenvolvimento sustentável é inviável, pois essas medidas teriam um alto
custo e limitariam a extração dos recursos naturais e de fontes de energia,
diminuindo, assim, a produtividade e o desenvolvimento de suas economias.

Impactos ambientais
Os impactos ambientais podem ser definidos como alterações provocadas no
ambiente por ação humana. Podem ser positivos ou negativos.
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Impacto ambiental é o nome dado a uma modificação causada no meio


ambiente devido à ação humana. Toda e qualquer atividade humana causa
um impacto no ambiente, que pode ser negativo ou positivo. Os impactos
negativos são extremamente conhecidos pela população, sendo exemplos:

● poluição;
● destruição de habitat;
● redução do número de indivíduos de espécies silvestres;
● extinção de espécies.

Os impactos ambientais positivos são menos conhecidos e se relacionam


àquelas atividades que trazem melhoria e recuperação ao meio, como projetos
de restauração de áreas que foram impactadas negativamente.
Leia também: Sete desastres ecológicos causados pelo homem no mundo

Tópicos deste artigo


● 1 - O que é um impacto ambiental?

● 2 - Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA)

● 3 - Todo impacto ambiental é prejudicial?

● 4 - As minhas atividades diárias também provocam impactos
ambientais?

O que é um impacto ambiental?


De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) nº 1, de 23 de janeiro de 1986, temos que:

Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do


meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.


As
atividades humanas geram modificações no ambiente, sendo muitas delas maléficas.

De acordo com a resolução, temos, portanto, que impactos ambientais são as


alterações que ocorrem no meio ambiente como resultado das atividades dos
seres humanos. A resolução destaca ainda que esses impactos são responsáveis
por desencadear mudanças que afetam diferentes níveis, indo desde as
condições estéticas daquele ambiente até a saúde e as atividades econômicas
de uma população.

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Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de


Impacto Ambiental (RIMA)
Qualquer atividade humana é responsável por desencadear impactos no meio
ambiente, entretanto algumas provocam impactos mais profundos e difíceis de
serem contornados do que outras. Por isso, algumas atividades potencialmente
nocivas para o meio ambiente devem ter seus projetos analisados de maneira
cautelosa com o objetivo de se conhecer os problemas que elas podem causar e
para determinar se a atividade poderá ou não ser realizada.
O
rompimento da barragem da Vale em Brumadinho foi responsável por desencadear impactos
ambientais negativos severos.

A resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986, estabeleceu que atividades


que apresentam significativo potencial de degradação ou poluição dependerão
da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e apresentação do
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que ocorra seu
licenciamento. Dentre as atividades que necessitam da elaboração desses
documentos, podemos destacar:

● criação de estradas, ferrovias e aeroportos;


● construção de barragens para fins hidrelétricos;
● extração de petróleo e de minérios;
● criação de aterros sanitários.

Podemos verificar o potencial danoso dessas atividades ao observar, por


exemplo, os impactos da construção de uma barragem para fins hidrelétricos
A construção da barragem é responsável, por exemplo, por desencadear
perda de biodiversidade, deslocamento de animais silvestres para outras
áreas, alagamento de áreas florestais e perda de habitat. Os impactos, no
entanto, não se resumem aos problemas ambientais, podendo afetar também a
população local, que pode ser deslocada para outras regiões devido ao
alagamento da região. Antes de se criar uma barragem, portanto, deve-se
avaliar se os problemas podem ser maiores ou não que seus benefícios.

Leia também: Impactos do rompimento da barragem em Brumadinho

Todo impacto ambiental é prejudicial?


Normalmente quando falamos em impactos ambientais, focamos nos danos
casos ao meio ambiente em decorrência da ação humana. Entretanto, alguns
impactos podem ser benéficos. Esse é o caso de obras voltadas para a
revitalização, recuperação de áreas degradadas e limpeza de lagos e rios.

Leia também: A relação entre impactos ambientais e o surgimento de doenças

As minhas atividades diárias também provocam impactos


ambientais?

Ao
descartarmos inadequadamente nosso lixo, estamos impactando negativamente nosso planeta.
A resposta para essa pergunta é sim. Nossas atividades, mesmo que pequenas,
causam impactos no planeta. O desperdício de água e a não separação do
nosso lixo são atitudes comuns que podem contribuir, por exemplo, para o
desabastecimento de água e para o aumento da poluição do planeta. Para
reduzir nossos impactos negativos, podemos adotar algumas atitudes simples
no nosso dia a dia, como:

● evitar o desperdício de água;


● reduzir o uso de automóveis;
● economizar energia elétrica;
● separar o lixo orgânico do reciclável;
● não jogar lixo no chão;
● não comprar animais silvestres;
● reduzir o consumismo.

Impactos Ambientais
Os impactos ambientais podem ser definidos como alterações no
meio ambiente provocadas pelo homem e suas atividades.

Como exemplo dos impactos


ambientais negativos, podemos citar a poluição e a morte de animais
Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto
ambiental é definido como qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos
ambientais.

Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o


homem exerça no meio ambiente provocará um impacto ambiental.
Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente, na
grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando
degradação e poluição do ambiente.

Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente


relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, o aumento
de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo
exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo.
Percebemos, portanto, que não apenas as grandes empresas afetam o
meio, nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais
diariamente.

Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo


homem, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de
espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas,
destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito
estufa e destruição de habitats. Isso acarreta, consequentemente, o
aumento do número de doenças na população e em outros seres vivos
e afeta a qualidade de vida.
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Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de


ocorrerem em menor quantidade, também acontecem. Ao construirmos
uma área de proteção ambiental, recuperarmos áreas degradadas,
limparmos lagos e promovermos campanhas de plantio de mudas,
estamos também causando impacto no meio ambiente. Essas medidas,
no entanto, provocam modificações e alteram a qualidade de vida dos
humanos e de outros seres de uma maneira positiva.

Você também pode ajudar a diminuir o impacto ambiental negativo.


Veja a seguir algumas dicas:

- Economize água;
- Evite o consumo exagerado de energia;

- Separe os lixos orgânicos e recicláveis;

- Diminua o uso de automóveis;

- Consuma apenas o necessário e evite compras compulsivas;

- Utilize produtos ecológicos e biodegradáveis;

- Não jogue lixos nas ruas;

- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer
doações.

Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio


ambiente. Pense nisso!

Atenção: Empresas e obras que podem causar grande impacto


ambiental negativo devem apresentar um Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que as atividades
sejam ou não liberadas.

Biodiversidade
Biodiversidade diz respeito, entre outros fatores, à variedade de seres vivos de
um local. O Brasil destaca-se como uma das regiões do planeta com maior
biodiversidade.
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Biodiversidade é um termo usado pela primeira vez na década de 1980 como


sinônimo da expressão da diversidade biológica. Falar em biodiversidade é
falar da riqueza de espécies de uma região bem como das variações ocorrentes
nessas espécies. Todas as áreas do planeta apresentam biodiversidade,
entretanto, em algumas regiões, ela é maior, porém isso não significa que sua
importância seja diminuída quando em menor quantidade. Cada espécie tem
seu papel na natureza e é fundamental para o equilíbrio do ecossistema.

Leia também: Aquecimento global e a extinção de espécies

Tópicos deste artigo


● 1 - Conceito de biodiversidade

● 2 - A riqueza da biodiversidade

● 3 - Importância e necessidade de preservação da biodiversidade

● 4 - Dia Internacional da Biodiversidade

Conceito de biodiversidade
A expressão “diversidade biológica” é utilizada desde a década de 1980 e,
inicialmente, fazia referência apenas ao número de espécies que viviam uma
determinada região, ou seja, à quantidade de animais, plantas e micro-
organismos de uma área. Seu significado tornou-se, com o tempo, mais
complexo, incluindo-se também outros aspectos de diversidade, como a
diversidade genética entre os organismos. Em 1986, o entomologista E. O.
Wilson utilizou o termo biodiversidade em substituição à referida expressão.

As
florestas tropicais apresentam grande biodiversidade.
A “Convenção sobre diversidade biológica”, criada na ECO-92, trata a respeito do
tema biodiversidade. Nesse importante documento, a diversidade biológica é definida
da seguinte forma:

“Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as


origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”

O Ministério do Meio Ambiente ainda frisa que “biodiversidade abrange toda


a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções
ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as
comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles”.

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A riqueza da biodiversidade
Muitas espécies de seres vivos são encontradas em diferentes áreas do planeta,
outras espécies, no entanto, são encontradas em apenas uma região. Algumas
áreas são ricas em biodiversidade, enquanto outras apresentam uma pequena
variedade de espécies. Fato é que a biodiversidade do planeta é imensa e pode
ser observada em todos os ambientes, desde as profundezas dos oceanos até as
mais altas montanhas.

De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o


Brasil é o país que detém a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta.
Ainda de acordo com o instituto, são mais de 103.870 espécies animais e
43.020 espécies vegetais conhecidas pela ciência, e essa variedade de seres
vivos e ecossistemas deve-se a fatores como clima e extensão territorial do
nosso país. No Brasil, as regiões da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica
destacam-se nesse sentido.

Outras regiões do planeta não apresentam uma biodiversidade tão rica


quanto a nossa, sendo esse o caso dos desertos. Uma das razões para que elas
apresentem pouca biodiversidade é a baixa quantidade de chuvas. Além dos
desertos, outra região que apresenta uma baixa biodiversidade é o bioma
Tundra, estando esse resultado relacionado, entre outros fatores, com a baixa
temperatura.

Leia também: Biomas brasileiros – mapa mental, resumo, fauna e flora

Importância e necessidade de preservação da


biodiversidade
A biodiversidade é importante em diversos aspectos. De acordo com a
“Convenção sobre diversidade biológica”, a biodiversidade apresenta valores
ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural,
recreativo e estético.

O
desmatamento é responsável pela destruição do habitat de várias espécies.

No que diz respeito à importância ecológica, os motivos são claros: cada


espécie do planeta apresenta uma papel no ecossistema. As plantas, por
exemplo, são a base de toda a cadeia alimentar, além de servirem de moradia
para algumas espécies e fornecerem oxigênio no processo de fotossíntese.
Quando uma espécie entra em extinção, todo o ecossistema local é impactado.
A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como sabemos,
os seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos,
medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar é garantir,
portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente
permaneça em equilíbrio.

Apesar de saber da importância da biodiversidade, o ser humano ainda é


responsável pela sua destruição. A poluição, o desmatamento e a exploração
exagerada são algumas ações responsáveis pela redução da biodiversidade do
planeta.

Leia também: Desmatamento na Amazônia – nos últimos 30 anos, causas e


consequências

Dia Internacional da Biodiversidade


O Dia Internacional da Biodiversidade é comemorado, todos os anos, no 22 de
maio. Essa data, criada pela Organização das Nações Unidas, é um momento
de reflexão e conscientização a respeito da necessidade de cuidarmos da
diversidade de vida na Terra. Todos os anos, um tema diferente é escolhido e
ações diversas são realizadas em torno dele.

O que é a biodiversidade e como


preservá-la?
O planeta abriga milhões de espécies e ambientes diferentes. Conservar a
integração entre eles é essencial para a saúde humana e manutenção da vida
na Terra.

Elefantes e gazelas pastam em um campo na Reserva Nacional Masai


Mara, no Quênia.

FOTO DE CHARLIE HAMILTON JAMES


POR REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
PUBLICADO 19 DE JUL. DE 2022 18:41 BRT, ATUALIZADO 20 DE JUL. DE 2022 12:34 BRT

Ouça o sétimo episódio do Nat Geo Podcast, Regenerar é preciso.

O que uma árvore na Floresta Amazônica, uma barreira de corais nos


arredores da Austrália e uma revoada de águias na Cordilheira dos
Andes têm em comum? Juntos, eles formam, justamente, a resposta para
o que é biodiversidade. Animais, plantas e ambientes estão
intrinsecamente conectados, e o ser humano não escapa dessa teia que
garante a vida na Terra. Para esse equilíbrio ecológico delicado se
manter em ordem, diversos fatores precisam estar em harmonia – entre
eles o clima e a forma com a qual os seres vivos se relacionam entre si e
com o ambiente.

É por isso que, quando se fala em biodiversidade, a proteção ambiental


deve ser prioridade. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem
diretrizes bem definidas sobre o tema. De acordo com a sua Convenção
das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CBD, na sigla em
inglês), preservar a diversidade biológica é fundamental, inclusive para a
vida humana. “Desde o ar que a gente respira, a água e os alimentos que
consumimos, até a energia que usamos, tudo depende de vários serviços
que a natureza fornece e que são sustentados pela biodiversidade”, diz
Mario Ribeira de Moura, biólogo, doutor em ecologia e pesquisador dos
efeitos das mudanças globais na biodiversidade em entrevista à
reportagem.

Em outras palavras, não há como dissociar a existência da


biodiversidade de sua proteção e manutenção. E, para isso, é preciso
compreender toda a sua complexidade.

O que é biodiversidade e quais são seus níveis?

A biodiversidade seria a “soma de todos os indivíduos de todas as formas


de vida no planeta”, diz Moura. Mas isso não é tudo que o conceito
abrange – ele também engloba a maneira pela qual as formas de vida
interagem entre si e com o ambiente, as inter-relações, ou ecossistemas,
nos quais a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.

As diretrizes da convenção da ONU também definem diferentes níveis de


biodiversidade, já que o conceito é amplo. Ela pode ser dividida, então,
em diversidade de espécies, genética e de ecossistemas.

O que é diversidade de espécies

A diversidade biológica no nível de espécies, segundo explica Moura, é


entendida como sendo a grande variedade de plantas, animais e
microorganismos. Em 2011, um estudo estimou que o total de espécies
na Terra é de 8,7 milhões, com uma margem de erro de mais ou menos
1,3 milhões. Dessas, cerca de 6,5 milhões são terrestres e 2,2 milhões
vivem nos mares e oceanos. Entretanto, somente cerca de 1,8 milhão
foram identificadas, descritas ou catalogadas, o que significa que a
humanidade conhece apenas 20% dos seres vivos da Terra.
Peça de uma exposição sobre biodiversidade do Museu de Zoologia
da Universidade de São Paulo.

FOTO DE MARCOS SANTOS USP IMAGENS

O estudo, financiado pelo programa Censo da Vida Marinha, seria,


segundo os especialistas do projeto, o cálculo mais preciso já oferecido
sobre o tema. O Censo é uma iniciativa global que agrega mais de 2,7 mil
cientistas de 80 nações. Desde 2010, o programa colaborou com
milhares de publicações científicas na área de biologia e na descobertas
de mais de seis mil espécies.

Mas o número de animais e plantas na Terra pode ser ainda maior.


“Outras estimativas assumem que pode haver até 100 milhões de
espécies existentes no planeta. E, se for assim, isso significa que só
conhecemos 1% dos seres vivos”, diz Moura, que, em 2021, publicou um
artigo científico na revista Nature Ecology and Evolution mapeando
locais mais propensos a abrigar biodiversidade não-descoberta. Com as
mudanças climáticas, há grandes chances de não se descobrir sequer que
animais foram extintos.

Por conta da crise do clima e de outros impactos ambientais causados


pela ação humana, as dinâmicas fundamentais entre as diversidades
estão sob ameaça. De acordo com essa mesma convenção da ONU,
plantas, animais e demais organismos responsáveis pelo equilíbrio
ambiental estão desaparecendo em uma taxa alarmante. Dados da
organização apontam que espécies estão sendo extintas em até mil vezes
acima da taxa natural. Atualmente, as tendências sugerem que cerca de
34 mil espécies de plantas e 5,2 mil de animais enfrentam a extinção.

Isso não se aplica só à biodiversidade silvestre. O documento da ONU


também aponta que 30% das raças das principais espécies de animais de
fazenda estão em alto risco de extinção e o desaparecimento delas
resultaria em um enorme impacto na alimentação de milhares de
pessoas. Não à toa, dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
da Agenda 2030 da ONU – o 14 (vida marinha) e o 15 (vida terrestre) –
colocam a preservação da diversidade biológica como prioridade. “Um
dos maiores desafios hoje é fazer com que a humanidade entenda a
importância da biodiversidade e lute por sua preservação", diz Moura.

O que é diversidade genética

De acordo com Moura, o conceito de biodiversidade também inclui as


diferenças genéticas entre os organismos. Por exemplo, só no Brasil são
encontradas 15 raças de milho, sendo que entre elas há mais de 350
variedades diferentes, segundo um projeto realizado pelo Grupo
Interdisciplinar de Estudos da Agrobiodiversidade (InterABio),
associado à Universidade de São Paulo e em colaboração com a
Universidade da República do Uruguai. O grupo, surgido em 2016,
funciona como uma rede de pesquisa colaborativa que reúne
pesquisadores, professores, técnicos, agricultores e estudantes com
objetivo de promover a conservação, manejo e uso da
agrobiodiversidade. O projeto que identificou as raças de milho contou
com o trabalho de mais de 40 pesquisadores do Brasil e do Uruguai.

A diversidade genética, ou seja, as diferenças nos cromossomos, genes e


DNA dos indivíduos (sejam eles plantas ou animais), determinam
singularidades suficientes para distinguir uma espécie da outra. “Quanto
mais diversificação genética, mais variados são os organismos, mesmo
que eles sejam muito parecidos", diz Moura. "É por isso que existem
tantas espécies diferentes de moscas, por exemplo, mesmo que todas
sejam reconhecidas como moscas.”

Ainda segundo o pesquisador, a variedade genética pode acontecer por


mutações que organismos sofrem ao longo de sua existência ou quando
indivíduos de uma mesma espécie são isolados dos demais. “São o que
chamamos de formas de especiação", explica Moura. "Ou um grupo se
isola tempo suficiente para virar outra espécie, ou mutações genéticas ao
longo das gerações fazem isso. Os dois são processos que precisam de
milhares de anos para acontecer."
Confira estas imagens sobre a biodiversidade do Parque Nacional da
Serra do Divisor, no Acre:

VER GALERIA

O que é diversidade de ecossistemas

Outro aspecto da biodiversidade é a quantidade de diferentes


ecossistemas, como aqueles que podem ser encontrados em desertos,
florestas, pântanos, montanhas, lagos, rios, paisagens agrícolas, oceanos
e costeiros. A CBD define que, em cada ecossistema, os seres vivos
(incluindo os humanos) formam uma comunidade, interagindo uns com
os outros e com o ar, a água e o solo que os cercam.
No planeta, existem mais de 430 ecossistemas, contando apenas os
terrestres, segundo o mapa World Ecosystems (Ecossistemas do Mundo
em tradução livre), desenvolvido

Biodiversidade

Lana Magalhães

Professora de Biologia

Biodiversidade significa a variedade de vida e


engloba a riqueza das espécies, dos genes que
contém e dos ecossistemas que constituem o
meio ambiente.

O conceito foi inicialmente conhecido por


Diversidade Biológica. Porém, a partir da
década de 80, ficou mais comum utilizar
biodiversidade como sinônimo para o termo.
A definição mais conhecida de biodiversidade
foi definida pela Convenção sobre a
Diversidade Biológica, assinada no Brasil,
durante a Rio-92. Assim, a biodiversidade
significa:
"a variabilidade de organismos vivos de todas as origens; compreendendo, dentre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os
complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro
de espécies, entre espécies e de ecossistemas".

Atualmente, a biodiversidade é considerada


em três níveis:

● Diversidade de espécies: É a riqueza de


espécies existentes. Inclui todos os
organismos da Terra, dos mais simples
aos mais complexos.

● Diversidade genética: É a diversidade de


genes entre os indivíduos de uma espécie.
● Diversidade de ecossistemas: É a
diversidade de ecossistemas nos quais as
comunidades biológicas habitam e
interagem.

Todos os níveis são fundamentais para a


sobrevivência das espécies, incluindo da
espécie humana.

Os ambientes mais ricos em quantidade de


espécies no planeta são: as florestas tropicais,
os recifes de corais, os grandes lagos tropicais
e as profundezas do mar.

Biodiversidade Brasileira
A biodiversidade brasileira é uma das mais
ricas do planeta. Os números de espécies da
fauna e flora do Brasil impressionam:
● 5.000 espécies de fungos filamentosos e
leveduras - 10% da diversidade mundial;

● 22% da diversidade de briófitas do


mundo;

● Cerca de 1.400 espécies de pteridófitas -


12% da diversidade mundial;

● Maior diversidade de plantas


angiospermas do mundo. Estima-se mais
de 45 mil espécies;

● Entre 90 a 120 mil espécies de insetos -


10% da diversidade mundial;

● Maior diversidade de peixes do mundo.


Mais de 3.500 espécies;

● A fauna mais rica do mundo para o grupo


dos anfíbios;

● Cerca de 1.800 espécies de aves;


● Mais de 650 espécies de mamíferos.

Isso faz com que o Brasil seja considerado o


país da mega diversidade.

Grande parte da biodiversidade brasileira é


encontrada na Floresta Amazônica, Mata
Atlântica e Cerrado.

Biodiversidade da Amazônia

A biodiversidade amazônica é exuberante

A Amazônia é a região do planeta com maior


biodiversidade. Apesar disso, acredita-se que
muitas espécies ainda nem foram conhecidas e
descritas pela ciência, o que aumentaria ainda
mais o número de espécies.

Acredita-se que a Amazônia possua quase


60% de todas as formas de vida do planeta.
Porém, apenas 30% delas são conhecidas pela
ciência.

Para se ter uma ideia, podem ser encontradas


de 40 a 300 espécies de árvores diferentes por
hectare. Na América do Norte, esse número
varia entre 4 a 25.

Os insetos constituem a maior parte dos


animais da Amazônia.
Grande parte das espécies encontradas na
região amazônica são endêmicas, ou seja, só
ocorrem lá.

Saiba mais:

● Animais da Amazônia

● Animais em extinção na Floresta


Amazônica

Biodiversidade na Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma floresta tropical rica


em espécies. Estima-se que até 8% das espécies
do planeta habitem essa área.

Ao mesmo tempo, com a intensa destruição é


também considerada como um dos
ecossistemas mais ameaçados do mundo.
Ainda assim, a região abriga mais de 20 mil
espécies de plantas. Existem ainda, 849
espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200
espécies de répteis, 270 de mamíferos e 350
espécies de peixes.

Leia sobre Animais da Mata Atlântica.

Biodiversidade no Cerrado

O bioma Cerrado é um dos locais com maior


biodiversidade do planeta. É reconhecido
como uma das savanas mais ricas do mundo.

Acredita-se que possua mais de 6 mil espécies


de árvores e 800 espécies de aves. Apresenta,
ainda, muitas espécies endêmicas.

Alguns estudos sugerem que a região do


Cerrado abrigue cerca de 5% da fauna
mundial.
Leia sobre Animais do Cerrado.

Leia também:

● Fauna do Brasil

● Flora do Brasil

● Biomas Brasileiros

Ameaças
Existem várias ameaças à conservação da
biodiversidade, muitas delas resultam de
atividades humanas.

O uso crescente de recursos naturais pelo


homem coloca em risco a biodiversidade. A
consequência mais grave é a extinção de
espécies, que resulta na perda de
biodiversidade.

As principais ameças são:


Destruição de habitats

A destruição de habitat é a maior ameaça à


diversidade biológica. Isso ocorre em
decorrência do desmatamento e queimadas.

A ampliação das cidades, áreas para


agricultura, construção de estradas e
exploração de recursos naturais resultam em
destruição de áreas naturais.

Quando uma floresta é destruída, os seres que


nela habitam precisam procurar um novo
lugar para viver. Caso isso não aconteça, eles
morrem.

Por exemplo, a Mata Atlântica foi


intensamente devastada para atividades de
agricultura e expansão de cidades.
Atualmente, restam apenas 5% da mata
original, o que resultou na destruição do
habitat de inúmeras espécies.

Saiba sobre os Animais em extinção no Brasil.

Fragmentação do habitat

A fragmentação do habitat é o processo pelo


qual uma grande e contínua área natural é
reduzida ou dividida em fragmentos.

Os fragmentos originados tornam-se diferentes


na área original e algumas espécies não
toleram as novas características e acabam por
se extinguir localmente.

Além disso, a fragmentação impede a


dispersão de espécies para novos locais. Assim,
elas ficam restritas a uma determinada área, o
que interfere na sua sobrevivência.
Por exemplo, essa situação pode impedir a
procura por alimento e parceiros sexuais. No
caso de plantas, afeta a dispersão das
sementes.

Introdução de espécies exóticas

As espécies exóticas são aquelas trazidas de


um local e introduzidas em um novo ambiente
em que não ocorrem naturalmente.

Além disso, podem se tornar invasoras, ou


seja, reproduzem-se de tal modo que ocupam
uma grande área e eliminam as espécies
nativas.

Essas espécies podem deslocar espécies nativas


através da competição por recursos do
ambiente.
Um exemplo de espécie exótica invasora são as
gramíneas africanas introduzidas no Brasil.
No Cerrado brasileiro, elas são responsáveis
pela extinção de espécies nativas.

Essas gramíneas ocupam todo o solo e


impedem a germinação e sobrevivência de
sementes de árvores nativas. Assim, ocorre a
diminuição do número de indivíduos nativos e
com o tempo a extinção.

Poluição dos habitats

A poluição pode resultar no desaparecimento


de espécies, pois altera as condições naturais
do ambiente.

Por exemplo, a liberação de esgotos em


ambientes aquáticos e pesticidas no solo
podem afetar a sobrevivência das espécies.
Existem vários exemplos de rios poluídos
associados à morte de peixes.

Importância
Enfim, a biodiversidade é uma das
características fundamentais da natureza por
ser responsável pela estabilidade dos
ecossistemas e pelo seu equilíbrio.

Também apresenta grande potencial


econômico, pois é considerada a base de
muitas atividades: agrícolas, pecuárias,
pesqueiras, florestais.

O seu potencial estende-se também a indústria


da biotecnologia, ou seja, da fabricação de
cosméticos, remédios, hormônios e sementes.
A biodiversidade possui valor ecológico, social,
genético, econômico, científico, educacional,
cultural e recreativo.

Logo, a sua conservação é de extrema


importância para todos os seres vivos.

Curiosidades

● As florestas tropicais contêm mais da


metade do número total de espécies do
mundo.

● O termo hotspots é usado para


caracterizar as regiões que apresentam
elevada diversidade de espécies, mas que
encontram-se ameaçadas de extinção e
necessitam de ações voltadas à
conservação.
● O Dia Internacional da Biodiversidade é
comemorado em 22 de maio

Biodiversidade

Biodiversidade, a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha


e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte.

Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das
populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e
de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos
ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos
organismos.

Refere-se tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa


(equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local, complementaridade
biológica entre habitats e variabilidade entre paisagens. Ela inclui, assim, a totalidade dos
recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.

A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência.

Não há uma definição consensual de biodiversidade. Uma definição é: “medida da


diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas”.

Em poucas palavras, a biodiversidade é a diversidade da natureza viva.


Biodiversidade Conservação Entomologia Zoologia

Declínio dos insetos terrestres


Declínio dos insetos terrestres: novos estudos apontam que os insetos terrestres estão diminuindo em
abundância e diversidade no Brasil, impactando

Biodiversidade
Biodiversidade diz respeito, entre outros fatores, à variedade de seres vivos de um
local. O Brasil destaca-se como uma das regiões do planeta com maior
biodiversidade.
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Biodiversidade é um termo usado pela primeira vez na década de 1980 como


sinônimo da expressão da diversidade biológica. Falar em biodiversidade é falar da
riqueza de espécies de uma região bem como das variações ocorrentes nessas
espécies. Todas as áreas do planeta apresentam biodiversidade, entretanto, em
algumas regiões, ela é maior, porém isso não significa que sua importância seja
diminuída quando em menor quantidade. Cada espécie tem seu papel na natureza e
é fundamental para o equilíbrio do ecossistema.

Leia também: Aquecimento global e a extinção de espécies

Tópicos deste artigo


● 1 - Conceito de biodiversidade

● 2 - A riqueza da biodiversidade

● 3 - Importância e necessidade de preservação da biodiversidade

● 4 - Dia Internacional da Biodiversidade

Conceito de biodiversidade
A expressão “diversidade biológica” é utilizada desde a década de 1980 e,
inicialmente, fazia referência apenas ao número de espécies que viviam uma
determinada região, ou seja, à quantidade de animais, plantas e micro-organismos
de uma área. Seu significado tornou-se, com o tempo, mais complexo, incluindo-se
também outros aspectos de diversidade, como a diversidade genética entre os
organismos. Em 1986, o entomologista E. O. Wilson utilizou o termo
biodiversidade em substituição à referida expressão.

As florestas tropicais apresentam grande biodiversidade.

A “Convenção sobre diversidade biológica”, criada na ECO-92, trata a respeito do tema


biodiversidade. Nesse importante documento, a diversidade biológica é definida da seguinte
forma:
“Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,
compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a
diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”

O Ministério do Meio Ambiente ainda frisa que “biodiversidade abrange toda a


variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas
desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats
e ecossistemas formados por eles”.

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A riqueza da biodiversidade
Muitas espécies de seres vivos são encontradas em diferentes áreas do planeta,
outras espécies, no entanto, são encontradas em apenas uma região. Algumas áreas
são ricas em biodiversidade, enquanto outras apresentam uma pequena variedade
de espécies. Fato é que a biodiversidade do planeta é imensa e pode ser observada
em todos os ambientes, desde as profundezas dos oceanos até as mais altas
montanhas.

De acordo com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o


Brasil é o país que detém a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Ainda
de acordo com o instituto, são mais de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies
vegetais conhecidas pela ciência, e essa variedade de seres vivos e ecossistemas
deve-se a fatores como clima e extensão territorial do nosso país. No Brasil, as
regiões da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica destacam-se nesse sentido.

Outras regiões do planeta não apresentam uma biodiversidade tão rica quanto a
nossa, sendo esse o caso dos desertos. Uma das razões para que elas apresentem
pouca biodiversidade é a baixa quantidade de chuvas. Além dos desertos, outra
região que apresenta uma baixa biodiversidade é o bioma Tundra, estando esse
resultado relacionado, entre outros fatores, com a baixa temperatura.

Leia também: Biomas brasileiros – mapa mental, resumo, fauna e flora


Importância e necessidade de preservação da
biodiversidade
A biodiversidade é importante em diversos aspectos. De acordo com a “Convenção
sobre diversidade biológica”, a biodiversidade apresenta valores ecológico,
genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético.

O desmatamento é responsável pela destruição do habitat de várias espécies.

No que diz respeito à importância ecológica, os motivos são claros: cada espécie
do planeta apresenta uma papel no ecossistema. As plantas, por exemplo, são a
base de toda a cadeia alimentar, além de servirem de moradia para algumas
espécies e fornecerem oxigênio no processo de fotossíntese. Quando uma espécie
entra em extinção, todo o ecossistema local é impactado.

A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como sabemos, os


seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos,
medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar é garantir,
portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente
permaneça em equilíbrio.
Apesar de saber da importância da biodiversidade, o ser humano ainda é
responsável pela sua destruição. A poluição, o desmatamento e a exploração
exagerada são algumas ações responsáveis pela redução da biodiversidade do
planeta.

Leia também: Desmatamento na Amazônia – nos últimos 30 anos, causas e


consequências

Dia Internacional da Biodiversidade


O Dia Internacional da Biodiversidade é comemorado, todos os anos, no 22 de
maio. Essa data, criada pela Organização das Nações Unidas, é um momento de
reflexão e conscientização a respeito da necessidade de cuidarmos da diversidade
de vida na Terra. Todos os anos, um tema diferente é escolhido e ações diversas
são realizadas em torno dele.

O que é biodiversidade?
A biodiversidade pode ser definida, de maneira resumida, como a
riqueza de espécies de um ecossistema. Esse conceito relaciona-se
com o número de espécies de um local mas também com a variação
entre organismos da mesma espécie e sua abundância. Utilizado como
sinônimo de diversidade biológica, o conceito de biodiversidade é
essencial na ecologia e utilizado desde a década de 1980.

Atualmente ouvimos falar muito da biodiversidade, principalmente da


sua perda. Com o aumento das cidades e da atividade humana, muitos
ambientes são destruídos e as mudanças climáticas tornam-se uma
realidade cada vez mais inevitável. Com isso, temos uma redução da
biodiversidade, que desencadeia prejuízo para o meio ambiente e até
mesmo para a economia.
Leia também: Aquecimento global e a biodiversidade

O que é biodiversidade?

Biodiversidade é um termo que designa a variedade de seres vivos de


uma região, bem como a variação dos organismos dentro da mesma
espécie. O termo em questão foi utilizado pela primeira vez em 1986, no
1º Fórum Americano Sobre Diversidade Biológica, organizado pelo
Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA (National Research Council,
NRC, em inglês), pelo entomologista E. O. Wilson. Ele foi cunhado
como sinônimo da expressão “diversidade biológica”, já utilizada.

Devemo
s preservar a biodiversidade do planeta, pois todo ser vivo tem sua importância.
A diversidade biológica está definida na “Convenção sobre diversidade
biológica”, que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, “é um tratado
da Organização das Nações Unidas e um dos mais importantes
instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente”. Nesse
documento, a diversidade biológica é definida da seguinte forma:

“Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos


de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas
terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade
dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”

Quando falamos em biodiversidade, devemos ter em mente, portanto,


que ela existe em todos os locais do globo. Em algumas regiões do
planeta, temos uma maior biodiversidade, sendo esse o caso de
florestas tropicais. Em outras, como as regiões de deserto, ela é
reduzida, porém ainda existente. Segundo a World Wide Fund for
Nature (WWF), “entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da
'megadiversidade': aproximadamente 20% das espécies conhecidas no
mundo estão aqui”.

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Principais ameaças à biodiversidade

A ação do homem impacta negativamente os outros seres vivos,


provocando, por exemplo, extinções e perda de habitat. Dentre as
principais ameaças atuais à biodiversidade, podemos citar:

● Poluição;
● Expansão urbana;
● Expansão da agricultura e pecuária;
● Consumismo, que leva à exploração exagerada dos recursos
naturais;
● Introdução de espécies exóticas;
● Mudanças climáticas.

Leia mais: Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN

Importância da preservação da biodiversidade


Todas as espécies do mundo são importantes e garantem o equilíbrio
dos ecossistemas. Uma espécie completamente extinta de um local
causa grandes impactos naquele ecossistema, uma vez que as
espécies interagem entre si e também com o ambiente em que vivem.

O impacto mais conhecido, sem dúvidas, ocorre na cadeia alimentar


daquele local. Imagine, por exemplo, que um herbívoro é extinto. Essa
ação tem impacto direto na população de plantas que servem de
alimento para esse animal bem como nos organismos carnívoros que
dele se alimentam.

Os
recifes de corais representam um ecossistema com grande biodiversidade.
Além da importância ambiental da biodiversidade, temos a importância
econômica. Como sabemos, animais, plantas e vários micro-
organismos são utilizados na fabricação de alimentos, cosméticos e
até mesmo de medicamentos. A biodiversidade, ainda, apresenta, de
acordo com a “Convenção sobre diversidade biológica”, valor
genético, social, científico, educacional, cultural, recreativo e estético.

Dia Internacional da Biodiversidade


O Dia Internacional da Biodiversidade é comemorado no 22 de maio e
foi uma data instituída pela Organização das Nações Unidas. Todos os
anos, um tema é escolhido a fim de conscientizar a população em geral
a respeito da necessidade de proteger-se a diversidade de vida do
nosso planeta. A data também é um momento para que possamos
refletir sobre as nossas ações diárias e como podemos impactar
negativamente as outras espécies.

Composição do ar
Os gases que fazem parte da composição do ar são em sua maioria o oxigênio
e o nitrogênio. O ar é composto também por gás carbônico, gases nobres e
vapor de água.

O ar é composto principalmente por oxigênio e nitrogênio


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O ar atmosférico é constituído por uma mistura de diversos gases, como o


nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e gases nobres. O oxigênio e o nitrogênio
são os gases mais abundantes, sendo que os outros gases são encontrados em
quantidades menores. Além dos gases citados, o ar atmosférico também
apresenta vapor de água (cuja quantidade depende de alguns fatores como
clima, temperatura e local), que se apresenta na forma de neblina, nuvens e
chuva. No ar também encontramos em suspensão poluentes, poeira, cinzas,
microrganismos e pólen.
O oxigênio (O2) presente no ar atmosférico é de extrema importância para a
manutenção da vida no planeta, pois ele é o gás utilizado na respiração de
todos os seres vivos e também é necessário para que ocorra a combustão.
Calcula-se que o ar atmosférico seja composto por aproximadamente 21 % de
oxigênio.

O nitrogênio (N2) compõe aproximadamente 78% do ar atmosférico, e é de


extrema importância para todos os seres vivos, pois participa da formação de
diversas moléculas orgânicas necessárias para o seu metabolismo. De todos os
organismos vivos, apenas alguns microrganismos são capazes de captar o
nitrogênio (ciclo do nitrogênio) disponível na atmosfera e degradá-lo de forma
que os seres vivos possam aproveitá-lo.

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O gás carbônico (CO2) é encontrado em proporções muito pequenas na


atmosfera, contribuindo com apenas 0,03% da composição do ar. É um gás de
extrema importância para a realização da fotossíntese pelos vegetais, e é
liberado para a atmosfera através da combustão e também pela respiração
dos animais.

Dentre os gases nobres que fazem parte da composição do ar podemos citar:


argônio (Ar), neônio (Ne), radônio (Rn), hélio (He), criptônio (Kr) e xenônio
(Xe), sendo que eles compõem cerca de 0,93% do ar atmosférico. Esses gases
não produzem nenhum tipo de reação química com outras substâncias e por
isso são considerados nobres.

O vapor de água que também participa da composição do ar provém da


evaporação das águas de rios, mares e lagos, respiração dos seres vivos,
transpiração das plantas, evaporação da água do solo e evaporação da água de
dejetos (fezes e urina de animais).

A composição do ar
A composição do ar é fundamental
para a manutenção da vida na Terra
A composição do ar (ou seja, a atmosfera terrestre) trata-se da
disposição dos diferentes gases que permanecem flutuando ao redor
da terra em razão da força da gravidade. Os principais elementos
químicos que compõem o ar da Terra são o Nitrogênio e o Oxigênio. O
primeiro ocupa 78% da atmosfera e o segundo, 21%. O restante é
ocupado pelo Gás Carbônico (1%) e pelos Gases Nobres (0,03%),
compreendidos por elementos como argônio, criptônio, hélio, neônio,
radônio e xenônio.
O Nitrogênio (N2) é muito importante para a alimentação dos seres
vivos, pois alguns tipos de bactérias que habitam raízes de plantas
leguminosas (como feijão, ervilha e lentilha) absorvem-no. Em troca,
elas produzem nitratos e sais hidrogenados, elementos de vital
importância para essas plantas que, por sua vez, podem servir de
alimentos para vários animais e também para o homem.

O Oxigênio (O2) é o elemento mais importante para a manutenção da


vida do homem e dos animais que habitam a Terra. Através da
respiração, os seres vivos absorvem o oxigênio, que atua na produção
de energia para o organismo.

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O Gás Carbônico (CO2) é importante para a manutenção da vida dos


vegetais que, durante a fotossíntese, absorvem-no e, na presença de
luz e água, produzem glicose + energia. Durante esse processo ocorre
a liberação de oxigênio.

Gases Nobres – Hélio (He), Neônio (Ne), Argônio (Ar), criptônio (Kr),
Xenônio (Xe) e Radônio (Rn) – estão pouco presentes na atmosfera e
têm como característica a difícil reação com outros elementos. São
utilizados pelo homem para o funcionamento de equipamentos, como
máquinas fotográficas, letreiros luminosos, balões de ar entre outros.

Além desses elementos, é possível encontrar na composição do ar


outros componentes, cuja presença não é necessariamente natural e
que podem variar de acordo com a localidade. Trata-se da poeira, da
fumaça, do vapor d’água e de alguns microrganismos.

Composição do ar
O ar é composto pelos seguintes gases: nitrogênio, oxigênio, argônio e gás
carbônico. Além deles, gases nobres, vapores de água e poeiras também entram
na composição do ar atmosférico.

O que é ar?
Ar é uma combinação de gases, vapor de água e poeiras que formam a atmosfera.
Essencial para a nossa sobrevivência, o ar que respiramos tem peso e ocupa lugar
no espaço, mas não têm cheiro e nem cor.

A composição do ar atmosférico compreende principalmente a mistura


homogênea de 4 gases, os quais apresentam os seguintes volumes: nitrogênio
(78,09%), oxigênio (20,95%), argônio (0,93%) e gás carbônico (0,03%).

Elementos que compõem o ar


Nitrogênio (N2)
O nitrogênio é o gás mais abundante na atmosfera. No entanto, apesar de ser
indispensável para a nossa vida, ele não pode ser utilizado pelas pessoas por si só.

Pessoas e plantas só conseguem usufruir do nitrogênio através das bactérias, o


que é possível graças ao ciclo do nitrogênio. Esse ciclo compreende quatro
momentos: fixação, amonização, nitrificação e desnitrificação.

Oxigênio (O2)
O oxigênio, embora esteja em menor quantidade no ar que respiramos, é
essencial para a vida dos seres vivos, uma vez que é responsável pela respiração
dos seres aeróbicos, os quais dependem do oxigênio para viver.

Argônio (Ar)
O argônio é o gás nobre mais abundante no ar atmosférico. Esse gás é utilizado
principalmente em equipamentos de iluminação e na conservação de materiais
que enferrujam.

Gás carbônico (CO2)


O gás carbônico, ou dióxido de carbono, que é liberado no momento da
respiração em que expiramos, também está presente na fotossíntese. A
fotossíntese é um processo que garante a vida dos seres vivos, porque além de
renovar o ar, conduz a energia química nos ecossistemas.
Gases nobres
A presença dos gases nobres na atmosfera é muito pequena, de modo que
dizemos que esses são gases residuais na composição do ar.

Os gases nobres que compõem o ar, com os respectivos volumes, são: néon
(0,002%), hélio (0,0005), criptônio (0,0001), xenônio (0,00009) e hidrogênio
(0,00005).

Vapor d’água
O vapor d’água, componente variável na composição do ar, indica a presença da
umidade no ar atmosférico, que garante a regulação da temperatura na Terra.

A umidade relativa do ar é de extrema importância para a saúde dos seres vivos


que, sem ela, estão sujeitos a vários problemas de saúde.

Vale notar que o vapor d'água dá origem às nuvens e, consequentemente, à


chuva, tão importante para o ambiente.

Poeira
A poeira que compõe o ar consiste no material sólido suspenso presente na
atmosfera e também é um componente variável. Isso porque a sua presença na
composição do ar depende de fatores tal como as condições climáticas.

As poeiras podem ser bastante prejudiciais porque podem inaladas e causar


danos às vias respiratórias.

Efeito Estufa

Lana Magalhães
Professora de Biologia

O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela concentração de gases na


atmosfera, os quais formam uma camada que permite a passagem dos raios
solares e a absorção de calor.

Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura adequada,


garantido o calor necessário. Sem ele, certamente nosso planeta seria muito frio e
a sobrevivência dos seres vivos seria afetada.

Como ocorre o efeito estufa?


Quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido à camada de gases
de efeito estufa, em torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra
parte, atinge a superfície terrestre, aquecendo-a e irradiando calor.

Os gases de efeito estufa podem ser comparados a isolantes, pois absorvem parte
da energia irradiada pela Terra.

O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases de efeito estufa,
em virtude de atividades humanas, aumentou consideravelmente.

Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo retida na
atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa situação dá origem ao
aquecimento global.
Desenho de como ocorre o
efeito estufa

Para termos uma ideia, o efeito estufa pode ser comparado ao que ocorre no
interior de um veículo estacionado, com os vidros fechados e recebendo
diretamente a luz solar. Apesar do vidro permitir a passagem da luz solar, ele
impede a saída do calor, aumentando a temperatura em seu interior.

Gases de Efeito Estufa

Gases de efeito estufa

Os principais gases de efeito estufa são:

● Vapor de água (H2O): encontrado em suspensão na atmosfera.

● Monóxido de Carbono (CO): gás incolor, inflamável, inodoro, tóxico,


produzido pela queima em condições de pouco oxigênio e pela alta
temperatura do carvão ou outros materiais ricos em carbono, como os
derivados do petróleo.

● Dióxido de Carbono (CO2): expelido pela queima de combustíveis


utilizados em veículos automotores à base de petróleo e gás, da queima de
carvão mineral nas indústrias, e da queima das florestas.

● Clorofluorcarbonos (CFC): composto formado por carbono, cloro e


flúor, proveniente dos aerossóis e do sistema de refrigeração.

● Óxido de Nitrogênio (NxOx): conjunto de compostos formados pela


combinação de oxigênio com o nitrogênio. É usado em motores de
combustão interna, fornos, estufas, caldeiras, incineradores, pela
indústria química e pela indústria de explosivos.

● Dióxido de Enxofre (SO2): é um gás denso, incolor, não inflamável,


altamente tóxico, formado por oxigênio e enxofre. É usado na indústria,
principalmente na produção de ácido sulfúrico e também é expelido pelos
vulcões.

● Metano(CH4): gás incolor, inodoro e se inalado é tóxico. É expelido pelo


gado, ou seja, na digestão dos animais herbívoros, decomposição de lixo
orgânico, extração de combustíveis, dentre outros.

Saiba mais sobre os gases do efeito estufa.

Quais as causas do efeito estufa?


Como vimos, o efeito estufa é um fenômeno natural, mas é intensificado devido à
crescente queima dos combustíveis fósseis que representam a base da
industrialização e de muitas atividades humanas.

As queimadas nas florestas para transformar suas áreas em plantação, criação de


gado e pastagens, também colaboram para o aumento do efeito estufa.
Efeito estufa e Aquecimento global
A consequência da intensificação do efeito estufa na atmosfera é o aquecimento
global.

Segundo pesquisas científicas, a temperatura média da Terra, nos últimos cem


anos, sofreu uma elevação de cerca 0,5 ºC. Se a atual taxa de poluição
atmosférica seguir na mesma proporção, estima-se que entre os anos de 2025 e
2050, a temperatura apresentará um aumento de 2,5 a 5 ºC.

As consequências do efeito estufa serão as seguintes:

● Derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares, ocasionando


o aumento do nível do mar. Isso poderá levar a submersão de cidades
litorâneas, forçando a migração de pessoas.

● Aumento de casos de desastres naturais como inundações, tempestades e


furacões.

● Extinção de espécies.

● Desertificação de áreas naturais.

● Episódios mais frequentes de secas.

● As mudanças climáticas podem ainda afetar a produção de alimentos,


pois muitas áreas produtivas podem ser afetadas.

Outro problema associado à presença de gases poluentes na atmosfera é a chuva


ácida. Ela resulta da quantidade exagerada de produtos da queima de
combustíveis fósseis liberados na atmosfera, em consequência das atividades
humanas.

Conheça mais sobre as relações e diferenças entre o Efeito Estufa e Aquecimento


Global.
Como evitar o efeito estufa?
Para alertar sobre a situação do efeito estufa e do aquecimento global, diversos
países, entre eles o Brasil, assinaram o Protocolo de Kyoto, em 1997.

Antes disso, foi assinado em 1987 o Protocolo de Montreal. O intuito principal é a


redução da emissão de produtos que causam danos à camada de ozônio.

Algumas dicas de ações individuais e coletivas também contribuem para redução


do efeito estufa, são elas:

● Realizar pequenos trajetos a pé ou de bicicleta;

● Dar preferência ao transporte coletivo;

● Utilizar produtos recicláveis;

● Economizar energia elétrica;

● Realizar coleta seletiva;

● Reduzir o consumo de carne bovina e suína;

● Fazer compostagem do material orgânico.

Efeito estufa
Efeito estufa é um fenômeno natural essencial para a existência de vida na
Terra. No entanto, atividades humanas têm agravado esse fenômeno,
provocando inúmeros problemas ambientais.
O agravamento do efeito estufa é provocado pela emissão de gases provenientes,
principalmente, da ação humana.
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O efeito estufa é um fenômeno natural de extrema importância para a


existência de vida na Terra. É responsável por manter as temperaturas
médias globais, evitando que haja grande amplitude térmica e possibilitando o
desenvolvimento dos seres vivos.

Esse fenômeno, no entanto, tem sido agravado pela ação antrópica, que tem
elevado as emissões de gases de efeito estufa à atmosfera, provocando
alterações climáticas em todo o planeta. Essa grande concentração de gases
dificulta que o calor seja devolvido ao espaço, aumentando,
consequentemente, as temperaturas do planeta.
Leia também: Importância dos protetores solares

Tópicos deste artigo


● 1 - Como funciona o efeito estufa?

● 2 - Mapa Mental: Efeito Estufa

● 3-

● 4 - Causas do efeito estufa

● 5 - Efeito estufa e aquecimento global

● 6 - Consequências do efeito estufa

● 7 - Como evitar o efeito estufa?

Como funciona o efeito estufa?


Em decorrência da grande concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, a energia solar
refletida pela superfície encontra dificuldades para dispersar-se no espaço, ficando aprisionada.

O Sol emite calor à Terra. Parte desse calor é absorvida pela superfície
terrestre e pelos oceanos, outra parte é devolvida ao espaço. Contudo, uma
parcela da radiação solar irradiada pela superfície fica retida na atmosfera
em decorrência da presença de gases de efeito estufa, que impedem que esse
calor seja devolvido totalmente ao espaço. Dessa forma, mantém-se o
equilíbrio energético e evitam-se grandes amplitudes térmicas.

Para exemplificar melhor, imagine um carro estacionado em um dia bastante


ensolarado. Os raios solares atravessam os vidros e aquecem o interior do
veículo. O calor tende a ser devolvido para fora do carro, saindo pelo vidro,
contudo encontra dificuldades. Assim, parte do calor fica retido no interior do
carro, mantendo-o aquecido.
Fazendo uma analogia, os gases de efeito estufa presentes na atmosfera
funcionam como o vidro do carro, permitindo a entrada da radiação solar e
dificultando que toda ela seja devolvida ao espaço.

Gases de efeito estufa


Existem quatro principais gases de efeito estufa. São eles:

Dióxido de É o gás de maior abundância na atmosfera. A queima de


carbono combustíveis fósseis é uma das principais atividades
responsáveis por emitir esse gás. Desde a era industrial,
a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera
aumentou, aproximadamente, 35%.

Gás metano É o segundo gás que mais contribui para o aumento das
temperaturas globais, com poder 21 vezes maior que o
dióxido de carbono. Aproximadamente 60% da emissão
de metano provém de ações humanas ligadas a aterros
sanitários e lixões. Além disso, é eliminado por meio da
digestão de ruminantes.

Óxido nitroso Pode ser emitido à atmosfera por meio de bactérias no


solo ou no oceano. Atividades agrícolas, como uso de
fertilizantes nitrogenados, também são fontes desse gás.
O óxido nitroso pode colaborar cerca de 298 vezes mais
que o dióxido de carbono para o aumento das
temperaturas.

Gases fluoretados Os gases fluoretados são produzidos pelo homem a fim


de atender às necessidades industriais. São exemplos
desses gases: hidrofluorcarbonetos, usados em sistemas
de aquecimento e refrigeração; hexafluoreto de enxofre,
usado na indústria eletrônica; perfluorcarbono, emitido
na produção de alumínio; e os clorofluorcarbonos
(CFCs), responsáveis pela destruição da camada de
ozônio.

Bastante presente na atmosfera, é responsável por mais


da metade do efeito estufa. O vapor d'água capta o calor
Vapor d'água
irradiado pela superfície terrestre, distribuindo-o para
todas as direções e aquecendo a superfície.

Mapa Mental: Efeito Estufa

*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!


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Causas do efeito estufa


Nas últimas décadas, houve um aumento considerável da emissão de gases de
efeito estufa na atmosfera terrestre, intensificando o efeito estufa.

A alta concentração desses gases está relacionada, principalmente, às


atividades industriais, realizadas, muitas vezes, por meio da queima de
combustíveis fósseis. Além disso, o crescimento da produção agrícola, do
desmatamento e do uso dos transportes também são responsáveis pela
intensificação da emissão de gases.

Efeito estufa e aquecimento global


O aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera tem
provocado mudanças irreversíveis na dinâmica climática do planeta. De
acordo com dados do Painel Intergovernamental para as Mudanças
Climáticas, a temperatura da Terra aumentou cerca de 0,85ºC nos continentes
e 0,55ºC nos oceanos em um período de cem anos.

Quanto mais gases de efeito estufa são emitidos à atmosfera, mais o calor
irradiado encontra dificuldades para dispersar-se no espaço, provocando o
aumento anormal das temperaturas e reafirmando a teoria do aquecimento
global.

Leia também: Acordos climáticos e aquecimento global

É importante dizer, no entanto, que a relação entre efeito estufa e


aquecimento global não é unânime entre os estudiosos e as pessoas em geral.
Parte da população e da comunidade científica não acredita que o aumento
dos gases tem provocado a elevação das temperaturas, argumentando que o
aquecimento elevado é apenas uma fase de variação da dinâmica climática da
Terra.
As indústrias são as principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa à atmosfera,
causando o aquecimento global.

Consequências do efeito estufa


Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, são
consequências do efeito estufa:

1. Derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar.

2. Agravamento da segurança alimentar, prejudicando as colheitas e a


pesca.

3. Extinção de espécies e danos a diversos ecossistemas.

4. Perdas de terras em decorrência do aumento do nível do mar,


provocando também ondas migratórias.
5. Escassez de água em algumas regiões.

6. Inundações nas latitudes do norte e no Pacífico Equatorial.

Leia também: Sete desastres ecológicos causados pelo homem

7. Riscos de conflitos em decorrência da escassez de recursos naturais.

8. Problemas de saúde provocados pelo aumento do calor.

9. Previsão de aumento da temperatura em 2ºC até 2100, comparado ao


período pré-industrial (1850 a 1900).

O derretimento das calotas polares e o consequente aumento do nível do mar são consequências do
efeito estufa.

Como evitar o efeito estufa?


Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, entre os
anos de 2010 e 2050, a emissão de gases de efeito estufa deve ser reduzida de
40% a 70%. Para isso, os países devem estabelecer metas de redução da
emissão desses gases.

Uma das possibilidades, que já é realidade em alguns países, é o uso de fontes


alternativas de energia, renováveis e limpas, substituindo o uso de
combustíveis fósseis. Além disso, ações cotidianas podem colaborar para
conter o efeito estufa, por exemplo:

→ Reduzir a utilização de transportes em pequenos trajetos.

→ Optar pelo uso de bicicletas ou de transporte coletivo.

→ Usar produtos biodegradáveis.

→ Incentivar a coleta seletiva.

Efeito Estufa
Efeito estufa é um fenômeno natural essencial para manutenção da
vida na Terra. Esse efeito tem-se intensificado em virtude da
emissão excessiva de gases à atmosfera.
O
agravamento do efeito estufa é provocado pela emissão de gases provenientes,
principalmente, da ação humana.

O que é efeito estufa?

Efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural responsável pela


manutenção da vida na Terra. Sem a presença desse fenômeno, a
temperatura na Terra seria muito baixa, em torno de -18ºC, o que
impossibilitaria o desenvolvimento de seres vivos.

Existem, na atmosfera, diversos gases de efeito estufa capazes de


absorver a radiação solar irradiada pela superfície terrestre, impedindo
que todo o calor retorne ao espaço. Parte da energia emitida pelo Sol à
Terra é refletida para o espaço, outra parte é absorvida pela superfície
terrestre e pelos oceanos. Uma parcela do calor irradiado de volta ao
espaço é retida pelos gases de efeito estufa, presentes na atmosfera.
Dessa forma, o equilíbrio energético é mantido, fazendo com que não
haja grandes amplitudes térmicas e as temperaturas fiquem estáveis.
Para entender melhor, podemos comparar o efeito estufa ao que
acontece em um carro parado sob a luz solar. Os raios solares passam
pelos vidros e aquecem o interior do veículo. O calor, então, tende a
sair pelo vidro, porém encontra dificuldades. Portanto, parte do calor
fica retido no interior do carro, aquecendo-o. Os gases de efeito estufa,
presentes na atmosfera, funcionam como o vidro do carro, permitindo
a entrada da radiação ultravioleta, mas dificultando que toda ela seja
irradiada de volta ao espaço.

Contudo, a grande concentração desses gases na atmosfera dificulta


ainda mais a dispersão do calor para o espaço, aumentando as
temperaturas do planeta. O efeito estufa tem-se agravado em virtude da
emissão cada vez maior de gases de efeito estufa à atmosfera. Essa
emissão é provocada por atividades antrópicas, como queima de
combustíveis fósseis, gases emitidos por escapamentos de carros,
tratamento de dejetos, uso de fertilizantes, atividades agropecuárias e
diversos outros processos industriais.

Leia também: Aquecimento global pode levar países à extinção!

Quais são os gases de efeito estufa?

Existem quatros principais de gases de efeito estufa.

1. Dióxido de carbono: é o mais abundante entre os gases de efeito


estufa, visto que pode ser emitido a partir de diversas atividades
humanas. O uso de combustíveis fósseis, como carvão mineral e
petróleo, é uma das atividades que mais emitem esses gases.
Desde a Era Industrial, houve um aumento de 35% da quantidade
de dióxido de carbono na atmosfera.

2. Gás metano: é o segundo maior contribuinte para o aumento


das temperaturas da Terra, com poder 21 vezes maior que o
dióxido de carbono. Provém de atividades humanas ligadas a
aterros sanitários, lixões e pecuária. Além disso, pode ser
produzido por meio da digestão de ruminantes e eliminado por
eructação (arroto) ou por fontes naturais. Cerca de 60% da
emissão de metano provém de ações antrópicas.
3. Óxido nitroso: pode ser emitido por bactérias no solo ou no
oceano. As práticas agrícolas são as principais fontes de óxido
nitroso advindo da ação humana. Exemplos dessas atividades são
cultivo do solo, uso de fertilizantes nitrogenados e tratamento de
dejetos. O poder do óxido nitroso de aumentar as temperaturas é
298 vezes maior que o do dióxido de carbono.

4. Gases fluoretados: são produzidos pelo homem a fim de atender


às necessidades industriais. Como exemplos desses gases,
podemos citar os hidrofluorocarbonetos, usados em sistemas de
arrefecimento e refrigeração; hexafluoreto de enxofre, usado na
indústria eletrônica; perfluorocarbono, emitido na produção de
alumínio; e clorofluorcarbono (CFC), responsável pela destruição
da camada de ozônio.

A emissão de gases de efeito estufa é proveniente, principalmente, de atividades industriais.

Além desses gases, há também o vapor d'água, um dos principais


responsáveis pelo efeito estufa. O vapor d'água capta o calor irradiado
pela Terra, distribuindo-o novamente em diversas direções,
aquecendo, dessa forma, a superfície terrestre.
Causas do efeito estufa

Nos últimos anos, houve um considerável aumento da concentração de


gases de efeito estufa na atmosfera. As atividades humanas ligadas à
indústria, as atividades agrícolas, o desmatamento e o aumento do uso
dos transportes são os principais responsáveis pela emissão desses
gases.

É válido ressaltar que o efeito estufa é um fenômeno natural essencial


para manutenção da vida na Terra, já que mantém as temperaturas
médias, evitando grandes amplitudes térmicas e o esfriamento extremo
do planeta. Contudo, a intensificação de atividades industriais e
agrícolas, que demandam áreas para produção e, consequentemente,
geram desmatamento, e o uso dos transportes aumentaram a emissão
de gases de efeito estufa à atmosfera.

A queima de combustíveis fósseis é uma das atividades que mais


produzem gases de efeito estufa. A concentração desses gases na
atmosfera impede que o calor seja irradiado, aquecendo ainda mais a
superfície terrestre, aumentando, portanto, as temperaturas. Esse
aumento das temperaturas decorrente da intensificação do efeito
estufa é conhecido como aquecimento global.
O efeito estufa é um fenômeno natural que, apesar de ser essencial para a manutenção da vida,
tem sido agravado pela emissão de gases decorrente da ação antrópica.

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Aquecimento global e efeito estufa

O efeito estufa é um fenômeno atmosférico de ordem natural capaz de


garantir que a Terra seja habitável. Esse efeito é responsável por
manter a temperatura média do planeta, de forma que o calor não seja
totalmente irradiado de volta ao espaço, mantendo, portanto, a Terra
aquecida e evitando que a temperatura não baixe drasticamente.
Leia também: Aquecimento global e a biodiversidade

A concentração dos gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono


e o óxido nitroso, elevou-se significativamente nas últimas décadas.
Segundo diversos estudiosos, essa concentração tem provocado
mudanças na dinâmica climática do planeta, provocando o aumento
das temperaturas da Terra. Segundo o Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas, a temperatura do planeta aumentou
aproximadamente 0,85º C nos continentes e 0,55º C nos oceanos em
um período de cem anos. Com esse aumento, foi possível constatar o
derretimento das calotas polares e a elevação do nível do mar.

A comunidade científica relaciona, portanto, o aumento dos gases de


efeito estufa ao aumento das temperaturas médias globais. A
concentração desses gases impede cada vez mais que o calor
irradiado pela superfície seja disperso no espaço, aumentando a
temperatura e reafirmando a questão do aquecimento global. Contudo,
é válido ressaltar que essa relação entre efeito estufa e aquecimento
global, bem como a existência do aquecimento global não são
unanimidades entre os estudiosos. Muitos pesquisadores
desacreditam que a concentração dos gases tem agravado o aumento
das temperaturas do planeta. Para eles, esse aquecimento elevado
constitui apenas uma fase de variação da dinâmica climática da Terra.

Saiba mais: Aquecimento global existe mesmo?


O aquecimento global representa o aumento das temperaturas médias do planeta.

Consequências do efeito estufa

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o


sistema climático pode ser alterado trazendo danos irreversíveis,
como:

→ Derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar.

→ Agravamento da segurança alimentar, prejudicando as colheitas e a


pesca.
→ Extinção de espécies e danos a diversos ecossistemas.

→ Perdas de terras em decorrência do aumento do nível do mar, que


provocará também ondas migratórias.

→ Escassez de água em algumas regiões.

→ Inundações nas latitudes do norte e no Pacífico Equatorial.

→ Riscos de conflitos em virtude da escassez de recursos naturais.

→ Problemas de saúde provocados pelo aumento do calor.

→ Previsão de aumento da temperatura em até 2º C até 2100 em


comparação ao período pré-industrial (1850 a 1900).

O derretimento das calotas polares e o consequente aumento do nível do mar são consequências
do efeito estufa.

Como evitar o efeito estufa?

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas sinaliza que a


emissão de gases de efeito estufa deve ser reduzida de 40% a 70%
entre os anos 2010 e 2050. Os países precisam estabelecer metas de
redução de emissão desses gases a fim de conter o aumento das
temperaturas.

É preciso investir no uso de fontes de energia renováveis e


alternativas, abandonando o uso dos combustíveis fósseis, cuja
queima libera diversos gases de efeito estufa. Outras ações cotidianas
também podem ser adotadas, como redução do uso de transportes em
trajetos pequenos, optando por ir a pé ou de bicicleta, preferência pelo
uso de transporte coletivo e de produtos biodegradáveis e incentivo à
coleta seletiva.

Resumo

Fenômeno atmosférico Efeito Estufa

Fenômeno de ordem natural responsável por manter as


temperaturas médias globais, possibilitando a existência de vida
Principais na Terra. É agravado pela ação humana por meio da emissão de
características
gases de efeito estufa à atmosfera, que impedem a dispersão da
radiação solar irradiada pela superfície terrestre, aumentando a
temperatura do planeta.

Dióxido de carbono

Gás metano
Gases de efeito estufa
Óxido nitroso

Gases fluoretados

É um fenômeno natural que tem-se intensificado em decorrência


Causas de atividades humanas ligadas à indústria, atividades
agropecuárias, uso de transportes e desmatamento.
Derretimento das calotas polares.

Aumento do nível do mar.

Agravamento da segurança alimentar.


Consequências
Aumento dos períodos de seca.

Escassez de água.

Aumento das temperaturas.

O que é efeito estufa?


Stella Legnaioli

5 min de leitura

“Efeito Estufa” Imagem de Luke Pamer em Unsplash


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Efeito estufa é essencial para a existência humana. Mas


aumenta o aquecimento global
Se preferir, vá direto ao ponto Esconder

1. Gases de efeito estufa

2. Aquecimento global

O efeito estufa é um fenômeno natural importante para a existência da vida na Terra


na forma em que a conhecemos. Sem ele, a temperatura média do planeta seria em torno
de 18°C negativos. Para efeito de comparação, a temperatura média global próxima à
superfície é de 14ºC. Se hoje estamos vivos, é devido ao efeito estufa, que mantém o
planeta habitável.
No efeito estufa, a radiação solar que atinge a atmosfera interage com os gases ali
presentes. Nessa interação, os chamados gases de efeito estufa (GEE) absorvem os
raios solares e passam a emitir de volta para a superfície terrestre radiação
infravermelha, ou, melhor dizendo, calor. Somente parte desse calor (radiação
infravermelha) consegue sair da atmosfera e voltar para o espaço – e é assim que a Terra
consegue manter sua temperatura.

Alguns exemplos desses gases que interagem com a radiação solar são dióxido de
carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e a família dos CFCs (CFxCly). Saiba
mais sobre eles na matéria: “O que são os gases do efeito estufa“.

No vídeo abaixo, produzido por uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira e o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, você pode entender melhor como se dá o
processo do efeito estufa:

A temperatura média global se mantém praticamente inalterada quando o balanço da


quantidade de energia solar incidente e de energia refletida na forma de calor está
equilibrado. Entretanto, esse equilíbrio pode ser desestabilizado de várias formas: pela
mudança na quantidade de energia que chega à superfície terrestre; pela mudança na
órbita da Terra ou do próprio Sol; pela mudança na quantidade de energia que chega à
superfície terrestre e é refletida de volta para o espaço, devido à presença de nuvens ou
de partículas na atmosfera (também chamadas de aerossóis, que resultam de
queimadas, por exemplo); e pela alteração na quantidade de energia de maiores
comprimentos de onda refletida de volta ao espaço, devido às mudanças na
concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera.

Entenda o que é negacionismo climático

Gases de efeito estufa


Os gases de efeito estufa são aqueles que interagem com a radiação solar e contribuem
para o efeito estufa. O dióxido de carbono (CO2), o gás metano (CH4), o óxido nitroso
(N2O), o ozônio (O3) estão entre os principais gases do efeito estufa. Entretanto, o
Protocolo de Quioto inclui também o hexafluoreto de enxofre (SF6) e duas famílias de
gases como importantes para o efeito estufa: os hidrofluorocarbonetos (HFC) e os
perfluorocarbonetos (PFC).

● O CO2 é o gás de efeito estufa mais abundante. Ele é emitido de forma


significativa por meio de atividades humanas que envolvem a queima de
combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento. Desde a
Revolução Industrial, a quantidade de CO2 presente na atmosfera aumentou
35%. E, atualmente, considera-se que ele seja responsável por 55% das emissões
mundiais de gases do efeito estufa.
● O gás metano é um GEE 21 vezes mais forte que o CO2. As emissões de origem
humana desse gás decorrem principalmente da atividade pecuária e da
decomposição da matéria orgânica de aterros sanitários, lixões e reservatórios de
hidrelétricas.
● O óxido nitroso é um GEE 310 vezes mais potente que o CO2. A emissão
antrópica desse gás decorre do tratamento de dejetos animais, do uso de
fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e de alguns processos industriais.
● O ozônio é encontrado naturalmente na estratosfera (camada atmosférica situada
entre 11 km e 50 km de altitude), mas pode ser originado na troposfera (camada
atmosférica situada entre 10 km a 12 km de altitude) pela reação entre gases
poluentes emitidos pelas atividades humanas. Na estratosfera, o ozônio forma
uma camada que tem a importante função de absorver a radiação solar
impedindo a entrada de grande parte dos raios ultravioletas, também chamada de
“camada de ozônio”. Porém, quando formado na troposfera em grande
quantidade, é prejudicial aos organismos.
● Os hidrofluorcarbonos (HFCs), utilizados como substitutos dos
clorofluorcarbonos (CFCs) em aerossóis e refrigeradores, têm alto potencial de
aquecimento global (de 140 a 11.700 vezes mais potente que o CO2).
● O hexafluoreto de enxofre, utilizado principalmente como isolante térmico e
condutor de calor, é o GEE com maior poder de aquecimento global (23.900
maior do que o CO2).
● O potencial de aquecimento global dos perfluorcarbonos (PFCs), utilizados como
gases em refrigerantes, solventes, propulsores, espumas e aerossóis, é de 6.500 a
9.200 vezes mais forte que o do CO2.

Aquecimento global
Análises mostraram que, nos últimos cinco séculos, a temperatura média global do ar e
dos oceanos teve aumento crescente, caracterizando um processo de aquecimento
global. Nos últimos 100 anos, a temperatura média global de superfície aumentou cerca
de 0,74 ºC. Esse número pode não parecer de grande importância, entretanto, de acordo
o 5º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), as
consequências do efeito estufa já estão ocorrendo, e de forma intensificada. Eventos
como a extinção de espécies animais e vegetais, alteração na frequência e intensidade de
chuvas, elevação do nível do mar e intensificação de fenômenos meteorológicos como
tempestades severas, inundações, vendavais, ondas de calor e secas prolongadas são os
principais fenômenos deletérios apontados como consequência do aquecimento global.

O que é camada de ozônio?


A camada de ozônio é uma camada gasosa localizada na estratosfera que é
composta pelo gás ozônio, o qual pode ser degradado pela ação de substâncias
como os CFCs.

Fórmulas químicas das moléculas do gás ozônio


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A camada de ozônio é composta pelo gás ozônio (cuja fórmula molecular é O 3) e


está localizada em uma região da atmosfera denominada de estratosfera, que fica
entre 20 km e 35 km da superfície da Terra.

Representação esquemática de todas as camadas que compõem a atmosfera

A existência da camada de ozônio auxilia na manutenção da vida em nosso planeta,


já que ela consegue filtrar cerca de 95% dos raios ultravioleta (UV) oriundos do
Sol, impedindo que a maior parte desses raios atinja a superfície terrestre.

Um ponto negativo em relação ao gás ozônio é que, na troposfera (camada


atmosférica mais próxima da superfície terrestre), ele também está presente, mas
em menor quantidade, e participa do smog fotoquímico, ou seja, participa de um
fenômeno de poluição atmosférica.

Tópicos deste artigo


● 1 - Formação do ozônio

● 2 - Qual a importância da camada de ozônio?

● 3 - Substâncias que prejudicam a camada de ozônio

Formação do ozônio
A quantidade de O3 presente na camada de ozônio é constantemente modificada
porque os raios ultravioleta, ao chegarem à camada, promovem a separação de um
dos oxigênios do ozônio, formando mais gás oxigênio.

O3(g) → O2(g) + O(g)

Além da degradação do ozônio, a radiação ultravioleta também promove a quebra


da ligação entre os oxigênios de algumas moléculas de gás oxigênio, como na
equação a seguir:

O2(g) → 2O(g)

Em seguida, porém, cada oxigênio livre interage com uma molécula de gás
oxigênio, formando uma molécula do gás ozônio (O3), como na equação a seguir:

O + O2(g) → O3(g)

Assim, a quantidade de gás ozônio na camada modifica-se constantemente de


forma natural.

Qual a importância da camada de ozônio?


A existência da camada de ozônio na estratosfera é fundamental, pois ela impede
que grande parte das radiações ultravioleta atinja a superfície terrestre. Quando a
radiação ultravioleta atinge a superfície terrestre, pode desencadear diversos danos
nos mais variados seres vivos, a saber:

● Desenvolvimento de câncer de pele;


● Aumento da frequência de ativações da replicação do vírus herpes em
indivíduos que o tenham contraído, desenvolvendo as lesões características
da doença;
● Cegueira provocada pelo aumento da catarata em indivíduos com tendência
a desenvolvê-la;
● Aumento da temperatura do planeta (aquecimento global), já que um maior
número de raios ultravioleta atinge a superfície da Terra, aumentando a
retenção de calor.

Substâncias que prejudicam a camada de ozônio


Entre as substâncias químicas que acabam reagindo e degradando o ozônio, temos:

● Óxido nítrico (NO): substância produzida a partir da queima de


combustíveis fósseis;
● Óxido nitroso (N2O): substância eliminada por veículos e indústrias
químicas;
● Dióxido de carbono (CO2): substância geralmente produzida em reações
químicas de combustão completa;
● Clorofluorcarbonos (CFCs): substâncias muito utilizadas como propelentes
em produtos aerossóis (como desodorante spray), na produção de materiais
plásticos e em equipamentos de refrigeração (como geladeiras).

Essas substâncias, de modo geral, prejudicam a camada de ozônio porque, quando


atingidas pela radiação ultravioleta, principalmente os CFCs, têm suas moléculas
decompostas, fazendo com que seus átomos livres reajam com a molécula de
ozônio, transformando-a em uma molécula de gás oxigênio (O 2). Essa ocorrência
diminui a concentração de ozônio e a filtragem dos raios ultravioleta.

Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás


chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e
seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar
a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas
alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da
superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os
raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas
de vida no planeta.
Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à
contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:

O que está acontecendo com a camada de ozônio?

Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de
ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na
camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada
está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo
Sul e, recentemente, do Pólo Norte.

Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais
substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A
lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos
pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o
carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se
compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.

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Como os CFCs destroem a


camada de ozônio?
Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em
equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para
chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por
sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O
problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única
molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.

A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses
gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a
formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois
de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear
a destruição do ozônio.

Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?

Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção
atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata
milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema
imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.

Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida,
inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem
diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está
seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na
superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e
absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.

O que é exatamente o buraco na camada de ozônio?

Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente
suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na
camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que
seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal
de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.

O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da
China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos
casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o
mundo.

Camada de ozônio
A camada de ozônio fica situada na estratosfera a uma altitude de 20 km a
35 km da superfície terrestre. O ozônio que constitui essa camada absorve
90% da radiação ultravioleta que incide na Terra, a qual é prejudicial à
saúde por conter raios carregados energicamente e de fácil absorção nos
tecidos da pele. A mais preocupante consequência da destruição da camada
de ozônio é o aumento de casos de câncer de pele devido ao efeito
mutagênico dos raios ultravioleta.

Os clorofluorcarbonetos (CFCs) são os responsáveis pela liberação dos


radicais livres que degradam a camada de ozônio. A formação de buracos
nessa camada acontece na região da Antártida em razão do acúmulo de
poluentes na região.

Leia também: Novos gases que ameaçam a camada de ozônio

Como é formada a camada de ozônio?

A formação da camada de ozônio acontece quando algum tipo de radiação


ou energia elétrica incide em moléculas de oxigênio (O2), separando os
átomos. Um átomo de oxigênio livre torna-se muito reativo, tendendo a
combinar-se com outras moléculas próximas. No caso da nossa atmosfera,
a formação do ozônio acontece justamente por essa combinação de um
átomo livre de oxigênio com uma molécula biatômica de oxigênio. As outras
moléculas, como nitrogênio, que também são abundantes na atmosfera,
agem como catalisadores da reação de formação do ozônio.
A
molécula de ozônio é constituída por três átomos de oxigênio.

Para que serve a camada de ozônio?

A camada de ozônio ou ozonosfera funciona como filtro natural de raios


solares, que são compostos por radiações eletromagnéticas, como a
radiação infravermelha e raios ultravioleta, que podem causar danos à
saúde humana e prejuízos ecológicos. Todavia, vale dizer também que, sem
esses raios, a vida na Terra também não existira.

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A camada de ozônio deixa passar apenas uma pequena porcentagem


desses raios, que são imprescindíveis para a manutenção da vida terrestre,
como para os organismos fotossintetizantes, para que ocorra o ciclo da água
e tantos outros processos.
A
camada de ozônio age como um filtro natural dos raios solares.

O que prejudica a camada de ozônio?

O processo de composição e decomposição da camada de ozônio acontece


naturalmente, visto que a formação e degradação da molécula de ozônio e
de oxigênio acontecem com a incidência de energia nas moléculas, energia
essa que pode ser dada inclusive pelos raios solares.

A atividade antrópica que prejudica e degrada a ozonosfera envolve a


liberação de compostos estáveis que se decompõem com a incidência de
raios solares em elevadas altitudes, reagindo, assim, com as moléculas de
ozônio.

Veja também: Equilíbrio químico na camada de ozônio

Destruição da camada de ozônio


Os clorofluorcarbonetos (CFCs) são os gases mais citados quando se fala
em destruição da camada de ozônio. Essa substância, a princípio, parecia
ideal para se usar em aerossóis e sistemas de refrigeração, visto que é um
composto estável e não tóxico. No entanto, tempos depois, descobriu-se
que o clorofluorcarboneto sofre fotólise (quebra da molécula por incidência
de luz), liberando um radical livre e reativo na camada de ozônio.

Para conter esse processo, foi criado o Protocolo de Montreal. Em 1990 o


Brasil abraçou a causa, comprometendo-se a eliminar o uso de produtos à
base de CFCs até janeiro de 2010.

Leia também: 16 de setembro – Dia Internacional para a Preservação da


Camada de Ozônio

O que é o buraco na camada de ozônio?

O buraco na camada de ozônio é uma baixa na concentração de ozônio em


um ponto localizado. Ele está presente na região da Antártida devido à baixa
circulação de ar durante o inverno, fazendo com que os poluentes que ali
estacionaram sejam lançados na estratosfera. A reação de degradação do
ozônio acontece da seguinte forma:

→ Primeiro a luz ultravioleta quebra a molécula do poluente, formando um


radical livre Cl.
→ O cloro reage com o ozônio (O3), formando O2 e ClO. Este também é
reativo e interage com outra molécula de O 3, tendo como produto o radical
Cl, que reinicia o ciclo até se conectar a uma substância diferente, formando
uma molécula que não se decompõe com os raios UV.

Quais são as consequências da destruição camada


de ozônio?

Com a destruição da camada de ozônio, há uma maior incidência de raios


solares. O excesso dessa exposição é prejudicial à saúde humana, afeta
algumas espécies de micro-organismos, intensifica o efeito estufa e há
também a hipótese da possível inundação de áreas hoje habitadas em
decorrência do descongelamento das geleiras e aumento do volume de
água nos oceanos.

No entanto, a principal preocupação das autoridades quando se fala em


destruição da camada de ozônio é o aumento da ocorrência de câncer de
pele, causado pelo efeito mutagênico dos raios ultravioleta.

Ecossistemas
A biodiversidade dos ecossistemas brasileiros
Denomina-se ecossistema o conjunto das comunidades de uma área
específica, levando em consideração os fatores ambientais que constitui um
biótopo (local onde vive uma comunidade), como: tipo de solo, intensidade
luminosa (temperatura), índice pluviométrico (quantidade de chuva),
umidade, salinidade, acidez, turbidez, bem como todas as características
próprias de uma localidade.

Os ambientes são diversos, sem limite espacial predeterminado, podendo


ser um micro ou um macroecossistema, no entanto, sempre respeitando as
relações entre as populações e o comportamento físico-químico do meio.

Isso significa dizer que tanto a população de artrópodes, anelídeos,


moluscos e fungos, viventes sob uma folhagem caída no solo de uma
floresta (a serrapilheira), submetidos às condições de temperatura e
umidade de um micro-ambiente, constituem um microecossistema. Assim
como todo o intercâmbio trófico entre as espécies dessa floresta: as
bactérias, os fungos, os invertebrados e os vertebrados típicos desse
ambiente, também formam um ecossistema, com escala espacial mais
abrangente.

As comunidades da fauna marinha e lacustre, da mesma foram integram


ecossistemas aquáticos, por exemplo: o conjunto de protozoários, algas,
caramujos e peixes de um lago.
No Brasil, os principais ecossistemas são:

A Floresta Amazônica → situada na região norte do país, considerada a maior


floresta do planeta. Possui clima equatorial úmido e uma variedade de fisionomias
vegetais.

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A variedade vegetal da Floresta Amazônica.

A Caatinga → característica da região nordeste do território brasileiro. Possui baixa


biodiversidade decorrente do clima semi-árido muito severo com elevado período de
seca.

O bioma Caatinga.

O Cerrado → típico da região central do país, apresenta estações climáticas bem


definidas (verão chuvoso e inverno seco). Devido a sua localidade, zona de transição
(mescla) de outros ecossistemas, o cerrado é considerado um ecótono,
principalmente pelos variados tipos fisionômicos: cerradão, campos limpos, campos
sujos, veredas.

A Mata Atlântica → chamada de floresta estacionária semi-decidual devido à alta de


amplitude térmica (mínima e máxima) do clima, influencia a abscisão foliar (queda
das folhas). Atualmente é um ecossistema muito devastado pela ação humana,
restando aproximadamente 45% da cobertura original.
O Pantanal Mato–Grossense é a maior planície de inundação do planeta,
abrigo de uma vasta diversidade biológica, comunica-se com o cerrado e a
floresta amazônica.

Espécies lacustres do Pantanal.

Além de outras formações: Os Pampas (campos do Sul), Mata de Araucária


e os ecossistemas costeiros ou insulares

Ecossistemas

A biodiversidade dos ecossistemas brasileiros


Denomina-se ecossistema o conjunto das comunidades de uma área
específica, levando em consideração os fatores ambientais que constitui um
biótopo (local onde vive uma comunidade), como: tipo de solo, intensidade
luminosa (temperatura), índice pluviométrico (quantidade de chuva),
umidade, salinidade, acidez, turbidez, bem como todas as características
próprias de uma localidade.

Os ambientes são diversos, sem limite espacial predeterminado, podendo


ser um micro ou um macroecossistema, no entanto, sempre respeitando as
relações entre as populações e o comportamento físico-químico do meio.
Isso significa dizer que tanto a população de artrópodes, anelídeos,
moluscos e fungos, viventes sob uma folhagem caída no solo de uma
floresta (a serrapilheira), submetidos às condições de temperatura e
umidade de um micro-ambiente, constituem um microecossistema. Assim
como todo o intercâmbio trófico entre as espécies dessa floresta: as
bactérias, os fungos, os invertebrados e os vertebrados típicos desse
ambiente, também formam um ecossistema, com escala espacial mais
abrangente.

As comunidades da fauna marinha e lacustre, da mesma foram integram


ecossistemas aquáticos, por exemplo: o conjunto de protozoários, algas,
caramujos e peixes de um lago.

No Brasil, os principais ecossistemas são:

A Floresta Amazônica → situada na região norte do país, considerada a maior


floresta do planeta. Possui clima equatorial úmido e uma variedade de fisionomias
vegetais.

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A variedade vegetal da Floresta Amazônica.

A Caatinga → característica da região nordeste do território brasileiro. Possui baixa


biodiversidade decorrente do clima semi-árido muito severo com elevado período de
seca.
O bioma Caatinga.

O Cerrado → típico da região central do país, apresenta estações climáticas bem


definidas (verão chuvoso e inverno seco). Devido a sua localidade, zona de transição
(mescla) de outros ecossistemas, o cerrado é considerado um ecótono,
principalmente pelos variados tipos fisionômicos: cerradão, campos limpos, campos
sujos, veredas.

A Mata Atlântica → chamada de floresta estacionária semi-decidual devido à alta de


amplitude térmica (mínima e máxima) do clima, influencia a abscisão foliar (queda
das folhas). Atualmente é um ecossistema muito devastado pela ação humana,
restando aproximadamente 45% da cobertura original.

O Pantanal Mato–Grossense → a maior planície de inundação do planeta, abrigo de


uma vasta diversidade biológica, comunica-se com o cerrado e a floresta amazônica.

Espécies lacustres do Pantanal.

Além de outras formações: Os Pampas (campos do Sul), Mata de Araucária


e os ecossistemas costeiros ou insulares.

Sustentabilidade
Lana Magalhães

Professora de Biologia

Sustentabilidade é a capacidade de
sustentação ou conservação de um processo
ou sistema.

A palavra sustentável deriva do latim


sustentare e significa sustentar, apoiar,
conservar e cuidar.

O conceito de sustentabilidade aborda a


maneira como se deve agir em relação à
natureza. Além disso, ele pode ser aplicado
desde uma comunidade até todo o planeta.
A sustentabilidade é alcançada através do
Desenvolvimento Sustentável, definido como:
"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades".

O desenvolvimento sustentável tem como


objetivo a preservação do planeta e
atendimento das necessidades humanas. Isso
quer dizer que um recurso natural explorado
de modo sustentável durará para sempre e
com condições de também ser explorado por
gerações futuras.

Tripé da Sustentabilidade
O chamado tripé da sustentabilidade é
baseado em três princípios: o social, o
ambiental e o econômico. Esses três fatores
precisam ser integrados para que a
sustentabilidade de fato aconteça. Sem eles, a
sustentabilidade não se sustenta.

● Social: Engloba as pessoas e suas


condições de vida, como educação, saúde,
violência, lazer, dentre outros aspectos.

● Ambiental: Refere-se aos recursos


naturais do planeta e a forma como são
utilizados pela sociedade, comunidades
ou empresas.

● Econômico: Relacionado com a


produção, distribuição e consumo de
bens e serviços. A economia deve
considerar a questão social e ambiental.
O tripé da sustentabilidade: aspectos sociais,
ambientais e econômicos precisam trabalhar
em conjunto

Saiba mais sobre Desenvolvimento


Sustentável.

Tipos de Sustentabilidade
Sustentabilidade Ambiental

A Sustentabilidade ambiental abrange a


conservação e a manutenção do meio
ambiente.
Importante notar que, para que a
sustentabilidade ambiental seja efetivada, as
pessoas devem estar em harmonia com o meio
ambiente, para obterem melhoria na
qualidade de vida.

O objetivo da sustentabilidade ambiental é


que os interesses das gerações futuras não
estejam comprometidos pela satisfação das
necessidades da geração atual.

Leia também sobre Impactos Ambientais.


Sustentabilidade Social

A sustentabilidade social sugere a igualdade


dos indivíduos, baseado no bem estar da
população.
Para isso, é necessária a participação da
população, com intuito de fortalecer as
propostas de desenvolvimento social, acesso à
educação, cultura e saúde.

Sustentabilidade Empresarial

Atualmente, muitas estratégias de


responsabilidade social de empresas estão
pautadas na sustentabilidade.

Produtos e ações sustentáveis na área


empresarial ganham destaque e o gosto dos
consumidores. As pessoas estão cada vez mais
conscientes do peso ecológico e social de suas
escolhas.

Nesse caso, a empresa possui uma postura de


responsabilidade com os valores ambientais e
sociais. Além de fundamentada na
preservação do meio ambiente e melhoria da
qualidade de vida das pessoas.

Leia sobre Passivo Ambiental.

Sustentabilidade Econômica

A sustentabilidade econômica é
fundamentada num modelo de gestão
sustentável. Isso implica na gestão de
adequada dos recursos naturais, que
objetivam o crescimento econômico, o
desenvolvimento social e melhoria da
distribuição de renda.

Em resumo, corresponde à capacidade de


produção, de distribuição e de utilização das
riquezas produzidas pelo homem, buscando
uma justa distribuição de renda.
Conheça também a Economia Verde.

Exemplos de Sustentabilidade
As ações sustentáveis podem ser adotadas
desde indivíduos até o nível global. Veja
alguns exemplos:

Ações Individuais

● Economia de água;

● Evitar o uso de sacolas plásticas;

● Reduzir o consumo de carne bovina;

● Preferência por consumir produtos


biodegradáveis;

● Separar o lixo para coleta seletiva;

● Reciclagem;

● Realizar trajetos curtos através de


caminhadas ou bicicletas. Adotar
transportes coletivos ou caronas.
Ação Comunitária

Na comunidade do Vale Encantado, no estado


do Rio de Janeiro, os moradores buscaram
investimentos com colaboradores para
melhoria do local onde vivem.

Eles implantaram um sistema de esgoto,


painéis solares, biodigestores, horta
comunitária e oportunidades econômicas
relacionadas com o turismo ecológico. Tais
condições favoreceram a melhoria da
qualidade de vida de todos.

A comunidade ficou reconhecida


internacionalmente como um modelo de
desenvolvimento sustentável.

Ações Globais

● Limitação do crescimento populacional;


● Garantia de alimentação em longo prazo;

● Preservação da biodiversidade e dos


ecossistemas;

● Diminuição do consumo de energia;

● Desenvolvimento de tecnologias que


possibilitem o uso de fontes energéticas
renováveis;

● Aumento da produção industrial nos


países não industrializados à base de
tecnologias ecologicamente viáveis;

● Criação de Unidades de Conservação. No


Brasil, existem diversas áreas protegidas;

● Controle da urbanização e integração


entre campo e cidades menores.

Conheça mais sobre a Energia Renovável.


Educação Ambiental
A Educação Ambiental corresponde à
conscientização ambiental para questões que
envolvem a valorização do meio ambiente e o
comprometimento de atitudes voltadas à sua
preservação.

A importância da educação ambiental reside


na formação de cidadãos conscientes. Ela visa
o aumento de práticas sustentáveis, bem
como a redução de danos ambientais.

Sustentabilidade: o que é,
como funciona, benefícios
e exemplos

Julio Cesar Teixeira


23 de novembro 2021, 13:00
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BeyondWords

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Você sabe o que é sustentabilidade?

Essa é uma daquelas palavras repetidas como um mantra, que todo

mundo já ouviu falar, mas cujo conceito nem sempre é

compreendido.

Inclusive, costumamos relacionar sustentabilidade ao meio ambiente,

em especial no controle da poluição.


Não que a relação seja inexistente, mas a abrangência do termo é

muito maior.

Neste artigo, veremos que a concepção de sustentabilidade vai além

das questões ecológicas e pode ser aplicada a qualquer tipo de

recurso.

Confira os tópicos que você vai acompanhar a partir de agora:

● O que é sustentabilidade?
● Um novo conceito de sustentabilidade
● Quando e por que a sustentabilidade passou a ser debatida?
● O que significa desenvolvimento sustentável?
● Quais os benefícios da sustentabilidade?
● O tripé da sustentabilidade: uma visão ecológica, econômica
e social
● Qual é a real importância da sustentabilidade?
● Entenda como funciona o processo de sustentabilidade
● Agenda 21 e sustentabilidade
● Sustentabilidade e responsabilidade social
● Como funciona o Instituto Internacional para
Sustentabilidade?
● Diferentes tipos de sustentabilidade
● A agricultura sustentável
● Exemplos de sustentabilidade, nos âmbitos individual,
comunitário e global
● O que é educação ambiental?
● Sustentabilidade e ESG: entenda a relação
● Quais os desafios da sustentabilidade?
● Existe algum curso de sustentabilidade?
● MBA em sustentabilidade.
Boa leitura!

O Que É Sustentabilidade?

O que

é sustentabilidade?

Sustentabilidade é um conceito relacionado à conservação ou à

manutenção de um cenário no longo prazo, de modo a lidar bem com

possíveis ameaças.

No aspecto ambiental, em que o termo é empregado com frequência,

a sustentabilidade faz referência a um planeta sadio, no qual as

pessoas possam encontrar as condições necessárias para a

sobrevivência, de geração em geração.


A noção de sustentabilidade surgiu baseada no entendimento de que

os recursos naturais são finitos.

Em relação à biologia, o termo sustentabilidade está ligado à

capacidade de regeneração dos ecossistemas diante do uso abusivo

dos recursos naturais ou de agressões, como incêndios e eventos

naturais, incluindo aí deslizamentos de terra, tsunamis e terremotos.

Já no tocante à economia, ao longo do século 20, desenvolveu-se o

entendimento de que o padrão mundial de produção e de consumo

não teria condições de se manter.

Logo, a sustentabilidade passou a ser utilizada como um adjetivo de

desenvolvimento.

A partir das conferências promovidas pela Organização das Nações

Unidas (ONU) em Estocolmo (1972) e no Rio (1992), introduziu-se a

visão de que a sustentabilidade deve incluir a questão social,

promovendo e garantindo a qualidade de vida das gerações atual e

futuras.
Não por acaso, a sustentabilidade é uma preocupação amparada em

eventos marcantes e de consequências trágicas para a humanidade e

a natureza.

Como exemplo, isso ocorreu a partir da década de 1950.

Foi quando o mundo se deu conta dos perigos provocados pela

poluição nuclear, responsável por chuvas radioativas que ocorreram

a milhares de quilômetros da realização de testes nucleares.

Em 2011, o acidente ocorrido na usina nuclear de Fukushima, no

Japão, mostrou ao mundo que ainda vivemos sob esse perigo.

Outro evento capaz de mobilizar a opinião pública foi a crise

ambiental provocada pelo uso indiscriminado de inseticidas e

pesticidas químicos.

Seus efeitos foram descritos no livro Primavera Silenciosa (Silent

Spring, em inglês), publicado em 1962 pela bióloga Rachel Carson.


A obra vendeu mais de meio milhão de cópias e foi fundamental para

o surgimento do movimento ambientalista.

A própria Conferência de Estocolmo, em 1972, teve suas raízes na

precipitação de chuvas ácidas sobre os países nórdicos.

Na ocasião, a Suécia propôs a realização de uma conferência

mundial, visando à redução da emissão dos gases responsáveis por

esses fenômenos.

O evento foi marcado por posições antagônicas dos países

desenvolvidos, que defendiam o meio ambiente, e dos chamados

países do Terceiro Mundo (atualmente, em desenvolvimento), que

estavam preocupados com o próprio crescimento econômico.

Da tensão surgiu uma comissão técnica que produziu, em 1973, o

relatório denominado Only one earth (disponível em inglês, árabe,

russo, francês e espanhol).

Foi nesse documento que se incluiu no conceito de sustentabilidade

a dimensão social.
Para compreender a atmosfera em que se realizaram as discussões,

devemos lembrar que, em 1972, o Clube de Roma havia publicado seu

célebre documento Limits to Growth (em inglês).

Nele, aconselhava aos países industrializados promover uma

desaceleração no crescimento, e aos países em desenvolvimento,

reduzir o avanço populacional.

Após dez anos, verificou-se que os resultados atingidos ficaram

abaixo das expectativas da Conferência de Estocolmo, o que levou a

ONU à criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento (CMMAD), que teve como presidente a ex-primeira

ministra da Noruega Gro Harlen Brundtland.

Essa comissão produziu, em 1987, o relatório Our common future (em

inglês).

Nele, propôs uma agenda mundial para a mudança, no sentido de

conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio

ambiente, dando origem à expressão desenvolvimento sustentável.


Vale dizer que a Fundação Instituto de Administração (FIA), atenta ao

conceito integral de sustentabilidade, incorpora esses

conhecimentos em seu curso de graduação em Administração.

O desenvolvimento sustentável promove a geração de trabalho e

renda.

Um Novo Conceito De Sustentabilidade


Apesar de sustentabilidade ser um conceito relativamente recente ‒

falaremos mais sobre esse histórico no próximo tópico ‒, ele já foi

tema de novos estudos e interpretações.

Hoje tem se falado sobre a sustentabilidade 4.0.

Em seu livro Sustentabilidade 4.0: O novo mindset do

desenvolvimento sustentável, a geógrafa e pesquisadora Magda Maya

traz uma abordagem interessante sobre o assunto.

Magda argumenta que todo ser vivo desempenha uma função

ecológica importante.
As abelhas, por exemplo, são responsáveis por polinizar 90% dos

vegetais no mundo.

Portanto, se todas elas morressem, em breve não existiria mais vida

no planeta.

Todos os animais e plantas têm o seu valor para garantir o equilíbrio

dos ecossistemas.

A partir daí, a pesquisadora questiona: qual é a função ecológica dos

seres humanos?

Estamos acostumados a só extrair recursos do meio ambiente sem

entregar nada em troca.

Isso acontece, segundo ela, porque sempre nos colocamos de fora da

cadeia sustentável, como agentes que só se beneficiam do que os

demais seres vivos têm a entregar.

A partir do momento em que começamos a nos incluir nesses

sistemas circulares e a contribuir de alguma forma para o


desenvolvimento sustentável, começamos a colocar em prática a

Sustentabilidade 4.0.

O novo conceito parte do princípio de entender que a natureza não

está à disposição para fazermos o que bem entender, e que também é

nosso papel prezar pelo equilíbrio ecológico.

Para operacionalizar essa mudança, é preciso se apoiar em quatro

pilares, os 4 Rs, que de acordo com Magda são:

● Reconexão pessoal: sensibilização e entendimento do papel


ecológico de cada um
● Reputação empresarial: cuidado com a imagem e os
exemplos que as empresas estão transmitindo para o mundo
● Responsabilidade institucional: empresas precisam ter
funções sociais e têm de parar de pensar somente no lucro
● Renovação legal: mudanças na legislação ambiental para
atender a demandas reais.

Quando E Por Que A Sustentabilidade


Passou A Ser Debatida?
Quando e por que a sustentabilidade passou a ser debatida?

Os séculos 18 e 19 foram marcados por grandes avanços

econômicos graças ao desenvolvimento tecnológico conquistado

época, cristalizado em alguns marcos:

● Desenvolvimento das máquinas a vapor (1760)


● Domínio da eletricidade (1870)
● Criação do motor a combustão (1876).

A revolução industrial foi responsável por um momento importante

da humanidade, que nos levou à situação em que estamos, tanto para

o bem quanto para o mal.


Se todas essas invenções tivessem sido criadas com uma

preocupação sustentável maior, a situação ecológica-ambiental não

seria tão crítica hoje.

No início do século 20, a Inglaterra, maior potência da época,

defendia que onde havia poluição, havia dinheiro.

O argumento fazia sentido, porque a existência de grandes fábricas

nas cidades eram um sinal de prosperidade.

Esse sentimento ajudou a criar um modelo de sociedade que valoriza

a produção e o consumo não consciente, uma mentalidade que foi se

naturalizando com o passar dos anos.

Preocupados com o caminho que o mundo estava seguindo e com

alguns estragos já consumados, ativistas, ONGs e a Organização das

Nações Unidas começaram a trabalhar buscando conciliar o

progresso econômico com a preservação do meio ambiente.

Foi assim que, em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas

sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia, foi criado

o conceito de sustentabilidade, conforme já abordamos.


Desde lá, ele nunca mais deixou de ser pauta.

O Que Significa Desenvolvimento


Sustentável?
O relatório da CMMAD definiu desenvolvimento sustentável nos

seguintes termos:

“Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das

gerações futuras em satisfazer suas próprias necessidades.”

A partir desse conceito, verificamos que se adiciona ao conceito de

sustentabilidade a noção de responsabilidade entre as gerações.

É mencionada a redução das desigualdades sociais e o direito de

acesso aos bens necessários para uma vida com qualidade, além de

acrescentar uma dimensão ética ao propor o compromisso com a

sociedade do futuro.

Também é importante mencionar que o relatório reforça a dimensão

social dentro do conceito de sustentabilidade.


Faz isso ao afirmar que os problemas ambientais decorrem, em

grande parte, em razão da pobreza, tornando-se premente a redução

das desigualdades entre as nações.

Esses avanços no entendimento sobre o desenvolvimento

sustentável culminaram com a promoção pela ONU da Conferência

das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais

conhecida como Rio-92.

Foi o ponto de partida para diversos acordos internacionais, dentre

os quais se destacam o Protocolo de Kyoto, a Declaração do Rio e a

Agenda 21.

A Rio-92 manteve a diretriz de atuação da Conferência de Estocolmo

(1972), ao propor a gestão dos recursos naturais de forma

responsável, sem prejudicar o desenvolvimento econômico.

Naquela época, o mundo começava a experimentar uma nova onda de

expansão econômica.
Ao aderir ao processo de crescimento econômico, a Rio-92 propiciou

o engajamento de empresários e políticos que, em sua maioria,

aderiram ao movimento da sustentabilidade.

Mas essa adesão não foi total, nem de forma incondicional.

Como exemplo, temos os Estados Unidos, que até hoje não

ratificaram o Protocolo de Kyoto, apesar dos resultados expostos (em

inglês) pelo Intergovernmental Panel for Climate Change (IPCC) em

2007, a respeito das mudanças climáticas.

A sustentabilidade busca harmonizar os aspectos ambiental,

econômico e social.

Quais Os Benefícios Da Sustentabilidade?


Quando o assunto é sustentabilidade, é seguro dizer que todo mundo

sai ganhando.

Afinal, estamos falando de vantagens universais como:

● Melhora da qualidade de vida


● Preservação da biodiversidade e dos recursos naturais
● Diminuição dos desastres ambientais
● Adoção de hábitos mais saudáveis e conscientes
● Empresas mais responsáveis socialmente
● Redução da desigualdade social e de todas as formas de
preconceito
● Segurança alimentar
● Melhora da economia devido à ecoeficiência.

O Tripé Da Sustentabilidade: Uma Visão


Ecológica, Econômica E Social
O conceito dos três pilares da sustentabilidade, ou o triple bottom

line, foi criado por John Elkington, na década de 1990, em seu livro

Sustentabilidade – Canibais com garfo e faca.

De acordo com o Laboratório de Sustentabilidade (LASSU), da

Universidade de São Paulo (USP), os três pilares da sustentabilidade,

ou seu tripé, constituem-se nos aspectos ambientais, econômicos e

sociais que devem se inter-relacionar de forma abrangente com o

objetivo de atender ao conceito de sustentabilidade.

Além desses aspectos, a comunidade internacional discute a

inclusão de novos pilares, como o cultural e o tecnológico, de forma

a complementar o suporte ao conceito.


Enquanto isso não ocorre, vamos conhecer detalhes sobre os quais

três pilares:

1. Ambiental Ou Ecológico

1. Ambiental ou Ecológico

Deve se ocupar das condições de produção e consumo, de forma a

assegurar que o meio ambiente tenha condições de se

autorregenerar, ou seja, respeitando os limites biológicos de

recuperação do ecossistema.

Sabe-se que toda atividade produtiva resulta em um impacto

ambiental negativo.
Em resposta, esse pilar trata das condições de se minimizar tais

resultados e, quando de sua impossibilidade, implementar maneiras

de compensação ambiental.

2. Econômico
Na dimensão econômica, é analisada a questão da eficiência, ou mais

propriamente dita, da ecoeficiência.

Consiste na busca por formas de redução do consumo de recursos

naturais, em especial, das fontes fósseis de energia (como carvão e

petróleo) e daqueles mal distribuídos, como a água, sem

comprometer o ritmo de crescimento econômico.

3. Social
Sob esse prisma, a sustentabilidade deve contemplar as condições

para que todas as pessoas tenham os recursos necessários para uma

vida saudável e de boa qualidade.

Nessa definição, encontra-se implícita a redução ou erradicação da

pobreza.
É fundamental garantir a disponibilidade dos recursos naturais para

as próximas gerações.

Qual É A Real Importância Da


Sustentabilidade?

Qual

é a real importância da sustentabilidade?

O sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB) Elimar

Pinheiro do Nascimento argumenta em seu artigo Trajetória da

sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao econômico,

que a humanidade vislumbrava, inicialmente, dois grandes medos

relacionados à extinção da espécie humana:


● Externo: representado pela possibilidade de um choque por
um grande meteorito
● Interno: o advento de uma epidemia nova e irrefreável.

Com o desenvolvimento das armas nucleares, surgiu uma terceira

grande ameaça: a autodestruição em uma eventual guerra atômica.

Entretanto, essa última possibilidade teve sua importância reduzida

nas últimas décadas.

Desse modo, a ideia de um desastre ambiental de proporções

planetárias, provocado pelo modo de produção e consumo vigente,

está cada vez mais em pauta – ainda que isso não ocorra de modo

repentino, como se poderia supor em teorias radicais.

Ainda assim, resta a percepção dos efeitos perniciosos da atividade

humana sobre o meio ambiente, como a redução das zonas

pesqueiras, o desaparecimento de espécies animais e vegetais e a

redução das florestas, dentre outros.

Isso justifica que a sustentabilidade assuma um papel de destaque no

desenvolvimento do mundo moderno.


Afinal, uma vez mantido o ritmo atual de consumo dos recursos

naturais, não se tem a garantia da sua disponibilidade para as

próximas gerações.

Os padrões de produção e de consumo precisam ser reavaliados.

Entenda Como Funciona O Processo De


Sustentabilidade
Seja no âmbito individual, no entendimento de cada cidadão, ou no

âmbito organizacional, na compreensão dos gestores de empresas, o

processo de sustentabilidade deve se dar a partir desses quatro

pilares:

Reconhecimento Da Necessidade De Mudança


Primeiro, tal qual defende Magda Maya em seu livro, é preciso

compreender a necessidade de mudança de postura e passar a

adotar hábitos mais sustentáveis.

Adaptação À Nova Realidade


Não é possível se tornar uma pessoa ou uma organização sustentável

de uma hora para outra.


Aos poucos, você vai se adaptando aos novos valores e se

conscientizando de que é preciso fazer a sua parte.

Desenvolvimento De Hábitos Mais Sustentáveis

Não importa o tamanho da sua atitude.

Economizar água, diminuindo o tempo no banho, ou instalar


temporizadores nas torneiras da empresa, reduzindo o desperdício,
são ações de dimensões diferentes, mas que possuem o mesmo
impacto positivo da conscientização.

Manutenção E Ampliação Das Medidas Positivas


Para que uma ação se torne um hábito, é preciso repetição.

Por isso, você deve fazer da sustentabilidade um estilo de vida e


trazer esse conceito para as mais diferentes esferas.
Agenda 21 E Sustentabilidade
Vinte anos após a já mencionada Conferência de Estocolmo ocorreu
a Rio-92, evento para tratar sobre o meio ambiente e o crescimento
econômico, no qual foi consolidado o conceito de desenvolvimento
sustentável.

Além disso, o acontecimento também marcou a criação da Agenda


21, um documento que definia diretrizes para a busca de soluções
para os problemas socioambientais.

Todos os países signatários se comprometiam a estabelecer ações


prioritárias em nível global, nacional e local para tentar encontrar uma
nova ordem econômica e civilizatória.

No Brasil, por exemplo, as metas mais urgentes eram incentivar a


inclusão social e investir na sustentabilidade urbana e rural.

Vinte e três anos depois da Eco-92, em 2015, a ONU voltou a reunir as


lideranças mundiais para a implementação da Agenda 2030, um novo
acordo em que foram definidos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) a serem cumpridos até o final da terceira década
do século.

Como vemos, o termo sustentabilidade se incorporou ao vocabulário


mundial de uma vez por todas e nunca mais saiu.

Sustentabilidade E Responsabilidade Social


Vale trazer à tona, mais uma vez, o conceito de sustentabilidade 4.0
para entender como se estabelece a relação com a responsabilidade
social.

O compromisso com a realização de atos mais sustentáveis é


individual.
Cada um deve se propor a desenvolver hábitos mais conscientes,
pois cabe a toda a sociedade o dever de contribuir para um mundo
melhor.

Portanto, é uma responsabilidade social colaborar para o


desenvolvimento sustentável.

Esse é um primeiro ponto, sob o ponto de vista das pessoas físicas.

No âmbito corporativo, sustentabilidade e responsabilidade social


devem surgir como integrantes da cultura organizacional das
empresas.

Em alguns casos, são verdadeiros diferenciais competitivos, ainda


que todas as empresas devessem ter esses dois conceitos como
bandeiras.

Uma organização sustentável e responsável socialmente é aquela que


não polui, dispõe dos recursos naturais de forma sustentável, realiza
ações para mudar para melhor uma realidade local, combate o
preconceito de todos os tipos, e assim por diante

O que é sustentabilidade?

Sustentabilidade é a capacidade de cumprir com as necessidades do presente sem


comprometer as mesma das gerações futuras. O conceito de sustentabilidade é
composto por três pilares: econômico, ambiental e social.

O conceito de sustentabilidade começou há mais de 400 anos quando um capitão alemão


transformou essa palavra em estratégia ao perceber que deveria “tratar a madeira com
cuidado” para que não acabasse seus negócios e consequentemente o seu lucro.

Diversos autores conceituaram esse termo, e por isso, achamos varias definições na
internet relacionadas a sustentabilidade. Todas elas seguem uma ideia principal: o
desenvolvimento sustentável tem como o objetivo a preservação do planeta e o
atendimento das necessidades humanas. Simples assim: devemos explorar com cuidado,
caso contrário, no futuro não teremos o que explorar. Etimologicamente, a palavra
sustentável tem origem no latim sustentare, que significa “sustentar”, “apoiar” e
“conservar”. A sustentabilidade é alcançada através do desenvolvimento sustentável,
isso quer dizer que um recurso explorado de forma sustentável poderá ser explorado
também, por nossas gerações futuras.

Saiba o que é: Desenvolvimento sustentável

Sustentabilidad
e

Tipos de sustentabilidade

Sustentabilidade ambiental e ecológica

A sustentabilidade ambiental nada mais é do que o uso consciente dos recursos


naturais para que possamos utilizá-los futuramente. Esse termo surgiu com o objetivo de
aumentar as práticas e ações que não afetam tanto o meio ambiente, e além disso,
aumentando a qualidade de vida. Desmatamento, queimadas , poluição são resultados de
ações de um homem que não pensa nas suas gerações futuras. As ações que podemos
fazer em casa também fazem parte da sustentabilidade ambiental, como por exemplo,
separação de lixo, reciclagem, comprar produtos de empresas que participam de algum
projeto ambiental são formas da sociedade cooperar dentro de casa com o
desenvolvimento ambiental.

Sustentabilidade empresarial

Já ouviu falar sobre sustentabilidade empresarial ? Uma empresa com uma


postura de responsabilidade com os valores ambientais e sociais ganha destaques e o
gosto dos consumidores, dessa forma, eles ajudam o meio ambiente e ajudam a própria
empresa.

Algumas ações são, por lei, obrigações de toda empresa, como tratamento dos efluentes
e resíduos gerados, controle de emissão de gases poluentes. Porém, cada vez mais
empresas estão deixando de fazer o que somente é exigido e estão indo além,
contribuindo de forma significativa com a sustentabilidade. Essas são chamadas de
empresas Reativas.

Além do Econômico, a empresa que visa ser sustentável se preocupa com o Social, seja
da comunidade ao seu entorno, seja com os seus colaboradores, adotando ações que
promovem a saúde, o lazer e o bem estar dos funcionários e de suas famílias. E se
preocupa também com o Ambiental adotando práticas como programas que visam à
preservação da flora e fauna, e educação ambiental dentro da empresa,

Sustentabilidade social

A sustentabilidade social está ligada a um conjunto de ações de pessoas que


visam melhorar a qualidade de vida de uma população maior. Dessa forma, a diminuição
da desigualdade social , garantir a todos acesso aos serviços, como saúde e educação,
são ótimos indicadores que as ações sociais estão funcionando. É importante lembrar
que essas ações não beneficia apenas a comunidade de baixa renda, uma vez que
estamos todos inseridos em uma comunidade só e essas ações influenciaram
diretamente na qualidade de vida das pessoas que possuem uma renda maior. Um
excelente exemplo disso seria a diminuição da violência proporcionalmente à ampliação
do sistema público educacional de qualidade.

Sustentabilidade econômica

O maior desafio da sustentabilidade econômica é o desenvolvimento da empresa,


gerar lucros e empregos com um conjunto de práticas administrativas e econômicas que
visam a preservação do meio ambiente e manutenção dos recursos naturais para
gerações futuras. Porém, é totalmente possível isso acontecer com a escolha de algumas
práticas, como por exemplo, a escolha sempre por energia limpa, tratamento dos
resíduos orgânicos, entre outras. A sustentabilidade econômica está muito ligada a
empresarial, porém podemos praticar nas residências também.

(Dica de conteúdo: Saiba mais sobre ESG)

Tripé da sustentabilidade
Tripé da sustentabilidade:
Meio Sustentável

Um conceito muito utilizado é chamado de tripé da sustentabilidade onde o autor


baseou em três fatores que precisam se integrar para que sustentabilidade se sustente: o
social, o ambiental e o econômico.

● Social: Engloba a sociedade e suas condições de vida, como educação, saúde,


violência, lazer.
● Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são
utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
● Econômico: Relacionado com a produção, crescimento, distribuição e consumo
de bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.

O tripé da sustentabilidade é muito utilizado em empresas sustentáveis , porém é uma


metodologia difícil de implantar, pois depende de um alto investimento , mudança de
cultura e paradigmas dos donos e funcionários.

Exemplos de ações

Existem exemplos de ações para sustentabilidade individual, comunitária e global.


Exemplos:

● Economizar água (individual)


● Implantar um sistema de esgoto na comunidade (comunitária)
● Garantia de alimentação a longo prazo (global)
● Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas (global)
● Diminuição do consumo de energia (global)
● Criação de áreas protegidas (global)
● Reciclagem (individual e comunitária)
● Reduzir o uso de sacolas plásticas (individual)

(Saiba mais: descubra os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU)

Quais são os principais benefícios da sustentabilidade?

As ações sustentáveis permitem que as próximas gerações possam viver em um


mundo mais equilibrado, onde as empresas e a pessoas consigam evoluir sem causar
tantos danos aos ecossistemas e sem prejudicar o futuro do planeta, dos nossos filhos e
netos. Um fator importante para isso acontecer seria a educação ambiental, tema que tem
sido falado cada vez mais nas mídias e escolas, ensinando principalmente, para os
jovens, que estamos inseridos no meio ambiente, dependemos dos recursos para viver e
esses recursos não são eternos. Dessa forma, práticas sustentáveis são essenciais para
o futuro da humanidade.

Sustentabilidade
Sustentabilidade é a busca pelo equilíbrio entre o suprimento das necessidades
humanas e preservação dos recursos naturais, não comprometendo as
próximas gerações.
A sustentabilidade representa o equilíbrio encontrado na exploração dos recursos naturais
e a preservação do meio ambiente.
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Sustentabilidade refere-se ao princípio da busca pelo equilíbrio entre a


disponibilidade dos recursos naturais e a exploração deles por parte da
sociedade. Ou seja, visa a equilibrar a preservação do meio ambiente e o que
ele pode oferecer em consonância com a qualidade de vida da população.

O termo sustentabilidade surge da necessidade de discussão a respeito da


forma como a sociedade vem explorando e usando os recursos naturais,
pensando em alternativas de preservá-lo evitando, assim, que esses recursos
esgotem-se na natureza. A definição de sustentabilidade está atrelada ao
conceito de desenvolvimento sustentável.

Atualmente, muito é comentado sobre desenvolvimento sustentável, visto o


despertar de consciência da sociedade como um todo para a ideia de que os
recursos naturais não são infinitos como muitos pensavam. As inúmeras
discussões por parte da comunidade científica acerca das questões
relacionadas ao meio ambiente e sua intensa degradação por parte da ação
antrópica também colocaram esse termo em evidência.

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Leia também: Agricultura e o desenvolvimento sustentável

Tópicos deste artigo


● 1 - Mas o que é desenvolvimento sustentável?

● 2 - Tripé da sustentabilidade

● 3 - Sustentabilidade empresarial

● 4 - Exemplos de sustentabilidade

Mas o que é desenvolvimento sustentável?


Desenvolvimento sustentável refere-se ao desenvolvimento socioeconômico,
político e cultural atrelado à preservação do meio ambiente. Sendo assim, as
práticas capitalistas associadas ao consumo devem estar em equilíbrio com a
sustentabilidade, visando aos avanços no campo social e econômico sem
prejudicar a natureza. É a garantia do suprimento das necessidades da
geração futura por meio da conservação dos recursos naturais.

Esse termo surgiu no relatório desenvolvido pela Comissão Mundial sobre o


Meio Ambiente e o Desenvolvimento apresentado em 1987, conhecido como
Relatório de Brundtland ou Nosso Futuro Comum. O relatório traz a definição
de desenvolvimento sustentável como:

“O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem


comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades.”

De acordo com o relatório, para que o desenvolvimento sustentável seja


alcançado, é preciso primeiramente atender às necessidades básicas da
sociedade, nos setores da saúde, educação, no que diz respeito à alimentação e
moradia. E para isso, a Organização das Nações Unidas definiu, ao longo de
inúmeras conferências ambientais, diversos objetivos a serem alcançados a
fim de que os países consigam alcançar um desenvolvimento atrelado à
sustentabilidade.

Leia mais: O que é desenvolvimento sustentável e economia verde?


Em 2015, a ONU divulgou uma agenda|1| em que consta dezessete objetivos a
serem adotados pelos países até 2030 para que o desenvolvimento sustentável
seja atingido.

São alguns dos objetivos propostos por essa agenda:

● Objetivo 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os


lugares.
● Objetivo 2: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e
melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
● Objetivo 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para
todos, em todas as idades.

Contudo, é válido ressaltar que o conceito de desenvolvimento sustentável é


bastante criticado. Muitos acreditam que não há como desenvolver a
economia sem haver prejuízos ao meio ambiente, portanto, a ideia de
promover a sustentabilidade seria frustrada, visto que o desenvolvimento
socioeconômico depende da exploração cada vez maior dos recursos naturais
conforme haja aumento da população e aumento do consumo.

Outro aspecto relevante a ser esclarecido é que muitos utilizam


sustentabilidade e desenvolvimento sustentável como sinônimos. No entanto, o
termo sustentabilidade surgiu após a discussão acerca do desenvolvimento
sustentável.

Saiba mais: O papel do cidadão no desenvolvimento sustentável

O conceito de sustentabilidade surgiu oficialmente em 2002, na Conferência


conhecida como Rio+10 ou Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, que aconteceu em Johanesburgo, na África do Sul. Esse termo
abrangia não somente a questão do desenvolvimento econômico, mas
preocupava-se com as perspectivas ecológicas e sociais, apontando para a
busca da igualdade social.

Sendo assim, podemos dizer que a sustentabilidade é a meta e o


desenvolvimento sustentável é o meio para que ela seja alcançada.
Tripé da sustentabilidade
A sustentabilidade é tratada por meio de três dimensões que indicam um
equilíbrio harmonioso entre as esferas social, ambiental e econômica. Esse
tripé corresponde a uma tendência das empresas que passaram a se
comprometer com a sustentabilidade.

O tripé da sustentabilidade corresponde a três dimensões: ambiental, social e econômica.

As principais características das três dimensões são:


→ Sustentabilidade ambiental: refere-se à preservação do meio ambiente de
maneira que a sociedade encontre o equilíbrio entre o suprimento de suas
necessidades e o uso racional dos recursos naturais, sem prejudicar a
natureza.

→ Sustentabilidade social: refere-se à participação ativa da população no que


tange ao desenvolvimento social por meio da elaboração de propostas que
visem ao bem-estar e igualdade de todos em consonância com a preservação
do meio ambiente.

→ Sustentabilidade econômica: refere-se ao modelo de desenvolvimento


econômico que visa à exploração dos recursos naturais de maneira
sustentável, sem prejudicar o suprimento das necessidades da geração futura.

Sustentabilidade empresarial
Sustentabilidade empresarial refere-se às ações e políticas sustentáveis
(economicamente, socialmente e ambientalmente) adotadas por uma empresa
ao longo das operações, desenvolvimento e produção de suas mercadorias ou
serviços.

Segundo o coordenador do Programa Produção e Consumo Sustentáveis do


Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, Aron
Belinky, a sustentabilidade empresarial está relacionada à atenção que a
empresa dá aos possíveis impactos negativos que poderão ser causados no
meio ambiente e às pessoas mediante o desenvolvimento de suas atividades.
Belinky afirma:

Exercer a sustentabilidade empresarial significa analisar os negócios da empresa levando em conta


como fazer com que os impactos negativos de sua atividade sejam os menores possíveis. É estar atento às
necessidades e bem-estar da população no meio onde ela está inserida.”“

Saiba também: A relação entre o crescimento econômico na China e o desafio


da sustentabilidade
Essa preocupação com os possíveis impactos causados especialmente pelo
setor produtivo, após a intensa industrialização vivida no país, surgiu quando
catástrofes naturais, conflitos por recursos naturais e sua escassez, danos ao
meio ambiente e o aumento da desigualdade social vista pelo aumento da
violência e da pobreza passaram a ficar em evidência.

Atualmente, as grandes empresas apresentam em sua política um programa


de sustentabilidade com o objetivo de criar uma cadeia de produção que
impacte minimamente a natureza, visando ao bem-estar de seus consumidores
e bem como de seus funcionários, evitando também prejuízos econômicos.
Essa questão deixou de ter um aspecto filantrópico e assumiu uma posição
estratégica a fim de alcançar o engajamento necessário com o seu mercado
consumidor.

Uma empresa consegue de fato comprovar os resultados de suas ações de


inúmeras formas a fim de ter a garantia de que as políticas de
sustentabilidade estão sendo alcançadas. É por meio dessas formas que a
empresa encontra sua própria garantia assim como a garantia para os
consumidores de que as metas sustentáveis de um possível negócio ou produto
estão sendo atingidas.

O tripé da sustentabilidade faz parte dessa tendência apresentada pelas


empresas. Veja as ações dispostas segundo a dimensão sustentável:
A sustentabilidade empresarial representa as ações sustentáveis voltadas às dimensões sociais,
ambientais e econômicas adotadas por uma empresa.

Segundo o Laboratório de Sustentabilidade da Universidade de São Paulo, o


tripé da sustentabilidade empresarial é definido como:

Sustentabilidade social: Trata-se do capital humano de um


empreendimento, comunidade, sociedade como um todo. Por exemplo:
salário justo, adequação à legislação brasileira, bem-estar dos funcionários,
ambiente de trabalho agradável, preocupação com a saúde do trabalhador,
impactos das atividades empresariais nas comunidades limítrofes.

Sustentabilidade ambiental: Refere-se ao capital natural de um


empreendimento ou sociedade. Sabe-se que toda atividade econômica
provoca algum impacto ambiental negativo, sendo assim a empresa deve
pensar em formas de amenizar esses impactos. Isso pode ser feito repondo
matéria-prima ou usá-la racionalmente, medir a quantidade de gases
poluentes que são emitidos e adotar medidas para evitar essa emissão.

Sustentabilidade econômica: Refere-se ao alcance do lucro por meio da


produção, distribuição e consumo dos produtos pensando em ações que
minimizem a exploração do meio ambiente.

Exemplos de sustentabilidade
As ações sustentáveis não perpassam apenas por grandes projetos promovidos
por países, órgãos e instituições. Essas ações começam individualmente, do
local para o global. São inúmeras as práticas sustentáveis que podem ser
adotadas tanto individualmente quanto coletivamente, pensando no bem-estar
social associado à preservação do meio ambiente.

São alguns exemplos:

● Economizar água e energia;


● Reutilizar água para outras atividades;
● Recolher água da chuva para atividades de limpeza;
● Evitar uso de materiais que não são biodegradáveis;
● Adotar o hábito de plantar árvores, especialmente as espécies que se
encontram em risco de extinção;
● Aproveitar a luz solar bem como adote em suas residências, se possível,
fontes de energia alternativas;
● Diminuir o consumo de produtos que utilizem plásticos, visto que esses
demoram a se decompor na natureza;
● Reciclar o lixo;
● Optar por produtos com embalagens retornáveis;
● Adotar meios de transportes alternativos, como a bicicleta ou coletivos;
● Dar preferência ao uso de biocombustíveis

Significado de Sustentabilidade
O que é Sustentabilidade:
Sustentabilidade é um conceito relacionado ao desenvolvimento sustentável,
ou seja, formado por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes
ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e
culturalmente diversas.

A sustentabilidade serve como alternativa para garantir a sobrevivência dos


recursos naturais do planeta, ao mesmo tempo que permite aos seres
humanos e sociedades soluções ecológicas de desenvolvimento.

Existem diversos conceitos ligados a sustentabilidade, como o crescimento


sustentado, que é um aumento na economia constante e seguro; e a gestão
sustentável, que é dirigir uma organização valorizando todos os fatores que a
englobam, e é essencialmente ligado ao meio ambiente.

Vários desses conceitos incluem as palavras "sustentável" ou "sustentado". A


diferença entre os dois termos é que o "sustentável" indica que há a
possibilidade de sustentação, enquanto que o termo "sustentado" expressa
que essa sustentação já foi alcançada.

Etimologicamente, a palavra sustentável tem origem no latim sustentare, que


significa "sustentar", "apoiar" e "conservar".

Saiba mais sobre o Desenvolvimento sustentável e veja exemplos de


movimentos sociais.

Tipos de Sustentabilidade
Sustentabilidade Ambiental e Ecológica
Sustentabilidade ambiental e ecológica é a manutenção do meio ambiente do
planeta Terra, mantendo a qualidade de vida e os ecossistemas em harmonia
com as pessoas.

A sustentabilidade ambiental ainda é cuidar para não poluir as águas, separar


o lixo, evitar desastres ecológicos, como queimadas e desmatamentos, entre
outras ações.
O próprio conceito de sustentabilidade é para longo prazo, trata-se de
encontrar uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das próximas gerações de suprir as
próprias necessidades.

O desafio da humanidade é preservar seu padrão de vida e manter o


desenvolvimento tecnológico sem exaurir os recursos naturais do planeta.

Ver também o significado de Meio ambiente.

Sustentabilidade Empresarial
Cada vez mais as empresas se preocupam com o meio ambiente, mas como
parte de uma estratégia comercial e de marketing. Nas empresas, o conceito
de sustentabilidade está ligado diretamente com responsabilidade social,
tornou-se inclusive uma vantagem competitiva.

A empresa que se preocupa com a sustentabilidade é aquela que cuida do


planeta, se preocupa com a comunidade, com o meio ambiente e é sempre
louvável aos olhos do público.

A sustentabilidade nas empresas está também ligada à sustentabilidade


econômica, que é alcançada através de um modelo de gestão sustentável, ou
seja, um modo que incentiva processos que permitam a recuperação do
capital financeiro, humano e natural da empresa.

Saiba mais sobre o significado de Responsabilidade social.

Sustentabilidade Social
A sustentabilidade social é o conceito que descreve o conjunto de medidas
estabelecidas para promover o equilíbrio e o bem-estar da sociedade, através
de várias iniciativas que têm como objetivo ajudar membros da sociedade que
enfrentam condições desfavoráveis.

Outra meta importante é garantir a diminuição das desigualdades sociais, da


violência, e a ampliação o ensino público de qualidade.
Entre alguns dos principais exemplos de medidas direcionadas para a
sustentabilidade social, destaque para: incentivo aos programas de inclusão
social; investimento em saneamento básico; incentivo aos projetos de
qualificação profissional; incentivo aos programas culturais gratuitos e de
educação pública para pessoas com baixa renda; entre outros.

Sustentabilidade econômica
Busca garantir o desenvolvimento econômico levando em consideração
estratégias que não provoquem impactos ambientais ou que diminuam a
qualidade de vida das pessoas em sociedade.

Entre algumas das ações que podem ser consideradas economicamente


sustentáveis, destaque para a utilização de energias renováveis; fiscalização
constante para evitar que outras empresas ou pessoas cometam crimes
ambientais; entre outras.

Exemplos de ações para a sustentabilidade


Entre algumas das principais atitudes que podem ser tomadas para incentivar
os ideais da sustentabilidade então:

● Evitar o desperdício de água;


● Usar fontes de energias renováveis e limpas (geotérmica, eólica e
hidráulica, por exemplo);
● Manter preservadas áreas verdes, salvas de atividades de exploração
com fins econômicos;
● Racionalizar e controlar a exploração de recursos minerais (carvão
mineral, petróleo, minérios, etc), criando estratégias que permitam o
menor impacto possível para o meio ambiente;
● Priorizar a produção e consumo de alimentos orgânicos;
● Priorizar a utilização de tecnologias que usam fontes de energias
renováveis;
● Reciclagem e coleta seletiva do lixo;
● Priorizar o consumo de produtos biodegradáveis.

Conheça mais sobre os principais Exemplos de Sustentabilidade.

Quais são os principais benefícios da sustentabilidade?


A aplicação de estratégias e ações sustentáveis é de extrema importância para
garantir uma melhor qualidade de vida da população.
Alguns dos principais exemplos dos resultados que a sustentabilidade pode
trazer para o planeta a médio e longo prazo são:

● a diminuição da poluição nos rios, terra e atmosfera;


● a preservação dos recursos naturais (oceanos, florestas, lago, etc);
● a manutenção da vida terrestre com qualidade e dignidade sem agredir
ao meio ambiente;
● evitar grandes catástrofes naturais provocadas pelos impactos
ambientais.

O debate sobre a importância da sustentabilidade virou um tema essencial e


recorrente a partir da última década do século XX. Como consequência, a
procura por produtos e serviços que seguissem os padrões estabelecidos
pelo conceito da sustentabilidade aumentaram.

Da mesma forma, a sustentabilidade passou a ser muito explorada pelas


empresas para mostrar ao público que os seus produtos foram fabricados
sem danificar ou prejudicar o meio ambiente. Assim, passa a ser rotulada
como uma empresa ecologicamente correta e isso funciona como uma
campanha de marketing positiva para a marca.

Saiba mais sobre consumo sustentável e sustentabilidade ambiental.

Tripé da sustentabilidade
O conceito da sustentabilidade é sustentado por três pilares principais, que
estão divididos em aspectos ambientais, sociais e econômicos. Alguns
estudos sobre o assunto também consideram os aspectos culturais e
tecnológicos importantes complementos para a manutenção da
sustentabilidade.

Somente unindo todas essas diferentes dimensões é que será possível atingir
plenamente o conceito proposto pela sustentabilidade.

O tripé da sustentabilidade também é conhecido como Triple Bottom Line ou


People, Planet, Profit.

Dimensão
Dimensão Social Dimensão Econômica
Ambiental

Educação Valorização Direitos


Competitividade de mercado
ambiental Humanos
Conservação dos
Envolvimento
recursos Transparência
comunitário
naturais

Redução do Valorização do bem-


Prosperidade econômica
desperdício estar social

Uso de energia Criar laços de respeito com


limpa e Bases éticas funcionários, fornecedores e
renovável sociedade

Investimento em Estratégias de crescimento


Biodiversidade políticas públicas e com base na preservação
de inclusão social ambiental e bem-estar social

Eliminar
impactos
ambientais

O que é ser ecologicamente correto?


Está relacionado com o aspecto ambiental do tripé da sustentabilidade. Ou
seja, a importância de levar em consideração o meio ambiente ao longo do
desenvolvimento da humanidade.

Qualquer tipo de atividade que tenha como consequência impactos


ambientais negativos deve ser evitado. Neste sentido, o grupo social deve
pensar de modo a evitar o desgaste dos recursos naturais, por exemplo.

O que é ser economicamente viável?


Este ponto se refere ao aspecto econômico do tripé. Neste caso, as empresas,
por exemplo, devem investir economicamente em prol do bem-estar social e,
principalmente, ambiental.

A sustentabilidade prevê não apenas a preservação ambiental e bem-estar da


sociedade, mas também o desenvolvimento econômico. Ou seja, para que
isso ocorra as empresas precisam continuar a gerar lucros. No entanto, a
obtenção do resultado econômico positivo não deve estar alinhado com
métodos e estratégias que devastem o meio ambiente.

O que é ser socialmente justo?


É referente ao âmbito social do tripé da sustentabilidade. Aqui o importante é
o modo como o ser humano é tratado, seja pela sociedade ou por uma
empresa, por exemplo.

A prioridade é a valorização da qualidade de vida das pessoas, concomitante a


manutenção dos outros dois aspectos: ambiental e econômico.

No caso de uma empresa que deseja agir de acordo com o conceito da


sustentabilidade, ser socialmente justo significa valorizar não apenas o
público-alvo, mas também garantir o desenvolvimento pessoal dos
funcionários, fornecedores e todas as pessoas que fazem parte (direta ou
indiretamente) da companhia.

A importância da ciência, tecnologia e inovação


Postado por Sigmais
A tecnologia em geral, faz parte do dia-a-dia de quase todo o mundo, desde uma luz
acendendo na sua casa, o uso do celular, os semáforos no caminho do seu trabalho,
entre outras coisas. A cada dia que passa, as evoluções tecnológicas que são
desenvolvidas, tornam a vida mais fácil e agradável. Mas você já parou para pensar em
como a ciência e a inovação são de extrema importância para a sociedade?

De acordo com a UNESCO, "a ciência é o conjunto de conhecimentos organizados sobre


os mecanismos de causalidade dos fatos observáveis, obtidos através do estudo objetivo
dos fenômenos empíricos"; enquanto a tecnologia é “o conjunto de conhecimentos
científicos ou empíricos diretamente aplicáveis à produção ou melhoria de bens ou
serviços". Logo, a inovação acontece quando a cada dia, novas coisas são criadas,
desenvolvidas ou aprimoradas, a fim de trazer melhorias e novas formas de fazer o que
já existe.

Considerando que as inovações são capazes de gerar vantagens competitivas a médio e


longo prazo, inovar torna-se essencial para a sustentabilidade das corporações e dos
países. Se tornou algo tão natural o uso das máquinas de cartão de crédito, aplicativos
nos smartphones, que muitas vezes, é difícil até imaginar todo o caminho que precisou
ser percorrido para que essas inovações se tornassem populares e de acesso irrestrito.

Hoje, os investimentos em ciência e tecnologia se tornaram mais refinados e específicos.


Buscam o bem social como um todo e entender o impacto que uma inovação traz para a
sociedade é tão importante quanto criá-la. O entendimento de quais áreas precisam de
um olhar especial para ser potencializada, a observação contínua que precisa ser feita
para entender qual tecnologia o mercado atual está buscando e onde investir esforços
para trazer inovações significativas, são processos que demandam tempo e energia.

Por isso, as inovações sempre são pensadas de forma a mudar o dia-a-dia das pessoas
para melhor. Otimizar processos em corporações, automatizar o controle de
temperatura de ambientes, criar dispositivos autônomos que conseguem monitorar de
maneira inteligente equipamentos, locais e até o tráfego, por exemplo, gerando assim
menos congestionamentos em horários de pico.

Inovações que trazem diversos benefícios


Uma inovação que ganha cada vez mais espaço no mundo é a Internet das Coisas,
conhecida também como IoT (Internet of Things). Essa tecnologia é capaz de otimizar
diversas áreas e segmentos no mundo, com a sua atuação indo desde shoppings, varejo,
Smart Cities, área da saúde em geral, indústrias, entre outras. A Sigmais, por exemplo,
é uma empresa de tecnologia especializada em IoT que traz soluções em dispositivos
autônomos capazes de revolucionar negócios. Tudo isso, graças a inovações que são
feitas constantemente.

A Internet das Coisas está presente em coisas que você nem imagina, como os semáforos
inteligentes que mapeiam locais com maior índice de tráfego, monitoramento de
temperatura e umidade em ambientes e equipamentos como freezer e geladeiras que
lidam com medicamentos termolábeis, controle de dados e produção de relatórios com
exatidão, dispositivos capazes de monitorar máquinas industriais e indicar a
necessidade de manutenções preventivas e muito mais.

Hoje, é quase impossível pensar em um mundo sem os avanços que a tecnologia já


proporcionou. Essas mesmas tecnologias são também capazes de proporcionar um
futuro mais saudável e sustentável, uma vez que uma grande preocupação atual, e que
cresce junto com o desenvolvimento das cidades, é o desenvolvimento de uma cultura
sustentável.

As inovações estão cada vez mais proporcionando avanços para a evolução da nossa
sociedade, bem como cuidando da preservação do meio ambiente ao reduzir o gasto de
energia, uma vez que o uso desta matéria finita, acontece de maneira eficiente (é
possível fazer mais com menos) e a redução de desperdício de materiais que tem relação
direta com o desperdício de recursos, ao mesmo tempo em que otimiza processos em
vários lugares do mundo

O que a ciência do clima tem a dizer para o


Brasil?
As cientistas do INPE Thelma Krug e Lúbia Vinhas, e os cientistas Jean Ometto e Luiz
Aragão, da mesma instituição, propõem neste texto uma visão técnica baseada na ciência
do clima do papel que deve ser exercido pelo Brasil frente às questões climáticas globais. O
texto faz contrapontos gerais aos argumentos apresentados pelo negacionista Molion e
seus colaboradores em carta aberta endereçada ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, em 09/03/2019.

Neste documento, inicialmente, demonstramos as evidências existentes da atribuição de


um papel significativo da ação humana nos padrões climáticos atuais. Na sequência,
sumariamos de que forma podemos determinar as causas das mudanças climáticas e as
consequências da negação da existência de um processo tão crítico quanto as mudanças
climáticas antropogênicas. Esclarecemos que o problema vai além do dióxido de
carbono (CO2) e concluímos com informações que levam a um maior conhecimento do
problema para que o Brasil atinja um patamar de destaque na implementação de um
modelo moderno de desenvolvimento econômico e sustentável.

Duas perguntas centrais são aqui abordadas:


1) Existem evidências para associarmos mudanças climáticas a ações antrópicas?

2) As ações de mitigação reprimem o crescimento econômico do país e sua reputação


internacional?

As evidências físicas são robustas e suficientes para atribuir a influência humana no clima
global

A evidência de que as mudanças generalizadas observadas no sistema climático, desde


os anos 50, são atribuíveis a influências antrópicas tem crescido exponencialmente. A
conexão entre a influência humana e as mudanças climáticas é analisada e discutida
com base em uma extensa literatura cientifica. São mais de 15.000 artigos científicos
abordando o tema “human influence” e “climate” na base do Google Acadêmico (Figura
1).
Fig
ura 1. Número de artigos publicados sobre o tema entre 1900 e 2019 de acordo com a base
do Google Acadêmico. Foram utilizadas as palavras chave “human influence” e “climate”

Essas evidências são compiladas pelos densos relatórios do Painel Intergovernamental


sobre Mudanças do Clima (IPCC). Inclusive, esses relatórios passam por revisão aberta
não apenas de especialistas, mas da sociedade civil e governos. O efeito das influências
antrópicas no clima tem se intensificado nas últimas quatro décadas. As evidências
resultam da avaliação dos inúmeros estudos que incluem dados obtidos por institutos de
pesquisa do mundo todo, compondo séries históricas e indicadores. Dentre esses
indicadores climáticos, podemos citar: as temperaturas próximas à superfície; o
conteúdo de umidade atmosférica; a precipitação pluviométrica sobre a Terra; o
conteúdo de calor oceânico; a salinidade oceânica; o nível do mar; o gelo marinho do
Ártico e a intensidade e frequência de extremos climáticos.

As avaliações de atribuição e incertezas indicam que é extremamente provável que as


atividades humanas tenham causado, diretamente, mais da metade do aumento
observado na temperatura média global de superfície de 1951 a 2010. Ressalta-se que
mecanismos de retroalimentação (feedbacks) do sistema natural podem potencializar a
forçante antrópica. Como dito, essa avaliação é apoiada por evidências robustas de
vários estudos científicos usando diferentes métodos. As incertezas nos diagnósticos
também são contabilizadas de forma transparente e formal, a partir de análises
exploratórias profundas dos dados, dos resultados de projeções e da performance dos
modelos. Os dados dos modelos, antes de qualquer projeção, são confrontados e
calibrados com dados derivados de observações, incorporando assim as informações
mais recentes, obtidas com maior exatidão por redes de coletas de dados de superfície
distribuídas no mundo todo. Esses dados atualmente são ainda complementados pelos
provenientes de um arsenal de satélites operacionais de Observação da Terra, onde a
contribuição do Brasil é crítica, não só para o mundo e o clima, como também para
manter a soberania sobre seus recursos naturais e sua economia.

Resultados da nova geração de modelos climáticos, cuja capacidade de simular o clima


histórico melhorou em muitos aspectos, comparada à geração anterior de modelos 3
considerados no Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, indicam que de fato há uma
contribuição antrópica substancial no clima planetário (Figura 2).

Figura 2. Atribuição das variáveis influenciadoras das mudanças no clima global


A consistência das mudanças observadas e modeladas em todo o sistema climático,
incluindo o aquecimento da atmosfera e do oceano, a elevação do nível do mar, a
acidificação dos oceanos e as mudanças no ciclo da água, na criosfera e nos extremos
climáticos apontam para alterações em escala global, inclusive alterando o balanço
energético na atmosfera e alterando a temperatura média da Terra, resultante
principalmente do aumento de emissões antrópicas de gases de efeito estufa (GEE).

As emissões antrópicas aumentam as concentrações dos GEE na atmosfera, resultando


em um aquecimento planetário proporcional a elas. Isso se deve a que esses gases têm o
potencial de absorver o calor emitido pela Terra na direção do espaço e reemiti-lo,
aquecendo o planeta. É importante notar que o CO 2 não é o único gás de efeito estufa.
Naturalmente, os GEE estão distribuídos na atmosfera na forma de vapor d’água
(95%), CO2 (3,6%) e outros (1,4%). As emissões antrópicas estão distribuídas em 84%
(CO2), 9% Metano (CH4), 5% Oxido nitroso, 2% outros. Apesar de o CO2 ser o gás
mais importante, devido a sua contribuição majoritária nas emissões antrópicas, o CH 4
tem um potencial de aquecimento global 28-36 vezes superior, e o oxido nitroso (N 2O)
têm um potencial 265-298 vezes maior que o CO2. Portanto, mesmo em quantidades
inferiores a outros gases os GEE têm potencial de alteração do comportamento
atmosférico e sua interação com a radiação provinda do Sol e da Terra.

As variações naturais na incidência de radiação solar são historicamente conhecidas e


incorporadas nas análises. Os resultados dessas análises indicam que este forçamento
natural, e suas flutuações, têm contribuição relativa muito menor que a alteração na
composição química da atmosfera, determinada pelo aumento de emissões de GEE e
outros poluentes. Esse fato se reforça pelo resfriamento estratosférico e aquecimento
troposférico, sendo o primeiro diretamente relacionado a incidência de radiação solar e
o segundo à sua composição química.
Nas análises de atribuição das alterações climáticas observadas, outros processos
naturais são também considerados. A Oscilação Multi-decadal Atlântica (AMO), ou a
oscilação Decadal do Pacífico são dois processos oceânicos de baixa frequência bem
conhecidos. Estes têm, certamente, influência na variação natural do clima, entretanto,
inúmeros estudos científicos evidenciam um desacoplamento da variação atual no
aquecimento da atmosfera dessas flutuações. Estudos que encontram um papel
significativo para, por exemplo a AMO, mostram que sua flutuação não se projeta
fortemente nas séries de temperatura da atmosfera recente, no período de 1951-2010.

Torna-se importante ressaltar que as variações na composição química da atmosfera,


em especial pela presença de compostos de carbono (como CO 2 e CH4), esteve associada
às grandes mudanças de clima no passado (dados derivados de estudos paleoclimáticos).
Quando os níveis de CO2 subiram abruptamente (derivados de processos naturais de
larga escala) o aquecimento global foi altamente disruptivo e causou grandes extinções
de espécies. Um diferencial seríssimo que vivenciamos, é que a curva de aumento das
concentrações de CO2 na atmosfera vem se alterando positivamente e
exponencialmente. As taxas de mudança observadas atualmente são muito mais
elevadas que as observadas em períodos pretéritos da história da Terra.

O ponto de discussão atual não é se as mudanças climáticas são causadas ou não pelos
seres humanos, e sim que o clima está mudando e seus impactos climáticos atuais e
futuros afetam e continuarão afetando diretamente a humanidade.
Como determinamos as causas das mudanças observadas

O clima da Terra está sempre mudando, afirmou Molion e colaboradores. Sim, não
existe surpresa nisto. Isso pode ocorrer por vários motivos. Para determinar as
principais causas das mudanças observadas, deve-se primeiro determinar se uma
mudança observada no clima é diferente de outras flutuações que ocorrem sem
qualquer forçamento. A variabilidade climática sem forçamento – chamada de
variabilidade interna – é a consequência de processos que ocorrem dentro do sistema
climático. A variabilidade oceânica em grande escala, por exemplo as flutuações do El
Niño-Southern Oscilation (ENSO) no Oceano Pacífico, é a principal fonte de
variabilidade climática interna nas escalas de tempo decenais a centenárias. A mudança
do clima também pode resultar de forçantes naturais externas ao sistema climático,
como erupções vulcânicas ou mudanças na irradiância solar. Forças como essas são
responsáveis pelas enormes mudanças no clima que estão claramente documentadas no
registro geológico. Forças causadas pelo homem também afetam o clima e estão
relacionadas às emissões de gases de efeito estufa ou poluição particulada atmosférica
(aerossóis). Qualquer uma dessas forças, provenientes de causas naturais ou humanas,
pode afetar a variabilidade interna, bem como causar uma mudança no clima médio.

Estudos de atribuição tentam determinar as causas de uma mudança detectada no


clima observado. Ao longo do século passado, dados científicos indicam que a
temperatura média global aumentou, portanto, se a mudança observada for forçada,
então a força principal deve ser aquela que causa o aquecimento, e não o resfriamento.
Estudos formais de atribuição de mudanças climáticas são realizados usando
experimentos controlados com modelos climáticos. As respostas simuladas por modelos
para forças climáticas específicas são frequentemente chamadas de impressões digitais
dessas forçantes. Um modelo climático deve simular de forma confiável os padrões de
impressões digitais associados a forçantes individuais, bem como os padrões de
variabilidade interna não forçada, a fim de produzir uma avaliação significativa da
atribuição de mudanças climáticas. Nenhum modelo pode reproduzir perfeitamente
todas as características do clima, mas muitos estudos detalhados indicam que
simulações usando modelos atuais são de fato suficientemente confiáveis para realizar
avaliações de atribuição. Inclusive ressalta-se a constante atualização nas
representações dos modelos dos processos físicos, assim como a capacidade
computacional. Um exemplo simples, refere-se à previsão do tempo (e não clima), hoje
tem-se muito mais confiabilidade na previsão de tempo que se tinha décadas atrás.

A Figura 3 ilustra parte de uma avaliação da impressão digital da mudança da


temperatura global na superfície durante o final do século XX. A mudança observada
na segunda metade do século XX, mostrada na série temporal pela linha preta nos
painéis da esquerda, é maior do que a esperada apenas pela variabilidade interna.
Simulações conduzidas apenas por forçantes naturais (linhas amarelas e azuis no painel
superior esquerdo) não conseguem reproduzir o aquecimento global na superfície no
final do século XX com um padrão espacial de mudança (superior direito)
completamente diferente do padrão observado de mudança (meio direito).

As simulações que incluem os forçamentos naturais e antrópicos fornecem uma


representação muito melhor da taxa temporal de mudança (inferior à esquerda) e do
padrão espacial (inferior à direita) da alteração da temperatura observada de
superfície. Ambos painéis à esquerda mostram que os modelos computacionais
reproduzem o resfriamento da superfície naturalmente forçado, observado por um ou
dois anos após grandes erupções vulcânicas, tais como as ocorridas em 1982 e 1991.
Simulações com forçantes naturais captam as mudanças de temperatura de curta
duração após erupções, mas apenas as simulações com forçantes natural + humana
simulam a tendência de aquecimento de maior duração. Uma avaliação mais completa
de atribuição examinaria a temperatura acima da superfície, e possivelmente outras
variáveis climáticas, além dos resultados de temperatura de superfície mostrados na
Figura 3. Os padrões da impressão digital associados a forçamentos individuais tornam-
se mais fáceis de distinguir quando mais variáveis são consideradas na avaliação. Não é
possível simular corretamente as mudanças climáticas observadas recentemente sem
incluir a resposta às forçantes antrópicas, incluindo gases de efeito estufa, ozônio
estratosférico e aerossóis. Causas naturais de mudança ainda estão em ação no sistema
climático, mas as tendências recentes de temperatura são em grande parte atribuíveis
ao forçamento causado pelo homem.
Figura 3. Modelos forçados com causas naturais e naturais + antrópicas. As observações
na linha preta são melhores modeladas quando se consideram as duas causantes
A importância do engajamento e da consciência da sociedade sobre a urgência nas mudanças no
padrão de uso dos recursos naturais

Lê-se na carta aberta de Molion e colaboradores que “A hipótese do aquecimento


“antropogênico” é um desserviço para a Ciência e um risco para as políticas públicas”.
Primeiramente, a metodologia científica ensina que hipóteses não podem ser refutadas
sem evidências geradas a partir de metodologias consolidadas. A negação da
contribuição antrópica para o aquecimento global contradiz os resultados em milhares
de estudos publicados em todo o mundo por cientistas de diferentes nacionalidades e
trabalhando em diferentes instituições, com contribuições importantes de pesquisadores
brasileiros. Uma análise no buscador Google Acadêmico, mostrou que existem 2 milhões
de artigos publicados sobre o tema “Aquecimento Global”. Quando a busca é feita com
o tema “Mudanças Climáticas” chega-se a um número superior a 3 milhões de artigos
científicos. Portanto, é notório que apesar da necessidade de mais estudos, existe um
volume significativo de informações que direcionam as atuais conclusões e ações.

As análises integradas sobre impactos antrópicos no ambiente indicam que a redução


das emissões de gases de efeito estufa de natureza antrópica pode contribuir não só para
mitigar as mudanças no clima, mas também para atingir vários objetivos de
desenvolvimento sustentável da Agenda 30 das Nações Unidas, da qual o Brasil é
signatário. Os cenários de mitigação que resultam em baixa concentração de gases de
efeito estufa até o final deste século indicam custos reduzidos para se alcançar a
melhoria da qualidade do ar, os objetivos de segurança energética, a segurança
alimentar, a segurança hídrica, com significativos co-benefícios para o bem-estar, a
saúde humana e os ecossistemas.

Precisamos buscar os cobenefícios das ações humanas em relação ao clima e ao


ambiente de forma geral. Por exemplo, no Brasil há um enorme potencial de
contribuição para a redução de emissões de gases de efeito estufa, particularmente o
CO2, que pode ser atendido pela ampliação da geração de bioenergia (e
biocombustíveis) e reflorestamentos em larga escala, contribuindo para métricas de
sustentabilidade. Estas ações têm efeitos positivos diretos, tanto nas atividades da
indústria brasileira, na economia nacional e na modernização do modelo social
brasileiro.

Ao indicar o negacionismo à mudança do clima e particularmente a influência humana,


o Brasil perderá inúmeras oportunidades nos mercados internacionais e possibilidades
de cooperação internacional, aceita pelos países membros do IPCC como o viabilizador
crítico da implementação de atividades de mitigação e adaptação por países em
desenvolvimento. Isto já foi demostrado pelo recente desembolso de US$ 100 milhões
pelo Fundo Verde do Clima da Convenção do Clima, pelos esforços do Brasil em
reduzir as emissões pelo desmatamento no país.

Torna-se imperativo destacar que todas as ações de mitigação e adaptação devem


obrigatoriamente ser implementadas considerando co-benefícios para a sociedade,
incluindo erradicação da pobreza, educação, saneamento básico, fontes alternativas de
energia, acesso a água potável, educação e transporte. O modelo de desenvolvimento
baseado em baixo carbono, portanto, não só permite a estabilização dos processos
climáticos, garantindo a manutenção da produção agrícola do país, como também
incentiva a indústria de inovação, reduz gastos hospitalares e coloca o país em uma
posição resiliente quanto a dependência de fontes energéticas baseadas em combustíveis
fósseis.

Assim, torna-se evidente que há inúmeras sinergias entre ações de mitigação da


mudança do clima com o desenvolvimento econômico nacional e outros compromissos
internacionais, como a Agenda 30, a Convenção da Biodiversidade, entre outros.

Uma estratégia focada em baixas emissões de CO2 não desvia atenções e recursos das emergências reais
Não existe, de forma alguma, uma obsessão pelo CO2 e sim uma mobilização de diversos
segmentos da sociedade para tomar ações, preventivas, baseadas em um conjunto
extensivo de dados e pesquisas. O CO2 vem sendo utilizado como referência à trajetória
de alteração na composição da atmosfera, e a consequente mudança no balanço
energético do planeta. A alteração na composição da atmosfera inclui vários outros
compostos que não apenas o CO2, desta forma ações na redução de emissões de GEE
(que, como dito no arquivo Molion), oferece oportunidades importantes para o Brasil,
sob o ponto de vista comercial e ambiental, se adequadamente feitas.

O Brasil tem potencial e características importantes para ser referência global no


desenvolvimento equilibrado com o ambiente, na produção massiva de energias
renováveis, produtos da biodiversidade, agricultura com impacto reduzido ao meio (que
inclui não apenas ações que reduzam emissões de GEE, mas também otimização no uso
de fertilizantes, agroquímicos, etc). Várias dessas alternativas podem ser financiadas
internacionalmente, e ainda ser uma oportunidade para o Brasil no mercado
internacional (por exemplo para produtos agrícolas). Há oportunidades em todos os
setores. Por exemplo, o Brasil já está avançando neste modelo desenvolvimentista de
vanguarda, respeitado mundialmente. A Política Nacional sobre Mudança do Clima
contempla uma redução dos resíduos sólidos e efluentes (financiamento para acabar
com os lixões no país, para aumentar a quantidade e tratamento de resíduos líquidos
urbanos e aumento da eficiência energética). Interessantemente, as tecnologias
nacionais também estão voltadas para auxiliar a manutenção do funcionamento
ambiental. Como exemplo, nossa tecnologia de satélites, comunicação e nossa ciência em
geral já foca no desenvolvimento sustentável. Será que temos que dar uma guinada em
tudo que já foi construído e estabelecido nacionalmente e internacionalmente em prol
de ideias contraditórias?

Como os outros países, o Brasil tem que identificar os seus nichos para estimular a
inovação. No Japão, por exemplo, foram identificadas 10 tecnologias inovadoras até
2050. Existe a necessidade de sinalização para o setor privado de investimentos
relevantes, com ou sem parceria internacional. Um exemplo recente advém do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto, que gerou
investimentos importantes para o Brasil, particularmente no setor Resíduos e Energia.
Seria muito ingênuo não enxergar as enormes oportunidades que o Brasil tem de ajudar
o esforço global de mitigar a mudança do clima, simultaneamente buscando o
desenvolvimento sustentável. Inovação, oportunidades, identificação de nossos nichos,
envolvimento do setor privado – são algumas palavras chave que precisam ser
reforçadas.
Melhor conhecimento e maior resiliência

A ciência das mudanças climáticas se preocupa exatamente com isso. Quanto maior o
conhecimento sobre o problema mais a sociedade e os indivíduos estarão informados e
preparados para eventos climáticos extremos (como chuvas extremas, inundações,
secas) e as consequências econômicas e sociais desses eventos. O aprimoramento da
capacidade da meteorologia nacional é certamente relevante, entretanto mudanças no
clima tem que ser vistas e tratadas de forma integrada e com amplitude socioeconômica
e socioambiental. O exemplo claro desta afirmação é a economia brasileira. Um terço
das exportações do Brasil, que mantém a balança comercial positiva e o crescimento do
país, é derivada de produtos “naturais” (Figura 4).
Figura 4. Exportações brasileiras divididas em produtos naturais (azul) e outros produtos
(vermelho). Os números em negrito indicam a contribuição percentual dos produtos de
origem vegetal e animal para o total

Portanto, se não tivermos ações para minimizar qualquer possível impacto climático
sobre nosso país, nossa economia pode ruir. Este é um lado da história. Devido à
preocupação global com as mudanças climáticas, essas exportações são dependentes de
certificações demonstrando que os produtos não estão relacionados com a degradação
ambiental (por exemplo advindos de áreas desmatadas). Se as políticas se direcionarem
de forma contrária a manutenção das funções ambientais, perderemos uma fração
significativa de nossas exportações.

Esta ação de cunho ambiental reprimiu o crescimento econômico e as exportações do


país? Não (Figura4). O desmatamento amazônico diminuiu em aproximadamente 70%,
reduzindo assim as emissões de CO2 e outros GEE, melhorando a saúde respiratória da
população. A produção de soja, por outro lado, praticamente dobrou de 56.699.617
toneladas em fevereiro de 2007 para 113.393.434 toneladas em fevereiro de 2019
(IBGE). A imposição de restrições, permite a reformulação de modelos obsoletos de
desenvolvimento e incentiva a inovação com desenvolvimento de biotecnologia,
tecnologia agrícola, tecnologia de monitoramento e processamento de dados.

Com isso, terminamos a avaliação nos posicionando a favor do desenvolvimento


sustentável do país baseado em conhecimento técnico e científico robusto. Temos todas
as condições para demonstrar para o mundo que existem formas inovadoras e
modernas de se desenvolver.

O que é clima?
O clima é determinado por meio da análise constante das condições de tempo
atmosférico em uma determinada região por longos períodos de tempo.

O clima é definido como as características da atmosfera em um longo período de tempo.

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Clima é o conjunto de características e dinâmicas atmosféricas de uma
determinada região, analisadas ao longo de um extenso período de tempo.
Cada clima presente no nosso planeta é caracterizado por elementos como
temperatura, umidade do ar, radiação solar, precipitação e ventos. Esses
elementos climáticos recebem a influência dos chamados fatores do clima,
como maritimidade e continentalidade, latitude, altitude, relevo e vegetação.

Leia também: Mudanças climáticas — por que devemos nos preocupar com
elas?

Tópicos deste artigo


● 1 - Resumo sobre o clima

● 2 - O que é clima?

● 3 - Tipos de clima

● 4 - Quais as diferenças entre clima e tempo?
● 5 - Climas do Brasil
○ → Videoaula sobre os climas do Brasil

● 6 - Climas do mundo

● 7 - Elementos climáticos

● 8 - Fatores climáticos

● 9 - Fenômenos climáticos

● 10 - Exercícios resolvidos sobre o clima

Resumo sobre o clima


● O clima é a síntese das condições atmosféricas observadas durante um
longo intervalo de tempo em uma determinada localidade. Esse período
é geralmente de 30 anos.
● Os climas do mundo são classificados em tropical, árido, temperado,
continental e polar de acordo com a classificação de Köepper.
● O tempo, diferentemente do clima, é o estado atual da atmosfera e dos
fenômenos atmosféricos em uma determinada localidade. Ele é
analisado em um momento específico ou em um período muito curto de
tempo, sendo muito instável.
● Existem seis climas no Brasil: equatorial, tropical, semiárido, tropical
atlântico, tropical de altitude e subtropical.
● Os elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que
caracterizam um clima, como temperatura, umidade do ar, radiação
solar e precipitação.
● Os fatores climáticos atuam sobre os elementos do clima, podendo
afetar a maneira como eles se comportam.
● Latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, relevo e vegetação
são exemplos de fatores do clima.
● Os fenômenos climáticos como ciclones, tornados, El Niño e La Niña
acontecem naturalmente e são resultantes das dinâmicas da atmosfera.
No caso das ilhas de calor, a ação antrópica interfere na sua ocorrência.

O que é clima?
Clima é uma síntese das condições de tempo em um determinado local
durante um período longo de tempo, segundo a definição do professor
Johnson Olaniyi Ayoade.|1|

A determinação de um tipo climático específico depende da observação diária


do comportamento da atmosfera em um intervalo de aproximadamente 30
anos, permitindo assim a identificação de determinados padrões que definem
o clima daquela área. Tais padrões correspondem à variação da temperatura,
umidade do ar, incidência de chuvas e de ventos, precipitação na forma de
neve e outros aspectos característicos do clima.

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Tipos de clima
Os climas podem ser classificados de acordo com diversos parâmetros, os
quais levam em consideração um ou mais elementos climáticos.

A tipologia mais utilizada atualmente é aquela desenvolvida pelo botânico e


climatólogo alemão Wladimir Köppen durante o século XIX e aperfeiçoado no
século XX com a colaboração do meteorologista alemão Rudolf Geiger. Por
isso, a classificação é chamada de Köppen-Geiger.

Como botânico, Köppen se baseou na distribuição da vegetação pelas


diferentes regiões do mundo para a observação dos padrões de precipitação e
temperatura, que levaram ao estabelecimento de cinco tipos de clima e seus
respectivos subclimas, os quais listamos abaixo.

● Clima tropical: categoria de climas quentes e úmidos (sem estação seca)


ou semiúmidos (apresenta uma estação seca), como os climas equatorial,
tropical e de monção.
● Clima árido: reúne climas quentes e secos, que apresentam baixos
índices pluviométricos e longos períodos sem chuva. Fazem parte dessa
categoria os climas semiárido e desértico.
● Clima temperado: apresenta temperaturas amenas e pluviosidade bem
distribuída durante o ano, com a distinção entre as quatro estações. Em
alguns casos, há alternância entre estações secas e estações chuvosas.
Integram essa categoria os climas subtropical, mediterrâneo e
temperado.
● Clima continental: caracterizado pelas temperaturas amenas e invernos
rigorosos, com baixa precipitação anual. Acontece no interior dos
continentes, com pouca influência da maritimidade. Essa categoria
inclui os climas temperado continental e subártico.
● Clima polar: as temperaturas são baixas durante todo o ano, inclusive
nos meses que correspondem ao verão, havendo a ocorrência de
precipitação na forma de neve. Corresponde aos climas polar e frio de
montanha.

Leia também: Zonas térmicas da Terra — a distribuição de calor pela


superfície do planeta

Quais as diferenças entre clima e tempo?


O tempo e o clima são frequentemente confundidos, e os termos são muito
utilizados como sinônimos. Embora haja uma correlação entre o tempo e o
clima, eles representam conceitos distintos, que se diferenciam sobretudo na
sua abrangência temporal.

O tempo é a condição atmosférica de um local no momento da observação, sendo por isso


muito dinâmico e instável.

Tempo é a condição da atmosfera e seus respectivos fenômenos em um


determinado momento, isto é, corresponde à situação atual e tem uma
duração curta. O tempo é, portanto, dinâmico e instável, podendo alterar
rapidamente. Quando olhamos pela janela e dizemos que o dia está quente e
ensolarado, por exemplo, estamos nos referindo ao tempo.

Já o clima, como vimos, reúne as informações sobre as características


atmosféricas de um local em um longo intervalo temporal. Podemos constatar,
então, que o clima é resultante de uma análise cuidadosa e periódica do tempo
atmosférico em uma determinada localidade. Esse período é de pelo menos 30
anos. Por essa razão, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) define
o clima como sendo o estado médio dos parâmetros do tempo.|2|
Climas do Brasil
O Brasil está localizado quase inteiramente na zona intertropical do planeta
Terra, com uma pequena parcela do território inserida na zona temperada
sul, o que tem grande influência sobre a distribuição de climas no país. Além
desse aspecto locacional, outros são igualmente importantes na diversidade
climática observada no Brasil.

Identificam-se seis climas no Brasil, os quais descrevemos na sequência. No


mapa da figura a seguir, é possível observar a abrangência de cada um deles.
● Clima equatorial: presente na região Norte do Brasil. É caracterizado
pelas temperaturas elevadas durante o ano, com médias superiores a 25
°C, e alta umidade relativa do ar. A amplitude térmica diária e anual é
baixa. As chuvas são abundantes e bem distribuídas durante o ano, não
havendo a existência de uma estação seca.
● Clima semiárido: presente em parte da região Nordeste do Brasil.
Chamado também de clima tropical semiárido, é marcado pelas
temperaturas elevadas durante o ano e baixa umidade do ar, com uma
estação seca que pode se estender por vários meses.
● Clima tropical atlântico: presente no litoral leste do Brasil. A
maritimidade é um dos principais fatores climáticos atuantes nesse
clima, que é caracterizado pelas temperaturas médias elevadas e alta
umidade do ar, proporcionando chuvas constantes. No entanto, os
maiores volumes de chuva se concentram em estações específicas:
inverno, no Nordeste, e verão, no Sudeste.
● Clima tropical: presente no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil,
além de parte da região Norte. É caracterizado pela presença de duas
estações bem definidas: uma quente e chuvosa e outra mais amena (ou
fria) e seca.
● Clima tropical de altitude: presente no Sudeste, parte do Sul e em uma
estreita faixa do Centro-Oeste do Brasil. Acontece nas áreas mais
elevadas e é caracterizado pelas temperaturas amenas durante o ano,
com a possibilidade da ocorrência de geada durante o inverno.
● Clima subtropical: presente nas áreas situadas abaixo do Trópico de
Capricórnio (23º27’ S), compreendendo o Sul do Brasil e parte dos
estados de São Paulo e Mato Grosso. Caracterizado pela distinção das
quatro estações e chuvas bem distribuídas durante o ano. Apresenta
verões quentes e invernos frios, registrando geadas e precipitação na
forma de neve em algumas localidades.

→ Videoaula sobre os climas do Brasil

Vídeos

Climas do mundo
Os principais climas existentes no mundo são:
● Clima equatorial: ocorre nas áreas próximas à linha do Equador,
caracterizadas pelas baixas latitudes. Marcado pelo calor e pela elevada
umidade do ar durante todo o ano, com chuvas abundantes e
frequentes.
● Clima tropical: típico da zona intertropical do planeta Terra. Apresenta
temperaturas elevadas e alternância entre uma estação chuvosa e uma
seca.
● Clima tropical de monção: ocorre no Sul Asiático e em uma pequena
parcela do Leste Africano. Apresenta temperaturas elevadas e alta
umidade relativa do ar. Há a presença de duas estações bem definidas,
regidas pelo sistema de ventos chamado de monções. No verão, os
ventos quentes e úmidos sopram do oceano em direção ao continente,
trazendo chuvas volumosas e intensas. No inverno, os ventos quentes
sopram do continente em direção ao oceano, caracterizando a estação
seca.
● Clima semiárido: pode ser tanto quente quanto frio. As principais
características dos climas semiáridos são a baixa umidade relativa do ar
e a pluviosidade, que varia entre 250 e 500 mm anuais.
● Clima desértico (árido): ocorre nas regiões de baixa e alta latitude. É
marcado pelas temperaturas extremas e alta amplitude térmica diária,
no caso dos desertos quentes. A umidade relativa do ar nos climas
desérticos é baixíssima, e as chuvas não superam os 250 mm ao ano.
● Clima subtropical: presente nas regiões imediatamente acima e abaixo
dos trópicos, embora seja mais presente no Hemisfério Sul. É
caracterizado pela ocorrência das quatro estações do ano, com verões
quentes e invernos frios. A precipitação é bem distribuída durante o
ano.
● Clima mediterrâneo: presente nos países banhados pelo mar
Mediterrâneo e em outros pontos, como no sul da África do Sul, na
costa oeste dos Estados Unidos e da América do Sul e em parte da
Oceania. Marcado por verões amenos e secos e invernos frios e
chuvosos.
● Clima temperado: presente na zona temperada do planeta, em especial
no Hemisfério Norte. Apresenta amplitude térmica que varia de média
a elevada. Divide-se em temperado continental, vertente mais fria e com
maior amplitude térmica, que ocorre no interior dos continentes, e
temperado oceânico, que apresenta maior umidade e menor amplitude
térmica anual.
● Clima subártico ou subpolar: acontece nas proximidades dos círculos
polares Ártico e Antártico. Trata-se de um clima frio com verões
amenos e curtos em oposição a invernos longos e frios. A precipitação
anual é inferior a 500 mm.
● Clima frio de montanha: conhecido também como clima alpino, é
característico de áreas de altitude muito elevada onde predominam
terrenos montanhosos. Em função da altitude, o clima é bastante frio.
Os ventos são intensos e a precipitação anual é variável, a depender do
local de ocorrência. Nas áreas de maior altitude, há a formação de uma
cobertura permanente de neve, como no topo das montanhas.
● Clima polar: ocorre nas regiões acima dos círculos polares Ártico e
Antártico, nas áreas de maior latitude do planeta Terra. Trata-se de um
clima com frio intenso em que os verões são muito curtos e frescos e os
invernos são longos e rigorosos. A umidade do ar e a precipitação anual
são baixas, com a presença permanente de gelo no solo.

Elementos climáticos

A precipitação, seja ela na forma de neve, granizo ou chuva, é um elemento climático.

Os elementos do clima são todas as grandezas atmosféricas mensuráveis que,


em conjunto, caracterizam um determinado tipo de clima. Existem diversos
elementos que determinam um clima, dentre os quais se destacam:
● Temperatura: calor da atmosfera, medido mais comumente em graus
Celsius (°C), Fahrenheit (°F) e, em menor escala, em Kelvin (K).
● Radiação solar: energia emitida pelo Sol e interceptada pela atmosfera
terrestre. Distribui-se de forma desigual pelo planeta Terra,
condicionando a formação de zonas térmicas.
● Pressão atmosférica: peso que a coluna de ar exerce sobre uma
determinada localidade. Quanto maior a altitude, menor é a pressão
atmosférica e mais rarefeito se torna o ar.
● Umidade do ar: vapor d’água presente na atmosfera.
● Precipitação: água atmosférica que retorna para a superfície terrestre
na sua forma líquida (chuva) ou sólida (neve ou granizo).
● Ventos: deslocamento de camadas de ar em decorrência de alterações
na pressão atmosférica.

Fatores climáticos
Os fatores do clima são elementos capazes de determinar ou alterar o
comportamento dos elementos climáticos.

● Latitude: a radiação solar incide de forma irregular sobre o planeta


Terra, formando diferentes zonas térmicas, que são delimitadas por
meio dos paralelos notáveis. Assim, a latitude de uma determinada
região interfere diretamente no calor que ela recebe e, por conseguinte,
nas temperaturas do clima. Os climas mais quentes se localizam nas
áreas mais próximas do Equador, enquanto os polos abrigam as regiões
de clima mais frio.
● Altitude: a elevação de uma área com relação ao nível do mar pode
alterar aspectos como a pressão atmosférica e a temperatura,
condicionando particularidades ao clima. É importante notar que a
influência da altitude sobre os elementos do clima sobrepõe a influência
da latitude. Por exemplo: mesmo próximo do Equador, as cidades
situadas no norte da América Andina apresentam climas mais frios em
razão de sua elevada altitude.
● Maritimidade e continentalidade: maior proximidade (maritimidade)
ou o afastamento (continentalidade) dos mares e oceanos é capaz de
afetar a umidade do ar e a temperatura de uma determinada
localidade.
● Relevo: as formas de relevo afetam a maneira como o ar circula em
uma determinada região, o que determina diferentes padrões de
distribuição de umidade e a ocorrência de chuvas e ventos.
● Massas de ar: as grandes porções de ar que se movimentam pelo
planeta carregam as características das áreas onde se formam,
ocasionando variações na temperatura e na umidade dos locais por
onde passam.
● Correntes marítimas: as águas que se deslocam pelos oceanos são
responsáveis por alterações na temperatura e no teor de umidade das
áreas costeiras.
● Vegetação: a presença ou ausência de cobertura vegetal influencia
diretamente no teor de umidade de uma região, uma vez que as plantas
são responsáveis pela evapotranspiração, o que afeta também as
temperaturas.

Confira no nosso podcast: O que eu preciso saber sobre os fatores climáticos

Fenômenos climáticos
Os fenômenos climáticos apresentam ocorrência natural e são resultantes das
dinâmicas da atmosfera. Alguns deles têm a sua ação intensificada em
decorrência da ação antrópica, conforme veremos a seguir.
O furacão é um dos fenômenos climáticos mais comuns de acontecerem em áreas como a
América Central, América do Norte e Ásia.

● Ciclones: formados em áreas de baixa pressão onde há grande


instabilidade atmosférica decorrente do movimento de convergência e
ascensão do ar quente. São chamados também de tempestade tropical.
Ciclone é uma denominação genérica para tufões e furacões, que se
diferenciam apenas quanto ao local de origem.
● Tornados: colunas de ar que giram em alta velocidade ao redor de uma
área de baixa pressão atmosférica e têm origem nas grandes nuvens de
tempestade.
● Ilha de calor: acontece quando há a formação de uma área de maior
temperatura nas cidades, tornando-as mais quentes do que as áreas
circundantes.
● El Niño e La Niña: fenômenos climáticos associados ao aquecimento (El
Niño) ou resfriamento (La Niña) anormal das águas do oceano Pacífico
devido à mudança" no nível da termoclina, que aprofunda a camada de
águas mais frias ou provoca a sua ressurgência."

Reprodução
Em Biologia, a reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar
descendentes. Portanto, o mecanismo reprodutivo é importante principalmente para
dar continuidade às espécies e aumentar o número de indivíduos.

Esse processo de replicação é vital e pode ocorrer de diversas maneiras nas mais
diferentes formas de vida. Com isso, pode-se originar organismos geneticamente
idênticos ou com características herdadas de seus progenitores.

A capacidade de se reproduzir é uma das características que permite distinguir os


seres vivos dos não vivos, pois todos os seres vivos são capazes de gerar
descendentes.

Tipos de reprodução
Os diferentes tipos de reprodução são inseridos em dois grandes grupos: reprodução
sexuada e assexuada.

Reprodução assexuada
A reprodução assexuada ocorre a partir de apenas um ser vivo e forma descendentes
geneticamente idênticos, ou seja, clones.

Basicamente, uma célula, uma parte do corpo ou o próprio indivíduo se divide para
gerar um novo ser. Esse processo é mais simples e mais rápido que a reprodução
sexuada.

Esse único ser parental pode se reproduzir por:

● Esporulação: os esporos, células reprodutoras especializadas, são liberadas e


em condições ambientes favoráveis desenvolvem um novo ser

● Brotamento: brotos são formados na superfície do ser vivo e se separa do


corpo para produzir o novo organismo
● Fragmentação: uma parte do indivíduo se separa do seu corpo e a partir dele
surge um novo organismo

● Divisão binária: um ser se divide ao meio e origina dois descentes, mas para
isso ele deixa de existir

Saiba mais sobre a reprodução assexuada.

Reprodução sexuada
A principal característica desse tipo de reprodução é a variabilidade genética dos
descendentes e é observado na maioria dos animais e em algumas espécies de plantas.
Para isso ocorrer é necessário as células reprodutivas dos indivíduos, masculino e
feminino, se encontrem.

A reprodução sexuada consiste basicamente na formação de células reprodutoras


especializadas, chamadas de gametas, que se unirão em um processo chamado de
fecundação. Há formação de uma célula-ovo ou zigoto, que é o precursor de um novo
ser com a mistura de material genético.

Saiba mais sobre a reprodução sexuada.

Exemplos de reprodução
Embora os dois grandes grupos dos meios de reprodução sejam sexuada e assexuada,
os seres vivos apresentam algumas diferenças ao gerar seus descendentes. Confira
alguns exemplos.

Reprodução dos animais


Os animais realizam reprodução sexuada e assexuada. Por exemplo, a estrela-do-mar é
um animal equinoderme que se reproduz por fragmentação, que é um processo
assexuado. Na reprodução sexuada, a fecundação para gerar indivíduos pode ser
interna ou externa. A fecundação interna ocorre no interior do corpo, enquanto a
externa é realizada em ambiente propício.
Os espermatozoides, células sexuais dos machos, são liberados dos seus órgãos
genitais ou copuladores para o interior do corpo da fêmea.

O embrião, que corresponde ao primeiro estágio de vida do indivíduo, pode se


desenvolver de diferentes formas. Confira a seguir alguns exemplos.

● Desenvolvimento embrionário dentro de um ovo, característico dos animais


ovíparos. Tartarugas, pássaros e patos utilizam esse meio de reprodução.

● Desenvolvimento embrionário dentro do corpo da mãe, característico dos


animais vivíparos. Esse é o meio de reprodução utilizado pelos seres
humanos.

● Desenvolvimento embrionário em um ovo, que é mantido dentro do corpo da


mãe, característicos dos animais ovovivíparos. Esse tipo de reprodução pode
ser observado em cavalos-marinhos.

Reprodução das plantas


As plantas podem realizar reprodução sexuada e assexuada. Por exemplo, nas
pteridófitas a reprodução assexuada ocorre por brotamento. As flores, presentes no
grupo das angiospermas, são responsáveis pela reprodução sexuada e dependem da
polinização.

Basicamente, o processo de polinização é responsável pela transferência de pólen para


o sistema reprodutor das plantas, da parte masculina da flor para a parte feminina. Os
gametas, células sexuais especializadas, são produzidos nos gametângios, que
recebem o nome de estames nos masculinos e carpelos nos femininos.

A polinização pode ser:

● Polinização direta: é a autopolinização que acontece na mesma flor

● Polinização indireta: ocorre entre flores da mesma planta


● Polinização cruzada: ocorre entre flores de plantas diferentes

Reprodução dos fungos


Os fungos se reproduzem por reprodução sexuada ou assexuada. A reprodução
assexuada pode ocorrer por:

● Fragmentação: ocorre quando o micélio se fragmenta e origina novos


micélios

● Brotamento: os brotos (gêmulas) formados podem se separar do indivíduo ou


permanecer grudado ao seu corpo

● Esporulação: esporos assexuados se formam por mitose e ocorre a divisão


celular. Com a germinação dos esporos formam-se organismos geneticamente
idênticos.

A reprodução sexuada também envolve os esporos, pequenas estruturas produzidas


por esses seres, e pode ser dividida em três fases: Plasmogamia (fusão de
protoplasma); Cariogamia (formação de um núcleo diploide) e Meiose (formação de
dois núcleos haploides).

Reprodução das bactérias


As bactérias realizam reprodução assexuada. Duas bactérias idênticas são geradas por
meio da divisão binária, também chamada de bipartição ou cissiparidade.

Basicamente, o cromossomo de uma bactéria precursora é duplicado e depois a célula


se divide ao meio, gerando bactérias de maneira rápida, o que explica a proliferação
bacteriana em infecções, por exemplo.

Existem também os esporos bacterianos. Em condições desfavoráveis formam-se os


endósporos, estruturas como metabolismo interrompido e espessamento do envoltório
para resistir ao ambiente. A bactéria pode permanecer inativa por um longo período
até que as condições propícias voltem e a estrutura se reidrate, germine e produza uma
célula idêntica à original.

Reprodução dos protozoários


Os protozoários se reproduzem de forma sexuada e assexuada. A reprodução
assexuada é a que comumente ocorre nesses organismos e os mecanismos são divisão
binária, onde uma célula se divide gerando duas células idênticas, e divisão múltipla,
que consiste em muitas divisões celulares, mitose, multiplicando o núcleo e gerando
novas células.

A reprodução sexuada ocorre na conjugação realizada por paramécios, que consiste na


troca de material genético entre dois indivíduos.

Reprodução dos vírus


Os vírus para se reproduzirem precisam se instalar em uma célula para utilizar seus
recursos, por isso são parasitas intracelulares obrigatórios. Esses organismos podem
romper a parede de uma célula, entrarem e se replicar ou também apenas injetarem
seu genoma na célula hospedeira.

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Reprodução

A união do óvulo com espermatozoide é um exemplo de


reprodução sexuada.
A reprodução é uma das características que diferem os seres inanimados
dos seres vivos. Ela consiste no processo em que um ou mais organismos
produzem descendentes, passando a eles uma cópia de todos ou de alguns
de seus genes. Assim, a reprodução é imprescindível para a manutenção
das espécies.

Ela costuma ser dividida em duas categorias: reprodução assexuada e


reprodução sexuada.

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Na reprodução assexuada, um único indivíduo dá origem a um ou mais


descendentes. Por tal motivo é que eles são geneticamente idênticos aos
seus genitores, embora possam ocorrer mutações e variações fenotípicas.
Esse tipo de reprodução geralmente se dá por brotamento, quando
determinada região do corpo do indivíduo cresce e depois se desprende,
tornando-se um novo indivíduo; ou por fissão, caso em que o corpo do
animal se parte e cada um dos pedaços se regenera independentemente,
dando origem a novos indivíduos.

Quanto à reprodução sexuada, esta ocorre a partir da união de gametas.


Geralmente, metade das características dos descendentes é oriunda do
gameta masculino, e outra metade, do feminino. Ela tem como uma de suas
vantagens a variabilidade genética, visto que os gametas de um mesmo
indivíduo apresentam-se distintos entre si.

Nesse tipo reprodutivo, a fecundação pode ser tanto externa quanto interna
e, nesse primeiro caso, a quantidade de gametas produzidos pela geração
parental tende a ser bem maior.

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Existem organismos que podem reproduzir-se tanto assexuadamente


quanto sexuadamente, como plantas e certos cnidários. Há também casos
especiais de reprodução, como a partenogênese, em que acontece o
desenvolvimento de embriões a partir de óvulos não fecundados.
Reprodução e Desenvolvimento

União do gameta masculino com o feminino: evento típico da reprodução sexuada.


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Graças à reprodução, a perpetuação da vida é possível, desde o seu


surgimento. A forma de reprodução que se desenvolveu mais cedo foi a
assexuada, processo este em que um único indivíduo é capaz de dar origem a
outros, com o mesmo genótipo. A divisão binária, esporulação, brotamento e
estaquia são alguns exemplos.

A reprodução sexuada tem como princípio a formação do embrião a partir da


união de gametas masculino e feminino, dando origem a indivíduos
semelhantes aos pais, mas não idênticos, como na reprodução assexuada. Por
tal motivo, ela é muito importante no que se diz respeito à variabilidade
genética.

Quanto aos ciclos de vida, temos três:


- Ciclo haplobionte diplonte: a partir da união de gametas, o zigoto é formado.
Este, por sucessivas mitoses, dá origem a um indivíduo diploide. Através de
meioses, há a formação de gametas, que permitirá com que o indivíduo
continue o ciclo. Ex.: animais.

- Ciclo haplobionte haplonte: os adultos são haploides e, por mitose, produzem


gametas. A união de gametas forma um zigoto diploide, mas que se divide por
meiose, dando origem a indivíduos haploides. Ex.: fungos e alguns
protozoários e algas.

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- Ciclo diplobionte: há alternância de gerações entre indivíduos haploides e
diploides. Ex.: plantas, algumas algas e cnidários.
No que se diz respeito ao desenvolvimento do embrião dos animais, eles
podem ser:

- Ovulíparos: a fecundação ocorre em ambiente externo. Ex.: algumas


espécies de peixes e anfíbios.

- Ovíparos: a fecundação é interna, havendo a formação de ovos. Ex.: algumas


serpentes, ornitorrinco, etc.

- Ovovíparos: o embrião se desenvolve dentro do ovo, que fica retido no


oviduto da fêmea. Ex.: tubarão, algumas cobras, etc.

- Vivíparos: o embrião se encontra alojado na placenta, e absorve nutrientes e


oxigênio diretamente do sangue materno. Ex.: ser humano, cachorro, etc

Teste agora seus conhecimentos com os

Mecanismos de isolamento reprodutivo

Mula: organismo híbrido


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O isolamento reprodutivo representa a incapacidade de espécies diferentes de se


cruzarem ou caso se cruzarem, de produzirem descendentes férteis.
Durante a evolução, as populações passaram por processos de diferenciação,
proporcionando um nível de isolamento orgânico que resultou na enorme
biodiversidade biológica existente.

Sendo os mecanismos de isolamento reprodutivo, causado pelos seguintes fatores:


incompatibilidade genética, física ou comportamental e classificados conforme
abaixo:

Processo de isolamento pré-zigóticos → causam empecilhos relativos à fecundação


dos gametas, impedindo a formação do zigoto, podendo ser:

- Isolamento ecológico: mantido através da adaptação de uma determinada


população a um habitat específico, limitando-se a esse;

- Isolamento estacional: caracterizado pela diferença no período reprodutivo das


populações;

- Isolamento mecânico: diferenças na compatibilidade dos órgãos reprodutivos,


impossibilitando a cópula.

- Isolamento etológico: relativo ao arquétipo comportamental (padrão definidor de


uma espécie), envolvendo fatores de assimilação entre o organismo macho e
fêmea, por exemplo, identificação química efetivada por feromônios.

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Processo de isolamento pós-zigóticos → proporcionais ao desenvolvimento de um
organismo híbrido e sua viabilidade reprodutiva:

- Mortalidade do zigoto: caso os gametas de espécies diferentes se fecundem, o zigoto pode


vir a não se formar.

- Inviabilidade do híbrido: Se o híbrido vier a se formar e sobreviver, torna-se incapaz de


procriar, em consequência de sua baixa adaptabilidade.

- Esterilidade do híbrido: espécies diferentes se entrecruzam, porém gerando descendentes


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REPRODUÇÃO
ASSEXUADA E
SEXUADA

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A diversidade de organismos vivos na Terra é impressionante, assim como a


variedade de modos de vida e de reprodução. Os modelos reprodutivos
apresentados pelos seres vivos, apesar de serem variados, podem ser
agrupados em dois grandes grupos: reprodução assexuada e sexuada.

Leia também: Gametogênese – processo de produção dos gametas

Reprodução assexuada
Na reprodução assexuada, não há o envolvimento de gametas, o que impede a
variabilidade genética. É um tipo de reprodução relativamente simples, muito
mais rápida do que a sexuada e que gera indivíduos idênticos àqueles que os
originaram. Nesse caso, existe apenas um único ser parental.
A divisão binária é um tipo de
reprodução assexuada.

Existem vários mecanismos de reprodução assexuada, a saber:

● Divisão binária: também chamada de bipartição, fissão ou


cissiparidade, é um modelo de reprodução em que um indivíduo
divide-se ao meio, dando origem a um descendente idêntico. Esse
processo de reprodução é comum em bactérias e protozoários.
● Brotamento: Brotos surgem na superfície de um organismo e formam
outro indivíduo. Esse broto pode soltar-se ou permanecer conectado
ao organismo adulto, o que ocasiona a formação de colônias. A
reprodução por brotamento ocorre com frequência em cnidários e
também ocorre em algumas espécies de plantas.

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● Esporulação: No processo de reprodução por esporulação, são


formadas células reprodutoras especializadas que são liberadas e
germinam quando encontram um ambiente favorável. Essas células,
denominadas de esporos, são capazes de gerar outro indivíduo. A
produção de esporos é observada em fungos, algas e protozoários.
● Fragmentação: um novo organismo forma-se a partir do fragmento de
outro. Esse processo, comum em alguns invertebrados, pode ser
observado, por exemplo, em planárias.
● Propagação vegetativa: Semelhante à fragmentação, entretanto, é
típica das plantas. Nesse processo, um pedaço de caule ou raiz é
suficiente para dar origem a outro indivíduo. Como exemplo de
organismo que se reproduz por propagação vegetativa, temos a
bananeira e a cana-de-açúcar.
● Partenogênese: Nesse tipo de reprodução, o gameta feminino é
capaz de se desenvolver sem precisar de um gameta masculino.
Como exemplo de organismos que se reproduzem dessa forma,
podemos citar as abelhas e algumas espécies de peixes, anfíbios e
répteis.

Veja também: Como é o processo da fertilização in vitro?

Reprodução sexuada
Qua
ndo há o encontro de gametas, a reprodução é do tipo sexuada.

Na reprodução sexuada, diferentemente da assexuada, existe a presença de


gametas e, por essa razão, ocorre a variabilidade genética. Nesse caso,
observa-se a formação de um organismo diferente dos progenitores, uma vez
que é resultado da combinação dos cromossomos presentes em cada gameta.
Esse tipo de reprodução é observado, por exemplo, na grande maioria dos
animais, inclusive nos seres humanos.

Por Vanessa Sardinha dos Santo

Sexualidade
A sexualidade é um conceito que está baseado na atração sexual e na afetividade
compartilhada entre as pessoas.

É muito comum pensar em sexualidade e logo remeter ao sexo. Todavia, ela pode
estar relacionada com outras maneiras pela busca do prazer e também com os
sentimentos compartilhados. Note que o termo “sexo” refere-se ou aos órgãos genitais
ou ao ato sexual.
A sexualidade é muito relativa e pessoal, visto que o que pode ser considerado
prazeroso para alguns, pode não ser para outros. Além disso, ela se desenvolve de
acordo com as experiências de cada pessoa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

“A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um


aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade
não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo.
Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e
intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas
tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações
e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde
sexual também deveria ser considerada um direito humano básico.”

Note que a sexualidade está presente em todas as fases da nossa vida. Geralmente, o
desejo sexual surge na puberdade, por volta dos 12 anos, sendo uma característica
natural dos seres humanos.

Atualmente, a “Orientação Sexual” é um tema transversal que deve ser abordado nas
escolas como forma de compreender esse conceito e de todos os outros que se
relacionam com ele: sexo, afetividade, gênero, métodos contraceptivos, aborto,
gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, etc.

Gênero e Identidade de Gênero


O conceito de gênero está relacionado com o de sexualidade posto que faz referência
aos gêneros masculino e feminino.

A identidade de gênero é, por sua vez, o gênero com o qual o indivíduo se identifica.
Nesse caso, existem pessoas que desde crianças nascem com determinado sexo, no
entanto, se identificam com outro. Esses são chamados de transgêneros.
Importante destacar que a violência de gênero é gerada pelo preconceito com o sexo
oposto. Ela envolve agressões físicas, verbais e psicológicas. Geralmente são
mulheres que sofrem com esse tipo de violência.

Vale ressaltar que práticas machistas e sexistas estão relacionadas com a violência de
gênero. Além disso, temos o conceito de androcentrismo onde o pensamento
masculino é colocado no centro.

Orientação Sexual e Afetividade


A orientação sexual é outro aspecto importante da sexualidade humana. Isso
dependerá do gênero que atrai uma pessoa.

Um indivíduo pode ser considerado heterossexual quando a atração e os sentimentos


ocorrem entre pessoas do sexo oposto. Esse tipo de relação é chamada de
heteroafetiva.

Os homossexuais ou homoafetivos são aqueles que se sentem atraídos por pessoas do


mesmo sexo. E por fim, há os bissexuais ou biafetivos onde o interesse e afetividade
envolve os dois gêneros.

Sexualidade
Sexualidade humana é um tema que ainda permanece pouco explorado, mas que
não deve ser visto como um tabu, uma vez que afeta a qualidade de vida do
indivíduo.

A sexualidade influencia nossa saúde física e mental.


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A sexualidade humana é um assunto complexo e, muitas vezes, é alvo de


discussão. A sexualidade é uma condição humana que é construída durante toda a
vida do indivíduo, iniciando ainda na infância. Ela é influenciada por diversos
fatores, como biológicos, psicológicos, sociais, políticos, culturais, históricos,
econômicos e religiosos.

Leia também: O mecanismo biológico da paixão

De conceituação difícil, a sexualidade envolve muito mais que as características


dos sistemas genitais masculino e feminino e os mecanismos de reprodução. Veja
abaixo a definição de sexualidade de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS):

“Sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto,
ternura e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos
e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade
influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia
também a nossa saúde física e mental”.

Percebemos, portanto, que a sexualidade está relacionada com a qualidade de vida,


logo, é fundamental uma vivência sexual saudável. Para isso, é importante tratar o
assunto de forma que se evitem a disseminação de crenças errôneas, a
desinformação e a discriminação.

Tópicos deste artigo


● 1 - → Puberdade

● 2 - → Identidade de gênero

● 3 - → Orientação sexual

● 4 - → Gravidez na adolescência

● 5 - → Métodos contraceptivos

● 6 - → Doenças sexualmente transmissíveis

→ Puberdade
Na puberdade, observa-se uma grande quantidade de mudanças biológicas e físicas
nos seres humanos. Essas transformações culminam na aquisição da nossa
capacidade reprodutiva. O corpo do indivíduo começa a mudar, e várias dúvidas e
sentimentos começam a aflorar. Por isso, essa é uma fase de grandes descobertas.

Leia também: Puberdade precoce

Na puberdade, a garota apresenta sua primeira menstruação, o que indica que seu organismo já está
preparado para uma gestação.
Na puberdade, os níveis dos hormônios sexuais masculinos e femininos aumentam,
desencadeando o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e alterações
comportamentais. Nas meninas, observam-se o início do crescimento dos seios, o
surgimento dos pelos pubianos e a ocorrência da primeira menstruação, ponto que
indica que o corpo da menina já está preparado para uma gravidez. Nos meninos,
verificam-se mudanças na voz, crescimento dos pelos, aumento do volume
testicular e aumento do impulso sexual e da força física.

→ Identidade de gênero
Identidade de gênero refere-se à identificação do indivíduo como mulher, homem
ou ainda uma mistura de ambos. Essa identidade é construída pelo próprio
indivíduo e independe do sexo biológico e da orientação sexual (homossexual,
heterossexual ou bissexual). Além disso, a identidade de gênero diz respeito à
forma como o indivíduo se vê e como deseja ser reconhecido pelas pessoas.

Leia também: Cisgênero e Transgênero

→ Orientação sexual

De acordo com sua orientação sexual, uma pessoa pode ser heterossexual, homossexual ou bissexual.

A orientação sexual diz respeito à atração afetiva ou sexual de cada pessoa, ou seja,
se uma pessoa apresenta atração pelo sexo oposto, por pessoas do mesmo sexo ou,
ainda, por pessoas dos dois sexos. O termo “orientação sexual” é utilizado na
atualidade em substituição ao termo “opção sexual”, que dava uma falsa ideia de
que a pessoa escolhia sentir desejo por determinado sexo.
De acordo com sua orientação sexual, uma pessoa pode ser:

● Heterossexual: sente atração afetiva e sexual por pessoas do sexo oposto.


● Homossexual: sente atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo.
● Bissexual: sente atração afetiva e sexual por pessoas de ambos os sexos.

→ Gravidez na adolescência
De acordo com a lei nº 8069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, adolescente é aquela pessoa que apresenta idade compreendida entre
12 anos e 18 anos de idade. Nessa fase, o indivíduo sofre mudanças físicas,
hormonais e, até mesmo, sociais. Essas transformações marcam a passagem da
infância para a fase adulta.

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Na adolescência, é comum a pressão para que o adolescente inicie a prática sexual,


sendo observado um início cada vez mais precoce das relações sexuais no Brasil.
As experimentações típicas dessa fase acabam desencadeando uma maior
exposição a comportamentos de risco, o que, muitas vezes, culmina na gravidez na
adolescência e no aumento de infecções sexualmente transmissíveis.
A gravidez na adolescência causa consequências sociais e emocionais nos jovens.

Muitas vezes, a gravidez ocorre em decorrência da falta de informações de


qualidade sobre os métodos contraceptivos ou ainda em decorrência da falta de
conhecimento sobre o funcionamento do corpo e sobre como a gravidez acontece.
Vale destacar, no entanto, que nem sempre a falta de informação é a responsável
pelas gestações indesejadas. Muitas vezes, a ideia de que “isso não vai acontecer
comigo” faz com que o adolescente sinta que não precisa prevenir-se.

A gravidez na adolescência traz consequências graves para a adolescente grávida,


para o pai da criança e para os parentes mais próximos do casal. Entre as
consequências sociais e emocionais de uma gravidez na adolescência, estão:
abandono escolar, dificuldade para encontrar emprego, preconceito por parte da
sociedade e risco de depressão na gestante. Além disso, não podemos esquecer das
consequências relacionadas à saúde da mãe e do bebê, como risco de parto
prematuro, anemia, complicações no parto e baixo peso do bebê ao nascer.

→ Métodos contraceptivos
Os métodos contraceptivos visam a evitar uma gravidez indesejada. Esses métodos
não visam à proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST), sendo a
camisinha o único método contraceptivo que apresenta também essa importante
função.

A camisinha garante proteção contra uma gravidez indesejada e contra IST.

Os métodos contraceptivos devem ser adotados por um casal em comum acordo


após análise dos pós e contras de cada método. Para escolher um método, devem
ser analisados eficácia, possíveis efeitos colaterais, facilidade de uso, custo,
reversibilidade e se ele protege contra IST. Sendo assim, um método contraceptivo
ideal para um casal pode não ser para outro.

Como exemplo de métodos contraceptivos, podemos citar:


● Camisinha feminina e masculina
● Pílulas anticoncepcionais
● Diafragma
● Dispositivo intrauterino (DIU)
● Tabelinha
● Muco cervical
● Temperatura basal
● Vasectomia
● Laqueadura

→ Doenças sexualmente transmissíveis


Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infecções transmitidas,
principalmente, por contato sexual desprotegido com pessoa infectada. A
terminologia “doenças sexualmente transmissíveis” não é mais utilizada hoje, pois
muitas pessoas apresentam infecções que não causam sinais e sintomas visíveis no
organismo, portanto, que não podem ser chamadas de doenças.

Existe uma grande variedade de IST, por isso, é difícil estabelecer sintomas
precisos para identificar o problema. Entretanto, de uma maneira geral, considera-
se que as IST apresentam, como principais manifestações clínicas, corrimentos no
pênis, vagina ou ânus, feridas e verrugas genitais.

Entre as principais IST, podemos citar: gonorreia, sífilis, infecção pelo HIV, herpes
genital, infecção pelo HPV, hepatite B e hepatite C. Essas infecções podem ser
prevenidas, principalmente, com o uso de preservativos em todas relações sexuais
e com a redução do número de parceiros. Além disso, algumas dessas infecções
podem ser prevenidas com vacinas, como é o caso da infecção pelo HPV.

Não podemos nos esquecer também da importância do diagnóstico e do tratamento


da pessoa com IST. Sem o diagnóstico correto, muitas pessoas acabam
contribuindo para a disseminação da doença. Desse modo, ao sentir qualquer
sintoma que sugira uma IST, é fundamental procurar o médico e comunicar o
parceiro.
Sexualidade, gênero e sexo
biológico
Sexualidade

Refere-se às elaborações culturais sobre os prazeres e os intercâmbios sociais e corporais que


compreendem desde o erotismo, o desejo e o afeto, até noções relativas à saúde, à
reprodução, ao uso de tecnologias e ao exercício do poder na sociedade. As definições atuais
da sexualidade abarcam, nas ciências sociais, significados, ideias, desejos, sensações,
emoções, experiências, condutas, proibições, modelos e fantasias que são configurados de
modos diversos em diferentes contextos sociais e períodos históricos. Trata-se, portanto, de
um conceito dinâmico que vai evolucionando e que está sujeito a diversos usos, múltiplas e
contraditórias interpretações e que se encontra sujeito a debates e a disputas políticas
(GÊNERO, 2009, p. 112).

Gênero

Conceito formulado nos anos 1970 com profunda influência do movimento feminista. Foi
criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de
que há machos e fêmeas na espécie humana, levando em consideração, no entanto, que a
maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que
homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus
corpos (GÊNERO, 2009, p. 43).

Sexo biológico

Em termos simples, o sexo biológico diz respeito às características biológicas que a pessoa
tem ao nascer. Podem incluir cromossomos, genitália, composição hormonal, entre outros.
Em um primeiro momento, isso infere que a pessoa pode nascer macho, fêmea ou intersexual
(NEUTROIS.COM, [201-?]).
1 COMMENT
1. Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas
2. setembro 30, 2017 às 3:25 pm
3. As diferentes culturas podem suscitar as mais diversas expressões de sexualidade,
independente do grupamento social. Mesmo em países marcados pela prevalência de
religiões moralistas, diferentes identidades de gênero são aceitas e incorporadas de
forma natural.
De fato, a questão de gênero é um produto da realidade social, porém vale lembrar
que o caráter reprodutivo foi introduzido com o avanço da biologia nos últimos
séculos, reforçando o padrão binário ora vigente.
Propriedades Gerais da Matéria
Olá pessoal!! Vamos dá início a nossa disciplina com o seguinte conteúdo:
PROPRIEDADES GERAIS DA MATÉRIA!!

A matéria tem 10 propriedades gerais, isto é, características observadas


em qualquer corpo, independente da substância de que ele é feito:

Inércia, massa, volume, extensão, impenetrabilidade, compressibilidade,


elasticidade, divisibilidade, descontinuidade e indestrutibilidade.

Inércia

A matéria permanece em seu estado de repouso ou de movimento, a menos


que uma força aja sobre ela. Vamos visualizar essa propriedade através do
esporte: em um jogo de futebol, vôlei ou basquete, por exemplo, a bola só entra
em movimento quando impulsionada pelo jogador, e demora algum tempo até
parar de novo.

Massa

A massa é uma propriedade que diz respeito à quantidade de matéria que o


corpo possui. É uma grandeza que pode ser medida e normalmente usamos o
quilograma (Kg) como unidade pois é a unidade padrão segundo o Sistema
Internacional (SI) – sistema que “rotula” qual unidade deve ser usada em cada
grandeza para que haja um padrão mundial. Outra unidade derivada do
quilograma é o grama (g) muito utilizado para medir pequenas quantidades.

A massa tem grande relação com a propriedade que discutimos


anteriormente: inércia. Quanto maior a massa de um corpo, maior a sua inércia,
ou seja, maior será sua capacidade de se manter em movimento ou em repouso.

Volume

O volume é uma grandeza que indica o espaço ocupado por uma quantidade
de matéria. No sistema internacional (SI), a unidade de volume é o metro cúbico
(m3). Também é comum a utilização do litro (L) ou do mililitro (mL) na medida de
volume.

Extensão
É a capacidade de ocupar lugar no espaço, toda matéria ocupa um lugar no
espaço.

Impenetrabilidade

Duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo


tempo. Podemos ver isso quando colocamos nossa mão em um copo cheio de água.
O volume de água que transborda do copo é o mesmo volume que nossa mão ocupa
dentro do copo.

Descontinuidade

Uma matéria ser descontínua significa que há espaços nela que não são
visíveis aos nossos olhos. Você pode olhar para uma folha de papel e ver seu
início em uma ponta e o fim na outra, porém, na própria folha existem vários
inícios e vários fins que equivalem ao início e ao fim da extensão moléculas que
constituem o papel.

Divisibilidade

Qualquer matéria pode ser dividida em pedaços menores. Quando


quebramos algum objeto estamos partindo-o em pedaços menores que o inicial.

Compressibilidade

É a capacidade que toda matéria tem de diminuir seu volume quando uma
força é exercida sobre ela.

Elasticidade

Por mais que a gente estique um elástico até o seu limite (antes que ele se
rompa) ao pararmos de fazer força ele volta a forma de quando o pegamos
inicialmente, isso é uma propriedade da matéria chamada elasticidade. Em outras
palavras, é a capacidade da matéria voltar ao seu volume e forma inicial depois
que a força exercida sobre ela acaba.

Indestrutibilidade

Nenhuma matéria é destruída. Ela se transforma em alguma outra matéria.


Propriedades da Matéria

Carolina Batista

Professora de Química

Matéria é tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço.

As propriedades da matéria são as características físicas ou químicas que nela existem


e servem para diferenciar os materiais.

As propriedades podem ser classificadas em gerais e específicas que, por sua vez, se
dividem em: químicas, físicas, organolépticas e funcionais.

Propriedades Gerais da Matéria


As propriedades gerais são características que se aplicam a qualquer matéria,
independente da sua constituição.

Massa Corresponde à quantidade de matéria de um corpo.

Volume Corresponde ao espaço ocupado pela matéria, em qualquer estado físico.

Corresponde à permanência da ação ou inatividade da matéria: manter-se


Inércia
parado ou em movimento.

Impenetrabilida Não há possibilidade de dois corpos ocuparem o mesmo lugar ao mesmo


de tempo.

Divisibilidade A matéria poder ser dividida em diversas partes muito pequenas.

Compressibilida Ocorre a redução do volume da matéria, mediante a aplicação de pressão.


de

Elasticidade Há o regresso do volume da matéria após a força de compressão cessar.

Indestrutibilidad Não se pode destruir ou criar a matéria, o que ocorre são transformações.
e

Extensão É a capacidade de ocupar lugar no espaço.

Descontinuidade Existem espaços na matéria que não são visíveis a olho nu.

Exemplo: Os gases podem ser comprimidos, como acontece com o ar no pneu de um


carro.

Para mais informações sobre as propriedades gerais, não deixe de ler:

● Propriedades Gerais da Matéria

● Massa

Propriedades Específicas da Matéria


Ao contrário das propriedades gerais, as propriedades específicas são características
exclusivas de determinada matéria.

Essas características especificam e identificam com exclusividade algumas matérias,


diferenciando-as das demais.

Propriedades Químicas
As propriedade químicas são obtidas através de transformação/reação química.

Combustível Capacidade de reagir com oxigênio e liberar energia.

Oxidante Capacidade de retirar elétrons de uma substância.

Corrosivo Capacidade de danificar ou desgastar um material por meio de uma reação


química.

Capacidade de expandir e liberar ondas de pressão acompanhadas de gases e


Explosivo
calor em um curto espaço de tempo.

Efervescênci Capacidade de produzir gás e liberá-lo em meio líquido.


a

Fermentaçã Capacidade de transformar a matéria orgânica e produzir energia.


o

Exemplo: Uma barra de ferro que fica à chuva e acaba por enferrujar/corroer.

Para mais informações sobre as propriedades químicas, não deixe de ler:

● O que é Química?

● Transformações químicas

Propriedades Físicas
As propriedades físicas não dependem de transformações, ou seja, são inerentes à
matéria.

Temperatura em que a substância muda do estado sólido para o estado


Ponto de fusão
líquido.

Temperatura em que a substância muda do estado líquido para o estado


Ponto de ebulição
gasoso.

Densidade É a quantidade de matéria em determinado volume.

Capacidade de uma substância se dissolver, ou não, em um determinado


Solubilidade
líquido.

Condutividade Refere-se ao caráter elétrico dos materiais, classificando-os em:


elétrica condutores, semicondutores e isolantes.
Maleabilidade Permite a moldagem de um material em finas lâminas.

Magnetismo Propriedade de atração e repulsão de determinados metais e ímãs.

Ductibilidade Capacidade do material suportar a deformação sem se romper.

Dureza Resistência de um material à deformações pela aplicação de uma força.

Viscosidade Resistência de um fluido ao escoamento.

Exemplo: Tanto um cubo de gelo flutua em um copo com água, quanto um iceberg
flutua sobre o oceano devido a diferença de densidade.

Para mais informações sobre as propriedades físicas, não deixe de ler:

● Ponto de fusão e ebulição

● Densidade

Propriedades Organolépticas
As propriedades organolépticas são percebidas pelos órgãos dos sentidos e, por esse
motivo, podem ser discutíveis, uma vez que as pessoas têm percepções diferentes
acerca de alguns sentidos, tal como com relação ao sabor.

O cheiro classifica as substâncias em odorantes, enquanto as inodoras não possuem


Odor
cheiro, ou seja, não é sentido pelas células olfativas.

As substâncias podem ser classificadas em doces, amargas, azedas ou salgadas pelo


Sabor
reconhecimento do sabor nas papilas gustativas.

A cor de um material é gerada pela frequência de onda luminosa que é refletida e


Cor
percebida pela visão.

Essa é a capacidade que um material tem de refletir ou absorver luz que incide sobre
Brilho
ele.
Textur A superfície de um material pode ter um aspecto liso, rugoso, áspero ou macio de
a acordo com a percepção do tato.

Som São vibrações que ao penetrarem no nosso ouvido produzem sensações auditivas.

Exemplo: É característico dos metais serem brilhosos, enquanto que outros materiais
são opacos como a madeira.

Você também pode se interessar por:

● Matéria: o que é, composição e exemplos

● Misturas homogêneas e heterogêneas

Propriedades Funcionais
As propriedades funcionais são características constantes em determinadas matérias,
sendo pertencentes a um mesmo grupo funcional, tais como os ácidos, bases, óxidos e
sais.

Ácido São substâncias que ionizam em solução aquosa, liberam íons H+ e têm sabor azedo.
s

São substâncias que dissociam em solução aquosa, libera íons OH- e causam
Bases
adstringência.

São compostos iônicos que apresentam, no mínimo, um cátion diferente de H+ e um


Sais
ânion diferente de OH-.

Óxido São compostos binários, que têm dois elementos, sendo um deles o oxigênio.
s

Exemplo: Uma vez que as laranjas e os limões são frutas ácidas, elas pertencem a um
mesmo grupo funcional.,

Para mais informações sobre as propriedades funcionais, leia sobre Ácidos, Bases,
Sais e Óxidos.
Resumo sobre as Propriedades da Matéria
Propriedades Gerais da Matéria

São características que se aplicam a qualquer matéria, independente da sua constituição.

● Massa ● Compressibilidade
● Volume ● Elasticidade
● Inércia ● Indestrutibilidade
● Impenetrabilidade ● Extensão
● Divisibilidade ● Descontinuidade

Propriedades Específicas da Matéria

São características exclusivas de determinada matéria que a diferencia das demais.

Químicas Físicas

● Combustível ● Ponto de fusão


● Oxidante ● Ponto de ebulição
● Corrosivo ● Solubilidade
● Explosivo ● Magnetismo

Organolépticas Funcionais

● Cor ● Ácidos
● Sabor ● Bases
● Odor ● Sais
● Textura ● Óxidos

É importante lembrar que a matéria os estados físicos da matéria são: sólido, líquido e
gasoso.

Esses estados podem, todavia, ser transformados se submetidos às seguintes


mudanças:
● fusão

● vaporização

● condensação

● sublimação

● solidificação

Para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema, recomendamos esses textos:

● Propriedades do ar

● Propriedades da água

Atividades experimentais
Para comprovar ou testar as propriedades citadas acima podem ser feitas diversas
pequenas experiências que tornam mais fácil a sua compreensão.

1. Pegue uma balança e pese diversos tipos de pequenos objetos, aponte e


compare as diferenças. Qual o objeto tem mais massa?

2. Experimente colocar um desses objetos dentro de uma vasilha com água pela
metade. Ao verificar que o nível da água subirá estará diante da característica
da impenetrabilidade, bem como verificará que o nível ganho corresponde ao
volume do objeto.

3. Bata num pedaço de giz com uma colher de pau e estará diante da
divisibilidade. O giz ficará em mil pedacinhos.

4. Agora, queime uma folha de papel e responda: A folha foi destruída?


Queimar não significa destruir, mas sim, transformar; os vestígios que ficarão
do ato de queimar comprovam isso.
5. Uma forma de verificar o que foi dito acerca das propriedades organolépticas
é fazendo um jogo. Vende os olhos de duas pessoas e peça que elas
adivinhem os objetos que lhes dar mediante as suas percepções ao tocar e a
cheirar os objetos

Propriedades da matéria
As propriedades da matéria auxiliam na identificação de uma substância e podem
ser: físicas, funcionais, químicas, organolépticas, entre outras.

Quando o gelo está sobre a água, a propriedade física densidade torna-se evidente
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Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço e possui massa. Porém, cada
matéria pode apresentar uma ou mais características (propriedades da matéria) que
são diferentes de outra matéria, como também pode apresentar características
semelhantes.
Quando misturamos óleo na água, ambos no estado líquido, percebemos
rapidamente que um não se dissolve no outro e posiciona-se de forma diferente no
recipiente.

Mistura formada por água e óleo

Essa simples mistura é suficiente para visualizarmos diversas propriedades da


matéria, como a solubilidade (por não se dissolverem) e a densidade (por se
posicionarem de forma diferente).

Tópicos deste artigo


● 1 - Mapa Mental: Matéria

Mapa Mental: Matéria


* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

De uma forma geral, as propriedades da matéria estão divididas em dois grupos, as


gerais e as específicas, todas exploradas a seguir:

Propriedades gerais da matéria

São as características que toda matéria apresenta, independentemente do seu estado


físico (sólido, líquido ou gasoso).

● Inércia

Uma matéria sempre apresenta a tendência de manter o seu estado, seja de repouso,
seja de movimento, a não ser que uma força externa influencie.

● Massa
Fisicamente, massa é uma grandeza que indica a medida da inércia ou da
resistência de um corpo de ter seu movimento acelerado. Porém, podemos, de uma
forma geral, associar a massa à quantidade de partículas existentes em uma
matéria.

● Volume

É o espaço que uma matéria ocupa independentemente do seu estado físico.

● Impenetrabilidade

Duas matérias não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Para
enchermos uma garrafa com água, por exemplo, o ar tem que sair dela.

● Compressibilidade

É a característica que a matéria apresenta de diminuir o espaço que estava


ocupando quando submetida a uma força externa. Isso pode ser visto quando
tampamos a ponta de uma seringa e empurramos o gás em seu interior com o
êmbolo.

● Elasticidade

É a característica que uma matéria tem de voltar à sua forma original quando uma
força externa a estica ou comprime.

● Divisibilidade

É a capacidade que a matéria possui de ser dividida inúmeras vezes sem deixar de
ser o que ela é, isto é, não há modificação de sua composição química.

Propriedades específicas da matéria


São características próprias de cada matéria, ou seja, se uma matéria apresenta, não
quer dizer que outra também apresentará a mesma característica.

a) Propriedades organolépticas

É a característica que a matéria apresenta de estimular pelo menos um dos cinco


sentidos. Veja alguns exemplos:

● Paladar: quando ingerimos cloreto de sódio, sentimos o sabor salgado;


● Audição: o som produzido pelo bife sendo frito em uma panela;
● Tato: quando passamos uma toalha no rosto e sentimos que ela é áspera;
● Visão: luz percebida a partir da explosão de fogos de artifício;
● Olfato: o aroma liberado quando descascamos uma mexerica.

b) Propriedades funcionais

É a característica que algumas substâncias apresentam de desempenhar um mesmo


papel (função) ou promover uma mesma sensação. Veja alguns exemplos:

● Ácidos

Toda substância classificada como ácida apresenta sabor azedo (quando ingerida) e
é capaz de sofrer o fenômeno da ionização (produzir íons).

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● Bases

Toda substância classificada como básica promove a sensação de adstringência


(sensação de secura e aperto na boca quando ingerida) e é capaz de sofrer o
fenômeno da dissociação (liberar íons) em água.

● Sais
Toda substância classificada como salina possui sabor salgado (quando ingerida) e
é capaz de sofrer o fenômeno da dissociação (liberar íons) em água.

c) Propriedades químicas

É a característica que uma matéria apresenta de se transformar em outra, em um


processo denominado de fenômeno químico. Muitas vezes um fenômeno químico
só ocorre quando a matéria é submetida a determinadas condições (temperatura,
catalisadores, eletrólise etc.).

Uma matéria só se transforma em outra quando apresentam uma caraterística


química em comum, principalmente átomos de elementos químicos em comum. Se
queremos produzir iogurte, é preciso utilizar leite, e não suco de uva, por exemplo.

Outro exemplo clássico de fenômeno químico é a formação da água. Nesse


processo, submetemos os gases oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) a altas pressões e
temperaturas, sendo o resultado a produção de uma substância completamente
diferente, a água.

Isso não é possível quando reagimos os gases cloro (Cl 2) e hidrogênio (H2). Nesse
caso, o resultado é a formação de ácido clorídrico (HCl).

d) Propriedades físicas

São características da matéria determinadas de forma experimental.

● Solubilidade

É a característica que uma determinada matéria apresenta de dissolver outra. A


água, por exemplo, tem a capacidade de dissolver o cloreto de sódio (sal de
cozinha). Vale ressaltar que a quantidade de soluto, solvente e a temperatura são
fatores que influenciam a solubilidade.
Um exemplo da influência da temperatura, quantidade de soluto e solvente está
descrito na tabela a seguir:

Tabela que expressa a solubilidade da sacarose em água

Na tabela, podemos observar que, se tivermos 100 mL de água, a 10 oC,


dissolveremos 190,5 g de sacarose. Agora, se essa mesma quantidade de água
estiver a 50 oC, a quantidade de sacarose que poderá ser dissolvida é de 260,4 g.

● Densidade (d)

É a relação entre a massa (m) da matéria e o espaço (volume) que ela ocupa. Ela é
calculada por meio da seguinte expressão:

d=m

● Ponto de fusão (PF)

É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser sólida e passa a ser
totalmente líquida. O ferro, por exemplo, deixa de ser sólido e passa a ser líquido a
1535 oC.

● Ponto de ebulição (PE)

É a temperatura que indica quando uma matéria deixa de ser líquida e passa a ser
totalmente gasosa. O metal mercúrio, por exemplo, deixa de ser líquido e passa a
ser gasoso a 356,9 oC.
● Tenacidade

É a capacidade que uma matéria tem de resistir ao impacto com outra matéria.
Quando uma pedra é arremessada no vidro, este se quebra, ou seja, a pedra é mais
tenaz que o vidro.

● Dureza

É a capacidade que uma matéria apresenta de riscar outra. Um exemplo é quando


uma pedra arranha o vidro de uma janela, ou seja, a pedra é mais dura que o vidro.

Propriedades da Matéria: Gerais e


Específicas
25 de setembro

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Escrito porRedação

Você sabia que a matéria tem diversas propriedades gerais e específicas? Pois é!
Toda e qualquer porção de matéria possui características comuns, como: inércia,
massa, extensão, impenetrabilidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade e
descontinuidade; e características específicas, que são exclusivas de certas
matérias ou grupos de matérias. O conjuntos dessas características gerais e
específicas é o que chamamos de propriedades da matéria.

Sabia dessa? Não?! Pois agora você está sabendo.

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Continue a leitura deste artigo e conheça um pouco mais sobre as propriedades das
matérias, tanto as gerais quanto as específicas. Com certeza será muito útil para
você que ainda está no ensino médio ou já está prestando algum vestibular ou
concurso.

O que é Matéria?
Matéria é a substância na qual todos os objetos físicos consistem. Ou seja, é tudo
aquilo que tem massa e que ocupa um espaço.

A matéria é composta por moléculas e átomos, que se ordenam de diferentes


formas, garantindo assim as propriedades específicas de cada matéria. Contudo,
existem ainda as propriedades gerais, que são comuns a todo tipo de matéria.

A seguir, você aprende mais sobre as propriedades gerais e específicas da matéria.

Propriedades Gerais da Matéria


Entenda a seguir, de forma resumida, um pouco mais sobre as propriedades gerais,
ou seja, que são comuns a todas as matérias.

Massa

É uma propriedade relacionada com a quantidade de matéria e é medida,


geralmente, em quilogramas (kg). A massa é a medida da inércia. Quanto maior a
massa de um corpo, maior a sua inércia.
Lembrando que massa e peso são duas coisas diferentes. A massa de um corpo
pode ser medida em uma balança. O peso é uma força resultante da multiplicação
entre o valor da massa e da gravidade na qual a matéria está submetida medida em
dinamômetros.

Extensão

Toda matéria ocupa um lugar no espaço. Todo corpo tem extensão. Seu corpo, por
exemplo, tem a extensão do espaço que você ocupa. Portanto, extensão é a
capacidade da matéria de ocupar um espaço.

Volume

Volume é a medida do espaço ocupado pela matéria. Ele pode ser calculado
através da relação entre três medidas: altura, comprimento e largura.

Inércia

Toda a matéria conserva seu estado, seja ele de repouso ou de movimento. Seu
estado só muda se houver a ação de uma força sobre ela. No jogo de sinuca, por
exemplo, a bola só entra em movimento quando impulsionada pelo jogador, e
demora algum tempo até parar de novo.

Divisibilidade

A matéria pode ser dividida em partes cada vez menores. Quebre um pedaço de giz
até reduzi-lo a pó. Quantas vezes você dividiu o giz?!

Descontinuidade

Toda matéria é descontínua, por mais compacta que pareça. Existem espaços entre
uma molécula e outra e esses espaços podem ser maiores ou menores tornando a
matéria mais ou menos dura.

Impenetrabilidade

Duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo lugar, a mesma extensão ao
mesmo tempo. Sendo assim, uma matéria é impenetrável na outra. Nem sempre é
possível perceber isso a olho nu, mas cada uma ocupa o seu espaço.

Comprove a impenetrabilidade da matéria: coloque água em um copo e marque o


nível dela com esparadrapo ou faça um risco. Em seguida, adicione 3 colheres de
sal. Resultado: o nível da água subiu. Isto significa que duas porções de matéria
(água e sal), não podem ocupar o mesmo lugar no espaço (interior do copo) ao
mesmo tempo.
Compressibilidade

Quando a matéria está sofrendo a ação de uma força, seu volume diminui. Veja o
caso do ar dentro da seringa: ele se comprime. Desta forma, ele passa a ocupar
uma extensão diferente.

Elasticidade

A matéria volta ao volume e à forma inicial quando cessa a compressão. No


exemplo anterior, basta soltar o êmbolo da seringa que o ar volta ao volume e à
forma iniciais.

Indestrutibilidade

Nenhuma matéria pode ser destruída. Contudo, ela pode se transformar em outras
matérias. É sobre essa propriedade que o químico Antoine Lavoisier fala em sua
famosa frase: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

No vídeo abaixo, você confere um pouco mais sobre as propriedades gerais da


matéria:

Propriedades Específicas da Matéria


Entenda a seguir, de forma resumida, um pouco mais sobre as propriedades
específicas, ou seja, que são características exclusivas de certas matérias.

Propriedades Químicas

As propriedades químicas de uma matéria são aquelas que alteram sua composição
química. Portanto, referem-se à capacidade de uma substância transformar-se em
outra através de reações químicas.

Um exemplo disso é o enferrujamento do prego, devido à reação de oxidação do


ferro presente no material. Quando exposto a uma combinação de oxigênio (O2) e
água (H2O), é formado o composto óxido de ferro (III) mono-hidratado, que é a
ferrugem.

Conheça alguns exemplos de propriedades químicas específicas de algumas


matérias e substâncias:

● Oxidação
● Corrosão
● Explosão
● Efervescência
● Inflamabilidade
● Combustibilidade
● Reatividade

Propriedades Físicas

Entre as propriedades físicas encontram-se o ponto de fusão, o ponto de ebulição e


o calor específico. Mais adiante vamos explicar sobre cada uma delas. Por aqui,
vamos estudar outras duas propriedades muito importantes: a densidade e a dureza
das matérias.

● Densidade: é o resultado da divisão entre a quantidade de matéria (massa) e


o seu volume. A densidade absoluta de um corpo é igual a m/v. Se a massa é
medida em gramas e o volume em centímetros cúbicos, a densidade é obtida
em gramas por centímetros cúbicos (g/cm³).

Ex.: Qual a densidade de um corpo que tem massa de 200 g e está ocupando um
volume de 2000 cm³?

Resposta: É de 0.1 g/cm

● Dureza: é a resistência que a superfície de um material tem ao risco. Um


material é considerado mais duro que o outro quando consegue riscar esse
outro deixando um sulco. Para determinar a dureza dos materiais, usamos
uma escala de 1 a 10. O valor 1 corresponde ao mineral menos duro que se
conhece, o talco. O valor 10 é a dureza do diamante, o mineral mais duro que
se conhece.

Propriedades Organolépticas

As propriedades organolépticas podem ser percebidas por alguns dos nossos


sentidos físicos, como visão, paladar e olfato. Veja só:

● Cor: a matéria pode ser colorida ou incolor. Esta propriedade é percebida


pela visão.
● Brilho: a capacidade de uma substância de refletir luz é o que determina o
seu brilho. Também percebemos o brilho pela visão.
● Sabor: uma substância pode ser insípida (sem sabor) ou sápida (com sabor).
Esta propriedade é percebida pelo paladar.
● Odor: a matéria pode ser inodora (sem cheiro) ou odorífera (com cheiro).
Esta propriedade é percebida pelo olfato.

Propriedades Funcionais
Propriedades funcionais são características pertencentes a determinados conjuntos
de matérias. Essas propriedades constantes dividem as matérias em grupos
funcionais:

● Ácidos: substâncias ionizantes em solução aquosa, liberam íons H+. É


característico o seu sabor azedo. Exemplos: ácido cítrico, vinagre, bebidas
gaseificadas, ácido sulfúrico, entre outros.
● Bases: substâncias que dissociam em solução aquosa e liberam íons OH-.
São substâncias adstringentes. Exemplos: soda cáustica, amoníaco e leite de
magnésia.
● Óxidos: compostos binários com dois elementos, sendo o oxigênio um deles.
Exemplos: ferrugem, água oxigenada, cal e gás carbônico.
● Sais: compostos iônicos com pelo menos um ânion diferente de OH- e um
cátion diferente de H+. Exemplos: sal de cozinha e bicarbonato de sódio.

No seguinte vídeo, você confere mais sobre as propriedades específicas da matéria


e também os seus estados físicos:

Estados físicos da matéria


Também são propriedades da matéria os seus estados físicos, que podem ser:
sólido, líquido ou gasoso.

Sólido

No estado sólido, o corpo tem forma e volume definidos. A matéria em estado sólido
pode se apresentar compacta, em pedaços ou em pó. Os corpos são formados pela
reunião de moléculas, e entre as moléculas desenvolvem-se duas forças:

● Coesão: é a força que tende a aproximar as moléculas entre si.


● Repulsão: é a força que tende a afastá-las umas das outras.

No estado sólido, a força de coesão é muito forte a ponto de deixá-las compactadas.


Por isso, o movimento das moléculas é pequeno e elas apenas vibram.

Líquido

No estado líquido, a matéria tem forma variável e volume definidos. As moléculas


têm menos força de coesão do que nos sólidos. Por isso, elas se deslocam mais.

Gasoso

No estado gasoso, a matéria tem forma e volume variáveis. Nos gases, as


moléculas se movem livremente e com grande velocidade. A força de coesão é
mínima e a de repulsão é enorme.
Quais são as mudanças no Estado da Matéria
Os estados físicos da matéria podem mudar entre si, de acordo com reações físicas.

Fusão

É a passagem do estado sólido para o líquido.

Quando fornecemos calor a um corpo, suas partículas vibram mais. A uma


determinada temperatura, as partículas do sólido vibram com tanta intensidade que
algumas chegam a vencer a força de coesão e passar ao estado líquido. Esse
fenômeno chamamos de fusão.

Cada substância tem sua temperatura de fusão característica a uma determinada


pressão. Essa temperatura chamamos de ponto de fusão (Pf).

Solidificação

É a passagem do estado líquido para o sólido.

Ao resfriarmos um corpo, as moléculas passam a vibrar menos. Sendo assim, em


uma determinada temperatura as substâncias líquidas de um corpo transformam-se
em sólidas porque a força de coesão aumenta e a agitação molecular diminui.

Cada substância tem sua temperatura de solidificação característica a uma


determinada pressão. Essa temperatura chamamos de ponto de solidificação (Ps).

Vaporização

É a passagem do estado líquido para o gasoso.

Pode acontecer por evaporação, que é uma passagem lenta e espontânea


estimulada pela temperatura, ventilação e superfície de evaporação, também por
ebulição, que é a passagem com grande agitação molecular e a formação de
bolhas, ou por calefação, que é a passagem brusca.

Um exemplo para entender melhor essas vaporizações:

● Evaporação: as roupas molhadas, com o calor do ar, evaporam


● Ebulição: a água no bule, com o calor da chama do fogão, ebule
● Calefação: a água jogada em uma superfície muito quente, que logo ao fazer
contato já sobe o vapor, calefa

Condensação
Também chamada liquefação, é a passagem do estado gasoso para o estado
líquido. Neste caso, ao invés da temperatura subir, causando o aumento da força de
repulsão, a temperatura diminui ocasionando a força de coesão.

Sublimação

É a passagem direta do estado sólido para o gasoso ou vice-versa.

Resumo
● Matéria é tudo aquilo que possui massa e volume. É o que compõe os
objetos físicos.
● As propriedades gerais são características comuns a todas as matérias.
● As propriedades específicas são características exclusivas de certas matérias
ou de grupos de matérias.
● As matérias possuem três estados físicos: sólido, líquido e gasoso
● Os estados físicos podem variar, a partir de reações

Matéria
Matéria é tudo aquilo que tem massa e volume. É composta por moléculas e
átomos unidos e ordenados de diferentes formas, o que garante diferentes
propriedades específicas. Também há as propriedades gerais, que são
aquelas que se aplicam a todo tipo de matéria.

Matéria e energia são conceitos complementares. A energia, além de unir as


partículas formadoras da matéria, está proporcionalmente relacionada a
esta. Einstein descreveu matematicamente que matéria e energia são
diretamente proporcionais (E=m.c²).

Veja também: Qual é a estrutura de um átomo?

O que é matéria?

A palavra matéria vem do latim e significa “aquilo de que uma coisa é feita”.
Matéria é tudo aquilo que possui peso e ocupa espaço no Universo. De
acordo com Demócrito, a matéria é formada por pequenas partículas
menores, chamadas de átomo, e cada tipo de matéria se distingue pela
natureza e forma de organização dos átomos, o que nos leva aos diferentes
estados físicos:

● gasoso;
● líquido;
● sólido.

O ar atmosférico que respiramos, por exemplo, também é matéria. Apesar


de não conseguirmos ver, o ar tem peso e ocupa espaço. Prova disso é que,
quando enchemos um balão, ele ganha volume e, se colocarmos um balão
vazio e um cheio em uma balança, poderemos ver que o balão cheio de ar é
um pouco mais pesado.

Imagem
representando a diferença de volume nos balões com ar e sem.

Composição da matéria

A matéria é composta por espécies atômicas ligadas por diferentes forças


inter e intramoleculares. Os átomos se organizam e formam moléculas, e as
moléculas se unem e formam elementos de dimensões maiores.

A matéria pode ser formada por um tipo apenas de átomo (sendo chamada
de substância) ou pode ser formada por dois ou mais átomos, configurando
uma mistura.

Leia também: O que são as substâncias simples e compostas?

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Tipos de matéria

Podemos classificar a matéria de diversas formas, levando em conta


características como:

● estado físico;
● natureza do(s) elemento(s) formador(es);
● origem natural ou artificial;
● propriedades específicas, etc.

Mas vamos nos ater aqui à matéria orgânica e inorgânica.

● Matéria orgânica
Matéria orgânica são os compostos que têm em sua estrutura átomos de
carbono, realizando ligações covalentes com outros átomos de carbono e
com outras espécies atômicas, como:

● hidrogênio;
● fósforo;
● oxigênio;
● nitrogênio;
● halogênios.

Todo composto orgânico tem carbonos em sua estrutura, mas nem todo
composto que tem carbono é orgânico. Os carbonatos (sais compostos pelo
íon CO32−), por exemplo, são compostos inorgânicos.

Antigamente se acreditava que os compostos orgânicos eram


exclusivamente produzidos por seres vivos. Em 1828, o cientista Friedrich
Wöhler conseguiu, em laboratório, sintetizar a ureia (CH₄N₂O), um composto
orgânico, a partir do cianato de amônio (NH4OCN), um composto inorgânico.
Depois disso surgiram outros compostos orgânicos sintetizados em
laboratório.

● Inorgânicos
Compostos inorgânicos são normalmente unidos por ligação iônica, como:
● ácidos;
● bases;
● óxidos;
● sais.

São as substâncias que não possuem carbonos ordenados, cadeias de


hidrocarbonetos ligadas à molécula. Exemplo de composto inorgânico
presente no nosso cotidiano é o cloreto de sódio (NaCl), que é o nosso sal
de cozinha. Podemos citar também o hidróxido de sódio (NaOH), também
conhecido como soda cáustica.

Duas
soluções com compostos inorgânicos — ácido clorídrico (HCl) e cloreto de sódio (NaCl).

Propriedades da matéria

Há dois tipos de propriedades da matéria. Aquelas que dizem respeito a


todo tipo de matéria são as propriedades gerais, e aquelas que são
específicas de uma espécie variam de uma matéria para outra.

● Propriedades gerais
● Massa: é a quantidade de matéria que temos em uma determinada
amostra. Sua unidade é o quilograma (kg) pelo Sistema
Internacional de Unidades (SI).
● Volume: espaço ocupado pela amostra de matéria. Sua unidade é o
m³ pelo SI. Um m³ corresponde a 1000 litros.
● Impenetrabilidade: toda matéria ocupa um determinado espaço no
Universo, e nenhuma outra matéria é capaz de ocupar esse mesmo
espaço simultaneamente.
● Divisibilidade: é possível dividir a matéria em infinitas partes
menores até chegarmos às unidades fundamentais da matéria, que
hoje sabemos que vão além dos átomos.
● Descontinuidade: toda matéria é composta por espaços vazios
entre os átomos e moléculas.
● Compressibilidade: capacidade de ter seu volume reduzido por
ação de forças externas.
● Elasticidade: capacidade que a matéria tem de voltar à forma
original quando não se tem mais força ou pressão externa agindo
sobre ela.
● Indestrutibilidade: ainda que mude sua estrutura original, a matéria
não pode ser destruída. Isso foi afirmado por Lavoisier em sua
famosa frase: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
● Inércia: tendência que um corpo tem de permanecer no seu estado
de energia original, seja em repouso, seja em movimento, até que
haja a interferência de uma força externa.

Veja também: Primeira lei de Newton – lei da mecânica que comprova a


existência da inércia

● Propriedades específicas
● Funcionais: propriedades relacionadas com as funções químicas da
matéria. É a classificação da matéria conforme a semelhança de
funções e reações químicas.
● Ponto de fusão e ebulição: ponto (temperatura) em que acontece a
troca de estado físico da matéria do sólido para o líquido e do
estado líquido para o gasoso, respectivamente.
● Densidade: relação entre massa e o volume que a amostra de
matéria ocupa (d=m/v).
● Solubilidade: capacidade da matéria de se dissolver ou se misturar
à outra de forma homogênea.
● Dureza: capacidade que um material tem de riscar ou cortar outro
material.
● Maleabilidade: capacidade que o material tem de ser moldado sem
se partir ou quebrar.
● Ductibilidade: capacidade de um material de formar fios ou, em
outras palavras, até onde suporta ser deformado antes de se
romper.
● Tenacidade: capacidade da matéria de suportar ou absorver
impactos sem quebrar.
● Organolépticas: característica da matéria que podemos observar
com os nossos sentidos: tato, visão, audição, olfato e paladar.

Estados físicos da matéria

A matéria pode se apresentar em cinco estados físicos diferentes:

● condensado de Bose-Einstein;
● sólido;
● líquido;
● gasoso;
● plasma.

A diferença entre eles é a movimentação e condensação das partículas


formadoras.
Represe
ntação da relação entre os estados físicos da matéria e a energia entre as partículas.

Matéria e energia

A matéria está diretamente relacionada com a energia e vice-versa.


Exemplo disso são as forças (energia) que unem as partículas formadoras
da matéria, bem como os estados físicos, que aparecem conforme a
energia cinética entre as partículas formadoras.

Segundo Einstein, matéria e energia REVENDO AS LEIS DE BOYLE, CHARLES E


GAY-LUSSAC

Gás Nobre, falar de teoria cinética molecular sem rever as leis que envolvem as
transformações dos gases, seria um erro de minha parte. Vou fazer uma breve revisão, mas
saiba que se por acaso você nunca estudou esse tema, há um vídeo no meu canal com a aula
completa sobre isso, onde os professores Ivys Urquiza (do canal Física total) e Rafael
Procópio (Matemática Rio), me ajudaram com a explicação:

Por volta de 1660, o cientista inglês Robert Boyle identificou que havia uma relação entre o
volume e a pressão de um gás em uma transformação isotérmica (temperatura constante). O
raciocínio matemático que descreve essa transformação, é dado por:

Pressão Inicial x Volume Inicial = Pressão Final x Volume Final


Em 1787, o cientista francês Jacques Charles identificou a relação entre o volume e a
temperatura de um gás, quando a pressão é constante (transformação isobárica), chegando no
raciocínio:

Volume Inicial / Temperatura Inicial = Volume Final / Temperatura Final

Em 1802, outro cientista francês, Joseph Louis Gay-Lussac determinou a relação entre
pressão e temperatura de um gás, quando o volume é constante (transformação isocórica ou
isovolumétrica). O raciocínio é dado por:

Pressão Inicial / Temperatura Inicial = Pressão Final / Temperatura Final

Inclusive, há algo muito bacana sobre a transformação isovolumétrica: eu e meus amigos


gravamos um vídeo na Polônia aplicando esse conhecimento. Ficou curioso(a), não deixe de
ver o vídeo logo abaixo, tenho certeza que você vai gostar 😀

REVENDO A EQUAÇÃO GERAL DOS GASES

O tópico anterior se dedicou a revisar as transformações onde uma das variáveis (pressão,
temperatura ou volume) permaneciam constantes. Mas e se as três variáveis sofressem
alterações? Você se lembra como é a equação geral dos gases?

Caso não, segue a equação:

TEORIA CINÉTICA DOS GASES

A teoria Cinética dos gases foi sintetizada com o intuito de explicar as propriedades e o
comportamento interno dos gases. Compreender essa teoria é algo fundamental para o
entendimento da pressão que os gases exercem em outros corpos e em várias outras
aplicações. Os principais postulados dessa teoria Cinética dos gases, nos dizem que:

• Os gases são constituídos por um grande número de partículas que estão em movimento
contínuo e aleatório, o que justifica a facilidade com que os gases escapam de recipientes.

• O volume das partículas do gás é sempre desprezível.

• A pressão que um gás exerce é o resultado das colisões das partículas do gás com as paredes
do recipiente que o contém. As partículas não perdem energia nas colisões (choques
elásticos).
• A temperatura absoluta do gás é diretamente proporcional à energia cinética média de suas
moléculas. Ecinética média = K . T

• Não existem forças de atração ou repulsão entre as partículas de um gás ideal. As forças
intermoleculares são desprezíveis. O comportamento de um gás real se aproxima ao de um
gás ideal quando a pressão diminui e a temperatura aumenta. Quanto mais fracas são as
forças intermoleculares do gás real , mais o gás se aproxima do comportamento de um gás
ideal.

são proporcionais. Ele descreveu isso usando a fórmula matemática:

E = mc²

E → Energia

m → massa

c → velocidade da luz

Assim, se houver aumento de matéria, haverá também aumento da energia


associada a ela

Modelos Atômicos

Carolina Batista

Professora de Química

Os modelos atômicos são os aspectos estruturais dos átomos que foram apresentados
por cientistas na tentativa de compreender melhor o átomo e a sua composição.

Em 1808, o cientista inglês John Dalton propôs uma explicação para a propriedade da
matéria. Trata-se da primeira teoria atômica que dá as bases para o modelo atômico
conhecido atualmente.
A constituição da matéria é motivo de estudos desde a antiguidade. Os pensadores
Leucipo (500 a.C.) e Demócrito (460 a.C.) formularam a ideia de haver um limite para
a pequenez das partículas.

Eles afirmavam que elas se tornariam tão pequenas que não poderiam ser divididas.
Chamou-se a essa partícula última de átomo. A palavra é derivada dos radicais gregos
que, juntos, significam o que não se pode dividir.

O Modelo Atômico de Dalton

Modelo
atômico de Dalton
O Modelo Atômico de Dalton, conhecido como o modelo bola de bilhar, possui os
seguintes princípios:

1. Todas as substâncias são formadas de pequenas partículas chamadas átomos;

2. Os átomos de diferentes elementos têm diferentes propriedades, mas todos os


átomos do mesmo elemento são exatamente iguais;

3. Os átomos não se alteram quando formam componentes químicos;

4. Os átomos são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados nem


destruídos;

5. As reações químicas correspondem a uma reorganização de átomos.

Veja também: Átomo

Modelo Atômico de Thomson


Modelo
Atômico de Thomson

O Modelo Atômico de Thomson foi o primeiro a realizar a divisibilidade do átomo.


Ao pesquisar sobre raios catódicos, o físico inglês propôs esse modelo que ficou
conhecido como o modelo pudim de ameixa.

Ele demonstrou que esses raios podiam ser interpretados como sendo um feixe de
partículas carregadas de energia elétrica negativa.

Em 1887, Thomson sugeriu que os elétrons eram um constituinte universal da matéria.


Ele apresentou as primeiras ideias relativas à estrutura interna dos átomos.
Thomson indicava que os átomos deviam ser constituídos de cargas elétricas positivas
e negativas distribuídas uniformemente.

Ele descobriu essa mínima partícula e assim estabeleceu a teoria da natureza elétrica
da matéria. Concluiu que os elétrons eram constituintes de todos os tipos de matéria,
pois observou que a relação carga/massa do elétron era a mesma para qualquer gás
empregado em suas experiências.

Em 1897, Thomson tornou-se reconhecido como o “pai do elétron”.

Modelo Atômico de Rutherford


Modelo
atômico de Rutherford

Em 1911, o físico neozelandês Rutherford colocou uma folha de ouro bastante fina
dentro de uma câmara metálica. Seu objetivo era analisar a trajetória de partículas alfa
a partir do obstáculo criado pela folha de ouro.

Nesse ensaio de Rutherford, observou que algumas partículas ficavam totalmente


bloqueadas e outras partículas, que não eram afetadas, ultrapassavam a folha sofrendo
desvios. Segundo ele, esse comportamento podia ser explicados graças às forças de
repulsão elétrica entre essas partículas.
Pelas observações, afirmou que o átomo era nucleado e sua parte positiva se
concentrava num volume extremamente pequeno, que seria o próprio núcleo.

O Modelo Atômico de Rutherford, conhecido como modelo planetário, corresponde a


um sistema planetário em miniatura, no qual os elétrons se movem em órbitas
circulares, ao redor do núcleo.

Modelo de Rutherford – Bohr

Modelo
Atômico de Rutherford-Bohr
O modelo apresentado por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Por esse motivo, o
aspecto da estrutura atômica de Bohr também é chamada de Modelo Atômico de Bohr
ou Modelo Atômico de Rutherford-Bohr.

A teoria do físico dinamarquês Niels Bohr estabeleceu as seguintes concepções


atômicas:

1. Os elétrons que giram ao redor do núcleo não giram ao acaso, mas descrevem
órbitas determinadas.

2. O átomo é incrivelmente pequeno, mesmo assim a maior parte do átomo é


espaço vazio. O diâmetro do núcleo atômico é cerca de cem mil vezes menor
que o átomo todo. Os elétrons giram tão depressa que parecem tomar todo o
espaço.

3. Quando a eletricidade passa através do átomo, o elétron pula para a órbita


maior e seguinte, voltando depois à sua órbita usual.

4. Quando os elétrons saltam de uma órbita para a outra resulta luz. Bohr
conseguiu prever os comprimentos de onda a partir da constituição do átomo
e do salto dos elétrons de uma órbita para a outra.

Modelos atômicos
Os modelos atômicos são teorias que tentam explicar a matéria e seus fenômenos.
Eles foram evoluindo com o tempo, de acordo com os avanços da ciência.
Modelos atômicos.
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Os modelos atômicos são teorias desenvolvidas por cientistas que tentam explicar
o funcionamento da matéria e de seus fenômenos. Todas elas se baseiam na
existência de uma partícula fundamental, o átomo. A interpretação do átomo vai
evoluindo a cada modelo atômico, de acordo com os conhecimentos científicos da
época. Os modelos atômicos desenvolvidos foram: modelo atômico de Dalton,
modelo atômico de Thomson, modelo atômico de Rutherford, modelo atômico de
Bohr e modelo atômico de Schrödinger.

Leia também: Atomística — a área da Química voltada para os estudos do átomo

Tópicos deste artigo


● 1 - Resumo sobre modelos atômicos

● 2 - Videoaula sobre modelos atômicos

● 3 - Quais são os modelos atômicos?

● 4 - Modelo atômico de Dalton

● 5 - Modelo atômico de Thomson

● 6 - Modelo atômico de Rutherford

● 7 - Modelo atômico de Bohr

● 8 - Modelo atômico de Schrödinger

● 9 - História dos modelos atômicos

● 10 - Exercícios resolvidos sobre modelos atômicos

Resumo sobre modelos atômicos


● Os modelos atômicos são teorias criadas para explicar a composição e o
funcionamento da matéria.
● Foram evoluindo em paralelo com o avanço da ciência.
● O primeiro modelo atômico foi proposto por Dalton, em 1808, que afirmava
que o átomo é uma esfera maciça indivisível e indestrutível.
● Em 1887, Thomson atualizou o modelo atômico afirmando a existência de
carga elétrica.
● Mais tarde, em 1911, Rutherford determinou que o átomo é formado por
duas regiões: o núcleo e a eletrosfera.
● Niels Bohr propôs a existência de camadas eletrônicas na eletrosfera para
resolver limitações físicas no modelo de Rutherford, no modelo que ficou
conhecido como modelo de Rutherford-Bohr.
● Em 1926, Erwin Schrödinger determinou a existência de orbitais, que são
regiões com diferente probabilidade de se encontrar o elétron.

Videoaula sobre modelos atômicos

Vídeos

Quais são os modelos atômicos?


● Modelo atômico de Dalton (modelo bola de bilhar) — 1808.
● Modelo atômico de Thomson (modelo pudim de passas) — 1898.
● Modelo atômico de Rutherford (modelo planetário) — 1911.
● Modelo atômico de Bohr (modelo Rutherford-Bohr) — 1913.
● Modelo atômico de Schrödinger (modelo mais aceito atualmente) — 1926.

Modelo atômico de Dalton


O modelo atômico de Dalton foi a primeira teoria proposta para tentar explicar a
construção da matéria e foi desenvolvida por John Dalton em 1808.

Esse modelo supõe que o átomo é uma esfera maciça, homogênea, indivisível e
indestrutível e, por isso, é também conhecido como modelo da “bola de bilhar”.

O modelo atômico de
Dalton é conhecido como “bola de bilhar”.

Dalton determinou alguns princípios que explicavam a matéria e seus fenômenos,


baseado na ideia de que o átomo é uma esfera indivisível:

● A matéria é formada por pequenas partículas que não se dividem, os átomos.


● Os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos.
● Os átomos de elementos químicos diferentes possuem propriedades físicas e
químicas distintas.
● Átomos não são criados ou destruídos.
● Um elemento é definido pelo peso do seu átomo.
● Ao formar substâncias, os átomos não se alteram.
● Uma reação química ocorre mediante a simples reorganização dos átomos,
os quais mantêm a sua identidade.
Atualmente, se conserva a maioria desses princípios, com exceção de que o átomo
é maciço e indivisível e que os elementos são definidos pelo seu peso (na
realidade, é pelo seu número atômico).

Interessante: Antes de Dalton propor a primeira teoria atômica, o homem já se


questionava sobre a composição da matéria. No século V a.C., na Grécia Antiga,
os filósofos Demócrito e Leucipo utilizaram pela primeira vez o termo átomo para
se referir às partículas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis, que eles acreditavam
ser a unidade constituinte da matéria.

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Modelo atômico de Thomson


O modelo atômico proposto por Joseph John Thomson, em 1898, afirma que o
átomo possui natureza elétrica, é divisível e formado por partículas subatômicas.

Thomson descobriu a existência de partículas carregadas negativamente (elétrons)


no átomo, derrubando o conceito de Dalton, que afirmava que o átomo seria
indivisível.

Por meio de experimentos, Thomson construiu uma nova teoria atômica, na qual
defendeu a existência de cargas elétricas negativas presas a um núcleo, com carga
elétrica positiva. Devido a essa estrutura, esse modelo atômico é conhecido como
modelo do “pudim de passas”.
O modelo de Thomson é
conhecido como “pudim de passas”.

As considerações do modelo atômico de Thomson são:

● O átomo é esférico e divisível.


● O átomo é eletricamente neutro, possuindo a mesma quantidade de
partículas negativas e positivas.
● Os elétrons não estão presos no núcleo positivo, podendo ser transferidos a
outros átomos, em determinadas condições.
● As cargas elétricas negativas estão uniformemente distribuídas ao redor do
núcleo positivo, por repulsão eletrostática.

Modelo atômico de Rutherford


Ernest Rutherford propôs um novo modelo atômico em 1911, no qual afirma que o
átomo é formado por uma região central de massa elevada e com caráter elétrico
positivo. Em torno dele, há uma região de massa desprezível em que orbitam os
elétrons (partículas de carga negativa).

Em razão dessa configuração, o átomo de Rutherford é comparado ao Sistema


Solar, assumindo o núcleo como o Sol e os elétrons como os planetas, e conhecido
como modelo do sistema planetário.

O modelo atômico de
Rutherford é conhecido como modelo planetário.

Nesse modelo, o átomo é formado por duas principais regiões: o núcleo e a


eletrosfera. O núcleo é a região central do átomo. Apresenta alta massa e alta
densidade por concentrar as partículas de carga elétrica positiva (prótons) em um
pequeno volume.

A eletrosfera é a região em torno do núcleo que abriga os elétrons. Como os


elétrons são partículas minúsculas, assume-se que a eletrosfera é formada por
extensos espaços vazios, por isso possui baixa densidade.
Modelo atômico de Bohr
O modelo atômico de Bohr, proposto por Niels Bohr em 1913, determina que a
eletrosfera é formada por camadas de energia nas quais se distribuem os elétrons.

Esse modelo é conhecido também como modelo atômico de Rutherford-Bohr, pois


é uma evolução do modelo de Rutherford e resolve uma de suas falhas, que trata da
estabilidade dos átomos. O modelo de Rutherford, apesar de explicar muitos
aspectos da matéria, desobedecia a alguns princípios de energia da Mecânica
Clássica, como o fato de os elétrons não perderem energia durante sua trajetória
circular em torno do núcleo.

Empregando os conceitos recém-descobertos da Mecânica Quântica, o físico Niels


Bohr conseguiu justificar essa observação, determinando que os elétrons ocupam
camadas eletrônicas com valores pré-definidos de energia, de maneira que a
energia do elétron em uma camada se mantém constante ao longo de sua
movimentação.

As camadas eletrônicas são mais energéticas conforme mais distantes do núcleo se


encontrem. Os elétrons podem transitar entre as camadas apenas por meio da
absorção ou liberação da diferença de energia existente entre duas camadas. Esse
processo é conhecido como transição eletrônica.

As camadas eletrônicas do modelo atômico de Bohr são representadas pela


sequência de letras K, L, M, N, O, P e Q, cada uma possuindo uma determinada
capacidade de acomodar elétrons.
O modelo atômico de
Bohr organiza a eletrosfera em camadas de energia.

O modelo atômico de Rutherford-Bohr é construído com base em alguns


postulados:

● Os elétrons descrevem órbitas eletrônicas circulares ao redor do núcleo, em


razão da atração eletrostática entre cargas elétricas de sinais opostos.
● Essas órbitas são as camadas ou níveis eletrônicos.
● As camadas eletrônicas possuem apenas valores de energia constantes e
determinados (conceito de quantização de energia).
● A movimentação dos elétrons em uma camada eletrônica não envolve
emissão ou absorção de energia de forma espontânea.
● Os elétrons não ocupam regiões intermediárias entre as camadas.
● Os elétrons apenas transitam para uma camada de maior energia ao absorver
energia de uma fonte externa, situação em que ficam instáveis. Para retomar
a estabilidade, os elétrons retornam ao seu nível inicial, liberando a energia
absorvida sob a forma de luz ou calor. Esse conceito é conhecido como
transição eletrônica.
O modelo de Bohr é o mais empregado para entender a estrutura atômica, no
entanto também apresenta algumas limitações, como a falha para explicar a
ocorrência de ligações químicas e o comportamento de átomos maiores.

Acesse também: Distribuição eletrônica em camadas — como fazer?

Modelo atômico de Schrödinger


Com a evolução da ciência e da Mecânica Quântica, novas teorias foram
desenvolvidas para entender o átomo. O modelo atômico atualmente aceito é o
modelo proposto por Schrödinger em 1926, que conta com a contribuição de outros
cientistas e suas descobertas.

Antes de Schrödinger propor sua teoria para explicar o átomo, o físico Arnold
Sommerfield fez uma relevante contribuição ao modelo atômico de Rutherford-
Bohr, propondo que as órbitas eletrônicas não seriam circulares, mas sim elípticas.
Isso foi importante, porque determinava que os elétrons possuíam velocidades
diferentes, uma vez que estavam a diferentes distâncias do núcleo.

O físico Louis de Broglie, baseando-se no conceito da dualidade onda-partícula,


determinou que o elétron possui trajetória constante quando se comporta como
partícula e movimento ondulatório quando se comporta como onda.

Assim, reunindo todos esses conceitos e fazendo uso de cálculos matemáticos,


Schrödinger concluiu que a eletrosfera não é formada por órbitas de trajetória
determinada, mas sim por regiões que se assemelham a nuvens eletrônicas.

Com essa ideia, o modelo atômico de Schrödinger inseriu o conceito de orbital


atômico, explicado como sendo uma região de alta probabilidade de se encontrar
elétrons e que é definida matematicamente por meio de uma equação matemática,
conhecida como função de onda.
O modelo
atômico de Schrödinger define regiões em torno do núcleo em que há maior probabilidade de se encontrar
elétrons.

História dos modelos atômicos


Os primeiros registros sobre tentativas de entender a matéria e seus fenômenos são
de cunho filosófico, e não experimental. Em 478 a.C., Leucipo defendia que o
universo era formado por elementos indivisíveis e o vazio entre eles, sendo a
movimentação de tais elementos responsável pelos eventos de criação e destruição
de substâncias.

Mais tarde, seu seguidor, Demócrito, aperfeiçoou o pensamento de Leucipo,


defendendo que a matéria era constituída por pequeníssimas partículas indivisíveis,
às quais deu o nome de átomos. Ainda, Demócrito defendia que a formação da
matéria resultava da combinação de partículas dos elementos fogo, água, terra e ar.
Essa discussão se manteve a nível filosófico até o século XVII, quando
experimentos de laboratório começaram a ser desenvolvidos pelos cientistas da
época.

Uma das primeiras contribuições científicas foram as de Robert Boyle, que


concluiu que as substâncias químicas eram formadas por unidades fundamentais,
as quais tinham diferentes naturezas, de acordo com a substância. Os estudos de
Antoine Lavoisier para o princípio de conservação de energia impulsionaram o
estudo, por outros cientistas, de combinações químicas entre átomos de diferentes
elementos.

Baseado nos experimentos de confirmação das leis ponderais, John Dalton chegou
à formulação da primeira teoria atômica em 1808, afirmando que a matéria é
formada por partículas indivisíveis e maciças. Mais tarde, foi verificado que na
realidade os átomos não eram indivisíveis, mas sim formados por partículas
subatômicas que continham carga elétrica, sendo os átomos penetráveis e
destrutíveis.

Em 1878, o cientista William Crookes criou um dispositivo que permitiu que


gases, em determinada pressão, conduzissem corrente elétrica. Utilizando um
equipamento semelhante, J. J. Thomson conseguiu determinar a existência de
partículas carregadas negativamente no átomo, as quais nomeou como elétrons.

Assim, o modelo de Dalton deixou de ser válido e foi atualizado por J. J. Thomson,
que apresentou um novo modelo atômico, agora assumindo o átomo divisível e
formado por partículas com carga elétrica negativa fixadas em um núcleo positivo.
Para chegar a essa conclusão, Thomson contou com avanços da ciência obtidos por
outros cientistas da época, como Robert Milikan, Michael Faraday e Eugen
Goldstein.

Rutherford era um estudioso da radioatividade. Em um de seus dias de trabalho em


1911, notou que um feixe de partículas alfa, em vez de ser retido por uma lâmina
metálica (resultado esperado caso o átomo fosse maciço), a atravessava, sendo que
algumas partículas ainda sofriam desvios de trajetória.
Investigando essa observação experimental, Rutherford propôs um novo modelo
atômico, ao concluir que, na realidade, os átomos são formados por duas regiões
diferentes — uma densa e maciça, o núcleo, e outra quase vazia, onde orbitam os
elétrons.

A proposta de Rutherford era bastante consistente e explicava diversos fenômenos


da matéria. No entanto, ia contra um dos princípios da eletrodinâmica, que
comprova que uma partícula em movimentação constante perde energia.

Ernest
Rutherford criou o modelo atômico conhecido como sistema planetário. [1]
Pouco tempo depois, a contradição do modelo de Rutherford foi solucionada por
Niels Bohr, com a combinação de princípios de Mecânica Clássica e de Mecânica
Quântica na consolidação do modelo atômico de Bohr ou modelo atômico de
Rutherford-Bohr, que possui como principal atualização a organização da
eletrosfera em camadas de energia bem definidas, nas quais os elétrons se
distribuem.

Niels
Bohr foi o responsável por inserir conceitos de Química Quântica para explicar o comportamento do
átomo. [2]

A teoria atômica mais aceita atualmente é a de Schrödinger, que, considerando os


avanços da Mecânica Quântica e contando com a contribuição das descobertas de
outros cientistas, estabeleceu o conceito de orbital atômico, explicando que a
eletrosfera é semelhante a nuvens eletrônicas

Evolução dos modelos atômicos

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A evolução dos modelos atômicos ocorreu por meio do avanço tecnológico e de experimentos

realizados por alguns cientistas, tais como Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr.

Esses são, respectivamente, os principais


modelos atômicos estudados no Ensino Médio

Visto que não é possível visualizar um átomo isoladamente, os cientistas, com o


passar do tempo, criaram modelos atômicos, ou seja, imagens que servem para
explicar a constituição, propriedades e comportamento dos átomos. Esses
modelos explicam o que diz a teoria, mas isso não quer dizer que fisicamente o
átomo seja igual ao seu modelo.

Os primeiros que imaginaram a existência dos átomos foram os filósofos gregos


Leucipo e Demócrito em, aproximadamente, 450 a.C. Segundo eles, tudo seria
formado por minúsculas partículas indivisíveis. Daí a origem do nome “átomo”,
que vem do grego a (não) e tomo (partes).
No entanto, essas ideias não puderam ser comprovadas na época, constituindo-
se apenas como hipóteses. Assim, outras teorias tomaram o seu lugar, e o
pensamento de que tudo seria composto por átomos ficou esquecido durante
uma boa parte da história da humanidade.

Mas, no século XIX, alguns cientistas passaram a realizar testes experimentais


cada vez mais precisos graças aos avanços tecnológicos. Com isso, não só se
descobriu que tudo era realmente formado por minúsculas partículas, mas
também foi possível entender cada vez mais sobre a estrutura atômica.

Os cientistas usaram as informações descobertas por outros estudiosos para


desenvolver o modelo atômico. Dessa forma, as descobertas de um cientista
eram substituídas pelas de outros. Os conceitos que estavam corretos
permaneciam, mas os que comprovadamente não eram reais passavam a ser
abandonados. Assim, novos modelos atômicos foram criados. Essa série de
descobertas da estrutura atômica até se chegar aos modelos aceitos hoje ficou
conhecida como a evolução do modelo atômico.

São quatro as principais teorias atômicas estudadas nessa evolução. Vejamos


cada uma resumidamente*:

Modelo atômico de Dalton


Em 1803, Dalton retomou as ideias de Leucipo e Demócrito e propôs o seguinte:

“ A matéria é formada por átomos, que são partículas minúsculas, maciças,


esféricas e indivisíveis.”

Esse modelo fazia uma analogia à estrutura de uma bola de bilhar. Todos os
átomos seriam assim, diferenciando-se somente pela massa, tamanho e
propriedades para formar elementos químicos diferentes.
O modelo atômico de Dalton baseava na estrutura de uma bola de bilhar

Modelo atômico de Thomson


Por meio de um experimento com uma ampola de Crookes (um tubo de vidro
fechado com um eletrodo positivo e um negativo onde se colocavam gases em
pressões baixíssimas e submetidos a altas voltagens), Thomson descobriu que
existiam partículas negativas que compunham a matéria. Isso significava que o
modelo de Dalton estava errado porque o átomo seria divisível, tendo em vista
que ele teria partículas ainda menores negativas chamadas de elétrons.

Visto que o átomo é neutro, cargas positivas também deveriam existir. Assim, J.
J. Thomson propôs o seguinte em 1898:

“ O átomo é constituído de uma partícula esférica de carga positiva, não


maciça, incrustada de elétrons (negativos), de modo que sua carga elétrica
total é nula.”

O modelo atômico de Thomson parecia com um pudim ou bolo de passas:

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O modelo atômico de Thomson parecia com um pudim ou bolo de passas

Modelo atômico de Rutherford


Em 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford realizou um experimento em
que ele bombardeou uma finíssima lâmina de ouro com partículas alfa (α)
emitidas por uma amostra de polônio (material radioativo) que ficava dentro de
um bloco de chumbo com um pequeno orifício pelo qual as partículas passavam.

Por meio dos resultados desse experimento, Rutherford percebeu que, na


verdade, o átomo não seria maciço como propôs os modelos de Dalton e
Thomson. Veja o que ele propôs:

“ O átomo é descontínuo e é formado por duas regiões: o núcleo e a


eletrosfera. O núcleo é denso e tem carga positiva, ou seja, é constituído de
prótons. A eletrosfera é uma grande região vazia onde os elétrons ficam
girando ao redor do núcleo.”
O modelo atômico de Rutherford fazia uma analogia ao sistema solar

Em 1932, o cientista Chadwick descobriu a terceira partícula subatômica, o


nêutron. Dessa forma, o modelo de Rutherford passou a ter os nêutrons no
núcleo junto aos prótons, ficando assim:

Modelo atômico de Rutherford incluindo os nêutrons no núcleo

Modelo atômico de Rutherford-Bohr


Esse modelo recebeu esse nome porque, em 1913, o cientista Niels Bohr (1885-
1962) propôs um modelo que se baseou no de Rutherford, apenas o
aprimorando. Entre seus principais postulados, temos o seguinte:
“Os elétrons movem-se em órbitas circulares, e cada órbita apresenta uma
energia bem definida e constante (nível de energia) para cada elétron de um
átomo.”

Essas camadas eletrônicas ou níveis de energia passaram a ser representadas


pelas letras K, L, M, N, O, P e Q, respectivamente, no sentido da camada mais
próxima ao núcleo para a mais externa.

Representação do modelo atômico de Rutherford-Bohr

Veja na figura a seguir que, segundo esse modelo, as órbitas vão


progressivamente sendo preenchidas pelos elétrons. Os átomos mostrados a
seguir são dos primeiros oito elementos da Tabela Periódica:
Forma como os níveis energéticos são progressivamente preenchidos por elétrons nos primeiros oito
átomos da Tabela Periódica dos elementos

Modelos atômicos: tudo o que você precisa saber!

CONTEÚDO DESTE POST

● O que é um átomo
● Estrutura de um átomo
● Modelos atômicos
○ Modelo atômico de Dalton
○ Modelo atômico de Thomson
○ Modelo atômico de Rutherford
○ Modelo atômico de Rutherford-Bohr
○ Modelo Atômico de Schrodinger

Quando Demócrito e Leucipo apresentaram a teoria atômica 500 anos a.c., seus pensamentos não foram
aceitos pela comunidade grega daquele período. Só depois de dois mil e trezentos anos é que os primeiros
modelos atômicos começaram a surgir.

Durante esse tempo, as civilizações acreditavam que a matéria era formada de terra, ar, água e fogo, os
quatro elementos principais da natureza. A sua divisibilidade não era discutida, mas isso mudou quando
John Dalton apresentou uma estrutura, que representaria a sua menor parte, o átomo.

De Dalton até Schrodinger, muita coisa mudou! Então vamos conhecer agora como surgiram e como
evoluíram os modelos atômicos até os dias atuais!

O que é um átomo

A palavra átomo vem do grego e significa indivisível. Como você já deve ter percebido, o seu conceito
está atrelado ao conceito de matéria, que é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço.
Sendo assim, a não divisibilidade da matéria em um certo ponto foi o que inspirou os modelos atômicos,
que foram baseados em experimentos feitos por alguns cientistas.

Estrutura de um átomo

Sabemos hoje que o átomo é dividido em duas partes. A primeira é o núcleo, no qual temos:

● Prótons, que são elementos constituídos de massa e que possuem uma carga positiva;
● Nêutrons, que são elementos que possuem massa e uma carga nula.

A segunda parte é a eletrosfera, onde existe apenas uma partícula, que são os elétrons:

● Elétrons possuem massa desprezível, portanto, é considerada zero, e carga negativa.


Para que a estrutura do átomo seja equilibrada, a quantidade de prótons tem que ser igual a de
elétrons. Dessa maneira, ela deve conter pelo menos um próton e um elétron (isso acontece apenas com
o hidrogênio, que não contém nêutrons em seu núcleo).

O número de prótons e de elétrons de cada átomo é classificado por aquela tabela periódica que você
certamente tem aí em suas apostilas de Química e de Física!

Modelos atômicos

Foram os pensadores gregos que disseram pela primeira vez que a matéria poderia ser dividida até um
certo ponto, porém, grave isso para as provas: a concepção é dos gregos, não o primeiro modelo atômico!

A escola do atomismo surge da filosofia, mas o primeiro modelo atômico só surgiu no século XIX. Antes
de se chegar nessa estrutura que descrevemos, foi imprescindível a evolução dos modelos atômicos, por
isso, veremos alguns deles a seguir.

Modelo atômico de Dalton


O primeiro modelo atômico foi proposto por John Dalton, em 1808. Apoiado no modelo grego, o
cientista afirmava que o átomo era uma esfera maciça, indivisível e indestrutível, o que para ele
representava a menor porção da matéria.

O modelo atômico de Dalton ficou conhecido como “bola de bilhar”. Por que uma esfera? Porque as
esferas não têm vértices e nem arestas, são as figuras geométricas mais difíceis de se quebrar.

Nesse período, o único instrumento que era utilizado para os experimentos era a balança e as constatações
ficavam sempre em torno da massa dos elementos, por isso é que demorou bastante tempo até que
surgisse um novo modelo atômico.

Modelo atômico de Thomson

Na segunda metade do século XIX, temos o surgimento da energia e a utilização da corrente elétrica, uma
ferramenta nova para a ciência, que Thomson emprega em um experimento com raios catódicos.

Descobre o elétron dentro do átomo, colocando duas placas com cargas elétricas, uma positiva e uma
negativa. Dessa maneira, se o átomo não possuísse nenhuma carga, não seria atraído por nenhuma delas.

A teoria de que o átomo era indivisível, agora cai por terra e Thomson diz que ele é composto por uma
massa positiva, na qual estão incrustados os elétrons, que são negativos.

Por que eles não saem dessa massa? Porque a carga negativa é atraída pela positiva, por isso eles não se
separam.

O átomo continua, no modelo atômico de Thomson, sendo esférico, maciço (massa positiva e partículas
negativas), e ficou conhecido como “pudim de passas”.

Modelo atômico de Rutherford

No século XX, é descoberta a radioatividade e, assim, em 1911, Rutherford utiliza o polônio em seu
experimento, um elemento radioativo que emite uma partícula denominada alfa.

Milhares dessas partículas foram lançadas contra uma placa de ouro e esperava-se que, se o átomo
fosse realmente maciço, as partículas alfa não a ultrapassariam.

Para sua surpresa, a grande maioria atravessou o obstáculo, sendo que poucas sofreram desvios e
voltaram.
As que voltavam levaram Rutherford a perceber que algo nesse átomo era maciço, que era o núcleo,
então, a partir desse momento, ele o dividiu em duas partes: núcleo e eletrosfera.

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Modelo atômico de Rutherford-Bohr

O modelo atômico de Rutherford ainda deixou um questionamento que foi respondido por Bohr. Por
que o elétron não cai no núcleo, já que suas cargas se atraem?

A física clássica diz que carga positiva atrai carga negativa, mas a física moderna já diz que nem sempre é
assim. Mesmo que as cargas sejam atraídas, existe uma energia que as impede de cair, que é a energia
quântica.
O átomo de Bohr é o de Rutherford, acrescentando-se a energia quântica. O que isso significa? Que
Bohr também diz que os elétrons giram em torno do núcleo, mas em órbitas quantizadas.

Os elétrons se comportam de forma estacionária, ou seja, só giram na mesma órbita, de forma fixa e
constante, o que o impede de cair.

Modelo Atômico de Schrodinger

Antes de se chegar ao modelo mais atual, o modelo atômico de Schrodinger, Sommerfeld acrescentou
um detalhe ao modelo de Rutherford e de Bohr: o fato de que os elétrons não giram em órbitas
circulares, mas em órbitas elípticas, alternando momentos em que estão mais próximos do núcleo e
outros no qual estão mais afastados. Isso significava que a velocidade deles sofria variação.

De Broglie, por meio da incerteza da velocidade que Werner Heisenberg observou, instaura o modelo que
insere a dualidade do elétron, também conhecido como “partícula-onda”. Isso porque, quando o átomo
se comporta como partícula, tem a sua trajetória constante, elíptica, quando se comporta como onda, tem
um movimento ondulatório.

Finalmente, Schrodinger, após inúmeros cálculos, colocou em desuso a ideia de órbitas ao redor do núcleo
atômico. A região na qual os elétrons se encontram se assemelharia mais a nuvens eletrônicas. Desde 1923,
esse é o modelo atômico vigente.

A divisibilidade da matéria e tudo que inclui o estudo dos átomos fascina os cientistas até hoje. O que tem
a denominação de “indivisível” já passou por diversos modelos e você precisa conhecer todos eles para se
dar bem no Enem e em outros vestibulares.

Ao falar em átomo, devemos primeiramente lembrar que ninguém nunca viu um!

O átomo é uma entidade muito, muito, muito pequena. Com o passar dos anos, o

conhecimento científico vai se acumulando e novas tecnologias vão sendo

desenvolvidas, possibilitando ter uma noção cada vez mais clara de como é e como

funciona o átomo.

É por haver essa “evolução” do conhecimento da estrutura atômica, que temos

diversos modelos atômicos. Vários cientistas já propuseram modelos. Segundo o


dicionário Oxford de Filosofia, o termo “modelo” pode ser definido da seguinte

maneira:

Representação de um sistema por outro, usualmente mais familiar, cujo

funcionamento se supõe ser análogo ao do primeiro.

Ou seja, cada modelo atômico é uma representação, uma simulação do que

acredita-se ser o átomo.

Vamos, agora, entender os principais modelos atômicos já propostos.

Indice

● Modelo atômico de Dalton


● Modelo atômico de Thomson
● Modelo atômico de Rutherford
● Modelo atômico de Bohr
● Modelo quântico
● Leia mais:

Modelo atômico de Dalton

Para Dalton, o átomo era uma partícula maciça, esférica e indivisível. Para

comparação, ele descrevia o átomo como uma bola de bilhar, só que bem menor,

de dimensão microscópica.
Vale lembrar que o nome “átomo” significa não divisível (a=não; tomo=parte) e

foi utilizado pela primeira vez na Grécia Antiga por dois filósofos, Leucipo e

Demócrito.

Modelo atômico de Thomson

No final do século XIX, Thomson realizou um experimento no qual percebeu que

todas as partículas estavam carregadas de cargas elétricas negativas. Dessa forma,

ele havia descoberto os elétrons. Essa descoberta fez com que Thomson percebesse

que o átomo era divisível. Como o átomo é eletricamente neutro, não tinha como

ele ser constituído apenas por elétrons. Assim, Thomson propôs um modelo

atômico no qual o átomo fosse uma esfera maciça e positiva, com elétrons de carga

negativa distribuídos na esfera. Pela descrição, esse modelo foi apelidado de

“pudim de passas”.
Modelo atômico de Rutherford

Rutherford trabalhava com o polônio, um elemento radioativo. Em experimentos

com partículas alfa, Rutherford percebeu que os átomos deveriam estar

concentrados em núcleos. Com isso, Rutherford propôs o seguinte modelo: “o

átomo é formado por um núcleo pequeno, com carga positiva, no qual se concentra

quase toda a massa atômica. Ao redor do núcleo estão os elétrons, de carga

negativa.”

Para explicar porque os elétrons não eram atraídos para o núcleo, já que são

eletricamente opostos, Rutherford propôs uma comparação com o sistema solar, no

qual os elétrons estariam girando em torno do núcleo em órbitas circulares e em

alta velocidade, sendo mantidos pela aceleração centrípeta. Porém, como uma

carga elétrica irradia energia, o elétron em movimento perderia velocidade e

“cairia” no núcleo.

Modelo atômico de Bohr

As problemáticas surgidas com o modelo atômico de Rutherford foram superadas

com o modelo de Bohr, após Chadwick “descobrir” o nêutron utilizando o

Princípio de Conservação da Quantidade de Movimento. No modelo de Bohr, o

núcleo do átomo é formado pelos prótons de carga positiva e nêutrons de carga


neutra. Ao redor do núcleo, os elétrons de carga negativa giram, distribuídos em

camadas de energia.

Modelo quântico

Atualmente, um novo modelo atômico é considerado válido: o modelo quântico.

Utilizando princípios da Física Quântica, alguns cientistas como Heisenberg,

Schrödinger e Dirac, propuseram um modelo no qual não se tem certeza da

localização do elétron, ou seja, este não tem um lugar fixo ao redor do átomo,

sendo formada uma nuvem eletrônica que representa a probabilidade de se

encontrar um elétron num determinado local do espaço. Para estudar esse modelo

atômico, é necessário um alto conhecimento de cálculo e física quântica. Por isso,

para o Ensino Médio, é suficiente saber o conceito geral do modelo quântico,

sendo que o principal modelo estudado é o de Bohr.

Elementos químicos:
conceito, símbolos e
representação
convencional
EDER SABINO CARLOS 15/01/2018 IFES PLURAL: 2 COMENTÁRIOS

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O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR AQUI:

● Conceito de elemento químico


● Símbolos
● Representação convencional de dentro e de fora da tabela periódica

Elementos químicos: conceito, símbolos e representação convencional

Conceito:

Elemento químico é o conjunto de átomos de mesmo número atômico. O número


atômico é a quantidade de prótons que um átomo possui em seu núcleo. Desse modo,
a menor parte ou partícula que conserva as propriedades de um elemento químico é
um átomo só com aquele determinado número atômico.

Concluindo: Podemos definir um elemento químico como sendo o conjunto de átomos


com mesmo número atômico, ou seja, com a mesma quantidade de prótons no núcleo.

Os elementos químicos são divididos em:

Elementos naturais: são os elementos químicos encontrados na natureza, são átomos


estáveis;
Elementos sintéticos: são os elementos químicos produzidos artificialmente (síntese
em laboratório). Podem se classificar em duas categorias, os cisurânicos e
transurânicos. Os Cisurânicos possuem número atômico (A) inferior a 92. Já os
Transurânicos (ou superpesados) possuem número atômico (A) superior a 92, são
radioativos e instáveis.

Hoje, são conhecidos 118 elementos químicos, 92 são encontrados na natureza, e os


outros são produzidos artificialmente. Esses elementos são inseridos na tabela
periódica, em ordem crescente de acordo com os seus números atômicos, conforme as
suas propriedades e semelhanças.

Símbolos

Símbolo do Sódio: Na

Símbolo do Ferro: Fe

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Representação convencional

A representação pode ser representada de duas maneiras: de dentro ou de fora da


tabela periódica.

Representação dentro da tabela periódica:

Representação fora da tabela periódica:

Exemplificando com o elemento químico Sódio

Para identificar um elemento químico fora da Tabela Periódica, costuma-se colocar o


símbolo do elemento no centro, número de massa (A) na parte superior e o número
atômico (Z) na parte inferior. A figura abaixo mostra como isso pode ser feito para
representar um elemento químico:

Símbolo: Na
Massa atômica (A) = 23

Número atômico (Z) = 11

Massa atômica (A) é a soma do número de prótons e de nêutrons que existem no


núcleo de um átomo.

Número atômico (Z) é o número de prótons ou elétrons existentes em um átomo.

Essa representação está de acordo com as normas da União da Química Pura e


Aplicada (IUPAC)

Fonte: Brasil escola, manual da química, toda a matéria e elementos químicos.

Representação de átomos, moléculas e


substâncias segundo Dalton
O modelo de Dalton utiliza esferas maciças (representando átomos)
para a identificação de certas estruturas, como átomos, moléculas e
substâncias.
A bola de
bilhar foi a inspiração para a formulação do modelo atômico de Dalton
John Dalton foi um cientista inglês que, no ano de 1808, formulou a primeira
teoria atômica. De acordo com o modelo atômico criado por ele, o átomo
seria uma esfera maciça, indivisível e indestrutível, algo semelhante a uma
bola de bilhar. Todavia, esse grande estudioso não teve condições para
comprovar suas ideias, já que a tecnologia da época não fornecia meios
para isso. Veja a representação do átomo segundo o modelo de Dalton.

Esfera que lembra uma bola de bilhar representando o modelo atômico de Dalton

Ao analisar uma representação do modelo atômico de Dalton, temos que ter


a noção de que um átomo representa um elemento químico, já que
elemento químico é um grupo de átomos iguais. Assim, se tivermos uma
representação de três átomos diferentes, esses três átomos estarão
representando três elementos diferentes.
Na imagem, temos um átomo preto, um azul e outro vermelho; logo, temos três elementos químicos diferentes representados

Já a definição de molécula segundo o modelo atômico de Dalton abarcaria


um grupo de átomos iguais ou diferentes. Abaixo temos a representação de
duas moléculas segundo o modelo atômico de Dalton. À esquerda, temos
uma molécula formada por átomos iguais e, à direita, uma molécula formada
por átomos diferentes.

Representação de duas moléculas diferentes segundo o modelo de Dalton

Ao saber reconhecer uma molécula segundo o modelo de Dalton, temos


condição de entender que um grupo de moléculas iguais representa uma
substância química. Assim, na imagem abaixo, temos a representação de
uma substância química:
Representação de uma substância química segundo o modelo de Dalton

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A substância simples pode ser definida, também de acordo com o modelo


de Dalton, como a reunião de moléculas que apresentam exclusivamente
átomos de um mesmo elemento químico. Veja a representação a seguir de
três substâncias simples:

Representação de três substâncias simples por meio do modelo de Dalton

Na imagem, podemos concluir que há três substâncias simples diferentes


porque uma delas é formada apenas por átomos azuis; a outra, apenas por
átomos vermelhos, e a última, apenas por átomos amarelos, o que denota
que as três são formadas por átomos iguais (mesmo elemento).

Todavia, é importante dizer que, sempre que estivermos diante de uma


representação de uma molécula que utilize o modelo de Dalton, essa
molécula estará representando uma substância química. Se tivermos duas
ou mais moléculas diferentes, teremos a representação de substâncias
diferentes.

Imagem que apresenta três moléculas diferentes, logo representa três substâncias diferentes

Caso tenhamos uma molécula apresentando átomos diferentes, teremos a


representação de uma substância composta, pois substância composta é
aquela formada por mais de um tipo de átomo, ou seja, mais de um tipo de
elemento químico.

Representação de uma substância composta segundo o modelo de Dalton

Na imagem abaixo, temos cinco moléculas, todas diferentes umas das


outras (combinações diferentes de átomos) e com átomos de elementos
diferentes. Logo, na imagem a seguir, teremos cinco substâncias compostas
representadas.
Representação de cinco substâncias compostas diferentes segundo o modelo de Dalto

Tabela Periódica
A Tabela Periódica é uma ferramenta de organização dos elementos químicos já
descobertos, agrupando-os por semelhança de propriedades físico-químicas e em
ordem crescente de número atômico.
Tabela Periódica completa e atualizada
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Para imprimir a tabela, clique aqui.

A Tabela Periódica é uma ferramenta que tem por objetivo organizar e agrupar
todos os elementos químicos já descobertos pelo ser humano. Foi desenvolvida em
1869 pelo químico russo Dmitri Mendeleev, o qual organizou elementos de
propriedades semelhantes em grupos e os colocou em ordem crescente de massa.
Posteriormente, em 1913, a Tabela Periódica foi aprimorada pelo físico inglês
Henry Moseley, depois de seu método de determinação dos números atômicos.
Dali em diante, os elementos foram colocados em ordem crescente de números
atômicos, tomando a forma que hoje conhecemos. Em comemoração aos 150 anos
da criação da Tabela Periódica, a Organização das Nações Unidas decretou o ano
de 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica.

Leia também: Quais são os elementos radioativos?

Tópicos deste artigo


● 1 - Resumo sobre a Tabela Periódica

● 2 - Videoaula sobre a Tabela Periódica
● 3 - Organização da Tabela Periódica
○ Famílias ou grupos
○ Períodos

● 4 - Propriedades periódicas

● 5 - Mapa Mental: Tabela Periódica

● 6 - Origem e história da Tabela Periódica

● 7 - Curiosidades sobre a Tabela Periódica

Resumo sobre a Tabela Periódica


● A Tabela Periódica organiza todos os elementos já descobertos pelos seres
humanos.
● Os elementos químicos são colocados em ordem crescente de número
atômico.
● Nas suas colunas, chamadas de grupos, estão os elementos com
propriedades físico-químicas semelhantes.
● Nas suas linhas, chamadas de períodos, está indicada a camada eletrônica
mais energética do elemento.
● A Tabela tem várias subdivisões, diferenciando os elementos em metal ou
ametal, representativos ou de transição, além de subdividi-los de acordo
com sua distribuição eletrônica.
● A Tabela Periódica foi desenvolvida pelo químico russo Dmitri Mendeleev,
em 1869, e foi sendo aprimorada ao longo dos anos até sua forma atual.

Videoaula sobre a Tabela Periódica

Vídeos

Organização da Tabela Periódica


A Tabela Periódica tem grande utilidade porque consegue estabelecer padrões de
organização para todos os elementos químicos descobertos pela humanidade até
então. Atualmente são 118 elementos químicos, os quais são dispostos na Tabela
em ordem crescente de números atômicos, da esquerda para a direita, iniciando no
hidrogênio (número atômico igual a 1) e terminando no recém-incluído
oganessônio (número atômico igual a 118).

Contudo, a grande vantagem da Tabela Periódica é colocar elementos de


propriedades físico-químicas semelhantes na mesma coluna. As colunas da Tabela
podem ser chamadas de grupos ou família. Já as linhas, que dispõem os elementos
em ordem crescente de número atômico, são chamadas de períodos.

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● Famílias ou grupos

A Tabela Periódica conta com 18 linhas verticais (ou colunas), as quais podem ser
chamadas de famílias ou grupos. Em cada coluna, estão dispostos elementos de
propriedades físico-químicas semelhantes. A única exceção é o elemento químico
hidrogênio, que, apesar de estar no grupo 1, não possui propriedades semelhantes
aos demais.

Podemos citar os elementos de uma família apenas falando seu número, como
família (ou grupo) 1 ou família (ou grupo) 2, ou então citando o nome do seu
primeiro elemento, como família (ou grupo) do ferro, família (ou grupo) do
carbono.

Contudo, alguns grupos trazem nomes famosos, criados antes do desenvolvimento


da Tabela Periódica. São eles:

● Metais alcalinos (grupo 1, com exceção do hidrogênio)


● Metais alcalino-terrosos ou alcalinos terrosos (grupo 2)
● Pinictogênios (grupo 15)
● Calcogênios (grupo 16)
● Halogênios (grupo 17)
● Gases nobres (grupo 18)

Ainda se difunde bastante a separação dos grupos em A e B. Contudo, a União


Internacional da Química Pura e Aplicada (Iupac) não recomenda mais a utilização
dessa separação, devendo-se utilizar então os números 1 até 18 para representar as
famílias ou os grupos. Isso porque a Iupac utilizava as letras A e B para separar o
lado esquerdo (A) do lado direito (B) da Tabela, usando os grupos de ferro, cobalto
e níquel como fronteira.

Contudo, o sistema americano CAS utilizou a letra A para indicar elementos


representativos e a letra B para indicar elementos de transição. Consequentemente,
essas denominações trouxeram muita confusão, e a Iupac interviu para sanar esse
problema.

Também tem não se recomenda mais a utilização do termo família como sinônimo
de grupo, contudo, essa associação ainda é muito difundida em materiais didáticos
e por isso foi citada.

● Períodos

Os períodos são as linhas horizontais na Tabela Periódica e colocam os elementos


em ordem crescente de número atômico. Atualmente, a Tabela conta com sete
períodos, ou seja, do primeiro ao sétimo. Eles indicam em qual camada está o
elétron mais energético do elemento químico correspondente.
Um detalhe importante é acerca dos lantanídeos e actinídeos. O lantânio, La,
número atômico 57, pertence ao sexto período da Tabela Periódica, estando na
família 3 (do escândio, Sc). Os outros 14 elementos que vêm após ele, do cério
(Ce, número atômico 58) ao lutécio (Lu, número atômico 71), são chamados de
lantanídeos.

Assim como o actínio (Ac, número atômico 89) encontra-se no sétimo período, na
família 3 também, os outros 14 elementos que vêm após ele, do tório (Th, número
atômico 90) até o laurêncio (Lr, número atômico 103), são chamados de actinídeos.
Teoricamente a Tabela Periódica deveria se estender horizontalmente para agrupar
tanto os lantanídeos quando os actinídeos, contudo, para melhor visualização, a ela
é geralmente encurtada, colocando essas duas séries embaixo dela.

Também existem outras divisões na Tabela Periódica, como a distribuição em


metais e ametais. Antigamente existia a subclasse dos semimetais ou metaloides,
contudo, a Iupac deixou de utilizar essa subclasse, dividindo os elementos
participantes entre metal e ametal.

A divisão entre elementos representativos e de transição ainda se mantém.


Contudo, algo geralmente pouco lembrado entre os estudantes é que os
representativos são apenas os elementos dos grupos 1, 2, 14, 15, 16, 17 e 18,
excluindo-se o hidrogênio. Já os elementos de transição são os dos grupos 3 ao 11,
excetuando-se o grupo 12.

Isso porque a definição de elemento de transição indica que tal elemento deve
possuir um subnível d incompleto ou formar cátion com subnível d incompleto.
Todos os elementos do grupo 12 possuem subnível d completo (d10) e, ao
formarem cátions (sempre bivalentes), mantêm o subnível d completo. Contudo,
alguns autores mantêm os elementos do grupo 12 entre os elementos de transição.
Há, ainda, a subdivisão de elementos de transição interna (lantanídeos e actinídeos)
e externa (demais elementos de transição).

Sistema Iupac em vigor para Denominação dos elementos de acordo


classificação de grupos com os grupos
Grupo 1 Elementos representativos

Grupo 2

Grupo 3 Elementos de transição

Grupo 4

Grupo 5

Grupo 6

Grupo 7

Grupo 8

Grupo 9

Grupo 10
Grupo 11

Grupo 12 -

Grupo 13 Elementos representativos

Grupo 14

Grupo 15

Grupo 16

Grupo 17

Grupo 18

Também se utiliza a distribuição eletrônica para separar os elementos da Tabela


Periódica.

● Os grupos 1 e 2, além do hélio (He), pertencem ao bloco s, pois possuem


subnível s como subnível de valência.
● Os grupos 13 a 18 pertencem ao bloco p, pois possuem esse subnível como
subnível de valência.
● Os grupos 3 a 12 contemplam o bloco d, pois esses elementos terminam sua
configuração eletrônica sempre em ns2(n-1)dx, em que n é o número do
período do elemento e x é o número de elétrons no subnível d.
● Já os lantanídeos e actinídeos fazem parte do bloco f, pois eles terminam a
configuração sempre em ns2(n-1)d1(n-2)fy, em que n é o número do período
do elemento e y é o número de elétrons no subnível f.

Veja também: Quais são os novos elementos da Tabela Periódica?

Propriedades periódicas
Uma das grandes vantagens da Tabela Periódica são as propriedades periódicas.
Quando organizamos os elementos tal como fizeram Mendeleev ou Moseley,
percebemos que ocorre uma periodicidade dessas propriedades, o que quer dizer
que elementos com propriedades semelhantes se repetem regularmente.

São propriedades periódicas:

● Raio atômico: é uma propriedade utilizada para dimensionar o tamanho dos


átomos. Quanto mais à esquerda e mais abaixo, maior o raio do elemento.
Assim, o frâncio (Fr) é o elemento de maior raio. Contudo, os elementos do
quinto e sexto períodos do bloco d possuem raios semelhantes, por conta de
um efeito que ocorre nos lantanídeos chamado de contração lantanídica ou
contração lantânica. Tal fenômeno, causado pela menor eficiência de
blindagem dos subníveis f, faz com que haja um decréscimo no raio atômico
do cério (Ce) ao lutécio (Lu), fazendo com que elementos como prata (Ag) e
ouro (Au) ou paládio (Pd) e platina (Pt) tenham raios atômicos de tamanhos
semelhantes.
● Energia (ou potencial) de ionização: é a energia necessária para se retirar um
elétron de valência de um átomo isolado no estado gasoso. Quanto menor
for o átomo, mais difícil será a retirada do elétron de valência, pois mais
próximo ao núcleo estará esse elétron.
● Afinidade eletrônica ou eletroafinidade: é a variação de energia quando um
elétron se liga a um átomo isolado na fase gasosa. Caso muita energia seja
liberada nesse processo, isso significa que o átomo tem grande afinidade ou
atração por elétrons. De modo geral, átomos menores têm maior afinidade
eletrônica.
● Eletronegatividade: a habilidade de um átomo em atrair elétrons para si em
uma ligação química. Quanto menor o átomo, maior a eletronegatividade.
● Densidade: o elemento mais denso da Tabela Periódica é o ósmio (Os),
assim, a densidade dos elementos aumenta quanto mais próximos do ósmio
eles estão. A densidade não faz referência à massa do átomo dividida por
seu raio atômico, mas sim à sua substância simples mais estável.
● Pontos de fusão e ebulição: o elemento de maior ponto de fusão é o
tungstênio (W), enquanto o de maior ponto de ebulição é o rênio (Re).
Quanto mais próximo o elemento for desses átomos, maiores serão seus
pontos de fusão e ebulição. A única exceção são os metais alcalinos e
alcalino-terrosos, cujos pontos de fusão e ebulição aumentam com a
diminuição do tamanho do átomo.

Mapa Mental: Tabela Periódica

* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!


Origem e história da Tabela Periódica
Embora a criação da Tabela Periódica seja creditada a Dmitri Mendeleev, o
químico russo foi bastante influenciado por diversos cientistas.

Antoine-Laurent Lavoisier, na sua célebre obra Tratado elementar de química, de


1789, listava 33 elementos, gases, metais, não metais e elementos terrosos.
Posteriormente, Lavoisier retirou alguns desses elementos, classificando-os como
compostos, assim como retirou a luz, que não fez mais parte dessa classificação.
Contudo, 25 dos elementos de Lavoisier se encontram na Tabela Periódica atual.

Posteriormente, Johann Wolfgang Döbereiner apresentou, em 1817, a chamada lei


das tríades, em que agrupava trios de elementos de acordo com suas propriedades
químicas, de modo que o elemento do meio tivesse uma massa atômica que fosse
aproximadamente a média aritmética dos outros dois.

Em 1862, Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois desenvolveu a classificação


tridimensional conhecida como parafuso telúrico, em que organizava os elementos
em uma hélice e em ordem crescente de massa atômica. Fato é que Chancourtois
percebeu propriedades periódicas em seu agrupamento, porém o geólogo teve
dificuldade na difusão de suas ideias, não só pelo fato do modelo ser
tridimensional, mas também por sua linguagem ser diferente da comumente
utilizada pelos químicos.

A lei das oitavas surgiu posteriormente, proposta por John Newlands, em 1863.
Newlands organizou os elementos de propriedades semelhantes em 11 grupos, e,
além disso, tais propriedades se repetiam após oito elementos. O nome oitavas faz
referência às oitavas musicais.

Embora, inicialmente, seu trabalho tenha sido considerado vago e confuso,


posteriormente Newlands foi premiado por ele, em 1887, ao receber a Medalha
Davy da Real Sociedade de Londres. Contudo, tais modelos sempre apresentavam
lacunas e não conseguiam abranger todos os elementos já conhecidos.

Foi então que, em 1860, no Congresso de Karlsruhe, 129 químicos se reuniram


para padronizar formas de nomear e conceituar os conteúdos de pesquisas
químicas, diferenciando termos como átomo e molécula. Stanislao Cannizzaro, um
dos palestrantes do congresso, apresentou um estudo sobre um novo sistema de
massas atômicas, entregando cópias de seu artigo aos presentes.

Dmitri Mendeleev e Julius Lothar Meyer estavam entre os presentes, e então


receberam uma cópia do trabalho de Cannizzaro. Por meio das ideias deste, Meyer
desenvolveu uma Tabela com 28 dos 56 elementos já conhecidos e, em 1868,
trabalhou em uma Tabela Periódica que incluía todos os elementos químicos
conhecidos. Em 1869, contudo, Mendeleev publicou então sua Tabela Periódica.

Sem dúvida alguma, a proximidade das publicações gerou conflitos, tanto que, em
1892, a Real Sociedade de Londres premiou ambos com a Medalha Davy.
Contudo, a Tabela de Mendeleev vigorou, pois previa a existência de elementos
ainda não descobertos, deixando espaços vazios, e, além disso, ao incluir
elementos conhecidos e desconhecidos, levava em consideração diversas
propriedades físicas e químicas, podendo, inclusive, antever quais seriam as
propriedades dos elementos a serem descobertos.

Contudo, a Tabela Periódica de Mendeleev é um instrumento de pesquisa e aberta


a constantes revisões. O próprio Mendeleev realizou alterações posteriormente ao
incluir um oitavo grupo, que ele chamou de elementos de transição, por conta de
uma quebra de periodicidade acarretada pela inclusão do ferro. William Ramsay,
no final do século XIX, acrescentou à Tabela os gases nobres, enquanto Alfred
Werner deu a ela uma cara mais próxima da que conhecemos ao incluir o bloco d,
formando uma série de transição.

Os trabalhos de Henry Moseley, em 1913, rearranjaram a Tabela Periódica, uma


vez que ele enunciou a lei periódica, afirmando que “as propriedades físicas e
químicas dos elementos são funções periódicas de seus números atômicos”. Criou-
se então o conceito de número atômico, em que cada elemento teria seu próprio
número, fazendo com que a Tabela agora fosse organizada em ordem crescente de
números atômicos.

Os trabalhos de Moseley tiraram as últimas lacunas de Mendeleev. Após isso, na


década de 1950, McMillan e Seaborg descobriram os elementos transurânicos,
aqueles com número atômico maior que 92, reconfigurando a Tabela Periódica e,
assim, incluindo os lantanídeos e actinídeos.

Desde então, a Tabela Periódica sofre pequenas inclusões de alguns elementos que
vão sendo descobertos, sendo o último a ser incluído o elemento 118, oganessônio
(Og), com os elementos tenesso (Ts), moscóvio (Mc) e nihônio (Nh).

Quem determina a estrutura oficial e padrão da Tabela Periódica atualmente é a


Iupac, assim como é esse órgão que regulariza as mudanças que ela deve sofrer.

Curiosidades sobre a Tabela Periódica


● Mendeleev previu a existência de elementos ainda não descobertos bem
como suas propriedades. Foi o caso do germânio (Ge), o qual ele chamou de
eka-silício.
● J é a única letra do alfabeto que não está presente na Tabela Periódica.
● Diz-se que Mendeleev buscou inspiração no jogo Paciência para montar sua
Tabela Periódica.
● O Guiness Book coloca o plutônio (Pu) como o elemento mais perigoso da
Tabela Periódica, uma vez que é altamente radioativo e é utilizado na
confecção de bombas atômicas.
● A versão original da Tabela de Mendeleev foi perdida.
● Quando o argônio foi descoberto, em 1894, ele não se encaixava em
nenhum grupo da Tabela de Mendeleev. Como consequência, o químico
russo negou a existência desse elemento.

Elemento químico
Elemento químico é o conjunto dos átomos com o mesmo número atômico, ou
seja, com a mesma quantidade de prótons em seu núcleo.
Sigla do elemento químico sódio
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Elemento químico é o conjunto de átomos de mesmo número atômico. O número


atômico é a quantidade de prótons que um átomo possui em seu núcleo. Desse
modo, a menor parte ou partícula que conserva as propriedades de um elemento
químico é um átomo só com aquele determinado número atômico.

Para entender como isso se dá, pense em uma gota do elemento químico mercúrio
(Hg). Ela pode ser subdivida em outras gotas menores, que continuarão sendo
mercúrio, pois conservam as mesmas propriedades. Do mesmo modo, o elemento
químico é um conjunto de átomos com o mesmo número atômico, mas a menor
parte é apenas um átomo.
Assim, na Tabela Periódica, apresentada em ordem crescente de número atômico, é
exatamente esse número que identifica e diferencia os elementos químicos uns dos
outros.

Fragmento da tabela periódica mostrando a ordem crescente de número atômico

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Para identificar um elemento químico fora da Tabela Periódica, costuma-se colocar


o símbolo do elemento no centro, número de massa (A) na parte superior e o
número atômico (Z) na parte inferior. A figura abaixo mostra como isso pode ser
feito para representar um elemento químico:

Representações gerais dos elementos químicos

Essa representação está de acordo com as normas da União da Química Pura e


Aplicada (IUPAC). A seguir temos os elementos químicos sódio (Na) e cloro (Cl)
sendo representados dessa forma:
"Assim, o número atômico 11 identifica os átomos de sódio e o número atômico 17 identifica
os átomos de cloro."

Ligações químicas
As ligações químicas consistem em interações que os átomos realizam a fim de se
estabilizarem eletronicamente.

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As ligações químicas são as interações que ocorrem entre átomos para se tornarem
uma molécula ou substância básica de um composto. Existem três tipos de
ligações: covalentes, metálicas e iônicas. Os átomos buscam, ao realizar uma
ligação química, estabilizar-se eletronicamente. Esse processo é explicado pela
teoria do octeto, que dita que cada átomo, para alcançar estabilidade, precisa ter em
sua camada de valência oito elétrons.
Tópicos deste artigo
● 1 - Ligações química e a regra do octeto
● 2 - Tipos de ligações químicas
○ Ligações iônicas
○ Ligações covalentes
○ Ligação covalente dativa
○ Ligações metálicas

● 3 - Exercícios resolvidos

Ligações química e a regra do octeto


A busca por estabilidade eletrônica, que justifica a realização de ligações químicas
entre os átomos, é explicada pela teoria do octeto. Proposta por Newton Lewis,
essa teoria afirma que a interação atômica acontece para que cada elemento adquira
a estabilidade de um gás nobre, ou seja, oito elétrons na camada de valência.

Para isso, o elemento doa, recebe ou compartilha elétrons da sua camada mais
externa, realizando, portanto, ligações químicas de caráter iônico, covalente ou
metálico. Os gases nobres são os únicos átomos que já possuem oito elétrons na
sua camada mais externa e é por isso que pouco reagem com outros elementos.

Veja também: Regras de distribuição eletrônica: como fazer?


Distribuição
eletrônica do neônio (gás nobre) com evidência à camada de valência, que possui oito elétrons.

Tipos de ligações químicas


Para obter os oito elétrons na camada de valência como previsto na regra do octeto,
os átomos estabelecem ligações entre si, que variam de acordo com a necessidade
de doar, receber ou compartilhar elétrons e também com a natureza dos átomos
ligantes.

● Ligações iônicas

Também conhecidas com ligações eletrovalentes ou heteropolares, acontecem


entre metais e elementos muito eletronegativos (ametais e hidrogênio). Nesse tipo
de ligação, os metais tendem a perder elétrons, transformando-se em cátions (íons
positivos), e os ametais e o hidrogênio ganham elétrons, tornando-se ânions (íons
negativos).

Os compostos iônicos são duros e quebradiços, possuem alto ponto de ebulição e


conduzem corrente elétrica quando estão no estado líquido ou diluídos em água.
Ligação
+ -
iônica entre o sódio (Na ) e o cloro (Cl ) na qual o sódio doa um elétron para o cloro.

Observação: Fique atento ao fato de que o átomo que ganha elétrons vai se tornar
um íon com sinal negativo e que o átomo que perde elétrons fica com sinal
positivo.

Exemplos de substâncias iônicas:

● Bicarbonato (HCO3-);
● Amônio (NH4+);
● Sulfato (SO4-).

Para saber mais detalhes sobre esse tipo de ligação química, acesse o nosso texto:
ligações iônicas.

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● Ligações covalentes

As ligações covalentes acontecem pelo compartilhamento de elétrons. Em virtude


da baixa diferença de eletronegatividade entres os elementos ligantes, eles não
doam ou recebem elétrons, mas compartilham pares eletrônicos para assim ficarem
estáveis de acordo com a regra do octeto. Esse tipo de ligação é muito recorrente
nos elementos simples, como Cl2, H2, O2, e também nas cadeias carbônicas. A
diferença de eletronegatividade entre os ligantes determina se a ligação é polar ou
apolar.
Duas
moléculas realizando ligação covalente. A primeira (Cl 2) é um composto simples apolar, e a segunda (Hcl),
uma molécula polar .

Leia também: Polaridade das móleculas: como identificar?


● Ligação covalente dativa

Também chamada de ligação covalente coordenada, ligação semipolar, dativa ou


coordenada, ela é muito semelhante à ligação covalente, o que difere as duas é que
um dos átomos da ligação dativa é responsável por compartilhar dois elétrons.
Nesse tipo de ligação, que ocorre artificialmente, a molécula adquire as mesmas
características de uma molécula proveniente de uma ligação covalente espontânea.

● Ligações metálicas

Esse tipo de ligação acontece entre metais, que englobam os elementos da família
1A (metais alcalinos), 2A (metais alcalinoterrosos) e os metais de transição (bloco
B da tabela periódica – grupo 3 ao 12), formando o que chamamos de ligas
metálicas. A característica diferencial em relação aos demais tipos de ligação é a
movimentação dos elétrons, o que explica o fato de os materiais metálicos, no
estado sólido, serem ótimos condutores elétricos e térmicos. Além disso, as ligas
metálicas possuem alto ponto de fusão e ebulição, ductilidade, maleabilidade e
brilho. São exemplos de ligas metálicas:

● aço: ferro (Fe) e carbono C;


● bronze: cobre (Cu) + estanho (Sn);
● latão: cobre (Cu) + zinco (Zn);
● ouro: ouro (Au) + cobre (Cu) ou prata (Ag).
Represen
tação molécular de sódio metálico.

Resumo

● Ligações químicas: interação entre átomos que buscam estabilidade


eletrônica.
● Tipos de ligações: iônicas, covalentes e metálicas.
● Regra do octeto: define que, para o átomo ficar estável, ele deve ter em sua
camada de valência oito elétrons.

Ligações Químicas
Carolina Batista

Professora de Química

As ligações químicas correspondem à união dos átomos para a formação das


substâncias químicas.

Em outras palavras, as ligações químicas acontecem quando os átomos dos elementos


químicos se combinam uns com os outros e os principais tipos são:

● Ligações iônicas: transferência de elétrons;

● Ligações covalentes: compartilhamento de elétrons;

● Ligações metálicas: existência de elétrons livres.

Regra do Octeto
A Teoria do Octeto, criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico
estadunidense, e Walter Kossel (1888-1956), físico alemão, surgiu a partir da
observação dos gases nobres e algumas características como, por exemplo, a
estabilidade dos elementos que apresentam 8 elétrons na Camada de Valência.

Portanto, a Teoria ou Regra do Octeto explica a ocorrência das ligações químicas da


seguinte forma:

“Muitos átomos apresentam estabilidade eletrônica quando possuem 8 elétrons na camada de


valência (camada eletrônica mais externa).”

Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando elétrons com
outros átomos, donde surgem as ligações químicas.
Vale lembrar que existem muitas exceções à Regra do Octeto, principalmente entre os
elementos de transição.

Saiba mais sobre a Teoria do Octeto.

Tipos de Ligações Químicas


Ligação Iônica
Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é realizada entre íons
(cátions e ânions), daí o termo "ligação iônica".

Para ocorrer uma ligação iônica os átomos envolvidos apresentam tendências opostas:
um átomo deve ter a capacidade de perder elétrons enquanto o outro tende a recebê-
los.

Portanto, um ânion, de carga negativa, se une com um cátion, de carga positiva,


formando um composto iônico por meio da interação eletrostática existente entre eles.

Exemplo: Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha). Nesse composto, o


sódio (Na) doa um elétron para o cloro (Cl) e se torna um cátion (carga positiva),
enquanto o cloro torna-se um ânion (carga negativa).

Outros exemplos de substâncias formadas por ligações iônicas são:


● Brometo de potássio, KBr

● Cloreto de cálcio, CaCl2

● Fluoreto de magnésio, MgF2

Os compostos iônicos geralmente são encontrados no estado sólido em condições


ambientes e apresentam elevados pontos de fusão e ebulição. Quando dissolvidos em
água, essas substâncias são capazes de conduzir corrente elétrica, já que seus íons são
liberados em solução.

Saiba mais sobre a ligação iônica.

Ligação Covalente
Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são ligações em que
ocorre o compartilhamento de elétrons para a formação de moléculas estáveis,
segundo a Teoria do Octeto; diferentemente das ligações iônicas, em que há perda ou
ganho de elétrons.

Além disso, pares eletrônicos é o nome dado aos elétrons cedidos por cada um dos
núcleos, figurando o compartilhamento dos elétrons das ligações covalentes.

Exemplo: H2O: H - O - H (molécula de água) formada por dois átomos de hidrogênio


e um de oxigênio. Cada traço corresponde a um par de elétrons compartilhado
formando uma molécula neutra, uma vez que não há perda nem ganho de elétrons
nesse tipo de ligação.
Outros exemplos de substâncias formadas por ligações covalentes são:

● Gás oxigênio, O2

● Sacarose (açúcar de mesa), C12H22O11

● Ácido clorídrico, HCl

As ligações covalentes podem ser classificadas em polares ou apolares. No caso da


água temos uma ligação covalente polar, pois os átomos que compõem a molécula
apresentam diferentes eletronegatividades. Já o oxigênio (O 2) apresenta uma ligação
covalente apolar, pois é formado por átomos de um único elemento químico e, por
isso, não apresenta diferença de eletronegatividade.

Saiba mais sobre as ligações covalentes.

Ligação Covalente Dativa


Também chamada de ligação coordenada, ocorre quando um dos átomos apresenta seu
octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro, para completar sua
estabilidade eletrônica, necessita adquirir mais dois elétrons.
Esse tipo de ligação é representada por uma seta e um exemplo é o composto dióxido
de enxofre SO2: O = S → O.

Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos oxigênios
para atingir sua estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa um par de seus
elétrons para o outro oxigênio para que ele fique com oito elétrons na sua camada de
valência.

Saiba mais sobre a camada de valência.

Ligação Metálica
É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados eletropositivos e bons
condutores térmico e elétrico. Para tanto, alguns metais perdem elétrons da sua última
camada chamados de "elétrons livres" formando assim, os cátions.

A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma "nuvem


eletrônica", também chamada de "mar de elétrons" que produz uma força fazendo com
que os átomos do metal permaneçam unidos.
Exemplos de metais: Ouro (Au), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ferro (Fe), Níquel (Ni),
Alumínio (Al), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), entre outros.

Os metais apresentam estado físico sólido em temperatura ambiente, com exceção do


mercúrio, o único metal líquido nessas condições. As substâncias metálicas são boas
condutoras de calor e eletricidade e, além disso, apresentam um brilho característico

Influência das Ligações Químicas sobre as


Propriedades dos Materiais

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As ligações químicas que constituem os


materiais são responsáveis por grande parte de suas propriedades
O mundo ao nosso redor é composto por uma diversidade muito grande de materiais, capazes de
realizar fenômenos imprescindíveis para a sustentação da vida.

As propriedades dos materiais, tais como estado físico (sólido, líquido ou gasoso), os pontos de
ebulição e fusão, entre outras, devem-se, em grande parte, devido ao tipo de ligação química que
seus átomos realizam para a sua formação. Existem três tipos básicos de ligações químicas: a
iônica, a covalente e a metálica.

As propriedades principais resultantes de cada uma dessas ligações são:

Substâncias iônicas:

● A atração entre seus íons acaba produzindo aglomerados com formas geométricas bem
definidas, denominados retículos cristalinos;
● São sólidas na temperatura ambiente e pressão ambiente (25 ºC e 1atm), porque a força de
atração mantém ânions firmemente ligados uns aos outros;
● Apresentam elevados pontos de fusão e ebulição, porque é necessário fornecer uma grande
quantidade de energia para romper a atração elétrica existente entre os íons.
● A maioria dessas substâncias são sólidos quebradiços, desestruturam-se quando sofrem
algum impacto. Isso ocorre porque ao sofrerem alguma pressão, seus íons de mesma carga
se repelem, desestruturando o cristal;
● Conduzem corrente elétrica quando dissolvidas na água e quando fundidas;
● São polares;

O sal (cloreto de sódio – NaCl) exemplifica bem os pontos mencionados acima, pois ele é um
composto iônico formado a partir do cátion Na+ e do ânion Cl-.
● Possuem elevada dureza, ou seja, possuem grande resistência ao serem riscados por outros
materiais.

Substâncias moleculares:

● Em condições ambientes podem ser encontradas nos três estados físicos: gasoso, líquido e
sólido. Veja os exemplos:

- Compostos covalentes gasosos: gases oxigênio, nitrogênio e hidrogênio;

- Compostos covalentes líquidos: água

- Compostos covalentes sólidos: sacarose (açúcar), grafite, diamante, enxofre e fósforo.


● Pontos de fusão e ebulição menores que os das substâncias iônicas;
● Podem ser polares ou apolares, depende da diferença de eletronegatividade entre os
átomos dos elementos que constituem a ligação;
● Quando puras, não conduzem corrente elétrica.

As ligações covalentes são muito importantes para o organismo humano e para a vida animal e
vegetal, pois são por meio delas que se formam as proteínas, aminoácidos, lipídeos, carboidratos e
os outros compostos orgânicos.

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Substâncias metálicas:

● A maioria dos metais é sólida em condições ambientes. Apenas o mercúrio é encontrado


na fase líquida;
● Possuem brilho metálico característico;
● São bons condutores de eletricidade e calor, tanto na fase sólida, quanto na líquida. Por
isso, eles são muito usados em fios de alta tensão;
● Possuem densidade elevada, que é resultado das suas estruturas compactas;
● Possuem pontos de fusão e ebulição elevados. Devido a essa propriedade, eles são usados
em locais com grandes aquecimentos, tais como caldeiras, tachos e reatores industriais. O
tungstênio (W), por exemplo, é usado em filamentos de lâmpadas incandescentes.

Porém, existem exceções, que são o mercúrio, os metais alcalinos, o índio, o estanho, o bismuto e
o gálio. Esse último funde-se apenas com o calor da mão. Veja os pontos de fusão de alguns
desses materiais na tabela abaixo:
● São maleáveis (deixam-se reduzir a chapas e lâminas bastante finas) e apresentam
ductibilidade (podem ser transformados em fios);

● Apresentam alta tenacidade, suportando pressões elevadas sem sofrer ruptura;


● Elevada resistência à tração, ou seja, são bastante resistentes quando se aplica sobre eles
forças de puxar e alongar.
● Em geral, são moles, mas existem exceções, tais como o irídio e o crômio. Veja a tabela a
seguir:
As propriedades dos materiais não dependem unicamente do seu tipo de ligação química. Outros
fatores como a polaridade, a massa molar e o tipo de forças intermoleculares entre suas moléculas,
átomos ou partículas, também são muito importantes.

Ligações químicas
Ligações químicas são formas de combinações entre os átomos
para a formação de compostos, de modo que os átomos se tornem
mais estáveis.
Os
átomos se ligam para adquirir maior estabilidade.
As ligações químicas são formas de combinação entre os átomos que
ocorrem de modo que eles consigam adquirir maior estabilidade. Entre as
formas de descrever a estabilidade está a Regra do Octeto, uma das
primeiras formas de explicar como a estrutura eletrônica pode justificar um
aumento da estabilidade da espécie. Contudo, já é sabido que a Regra do
Octeto apresenta limitações, e, atualmente, existem formas mais modernas
para explicar a estabilidade das espécies em uma ligação química.

Existem três tipos de ligações químicas:

● a ligação iônica, em que íons de cargas opostas são mantidos por


atrações eletrostáticas;
● a ligação covalente, em que átomos compartilham seus elétrons de
valência;
● a ligação metálica, em que átomos metálicos formam uma ampla
estrutura de alta mobilidade eletrônica.

Leia também: Atomística — tudo a respeito do estudo do átomo

Resumo sobre ligações químicas


● Átomos se ligam para adquirir maior estabilidade.
● A Regra do Octeto foi uma das primeiras maneiras de explicar o
porquê da ligação entre os átomos.
● Essa regra se baseou na inércia química dos gases nobres, que
apresentam, à exceção do He, oito elétrons de valência.
● Segundo a Regra do Octeto, um átomo adquire estabilidade ao se
tornar isoeletrônico do gás nobre de número atômico mais próximo.
● A Regra do Octeto possui grande importância história, mas é
limitada, e, por isso, atualmente existem regras mais modernas para
explicar a ligação entre átomos.
● A ligação iônica é uma ligação em que íons de cargas opostas são
mantidos por meio de atrações eletrostáticas.
● A ligação covalente é uma ligação em que átomos compartilham os
seus elétrons de valência.
● A ligação metálica foi inicialmente descrita por Paul Drude, em
1900, baseado na teoria cinética dos gases, surgindo a noção do
“mar de elétrons”.
● Contudo, a teoria de Drude se mostrou limitada, e hoje existem
teorias mais modernas para explicar a mobilidade de elétrons na
estrutura metálica.

Videoaula sobre ligações químicas


Regra do Octeto e as ligações químicas

A Regra do Octeto é uma das formas mais tradicionais de se explicar o


porquê da ligação entre os átomos. Embora apresente limitações, ainda se
mantém no cotidiano da Química devido à sua importância histórica.

Segundo ela, um átomo adquire configuração eletrônica estável ao


apresentar oito elétrons na sua camada mais externa (de valência). Tal
número é utilizado pelo fato de os gases nobres, conhecidos como
elementos inertes da Tabela Periódica, possuírem oito elétrons em sua
camada de valência (com exceção do hélio). Veja a seguir as distribuições
eletrônicas dos quatro primeiros gases nobres (as camadas de valência
estão em destaque):

2He: 1s2

10Ne: 1s2 2s2 2p6

18Ar: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6

36Kr: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6


De modo geral, a fim de incluir o gás nobre hélio, podemos dizer que, pela
Regra do Octeto, um átomo, ao se ligar, se estabiliza quando se torna
isoeletrônico do gás nobre de número atômico mais próximo.

Contudo, como anteriormente dito, a Regra do Octeto apresenta limitações.


Por exemplo, é comprovado experimentalmente que o cátion Na +(g), que
obedece ao octeto, é menos estável que o átomo de sódio gasoso. A
estabilidade da substância NaCl, por exemplo, vem da energia eletrostática
entre íons de cargas opostas.

Existem também átomos que apresentam estabilidade com menos de oito


elétrons na camada de valência, como o caso do boro no BF3 (estabiliza-se
com seis elétrons) e o berílio no BeCl2 (estabiliza-se com quatro elétrons).
Existem também casos de átomos que apresentam estabilidade com mais
de oito elétrons na camada de valência, como o fósforo no PCl5 (dez
elétrons, uma expansão do octeto).

Moléculas com números ímpar de elétrons na camada de valência, como


NO e NO2, também são difíceis de serem explicadas pela Regra do Octeto.

Contudo, a Regra do Octeto tem dois pontos a seu favor: sua importância
história e sua simplicidade. Por isso, acaba sendo adotada como modelo
inicial para a explicação da formação de ligações químicas.

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Saiba mais: Exceções à Regra do Octeto

Quais são os tipos de ligações químicas?

A) Ligação iônica

É uma ligação formada por meio da atração eletrostática de íons de cargas


opostas (um cátion e um ânion). Para a formação do composto iônico, esses
íons se alternam em uma estrutura tridimensional e infinita, mantidos pelas
forças de atração entre as cargas opostas. Essas forças de atração são
intensas, e é por isso que a fusão de um composto iônico (o que significaria
a dissolução dessa estrutura tridimensional) requer muita energia.
Os íons
dispostos em uma estrutura tridimensional e infinita, conhecida como retículo cristalino.
Como ela ocorre entre átomos com valores de eletronegatividade bem
distintos, é comum a ocorrência de ligação iônica entre metais (baixa
energia de ionização) e ametais (alta afinidade eletrônica). Geralmente, diz-
se que um composto é majoritariamente iônico se a diferença de
eletronegatividade entre os átomos formadores do composto for maior que
1,7, como nos casos de NaCl, CaF2, KBr, MgO.

B) Ligação covalente

A ligação covalente é formada por meio do compartilhamento de elétrons de


valência de dois átomos. O compartilhamento se justifica porque dá origem
a uma força atrativa entre os núcleos, garantindo maior estabilidade.
Representação do
compartilhamento dos elétrons de valência do hidrogênio para formação do H2.
Os compostos majoritariamente covalentes são aqueles cujos átomos
formadores possuem uma diferença de eletronegatividade inferior a 1,7.
Exemplos: H2O, CO2, N2, O2.

C) Ligação metálica

Em 1900, Paul Drude apresentou a teoria de que os metais deveriam ser


tratados como um gás uniforme de elétrons, visto que possuem pequenos
valores de energia de ionização. Esse modelo ficou conhecido como “mar de
elétrons”.
O “mar
de elétrons” de Paul Drude. Os elétrons apresentam mobilidade na estrutura.
Assim, para Drude, os metais se ligam, e seus elétrons de valência,
fracamente ligados, desligam-se e assim podem se movimentar livremente
através do metal, com os íons positivos relativamente fixos. Tal ideia,
baseada na teoria cinética dos gases, foi muito útil para explicar a condução
elétrica e térmica dos metais em fase sólida. Porém, ela se mostrou limitada
em alguns aspectos e, atualmente, a ligação entre átomos metálicos é
explicada pela teoria dos orbitais moleculares. Exemplos: Fe, Mg, Na, Zn.

Leia também: Ligação covalente e o modelo de Linus Pauling com os


orbitais

Exercícios resolvidos sobre ligações químicas

Questão 1

(Uerj 2020) Há um tipo de ligação interatômica em que os elétrons das


camadas mais externas transitam entre os cátions da rede cristalina. Por
essa característica, tal ligação é comparada a um “mar de elétrons”. “Mar de
elétrons” é uma metáfora que se refere ao seguinte tipo de ligação:
a) iônica

b) metálica

c) covalente

d) de hidrogênio

Gabarito

Letra B

O modelo “mar de elétrons” faz referência à teoria apresentada por Paul


Drude em 1900, em que os elétrons de valência, pouco ligados aos átomos
metálicos, ficariam livres na estrutura, em uma espécie de nuvem uniforme
de elétrons.

Questão 2

(Uerj 2015) Em fins do século XVI, foi feita uma das primeiras aplicações
práticas de uma pilha: a decomposição da água em oxigênio e hidrogênio,
processo denominado eletrólise.

Já naquela época, com base nesse experimento, sugeriu-se que as forças


responsáveis pelas ligações químicas apresentam a seguinte natureza:

a) nuclear

b) elétrica

c) magnética

d) gravitacional

Gabarito

Letra B

A condução de energia elétrica é consequência da movimentação dos


elétrons. Nos processos eletroquímicos, a mobilidade dos elétrons é
essencial para tal. Assim, a compreensão dos processos eletroquímicos
pode inferir o que depois se confirmou nas teorias sobre as ligações
químicas: as forças responsáveis por manter átomos unidos são de natureza
elétrica.
Funções inorgânicas: tudo sobre ácidos, bases, sais e óxidos

CONTEÚDO DESTE POST

● O que são funções inorgânicas?


● O que é ionização?
● O que é dissociação?
● Funções inorgânicas: bases
○ Nomenclatura das bases inorgânicas
● Funções inorgânicas: ácidos
○ Nomenclatura dos ácidos inorgânicos
● Funções inorgânicas: sais
○ Nomenclatura dos sais inorgânicos
● Funções inorgânicas: óxidos
○ Nomenclatura dos óxidos inorgânicos
● Exercícios sobre funções inorgânicas

Veja o que é química orgânica e seus conceitos com o Stoodi!

As funções inorgânicas estão sempre presentes no nosso dia a dia de diversas formas. Você, por acaso, já
tomou um suco de laranja muito azedo? Então, já teve contato com uma das funções: os ácidos. Ou, você
já comeu uma banana que deixou uma sensação diferente na boca? Nesse caso, estava ingerindo uma
substância básica.

Legal saber que os conhecimentos que adquirimos estão presentes na nossa rotina diária, não é? Vamos
estudar mais sobre esse assunto bem interessante da Química?

No post de hoje, você vai saber o que são funções inorgânicas. Então, venha conferir os tópicos especiais
que o Stoodi preparou sobre o assunto para você dominar esse conteúdo e se sair muito bem na prova do
Enem.

O que são funções inorgânicas?


As funções inorgânicas são compostos químicos. Elas são chamadas assim por não possuírem cadeias
carbônicas em sua composição — por isso não são consideradas como compostos orgânicos.

As funções inorgânicas são substâncias químicas agrupadas em famílias, porque têm propriedades
semelhantes. Elas se diferenciam somente no comportamento que apresentam quando entram em contato
com a água.

Estão divididas em quatro grupos: as bases, os ácidos, os sais e os óxidos. É importante ficar de olho no
assunto, porque ele é um dos que mais cai no Enem. Mas, antes, precisamos aprender a diferenciar dois
fenômenos importantes da Química Inorgânica: a ionização e a dissociação. Vamos lá?

O que é ionização?

A ionização é um fenômeno químico que acontece quando os átomos neutros são carregados de forma
elétrica, ou seja, têm sua carga elétrica alterada. Depois que sofrem ionização, os átomos são chamados,
em geral, de íons, por adquirirem essa carga elétrica. Dependendo do que ocorre, um íon recebe diferentes
nomes. Veja, um átomo pode:

● receber elétrons, tornando-se um átomo com carga elétrica negativa (ânion);


● doar elétrons, ficando com a carga elétrica positiva (cátion).
Os íons são gerados de diversas maneiras, estejam eles em estado sólido, líquido ou gasoso. Um dos
fenômenos mais comuns de ionização ocorre quando os átomos entram em contato com a água, liberando
íons. Isso acontece principalmente com os ácidos.

O que é dissociação?

A dissociação nos remete à ideia de separação de algo. Na Química, essa ideia acontece de forma literal.
Ela consiste em um processo físico. Quando colocamos uma substância iônica em contato com a água, os
íons já existentes se separam. “Mas por que já existentes?”, você pode perguntar. Vamos a um exemplo
para ficar mais claro!

Imagine colocar uma certa quantidade de NaCl em água. O NaCl é um composto iônico, ou seja, que
possui uma carga elétrica. Para entender melhor, precisamos nos lembrar da ligação iônica: ela é a
aproximação de dois ou mais íons de cargas opostas, que ficam unidos por atração eletrostática. Ou seja: os
íons não deixam de existir nos compostos, iônicos; eles apenas estão agrupados.

Então, quando colocamos o NaCl em água, acontece a separação dos íons que o compõem, liberando o
Na+ e o Cl–. Assim, os íons já existentes se dispersam na água — ou melhor, se dissociam. E então
podemos chamar essa solução de solução iônica.

Agora que ficou claro o que é ionização e dissociação, podemos dar uma olhada nas funções inorgânicas!

Funções inorgânicas: bases

As bases são substâncias que sofrem dissociação em meio aquoso, liberando cátions e o ânion hidróxido
OH–, chamado de hidroxila. Bases podem ser consideradas fortes ou fracas, dependendo do seu grau de
dissociação.

Bases inorgânicas são bons condutores de energia em meio aquoso. Além disso, seu nível de basicidade
pode ser medido pelo pH (potencial hidrogeniônico) ou pelo pOH (potencial hidroxiliônico), em uma
escala de 8 a 14. Quando mais hidroxilas estão presentes em solução, mais básica a substância é
considerada. Vale lembrar que as bases são ótimas para neutralizar os ácidos.

Nomenclatura das bases inorgânicas


No geral, para nomear uma base é necessário escrever a palavra HIDRÓXIDO seguida do nome do cátion
liberado. Simplificando:

HIDRÓXIDO DE (NOME DO CÁTION)

Por exemplo:

● NaOH — hidróxido de sódio;


● AgOH — hidróxido de prata.

Funções inorgânicas: ácidos

Os ácidos são substâncias que, em meio aquoso, sofrem ionização e liberam o cátion H+. Eles também
podem ser considerados fortes ou fracos, dependo do seu grau de ionização.

Além disso, por terem carga elétrica, os ácidos inorgânicos são substâncias condutoras de eletricidade,
podendo queimar a pele das pessoas quando acontece contato direto. O nível de acidez de cada um deles
pode ser medido pelo pH, com a escala entre 0 a 6 — ou seja, medindo a quantidade de H+ da substância.
Quando mais H+ liberados, mais ácida ela é.

Nomenclatura dos ácidos inorgânicos

Em geral, nomear um ácido é algo bem tranquilo.

Para os hidrácidos (ácido que não possuem oxigênio), basta escrever a palavra ÁCIDO seguida do nome
do elemento, porém é necessário colocar o sufixo -ÍDRICO. Simplificando:

ÁCIDO + ELEMENTO + sufixo ÍDRICO

Por exemplo:
● HCl — ácido clorídrico;
● HF — ácido fluorídrico;
● HI — ácido iodídrico;
● HBr — ácido bromídrico.

O segundo caso são os oxiácidos — ácidos que possuem oxigênio. Primeiro, é preciso observar o NOX do
composto. Depois, escrever a palavra ÁCIDO seguida do nome do elemento, colocando prefixos e sufixos
dependendo do NOX. Veja as possibilidades:

Elementos com NOX < 2

ÁCIDO + prefixo HIPO + ELEMENTO + sufixo OSO

Exemplos:

● HClO — ácido hipocloroso;


● HBrO — ácido hipobromoso;
● HIO — ácido hipoiodoso.

Elementos com NOX = 2

ÁCIDO + ELEMENTO + sufixo OSO

Exemplos:

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● HClO2 — ácido cloroso;


● H2SO3 — ácido sulfuroso;
● HNO2 — ácido nitroso.

Elementos com NOX = 3

ÁCIDO + ELEMENTO + sufixo ICO

Exemplos:

● HClO3 — ácido clórico;


● H2Cr2O7 — ácido dicrômico;
● H2SO4 — ácido sulfúrico;
● H2MnO4 — ácido mangânico.

Elementos com NOX > 3


ÁCIDO + prefixo PER + ELEMENTO + sufixo ICO

Exemplos:

● HClO4 — ácido perclórico;


● HBrO4 — ácido perbrômico;
● HIO4 — ácido periódico;
● HMnO4 — ácido permangânico.

Funções inorgânicas: sais

Os sais são substâncias parecidas com os ácidos e as bases, pois liberam íons em contato com a água. São
formados a partir da neutralização de um ácido por uma base. Essa reação pode ser chamada de reação de
neutralização ou salinização, na qual são liberados um sal e uma molécula de água. O sal é um composto
feito de um ânion e um cátion diferentes de H+ e OH–.

Nomenclatura dos sais inorgânicos

Nomear um sal é um pouquinho mais complicado do que dar nome a uma base ou a um ácido, pois
precisamos olhar a origem dele, ou seja, o nome do ácido e da base que construíram esse sal. Veja abaixo
os casos possíveis!

Sais de hidrácidos

Para nomeá-los, vamos trocar o final -ÍDRICO do ácido original pelo final -ETO. Simplificando:

NOME DO ÂNION + sufixo ETO + DE + NOME DO CÁTION

Por exemplo:

● NaCl — cloreto de sódio;


● CaCl2 — cloreto de cálcio.

Sais de substâncias com o NOX variável

Nesse caso, a nomenclatura varia conforme o NOX da substância que o originou. Veja a correspondência
de cada caso!

Elementos com NOX < 2

prefixo HIPO + ELEMENTO + sufixo ITO + DE + NOME DO CÁTION

Exemplos:

● KClO — hipoclorito de potássio;


● NaBrO — hipobromito de sódio;
● LiIO — hipoiodito de lítio.

Elementos com NOX = 2

ELEMENTO + sufixo ITO + DE + NOME DO CÁTION

Exemplos:

● KClO2 — clorito de potássio;


● CaSO3 — sulfito de cálcio;
● Ba(NO2)2 — nitrito de bário.

Elementos com NOX = 3

ELEMENTO + sufixo ATO + DE + NOME DO CÁTION


Exemplos:

● KClO3 — clorato de potássio;


● KCr2O7 — dicromato de potássio;
● Na2SO4 — sulfato de sódio;
● CaMnO4 — manganato de cálcio.

Elementos com NOX > 3

prefixo PER + ELEMENTO + sufixo ATO + DE + NOME DO CÁTION

Exemplos:

● Mg(ClO4)2 — perclorato de magnésio;


● NaBrO4 — perbromato de sódio;
● KIO4 — periodato de potássio;
● KMnO4 — permanganato de potássio.

Funções inorgânicas: óxidos

Os óxidos são os compostos chamados de binários, por possuírem um elemento ligado ao átomo de
oxigênio, sendo este o mais eletronegativo da substância.

Nomenclatura dos óxidos inorgânicos

Os óxidos são os mais fáceis de nomear. É necessário escrever a palavra óxido, seguida do nome do
elemento que compõe o resto da substância. Simplificando:

ÓXIDO + DE + NOME DO ELEMENTO


Veja:

● CaO — óxido de cálcio.

Exercícios sobre funções inorgânicas

Mas, como nós sempre falamos, nada melhor que os exercícios para fixar o aprendizado e ajudar a
identificar onde moram as dúvidas, certo? Portanto, aproveite as listas de Química do Stoodi que trazem
vários exercícios sobre funções inorgânicas e coloque em prática tudo o que conversamos.

Se perceber que ainda ficou alguma dúvida, não hesite: corra para as aulas do Stoodi e veja mais conteúdo
sobre o assunto em vídeo.

Gostou de ler este resumo e aprender mais sobre as funções inorgânicas? Então aproveite e se cadastre
gratuitamente no Stoodi para aprender vários outros assuntos legais e mandar muitíssimo bem no Enem!

Funções Inorgânicas

Carolina Batista

Professora de Química

As funções inorgânicas são os grupos de compostos inorgânicos que apresentam


características semelhantes.
Uma classificação fundamental em relação aos compostos químicos é: os compostos
orgânicos são aqueles que contêm átomos de carbono, enquanto os compostos
inorgânicos são formados pelos demais elementos químicos.

Há exceções como, por exemplo, CO, CO2 e Na2CO3, que embora apresentem o
carbono na fórmula estrutural, possuem características de substâncias inorgânicas.

As quatro principais funções inorgânicas são: ácidos, bases, sais e óxidos.

Essas 4 funções principais foram definidas por Arrhenius, químico que identificou
íons nos ácidos, nas bases e nos sais.

Ácidos
Ácidos são compostos covalentes, ou seja, que compartilham elétrons nas suas
ligações. Eles têm a capacidade de ionizar em água e formar cargas, liberando o H +
como único cátion.

Classificação dos ácidos


Os ácidos podem ser classificados de acordo com a quantidade de hidrogênios que são
liberados em solução aquosa e ionizam-se, reagindo com a água formando o íon
hidrônio.

Número de hidrogênios ionizáveis

Monoácidos: possuem apenas um hidrogênio ionizável.


Exemplos: HNO3, HCl e HCN

Diácidos: possuem dois hidrogênios ionizáveis.


Exemplos: H2SO4, H2S e H2MnO4

Triácidos: possuem três hidrogênios ionizáveis.


Exemplos: H3PO4 e H3BO3

Tetrácidos: possuem quatro hidrogênios ionizáveis.


Exemplos: H4P7O7
A força de um ácido é medida pelo grau de ionização. Quanto maior o valor de mais
forte é o ácido, pois:

Grau de ionização

Fortes: possuem grau de ionização superior a 50%.

Moderados: possuem grau de ionização entre 5% e 50%.

Fracos: possuem grau de ionização inferior a 5%.

Os ácidos podem conter ou não o elemento oxigênio na sua estrutura, sendo assim:

Presença de oxigênio

Hidrácidos: não apresentam átomos de oxigênio.


Exemplos: HCl, HBr e HCN.

Oxiácidos: O elemento oxigênio está presente na estrutura do ácido.


Exemplos: HClO, H2CO3 e HNO3.

Nomenclatura dos ácidos


A fórmula geral de um ácido pode ser descrita como H xA, onde A representa o ânion
que compõe o ácido e a nomenclatura gerada pode ser:

Terminação do ânion Terminação do ácido

eto ídrico
Exemplo: Cloreto (Cl-) Exemplo: ácido clorídrico (HCl)

ato ico
Exemplo: ácido clórico (HClO3)
Exemplo: clorato

ito oso
Exemplo: nitrito Exemplo: ácido nitroso (HNO2)

Características dos ácidos


As principais características dos ácidos são:

● Têm sabor azedo.

● Conduzem corrente elétricas, pois são soluções eletrolíticas.

● Formam o gás hidrogênio quando reagem com metais, como magnésio e


zinco.

● Formam gás carbônico ao reagir com carbonato de cálcio.

● Alteram para uma cor específica os indiciadores ácido-base (papel de


tornassol azul fica vermelho).

Principais ácidos
Exemplos: acido clorídrico (HCl), ácido sulfúrico (H 2SO4), ácido acético
(CH3COOH), ácido carbônico (H2CO3) e ácido nítrico (HNO3).
Embora o ácido acético seja um ácido da Química Orgânica, é importante conhecer a
sua estrutura devido a sua importância.

Bases
Bases são compostos iônicos formados por cátions, na maioria das vezes de metais,
que se dissociam em água liberando o ânion hidróxido (OH-).

Classificação das bases


As bases podem ser classificadas de acordo com o número de hidroxilas liberadas em
solução.

Número de hidroxilas

Monobases: possuem apenas uma hidroxila.


Exemplos: NaOH, KOH e NH4OH

Dibases: possuem duas hidroxilas.


Exemplos: Ca(OH)2, Fe(OH)2 e Mg(OH)2
Tribases: possuem três hidroxilas.
Exemplos: Al(OH)3 e Fe(OH)3

Tetrabases: possuem quatro hidroxilas.


Exemplos: Sn(OH)4 e Pb(OH)4

As bases geralmente são substâncias iônicas e a força de uma base é medida pelo grau
de dissociação.

Quanto maior o valor de mais forte é a base, pois:

Grau de dissociação

Fortes: possuem grau de dissociação praticamente 100%.


Exemplos:
● Bases de metais alcalinos, como NaOH e KOH.
● Bases de metais alcalino-terrosos, como Ca(OH)2 e Ba(OH)2.
● Exceções: Be(OH)2 e Mg(OH)2

Fracos: possuem grau de dissociação inferior a 5%.


Exemplo: NH4OH e Zn(OH)2.

Solubilidade em água

Solúveis: bases de metais alcalinos e amônio.


Exemplos: Ca(OH)2, Ba(OH)2 e NH4OH.

Pouco solúveis: bases de metais alcalinos terrosos.


Exemplos: Ca(OH)2 e Ba(OH)2.

Praticamente insolúveis: demais bases.


Exemplos: AgOH e Al(OH)3.

Nomenclatura das bases


A fórmula geral de uma base pode ser descrita como , onde B representa o
radical positivo que compõe a base e y é a carga que determina o número de
hidroxilas.

A nomenclatura para bases com carga fixa é dada por:

Bases com carga fixa

Metais alcalinos Hidróxido de lítio LiOH

Metais alcalinos terrosos Hidróxido de magnésio Mg(OH)2

Prata Hidróxido de prata AgOH

Zinco Hidróxido de zinco Zn(OH)2

Alumínio Hidróxido de alumínio Al(OH)3

Quando a base tem carga variável a nomenclatura pode ser de duas formas:

Bases com carga variável

Cobre Cu+ Hidróxido de cobre I CuOH

Hidróxido cuproso

Cu2+ Hidróxido de cobre II Cu(OH)2

Hidróxido cúprico
Ferro Fe2+ Hidróxido de ferro II Fe(OH)2

Hidróxido ferroso

Fe3+ Hidróxido de ferro III Fe(OH)3

Hidróxido férrico

Características das bases


● A maioria das bases são insolúveis em água.

● Conduzem corrente elétrica em solução aquosa.

● São escorregadias.

● Reagem com ácido formando sal e água como produtos.

● Alteram para uma cor específica os indiciadores ácido-base (papel de


tornassol vermelho fica azul).

Principais bases
As bases são muito utilizadas em produtos de limpeza e também em processos das
indústrias químicas.

Exemplos: hidróxido de sódio (NaOH), hidróxido de magnésio (Mg(OH) 2), hidróxido


de amônio (NH4OH), hidróxido de alumínio (Al(OH)3) e hidróxido de cálcio
(Ca(OH)2).
Veja também: Ácidos e Bases

Sais
Sais são compostos iônicos que apresentam, no mínimo, um cátion diferente de H + e
um ânion diferente de OH-.

Um sal pode ser obtido em uma reação de neutralização, que é a reação entre um
ácido e uma base.

A reação do ácido clorídrico com hidróxido de sódio produz cloreto de sódio e água.

O sal formado é composto pelo ânion do ácido (Cl-) e pelo cátion da base (Na+).

Veja também: Reação de Neutralização

Classificação dos sais


A seguir, temos as principais famílias de sais que podem ser classificadas de acordo
com a solubilidade em água e alteração do pH da solução da seguinte forma:
Solubilidade em água dos sais mais comuns

Solúveis Nitratos Exceções:

Cloratos
Acetato de prata.
Acetatos

Cloretos Exceções:

Brometos

Iodetos

Sulfatos Exceções:

Insolúveis Sulfetos Exceções:

Sulfetos de metais alcalinos,


alcalino-terrosos e amônio.

Carbonatos Exceções:

Fosfatos
Os de metais alcalinos e amônio.

pH

Sais neutros Quando são dissolvidos em água não alteram o pH.


Exemplo: NaCl.

Sais ácidos Quando são dissolvidos em água fazem o pH da solução ficar menor que 7.
Exemplo: NH4Cl.

Sais básicos Quando são dissolvidos em água fazem o pH da solução ficar maior que 7.
Exemplo: CH3COONa.
Além das famílias de sais que vimos anteriormente, existem outros tipos de sais,
conforme a tabela a seguir.

Outros tipos de sais

Hidrogeno-sais Exemplo: NaHCO3

Hidroxi-sais Exemplo: Al(OH)2Cl

Sais duplos Exemplo: KNaSO4

Sais hidratados Exemplo: CuSO4 . 5 H2O

Sais complexos Exemplo: [Cu(NH3)4]SO4

Nomenclatura dos sais


De maneira geral, a nomenclatura de um sal segue a seguinte ordem:

Nome do ânion Nome de cátion Nome do sal

Cl- Fe3+ FeCl3


Cloreto Ferro III Cloreto de ferro III

Na+ Na2SO4
Sulfato Sódio Sulfato de sódio

K+ KNO2
Nitrito Potássio Nitrito de potássio

Br- Ca2+ CaBr2


Brometo Cálcio Brometo de cálcio

Características dos sais


● São compostos iônicos.

● São sólidos e cristalinos.

● Sofrem ebulição em temperaturas altas.


● Conduzem corrente elétrica em solução.

● Têm sabor salgado.

Principais sais
Exemplos: nitrato de potássio (KNO3), hipoclorito de sódio (NaClO), fluoreto de
sódio (NaF), carbonato de sódio (Na2CO3) e sulfato de cálcio (CaSO4).

Veja também: Reações Químicas

Óxidos
Óxidos são compostos binários (iônicos ou moleculares), que têm dois elementos.
Possuem oxigênio na sua composição, sendo ele o seu elemento mais eletronegativo.

A fórmula geral de um óxido é , onde C é o cátion e sua carga y se transforma

em índice no óxido formando o composto:

Classificação dos óxidos


De acordo com as ligações químicas

Iônicos Combinação do oxigênio com metais.


Exemplo: ZnO.

Moleculares Combinação do oxigênio com elementos não metálicos.


Exemplo: SO2.

De acordo com as propriedades

Básicos Em solução aquosa alteram o pH para maior que 7.


Exemplo: Li2O ( e demais metais alcalinos e alcalinos terrosos).

Ácidos Em solução aquosa reagem com a água e formam ácidos.


Exemplos: CO2, SO3 e NO2.

Neutros Alguns óxidos que não reagem com a água.


Exemplo: CO.

Peróxidos Em solução aquosa reagem com a água ou ácidos diluídos e formam água
oxigenada H2O2.
Exemplo: Na2O2.

Anfóteros Podem se comportar como ácidos ou bases.


Exemplo: ZnO.

Nomenclatura dos óxidos


De maneira geral, a nomenclatura de um óxido segue a seguinte ordem:

Nome de acordo com tipo de óxido

Óxidos iônicos Exemplos de óxidos com carga fixa:


CaO - Óxido de cálcio
Al2O3 - Óxido de alumínio

Exemplos de óxidos com carga varável:


FeO - Óxido de ferro II
Fe2O3 - Óxido de ferro III

Óxidos moleculares Exemplos:


CO - Monóxido de carbono
N2O5 - Pentóxido de dinitrogênio

Características dos óxidos


● São substâncias binárias.

● São formados pela ligação do oxigênio com outros elementos, exceto o flúor.

● Óxidos metálicos, ao reagir com ácidos, formam sal e água.

● Óxidos não metálicos, ao reagir com bases, formam sal e água.

Principais óxidos
Exemplos: óxido de cálcio (CaO), óxido de manganês (MnO 2), óxido de estanho
(SnO2), óxido de ferro III (Fe2O3) e óxido de alumínio (Al2CO3).

Funções inorgânicas
Funções inorgânicas são classificações das substâncias
inorgânicas de acordo com suas similaridades químicas. Ácidos,
bases, sais e óxidos são as principais funções.

As
funções inorgânicas são os grupos em que se dividem os compostos inorgânicos.
Funções inorgânicas são os grupos de substâncias químicas que não
apresentam como elemento químico central o carbono (já que as
substâncias que o apresentam pertencem às funções orgânicas), ou seja,
fazem parte da Química Inorgânica. As principais são:

● ácidos,
● bases,
● sais e
● óxidos.

Leia também: Conceito de ácido, base e sal pela teoria de Arrhenius

Resumo sobre funções inorgânicas

● As funções inorgânicas classificam as substâncias inorgânicas em


diferentes grupos, de acordo com as suas propriedades químicas.
● As principais funções inorgânicas são: ácido, base, sal e óxido.
● Os ácidos liberam íons H+ em contato com água.
● As bases liberam íons OH- em contato com água.
● Os sais são formados por um cátion diferente do íon H + e um ânion
distinto do íon OH-.
● Os sais são formados na reação entre um ácido e uma base.
● Os óxidos são compostos binários formados por oxigênio e um
outro cátion.
● Hidretos, carbetos e sulfetos são outras classificações para
compostos inorgânicos.

Videoaula sobre funções orgânicas


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O que são funções inorgânicas?

As funções inorgânicas são os grupos em que se dividem os compostos


inorgânicos, baseados nas similaridades entre as suas propriedades
químicas e sua reatividade.

Os compostos inorgânicos são aqueles que não possuem o carbono como


principal elemento, sendo formados por todos os demais elementos da
tabela periódica. No entanto, há algumas exceções, como o CO 2 e Na2CO3,
que mesmo possuindo átomo de carbono são considerados substâncias
inorgânicas devido às suas características.

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Quais são as funções inorgânicas?

As principais funções inorgânicas são:

○ ácidos,
○ bases,
○ sais e
○ óxidos.

Há outras funções inorgânicas de menor relevância, por possuírem menor


número de compostos. São elas:

○ hidretos,
○ carbetos e
○ sulfetos.

• Ácido

A função inorgânica ácido engloba os compostos covalentes que sofrem


ionização em água, gerando o íon H+ como único cátion.

Por exemplo, a espécie ácido clorídrico (HCl) é classificada como ácido


porque sofre ionização em água, gerando cátion H+ e ânion Cl-:

HCl (aq)⟶

H
+

(aq)+

Cl

(aq)

HCl (aq)⟶ H+(aq)+ Cl−(aq)

A presença de íons em solução é condição para que ocorra condução de


corrente elétrica. Logo, soluções aquosas ácidas conduzem eletricidade de
forma proporcional à concentração de íons em solução.

O limão é ácido. Soluções


ácidas conduzem corrente elétrica.
Substâncias ácidas são solúveis em água, caracterizadas pelo sabor azedo
e por registrarem valores de pH entre 0 e 7 na escala de pH.

Os ácidos podem ser classificados de acordo a força relativa, a quantidade


de hidrogênios ionizáveis e a presença de oxigênio que possuem.

A força dos ácidos é medida em grau de ionização (α), que é a razão entre a
quantidade de moléculas que efetivamente sofrem ionização pela
quantidade total de moléculas em solução:

α=
merodemoléculasionizadas

merodemoléculasdissolvidas
α= númerodemoléculasionizadasnúmerodemoléculasdissolvidas

Quanto maior o valor de α, mais forte é o ácido.

○ Ácidos fortes possuem α superior a 50% (α > 0,5).


○ Ácidos moderados possuem α entre 5% e 50% (0,05 < α < 0,5).
○ Ácidos fracos possuem α inferior a 5% (α < 0,5).

Por exemplo, o ácido nítrico é um ácido forte porque possui α = 92%. Isso
significa que, em uma solução constituída por 100 moléculas desse ácido,
92 moléculas sofrem ionização e formam íons H+, e apenas 8 delas se
mantêm na forma não-ionizada.

Em relação à quantidade de hidrogênios que podem ser liberados em


solução aquosa, chamados de hidrogênios ionizáveis, os ácidos são
classificados em:

● Monoácidos: apenas um hidrogênio ionizável. Exemplos:

- Ácido clorídrico - HCl

- Ácido nítrico - HNO3

● Diácidos: dois hidrogênios ionizáveis. Exemplos:

- Ácido sulfúrico - H2SO4

- Ácido sulfídrico - H2S

● Triácidos: três hidrogênios ionizáveis. Exemplos:

- Ácido fosfórico - H3PO4

- Ácido bórico - H3BO3.

Alguns ácidos podem conter átomos de oxigênio, sendo denominados de


oxiácidos, enquanto as espécies que não têm oxigênio são chamadas de
hidrácidos.
● Bases
A função inorgânica base engloba compostos iônicos que sofrem
dissociação em água, gerando o íon OH- (hidroxila) como único ânion.

A espécie hidróxido de sódio (NaOH) é uma base porque sofre dissociação


em água, liberando íons OH-:

NaOH (aq)⟶

Na
+

(aq)+

OH

(aq)

NaOH (aq)⟶ Na+(aq)+ OH−(aq)

O cátion que forma a substância básica, geralmente, é de caráter metálico.

As soluções básicas conduzem corrente elétrica proporcionalmente à


concentração dos íons, uma vez que liberam íons em contato com a água,
formando soluções eletrolíticas.

Substâncias básicas possuem sabor adstringente, sensação parecida com a


de comer uma fruta verde. Bases fazem parte da composição de produtos
de limpeza, como a soda cáustica (NaOH), da produção de produtos
farmacêuticos, fertilizantes, cosméticos e da indústria alimentícia.

Como são caracterizadas pela presença de íons OH -, as bases registram


valores de pH superiores a 7.

As bases apresentam diferentes solubilidades em água, dependendo do


cátion formador. Veja um resumo na tabela abaixo:
Solubilidade das bases Tipo de cátion

Bases solúveis Metal alcalino (grupo 1) e amônio.


Exemplo: NaOH, KOH, NH4OH.

Bases parcialmente solúveis Metal alcalino terroso (grupo 2).


Exemplo: Ca(OH)2, Sr(OH)2.

Bases pouco solúveis Demais bases. Aquelas que não


possuem em sua composição metais
dos grupos 1 e 2. Exemplo: Fe(OH)3 e
Ni(OH)2.

As bases são classificadas de acordo com a sua força relativa e a


quantidade de hidroxilas dissociáveis.

A força das bases é estimada com base em seu grau de dissociação (α),
que é determinado pela quantidade de moléculas da base que efetivamente
se dissociam, liberando íons OH- em solução aquosa:

α=
merodemoléculasdissociadas

merodemoléculasdissolvidas

α= númerodemoléculasdissociadasnúmerodemoléculasdissolvidas

Quanto maior o grau de dissociação, mais forte é a base.

● Bases fortes possuem α maior que 5% (α > 0,5).


● Bases fracas possuem α menor que 5% (α ≤ 0,5).

Por exemplo, o hidróxido de amônio (NH 4OH) é uma base fraca porque tem
α = 1,5%, ou seja, em uma solução formada por 100 moléculas dessa base,
menos de duas moléculas sofrerão dissociação para gerar íons OH -, ficando
a maior parte das moléculas de NH4OH na sua forma não dissociada.
Em relação à quantidade de grupos de hidroxilas dissociáveis em solução
aquosa, as bases são divididas em:

○ monobases: uma única hidroxila dissociável. Exemplo:

- Hidróxido de sódio (NaOH).

○ dibases: dois íons OH- dissociáveis. Exemplos:

- Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).

○ tribases: três hidroxilas dissociáveis.

- Hidróxido de alumínio (Al(OH)3).

● Sais
A função inorgânica sal reúne os compostos iônicos constituídos por um
cátion diferente do íon H+ e um ânion distinto do íon OH-.

Os sais são formados por uma reação de neutralização envolvendo um


ácido e uma base. Reações de neutralização geram como produtos sal e
água. Veja a reação de formação do sal cloreto de sódio:

HCl+NaOH ⟶NaCl+

H
2

HCl+NaOH ⟶NaCl+ H2O

Perceba que o sal formado não possui os íons H+ ou OH-.


A principal característica dos sais é o sabor salgado. Sais são substâncias
sólidas, geralmente higroscópicas (absorvem água), que possuem elevadas
temperaturas de fusão e de ebulição porque têm estrutura cristalina.

Sólidos cristalinos são muito duros e estáveis em razão de seus átomos


assumirem forma geométrica bem estabelecida. Quando os sais são
adicionados à água, sofrem dissociação formando uma solução eletrolítica,
com capacidade de condução de corrente elétrica.

Estrutur
a cristalina do sal cloreto de sódio (NaCl).
Os sais são substâncias abundantes na natureza, fazem parte da
composição de rochas e minerais e são indispensáveis aos organismos
vivos. O carbonato de cálcio (CaCO3), por exemplo, é o principal sal
formador do mármore, da calcita, do calcário, fazendo parte da estrutura de
cavernas, carapaças de animais marinhos, corais e cascas de ovos. O
cloreto de sódio (NaCl) é o famoso sal de cozinha, utilizado na preparação e
conservação de alimentos e em soros fisiológicos. Há muitos outros sais que
possuem grande importância econômica por fazerem parte da fabricação de
fármacos, fertilizantes, produtos de limpeza, indústria alimentícia, entre
outros.

A solubilidade dos sais depende, principalmente, do ânion formador, mas


grande parte deles são solúveis em água.

Os sais são classificados em neutros, ácidos ou básicos, conforme a reação


de neutralização que os originou.

○ Sais neutros: são produtos de uma reação de neutralização


completa, em que todos os íons H + se combinaram com íons OH-.
Quando dissociado, o sal neutro não altera o pH do sistema.
○ Sais ácidos ou hidrogenossais: são produtos de uma reação de
neutralização parcial entre um ácido forte e uma base fraca, em que
nem todos os íons H+ presentes no meio foram neutralizados.
Quando dissociado, o sal ácido diminui o pH do sistema.
○ Sais básicos ou hidroxissais: são produtos de uma reação de
neutralização parcial entre um ácido fraco e uma base forte, em que
nem todos os íons OH- presentes no meio foram neutralizados.
Quando dissociado, o sal ácido eleva o pH do sistema.

• Óxidos

A função inorgânica óxido engloba os compostos formados por dois


elementos químicos, sendo um deles o oxigênio.

Os óxidos moleculares possuem ligação covalente entre o oxigênio e um


ametal, como o carbono (dióxido de carbono-CO2). Os óxidos iônicos
mantêm ligação entre o oxigênio e um metal, como o ferro (hidróxido de
ferro-Fe(OH)3).

Os óxidos são comuns no cotidiano, pois fazem parte da respiração animal e


vegetal em razão do CO2. Eles são emitidos para a atmosfera durante
processos de combustão, sob a forma de óxidos nitrosos. O óxido é o
principal componente da ferrugem (Fe2O3). Alguns óxidos são usados em
procedimentos industriais.
Trabalh
adores aplicando óxido de cálcio para correção do pH do solo.
Os óxidos são agrupados segundo seu comportamento químico:

○ Óxidos ácidos: compostos covalentes formados por oxigênio e um


elemento ametal. Geram ácidos em contato com água e sofrem
reação de neutralização com bases, formando sal e água como
produtos. Exemplo: dióxido de carbono (CO2).
○ Óxidos básicos: compostos iônicos formados por oxigênio e um
elemento metálico. Geram bases em contato com água e sofrem
reação de neutralização com ácidos, formando sal e água como
produtos. Exemplo: óxido de cálcio (CaO).
○ Óxidos anfóteros: apresentam resposta química diferente,
dependendo do meio, ora atuando como óxido ácido, ora atuando
como óxido básico. Exemplo: óxido de zinco (ZnO) e óxido de
alumínio (Al2O3).
○ Óxidos duplos ou mistos: possuem comportamento diferenciado,
como se fossem formados por dois óxidos diferentes do mesmo
elemento químico. Um exemplo clássico de óxido duplo é o
tetróxido de ferro (Fe3O4), formado pelos óxidos FeO e Fe2O3.
○ Óxidos neutros: possuem baixa reatividade; não sofrem
transformações químicas ou não reagem com ácidos, bases ou
água. Exemplo: monóxido de carbono (CO).

Existem também os peróxidos e os superóxidos.

Os peróxidos são formados pela união entre dois átomos de oxigênio e um


elemento metálico alcalino, alcalino-terroso ou hidrogênio. Nos peróxidos, o
oxigênio assume número de oxidação igual a -1. Exemplo: peróxido de
hidrogênio (H2O2), mais conhecido como água oxigenada.

Os superóxidos são formados pela ligação entre o oxigênio e um elemento


metálico alcalino ou alcalino-terroso. Nessas espécies, o átomo de oxigênio
possui número de oxidação igual a -1/2. Exemplo: superóxido de lítio
(Li2O4).

Leia também: Teoria ácido-base de Brönsted-Lowry

Carbetos, hidretos e sulfetos

Os carbetos são compostos binários que possuem carbono como um dos


elementos e são classificados como materiais cerâmicos. Podem ser iônicos
ou covalentes, a depender do outro elemento que os compõe. Exemplo: o
carbeto de silício (SiC) é duro e abrasivo, muito utilizado para polimento de
objetos.

Os hidretos são compostos binários que possuem o hidrogênio como


elemento de maior eletronegatividade, sendo o ânion com estado de
oxidação -1. Exemplo: hidreto cálcio (CaH2).

Os sulfetos são formados pelo átomo de enxofre ligado a outro elemento.


Nos sulfetos, o enxofre possui estado de oxidação -2. Normalmente, são
compostos tóxicos e encontram aplicação em procedimentos industriais.
Podem ser encontrados em alguns minerais, como a pirita (FeS 2) e a galena
(PbS).

Dissociação
O processo de dissociação nada mais é do que a separação de íons que
estavam combinados em um composto iônico.

Na dissociação, os íons já existem e apenas são separados quando


colocados em água ou quando fundidos. Sais e bases sofrem dissociação
iônica.

Represe
ntação gráfica para o processo químico de dissociação.
Exemplo de dissociação de um sal:

NaCl ⟶

Na
+

Cl

NaCl ⟶ Na++ Cl−

Exemplo de dissociação de uma base:


Al(OH)
3

Al
3+

+3

OH

Al(OH)3 ⟶ Al3++3 OH−

Ionização

O processo de ionização envolve a formação de íons a partir de um


composto molecular, ao ser esse composto “atacado” por um solvente.

No caso da ionização, os íons não existiam no composto inicial, mas são


efetivamente formados no processo de ionização, por perda e ganho de
elétrons para o solvente.

Ácidos são compostos moleculares que sofrem ionização em água:

H
2

SO
4

2H
+
+

SO
2−

H2SO4 ⟶ 2 H++ SO42−

É comum a confusão entre ionização e dissociação. Na dissociação, os íons


já existem em compostos iônicos e apenas são separados. Na ionização, os
íons são formados a partir de compostos moleculares.

Os dois processos são importantes, pois facilitam a ocorrência de reações


químicas. Na natureza, boa parte das reações ocorre em solução.

Leia também: Constante de ionização de ácidos e bases

Exercícios sobre funções inorgânicas

Questão 1

(FUVEST) Em um laboratório químico, um estudante encontrou quatro


frascos (1, 2, 3 e 4) contendo soluções aquosas incolores de sacarose, KCl,
HCl e NaOH, não necessariamente nessa ordem. Para identificar essas
soluções, fez alguns experimentos simples, cujos resultados são
apresentados na tabela a seguir:

As soluções aquosas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de


a) HCl, NaOH, KCl e sacarose.

b) KCl, NaOH, HCl e sacarose.

c) HCl, sacarose, NaOH e KCl.

d) KCl, sacarose, HCl e NaOH.

e) NaOH, HCl, sacarose e KCl.

Resolução:

Letra B.

A solução do frasco 1 permanece incolor, isto é, tem pH menor do que 8,5


(NaOH descartado), conduz eletricidade (sacarose descartada) e não reage
com Mg(OH)2 (HCl descartado). Logo, o frasco 1 é KCl.

A solução do frasco 2 fica rosa com fenolftaleína, portanto, é básica. Nesse


caso, a única opção é NaOH.

A solução do frasco 3 permanece incolor, isso indica que o pH é menor do


que 8,5, que conduz eletricidade (sacarose descartada) e reage com
Mg(OH)2 (que é base). Portanto, só pode se tratar do ácido HCl.

A solução que resta para o frasco 4 é a sacarose. As evidências observadas


fazem sentido, pois não há alteração de cor, não há formação de solução
eletrolítica e nem reação com base. Portanto, a alternativa correta é B.

Questão 2

(ENEM) Nos anos de 1990, verificou-se que o rio Potomac, situado no


estado norte-americano de Maryland, tinha, em parte de seu curso, águas
extremamente ácidas por receber um efluente de uma mina de carvão
desativada, o qual continha ácido sulfúrico (H 2SO4). Essa água, embora
límpida, era desprovida de vida. Alguns quilômetros adiante, instalou-se uma
fábrica de papel e celulose que emprega hidróxido de sódio (NaOH) e
carbonato de sódio (Na2CO3) em seus processos. Em pouco tempo,
observou-se que, a partir do ponto em que a fábrica lança seus rejeitos no
rio, a vida aquática voltou a florescer.
HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2012
(adaptado).

A explicação para o retorno da vida aquática nesse rio é a

a) diluição das águas do rio pelo novo efluente lançado nele.

b) precipitação do íon sulfato na presença do efluente da nova fábrica.

c) biodegradação do ácido sulfúrico em contato com o novo efluente


descartado.

d) diminuição da acidez das águas do rio pelo efluente da fábrica de papel e


celulose.

e) volatilização do ácido sulfúrico após contato com o novo efluente


introduzido no rio.

Resolução:

Letra D. O retorno da vida aquática se deve à redução da acidez das águas


que haviam sido contaminadas pelo resíduo das minas, em razão do contato
com a água que continha os resíduos básicos da fábrica de papel e
celulose. Na realidade, o que ocorre é uma reação de neutralização entre
espécies ácidas e básicas, gerando água e sal com valores de pH próximos
a 7.

2 NaOH+

H
2

SO
4

⟶2

H
2

O+
Na
2

SO
4

2 NaOH+ H2SO4 ⟶2 H2O+ Na2SO4

Na
2

CO
3

H
2

SO
4

H
2

O+

CO
2

Na
2

SO
4

Na2CO3+ H2SO4⟶ H2O+ CO2+ Na2SO4

Funções inorgânicas
Para facilitar o estudo dos compostos inorgânicos, foram criadas as funções
inorgânicas, ou seja, grupos de famílias de compostos com características e
propriedades semelhantes.

Principais funções que fazem parte da Química Inorgânica


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Imagine-se chegando a um supermercado em que todos os itens das prateleiras
estivessem sem nenhuma organização: massas misturadas com bebidas, produtos
de limpeza e higiene, carnes, verduras e assim por diante. Com certeza você
demoraria horas e horas para encontrar o produto desejado. Essa situação ajuda-nos
a entender como a organização em grupos com características semelhantes é
importante e facilita a vida das pessoas.

Na Química, ocorre o mesmo. Com o passar do tempo e com a descoberta de


milhares de substâncias inorgânicas, os cientistas começaram a observar que
alguns desses compostos poderiam ser agrupados em famílias com propriedades
semelhantes: as funções inorgânicas.

Tópicos deste artigo


● 1 - Mapa Mental: Funções inorgânicas

Mapa Mental: Funções inorgânicas


*Para baixar o mapa em PDF, clique aqui!

Na Química Inorgânica, as quatro funções principais são: ácidos, bases, sais e


óxidos. As primeiras três funções são definidas segundo o conceito de Arrhenius.
Vejamos quais são os compostos que constituem cada grupo:

→ Ácidos:

São compostos covalentes que reagem com água (sofrem ionização) e formam
soluções que apresentam como único cátion o hidrônio (H 3O1+) ou, conforme o
conceito original e que permanece até hoje para fins didáticos, o cátion H1+.

a) Equações de ionização de ácidos

H2SO4 → H3O1+ + HSO41- ou H2SO4 → H1+ + HSO4-

HCl → H3O1+ + Cl1- ou HCl → H1+ + Cl1-

b) Ácidos principais:

● Ácido Sulfúrico (H2SO4)


● Ácido Fluorídrico (HF)
● Ácido Clorídrico (HCl)
● Ácido Cianídrico (HCN)
● Ácido Carbônico (H2CO3)
● Ácido fosfórico (H3PO4)
● Ácido Acético (H3CCOOH)
● Ácido Nítrico (HNO3)

→ Bases

São compostos capazes de dissociar-se na água, liberando íons, mesmo em


pequena porcentagem, e o único ânion liberado é o hidróxido (OH1-).
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a) Equações de dissociação de bases

NaOH(s) → Na1+ + OH1-

Ca(OH)2 → Ca2+ + 2 OH1-

b) Exemplos de bases

● Hidróxido de sódio (NaOH)


● Hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)
● Hidróxido de magnésio(Mg(OH)2)
● Hidróxido de amônio (NH4OH)

→ Sais

São compostos capazes de se dissociar na água, liberando íons, mesmo em


pequena porcentagem, dos quais pelo menos um cátion é diferente de H 3O1+ e pelo
menos um ânion é diferente de OH1-.

a) Equações de dissociação de sais

Veja alguns exemplos de equações de dissociação de sais após serem adicionados à


água.

NaCl → Na1+ + Cl1-

Ca(NO3)2 → Ca2+ + 2 NO31-

(NH4)3PO4 → 3 NH4+1 + PO43-

b) Exemplos de sais
Alguns exemplos de sais importantes para o ser humano de forma direta ou
indireta:

● Cloreto de Sódio (NaCl)


● Fluoreto de sódio (NaF)
● Nitrito de sódio (NaNO3)
● Nitrato de amônio (NH4NO3)
● Carbonato de sódio (Na2CO3)
● Bicarbonato de sódio (NaHCO3)
● Carbonato de cálcio (CaCO3)
● Sulfato de cálcio (CaSO4)
● Sulfato de magnésio (MgSO4)
● Fosfato de cálcio [Ca3(PO4)2]
● Hipoclorito de sódio (NaClO)

→ Óxidos

São compostos binários (formados por apenas dois elementos químicos), e o


oxigênio é o elemento mais eletronegativo.

a) Fórmulas de óxidos

Exemplos: CO2, SO2, SO3, P2O5, Cl2O6, NO2, N2O4, Na2O etc.

b) Principais óxidos:

● Óxidos básicos: apresentam caráter básico (Óxido de cálcio – CaO);


● Óxidos ácidos: apresentam caráter ácido (Dióxido de carbono - CO2);
● Óxidos anfóteros: apresentam caráter ácido e básico (Óxido de alumínio -
Al2O3).

INSTRUMENTOS ANTIGOS DE ASTRONOMIA

Certamente os primeiros instrumentos astronômicos usados pelo


homem foram o olho e o cérebro humanos. Foi com eles que os antigos
astrônomos conseguiram olhar e procurar entender o mundo em que viviam.
Nada além do cérebro e dos olhos foi necessário para que as estrelas fossem
classificadas em constelações, as quais eram consideradas, indevidamente,
como imutáveis com o passar do tempo.

Foi também, sem o uso de qualquer instrumento adicional, que os


antigos conseguiram separar os planetas das então chamadas estrelas fixas.
Hiparcos, sem o uso de qualquer instrumento artificial conseguiu classificar as
estrelas segundo seu brilho, classificação essa que, apesar de algumas
modificações, se mantém ainda hoje.

Foi só quando maiores precisões passaram a ser exigidas quanto ao


posicionamento dos astros é que instrumentos começaram a ser elaborados
e usados para se estudar esses astros. Ainda assim, eram instrumentos sem
veículos ópticos, de modo que, pode-se dizer que as observações
continuavam a ser feitas a olho nu; e assim foi até o início do século XVII com
o aparecimento da luneta.

Dentre os antigos instrumentos de astronomia, podemos citar o


gnômon, o sextante, o astrolábio, o quadrante mural etc.

Gnômon

O gnômon deve ter sido o mais antigo instrumento astronômico


construÍdo pelo homem. Em sua forma mais simples, consistia apenas de
uma vara fincada, geralmente na vertical, no chão. A observação da sombra
dessa vara, provocada pelos raios solares, permitia materializar a posição do
Sol no céu ao longo do tempo.

Observando a sombra da gnômon ao longo de um dia, os antigos


astrônomos puderam perceber que ela era muito longa ao amanhecer e que
ia mudando tanto de direção como de comprimento ao longo do dia.
Verificaram que o instante em que a sombra era a mais curta do dia,
correspondia ao instante que dividia a parte clara do dia em duas metades. A
esse instante deram o nome de Meio-dia e a direção em que a sombra se
encontrava nesse instante recebeu o nome de Linha do Meio-dia ou seja,
linha meridiana.

A linha horizontal perpendicular à linha meridiana chamaram de linha


Leste-Oeste, sendo que a direção Leste foi nomeada aquela que
correspondia a do lado do nascer do Sol, ficando o Oeste para o lado oposto.
De pé, com os dois braços esticados na horizontal, e apontando o direito para
o leste, definia-se o Norte como sendo a direção da linha meridiana à frente
da pessoa e Sul para trás. Assim foram definidos os pontos cardeais Norte,
Sul, Leste e Oeste.

A observação da variação cíclica do comprimento da sombra mínima ao


longo do tempo, permitiu definir o conceito de estações e de Ano das
Estações. Ao intervalo de tempo necessário para que o comprimento da
sombra completasse um ciclo chamaram de Ano das Estações. Observaram
que quando a sombra ao meio-dia era a mais longa de todas, era uma época
fria, enquanto que, na época da sombra mais curta, era uma época mais
quente. Definiram que o início do Inverno ocorria quando a sombra ao meio-
dia era a mais longa; o início do Verão ocorria quando essa sombra era a
mais curta. Para definir os instantes dos inícios da primavera e do outono,
usaram a posição da sombra no instante em que ela dividia ao meio o ângulo
formado pelas posições do Sol nos inícios do verão e do inverno.

Astrolábio

Na sua forma mais simpleS, o astrolábio era um disco circular,


graduado em sua borda em unidades angulares, e uma régua linear que
vinculada ao disco podia pivotear em torno de um eixo passando pelo centro
do disco. Alçava-se o astrolábio pela sua parte superior, geralmente no dedo
do observador, e apontava-se a régua ao astro desejado, lendo-se a
graduação correspondente à altura do astro. Quando se conhecia a direção
do norte local, o disco podia ser usado para medir distâncias angulares na
horizontal, fornecendo o azimute do astro.

Com o aperfeiçoamento do astrolábio, principalmente pelos árabes


durante o milênio em que a igreja católica sufocou qualquer tentativa de
pesquisa que fosse contra seus dogmas, esse instrumento passou a contar
com três partes: (a) o disco graduado, cuja parte central recebia a gravação
de um sistema de coordenadas astronômicas, (b) a régua linear e (c) um
segundo “disco” que era uma escultura das constelações locais e da eclíptica.

Com a observação da altura do astro, e com o conhecimento da estrela,


diversas informações astronômicas podiam ser obtidas com a consulta à
graduação central do astrolábio. Uma das grandes vantagens desse
instrumento era o fato de que, como era pendurado no dedo, a vertical do
local ficava bem definida mesmo que a base de sustentação do observador
não fosse fixa, como era o caso do tombadilho de um navio no mar. Assim, o
astrolábio foi um importante instrumento auxiliar na navegação astronômica
antes do advento da bússola e mesmo completando as informações dadas
por essa.

Sextante

O sextante pode ser considerado um sucessor do astrolábio. Consta de


um setor circular de 60o, graduado em seu bordo, e com uma régua linear
pivoteante em torno de um eixo passante pelo vértice central do setor circular.
Direcionava-se a régua em direção ao astro e fazia-se a leitura da graduação
do setor, obtendo-se a altura ou a distância zenital do astro.

Inicialmente construído para observações em terra firme, foi, mais


tarde, readaptado para ser usado em navios. A partir de um sistema de
espelhos podia-se observar, ao mesmo tempo, o horizonte e o astro,
permitindo, então, a determinação da altura do astro. Com importantes
melhorias, o sextante é usado ainda hoje na navegação, complementando
outros sistemas mais modernos de navegação.

Quadrante Mural

O quadrante mural não é nada mais que um sextante com um setor


circular de 90° em vez dos 60° do sextante. Por outro lado, o quadrante mural
foi concebido para ser fixo num local. Numa parede, geralmente vertical,
desenhava-se um setor circular de 90°. Observava-se, desde a borda do
setor circular, o passar do astro por um orifício numa parede perpendicular à
primeira. Com a régua pivoteante lia-se a altura do astro. Como eram
instrumentos fixos, puderam ter suas dimensões bastante ampliadas,
tornando-se um dos instrumentos mais precisos da astronomia antiga.

Astronomia -
Astronômicos Instrumentos
A Astronomia conseguiu um espetacular avanço entre 1500 e 1700
devido aos trabalhos de Copérnico, Kepler e Newton e à descoberta da luneta astronômica, que permitiu ampliar
positivamente o campo de observação visual.
A luneta astronômica baseia-se na refração da luz e é constituída por duas lentes de vidro: uma lente de grande
diâmetro, a objetiva, que concentra no seu foco os raios luminosos emitidos pelo astro que se observa e outra
lente de pequeno diâmetro que permite ampliar a imagem. As primeiras objetivas não eram perfeitas e
produziam aberrações, em virtude de a refração das diferentes radiações da luz branca ocorrer de diversas
maneiras. Passaram então a fazer uso de objetivas constituídas por duas lentes de contacto que, combinando
entre si as diferentes espessuras e curvaturas, permitiam a concentração de todas as radiações num ponto
comum, o foco.
Galileu foi o primeiro a utilizá-la em 1610 e com ela descobriu as manchas do Sol, os satélites de Júpiter e
dados sobre o anel de Saturno.
Copérnico (1473-1543) representou o movimento dos corpos celestes sobre si mesmos e em torno do Sol, tendo
sido criado um aparelho de representação da sua teoria, o copérnico. Sua teoria foi muito contestada na época,
por ir contra a Igreja e a física de Aristóteles.
Kepler (1571-1630) enunciou três leis (conhecidas por "leis de Kepler") relacionadas com o movimento elíptico
dos planetas à volta do Sol, preparando o caminho para os estudos de Newton.
Newton foi o criador do primeiro telescópio astronômico que se baseia na reflexão da luz. Nele, a luz é incidida
sobre um grande espelho côncavo de superfície parabólica, em vez da lente objetiva.
Herschel, cerca de 1770, melhorou o dispositivo idealizado por Newton, empregando mais um espelho plano
que ao diminuir o número de reflexões necessárias melhorava notavelmente a nitidez da imagem final e
diminuía a deformação. Por outro lado, o espelho refletor não necessitava ser transparente, podia ser feito de
bronze, de vidro polido ou recobrindo um vidro de baixa qualidade com lâminas de prata e finalmente com
alumínio eletrolítico. Há de todos os tamanhos, desde os 2,54 m do Monte Wilson, construído em 1917, ao
supergigante de 5 m de diâmetro do Monte Palomar, colocado em 1948 que demorou mais de vinte anos para
ficar pronto.
O último avanço no campo dos telescópios de reflexão é a câmara de Schmidt.
Em 1930, Schmidt, astrônomo alemão, associou um espelho esférico a uma lente corretora das observações do
espelho, que podia ter o seu diâmetro ou abertura muito pequena. Tal fator tornava o aparelho mais barato e
facilitava extraordinariamente o seu manejo.
A aplicação progressiva de técnicas eletrônicas há pouco mais de quarenta anos permitiu obter o telescópio
eletrônico, que é um telescópio normal com um dispositivo auxiliar destinado a transformar a imagem puramente
luminosa numa imagem eletrônica. Obtém-se um aumento de luminosidade considerável na rapidez dos
instrumentos fotográficos.

Astrofísica
A Astrofísica é o ramo da Astronomia que estuda o universo por
intermédio das leis da Física.
A Astrofísica utiliza diversos
instrumentos astronômicos para fazer análises físicas do universo
A Astrofísica é o ramo da Astronomia responsável por estudar o universo
por meio da aplicação de leis e conceitos da Física. Os objetos de estudo da
Astrofísica são planetas, buracos negros, asteroides, galáxias, todos os
tipos de estrelas, matéria escura, nebulosas, entre outros. Para desenvolver
seus estudos, os astrofísicos têm à sua disposição lunetas, telescópios,
telescópios espaciais, radiotelescópios, fotômetros etc.

As nebulosas são apenas um dos objetos de estudo da Astrofísica

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Linhas de pesquisa da Astrofísica

As linhas de pesquisa da Astrofísica são diversas. Veja alguns dos principais


ramos de estudo:

● Radiofísica;
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● Ondas gravitacionais;
● Física do meio interplanetário;
● Astrofísica extragalática;
● Instrumentação astronômica.

Cosmologia é diferente de Astrofísica

A chamada Cosmologia é outro ramo da Astronomia. Ela não analisa o


universo apenas por meio dos olhos da Física, mas propõe analisá-lo como
um todo. A Cosmologia tenta mostrar o passado, o presente e o futuro do
universo.
Curiosidade

O primeiro a trazer a Física para a astronomia foi o astrônomo alemão


Johannes Kepler. As leis de Kepler para o movimento planetário explicam o
universo por meio de teorias da Física, por isso, Kepler é considerado o
primeiro astrofísico ou o pai da Astrofísica.

Nos textos dispostos logo mais abaixo, você pode encontrar mais conteúdos
ligados à Astrofísica, como textos sobre missões espaciais, fenômenos
astronômicos, planetas etc.

Instrumentos para observações


astronômicas
BNCC.Ciencias: EF05CI10, EF05CI13
BNCC.EMCiencias: EM13CNT204
Nesse artigo vamos conhecer alguns instrumentos que podem ser usados para observar os
astros, instrumentos óticos e aplicativos de celulares. Versão original criada por Ana Lucia
Souto.

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Introdução
Você já teve a oportunidade de observar o céu de um lugar pouco
iluminado?
Eu já e achei inacreditável o número de estrelas que podemos
enxergar mesmo a olho nu, isso sem falar na Via Láctea, a nossa
galáxia.

Figura 1: Via Láctea. Crédito: EduardoMSNeves, CC-BY-SA-4.0. Disponível em: Wikimedia


commons. Acesso em: 28/05/2019.

Vi uma vez uma chuva de meteoros ou estrelas cadentes, fiquei tão


admirada que nem conseguia falar.
Figura 2: Chuva de meteoros. Crédito: ESU, CC-BY-3.0. Disponível em Wikimedia commons.
Acesso em: 28/05/2019.

Também já observei o céu com um binóculo e com telescópios.


Tudo o que tenho a dizer é que observar o céu me encanta, é uma
experiência incrível. Mesmo não conseguindo localizar as inúmeras
constelações, mas apenas o Cruzeiro do Sul, a Ursa Maior e a
Ursa Menor.

Mas existem aplicativos que auxiliam nessa tarefa, vamos


conhecer alguns neste artigo.

Vamos começar?

Instrumentos para observações


astronômicas
Atualmente existem vários equipamentos disponíveis para a
astronomia, tanto amadora quanto profissional.

Temos, por exemplo:

● Binóculos: ideais para principiantes pela facilidade de ajuste


do foco sobre o objeto que se quer observar. A dificuldade
provém da instabilidade das mãos devido aos tremores
imperceptíveis que ao serem ampliados acabam por fazer o
objeto dançar no campo de visão, o que prejudica o foco. O
ideal é usar os binóculos sobre algum tipo de tripé.
Figura 3: Binóculos. Crédito: U.S. Navy photo by Airman Ricardo J. Reyes, domínio público.
Disponível em Wikimedia commons. Acesso em: 28/05/2019.

● Telescópios: possibilitam a visão de objetos pequenos e


distantes. A capacidade da visão do telescópio é ditada por
sua abertura, que quanto maior, maior a capacidade de
ampliação e de aproximação dos objetos. Existem três tipos
principais de telescópios, podendo ser usados por
astrônomos amadores ou profissionais.
● Refratores – a captação e a concentração da luz no foco se
dão por uma lente colocada no início do tubo. A luz focada
recai sobre a ocular no lado oposto do equipamento;
● Refletores – a captação e a concentração da luz no foco se
dão por meio de espelhos, normalmente dois espelhos. A luz
refletida recai sobre a ocular que fica na lateral do tubo;
● Catadióptricos – funcionam da mesma forma que os
telescópios refletores, com exceção de possuir na frente do
tubo uma lente fina corretora que amplia o campo de visão.

Figura 4: Telescópios. Crédito: montagem feita a partir das imagens de Rama (CC BY-SA 2.0) e
Playball21 (domínio público). Disponíveis em: Wikimedia commons. Acesso em: 28/05/2019.

Radiotelescópios – captam as ondas de rádio emitidas por alguns


astros e não a luz visível como os anteriores.
Figura 5: Radiotelescópio. Crédito: Noodle snacks, CC BY-SA 3.0. Disponível em: Wikimedia
commons. Acesso em: 28/05/2019.

Bem, já vimos os instrumentos disponíveis para observar o céu,


mas como localizar um astro ou saber exatamente o que você está
vendo?

Para esse propósito existem as cartas ou mapas estelares e os


aplicativos.

Vamos conhecer agora dois aplicativos.

Aplicativos para observações


astronômicas
Na era das tecnologias e dos aplicativos nada mais normal que a
existência de programadas de astronomia para serem baixados ou
instalados.

● Carta Celeste: o aplicativo usa a câmera do celular para


localizar estrelas e constelações. É um aplicativo pesado, ou
seja, ocupa muita memória de seu celular, mas vale a pena.
Procure por Star Chart no Google Play ou Apple Store.
Figura 6: Captura de tela do aplicativo Carta Celeste por Ana Lucia Souto em 28/05/2019.

● SkyView free: o aplicativo também usa a câmera do celular


para localizar estrelas e constelações que estão no céu no
instante de sua observação. Também é possível procurar por
estrelas específicas. Mais leve e mais amigável que o Carta
Celeste.
Figura 7: Captura de tela do aplicativo SkyView por Ana Lucia Souto em 28/05/2019.

Faça sua escolha e comece a observar o céu, você vai se


encantar.

Referências
http://deolhonosastros.blogspot.com/p/instrumentos-
astronomicos.html. Acesso em: 28/05/2019.

http://www.iag.usp.br/siae98/astroinstrum/antigos.htm. Acesso em:


28/05/2019.

http://www.iag.usp.br/siae98/astroinstrum/modernos.htm. Acesso
em: 28/05/2019.

https://canaltech.com.br/ciencia/os-10-melhores-aplicativos-de-
astronomia/. Acesso em: 28/05/2019.

ASTROFÍSICA e COSMOLOGIA

A Astrofísica é a parte da Astronomia que procura estudar os astros


aplicando, para isso, os conceitos de física, química etc. descobertos em
laboratório. Em outras palavras, a Astrofísica é a Ciência que usa, como
laboratório, todo o Universo. A Astrofísica utiliza, para seu trabalho, de
diversos aparelhos astronômicos: telescópios, lunetas, espectrômetros,
polarímetros, fotômetros, radiotelescópios, telescópios espaciais etc.
A obrigatoriedade de usar instrumentos astronômicos específicos e a
necessidade do conhecimento dos fenômenos físicos e químicos envolvidos,
fez com que a Astrofísica só se desenvolvesse depois do advento dessas
necessidades básicas, sendo esse o motivo pelo qual a Astrofísica só
começou depois do século XVIII.

Apesar de sua juventude, quando comparada com a Astrometria, a


Astrofísica foi a parte da Astronomia que mais se desenvolveu no último
século do segundo milênio, e isso graças ao avanço das ciências e da
tecnologia. A Astrofísica procura, entre outras coisas, determinar a
temperatura dos astros, sua composição química, sua estrutura física, suas
fontes de energia, sua idade e evolução etc.

A partir da observação de estrelas e suas características, o Astrofísico


pode elaborar teorias que procurem explicar a origem e a evolução das
estrelas. Além de estudar as estrelas de Nossa Galáxia, a Astrofísica é a
responsável também pelo estudo de astros que estão fora da Via Láctea: as
galáxias, o meio intergaláctico, os quasares etc.

Cosmologia

A Cosmologia é a parte da Astronomia que procura estudar o Universo


como um todo. Na antiguidade o Universo se restringia ao Mundo observável,
e daí surgiram as diferentes teorias que procuravam explicar os Sistemas do
Mundo. Entre essas teorias estavam as idéias de geocentrismo e de
heliocentrismo. Com o desenvolvimento da Astrofísica, o Mundo observável
ficou muito maior e mais complexo, de modo que novas teorias tiveram que
ser desenvolvidas para poder se explicar as novas descobertas.

Mas algumas perguntas básicas continuaram a ser feitas e


continuamos a fazê-las ainda hoje: o que é o Universo? Qual seu tamanho?
Quando nasceu? Como se originou o Universo? Como ele evolui com o
passar do tempo? Será que o Universo vai acabar algum dia? Se sim,
quando? Como? Essas e outras perguntas igualmente desafiadoras fazem parte
do trabalho de pesquisa dos cosmólogos.

Para tentar responder a essas questões, a Cosmologia utiliza todos os


meios científicos disponíveis. Podemos dizer que a Cosmologia trabalha,
geralmente, nos limites do conhecimento científico, pois é ela, a cosmologia,
que procura explicar como era o Universo, como ele é e como ele será; para
isso, a Cosmologia necessita das ferramentas mais modernas e poderosas
disponíveis.
Sistema Solar
O Sistema Solar é composto por oito planetas, conforme se considera hoje em dia,
além de planetas anões e corpos celestes, como asteroides, meteoros, cometas e
satélites.

O Sistema Solar é composto por oito planetas e localiza-se na Via Láctea.


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O Sistema Solar é um conjunto formado por oito planetas e outros corpos celestes,
que orbitam o Sol, a sua principal estrela. Está localizado na Via Láctea, uma das
galáxias que formam o Universo. São planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Leia também: Fases da Lua — saiba quais são e por que acontecem

Tópicos deste artigo


● 1 - Quantos planetas existem no Sistema Solar?

● 2 - Ordem dos planetas do Sistema Solar

● 3 - Videoaula sobre o Sistema Solar

● 4 - Qual é o maior planeta do Sistema Solar?

● 5 - Qual é o menor planeta do Sistema Solar?
● 6 - Planetas do Sistema Solar
○ 1. Mercúrio
○ 2. Vênus
○ 3. Terra
○ 4. Marte
○ 5. Júpiter
○ 6. Saturno
○ 7. Urano
○ 8. Netuno

● 7 - Mapa mental: Sistema Solar

● 8 - Plutão, um planeta anão

● 9 - Astros do Sistema Solar

● 10 - Origem do Sistema Solar

● 11 - Curiosidades sobre o Sistema Solar

Quantos planetas existem no Sistema Solar?


Atualmente, o Sistema Solar é oficialmente constituído por oito planetas e cinco
planetas anões.

O Sistema Solar é composto por oito planetas e cinco planetas anões.

Planetas Planetas anões

Mercúrio Ceres

Vênus Plutão

Terra Haumea
Marte Makemake

Júpiter Éris

Saturno

Urano

Netuno

Ordem dos planetas do Sistema Solar


Os oito planetas existentes no Sistema Solar são classificados segundo as suas
posições em relação ao Sol. A ordem dos planetas é:

Sol → Mercúrio → Vênus → Terra → Marte → Júpiter → Saturno → Urano →


Netuno

Eles podem ser classificados em:

→ Planetas telúricos, terrestres ou rochosos: são os quatro planetas mais próximos


do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. São caracterizados por serem constituídos
de rochas, ferro e metais pesados e por possuírem maior densidade, visto que os
materiais densos possuem tendência a estarem mais próximos ao Sol.

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→ Planetas jovianos, gigantes ou gasosos: são os quatro planetas mais distantes do


Sol: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. São maiores que os planetas telúricos em
termos de dimensão. São caracterizados por serem formados por gases como hélio
e hidrogênio. São menos densos, por isso mais afastados do Sol. Há evidências de
que esses planetas possuem um núcleo rochoso, contudo, não apresentam uma
superfície definida. Todos apresentam vários satélites naturais e sistemas de anéis.

Videoaula sobre o Sistema Solar

Vídeos

Qual é o maior planeta do Sistema Solar?


Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Situado entre Marte e Saturno, esse
planeta pode até mesmo ser visto a olhu nu durante a noite.

Qual é o menor planeta do Sistema Solar?


Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o que está mais próximo do Sol.
Ele se tornou o menor planeta após o rebaixamento de Plutão, que foi
reclassificado como planeta anão.

Planetas do Sistema Solar


1. Mercúrio

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol.


Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Esse planeta é capaz de refletir cerca de
12% da luz solar, sendo um dos astros mais brilhantes vistos da Terra. Encontra-se
a cerca de 57.910.000 km do Sol.

Sua superfície é repleta de crateras, enquanto seu núcleo é rico em ferro, e a


espécie de atmosfera existente no planeta é composta, em sua maioria, por hélio
(98%) e hidrogênio (2%). A temperatura do planeta durante o dia atinge 430ºC.

2. Vênus

Vênus é conhecido como Estrela Dalva é um dos astros mais brilhantes no céu noturno.

Vênus é o segundo planeta em relação ao Sol, conhecido também como Estrela


D'alva, por ser, muitas vezes, um dos astros mais brilhantes no céu no período da
noite. Encontra-se a aproximadamente 108.200.000 km do Sol. Possui
características semelhantes às da Terra como tamanho e massa, mas difere-se nas
condições que propiciam a vida.

Possui uma atmosfera 92 vezes mais densa que a atmosfera terrestre, estando o
planeta quase sempre envolto por nuvens. Essa atmosfera é composta
especialmente por CO2, o que contribui para que a temperatura do planeta chegue a
460ºC.

3. Terra

A Terra é o planeta em que vivemos e, até hoje, é o único com condições de existir vida.

A Terra é o planeta que mais se difere dos demais, visto suas condições e
características que permitem a existência de vida. O planeta encontra-se a uma
distância favorável do Sol, cerca de 149.600.000 km. Seu dinamismo
proporcionado pela radiação solar, forças da maré e o calor proveniente do seu
núcleo o tornam um planeta único no Sistema Solar.
Sua temperatura média é de 14ºC, e apenas 60% da energia solar é absorvida. A
atmosfera terrestre é atualmente composta por gases como nitrôgenio, oxigênio,
gás carbônico e vapor d'água. Sua estrutura interna é composta por núcleo, manto e
crosta terrestre. Possui um satélite natural, a Lua, com rotação sincronizada à da
Terra.

4. Marte

Marte é o planeta do Sistema Solar com as características mais parecidas com as da Terra.

Marte é o quarto planeta segundo à distância do Sol. Encontra-se a


aproximadamente 227.940.000 km dessa estrela. Esse planeta possui o clima mais
parecido com o da Terra, assim como o seu movimento de rotação.

A observação da sua superfície levou alguns cientistas a considerarem possível


existência de formas de vida no planeta. Sua superfície é caracterizada pela
presença de crateras e poeira, composta por magnetite, que confere ao solo
marciano uma cor avermelhada.

O solo do planeta é rico em ferro e silício. A atmosfera do planeta é menos espessa


que a da Terra, sendo constituída especialmente por CO 2, nitrogênio, vestígios de
oxigênio, monóxido de carbono e vapor d'água. As temperaturas no planeta podem
variar entre -76ºC e -10ºC.

5. Júpiter

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e é conhecido como o gigante gasoso.

Júpiter é conhecido como o “gigante gasoso”, sendo o maior planeta do Sistema


Solar, além do planeta com maior velocidade de rotação. Encontra-se a
aproximadamente 778.330.000 km do Sol. Sua aparência apresenta tons de
vermelho, laranja, marrom e amarelo.
Apesar de ser o planeta de maior massa, ele não é o mais denso, visto que é
composto por gases, especialmente hélio e hidrogênio. Acredita-se que o planeta
possua um núcleo rochoso e não se sabe ao certo se possui uma superfície definida.
No ano de 1979, descobriram que Júpiter apresenta um sistema de anéis.

6. Saturno

Saturno é o planeta conhecido pelo seu conjunto de anéis.

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar, estando a aproximadamente


1.429.400.000 km do Sol. O planeta gasoso é conhecido por seus anéis e acredita-
se que esses são compostos por gelo, devido ao seu intenso brilho, podendo refletir
até 80% da luz solar. O planeta possui um único grande satélite conhecido como
Titã.

A atmosfera do planeta é constituída, principalmente, por hidrogênio e hélio. A


densidade do planeta é bastante inferior à da Terra, por causa da sua composição.
Há indícios de que o planeta possua um núcleo sólido, assim como Júpiter.

7. Urano

A descoberta de Urano é uma das mais recentes, considerando os planetas do Sistema Solar.

Urano é um planeta de pouca luminosidade e encontra-se a cerca de 2.880.990.000


km do Sol. Apresenta massa menor que Júpiter, porém apresenta um núcleo mais
denso, o que possibilita dizer que talvez possua um núcleo rochoso.

Urano foi descoberto em 1781. O planeta possui anéis, os quais foram descobertos
em 1977 e são bastante opacos à luz. Além disso, apresenta cerca de 27 satélites
naturais e cerca de 27 luas. Sua atmosfera é composta por hidrogênio, hélio e
metano, sendo esse último o responsável pela sua cor azulada. A temperatura no
planeta é de aproximadamente -218ºC.
8. Netuno

Netuno é o último planeta do Sistema Solar, além de ter sido o último a ser descoberto.

Netuno é o planeta mais recentemente descoberto. Sua presença foi notada no ano
de 1845. Encontra-se a aproximadamente 4.504.300.000 km do Sol. O planeta
possui características semelhantes às de Urano em termos de massa e composição
atmosférica. Sua atmosfera é composta por hidrogênio, hélio e metano, e possui
temperatura média de -218ºC. Acredita-se que seu interior seja semelhante também
ao de Urano.

Netuno possui um sistema de anéis. Além disso, apresenta treze satélites, sendo o
seu maior conhecido como Tritão.

Saiba mais: Planetas do Sistema Solar — tudo o que você precisa saber sobre cada
um deles

Mapa mental: Sistema Solar


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Plutão, um planeta anão


Plutão era considerado um planeta do Sistema Solar. Porém, as novas descobertas
astronômicas constataram a existência de corpos com características semelhantes
às de Plutão. Isso gerou intensas discussões acerca da classificação desse astro.
Portanto, seria necessário ou aumentar o número de planetas do Sistema Solar ou
criar uma nova classificação para os corpos celestes semelhantes a Plutão.

Plutão não é mais considerado um planeta, mas um planeta anão.


Assim, em 2006, a União Astronômica Internacional (UAI), responsável pela
regulamentação das nomenclaturas, definições e classificações na Astronomia,
apresentou um novo conceito para a palavra planeta, “rebaixando” Plutão, então, à
categoria de planeta anão.

Definição de planeta, segundo a UAI:

“é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para que sua autogravidade
relacionada com as forças de corpo rígido permitam que ele assuma uma forma em equilíbrio hidrostático
(forma arredondada) e, tem limpa a sua vizinhança ao longo de sua órbita.”

Definição de planeta anão segundo a UAI:

é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para sua autogravidade
relacionada com as forças de corpo rígido de modo que ele assuma uma forma em equilíbrio hidrostático
(aproximadamente arredondada.), não tem limpa a sua vizinhança ao longo de sua órbita.”“

Astros do Sistema Solar


Além dos planetas, há no Sistema Solar outros astros. Segundo a União
Astronômica Internacional, com exceção dos satélites que orbitam o Sol, deverão
ser designados como: pequenos corpos do Sistema Solar esses corpos que
apresentam dimensões inferiores aos planetas e aos planetas anões.

São eles, segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas:

● Asteroides: corpos que apresentam movimento próprio, a maioria já


catalogada apresenta órbitas elípticas e encontra-se no cinturão de asteroides
entre Marte e Júpiter. O seu tamanho pode ser calculado por meio da medida
da quantidade de luz que ele reflete. Apenas 16 asteroides, dos mais de 3000
catalogados, apresentam dimensões superiores a 240 km. Seu brilho não é
constante devido à reflexão solar.
● Cometas: corpos constituídos por uma parte sólida chamada de núcleo que é
formado por gelo e impurezas. Sua forma é irregular, e são bastante
extensos. São compostos especialmente por água, e, conforme se aproxima
do Sol, o gelo existente no núcleo sofre evaporação, ejetando grãos de
poeira que acabam por refletir a luz solar, dando, então, o aspecto brilhoso
ao cometa. Eles possuem caudas, que são prolongamentos da nuvem de gás
e poeira.
● Meteoros, meteoroides e meteoritos: o meteoro corresponde ao fenômeno
luminoso observado durante a passagem de um meteoroide na atmosfera. Os
meteoroides correspondem a restos de cometas ou fragmentos oriundos de
asteroides. Os meteoritos são meteoroides que sobrevivem ao adentrarem a
atmosfera e atinge o chão.

Leia também: Eclipse solar — o fenômeno astronômico em que a luz solar é


encoberta pela Lua

Origem do Sistema Solar


O Sistema Solar formou-se há cerca de 4,7 bilhões de anos. Contudo, sua origem
ainda é questionada, visto que não há uma teoria que satisfaça inteiramente todas
as questões que perpassam a formação do Sol e dos planetas. Entretanto,
atualmente, há uma teoria mais aceita entre a comunidade científica e astronômica:
a teoria da nebulosa solar.

Essa teoria foi formulada inicialmente por René Descartes no ano de 1644, sendo
reformulada por Immanuel Kant em 1775 e, depois, por Pierre-Simon de Laplace
em 1796. A teoria formulada por Laplace supunha hipoteticamente que o Sol
formou-se a partir da rotação de uma nuvem que ao se contrair com influência da
gravidade, aumentou sua velocidade entrando, então, em colapso. Assim, o Sol
formou-se devido à concentração central da nebulosa e os planetas formaram-se a
partir dos remanescentes da nuvem molecular em colapso.

Acredita-se que o Sistema Solar tenha surgido a partir do colapso de uma nebulosa.

Essa teoria foi aperfeiçoada, continuando baseada no fato de o Sol e os planetas


terem sido formados quase simultaneamente. Para a teoria, o Sol teve sua formação
no centro da nebulosa. Os planetas que se formaram nas regiões mais externas,
onde a temperatura é menor e as substâncias voláteis, condensaram-se.
Já os planetas formados em regiões mais internas, onde a temperatura é maior e as
substâncias mais voláteis, perderam-se. Essa circunstância explica a classificação
dos planetas em gasosos e rochosos.

Curiosidades sobre o Sistema Solar


● No máximo duas horas antes de o Sol nascer ou duas horas antes de o Sol se
pôr, é possível avistar Mercúrio a olho nu.
● Um dia em Vênus é maior que um ano na Terra.
● Em Marte, há diversos vulcões inativos. O maior deles é conhecido como
Olympus Mons.
● Em 1971, foi colocada na órbita de Marte a sonda Mariner, que fez fotos da
superfície do planeta, mostrando detalhes de até um quilômetro.
● Júpiter possui mais de 60 satélites naturais de pequenas dimensões.
● Saturno possui cerca de 60 luas.
● A presença de metano na atmosfera de Netuno lhe confere a cor azulada.
● Embora Mercúrio esteja mais perto do Sol, ele não é o mais quente. Vênus é
quem ocupa esse posto, uma vez que possui uma atmosfera composta por
CO2, que cria uma espécie de efeito estufa no planeta, elevando sua
temperatura a mais de 460ºC.

Movimentos da Terra
A Terra não é estática, portanto, está em constante movimentação.
O planeta realiza diversos movimentos, como a rotação e a
translação.
Os principais movimentos realizados pela Terra são rotação e translação.
Sabemos que a Terra assim como os demais corpos celestes não são
estáticos, portanto eles realizam movimentos. Os movimentos da Terra
são responsáveis por fenômenos astronômicos, como solstícios e
equinócios, a existência do dia e da noite, a contagem do ano, entre
outros. Entendê-los é fundamental para compreender a complexidade e
dinamicidade do Universo.
A Terra realiza diversos movimentos, contudo, nem todos produzem
efeito direto em nossas vidas, por isso passam despercebidos. Há dois
principais movimentos realizados concomitantemente cujas
consequências são sentidas e vividas diariamente por nós. São eles:

● Rotação
● Translação

Rotação

Movimento de rotação.
A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno do seu próprio
eixo, provocando alternância nos períodos de insolação direta nas
regiões do planeta. Esse movimento é realizado em um período de
aproximadamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. A rotação ocorre
no sentido anti-horário, de oeste para leste. Assim, o sol nasce a leste
e se põe a oeste, servindo de referência de posição há muitos anos.

Conforme o movimento é realizado, algumas áreas apresentam


incidência direta dos raios solares, enquanto outras estão perdendo
iluminação, gerando, então, uma diferença de iluminação entre as
regiões do planeta. A velocidade média do movimento de rotação é de
aproximadamente 1669 km/h.

→ Consequências do movimento de rotação

O movimento de rotação resulta na sucessão de dias e noites devido à


diferença de iluminação nas diferentes áreas do planeta. Sendo assim,
parte do planeta fica iluminada pelos raios solares, correspondendo ao
dia, enquanto a parte oposta não recebe luz solar correspondendo à
noite.

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Outras consequências do movimento de rotação é dilatação da região


próxima à Linha do Equador e um possível achatamento dos polos, as
correntes marítimas sofrem desvio para oeste e a criação do sistema
de fusos horários. Esse sistema foi criado para padronizar o horário
mundial e é calculado a partir da divisão da Terra (360°) em 24 horas,
que corresponde ao período aproximado que a Terra leva para realizar
o movimento de rotação.

Saiba também: Como calcular fusos horários?

Translação

Movimento de translação.
A Translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol e
assim percorrendo uma órbita elíptica. O movimento de translação é
realizado em aproximadamente 365 dias, 5 horas e 48 minutos. A
velocidade média é de aproximadamente 107.000 km. A translação é
realizada ao mesmo tempo que a rotação.

A velocidade do movimento altera-se conforme a Terra aproxima-se ou


se distancia do Sol. Quanto mais próxima do Sol maior a velocidade e
quanto mais afastada, menor é a velocidade do movimento. Quando
ocorre o afastamento do planeta Terra em relação ao sol denomina-se
afélio e a distância entre Terra e Sol é de aproximadamente 152
milhões de quilômetros.

Quando ocorre a aproximação da Terra com o Sol denomina-se periélio


e a distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 147 milhões
de quilômetros. Assim, quando a Terra encontra-se no afélio, sua
velocidade torna-se reduzida e, quando a Terra encontra-se no periélio,
a velocidade de translação é maior.

→ Consequências da translação

Uma das consequências do movimento de translação é a sucessão dos


anos. Uma volta completa da Terra em torno do Sol corresponde ao
chamado “ano civil”, que por convenção apresenta 365 dias e 366 a
cada quatro anos, visto que o tempo real do movimento de translação é
de aproximadamente 365 dias e 6 horas.
Outra consequência do movimento de translação é a ocorrência das
estações do ano. Sabe-se que a Terra possui um eixo de inclinação, o
que provoca uma diferença de iluminação nas áreas do planeta. Assim,
ao longo do movimento, a superfície terrestre ilumina-se de maneira
desigual, ou seja, as áreas não recebem a mesma quantidade de
energia solar, resultando, então, nas estações do ano.

O início das estações do ano é marcado por dois fenômenos


astronômicos: solstício e equinócio.

● Solstício: corresponde ao posicionamento do Sol em seu limite


máximo, ou seja, ele estará em seu auge a norte ou a sul.
Assim, um dos hemisférios estará recebendo maior insolação.
O solstício ocorre duas vezes por ano, junho e dezembro, e
marca o início do inverno e do verão. Se a incidência é maior
no hemisfério Norte, significa que esse estará vivenciando o
verão e o hemisfério Sul que está recebendo menor incidência
está vivenciando o inverno e vice-versa. A partir do solstício de
verão, os dias são mais longos que a noite e, a partir do
solstício de inverno, as noites são mais longas do que os dias.
● Equinócio: corresponde ao posicionamento médio do Sol em
relação à Terra, ou seja, o Sol estará iluminando igualmente o
hemisfério Norte e o hemisfério Sul. Portanto, ambos os
hemisférios, nesse momento, recebem igual iluminação. O
equinócio ocorre duas vezes ao ano, nos meses de março e
setembro, marcando o início do outono e da primavera.
Enquanto o equinócio de primavera marca o início da estação
em um hemisfério, no outro se iniciará o outono. Devido à igual
iluminação dos hemisférios, dias e noites têm igual duração.

Para saber mais, clique aqui: Solstício e equinócio

Outros movimentos realizados pela Terra

Muitas pessoas acreditam que a Terra realiza apenas os movimentos


de rotação e translação, o que não é verdade. O planeta realiza
diversos outros movimentos, contudo suas consequências não são tão
sentidas por nós. Outros três importantes movimentos realizados pela
Terra são:

1. Precessão: conhecido também como precessão dos


equinócios, corresponde ao movimento em que há
deslocamento circular realizado pelo planeta em torno do seu
eixo. Esse movimento é realizado no sentido horário e é
provocado pelas forças gravitacionais da Lua e do Sol.
2. Nutação: corresponde ao movimento realizado pela Terra em
que há uma variação em seu eixo de rotação a cada 18,6 anos.
É provocado pela força gravitacional que a Lua exerce sobre a
Terra.
3. Deslocamento do periélio: corresponde o movimento em que
há variação da órbita terrestre em torno do Sol, havendo uma
repetição cíclica de 21 mil anos.

O sistema Terra-Lua-Sol
Emilyn Diniz 20/11/2022
PROGRESSO DO MÓDULO

0% Completo

Aula
Materiais
Nosso planeta está localizado no sistema Solar e conta com um satélite natural, a lua.
Juntos, esses três elementos compõem um sistema de fenômenos que influenciam
diretamente em nosso cotidiano. A seguir, conheceremos todos eles.

Eclipse

Um eclipse, no campo da astronomia, é normalmente definido como o fenômeno em que


um astro deixa de ser visível total ou parcialmente durante um período limitado de
tempo em razão da presença de outro astro entre ele e o seu observador ou pela
sobreposição de uma sombra em um corpo celeste que não possui luz própria. Portanto,
qualquer corpo celeste que é naturalmente visível pode passar por um eclipse. No
entanto, esse fenômeno é mais notório quando ocorre com os dois principais astros
celestes da Terra: o Sol e a Lua.

Quando ocorre um eclipse total ou parcial do sol, temos a ocorrência de um eclipse


solar, e quando ocorre um eclipse envolvendo a lua, temos um eclipse lunar. Confira a
seguir um esquema simplificado dos tipos especificados:

Eclipse solar

Conforme o esquema acima, o eclipse solar ocorre quando a lua intercepta a luz solar
sobre uma determinada área da Terra. Essa área privilegiada pode visualizar todo o
processo em que a Lua “passa na frente” do Sol.

Há, por sua vez, quatro tipos de eclipse solar, a saber:

eclipse solar total: quando toda a zona de iluminação solar é coberta pela lua em um
determinado ponto de visão.

eclipse solar parcial: quando apenas parte da luminosidade solar é ocultada pela
presença da lua em um determinado ponto ou área.

eclipse anelar ou anular: quando a lua não encobre toda a área do sol, formando um
“anel” em volta do satélite natural da Terra. Isso ocorre quando a lua encontra-se um
pouco mais afastada da Terra durante o eclipse.
eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão onde a sombra é total
(umbra) e anelar em outros onde a sombra é parcial (penumbra).

Eclipse lunar

Também é possível observar no esquema anterior o eclipse lunar, que ocorre quando a
sombra da Terra é projetada sobre a Lua. Como ela não possui luz própria, acaba por
ficar encoberta pela sombra e torna-se invisível ou parcialmente visível, a depender das
condições e da forma como fenômeno ocorre.

Eclipse lunar total: ocorre quando a lua posiciona-se totalmente sobre a área da umbra
formada pela sombra da Terra, ficando completamente escura.

Eclipse lunar penumbral: é quando a lua encontra-se totalmente sobre a área da


penumbra formada pela sombra da Terra, ficando parcialmente escura.

Eclipse lunar parcial: é quando a lua encontra-se em partes na umbra e em partes na


penumbra.

Marés

As marés são movimentos oceânicos que ocorrem graças à atração gravitacional do Sol
e da Lua sobre a água dos mares.
As marés são movimentos oceânicos que ocorrem periodicamente, caracterizadas pela
subida e descida no nível de água. Esse fenômeno ocorre em virtude da atração
gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol sobre o mar.

Quando a água do mar está mais próxima da Lua, aquela é atraída por esta com uma
força de maior intensidade do que nos demais pontos. Enquanto isso, na parte oposta da
Terra, a água tende a afastar-se. Consequentemente, nos pontos intermediários, o nível
do mar abaixa e ocorre a maré baixa.

Cada uma das marés acontece duas vezes em todos os pontos do planeta. Quando há o
alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua, as forças gravitacionais sobrepõem-se e as
marés ficam bem mais elevadas.

Particularidades da dinâmica do Sol


O Sol é uma estrela extremamente grande em relação aos demais
planetas do sistema solar, porém muito pequena em relação às
demais estrelas do universo.
O Sol é muito importante para a existência de vida no nosso planeta
O Sol é considerado uma estrela de médio para pequeno porte, sendo
até chamado de estrela anã. Ele é formado basicamente por gases
incandescentes, originados a partir do processo de fusão nuclear em
seu núcleo, sendo composto por 80% de hidrogênio, 18% por hélio e
2% de metais.

Apesar de ser uma das menores estrelas do universo, ele possui cerca
de 99,85% de toda a massa do Sistema Solar, o que explica a sua
importância para a Terra e para os demais planetas desse sistema. A
figura abaixo nos dá uma noção da magnitude do Sol perante os
demais planetas e a sua insignificância perante outras estrelas
conhecidas.

Tamanho relativo do Sol em comparação aos planetas do Sistema Solar e às outras estrelas maiores

O seu raio é 696 mil km e possui um volume 1 milhão de vezes maior


que o da Terra. Está localizado a uma distância de 150 milhões de
quilômetros do nosso planeta e possui 5 bilhões de anos. Se o sol
resolvesse simplesmente “apagar”, demoraríamos 8 minutos para
perceber, pois esse é o tempo entre a emissão de luz e a sua chegada
em nossa superfície.

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A temperatura na camada externa do sol é de 6 mil graus célsius,


podendo atingir 14 milhões em seu núcleo.

A importância do Sol para a humanidade faz-se em diversos sentidos.


Em primeiro lugar, é graças à sua luz e calor que podemos sobreviver.
A distância da Terra em relação ao astro é perfeita a ponto de não
deixar o nosso planeta nem quente e nem frio demais, propiciando a
manutenção da vida. Além do mais, é através da absorção da luz solar
que as plantas e algas realizam a fotossíntese, que se transformam em
energia e abastecem os demais seres através da cadeia alimentar.

Alguns fenômenos instáveis ocorrem esporadicamente em sua


superfície: as erupções solares. Elas são extremamente fortes e
violentas, podendo emitir ondas eletromagnéticas que, se atingirem o
nosso planeta, poderiam simplesmente inutilizar toda a nossa
tecnologia.

Sistema Solar
Carolina Batista
Professora de Química

O Sistema Solar é um conjunto de corpos celestes que gravitam na órbita de


um sol (uma estrela).

O nosso sistema solar é formado por oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Além deles, existem mais cinco planetas anões (Ceres, Plutão, Haumea,
Makemake, Éris) e muitos outros astros, como satélites naturais, asteroides,
meteoros, meteoroides e cometas.

O Sol e todo o nosso sistema solar faz parte de uma galáxia, que se chama Via-
Láctea.

Ordem dos planetas (do mais próximo ao mais distante do Sol): Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Formação do Sistema Solar


Algumas teorias tentam explicar a origem do Sistema Solar sendo uma delas a
hipótese nebular. Segundo ela, no início, as estrelas teriam sido nebulosas, ou
seja, grandes nuvens de poeira e gás que se compactaram girando cada vez
mais rápido devido a sua força gravitacional.

Sendo assim, há 4,5 bilhões de anos, sua porção central teria formado uma
estrela, e a matéria exterior se contraiu por algum tipo de perturbação, dando
origem aos planetas.

Leia também sobre Origem da Terra.

Características do Sistema Solar


Inicialmente, é preciso saber que o Sol é uma estrela. Essa estrela possui
99,8% de toda a massa do sistema solar e, segundo a lei da gravitação
universal de Newton, massa atrai massa.

Assim, o Sol atrai tudo o que existe a sua volta e aprisiona uma série de astros
e corpos celestes em sua órbita, formando o que chamamos de sistema solar.

O meio interplanetário é o espaço existente entre os componentes do sistema


solar constituído de poeira, que são partículas microscópicas no estado sólido,
e gás, uma mistura de fluxo gasoso e partículas carregadas eletricamente.

Planetas do Sistema Solar


Os planetas são astros sem luz nem calor próprio. No nosso sistema solar são
conhecidos oito planetas que de acordo com a proximidade do Sol estão
representados na imagem a seguir.

Representação do Sistema Solar

Os planetas que compõem o sistema solar são classificados em terrestres e


jovianos.

Mercúrio, Vênus, Terra e Marte são planetas terrestres, pois rochas e metais
pesados são abundantes em suas composições, além de possuírem menor
massa, tamanho e estarem mais próximos do Sol.

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são planetas jovianos ou gasosos, formados


por componentes leves, como hidrogênio, hélio, metano e amônia. Ao
contrário dos planetas terrestres, eles estão mais distantes do Sol, possuem
maior massa e tamanho.

Veja também o que são planetas?


Características dos planetas
1. Mercúrio

Imagem de Mercúrio feita pela sonda Messenger (imagem: Wikimedia Commons)

Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol. É


também o planeta mais rápido, um ano de Mercúrio (giro completo ao redor
do Sol) é equivalente a 88 dias terrestres. Em compensação, um dia solar do
planeta dura 2 anos (176 dias terrestres).

Formado basicamente por ferro, pode ser visto da Terra a olho nu no início da
manhã ou no fim da tarde pela sua proximidade com o Sol. A temperatura no
planeta supera os 400 °C.

2. Vênus

Vênus é coberto por nuvens de poeira que refletem a luz solar (imagem: Wikimedia
Commons)

Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol. Além do Sol e da Lua é o


corpo celeste mais brilhante no céu. Por isso, é chamado também de Estrela
d'Alva, Estrela Matutina ou Vespertina, aparente no céu antes do amanhece e
logo depois do entardecer.

A distância entre Vênus e a Terra é a menor distância entre planetas do


Sistema Solar. Entretanto, Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar,
sua temperatura média é de cerca de 460ºC, impossibilitando a visita de seres
humanos no planeta.

O ano venusiano tem uma duração menor que o dia. O giro ao redor do Sol
dura 224 dias terrestres, enquanto o giro em torno do próprio eixo leva 243
dias para se completar.
Outra curiosidade sobre Vênus é que é o único planeta do sistema solar que
faz sua rotação no sentido horário, assim, ao contrário da Terra, o Sol nasce
no oeste e se põe no leste.

3. Terra

Planeta Terra visto do espaço (imagem: Wikimedia Commons)

A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, o único que apresenta água em


estado líquido e oxigênio em sua atmosfera, o que possibilita a vida no planeta.

O movimento de rotação da Terra dura 23 horas, 56 minutos e 04 segundos e


o ano terrestre é de aproximadamente 365 dias e 6 horas. A temperatura
média da Terra é de 14ºC.

4. Marte

Marte, apelidado de "planeta vermelho" (imagem: Wikimedia Commons)

Marte é o segundo menor planeta do sistema solar. É conhecido como


"planeta vermelho" pela coloração de sua superfície. Marte possui duas luas
em sua órbita chamadas de Fobos e Deimos.

O ano em Marte dura 687 dias terrestres e o dia marciano é muito parecido
com o da Terra, 24 horas e 35 minutos. Sua temperatura média é de -63ºC.

5. Júpiter

Júpiter, o gigante gasoso (imagem: Wikimedia Commons)

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, a área da superfície é mais de 120


vezes maior que a Terra. Formado principalmente pelos gases hidrogênio,
hélio e metano e, ainda, um pequeno núcleo sólido no interior. A temperatura
média do planeta é de -108ºC.
O ano de Júpiter dura 11,86 anos terrestres e o dia tem a duração de 9 horas e
50 minutos. Júpiter possui 79 luas, a maior delas, Ganimedes, possui um
diâmetro superior ao planeta Mercúrio.

6. Saturno

Saturno circundado por seu anéis (imagem: Wikimedia Commons)

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar. É conhecido pelos anéis


formados principalmente por gelo e poeira cósmica. O diâmetro do planeta é
de cerca de 100 000 km e nos anéis chega a 270 000 km, com apenas 150
metros de espessura.

É composto, basicamente, de Hidrogênio (96%) e Hélio (3%). Sua


temperatura média é de -139ºC. O Ano de Saturno dura 29,5 anos terrestres e
o dia cerca de 10 horas e 35 minutos.

7. Urano

Urano, gigante de gelo (imagem: Wikimedia Commons)

Urano é um planeta gasoso e sua atmosfera é constituída, principalmente, de


hidrogênio, hélio e metano, com muita formação de gelo. É o planeta com a
superfície mais fria do Sistema Solar, sua temperatura média é de -220 ºC.

Uma particularidade de Urano é a inclinação de seu eixo, praticamente


horizontal (97º), faz com que o planeta gire de lado em relação aos outros
astros. A duração do ano de Urano é de 84 anos terrestres e o dia possui 17
horas e 14 minutos.

Por conta de sua posição em relação ao Sol, seus polos passam 42 anos
(terrestres) iluminados seguidos de 42 anos de escuridão.
8. Netuno

Planeta Netuno, o último do Sistema Solar (imagem: Wikimedia Commons)

Netuno é o planeta mais distante do Sol. Um gigante gasoso, tal como Júpiter,
Saturno e Urano. O planeta possui uma intensa atividade em sua superfície
com os ventos mais fortes do Sistema Solar, chegando a 2000 km/h.

O dia de Netuno dura cerca de 17 horas terrestres e o ano 164,79 anos na


Terra. Sua temperatura média é de -201 ºC.

Veja também o nosso conteúdo especial sobre os Planetas do Sistema Solar.

Astros do Sistema Solar


De partida, é importante notar que as distâncias entre os astros são
gigantescas. No espaço astronômico é utilizado o ano-luz como unidade de
medida.

O ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano no vácuo. Sabe-se que a


velocidade da luz é de 300 000 quilômetros por segundo (km/s).

Em um ano a luz percorre a distância de 9.460.800.000.000 quilômetros (nove


trilhões, quatrocentos e sessenta bilhões e oitocentos milhões de quilômetros).

Planetas Anões
A identidade de Plutão foi questionada por anos pelos cientistas. Durante
muito tempo, foi considerado o planeta mais frio e distante do Sol, o nono
planeta do Sistema Solar.

Entretanto, em 2006, Plutão foi "rebaixado" e recebeu da União Astronômica


Internacional (UAI) uma nova classificação: "Planeta Anão".

De acordo com as novas regras, o planeta deve obedecer três critérios:


● deve orbitar o Sol;

● deve ser grande o suficiente para a gravidade moldá-lo na forma de


uma esfera;

● sua vizinhança orbital deve estar livre de outros objetos.

Assim, como Plutão possui uma gravidade branda que não a "limpeza" de seu
arredor, possuindo muitos corpos celestes orbitando em conjunto, não se
adequou aos critérios para sua definição como planeta.

Os astrônomos afirmam que assim como Plutão, podem existir milhares de


corpos celestes no Sistema Solar. Um deles é chamado Éris, descoberto em
2003, por uma equipe de pesquisadores americanos.

Anteriormente, era denominado pelo registro astronômico 2003 UB313, o que


seria o "décimo planeta" e está 14 bilhões de quilômetros da terra. O nome
Éris é referente a deusa grega da discórdia.

Plutão, Éris, Makemake, Haumea e Sedna - Planetas anões e suas luas.

Satélites

Lua Cheia fotografada da Terra (imagem: Wikimedia Commons)

Diversos satélites orbitam em torno dos planetas. De acordo com a


cosmologia, a Lua, o satélite natural da Terra, deve ter se formado ao mesmo
tempo que a Terra e os outros astros do Sistema Solar.

A principal hipótese é de que a Lua tenha sua origem numa colisão entre a
Terra e outro astro do Sistema Solar.
Os fragmentos resultantes dessa colisão formaram a Lua, a qual foi atraída
pela gravidade da Terra e gira ao ser redor.

A Lua é o astro mais próximo da Terra. A distância exata entre os dois astros
é calculada em quilômetros e não em ano-luz.

Leia também sobre Satélites Naturais e Satélites Artificiais.

Asteroides
Ao redor do Sol ou dos planetas giram também vários asteroides, que são
blocos rochosos ou metálicos. Muitos asteroides estão na órbita de Marte e de
Júpiter, numa região chamada de cinturão de asteroides.

Localização do cinturão de asteroides.

Meteoros e Meteoritos
Em algumas noites, pode-se observar luzes riscando o céu. Comumente
chamadas de "estrelas cadentes", esses corpos são, na verdade, meteoros.

Essas "estrelas cadentes" são caracterizadas por pequenos grãos de poeira


que, ao se chocarem com a atmosfera da Terra, se incendeiam e se
desintegram.

Fragmentos maiores, os meteoroides, são corpos sólidos que se deslocam no


espaço interplanetário. Quando atingem a atmosfera da Terra ou a superfície
terrestre, recebem o nome de meteorito.

Meteorito do Bendegó exposto no Museu Nacional (RJ) é o maior meteorito encontrado


no Brasil. Dimensões: 2,15 x 1,5 x 0,65; peso: 5,36 toneladas (imagem: acervo do Museu
Nacional)

Cometas
Outros astros que se aproximam da Terra são os cometas. Eles são corpos
temporários que descrevem órbitas alongadas, compostos de matéria volátil
(que evapora facilmente, como líquidos e gases) em forma de gelo, grãos de
rocha e metal.

Corpos sólidos, se evaporam quando se aproximam do Sol, liberando vapor,


gás e poeira. Seu núcleo sólido é envolvido por uma "cauda", que brilha ao
refletir a luz do Sol.

Cada vez que o cometa passa perto do Sol, perdem parte de sua matéria ou
acabam colidindo com ele, ou com planetas grandes. O mais conhecido é o
Cometa Halley.

Cometa Halley (imagem: Wikimedia Commons)

Sistema Solar
O Sistema Solar é composto por oito planetas, conforme se considera hoje em
dia, além de planetas anões e corpos celestes, como asteroides, meteoros,
cometas e satélites.
O Sistema Solar é composto por oito planetas e localiza-se na Via Láctea.
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O Sistema Solar é um conjunto formado por oito planetas e outros corpos


celestes, que orbitam o Sol, a sua principal estrela. Está localizado na Via
Láctea, uma das galáxias que formam o Universo. São planetas do Sistema
Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Leia também: Fases da Lua — saiba quais são e por que acontecem

Tópicos deste artigo


● 1 - Quantos planetas existem no Sistema Solar?

● 2 - Ordem dos planetas do Sistema Solar

● 3 - Videoaula sobre o Sistema Solar

● 4 - Qual é o maior planeta do Sistema Solar?

● 5 - Qual é o menor planeta do Sistema Solar?
● 6 - Planetas do Sistema Solar
○ 1. Mercúrio
○ 2. Vênus
○ 3. Terra
○ 4. Marte
○ 5. Júpiter
○ 6. Saturno
○ 7. Urano
○ 8. Netuno

● 7 - Mapa mental: Sistema Solar

● 8 - Plutão, um planeta anão

● 9 - Astros do Sistema Solar

● 10 - Origem do Sistema Solar

● 11 - Curiosidades sobre o Sistema Solar

Quantos planetas existem no Sistema Solar?
Atualmente, o Sistema Solar é oficialmente constituído por oito planetas e
cinco planetas anões.

O Sistema Solar é composto por oito planetas e cinco planetas anões.

Planetas Planetas anões

Mercúrio Ceres

Vênus Plutão

Terra Haumea
Marte Makemake

Júpiter Éris

Saturno

Urano

Netuno

Ordem dos planetas do Sistema Solar


Os oito planetas existentes no Sistema Solar são classificados segundo as suas
posições em relação ao Sol. A ordem dos planetas é:

Sol → Mercúrio → Vênus → Terra → Marte → Júpiter → Saturno →


Urano → Netuno

Eles podem ser classificados em:


→ Planetas telúricos, terrestres ou rochosos: são os quatro planetas mais
próximos do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. São caracterizados por
serem constituídos de rochas, ferro e metais pesados e por possuírem maior
densidade, visto que os materiais densos possuem tendência a estarem mais
próximos ao Sol.

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→ Planetas jovianos, gigantes ou gasosos: são os quatro planetas mais


distantes do Sol: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. São maiores que os
planetas telúricos em termos de dimensão. São caracterizados por serem
formados por gases como hélio e hidrogênio. São menos densos, por isso mais
afastados do Sol. Há evidências de que esses planetas possuem um núcleo
rochoso, contudo, não apresentam uma superfície definida. Todos apresentam
vários satélites naturais e sistemas de anéis.

Videoaula sobre o Sistema Solar

Vídeos

Qual é o maior planeta do Sistema Solar?


Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Situado entre Marte e Saturno,
esse planeta pode até mesmo ser visto a olhu nu durante a noite.

Qual é o menor planeta do Sistema Solar?


Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o que está mais próximo do
Sol. Ele se tornou o menor planeta após o rebaixamento de Plutão, que foi
reclassificado como planeta anão.
Planetas do Sistema Solar
1. Mercúrio

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol.

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Esse planeta é capaz de refletir


cerca de 12% da luz solar, sendo um dos astros mais brilhantes vistos da
Terra. Encontra-se a cerca de 57.910.000 km do Sol.

Sua superfície é repleta de crateras, enquanto seu núcleo é rico em ferro, e a


espécie de atmosfera existente no planeta é composta, em sua maioria, por
hélio (98%) e hidrogênio (2%). A temperatura do planeta durante o dia atinge
430ºC.

2. Vênus
Vênus é conhecido como Estrela Dalva é um dos astros mais brilhantes no céu noturno.

Vênus é o segundo planeta em relação ao Sol, conhecido também como Estrela


D'alva, por ser, muitas vezes, um dos astros mais brilhantes no céu no período
da noite. Encontra-se a aproximadamente 108.200.000 km do Sol. Possui
características semelhantes às da Terra como tamanho e massa, mas difere-se
nas condições que propiciam a vida.

Possui uma atmosfera 92 vezes mais densa que a atmosfera terrestre, estando
o planeta quase sempre envolto por nuvens. Essa atmosfera é composta
especialmente por CO2, o que contribui para que a temperatura do planeta
chegue a 460ºC.

3. Terra
A Terra é o planeta em que vivemos e, até hoje, é o único com condições de existir vida.

A Terra é o planeta que mais se difere dos demais, visto suas condições e
características que permitem a existência de vida. O planeta encontra-se a
uma distância favorável do Sol, cerca de 149.600.000 km. Seu dinamismo
proporcionado pela radiação solar, forças da maré e o calor proveniente do
seu núcleo o tornam um planeta único no Sistema Solar.

Sua temperatura média é de 14ºC, e apenas 60% da energia solar é absorvida.


A atmosfera terrestre é atualmente composta por gases como nitrôgenio,
oxigênio, gás carbônico e vapor d'água. Sua estrutura interna é composta por
núcleo, manto e crosta terrestre. Possui um satélite natural, a Lua, com
rotação sincronizada à da Terra.

4. Marte
Marte é o planeta do Sistema Solar com as características mais parecidas com as da Terra.

Marte é o quarto planeta segundo à distância do Sol. Encontra-se a


aproximadamente 227.940.000 km dessa estrela. Esse planeta possui o clima
mais parecido com o da Terra, assim como o seu movimento de rotação.

A observação da sua superfície levou alguns cientistas a considerarem possível


existência de formas de vida no planeta. Sua superfície é caracterizada pela
presença de crateras e poeira, composta por magnetite, que confere ao solo
marciano uma cor avermelhada.

O solo do planeta é rico em ferro e silício. A atmosfera do planeta é menos


espessa que a da Terra, sendo constituída especialmente por CO 2, nitrogênio,
vestígios de oxigênio, monóxido de carbono e vapor d'água. As temperaturas
no planeta podem variar entre -76ºC e -10ºC.
5. Júpiter

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e é conhecido como o gigante gasoso.

Júpiter é conhecido como o “gigante gasoso”, sendo o maior planeta do


Sistema Solar, além do planeta com maior velocidade de rotação. Encontra-se
a aproximadamente 778.330.000 km do Sol. Sua aparência apresenta tons de
vermelho, laranja, marrom e amarelo.

Apesar de ser o planeta de maior massa, ele não é o mais denso, visto que é
composto por gases, especialmente hélio e hidrogênio. Acredita-se que o
planeta possua um núcleo rochoso e não se sabe ao certo se possui uma
superfície definida. No ano de 1979, descobriram que Júpiter apresenta um
sistema de anéis.

6. Saturno
Saturno é o planeta conhecido pelo seu conjunto de anéis.

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar, estando a


aproximadamente 1.429.400.000 km do Sol. O planeta gasoso é conhecido por
seus anéis e acredita-se que esses são compostos por gelo, devido ao seu
intenso brilho, podendo refletir até 80% da luz solar. O planeta possui um
único grande satélite conhecido como Titã.

A atmosfera do planeta é constituída, principalmente, por hidrogênio e hélio.


A densidade do planeta é bastante inferior à da Terra, por causa da sua
composição. Há indícios de que o planeta possua um núcleo sólido, assim
como Júpiter.

7. Urano
A descoberta de Urano é uma das mais recentes, considerando os planetas do Sistema Solar.

Urano é um planeta de pouca luminosidade e encontra-se a cerca de


2.880.990.000 km do Sol. Apresenta massa menor que Júpiter, porém
apresenta um núcleo mais denso, o que possibilita dizer que talvez possua um
núcleo rochoso.

Urano foi descoberto em 1781. O planeta possui anéis, os quais foram


descobertos em 1977 e são bastante opacos à luz. Além disso, apresenta cerca
de 27 satélites naturais e cerca de 27 luas. Sua atmosfera é composta por
hidrogênio, hélio e metano, sendo esse último o responsável pela sua cor
azulada. A temperatura no planeta é de aproximadamente -218ºC.

8. Netuno
Netuno é o último planeta do Sistema Solar, além de ter sido o último a ser descoberto.

Netuno é o planeta mais recentemente descoberto. Sua presença foi notada no


ano de 1845. Encontra-se a aproximadamente 4.504.300.000 km do Sol. O
planeta possui características semelhantes às de Urano em termos de massa e
composição atmosférica. Sua atmosfera é composta por hidrogênio, hélio e
metano, e possui temperatura média de -218ºC. Acredita-se que seu interior
seja semelhante também ao de Urano.

Netuno possui um sistema de anéis. Além disso, apresenta treze satélites,


sendo o seu maior conhecido como Tritão.

Saiba mais: Planetas do Sistema Solar — tudo o que você precisa saber sobre
cada um deles

Mapa mental: Sistema Solar


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Plutão, um planeta anão


Plutão era considerado um planeta do Sistema Solar. Porém, as novas
descobertas astronômicas constataram a existência de corpos com
características semelhantes às de Plutão. Isso gerou intensas discussões acerca
da classificação desse astro. Portanto, seria necessário ou aumentar o número
de planetas do Sistema Solar ou criar uma nova classificação para os corpos
celestes semelhantes a Plutão.
Plutão não é mais considerado um planeta, mas um planeta anão.

Assim, em 2006, a União Astronômica Internacional (UAI), responsável pela


regulamentação das nomenclaturas, definições e classificações na Astronomia,
apresentou um novo conceito para a palavra planeta, “rebaixando” Plutão,
então, à categoria de planeta anão.

Definição de planeta, segundo a UAI:

“é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para que sua
autogravidade relacionada com as forças de corpo rígido permitam que ele assuma uma forma em
equilíbrio hidrostático (forma arredondada) e, tem limpa a sua vizinhança ao longo de sua órbita.”

Definição de planeta anão segundo a UAI:

é um corpo celestial que está em órbita ao redor do Sol, tem massa suficiente para sua autogravidade
relacionada com as forças de corpo rígido de modo que ele assuma uma forma em equilíbrio
hidrostático (aproximadamente arredondada.), não tem limpa a sua vizinhança ao longo de sua
órbita.”“

Astros do Sistema Solar


Além dos planetas, há no Sistema Solar outros astros. Segundo a União
Astronômica Internacional, com exceção dos satélites que orbitam o Sol,
deverão ser designados como: pequenos corpos do Sistema Solar esses corpos
que apresentam dimensões inferiores aos planetas e aos planetas anões.

São eles, segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências


Atmosféricas:

● Asteroides: corpos que apresentam movimento próprio, a maioria já


catalogada apresenta órbitas elípticas e encontra-se no cinturão de
asteroides entre Marte e Júpiter. O seu tamanho pode ser calculado por
meio da medida da quantidade de luz que ele reflete. Apenas 16
asteroides, dos mais de 3000 catalogados, apresentam dimensões
superiores a 240 km. Seu brilho não é constante devido à reflexão solar.
● Cometas: corpos constituídos por uma parte sólida chamada de núcleo
que é formado por gelo e impurezas. Sua forma é irregular, e são
bastante extensos. São compostos especialmente por água, e, conforme
se aproxima do Sol, o gelo existente no núcleo sofre evaporação,
ejetando grãos de poeira que acabam por refletir a luz solar, dando,
então, o aspecto brilhoso ao cometa. Eles possuem caudas, que são
prolongamentos da nuvem de gás e poeira.
● Meteoros, meteoroides e meteoritos: o meteoro corresponde ao
fenômeno luminoso observado durante a passagem de um meteoroide
na atmosfera. Os meteoroides correspondem a restos de cometas ou
fragmentos oriundos de asteroides. Os meteoritos são meteoroides que
sobrevivem ao adentrarem a atmosfera e atinge o chão.

Leia também: Eclipse solar — o fenômeno astronômico em que a luz solar é


encoberta pela Lua

Origem do Sistema Solar


O Sistema Solar formou-se há cerca de 4,7 bilhões de anos. Contudo, sua
origem ainda é questionada, visto que não há uma teoria que satisfaça
inteiramente todas as questões que perpassam a formação do Sol e dos
planetas. Entretanto, atualmente, há uma teoria mais aceita entre a
comunidade científica e astronômica: a teoria da nebulosa solar.

Essa teoria foi formulada inicialmente por René Descartes no ano de 1644,
sendo reformulada por Immanuel Kant em 1775 e, depois, por Pierre-Simon
de Laplace em 1796. A teoria formulada por Laplace supunha
hipoteticamente que o Sol formou-se a partir da rotação de uma nuvem que
ao se contrair com influência da gravidade, aumentou sua velocidade
entrando, então, em colapso. Assim, o Sol formou-se devido à concentração
central da nebulosa e os planetas formaram-se a partir dos remanescentes da
nuvem molecular em colapso.
Acredita-se que o Sistema Solar tenha surgido a partir do colapso de uma nebulosa.

Essa teoria foi aperfeiçoada, continuando baseada no fato de o Sol e os


planetas terem sido formados quase simultaneamente. Para a teoria, o Sol teve
sua formação no centro da nebulosa. Os planetas que se formaram nas regiões
mais externas, onde a temperatura é menor e as substâncias voláteis,
condensaram-se.

Já os planetas formados em regiões mais internas, onde a temperatura é


maior e as substâncias mais voláteis, perderam-se. Essa circunstância explica
a classificação dos planetas em gasosos e rochosos.

Curiosidades sobre o Sistema Solar


● No máximo duas horas antes de o Sol nascer ou duas horas antes de o
Sol se pôr, é possível avistar Mercúrio a olho nu.
● Um dia em Vênus é maior que um ano na Terra.
● Em Marte, há diversos vulcões inativos. O maior deles é conhecido
como Olympus Mons.
● Em 1971, foi colocada na órbita de Marte a sonda Mariner, que fez
fotos da superfície do planeta, mostrando detalhes de até um
quilômetro.
● Júpiter possui mais de 60 satélites naturais de pequenas dimensões.
● Saturno possui cerca de 60 luas.
● A presença de metano na atmosfera de Netuno lhe confere a cor
azulada.
● Embora Mercúrio esteja mais perto do Sol, ele não é o mais quente.
Vênus é quem ocupa esse posto, uma vez que possui uma atmosfera
composta por CO2, que cria uma espécie de efeito estufa no planeta,
elevando sua temperatura a mais de 460ºC.

Sistema Solar – Origem, composição,


principais astros e características
O Sistema Solar é composto por 8 planetas, além de cometas, asteroides e todos os
demais corpos celestes que estão sob a gravidade do Sol.

18 de outubro de 2020Dayane Borges


Planetas, cometas, asteroides, meteoros e todos os demais corpos celestes formam o que
chamamos de Sistema Solar. Para que um sistema com todos os corpos seja formado é
necessário que haja uma estrela que possua um grande número de massa, neste caso, o
Sol.

Então, os corpos celestes gravitam a órbita de um Sol por conta da massa que este corpo
possui. O Sol do nosso Sistema Solar é responsável por 99,8% da massa existente na
Via-Láctea, galáxia da qual o Sol e todos os corpos celestes fazem parte.

Todos os cometas, planetas, asteroides e demais corpos celestes possuem força


gravitacional própria e, por conta disso, orbitam em espaços próprios. Dentre os corpos
mais importantes do Sistema Solar podemos destacar os 8 planetas, dispostos de acordo
com a distância entre o Sol.

Origem do Sistema Solar


A origem certa do Sistema Solar ainda é questionada entre os astrônomos. Apesar das
dúvidas sobre quando exatamente o Sistema se formou, cientistas acreditam que a
origem tenha sido há 4,7 bilhões de anos, sendo a teoria da nebulosa solar a mais aceita.
National Geographic

A princípio, a teoria em questão foi formulada por René Descartes, ainda em 1644. Mais
tarde, em 1775, a mesma teoria foi reformulada por Immanuel Kant e, em 1796, Pierre-
Simon de Laplace reformulou novamente a teoria.

A partir dos estudos de Laplace, o Sistema Solar teria se formar por meio de uma
grande nuvem de gás que orbitava ao redor de si mesma. Por conta da massa e do peso
que possuía, essa nuvem teria se achatado e se transformado em um disco, devido a
força gravitacional.

Após a nebulosa se achatar, um processo de aglomeração de materiais sólidos teve início


no interior do corpo celeste. Esses materiais, por conta da massa existente em cada um,
começaram a ter colisões entre si. Então, acredita-se que os planetas tenham se formado
a partir destas colisões.

Além disso, vale lembrar que o Sol é uma estrela. No Sistema Solar, o Sol é responsável
por possuir 99,8% de todo o sistema e, de acordo com a Lei da Gravitação proposta por
Newton, massa atrai massa. Por conta disso, os demais corpos celestes gravitam em sua
órbita.
Planetas do Sistema Solar
O Sistema Solar é composto por diversos corpos celestes, como cometas, asteroides e, os
principais, os planetas. Ao todo, 8 planetas formam o nosso sistema, dispostos na galáxia
denominada Via-Láctea. Em todo o Universo, existem diversas outras galáxias.

Planetário de Vitória

A princípio, o Sistema Solar era composto por 9 planetas. Porém, em 2006, Plutão foi
rebaixado para planeta anão por conta das especificações apresentadas pela União
Astronômica Internacional (UAI).

De acordo com o órgão, só pode ser considerado um planeta o corpo celeste que possui
massa suficiente capaz de se arredondar pela própria gravidade, tem que orbitar o Sol
e, por fim, precisa ter o espaço ao redor livre de outros corpos celestes.
A discussão sobre a questão de Plutão teve início ainda em 1990, quando os astrônomos
já estavam em debate sobre qual seria o destino do corpo celeste. Por fim, após
estabelecer novos conceitos do que exatamente seria um planeta, a UAI rebaixou Plutão
a planeta anão.

Sendo assim, para que um corpo celeste seja considerado como planeta, é necessário
que:

● O corpo orbite ao redor de uma estrela, ou seja, o Sol;


● Tenha o espaço orbital livre de outros corpos celestes;
● Possua gravidade própria.

Além disso, os planetas do Sistema Solar são classificados como terrestres ou gasosos.
Um planeta terrestre é aquele que apresenta superfície composto por rochas e a
atmosfera é gasosa. Ou seja, são os planetas que se encontram próximos do Sol, como
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Já os planetas gasosos possuem como principal característica a composição formada por


gases, como hidrogênio, amônia e hélio. Sendo assim, a atmosfera destes planetas é mais
densa e as temperaturas são baixas, por conta do distanciamento do Sol. Essas
características se encaixam em Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Características dos planetas do Sistema


Solar
Após Plutão ser rebaixado a planeta anão, o Sistema Solar passou a ter 8 planetas. Cada
planeta possui características específicas, que dependem da atmosfera, da superfície,
temperatura e a própria composição.
Apesar de vários estudos astronômicos em outros planetas, ainda não foram
encontradas evidências concretas que certifiquem o indício de vida além da Terra.
Entretanto, cientistas já vestígios de água em Marte, por exemplo.

Os planetas que fazem parte do Sistema Solar são:

Mercúrio

Revista Galileu

Mercúrio é o mais próximo e menor dentre os planetas do Sistema Solar. Por conta da
proximidade com o Sol, as temperaturas são extremamente altas e sofrem variação ao
longo do dia. Enquanto é dia, as temperaturas atingem 450º e, durante a noite, -180º.

O menor planeta do sistema solar é composto, em sua maioria, por oxigênio, hélio,
hidrogênio e potássio. Por conta da composição gasosa, Mercúrio não consegue manter
outros corpos celestes longe de órbita, como os meteoros, e a colisão acaba criando
crateras em sua superfície.

Por fim, o tempo gasto no movimento de translação é de 88 dias terrestres , ou seja, a


volta mais rápida feita por um planeta. Entretanto, um dia solar em Mercúrio equivale
a 2 anos, ou 176 dias terrestres.
Vênus

Superinteressante

Por conta dos vulcões e montanhas presentes no planeta, Vênus já foi comparado à
Terra. Entretanto, ambos os planetas possuem características muito distintas. Apesar
de estar mais distante do Sol, Vênus apresenta temperaturas mais elevadas do que em
Mercúrio, atingindo 460º.

Além disso, o planeta possui um brilho extraordinário, atrás apenas do Sol e da Lua.
Por conta disso, o corpo celeste também é conhecido como Estrela Matutina, Estrela
Vespertina e Estrela d’Alva, já que é possível avistar o planeta durante a manhã ou ao
entardecer.

Uma característica interessante é que a distância que existe entre a Terra e Vênus é a
menor dentre os demais planetas do Sistema Solar. O ano em Vênus tem duração de 224
dias e o planeta demora 243 dias para dar uma volta no próprio eixo.

Terra
Jornal de Brasília

A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, a partir da distância do Sol. Apresenta


grande quantidade de água e, por isso, também é conhecido como Planeta Azul ou
Planeta Água.

A formação é composta, em grande maioria, por oxigênio que, junto com a água,
possibilita a existência de vida no planeta. Devido às características presente na Terra,
até o momento, é o único corpo celeste em que há vida dentre os demais planetas.

A Lua é o satélite natural da Terra e, de certa forma, possui grande influência sobre a
vida no planeta, influenciando questões sobre os marés, por exemplo. Por fim, o dia na
Terra tem duração de 24 horas e o movimento de translação dura 365 dias e 366 em
anos bissextos.

Marte
Exame

Marte é conhecido como Planeta Vermelho, por conta da composição formada por
óxidos de ferro. Dentre os planetas do Sistema Solar, é o segundo menor e, assim como
Vênus, também possui semelhanças com o Planeta Terra.

Ou seja, é possível encontrar em Marte montanhas, vales e um sistema diversificado de


tempestades, que variam durante o ano marciano. Devido às características semelhantes
às da Terra, o planeta é o mais estudado para uma possível colonização humana.

Além disso, Marte possui duas Luas – Fobos e Deimos -, o ano marciano dura 687 dias
terrestres e o dia, bem parecido com a duração na Terra, possui 24 horas e 35 minutos.

Júpiter
Aventuras na História

Júpiter, além de ser o maior dos planetas do Sistema Solar, é conhecido como um mini
sistema. Isso porque, o planeta possui em sua órbita um total de 75 luas, além de um
campo magnético muito potente.

Inclusive, a quantidade de luas presente na órbita de Júpiter é justamente em


decorrência da gravidade, onde, quanto mais massivo é o planeta, mais ele puxa outros
corpos com massa.

Para se ter uma ideia do tamanho de Júpiter, em comparação com a Terra, o planeta
possui 120 vezes o tamanho da superfície terrestre.

Sua formação é composta, principalmente, por gases como hélio e metano. Por fim, a
duração do ano em Júpiter é de 11,86 anos terrestres e o dia possui 9 horas e 50
minutos.

Saturno
Revista Galileu

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar e que possui mais satélites em sua
órbita, ou seja, luas. Ao todo, são 82 satélites orbitando ao redor do gigante do
Universo.

Além disso, uma característica marcante do planeta são os anéis que o circundam,
formados por gelo e poeira cósmica. Sua superfície é composta, basicamente, por 96%
de hidrogênio e 3% de hélio.

O movimento de translação em saturno possui duração de 29,5 anos e o de rotação dura


10 horas e 35 minutos.

Urano
Notícias ao Minuto

Urano é o planeta mais gelado do Sistema Solar, com temperatura média de -220º. A
superfície de Urano é extremamente gelada por conta da formação de gelo e dos gases
que a compõem, como hélio, metano e hidrogênio.

Em relação aos outros planetas, Urano é o único que possui uma inclinação horizontal,
característica que faz com o que o planeta gire de lado na órbita solar. Além disso,
Urano possui 27 luas e 13 anéis considerados fracos.

Um ano em Urano corresponde à 84 anos terrestres e, por conta da posição em relação


ao Sol, os polos se dividem em 42 anos iluminados e 42 anos na escuridão. Por fim, o dia
em Urano tem duração de 17 horas e 14 minutos.

Netuno
Superinteressante

Netuno é o último planeta do sistema solar e foi descoberto recentemente, em relação


aos demais planetas, em 1845. Em síntese, possui formação composta por hidrogênio,
hélio e metano, com temperatura média de -218ºC.

Em relação à Terra, o planeta possui 17 vezes mais massa e está 30 vezes mais distante
do Sol. O núcleo de Netuno é rochoso e o planeta é conhecido pelos fortes ventos que
atingem o planeta e que, inclusive, dão o aspecto de rachadas em sua superfície.

O ano terrestre em Netuno tem duração de 164,79 anos e o dia dura, aproximadamente,
17 horas terrestres.

Astros do Sistema Solar


Além dos planetas, o Sistema Solar também é formado por outros corpos celestes, como
os asteroides, os cometas e os meteoros e os planetas anões. De acordo com a União
Astronômica Internacional (UAI), um planeta anão é aquele que não possui a órbita
limpa de outros corpos celestes.
Olhar Digital

Ou seja, possui todas as características para ser um planeta, porém, a órbita não é livre
de outros corpos celestes, como no caso de Plutão. Sendo assim, Plutão foi rebaixado a
planeta anão, em 2006 pela UAI.

Os demais astros que compõem o Sistema Solar possuem as seguintes características:

● Asteroides – corpos celeste que possuem, em sua essência, formação metálica e


superfície rochosa, conhecidos também como planetas secundários. Possuem
movimento próprio, dimensões que superam 240 km e não apresentam forma
definida.
● Cometas – são astros que apresentam órbitas irregulares e massa pequena,
formados por poeira, rocha e bolas de neve. Entre os cometas, o mais conhecido é
o Cometa Halley.
● Meteoros e Meteoritos – os meteoros são conhecidos como estrelas cadentes e
podem ser vistos como luzes que riscam o céu durante a noite. Em geral, são
formados por grãos de poeira e não possuem forma definida.
Ciência se aproxima da descoberta de vida
fora da Terra
2 jun2018- 12h07
(atualizado às 12h08)
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O satélite de Júpiter é um dos principais alvos dos cientistas na busca por vida
extraterrestre no Sistema Solar

Foto: NASA / BBCBrasil.com

A ciência está cada vez mais próxima de fazer uma


descoberta que desperta a curiosidade humana há
décadas: a existência de vida fora do planeta Terra.
De acordo com o astrônomo Gustavo Porto de Mello,
são grandes as possibilidades de essa notícia ser
dada nos próximos dez anos.
Segundo ele, alguns corpos celestes têm
surpreendido os cientistas por apresentarem
possibilidades de abrigar vida, ainda que
microscópica. Se até pouco tempo Marte era o
favorito para dar essa boa nova, após a descoberta
de água em seu subterrâneo, agora, com as recentes
confirmações da presença de água em duas luas do
Sistema Solar (Europa, do planeta Júpiter; e
Encélado, de Saturno), os indícios de vida
extraterrena ficaram ainda maiores.

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talvez não saiba que pode comer

Quem mais tem instigado os cientistas sobre a


possibilidade de abrigar vida é a lua Europa.
"Essa lua desperta interesses desde as primeiras
visitas das sondas Voyager, da Nasa [agência
espacial norte-americana], que, no final dos anos 70,
mostraram o satélite completamente coberto de gelo,
com uma superfície lisa e sem crateras, o que indica
estar sendo renovada", disse o astrônomo Gustavo
Porto de Mello, professor no Observatório do
Valongo, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, os dados obtidos posteriormente pela


sonda Galileu confirmaram essa conclusão.
"Aparentemente havia algum tipo de atividade interna
dentro dessa lua [Europa], que mantinha o gelo
renovado de forma constante. A maneira mais fácil de
entender esse efeito na superfície é supor que existe
um oceano, possivelmente de grandes dimensões,
abaixo do gelo".

A Missão Cassini, em Saturno, observou também


esse tipo de atividade na lua Encélado. A atividade
interna do satélite foi capaz de manter a água líquida
abaixo da superfície e ejetar água na forma de
gêiseres. Imagens feitas pelo telescópio espacial
Hubble detectaram possíveis evidências de água
jorrando também da superfície de Europa.
Gustavo Mello explica que, embora a sonda Galileu
não tenha identificado água diretamente por meio de
fotografia, foi observada uma distorção do campo
magnético em Europa que, de acordo com os autores
do estudo, deveria ter sido causada por emissões de
água. "Ao ser enviada ao espaço, essa água é
alterada pela luz do sol, gerando uma carga elétrica
capaz de distorcer o campo magnético daquela lua.
Foi isso o que a sonda mediu."

A partir desses dados, foram feitas simulações por


meio de computadores que reproduziram as
características das plumas de água observadas pelo
Hubble em Europa. Os resultados apresentaram
medidas muito parecidas com as observadas pela
Galileu.

"Surgiu então mais uma evidência, dentro de um


corpo de evidências muito grande e acumulado há
quase 30 anos, de modo que já dá para se afirmar
com muita segurança que deve haver um oceano
bastante extenso de água líquida debaixo da
superfície de Europa", destacou o astrônomo.

Segundo ele, a expectativa é que, diante de tantos


dados, a descoberta de algum tipo de vida
extraterrena ocorra em menos de dez anos. "Estou
cada vez mais otimista de que encontraremos vida
[extraterrena] nos próximos anos. Seja em um lugar
como Europa ou Marte, seja em algum planeta
[orbitando] em outra estrela, através da detecção do
oxigênio na atmosfera. Vamos detectar alguma
evidência clara. Possivelmente apenas de vida
microbiana, mas já é um grande ponto de partida."

De acordo com o astrônomo, existe uma grande


divisão nas escolas de astrobiologia sobre a chance
de se detectar uma biosfera complexa, com animais
multicelulares e inteligência, como a terrestre. "É
uma questão complicada e sem resposta clara, mas
quase todo mundo concorda que vida microbiana,
unicelular, simples, vai ser detectada".

Europa Clipper

Mello tem grandes expectativas em relação à missão


Europa Clipper, que está sendo planejada pela Nasa
para explorar a lua de Júpiter nos primeiros anos da
próxima década.

"Isso é importante porque nos últimos anos a Nasa


vinha colocando muita ênfase em Marte, que é um
planeta parecido com a Terra. Mas esses resultados
recentes de Europa mostram uma mudança de
pensamento, de modo que vai haver missões
biológicas com o objetivo de buscar vida em lugares
que são substancialmente diferentes da Terra".

Segundo ele, é bastante possível que, caso sejam


encontrados organismos vivos em Europa, eles
sejam similares às chamadas bactérias termófilas
encontradas na profundidade dos oceanos do
planeta Terra.

"Da maneira como entendemos a vida na Terra, para


haver vida é necessário haver três ingredientes: água
líquida; uma certa química, principalmente a química
orgânica do carbono, com moléculas capazes de
fazer ligações; e energia, que aqui na Terra é
principalmente fornecida pela luz do sol", explicou o
cientista.

No caso de Europa, a vida pode ter se desenvolvido


abaixo do gelo. "Com a presença de água e com a
química do carbono que já sabemos estar presente
na composição do satélite. Havendo energia interna,
teremos os três ingredientes necessários à vida",
acrescentou o astrônomo ressaltando que, nesse
caso, seria algum tipo de vida marinha baseada na
energia interna do satélite, e não na luz do sol.
Diante da curiosidade que assuntos como esse
despertam nas pessoas, o Observatório do Valongo
criou o projeto Vida no Universo. Por meio dele, os
visitantes poderão se informar sobre diversos tipos
de corpos celestes, além de eventos cósmicos e
biológicos que podem vir a responder a velha e
clássica pergunta: "Será que estamos sós?".

Vida fora da Terra


será encontrada nos
próximos 25 anos,
garante astrofísico
Para o pós-doutor em astronomia Sasha Quanz, é uma
questão de probabilidade e de tempo para construir
equipamentos de observação espacial mais eficazes para
encontrar vida extraterrestre

Td

Talita de Souza

postado em 20/09/2022 16:16





Em 24 de agosto, por exemplo, Webb foi o primeiro a fazer uma observação "sem
precedentes", segundo a Nasa, do exoplaneta TOI-1452 b, que é coberto de uma espessa
camada de água - (crédito: BENOIT GOUGEON/UNIVERSITÉ DE MONTRÉAL)

Em até 25 anos os habitantes da Terra descobrirão que não são os únicos seres vivos no Universo —
é o que acredita o astrofísico suíço Sasha Quanz. Para o pós-doutor em astronomia, é uma questão
de probabilidade e de tempo para construir equipamentos de observação espacial mais eficazes para
encontrar vida extraterrestre fora do Sistema Solar.

A declaração foi feita nesta terça-feira (20/9), durante um discurso na abertura do Centro de
Origem e Prevalência da Vida, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique.
Mais do que otimismo, Sasha afirma que se baseia nas características dos exoplanetas descobertos
desde 1995, que mostram semelhança com a Terra. "Estatisticamente, cada estrela hospeda um
planeta e muitos desses planetas têm tamanhos semelhantes à Terra. Muitos deles estão separados da
estrela, onde a energia que recebem da estrela é muito semelhante à que a Terra recebe do Sol”,
explica o pós-doutor em astronomia.

De lá para cá, mais de 5 mil exoplanetas foram descobertos e "estamos descobrindo novos quase
todos os dias". No entanto, o astrofísico diz que, até o momento, não há equipamento com nível de
detalhamento suficiente para explorar com profundidade a atmosfera desses possíveis celeiros de
vida. Isso pode mudar, de acordo com Sasha, com o lançamento do Extremely Large Telescope
(ELT), que está em construção no deserto de Atacama, no Chile.

Para Sasha Quanz, encontrar vida fora do Sistema Solar é uma questão estatística, já que
mais de 5 mil exoplanetas foram descobertos nos últimos 27 anos, a maioria com grande
semelhança com a Terra

(foto: ETH Zurich)

O observador espacial terá um espelho de 39 metros de comprimento, o que, segundo Sasha, é


significantemente mais poderoso do que o do James Webb — maior telescópio espacial em operação
no Universo. Em 24 de agosto, por exemplo, Webb foi o primeiro a fazer uma observação "sem
precedentes", segundo a Nasa, do exoplaneta TOI-1452 b, que é coberto de uma espessa camada de
água.

"O principal objetivo do ELT é tirar a primeira foto de um planeta terrestre (fora do nosso Sistema
Solar), potencialmente semelhante à Terra, em torno de uma das estrelas mais próximas",
acrescentou.

SAIBA MAIS

● CIÊNCIA E SAÚDE
● Nasa encontra rochas em Marte com alta presença de moléculas de vida

● CIÊNCIA E SAÚDE
● James Webb: Veja as primeiras imagens de Marte feitas pelo telescópio

Da Terra, os cientistas deverão analisar os novos objetos identificados pelo telescópio com auxílio de
outras disciplinas que possam auxiliar a encontrar rastros de organismos vivos na atmosfera do
planeta.

“A composição das atmosferas dos exoplanetas que abrigam vida são alteradas, assim como a vida
biológica alterou a atmosfera da Terra e a faz ser diferente de outros planetas sem vida”, diz.

Caso algum dos objetos mostre chances de ter um rastro de vida, Sasha já sugere um plano para
averiguar o exoplaneta. "Se um candidato promissor for identificado, uma missão da Agência
Espacial Européia (ESA), poderá fazer o resto do trabalho", sugere o professor.

"Acredito que, dessa forma, trabalhando juntos nos permitirá avaliar empiricamente se alguns dos
planetas terrestres por aí mostram indicações de atividade biológica fora do Sistema Solar nos
próximos 25 anos”, concluiu.
Astronomia
A astronomia é a ciência mais antiga do mundo. Ela investiga os corpos
celestes em sua estrutura, formação e ciclo de vida, além dos fenômenos que
acontecem no Universo.

Astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes e os fenômenos que acontecem no


Universo.
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Astronomia é uma ciência que estuda a composição e formação dos corpos


celestes e os fenômenos que acontecem no Universo. É considerada a mais
antiga das ciências, tendo se originado, há milhares de anos, com base na
observação do comportamento dos astros e estrelas nos céus.
O surgimento de instrumentos e o aperfeiçoamento tecnológico permitiram
grandes feitos e descobertas no campo da astronomia, o que inclui evidências
de como o Universo surgiu, a caminhada sobre a superfície da Lua e a
primeira imagem de um buraco negro.

Os profissionais formados em astronomia recebem o título de astrônomos, e


podem trabalhar com pesquisa e divulgação científica e também em museus,
observatórios e planetários.

Leia também: Sistema Solar — conjunto de corpos celestes que orbitam o Sol

Tópicos deste artigo


● 1 - Resumo sobre a astronomia

● 2 - O que é a astronomia?

● 3 - O que a astronomia estuda?

● 4 - Ramos da astronomia

● 5 - História da astronomia

● 6 - Faculdade de Astronomia

● 7 - Astronomia x astrologia

● 8 - Curiosidades sobre astronomia

Resumo sobre a astronomia


● A astronomia estuda os corpos celestes e os fenômenos do Universo.
● É a ciência mais antiga do mundo.
● A ciência astronômica se divide em oito ramos complementares de
estudo, os quais incluem áreas como a cosmologia e a astrofísica.
● Surgiu da curiosidade a respeito dos astros no céu, cujas observações
começaram a milhares de anos antes do presente. Civilizações antigas já
construíam monumentos em pedra que auxiliavam na determinação da
passagem do tempo e das estações do ano e na identificação dos
solstícios.
● Importantes contribuições à astronomia foram feitas, durante os séculos
XVI e XVII, por nomes como Nicolau Copérnico e Galileu Galilei.
● O surgimento de novas tecnologias e o aperfeiçoamento da ciência
astronômica proporcionaram grandes feitos nos períodos posteriores.
● A faculdade de astronomia forma os astrônomos, que atuam
principalmente na pesquisa e divulgação científica. No Brasil, três
instituições oferecem o curso gratuitamente.
● Astronomia e astrologia não são a mesma coisa. A astrologia é
considerada uma pseudociência que analisa a influência dos astros na
nossa vida e personalidade.

O que é a astronomia?
A astronomia é uma ciência da natureza que se dedica à compreensão de tudo
aquilo que se encontra além da nossa atmosfera terrestre, estudando os astros
e estrelas que compõem o Universo bem como os fenômenos que nele
acontecem. Surgida a milhares de anos antes da Era Comum, a astronomia é
considerada a ciência mais antiga do mundo.

O que a astronomia estuda?

Os planetas, as estrelas e as galáxias são alguns dos objetos de estudo da astronomia.

Por definição, a astronomia estuda os diferentes corpos e objetos celestes que


fazem parte do Universo, dentre os quais se destacam:

● estrelas;
● luas;
● aglomerados de estrelas;
● planetas;
● meteoritos;
● asteroides;
● galáxias;
● nebulosas.
A ciência astronômica investiga a estrutura do Universo e de cada um dos
diferentes corpos celestes que dele fazem parte, a forma como eles se originam
e se desenvolvem, sua interação e os fenômenos por eles provocados ou dos
quais esses mesmos objetos resultam. Para isso, utiliza-se de conceitos e
formulações de outras disciplinas que são tão importantes quanto a
astronomia para a compreensão do cosmos, como a Física, a Matemática, a
meteorologia, a Química e até mesmo a Biologia.

Veja abaixo alguns exemplos de temas abordados nos estudos da astronomia:

● origem do Universo;
● surgimento dos planetas;
● cálculo de distâncias astronômicas;
● determinação da idade e composição química dos corpos celestes;
● Sistema Solar;
● Via Láctea, outras galáxias e fenômenos a elas associados;
● exoplanetas e outros corpos que se encontram fora do Sistema Solar;
● nascimento, evolução e morte das estrelas;
● meio interestelar;
● origem e evolução dos buracos negros.

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Ramos da astronomia
A astronomia trabalha com temas bastante complexos que são abordados por
diferentes ramificações dessa ciência. Dividida anteriormente em
observacional (observação dos astros e coleta de dados) e teórica
(desenvolvimento de modelos e teorias com base nos dados coletados), a
astronomia hoje é composta pelos seguintes ramos:

● Astrobiologia: estuda a origem, a evolução e o futuro da vida no


Universo. Trata-se de um dos campos mais recentes da astronomia.
● Astrofísica: é um ramo, tanto da astronomia quanto da Física, que
aplica os princípios da Física para a compreensão das propriedades,
dinâmicas e interações entre os diferentes objetos e fenômenos do
Universo.
● Astrometria: chamada também de astronomia de posição, a astrometria
é o ramo que estuda e calcula a posição e o movimento dos astros
celestes, além de analisar os exoplanetas. Por meio da astrometria, é
possível prever eclipses e chuvas de meteoros.
● Astroquímica: estuda a composição química dos corpos celestes e as
reações entre as diferentes partículas que formam o Universo e seus
elementos.
● Astronomia estelar: estuda a classificação e também o ciclo de vida das
estrelas.
● Astronomia planetária: estuda o Sistema Solar e todos os elementos que
o formam, como os planetas e as luas, aprofundando-se em temas como
a formação e evolução dos planetas e a sua composição geológica.
● Astronomia galática: estuda a estrutura, a formação, o desenvolvimento
e a morte das galáxias, como a Via Láctea.
● Cosmologia: apesar de usada como sinônimo de astronomia em muitos
casos, trata-se, na verdade, de um dos ramos de estudo dessa ciência.
Ela se dedica à compreensão da origem do Universo como um todo, bem
como de sua evolução e estrutura. Faz parte dela temas como energia
escura, matéria escura e teoria das cordas.

História da astronomia

Círculo de rochas construído pelos egípcios há mais de 7 mil anos. Ele era utilizado para
determinar a chegada do solstício de verão e a aproximação das monções.[1]

Surgida da curiosidade humana sobre a forma como os astros se comportam


no céu, a astronomia é considerada a ciência mais antiga do mundo. As
observações astronômicas datam de milhares de anos antes da Era Comum,
com povos egípcios que viviam na região de Assuã, onde fica o sítio de Nabta
Playa. Lá foi construído um círculo de pedras utilizado para determinar a
chegada do solstício de verão, sendo um dos primeiros registros físicos de
como a posição dos astros e a sua interação com o planeta Terra eram
importantes no cotidiano das civilizações antigas.
Estruturas tão importantes quanto a de Nabta Playa foram construídas no
norte da Europa por volta do ano 3000 a.C., como o monumento de
Stonehenge, em Wiltshire, na Inglaterra. Além do seu propósito religioso e
espiritual, os círculos dessa construção eram utilizados na identificação do
início e do término dos solstícios de inverno e de verão no Hemisfério Norte.

Outros povos antigos, como babilônios e os assírios, foram também


responsáveis por grandes contribuições à astronomia, algumas das quais
identificadas em registros em tábuas de argila em escrita cuneiforme. As
tábuas que foram preservadas se encontram hoje em exibição em museus,
como o Museu Britânico, na Inglaterra.

Com o passar do tempo, gregos, chineses, árabes e indianos aperfeiçoaram a


astronomia e fizeram a introdução de novas proposições e elementos (obtidos
com base em cálculos matemáticos) a esse campo do conhecimento,
imprimindo-lhe o caráter multidisciplinar que hoje exibe. Atribui-se aos
gregos a sistematização da astronomia e do princípio de sua teorização, com
destaque para nomes como Anaxímenes de Mileto, Pitágoras, Aristóteles,
Hiparco e Ptolomeu.

As civilizações pré-colombianas nas Américas, como os incas, os maias e os


astecas, além de manterem uma relação espiritual com os astros, guiavam-se
por meio deles, e ainda possuíam monumentos com base nos quais
observavam a passagem do tempo, as estações do ano (o que era importante
para saber o momento mais adequado para o plantio e a colheita), e buscavam
também representar os corpos celestes e um modelo de outros mundos e do
Universo.
No século XVI, na Europa, os escritos de Nicolau Copérnico representaram
um marco na ciência astronômica. O matemático polonês refutava a tese de
Cláudio Ptolomeu de que o Sistema Solar era geocêntrico, ou seja, tinha a
Terra em seu centro. Assim, Copérnico propôs o modelo heliocentrista, que
dizia que o Sol era o centro do Sistema Solar, e era em torno dele que os
planetas giravam.

Diagra
ma do modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico.

Também no século XVI, o dinamarquês Tycho Brahe construiu um


observatório astronômico em uma ilha próximo a Copenhague, ainda sem o
auxílio de instrumentos como telescópios, conhecido pela acurácia de suas
observações, como sobre a posição do planeta Marte. Contemporâneo a ele,
John Kepler foi responsável pelos modelos que descreviam as órbitas dos
planetas em torno do Sol, dos quais derivam as três leis de Kepler.

No século XVII, o italiano Galileu Galilei fez contribuições muito importantes


para a astronomia e para a ciência como um todo. No campo astronômico, ele
construiu seu próprio telescópio, por meio do qual realizou uma série de
descobertas, como a de que estrelas formavam a Via Láctea, algumas das luas
de Júpiter, manchas solares em Vênus e a irregularidade da superfície da
Lua. Além disso, Galileu comprovou o modelo heliocêntrico de Copérnico.

O intervalo do século XVII ao XX foi marcado por grandes descobertas no


campo da astronomia e da Física, com destaque para Isaac Newton, Edmund
Halley, Albert Einstein e Edwin Hubble. O aperfeiçoamento técnico e o
advento de novos instrumentos, a partir da segunda metade do século XX,
permitiram observações mais precisas e a descoberta, por exemplo, da
radiação cósmica de fundo em micro-ondas, prova fundamental da expansão
do Universo.

No ano de 1969, uma missão da Nasa colocou os primeiros astronautas para


andarem na superfície da Lua, feito realizado por Neil Armstrong e Edwin
Aldrin. Quase seis décadas mais tarde, em 2022, foi lançada a missão Artemis,
com o objetivo de repetir a caminhada lunar. As descobertas recentes
proporcionadas pelo avanço tecnológico incluem a primeira imagem de um
buraco negro, lançada pela Nasa em 2019, e o som que essas estruturas
emitem, divulgado em 2022, demonstrando assim a constante evolução da
ciência astronômica.
Leia também: Quais são as fases da Lua?

Faculdade de Astronomia
A faculdade de Astronomia forma os bacharéis nessa área do conhecimento,
que recebem o título de astrônomos. O campo de atuação dos astrônomos é
principalmente na pesquisa e divulgação científica, estando aptos ainda a
trabalhar em observatórios, planetários, museus e empresas de tecnologia.|1|

O curso de Astronomia tem duração média de oito semestres (ou quatro anos),
e tem uma grade curricular formada por disciplinas pertencentes a áreas
como a Física, a Matemática, a computação, além da prática observacional.
No Brasil, três universidades oferecem o curso de Astronomia gratuitamente,
cujo ingresso se dá via vestibular. São elas:

● Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);


● Universidade de São Paulo (USP);
● Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Astronomia x astrologia
A astrologia é uma pseudociência que analisa a interferência dos astros nas pessoas e nos
acontecimentos de modo geral.

A astronomia e a astrologia são frequentemente confundidas e interpretadas


como se fossem uma única ciência ou área do conhecimento. Não obstante
tenham em comum a observação dos astros, elas não são equivalentes.

A astrologia, diferentemente da ciência astronômica, é comumente descrita


como uma pseudociência e também como uma forma de linguagem ou de arte.
Ela busca, ancorada na análise da posição e do movimento dos corpos celestes
nos céus (estrelas e constelações, planetas, a Lua), determinar como esses
astros influenciam na personalidade de um indivíduo e nos acontecimentos do
dia a dia.

Curiosidades sobre astronomia


● A teoria mais aceita para explicar a origem do Universo é a do Big
Bang.
● O Dia Mundial da Astronomia é celebrado no Brasil todos os dias 8 de
maio.
● O Dia Internacional da Astronomia não tem data fixa, mas é celebrado
duas vezes ao ano: na Lua crescente de primavera e de outono.

História da Astronomia

A Astronomia é uma grande área da ciência responsável por muitos


avanços científicos e sua história está repleta de grandes nomes
como Copérnico, Galileu, Kepler e Newton.

A
Astronomia proporcionou grandes avanços científicos

A Astronomia é uma ciência natural que se ocupa basicamente em


estudar os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre e a
estrutura dos corpos celestes, como os planetas, as estrelas e outras
estruturas cosmológicas (cometas, galáxias e nebulosas, por
exemplo), e o próprio espaço em si. A palavra Astronomia vem do
grego Astron, que significa astro, e Nomos, que significa lei.

História da Astronomia

Muitas civilizações antigas tratavam os astros como divindades. O


estudo dos movimentos dos planetas e estrelas permitia aos povos
antigos a distinção entre épocas de plantio e colheita, por exemplo.
Algumas culturas antigas, como os maias, os chineses, os egípcios e
os babilônios, foram capazes de elaborar complexos calendários
baseados no movimento do Sol e outros astros.

Os gregos antigos também contribuíram muito para o avanço da


Astronomia. Muitos filósofos gregos elaboraram modelos com o intuito
de explicar o formato da Terra, as estações do ano, bem como os
movimentos do Sol, da Lua e dos outros planetas visíveis a olho nu.

Um desses filósofos foi Tales de Mileto (624-546 a.C.), que considerava


a Terra um disco plano preenchido por água. Pitágoras de Samos (572-
479 a.C.), por sua vez, acreditava que a Terra apresentava formato
esférico. Já Aristóteles de Estagira (384-322 a.C.) explicou que as fases
da Lua dependiam da iluminação solar, ao observar a formação de
sombras durante os eclipses, e também defendia a hipótese de que o
Universo fosse finito e esférico e que, juntamente aos astros, fosse
imutável: sempre existira e sempre existiria.

A visão de Aristóteles do sistema solar era qualitativa, pois usava de


poucos recursos matemáticos para justificar seu modelo. Sua
interpretação logo tornou-se aceita, acolhida e difundida por séculos,
contribuindo para a propagação de conceitos físicos e astronômicos
equivocados. Entre esses equívocos, podemos ressaltar o éter: a
substância proposta por Aristóteles que comporia os corpos celestes,
cuja existência foi investigada até meados do século XIX.

Aristarco de Samos (310-230 a.C.) foi o primeiro filósofo a propor que a


Terra se movia em torno do Sol, quase 2 mil anos antes de Copérnico,
e também conseguiu medir o tamanho do Sol e da Lua em relação à
Terra. Eratóstenes de Cirênia (276-194 a.C.) calculou, com boa
precisão, o diâmetro da Terra.

As primeiras tentativas de descrição do sistema solar colocavam no


centro do Universo o Sol, a Lua e os demais astros, que girariam ao
redor da Terra. Esse modelo de sistema solar centrado na Terra ficou
conhecido como geocêntrico.

O ápice do sistema geocêntrico foi o complexo modelo ptolemaico,


proposto pelo cientista grego Cláudio Ptolomeu (85-165 d.C.). Esse
modelo apresentava diversas órbitas circulares, que descreviam com
relativa precisão o movimento dos planetas conhecidos, mas não era
capaz de explicar o movimento retrógrado de alguns planetas, quando
observados da Terra. O modelo foi usado até a época do Renascimento
Científico, no século XVI.

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Em 1608, Galileu Galilei (1564-1642) enfrentou as ideias geocentristas
da época, bem como a visão de imutabilidade dos astros proposta por
Aristóteles, aperfeiçoou o telescópio e utilizou-o para observar as
crateras da Lua, as fases de Vênus e descobriu os satélites naturais de
Júpiter: Io, Ganimedes, Calixto e Europa.

O primeiro modelo matemático capaz de predizer as órbitas planetárias


com precisão, porém com grande complexidade, foi atribuído ao
astrônomo francês Nicolau Copérnico (1473-1543). Copérnico
abandonou a visão geocêntrica, atribuindo, em seu modelo, ao Sol o
centro do Sistema Solar, no qual a Terra orbitaria o astro-rei em uma
trajetória circular, completando uma volta a cada ano. Nessa
representação, a inclinação do eixo de rotação da Terra seria a
responsável pela divisão das estações do ano, e o movimento
retrógrado de alguns planetas, como Marte, e a mudança de
luminosidade eram explicados com o uso de diversas órbitas.

O modelo planetário de Copérnico foi posteriormente corrigido pelas


precisas observações astronômicas do dinamarquês Tycho Brahe
(1546-1601). Em 1599, o brilhante astrônomo e matemático alemão
Johannes Kepler (1571-1630) tornou-se assistente de Tycho e teve em
suas mãos uma enorme quantidade de dados astronômicos de grande
precisão. Kepler revolucionou a mecânica celeste quando enunciou
três leis que regem as órbitas planetárias, descrevendo-as como
elipses, e não como círculos, como até então se acreditava, e
estabeleceu uma relação Matemática entre o período e o raio orbital
dos planetas.
Anos mais tarde, munido das grandes contribuições de Copérnico,
Galileu e Kepler, Isaac Newton (1642-1727) elaborou sua Lei da
Gravitação Universal, explicando o fenômeno da gravidade e a
dinâmica planetária de forma inédita.

Áreas da Astronomia

A Astronomia é uma área do conhecimento bastante ampla e com


várias subdivisões. Entre elas, podemos destacar:

● Astrobiologia: evolução de sistemas biológicos no universo;


● Astrofísica: estudo das propriedades físicas dos corpos
celestes, como sua densidade, temperatura, luminosidade,
entre outros;
● Astronomia planetária: estudo dos sistemas planetários, com
ênfase no sistema solar, que reúne física nuclear, geologia,
meteorologia etc.

Dia Mundial da Astronomia

No Brasil, no dia 8 de abril é comemorado o Dia Mundial da


Astronomia, diferentemente do Dia Internacional da Astronomia, que é
celebrado anualmente em datas diferentes de acordo com a fase da
Lua. A data tem como intuito estreitar os laços entre entusiastas e
pesquisadores da área, bem como promover a divulgação da Ciência
para o público em geral. Em 2009, 400 anos após as primeiras
observações telescópicas de Galileu Galilei, comemorou-se o Ano
Internacional da Astronomia.

Existe vida fora da Terra? "A gente talvez nem


conheça todas as variáveis", avalia Sérgio
Sacani
Para o dono do Space Today, o telescópio James Webb pode comprovar uma possível
bioassinatura, que indicaria sinais de vida no universo

Matheus Macarroni
18/10/2022 10h30

Reprodução/NASA, ESA, CSA, and STScI

O telescópio espacial internacional James Webb foi lançado ao espaço no


final do ano passado e, há meses, divulga novas fotos do universo
corriqueiramente. Além de planetas do Sistema Solar, como por exemplo
Júpiter, Marte e Netuno, o dispositivo já reproduziu imagens da galáxia IC
5332, localizada a 29 mil anos-luz de distância da Via Láctea, e do exoplaneta
HIP 65426 b, um gigante gasoso que fica a 355 anos-luz de distância da Terra.

Um dos objetivos do projeto é o de tentar identificar a chamada


"bioassinatura", que seria um possível traço de vida, por meio substâncias na
atmosfera de outro planeta. Ou seja, o aparelho pode comprovar a existência
de vida fora da Terra.

Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, Sérgio Sacani aborda a


possibilidade de realmente haver vida inteligente em outros locais do universo
e reflete se nós realmente estamos prontos para todas as descobertas que o
James Webb pode proporcionar.

Graduado em Geofísica pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências e


Engenharia do Petróleo pela Universidade de Campinas e Doutor em
Geociências pela Universidade de Campinas, ele é dono do Space Today, um
site, blog e canal de notícias científicas, focado principalmente em
astronomia, astronáutica, astrofísica e física. É, atualmente, a maior
comunidade astronômica do Brasil. Ele também tem seu podcast, o Ciência
Sem Fim.

(Credito: NASA, ESA and J. Olmsted)

"Uma delas (possíveis comprovações do telescópio) é a tal da bioassinatura,


que é a grande pergunta: ‘Será que existe vida em algum outro lugar do
universo?’ James Webb pode responder isso. Se existe, em algum planeta,
algum tipo de vida que emita um determinado tipo de gás, o James Webb pode
detectar ele", confirma Sacani.

Leia mais: Vacina contra a Covid da UFMG deve iniciar testes em humanos no
mês que vem

"Quem veio primeiro, o buraco negro ou a galáxia? A gente não sabe", reflete
Sérgio Sacani

A principal razão pela qual diversas pessoas acreditam que haja outras
espécies e sociedades se deve ao fato de que o universo seria infinito. No
entanto, se a teoria do Big Bang, a mais aceita pelos cientistas, estiver correta,
não há como o universo ser infinito. Logo, a questão parece ser um paradoxo.
Por isso, o pesquisador explica melhor este conceito.

"O negócio do universo… não é que ele não tem fim. Se você pegar uma nave
e tentar chegar onde o universo termina, quando você chegar ali perto ele já
vai ter expandido para frente. Então é aquele negócio: Como é que eu viajo
para o futuro se o futuro está sendo criado à medida em que o universo está
sendo expandido? Quando o universo se expande, é como se ele criasse mais
universo", conta Sacani.

Para o pesquisador, é difícil haver formas de vida inteligente como nós, seres
humanos. Isso porque, mesmo com o tamanho do universo, as condições
para que a vida exista e evolua em um local são muitas, e dificilmente há um
planeta que apresente todas elas, ainda de acordo com o produtor de
conteúdo. E, mesmo que tudo isso aconteça ao mesmo tempo, deveria
acontecer ao mesmo tempo em que nós existimos.
(Credito: NASA, ESA, and J. Lotz, M. Mountain, A. Koekemoer, and the HFF
Team)

"A gente fala que o universo pode até ser infinito, mas as condições para que
a vida surja em um determinado lugar é outra história. Para existir uma vida
inteligente como a gente conhece tem que ter um planeta do tamanho da
Terra, com uma atmosfera que tenha determinados gases, e esses gases em
determinada proporção, tem que ter uma Lua grande como a nossa - a nossa é
muito grande com relação ao planeta -, você tem que ter uma estrela com a
temperatura parecida com o Sol - não pode ser muito quente nem muito fria.
Cada coisa dessas que você vai colocando elimina um monte de
possibilidades. Então por exemplo, estrela parecida com o Sol. Já não são
todas. Tem um monte grande demais ou pequena demais. Então se você tira
todas elas, só sobra um determinado número de estrelas. A estrela tem que ter
planetas, e não são todas que têm. Precisa existir um planeta parecido com a
Terra, rochoso - já não são todos. Então você elimina tudo isso. Fora todas as
outras situações", explica.
Sacani completa que já foram feitos "estudos que falam que o sistema
planetário precisa ter um planeta grande como Júpiter em um determinado
lugar para ajudar a equilibrar todas as órbitas, não deixar o planeta chegar
muito perto ou muito longe da estrela, etc. Fora que eu não falei praticamente
nada. São várias variáveis, e a gente talvez nem conheça todas elas (...) pode
ser que outra civilização já tenha existido e se autodestruiu."

Apesar de parecer pessimista quanto a outras sociedades, o profissional em


Geofísica se mostra confiante quanto à possibilidade de formas de vida mais
simples que ainda não seja de nossos conhecimento: "A vida microbiana, a
gente sabe que tem todos os ingredientes para que exista (...) acho que está
cheio por aí".

Evolução Estrelar
A evolução estrelar é o processo de constante modificação dos corpos celestes,
as estrelas.

As estrelas estão em constante modificação


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As estrelas são corpos celestes que estão em constante processo de


modificação. Esse fenômeno se caracteriza como evolução estrelar, que
consiste na observação das transformações das estrelas durante seu ciclo de
vida. Essa sequência de mudanças ocorre de forma vagarosa e pode levar
bilhões de anos, portanto os estudos se baseiam em análises elaboradas com
modelos de computadores.

A primeira etapa da evolução estrelar é o nascimento de uma estrela.


Normalmente, esse fato ocorre numa região denominada berçário estrelar,
onde há gigantescas nuvens moleculares formadas por gás e poeira. A ação da
gravidade é responsável pela junção dos gases com a poeira, ocasionando a
perda das partes mais densas da nuvem molecular.

Posteriormente, um pedaço dessa junção de gases com poeira ganha


densidade e calor, tornando-se uma espécie de disco. Após milhões de anos,
esse disco atinge temperatura e densidade tão altas que seus átomos de
hidrogênio se transformam em hélio. Essa etapa marca o início da fusão
nuclear e o surgimento da estrela.

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As fusões nucleares não cessam e são responsáveis pela mudança estrutural


das estrelas. O hidrogênio é o principal “combustível” para as reações nesses
corpos celestes, porém, quando ele acaba, o hélio passa a desempenhar tal
função, provocando a expansão e o aumento de energia no interior das
estrelas. Com o núcleo bastante aquecido, elas aumentam o tamanho e ficam
com luminosidade avermelhada, sendo conhecidas como gigante vermelha.

Em seguida, o tamanho será determinante para o destino dessas estrelas. Para


aquelas com massa igual a do Sol, o fim do ciclo é a transformação em uma
estrela anã branca, formada de carbono e oxigênio. Para os corpos celestes
com tamanho superior ao do Sol, o fim do ciclo de vida pode ter dois desfechos
diferentes: a explosão termonuclear da estrela pode ocasionar o surgimento de
um buraco negro ou originar estrelas de nêutrons.

EVOLUÇÃO ESTELAR I

Uma estrela é uma imensa esfera de gás que gera energia em


seu centro através de reações de fusão nuclear. Ela difere de um
planeta exatamente pelo fato de este não ter fonte interna de energia
nuclear. As estrelas, sem exceção, nascem, vivem e ... morrem!
Embora o nascimento de todas as estrelas ocorra de forma
semelhante, sua vida e sua morte dependem de diversos parâmetros,
entre eles a composição química e, principalmente, a massa. Em
ordem de massas crescentes, vamos classificar as estrelas em
“pesos” pena, leve, médio e pesado. O Sol seria uma estrela “peso”
leve!

Em cada fase de suas vidas, as estrelas apresentam


comportamentos diferentes. Como a massa é o parâmetro mais
importante na evolução estelar, vamos estudar a:

● Vida e morte de “estrelas” “peso” pena (corpo com massa


menor que 0,08 massas solares)
● Vida e morte de estrelas “peso” leve (estrela com massa entre
0,08 e 4 massas solares)
● Vida e morte de estrelas “peso” médio (estrela com massa entre
4 e 8 massas solares)
● Vida e morte de estrelas “peso” pesado (estrela com massa
acima de 8 massas solares)

0…………0,08……………………………..4………………………….8………………Massas
solares

Pena Leve Médio Pesado

Também se deve notar que o tempo de vida de uma estrela


depende desses mesmos parâmetros: verifica-se que quanto maior a
massa de uma estrela, tanto mais curta costuma ser sua vida. Outro
aspecto importante a se notar é que a duração da vida de uma estrela
é muito longa quando comparada aos padrões humanos. Dessa
forma, não foi possível, ainda, monitorar-se a vida toda de uma
estrela, e tudo o que se disser aqui se baseará em modelos
matemáticos e físicos elaborados em bases científicas.

EVOLUÇÃO DE ESTRELAS JOVENS

Tentando fazer uma comparação na evolução de uma estrela


com o passar do tempo, podemos dizer que as estrelas nascem,
vivem e morrem. O nascimento das estrelas parece ser um
mecanismo comum para todas as estrelas. A vida de cada estrela
pode ser dividida em três fases: juventude, idade madura e velhice. A
forma como cada uma dispende essa parte de sua vida depende
fundamentalmente de sua massa. A morte de uma estrela pode
ocorrer de diferentes formas, geralmente associadas com o seu tipo
de vida.

Como regra geral, podemos dividir as estrelas quanto à sua


massa em 3 tipos:

● estrelas de massa entre 0,08 e 4 massas solares (chamaremos


de estrelas “peso” leve apesar de a expressão “peso” não ter
valor real nesse caso)
● estrelas com massa entre 4 e 8 massas solares (chamaremos de
estrelas “peso” médio)
● estrelas com massa superior a 8 massas solares (estrelas
“peso” pesado)

0…………0,08……………………..4………………….8………………Massas solares

Pena Leve Médio Pesado

Formação de uma Proto-estrela

Os modelos que atualmente estudam a origem e a evolução de


estrelas sugerem que as estrelas nasçam da concentração de matéria
existente em grandes nuvens de gás e poeira. Essa concentração
ocorre por causa de forças gravitacionais atuantes entre cada uma
das partículas dessa nuvem ou por influências externas (outras
nuvens, estrelas etc.). Durante o processo de contração, as partículas
da nuvem vão sendo atraídas para o centro de gravidade dessa
nuvem. Com essa queda, elas se aceleram, aumentando
gradativamente suas velocidades.

Começa a crescer o número e a intensidade dos choques entre


essas partículas. Esses choques aquecem a nuvem, que começa a
emitir luz e energia. As partículas da nuvem procuram atingir sua
distribuição de menor energia. Demonstra-se que a forma de menor
energia nesse caso é a forma esférica. Assim, a nuvem procura se
reformatar na forma esférica. Muitas vezes, uma mesma nuvem se
fragmenta formando diversas configurações esféricas.

A essa massa concentrante disposta na forma esférica


chamamos de Proto-estrela. Notar que nesse estágio, a estrela ainda
não nasceu. Podemos dizer que a proto-estrela é um feto de estrela.

Nascimento de uma estrela

Depois que a proto-estrela se forma, ela continua a se


concentrar e diminuir de tamanho. Nessa contração a temperaura
interna aumenta bastante, a ponto de ionizar os átomos aí existentes,
retirando os elétrons que giram em torno do núcleo atômico. O
interior da proto-estrela passa a ser constituído não mais de átomos,
mas sim de uma mistura de prótons e elétrons, basicamente. A essa
mistura dá-se o nome de plasma, conhecido como sendo o quarto
estado físico da matéria.

Devido à alta temperatura, os prótons apresentam um


movimento muito intenso. Alguns deles podem se chocar, e apesar
das forças de repulsão eletrostática que procuram repelir cargas
elétricas de mesmos nomes, a velocidade desses prótons pode ser
tão grande que eles conseguem suplantar essa repulsão e se unirem
entre si. Quando ocorre a fusão desses prótons, diz-se que foi feita
uma fusão nuclear. É quando começam as reações de fusão nuclear
no interior da proto-estrela que dizemos que nasceu uma estrela.

Assim, uma estrela é um corpo gasoso no interior do qual estão


ocorrendo reações de fusão nuclear que transformam elementos
químicos de peso atômico menor em elementos de peso atômico
maior. Resumidamente costuma-se dizer que está havendo a
passagem de elementos leves para elementos mais pesados. Sabe-se
hoje que a fusão de elementos químicos mais leves para mais
pesados, especificamente dos mais leves, se dá com a liberação de
energia. A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas. Enquanto
houver combustível nuclear no interior da estrela que possa ser
convertido num elemento mais pesado com a liberação de energia, a
estrela permanecerá viva.

Estrelas jovens

Durante as fases iniciais da vida de uma estrela, ela ainda


continua contraindo e emitindo luz e podendo perder parte de sua
massa. Um estágio pelo qual passa grande parte das estrelas jovens
é chamado de estágio T Tauri, que antecede o ingresso da estrela na
sua idade adulta. Esse nome vem da primeira estrela em que tal fato
foi descoberto: estrela T da constelação do Touro. É uma fase na qual
ela ainda está parcialmente imersa na nuvem de gás que lhe deu
origem. Parte dessa camada de gás é ejetada da estrela, ocorrendo
uma espécie de “vento estelar” ou seja partículas parecem estar
sendo “assopradas” embora da estrela.
O Sol deve ter passado por essa fase, na qual havia um “vento
solar” muito mais intenso do que aquele que se observa atualmente
no Sol.

Estrelas na Seqüência Principal

Quando a estrela entra numa fase de equilíbrio, na qual seu


diâmetro fica praticamente constante, podemos dizer que a estrela
entrou na fase adulta de sua vida. Tecnicamente esse período é
conhecido como Seqüência Principal. É nesse estágio que a estrela
vai passar a maior parte de sua vida adulta, e só vai sair dessa fase
quando não houver mais reação de fusão nuclear transformando
hidrogênio em hélio no seu interior. O tempo durante o qual uma
estrela fica na Seqüência Principal depende fundamentalmente da
massa da estrela: quanto menor for a massa, menos tempo a estrela
fica nessa fase. Estrelas de pequena massa ficam na Seqüência
principal por períodos de tempo muito longos, podendo ultrapassar
20 bilhões de anos.

Os modelos atuais de evolução estelar sugerem que o Sol já


está na Seqüência Prinipal a cerca de 4,5 bilhões de anos e que aí vai
permanecer por mais tanto tempo. A idade estimada do Sol, obtida
por meio dos modelos evolutivos de estrelas, coincide com
estimativas de sua idade obtidas por outros meios de geocronologia.

EVOLUÇÃO DE ESTRELAS MADURAS

Depois de extinguirem o hidrogênio de seu interior, as estrelas


começam a dar sinais de que seu tempo de vida está terminando.
Mas, mesmo sem hidrogênio, em determinados casos novos
combustíveis nucleares podem ser usados pela estrela para se
manterem vivas. Vejamos como cada estrela, dependendo de sua
massa, vive os estágios finais de sua vida madura.

Fim do combustível nuclear


Durante a fase de Seqüência Principal no interior da estrela
ocorre a transformação de hidrogênio em hélio com a liberação de
energia. É a fusão nuclear que fornece energia para que o interior estelar se
mantenha com uma pressão térmica capaz de contrabalançar a pressão
gravitacional causada pela massa da estrela. Se houver uma
diminuição na taxa de geração de energia, a estrela tende a esfriar,
diminui a pressão térmica e a estrela se contrai graças à pressão
gravitacional. Com a contração, ocorre um aquecimento no interior da
estrela, favorecendo o aumento de temperatura, o aumento da
pressão térmica com a conseqüente expansão da estrela.

É esse quase balanço entre pressão gravitacional para “dentro”


da estrela e da pressão térmica para “fora” da estrela que mantém o
quase equilíbrio da estrela. Quando acaba o hidrogênio na região
central da estrela, as reações de fusão nuclear começam a ocorrer em
camadas cada vez mais externas da estrela, visando a manutenção
do equilíbrio da estrela. Caso essas reações de fusão nuclear
ocorram muito próximo da superfície externa da estrela, a pressão
térmica pode ser tão grande a ponto de suplantar bastante a pressão
gravitacional, ocasionando uma expansão pronunciada da estrela. Ao
mesmo tempo, essa expansão diminui a temperatura dos gases das
camadas mais externas.

Assim, a estrela se torna um estrela gigante e fria. Uma estrela


fria tem coloração superficial avermelhada. Então, essa estrela recebe
o nome de Gigante Vermelha.

Estrelas Gigantes Vermelhas

São estrelas muito grandes e não muito quentes na sua


superfície. Elas resultam da expansão de estrelas quando as reações
nucleares começam a ocorrer mais próximo à superfície dessas
estrelas.

Nebulosa Planetária
É o resultado da evolução de uma estrela gigante vermelha.
Depois da expansão da estrela, ela esfria um pouco e por causa disso
diminuem as reações de fusão nuclear no seu interior. A estrela
começa a contrair, mas faz isso de modo que a região central se
contrai mais rapidamente que a parte periférica. Em conseqüência,
forma-se um núcleo central parecendo um caroço e em volta fica uma
nuvem de gás.

Com o tempo o caroço se torna uma estrela anã branca e o gás


da periferia se expande e espalha-se pelo meio interestelar

Evolução Estelar
O processo de evolução estelar se inicia a partir de nuvens de gás e poeira
interestelar do qual as estrelas se formam. Em vários pontos dessas nuvens,
porções de gás e poeira começam a se contrair e a concentrar matéria.

As nebulosas são locais onde esse processo pode ocorrer, sendo, por isso,
conhecidas como berços de estrelas. Por esse motivo, elas são muito maiores
que as estrelas. A nebulosa de Órion, por exemplo, é 500 vezes maior que o
Sol.

No interior das nebulosas, essa concentração inicial de matéria começa a


formar a protoestrela, um corpo de região central esférica, composto
principalmente de gás hidrogênio.

A grande pressão nos gases que estão na região central provoca aumento da
temperatura e, assim, iniciam-se as reações nucleares, em que o hidrogênio é
transformado em hélio. A energia produzida nessas reações é emitida para o
espaço na forma de ondas eletromagnéticas, inclusive luz visível. Assim nasce
uma estrela.

Tudo isso ocorre durante milhões ou bilhões de anos, enquanto a estrela tiver
o seu principal combustível, o hidrogênio.

Depois que grande parte do hidrogênio for utilizada, a parte externa da


estrela expande, a sua superfície se resfria e ela assume uma coloração
vermelha, sendo denominada, nesse momento, de gigante vermelha. Em
alguns casos, ocorre uma nova expansão da estrela e ela se transforma em
uma supergigante vermelha.

Nessas duas fases, quando o combustível nuclear se esgotar, a temperatura


aumentará muito e ocasionará a contração da estrela. Em estrelas muito
grandes, a quantidade de energia liberada em pouco tempo é tão grande que
ela explode, num grande espetáculo, o que caracteriza a fase de supernova.
Estrelas menores transformam-se em nebulosas planetárias.

Evolução estelar.

Dependendo da quantidade de matéria, uma estrela na fase de supernova,


originada de uma gigante vermelha, transforma-se em uma estrela de
nêutrons ou em um buraco negro. Estrelas de menor massa, na fase gigante
vermelha, aumentam de volume, originando nebulosas planetárias, as quais se
contraem, originando uma anã branca.
Todo o processo de evolução estelar pode demorar bilhões de anos.
Dependendo da quantidade de matéria que a velha estrela possua, o que sobra
no núcleo pode se transformar em uma estrela de nêutrons, pequeníssima e
muito densa, ou em buraco negro, onde a massa da estrela se torna tão
comprimida num certo ponto que atrai tudo que passa por perto, nem mesmo
a luz escapa da sua gravidade.

No caso de estrelas que só evoluem até a fase de gigante vermelha e formam as


nebulosas planetárias, o núcleo se contrai e origina uma estrela pequena,
densa e fria, chamada de anã branca, sendo o fim das muitas estrelas
parecidas com o Sol.

A explosão de uma supernova lança para o espaço tudo aquilo que foi
produzido no interior da estrela por reações nucleares, como hélio, carbono,
nitrogênio, oxigênio, sódio, potássio, cloro, magnésio, cálcio, enxofre, ferro e
outros elementos.

Todos esses elementos estão presentes nos seres vivos. Portanto, como disse
certa vez o astrônomo americano Carl Sagan: ‘‘somos todos poeira das
estrelas”.

Evolução estelar: vida e


morte das estrelas
Aulas apresentam ciclo de vida e fontes de energia dos astros

AUTOR

Elves Silva Moreira

ÁREA DE CONHECIMENTO

Física

NÍVEL DE ENSINO
Ensino Médio
Publicado em

23 de dezembro de 2020

Conteúdos

Objetivos

1ª Etapa

Início de conversa

2ª Etapa

O que é uma estrela?

3ª Etapa

De onde vem a fonte de energia de uma estrela?

4ª Etapa

Evolução estelar e cadáveres cósmicos

5ª Etapa

Estrelas e os elementos químicos

Materiais Relacionados

Conteúdos
● O que é uma estrela;

● De onde vem a fonte de energia de uma estrela;

● Evolução estelar e cadáveres cósmicos;

● Estrelas e os elementos químicos.

Objetivos

● Compreender o ciclo de vida das estrelas;

● Compreender de onde vem a fonte de energia das estrelas;

● Compreender que a maioria dos elementos químicos da Tabela Periódica são formados no

interior das estrelas.

Palavras-Chave:

Evolução estelar. Estrelas. Anã Branca. Estrelas de Nêutrons. Buraco Negro. Elementos

químicos.
Sugestão de aplicação para o ensino remoto:

As sugestões estão organizadas em tópicos com uma breve explicação de cada recurso.

● Jitsi Meet: é um sistema de código aberto e gratuito, com o objetivo de permitir a criação e

implementação de soluções seguras para videoconferências via Internet, com áudio,

discagem, gravação e transmissão simultânea. Possui capacidade para até 200 pessoas, não

há necessidade de criar uma conta, você poderá acessar através do seu navegador ou fazer o

download do aplicativo, disponível para Android e iOS.

Trabalhando com essa ferramenta, é possível:

– Compartilhar sua área de trabalho, apresentações e arquivos;

– Convidar usuários para uma videoconferência por meio de um URL simples e

personalizado;

– Editar documentos simultaneamente usando Etherpad (editor de texto on-line de código

aberto);

– Trocar mensagens através do bate-papo integrado;


– Visualizar automaticamente o orador ativo ou escolher manualmente o participante que

deseja ver na tela;

– Reproduzir um vídeo do YouTube para todos os participantes.

● Gravação de videoaula usando o Power Point: o PPT, já tão utilizado por nós professores

para preparamos nossas aulas, também permite a gravação de uma narração para os slides,

que tanto nos auxiliam na explanação dos conteúdos. É possível habilitar a função de vídeo

enquanto grava, assim, os alunos verão o professor em uma janelinha no canto direito da

apresentação. Essa ferramenta é bem simples e eficaz. Veja um guia.

● Envio de Podcast aos alunos: podcast nada mais é do que um áudio gravado (como os

enviados pelo Whatsapp). Podem ser utilizados para narrar uma história, para correção de

atividades, revisar ou aprofundar os conteúdos. Para tanto, sugiro o app Anchor, que pode

ser baixado no seu celular. Ele é muito fácil e simples de utilizar.

● Plataforma Google Classroom: permite a criação de uma sala de aula virtual. Essa ação

irá gerar um código que será compartilhado com os alunos, para que acessem a sala. Nesse

ambiente virtual, o/a professor/a poderá criar postagens de avisos, textos, slides do PPT,

conteúdos, links de vídeos, roteiros de estudos, atividades, etc. É uma forma bem simples e

eficaz de manter a comunicação com os alunos e postar as aulas gravadas, usando os

recursos anteriormente mencionados. Confira outros recursos oferecidos pela Google, como

a construção de formulários (Google Forms) para serem realizados pelos alunos.


Sugerimos aulas com até 30 minutos de duração. Além disso, nem toda aula precisa gerar

uma atividade avaliativa, para não sobrecarregar os alunos. As aulas virtuais também

podem ser úteis para correção de exercícios e plantões de dúvidas.

Previsão para aplicação:

4 aulas (30 min./aula)

1ª Etapa: Início de conversa

A sugestão para o (a) professor (a) é começar este plano de aula fazendo uso do ensino

híbrido (modalidade sala de aula invertida), enviando previamente aos/às alunos/as, através

da plataforma Google Classroom, as perguntas abaixo. Dessa forma, eles serão estimulados a

pesquisarem mais sobre os conteúdos que serão trabalhados.

1) Qual é a idade do nosso Universo?

2) E a idade do nosso Sol, quem sabe?

3) Quanto tempo de vida ainda resta para o Sol?


4) As estrelas morrem?

5) Qual é o elemento químico mais abundante no Universo?

6) Qual é a relação que existe entre uma Bomba de Hidrogênio e uma estrela?

Obs.: Na Internet, existe um projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC), criado pelo professor Alexandre Zabot, chamado “Astrofísica para Todos”. Nesse

projeto, é ofertado, gratuitamente, um minicurso sobre “Astrofísica Geral”.O minicurso

trata dos mais diversos assuntos abordados em Astronomia, entre eles, a evolução, vida e

morte das estrelas. O material pode ser proveitoso tanto para os/as professores/as, quanto

para os/as estudantes. Acesse o minicurso!

2ª Etapa: O que é uma estrela?


O sol é uma estrela – AstroPt (crédito: reprodução)

Para esta etapa, o/a professor/a poderá gravar um podcast (usando o recurso sugerido

anteriormente neste plano) com o texto descrito abaixo, e disponibilizá-lo para que os/as

alunos/as ouçam na plataforma Google Classroom. Lembre-se de fazer diferentes

entonações de voz e de adicionar músicas e efeitos sonoros ao seu podcast.

Afastados dos grandes centros, da poluição luminosa e atmosférica, durante uma noite sem

nuvens, ao olharmos para os céus nos deparamos com uma miríade de astros. Com exceção

da nossa vizinha Lua — que apresenta fases —, os demais astros parecem não mudar. Eles

são percebidos como imutáveis e “imortais”.

Um(a) observador(a) mais cuidadoso(a), no entanto, perceberá uma mudança na posição

dos nossos companheiros de viagem espacial, os nossos vizinhos errantes, os planetas. Uma

vez ou outra pode surgir um meteoro, e, com muita sorte, quem sabe até mesmo um

cometa?!
Mas as estrelas não. Elas se apresentam como astros fixos e brilhantes. Como se estivessem

lá no alto para nos transmitir uma sensação de ordem, de calma, e de estabilidade. Mas essa

suposta calmaria é apenas aparente! Isso se deve ao fato do nosso tempo médio de vida ser

uma fração irrisória do tempo cósmico. De forma análoga a todos os seres vivos que

conhecemos na Terra, as estrelas também nascem, evoluem e morrem.

O nosso Universo possui 13,8 bilhões de anos, e centenas de bilhões de galáxias, cada uma

delas contendo bilhões de estrelas. Estrelas essas que em sua maioria são como o nosso Sol.

Sim! O nosso Sol é uma estrela. A nossa estrela. O fato dela parecer-nos especial é apenas

devido à nossa proximidade ao astro rei e devido à nossa total dependência do mesmo para

sobrevivermos. Sem o Sol, a vida na Terra, como a conhecemos, seria inimaginável.

Bom, mas se o Sol é uma estrela, e existem bilhões e bilhões de estrelas, afinal de contas, o

que elas são? As estrelas são astros que produzem a sua própria luz. São formadas por

gases, basicamente hidrogênio e hélio. E elas se encontram naquilo que se pode chamar de o

“quarto estado físico da matéria”, ou seja, bolas de plasma. São formadas por nuvens de gás

interestelar que, por efeitos gravitacionais, começam a contrair. À medida que o gás é

comprimido em direção ao centro da nuvem, a temperatura em seu interior aumenta. A

temperatura vai subir até um certo ponto que será capaz de “acender” a estrela. E assim a

estrela acaba de nascer.

A vida da estrela dependerá do equilíbrio, ou desequilíbrio, da “disputa” entre duas forças:

a força gravitacional, que é sempre atrativa e empurra toda a massa da estrela para o
centro, e a força devido à pressão térmica, que ao esquentar o gás fará com que ele tenda a

se expandir, ou seja, empurra a massa para fora.

3ª Etapa: De onde vem a fonte de energia de uma estrela?

Fusão nuclear no
interior do nosso Sol – Blog do Enem (crédito: reprodução)

Para as etapas 3, 4 e 5, a sugestão são aulas expositivas, que podem acontecer ao vivo

(através da plataforma Jitsi Meet). O/a professor/a poderá usar os conteúdos descritos

abaixo para preparar slides e compartilhar com os/as alunos/as no momento da aula (utilize

o recurso de compartilhamento de tela do seu computador, disponível na plataforma).

Também é possível instigar a participação da turma pelo chat ou por meio da habilitação do

microfone.

Conforme a temperatura do interior da nuvem aumenta – a gravidade continuará a contrair

a nuvem – o grau de agitação entre as partículas que a constituem também aumenta.

Chegará um ponto em que a temperatura será tão alta que no centro da nuvem começarão a
ocorrer reações de fusão nuclear. Átomos de Hidrogênio vão se chocar com tanta energia

que serão fundidos em átomos de Hélio.

De uma forma bem simplificada, pode-se dizer que quatro átomos de Hidrogênio se fundem

para formar um átomo de Hélio. Mas se somarmos as massas dos quatro átomos de

Hidrogênio, ela é menor do que a massa do átomo resultante, o átomo de Hélio.

Para onde foi parte da massa durante a fusão nuclear? Essa diferença de massa será

convertida em energia, de acordo com a famosa equação do físico alemão Albert Einstein:

Onde:

E = energia

m = massa

c = velocidade da luz = 300.000 Km/s


Está aí a fonte de energia de todas as estrelas que vemos brilhar durante uma noite

estrelada.

Obs.: A Bomba de Hidrogênio obedece ao mesmo princípio, onde átomos de Hidrogênio são

fundidos em átomos de Hélio, liberando uma enorme quantidade de energia.

Pode-se dizer que a Bomba-H é uma “mini estrela” criada pela humanidade, que vive por

um intervalo de tempo muito curto.

Vale a pena ressaltar que a fusão nuclear não precisa ser utilizada apenas para fins bélicos,

ou seja, para a criação de armas. Ao redor de todo o mundo, há vários centros de pesquisas

buscando desenvolver reatores de fusão nuclear para a geração de energia limpa, e não para

a geração de cadáveres.

Bomba H: mil vezes mais potente que a


Bomba nuclear (de Urânio) – IFCS/USP (crédito: reprodução)

4ª Etapa: Evolução estelar e cadáveres cósmicos


Evolução estelar
– Astro/UFRGS (crédito: reprodução)

Dependendo da massa inicial da estrela, formada pela nuvem de gás, ela terá uma vida mais

longa ou mais curta, e terminará seu ciclo de vida como uma anã branca, uma estrela de

nêutrons ou como um buraco negro.

Estrelas como o nosso Sol, por exemplo, vivem em torno de 10 bilhões de anos. O nosso astro

rei possui em torno de 4,5 bilhões de anos, ou seja, ainda lhe resta mais uns 5,5 bilhões de

anos de vida.

Um fato interessante é que, ainda que possa parecer contraintuitivo, estrelas muito massivas

vivem por pouco tempo, enquanto estrelas menos massivas vivem por muito mais tempo.

Embora as estrelas mais massivas possuam mais combustível nuclear para “queimar”, ou
seja, mais átomos de Hidrogênio para fundir em átomos de Hélio, elas consomem o

combustível muito mais rapidamente do que uma estrela menos massiva, e por isso vivem

menos.

Os astrônomos medem as massas das demais estrelas utilizando a massa do nosso Sol como

parâmetro. Desta forma, podemos ter uma melhor ideia da ordem de grandeza envolvida.

A massa inicial de uma estrela determina o quanto ela viverá, e como ela irá morrer, da

seguinte forma:

● Estrelas com até 10 massas solares morrerão como uma Anã Branca;

● Estrelas entre 10 e 25 massas solares morrerão como uma Estrela de Nêutrons;

● Estrelas acima de 25 massas solares morrerão como Buracos Negros.

5ª Etapa: Estrelas e os elementos químicos

Anã Branca: é o resultado de uma estrela que foi capaz de fundir, através do processo de

fusão nuclear, até os átomos de Carbono e Oxigênio. Inicialmente, a estrela fundiu

Hidrogênio em Hélio, e depois Hélio em Carbono, e um pouco de Oxigênio. Mas ao chegar


no Carbono, a estrela não teve mais energia para continuar as fusões nucleares para

transformar átomos leves em átomos cada vez mais pesados.

Antes de chegar ao estágio final, ela formará a famosa nebulosa planetária. A massa final da

estrela é menor que 1,4 massas solares, e ocupa um volume da ordem do tamanho do

planeta Terra, sendo, portanto, um objeto muitíssimo denso, onde uma colher de chá de

matéria da estrela pesa 1000 Kg.

Anã Branca – IF/UFRGS


(crédito: reprodução)

Estrela de Nêutrons: é o resultado de uma estrela que foi capaz de fundir até o átomo de

Ferro. O Ferro é o último elemento químico onde uma estrela pode fundir átomos ganhando

energia. A partir do Ferro a fusão atômica deixa de fornecer energia, e passa a consumir a

energia da estrela. Esse processo gera um desequilíbrio catastrófico na estrela, que acaba

resultando numa supernova. É neste momento, quando a estrela se torna uma supernova,

que os átomos mais pesados que o Ferro são fundidos.


A gravidade continua atuando sobre a Estrela de Nêutrons até empurrar os elétrons para

“dentro” do núcleo atômico, neutralizando toda a matéria. Um elétron, ao se fundir com um

próton, torna-se um nêutron. Por isso, a estrela recebe o nome de “Estrela de Nêutrons”.

A massa final de uma Estrela de Nêutrons é da ordem de 1,4 massas solares, ocupando o

volume de uma esfera de 10 Km de diâmetro. Trata-se do objeto físico mais denso que se

pode conceber no Universo. Uma colher de chá de matéria de uma estrela de nêutrons pesa

10 bilhões de Kg.

Estrela de Nêutrons – Hype Science


(crédito: reprodução)

Buraco Negro: uma estrela muito massiva, cuja gravidade seja o suficiente para continuar

comprimindo a matéria, mesmo depois de tudo ter se transformado em nêutrons, pode se

tornar um Buraco Negro. Ele não é um objeto físico, pois possui características físicas

“bizarras”, como, por exemplo, densidade infinita. Ele ainda continua sendo um tema

bastante desafiador, pois põe em cheque as bases de toda a Física. A massa final de um

Buraco Negro é estimada entre 5 e 13 massas solares, mas em um volume que tende a zero e,

portanto, com densidade que tende para o infinito.


O buraco negro tem esse nome devido ao fato de que para escapar de dentro dele, um objeto

deveria ter uma velocidade superior à velocidade da luz, o que é impossível, de acordo com a

Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Sendo assim, nem a luz escapa do seu interior, e,

por isso, ele é chamado de Buraco Negro.

Buraco Negro – Gazeta Web (crédito:


reprodução)

Ao final das aulas, o/a professor/a poderá solicitar como atividade avaliativa que os/as

alunos/as gravem podcasts curtos sobre algum tema trabalhado de interesse deles/as. É

possível divulgar no blog da escola ou em outra rede social.

Para enriquecer ainda mais as aulas, também é recomendado o uso do planetário aberto

Stellarium. Você poderá mostrá-lo através do recurso de compartilhamento de tela do seu

computador e viajar, virtualmente, pelo Universo junto com a turma.

Ciências da Natureza – Propriedades Físicas dos Materiais


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2. Ciências da Natureza – Propriedades Físicas dos Materiais
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Esta proposta de atividade de Ciências da Natureza é destinada aos


estudantes do 4º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Os materiais empregados pela humanidade apresentam origem


distinta, podendo ser: materiais naturais ou materiais artificiais.

Os materiais apresentam propriedades físicas que os diferenciam,


sendo elas: densidade; tenacidade ou resistência; elasticidade;
magnetismo; condutibilidade elétrica; condutibilidade térmica e
dureza.

VAMOS RESPONDER ALGUMAS QUESTÕES?

Disponível em: <https://pixabay.com/pt/photos/laborat%c3%b3rio-aparelho-equipamento-217041/>.


acesso em 23, fev. 2022.
Questão 1

Pare e pense:

Em algum momento da sua vida você já brincou de “afunda ou boia”,


nessa brincadeira apreendeu que alguns objetos afundavam e outros
não. Mediante, as propriedades físicas dos materiais, o que leva alguns
a afundar ou boiar?

Questão 2

Leia a situação:

João está construindo sua casa e ao comprar material para o telhado


da casa opta por telhas de PVC, em detrimento, por exemplo, a
folhagens como utilizados por alguns grupos indígenas para
construção de suas moradias.

Sendo assim, o que leva João a escolher telhas de PVC ao invés de


folhagens?

Questão 3

Mediante a história dos “Os Três Porquinhos” temos a tabela abaixo:


Porquinhos Material Utilizado para construir a casa

Porquinho 1 Palha

Porquinho 2 Madeira

Porquinho 3 Tijolos

Responda:

● Qual o material utilizado pelos porquinhos apresenta menor e


maior resistência a impactos?
● Porque as casas de palha e madeira são derrubadas pelo
Lobo?
● O material utilizado na construção de uma casa influencia a
durabilidade da mesma?

Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui:


https://drive.google.com/drive/folders/165rzGfze5IMPvgr0vupIHxkK
ePlSd8zT?usp=sharing
Saiba Mais

Canal José Firmino de Oliveira Neto “Propriedades físicas dos materiais”. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=HcoG2iXgsiA>. acesso 13, fev. 2022.

Compo Ciências da Natureza


nente
Curricu
lar

Habilid (EF4CI02-A) Testar e relatar, de diferentes formas as transformações, dos


ade materiais no dia a dia, tais como plásticos, metais, madeira, papéis, entre
outros, quando expostos a diferentes condições: aquecimento,
resfriamento, luz e umidade.

Referên BRADY, J. E.; RUSSEL, J. W.; HOLUM, J. R. Química: a matéria e suas


cias transformações. 3º ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2002.

GOMES, L. A. K. Materiais: foco nos estudos em química. Química Nova


na Escola, v. 08, p. 15-18, 1998.

Propriedades físicas da matéria


As propriedades físicas são propriedades específicas de determinada
matéria. São aquelas que podem ser observadas quando há ação mecânica ou
do calor (energia térmica). As propriedades que estudaremos são:

Densidade, dureza, ponto de fusão, ponto de ebulição, calor específico,


permeabilidade, condutibilidade.

Densidade
É o resultado da divisão entre a quantidade de matéria (massa) e o
seu volume ocupado, também é chamada de massa específica.

Se pegarmos 10g de algodão e 10g de chumbo, a quantidade de


chumbo que teremos que pesar é bem menor que a quantidade. Isso se deve
a densidade de cada um que é diferente, o algodão tem a densidade menor,
por isso é mais leve e precisa de um volume maior pra completar as 10g em
relação ao chumbo.

Vocês saberiam me dizer o por quê de certos objetos flutuam e outros


afundam?! Isso está relacionado com a densidade do objeto e do líquido
presente. Por exemplo, a água tem densidade de aproximadamente 1 g/cm 3,
o isopor tem d = 0,03 g/cm 3 e o chumbo tem d = 11,3 g/cm 3 , como o
isopor é menos denso que a água ele irá flutuar e o chumbo que é mais
denso irá afundar.

A densidade além de depender do tipo de material do objeto, depende


também da temperatura. Um aquecimento, por exemplo, provoca a agitação
das moléculas e quando elas se chocam, impulsionam a molécula do lado pra
mais longe e assim ocorre dilatação do material (aumento de volume), o que
interfere no valor da densidade.

Os gases, tem o volume muito sensível à variação de pressão, então a


densidade dependerá também da pressão exercida sobre ele. Portanto, se
houver mudanças de estado físico de um gás, ocorrerá também mudança na
densidade dele. O fato de a água líquida, por exemplo, possuir uma
densidade de 1 g/cm3, e a água sólida (gelo) ter d = 0,92 g/cm3, permite-
nos entender o porquê do gelo flutua na água mesmo sendo constituídos da
mesma matéria.

Dureza
Representa a resistência que a superfície de um material tem à ação
mecânica. Um material é considerado mais duro que o outro quando consegue
riscar esse outro deixando um sulco. É medida em graus (0 a 10) o valor 1
corresponde ao mineral menos duro que se conhece, o talco e o valor 10 é a
dureza do diamante, o mineral mais duro já visto.

Ponto de fusão
É a temperatura em que uma determinada matéria passa do estado
sólido para o líquido e vice-versa em uma determinada pressão. Exemplos:

Substância Ponto de Fusão (ºC)

Oxigênio -218,8
Nitrogênio -210
Água 0
Ouro 1064
Ferro 1538

Ponto de ebulição
É a temperatura em que uma determinada matéria passa do estado
líquido para o estado gasoso e vice-versa em uma determinada pressão.
Exemplos:

Substância Ponto de Ebulição (ºC)

Oxigênio -183
Nitrogênio -196
Água 100
Ouro 2856
Ferro 2861
Durante o aquecimento de substâncias puras, quando se atinge o

ponto de fusão ou de ebulição, a temperatura da substância deixa de

aumentar, mesmo que continue a aquecê-la. Só quando toda a substância

tiver sofrido a mudança de estado físico é que a temperatura volta a

aumentar. Assim, podemos determinar se uma substância está pura ou

não medindo seu ponto de fusão. Se durante a fusão houver variações

acima de 1ºC é sinal que sua substância não está pura.

Abaixo temos um gráfico de como varia a temperatura quando

aquecemos uma amostra de água pura, desde os -100 ºC até aos 200 ºC.

Observe que durante a fusão e vaporização as temperaturas param de

subir:

Durante o resfriamento o resfriamento, o gráfico começa na temperatura


mais alta até a temperatura mais baixa:
Vamos aproveitar essas propriedades físicas da

matéria e aprender um pouco mais sobre

os estados físicos?!

Uma substância pode ser encontrada no estado físico LÍQUIDO,


SÓLIDO OU GASOSO.

Estado gasoso

Nesta fase as partículas da substância estão com maior energia


cinética, ou seja, elas estão se movimentando mais, livremente e com maior
velocidade colidindo entre si. Essa colisão faz com que as moléculas se
afastem e por isso a distância entre as moléculas no estado gasoso é maior
que a do estado líquido e do estado sólido sucessivamente.

Um gás qualquer colocado dentro de uma garrafa de 1 litro adquire a


forma da garrafa e seu volume será de 1 litro. Assim, dizemos que na fase
gasosa possui forma e volume variáveis.

Sabendo que os gases (ao contrário dos líquidos e sólidos) não têm
volume fixo, com um aumento de pressão podemos comprimi-los, ou reduzir o
seu volume facilmente, pois há mais espaço entre as partículas.

Estado líquido

No estado líquido, a matéria tem forma variável e volume definidos.


As partículas estão um pouco mais unidas, não há um arranjo definido. As
partículas nos líquidos “deslizam” umas sobre as outras e se movem. Isto é o
que proporciona a fluidez no líquido. Todos os líquidos podem fluir, e alguns
mais que os outros. Os líquidos com baixa viscosidade oferecem menor
resistência para fluir A água, por exemplo, flui com mais facilidade que o
óleo. Então a água tem baixa viscosidade e o óleo tem alta viscosidade.

Estado sólido
No estado sólido, o corpo tem forma e volume definidos. A matéria
em estado sólido pode se apresentar compacta, em pedaços ou em pó. As
partículas que formam a substância possuem a menor energia cinética; elas
permanecem praticamente imóveis, unidas por forças de atração e
geralmente com um arranjo definido, ou seja, cada partícula se encontra
uma posição certa.

O arranjo das moléculas de água, na fase sólida, é o responsável pelo


aumento do seu volume. Então, ao se congelar, a água se expande,
formando o gelo que é menos denso que a água na fase líquida.

Abaixo temos uma imagem ilustrativa de como as moléculas estão


organizadas em cada estado físico:

Mudanças no Estado da Matéria

A imagem que está na capa dessa aula representa todas as mudanças de fase da
água. Abaixo vai uma outra imagem que tem representa essas mudanças de fases:
Fusão
É a passagem do estado sólido para o líquido. Quando fornecemos
calor a um corpo, suas partículas vibram mais e essa agitação faz com que
ocorra a mudança de estado.
Solidificação

É a passagem do estado líquido para o sólido. Quando se resfria um


corpo, suas moléculas vibram menos e assim se solidificam.

Vaporização

É a passagem do estado líquido para o gasoso. Pode ocorrer por


evaporação (passagem lenta e espontânea estimulada pela temperatura,
ventilação e superfície de evaporação), ebulição (passagem com grande
agitação molecular e a formação de bolhas) e calefação (passagem brusca).

Condensação:

Também chamada liquefação, é a passagem do estado gasoso para o


estado líquido.

Sublimação

É a passagem direta do estado sólido para o gasoso ou vice-versa.


Agora vamos voltar as outras propriedades físicas da matéria:

Calor específico
O calor específico é a quantidade de calor que deve ser fornecida
para que 1 g de substância tenha a sua temperatura elevada em 1°C. Cada
substância possui um determinado valor de calor específico, que é
geralmente expresso em cal/g.°C.

Material Calor específico (cal/g.ºC)

Acetona 0,52
Areia 0,2
Água 1
Cobre 0,09
Etanol 0,59
Ferro 0,11
Ouro 0,03
Prata 0,05
Alumínio 0,22

Quanto maior for o calor específico de uma substância, maior será a


quantidade de calor que deverá ser fornecida ou retirada dela para que
ocorram variações de temperatura. A água, quando comparada com os
outros materiais da tabela, possui o maior calor específico, que corresponde
a 1 cal/g.ºC.

Permeabilidade
Específica para o estado sólido, representa a capacidade de corpos
materiais em absorver líquidos.

Condutibilidade
Capacidade de uma matéria em transmitir a passagem de uma corrente
elétrica
Propriedades Físicas dos Materiais –
Texto e Atividades

● Post category:
● Ciências / Matéria e Energia

TAGS: 5º ANO, 5º CIENCIAS


Ciências 5º ano

Unidade temática: Matéria e energia.

Objeto do conhecimento: Propriedades Físicas dos Materiais.

EF05CI01: Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades físicas dos
materiais – como densidade, condutibilidade térmica e elétrica, respostas a forças magnéticas,
solubilidade, respostas a forças mecânicas (dureza, elasticidade etc.), entre outras.

Os materiais usados nas atividades humanas podem ter diferentes origens. Quando estão
disponíveis na natureza, são chamados de materiais naturais. Os seres humanos são capazes
de produzir recursos que não são encontrados na natureza: são os materiais artificiais, como o
plástico.

Cada material apresenta características próprias, algumas das quais são chamadas de
propriedades físicas. Essas propriedades nos ajudam a reconhecer e diferenciar os materiais,
assim como a decidir qual deles é melhor para cada atividade que desejamos desenvolver ou
objeto que desejamos produzir.

Veja as principais propriedades físicas dos materiais.

Densidade: característica que relaciona a massa de um objeto feito de determinado material


com o volume que ele ocupa. É uma propriedade específica de determinados materiais e pode
ser usada para identifica-los. A mesma massa de ferro ocupa menor volume que a de algodão.
Assim, podemos dizer que o ferre é o mais denso que o algodão. Os objetos que flutuam na
água são menos densos que esse líquido. Aqueles que ficam no meio da coluna d’água têm
mesma densidade e aqueles que afundam são mais densos que a água.
Resistência ou tenacidade: um objeto feito de material resistente é mais difícil de ser quebrado
quando submetido a um impacto, como uma queda ou uma martelada. O aço é um material
resistente e, por isso, é usado como parte da estrutura das construções. Ao se produzir um
produto é necessário analisar se a resistência daquele material é satisfatória para nossa
necessidade.

Elasticidade: os materiais elásticos podem ser deformados e voltar à forma original quando a
força causadora da deformação para de atuar. A borracha é um material que apresenta uma
elasticidade evidente pois, ao puxa-la ela estica e ao solta-la ela volta a forma original.
Magnetismo: os materiais que são atraídos por um imã são chamados de materiais magnéticos.
Os imãs são objetos feitos de material magnético que atraem alguns tipos de metal, como o
ferro ou ligas metálicas.

Condutibilidade térmica: indica a capacidade dos materiais de conduzir energia térmica, ou seja,
calor. Os materiais que não conduzem bem a energia térmica são chamados de isolantes
térmicos. O alumínio é um bom condutor térmico, por isso é muito usado na fabricação de
panelas, permitindo que a energia térmica do fogo passe de forma eficiente para o alimento.
Dureza: quanto maior é a dureza de um material, mais difícil é riscar sua superfície. O grafite é
um material mole que pode ser usado para escrever.

Condutibilidade elétrica: indica a facilidade com que um material conduz a energia elétrica. De
forma geral, os materiais metálicos são bons condutores elétricos. Alguns materiais não
permitem a passagem da corrente elétrica e são chamados de isolantes. O cobre é um bom
condutor elétrico e, por isso, é muito usado para encapar os fios é um material isolante, que
permite o manuseio desses fios com segurança.
Processos de propagação de Calor
Para que aconteça a troca de calor é preciso que ele seja transferido de um
objeto para outro e de uma região para outra. Existem três processos de
propagação de calor: condução, convecção e irradiação.

Os processos de transmissão de calor estão inseridos no cotidiano

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Falar a respeito do tema calor ainda pode trazer confusão para algumas
pessoas. Em termologia, calor está ligado à transferência de energia térmica
de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor temperatura, ou
seja, calor é a energia em trânsito. Para melhor assimilação, vamos ao
seguinte exemplo:

Vamos imaginar que, em um sistema isolado (dentro de uma caixa de isopor,


por exemplo), foram colocados dois objetos. O objeto A, à temperatura de
200°C; e o objeto B, à temperatura de 20ºC. De acordo com a lei zero da
termodinâmica, com o passar do tempo, a temperatura do objeto A diminui
enquanto que a temperatura do objeto B aumenta, até que ambos atinjam a
mesma temperatura, ficando em equilíbrio térmico. A energia que se
transferiu do objeto A para o objeto B é chamada de calor ou energia térmica.

Tópicos deste artigo


● 1 - Mapa Mental: Calor

● 2 - Transmissão de Calor

● 3 - Condução

● 4 - Convecção

● 5 - Irradiação

Mapa Mental: Calor


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Transmissão de Calor
Para que ocorra troca de calor, é necessário que ele seja transferido de uma
região a outra através do próprio corpo, ou de um corpo para outro. Existem
três processos de transferência de calor estudados na termologia, são eles:
condução, convecção e irradiação. A irradiação é a propagação de ondas
eletromagnéticas que não precisam de meio para se propagar, enquanto que a
condução e a convecção são processos de transferência que necessitam de um
meio material para se propagar.

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Condução
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as
moléculas do corpo mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais
frio, transferem energia para este. Esse processo de condução de calor é
denominado condução. No caso dos metais, além da transmissão de energia de
átomo para átomo, há a transmissão de energia pelos elétrons livres, ou seja,
são os elétrons que estão mais afastados do núcleo e que são mais fracamente
ligados aos núcleos, portanto, esses elétrons, colidindo entre si e com átomos,
transferem energia com bastante facilidade. Por esse motivo, o metal conduz
calor de modo mais eficiente do que outros materiais.

Convecção
Da mesma forma que o metal, os líquidos e os gases são bons condutores de
calor. No entanto, eles transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é
denominada convecção. Esse é um processo que consiste na movimentação de
partes do fluido dentro do próprio fluido. Por exemplo, vamos considerar uma
vasilha que contenha água à temperatura inicial de 4°C. Sabemos que a água
acima de 4ºC se expande, então ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama,
a parte de baixo da água se expandirá, tendo sua densidade diminuída e,
assim, de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá. A parte mais fria e
mais densa descerá, formando-se, então, as correntes de convecção. Como
exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu congelador na parte de
cima. O ar frio fica mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente,
sobe.

Irradiação
Podemos dizer que a irradiação térmica é o processo mais importante, pois
sem ela seria praticamente impossível haver vida na Terra. É por irradiação
que o calor liberado pelo Sol chega até a Terra. Outro fator importante é que
todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas eletromagnéticas,
cujas características e intensidade dependem do material de que é feito o
corpo e de sua temperatura. Portanto, o processo de emissão de ondas
eletromagnéticas é chamado de irradiação. A garrafa térmica é um bom
exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma garrafa de vidro com
paredes duplas, havendo quase vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão
de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa são espelhadas
para evitar a transmissão de calor por irradiação.
Propagação de Calor

Rosimar Gouveia

Professora de Matemática e Física

A propagação ou transmissão de calor pode ocorrer de três maneiras:

1. Condução Térmica

2. Convecção Térmica

3. Irradiação Térmica

O que é calor?
Vale lembrar que o calor, também chamado de energia calorífica, é um
conceito da área da física que determina a troca de energia térmica entre dois
corpos.

Essa transferência de energia tem a finalidade de atingir o equilíbrio térmico


entre dois corpos, ou seja, a mesma temperatura.

Assim, um corpo mais quente transfere calor para um corpo mais frio até que
ambos tenham a mesma temperatura.

Tipos de Propagação de Calor


Ilustração das três formas de transmissão de calor

Condução Térmica: A energia calorífica é transmitida por meio de corpos


sólidos que aquecem, seja pelo calor do fogo, ou pelo contato com outro mais
quente. Assim, quando aquecemos um corpo sólido, a energia cinética
aumenta e consequentemente, a agitação das moléculas.

Convecção Térmica: esse tipo de transmissão de calor ocorre em substâncias


que estejam no estado líquido ou gasoso. Criam-se correntes circulares
chamadas de "correntes de convecção", as quais são determinadas pela
diferença de densidade entre o fluido mais quente e o mais frio.

Irradiação Térmica: por meio das ondas eletromagnéticas ou ondas de calor


de um corpo ocorre a transferência de energia térmica. Nesse caso, as
partículas elétricas de um objeto aumentam, da mesma forma que sua energia
cinética.

Exemplos de Propagação de Calor


Condução Térmica
● Aquecimento de uma barra de metal

● Aquecimento de uma colher de metal pousada numa panela

● Aquecimento do cabo de metal de uma panela


● Aquecimento de uma xícara de chá ou café

● Aquecimento da roupa pelo ferro elétrico

Convecção Térmica
● Aquecimento de líquidos numa panela

● Geladeira e congelador

● Ar-condicionado

● Aquecedores

● Correntes de ar atmosférico

Irradiação Térmica
● Energia solar

● Placas solares

● Assar alimentos no formo

● Fogo das lareiras

● Estufas das plantas

Leia também:

● Calor e Temperatura

● Calorimetria

● Calor Específico

● Calor Latente

● Calor Sensível

● Energia Térmica

● Fórmulas de Física
Processos de propagação de Calor
Para que aconteça a troca de calor é preciso que ele seja transferido de um
objeto para outro e de uma região para outra. Existem três processos de
propagação de calor: condução, convecção e irradiação.

Os processos de transmissão de calor estão inseridos no cotidiano

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Falar a respeito do tema calor ainda pode trazer confusão para algumas
pessoas. Em termologia, calor está ligado à transferência de energia térmica
de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor temperatura, ou
seja, calor é a energia em trânsito. Para melhor assimilação, vamos ao
seguinte exemplo:

Vamos imaginar que, em um sistema isolado (dentro de uma caixa de isopor,


por exemplo), foram colocados dois objetos. O objeto A, à temperatura de
200°C; e o objeto B, à temperatura de 20ºC. De acordo com a lei zero da
termodinâmica, com o passar do tempo, a temperatura do objeto A diminui
enquanto que a temperatura do objeto B aumenta, até que ambos atinjam a
mesma temperatura, ficando em equilíbrio térmico. A energia que se
transferiu do objeto A para o objeto B é chamada de calor ou energia térmica.

Tópicos deste artigo


● 1 - Mapa Mental: Calor

● 2 - Transmissão de Calor

● 3 - Condução

● 4 - Convecção

● 5 - Irradiação

Mapa Mental: Calor


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

Transmissão de Calor
Para que ocorra troca de calor, é necessário que ele seja transferido de uma
região a outra através do próprio corpo, ou de um corpo para outro. Existem
três processos de transferência de calor estudados na termologia, são eles:
condução, convecção e irradiação. A irradiação é a propagação de ondas
eletromagnéticas que não precisam de meio para se propagar, enquanto que a
condução e a convecção são processos de transferência que necessitam de um
meio material para se propagar.

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Condução
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as
moléculas do corpo mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais
frio, transferem energia para este. Esse processo de condução de calor é
denominado condução. No caso dos metais, além da transmissão de energia de
átomo para átomo, há a transmissão de energia pelos elétrons livres, ou seja,
são os elétrons que estão mais afastados do núcleo e que são mais fracamente
ligados aos núcleos, portanto, esses elétrons, colidindo entre si e com átomos,
transferem energia com bastante facilidade. Por esse motivo, o metal conduz
calor de modo mais eficiente do que outros materiais.

Convecção
Da mesma forma que o metal, os líquidos e os gases são bons condutores de
calor. No entanto, eles transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é
denominada convecção. Esse é um processo que consiste na movimentação de
partes do fluido dentro do próprio fluido. Por exemplo, vamos considerar uma
vasilha que contenha água à temperatura inicial de 4°C. Sabemos que a água
acima de 4ºC se expande, então ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama,
a parte de baixo da água se expandirá, tendo sua densidade diminuída e,
assim, de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá. A parte mais fria e
mais densa descerá, formando-se, então, as correntes de convecção. Como
exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu congelador na parte de
cima. O ar frio fica mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente,
sobe.

Irradiação
Podemos dizer que a irradiação térmica é o processo mais importante, pois
sem ela seria praticamente impossível haver vida na Terra. É por irradiação
que o calor liberado pelo Sol chega até a Terra. Outro fator importante é que
todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas eletromagnéticas,
cujas características e intensidade dependem do material de que é feito o
corpo e de sua temperatura. Portanto, o processo de emissão de ondas
eletromagnéticas é chamado de irradiação. A garrafa térmica é um bom
exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma garrafa de vidro com
paredes duplas, havendo quase vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão
de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa são espelhadas
para evitar a transmissão de calor por irradiação.

Radiação, condução e convecção


A transferência de calor de um corpo para outro pode ocorrer por
meio de três formas: radiação, condução e convecção.

O Sol aquece a Terra por meio do


processo de irradiação
O calor é um tipo de energia que pode ser transferido de um corpo
para o outro quando há diferença de temperatura entre eles. A
transferência de calor pode ocorrer de três formas: radiação, condução
e convecção.
A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é uma forma
de transferência de calor que ocorre por meio de ondas
eletromagnéticas. Como essas ondas podem propagar-se no vácuo,
não é necessário que haja contato entre os corpos para haver
transferência de calor. Todos os corpos emitem radiações térmicas
que são proporcionais à sua temperatura. Quanto maior a temperatura,
maior a quantidade de calor que o objeto irradia. Um exemplo desse
processo é o que acontece com a Terra, que, mesmo sem estar em
contato com o Sol, é aquecida por ele. Outro exemplo pode ser
observado na figura a seguir:

Podemos nos aquecer nas proximidades de uma lareira, sem ter contato direto com o fogo, graças ao processo de
condução do calor por irradiação

O calor também pode ser transferido de um meio para o outro por meio
da condução. Para entender melhor esse processo de transferência de
calor, imagine a seguinte situação: segurando uma barra de ferro em
uma das suas extremidades e colocando a outra ponta sobre uma
chama, ela começará a aquecer. Primeiramente, a parte que está sobre
o fogo terá sua temperatura elevada, pois a chama está transferindo
energia para a barra. As moléculas que a constituem começarão a ficar
agitadas e chocar-se-ão com as outras que não estão em contato com
o fogo. Essa agitação será transmitida de molécula para molécula até
que todo o objeto fique aquecido.

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É assim que ocorre a condução de calor, a energia propaga-se em
virtude da agitação molecular. Esse processo é mais eficiente em
materiais como os metais, que são bons condutores de calor. Isso
também explica o motivo das panelas serem feitas de metal.

As panelas são feitas de metal porque são os melhores condutores de calor por condução

Por fim, há a convecção, que é a forma de transferência de calor


comum para os gases e líquidos. O exemplo a seguir descreve como
acontece a convecção:

Ao colocar água para ferver, a parte que está próxima ao fogo será a
primeira a aquecer. Quando ela aquece, sofre expansão e fica menos
densa que a água da superfície, sendo assim, ela desloca-se para ficar
por cima, enquanto a parte mais fria e densa move-se para baixo. Esse
ciclo repete-se várias vezes e forma uma corrente de convecção, que é
ocasionada pela diferença entre as densidades, fazendo com que o
calor seja transferido para todo o líquido. Observe a figura:
Observe como se forma a corrente de convecção

Propagação de calor
Por Carla Reis Evangelista

Licenciatura em Física (UNESP, 2010)

Faça os exercícios!
Ouça este artigo:

Calor é definido como uma energia em trânsito. Nenhum


corpo pode ter calor, pois a partir do momento que a
energia terminou de ser transferida, já não é mais calor. O
que está no corpo depois de terminada a transmissão é a
energia interna dele mesmo.

Esta energia em trânsito tem um sentido único: é sempre


do corpo de maior temperatura para o de menor
temperatura. Assim, se em um dia frio você coloca suas
mãos em um metal com temperatura menor que a
temperatura de sua mão, a sensação de frio que você
sente é seu corpo perdendo energia, que está sendo
transferida para o metal. Do mesmo modo, quando
queimamos a mão, o objeto tocado perde energia,
esfriando, e esta energia é transferida para a mão,
esquentando-a.

A energia interna de um corpo é a soma de todas as suas


energias, ou seja, energia cinética, devido a agitação das
partículas no corpo, e a energia potencial, devido às forças
entre as partículas do corpo. O calor tem a característica
de mudar o estado da energia interna do corpo,
aumentando-a ou diminuindo-a.

É importante destacar que nem sempre o calor flui de um


corpo de energia interna maior para um de energia interna
menor. A obrigatoriedade do fluxo maior para o menor
ocorre somente com a temperatura. Um material metálico,
como uma tachinha, por exemplo, que em alta temperatura
(incandescente) é lançada num recipiente com água
morna. A energia interna da tachinha é menor que a da
água, mas mesmo assim o fluxo de calor sai da tachinha e
vai para a água devido a maior temperatura do metal.

Quanto maior for a massa do corpo, maior será a energia


no momento da transferência, pois há maior quantidade de
matéria, logo, mais energia interna do que em um material
com massa menor. Assim, a quantidade de calor que flui
depende também da quantidade de matéria do corpo e não
só da diferença de temperatura. Um exemplo é quando se
despeja um balde de água quente em um gelo e, em
paralelo, um copo de água quente em um gelo. No primeiro
caso o gelo derreterá mais rapidamente, pois há maior
quantidade de água.

Por ser uma forma de energia, o calor é medido em Joules


(Unidade usada no S.I.). Contudo, em alguns países, como
Estados Unidos, adota-se a caloria. Define-se caloria como
a quantidade necessária de calor para elevar a
temperatura de 1 grama de água em 1ºC. A relação entre
calorias e Joules é dada a seguir:

1 caloria = 4,184 J

A propagação de calor ocorre de três maneiras:

Conteúdo deste artigo


● Condução
● Convecção
● Radiação
● Exercícios e questões de vestibulares

Condução
Transferência de calor por meio da agitação de moléculas,
em um corpo ou entre mais corpos, desde que haja contato
entre eles. Por necessitar de um meio, não pode ocorrer no
vácuo. Neste processo, há um choque das partículas mais
energéticas com as menos energéticas, na vizinhança,
transferindo energia cinética.

Dissipador de calor de um computador. O calor é transferido do processador para o dissipador


por meio de barras de cobre. Esse processo ocorre por meio da condução térmica. Foto:
Zulashai / Shutterstock.com

Convecção
É o movimento de massas fluidas (gases, líquidos e
vapores) que trocam de posição até que haja um equilíbrio
térmico no ambiente. Não ocorre nos sólidos (massas
fluidas) nem no vácuo, pois necessita de um meio
material. Sempre a massa mais quente tende a subir (mais
leve) e a mais fria tende a descer (mais pesada). A rigor,
sabemos que a convecção não é bem um processo de
transferência de calor, visto que não há transferência de
energia de um corpo para o outro, mas apenas trocas de
posições das massas, entretanto, de forma geral é definida
neste contexto.

Correntes de convecção criadas na água de uma chaleira no fogão. Ilustração: Fouad A.


Saad / Shutterstock.com

Radiação
A transferência de calor é por meio de ondas
eletromagnéticas, que se propagam no vácuo,
predominando a radiação infravermelha como a que
transmite calor. Desta forma, não necessita de um meio
para ocorrer, podendo estar os corpos separados. Todo
corpo com temperatura maior que 0 K (zero kelvin, o zero
absoluto) pode emitir radiação, mesmo que imperceptível.

Equilíbrio térmico
Equilíbrio térmico é a situação obtida após dois ou mais corpos trocarem
calor e, então, alcançarem uma temperatura igual entre si.

Dois corpos em diferentes temperaturas trocam calor entre si até atingirem o equilíbrio
térmico.

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Equilíbrio térmico é a condição em que um corpo encontra-se na mesma


temperatura que suas vizinhanças. Observa-se que todos os corpos que se
encontram em temperaturas mais altas que seus vizinhos tendem a ceder-lhes
calor de forma espontânea até que ambos passem a apresentar a mesma
temperatura.

Veja também: Fundamentos da Termologia

Tópicos deste artigo


● 1 - Equilíbrio térmico e lei zero da Termodinâmica

● 2 - Calor e equilíbrio térmico

● 3 - Calor sensível

● 4 - Calor latente

● 5 - Fórmula de equilíbrio térmico

● 6 - Determinando a temperatura de equilíbrio térmico

● 7 - Experimento sobre equilíbrio térmico

● 8 - Equilíbrio térmico e vida na Terra

Equilíbrio térmico e lei zero da Termodinâmica


O equilíbrio térmico é o conceito central por trás da lei zero da
Termodinâmica. Tal lei estabelece que, no caso em que dois sistemas
termodinâmicos, A e B, encontrem-se em equilíbrio térmico com um terceiro
sistema termodinâmico, C, então, A e B também estarão em equilíbrio
térmico.

No equilíbrio térmico, as temperaturas finais de cada corpo devem ser iguais: TA = TB = TC

Confira o que estabelece o enunciado da lei zero da Termodinâmica:

“Se dois corpos encontrarem-se em equilíbrio térmico com um terceiro corpo, então, esses corpos estarão
em equilíbrio térmico entre si.”

Outra forma de entendermos o equilíbrio térmico é a partir da energia


interna dos corpos. A energia interna, ou simplesmente energia térmica, é
uma grandeza física diretamente proporcional à temperatura do corpo. Por
isso, caso haja corpos com diferentes temperaturas dentro do mesmo sistema
termodinâmico, eles estarão com diferentes módulos de energia interna e,
portanto, transferirão parte dessa energia entre si até que não haja nenhuma
diferença entre suas energias internas. Quer saber mais sobre o que é energia
interna e quais são as suas propriedades? Acesse o artigo: Energia interna.

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Calor e equilíbrio térmico


A transferência de calor sempre ocorre de forma espontânea, no sentido do
corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. Essa
transferência de energia em forma de calor pode ocorrer por meio de
processos como a condução, convecção e radiação.

● Condução: É a transferência de calor entre corpos que ocorre


especialmente em sólidos. Nesse tipo de condução, não ocorrem
transferências de massa. Esse tipo de transferência de calor explica
como ocorre o equilíbrio térmico em metais, por exemplo.
● Convecção: É uma transferência de calor que ocorre em fluidos. Nessa
modalidade de transferência de calor, há a transferência de massa, uma
vez que o fluido aquecido move-se, formando correntes de convecção
até que todo o fluido atinja o equilíbrio térmico.
● Radiação: É a transmissão de calor por meio de ondas
eletromagnéticas, portanto, esse processo ocorre mesmo que não haja
um meio físico entre o corpo e outro corpo em diferentes temperaturas.
O calor que é transferido, nesse caso, é o equivalente a ondas
eletromagnéticas de menor energia que a luz visível, tratando-se, dessa
forma, de radiações térmicas, localizadas na região do infravermelho.
Os dois líquidos da figura transferem calor entre si até que suas temperaturas fiquem iguais.

Quer saber mais sobre como ocorrem cada um dos processos de transferência
de calor? Acesse o artigo: Processos de propagação de calor.

Calor sensível
Quando há diferença de temperatura entre dois corpos, ou entre um corpo e
suas vizinhanças, haverá troca de calor entre eles de forma espontânea, de
modo que o corpo de temperatura mais elevada resfrie-se, e os corpos de
menor temperatura aqueçam-se até que todos atinjam a temperatura de
equilíbrio térmico.

A quantidade de calor que é trocada entre corpos que se encontram em


diferentes temperaturas é chamada de calor sensível e essa quantidade pode
ser calculada a partir da fórmula mostrada na figura abaixo:
Q – calor (cal ou J)

m – massa (g ou kg)

c - calor específico (cal/gºC ou J/kg.K)

ΔT – variação de temperatura (ºC ou K)

Na fórmula mostrada acima, é importante destacarmos a grandeza de nome


calor específico. Tal grandeza mede a quantidade de energia por massa que
alguma substância precisa ceder, ou absorver, para ter a sua temperatura
variada em 1ºC. No caso da água pura, por exemplo, e em condições normais
de pressão, para variarmos sua temperatura em 1ºC é necessário 1,0 caloria
para cada grama de água.

Assim, todas as substâncias que têm contato térmico estabelecido entre si


tendem a atingir a condição de equilíbrio térmico com o passar do tempo de
forma espontânea, no entanto, algumas necessitam de uma maior quantidade
de energia para tal e isso afeta diretamente a temperatura para atingir o
equilíbrio térmico.

Leia também: O que é temperatura?

Calor latente
É possível que durante as trocas de calor com suas vizinhanças, um corpo
apresente pressão, temperatura e volume que o levem a sofrer uma mudança
em seu estado físico. Essas mudanças ocorrem em temperatura constante
(para corpos compostos por uma única substância, sem impurezas), ou seja,
apesar de estarem recebendo ou cedendo calor para o meio externo, a
temperatura desses corpos não se altera.

Isso só é possível porque toda a energia trocada, nesse caso, está sendo usada
para alterar a conformação de suas moléculas. A partir do momento em que
se “vence” a barreira energética e todo o conteúdo do corpo encontra-se em
outro estado físico, o corpo continua a troca de calor com as vizinhanças, a
menos, é claro, que a sua temperatura seja igual à temperatura externa.

O calor latente pode ser calculado a partir da fórmula mostrada na figura


abaixo, confira:

Q – calor latente (cal ou J)

m – massa (g ou kg)

L – calor latente específico (cal/g ou J/kg)

Fórmula de equilíbrio térmico


Caso queiramos descobrir qual é a temperatura de equilíbrio de algum
sistema termodinâmico, é necessário que consideremos o sistema em questão
como um sistema isolado, isto é, devemos assumir que nenhuma quantidade
de calor seja trocada com as vizinhanças desse sistema.

A partir dessa condição, podemos dizer que toda a quantidade de calor


trocada, é trocada somente entre os corpos que constituem esse sistema,
desconsiderando as perdas de calor para as paredes do recipiente, por
exemplo. Nesse caso, dizemos que o recipiente tem capacidade térmica
desprezível, ou seja, ele não absorve nenhum calor.

Imagine a seguinte situação: em uma xícara de chá quente, de capacidade


térmica desprezível, despeja-se alguns cubos de gelo. Para determinarmos a
temperatura de equilíbrio térmico, além de conhecermos as condições iniciais
do sistema, devemos fazer algumas considerações:

● Toda a quantidade de calor que o chá quente ceder para o gelo será
absorvida integralmente por ele, uma vez que a xícara tem capacidade
térmica desprezível.
● Devemos desconsiderar as perdas de calor para o ar e para quaisquer
outras vizinhanças, de forma que essa xícara de chá possa ser entendida
como um sistema termodinâmico fechado.

Dessa forma, podemos estabelecer que toda a quantidade de calor recebida


pelo gelo foi cedida pelo chá quente, com isso, escrevemos nossa fórmula para
o cálculo do equilíbrio térmico:

QR – Calor recebido

QC – calor cedido

O calor cedido (QC), diz respeito à quantidade de calor que o chá quente
transferiu para os cubos de gelo nele inseridos. Já o calor recebido (Q R) é a
quantidade de calor que esses cubos de gelo receberam. Essa quantidade de
calor terá duas naturezas: calor sensível e calor latente, uma vez que, para
entrar em equilíbrio térmico, os cubos de gelo provavelmente derreterão.

Determinando a temperatura de equilíbrio térmico


Vamos determinar a temperatura de equilíbrio térmico da seguinte situação:

Uma xícara, de capacidade térmica desprezível, que contém 200 ml (200g) de


chá à temperatura inicial de 70 ºC, recebe 10g de gelo à temperatura de -10
ºC. Determine a temperatura de equilíbrio térmico do sistema (considere que
o calor específico do chá seja igual ao calor específico da água):

Dados:

cÁGUA = 1,0 cal/gºC

cGELO = 0,5 cal/gºC


LGELO = 80 cal/g

Primeiramente, consideramos que todo o calor recebido pelo gelo foi cedido
pelo chá:

Em seguida, é necessário detalharmos quais foram as formas de calor cedidas


e recebidas:

● Chá: O chá cedeu somente calor sensível (QS), já que o seu estado físico
não sofreu mudanças.
● Gelo: O gelo estava inicialmente a -10 ºC, por isso, recebeu calor
sensível (QS) até a temperatura de 0 ºC, em seguida, recebeu calor
latente (QL) para liquefazer-se. Após tornar-se líquido, recebeu calor
latente (QS) até entrar em equilíbrio térmico (TF) com o chá.

Traduzindo o que foi analisado acima na forma de equação, teremos o


seguinte cálculo para resolver:

Substituindo os dados fornecidos pelo exercício na equação encontrada acima,


teremos que resolver o seguinte cálculo:
De acordo com o cálculo feito acima, a temperatura de equilíbrio do sistema
chá+gelo, deve ser de aproximadamente 70,4 ºC.

Experimento sobre equilíbrio térmico


Para testarmos o equilíbrio térmico entre dois corpos, podemos realizar
diversos experimentos. O mais simples deles, entretanto, envolve o uso de um
calorímetro e um termômetro. O calorímetro é um recipiente adiabático (que
não permite a passagem de calor), de capacidade térmica aproximadamente
desprezível, como um pote revestido com isopor, por exemplo, que é um bom
isolante térmico.
O calorímetro é usado para medir a variação de temperatura do sistema em seu interior.

Equilíbrio térmico e vida na Terra


O equilíbrio térmico tem um papel fundamental na vida terrestre. Sem a
presença dos gases estufa na atmosfera terrestre, grande parte da radiação
térmica do planeta o deixaria, propagando-se para o espaço. Com o passar do
tempo, isso causaria um grande resfriamento em todo o planeta, fazendo com
que os oceanos congelassem-se com o passar do tempo.

Além disso, os oceanos têm um papel fundamental no equilíbrio térmico do


planeta. Em virtude de sua grande massa e calor específico, os oceanos são
dotados de uma enorme capacidade térmica, isto é, precisam receber enormes
quantidades de calor para ter a sua temperatura alterada. Por esse motivo,
são capazes de regular de maneira muito eficiente a temperatura do planeta.
Regiões distantes dos oceanos e com pouca água costumam apresentar
grandes amplitudes térmicas, como no caso dos desertos, que são
extremamente quentes durante o dia e congelantes durante a noite.

Portanto, o equilíbrio térmico é um processo de fundamental importância


para a manutenção dos processos físicos, químicos e biológicos do planeta e,
dessa maneira, imprescindível para a existência da vida na Terra.

Equilíbrio térmico
Equilíbrio térmico é a situação na qual dois ou mais corpos passam
a apresentar a mesma temperatura após a transferência de calor.
Quand
o os corpos da figura estiverem na mesma temperatura, eles estarão em equilíbrio
térmico.
Equilíbrio térmico é uma condição termodinâmica na qual dois ou mais
corpos encontram-se à mesma temperatura. Essa condição é atingida
espontaneamente, uma vez que corpos em temperaturas diferentes
trocam calor entre si até que suas temperaturas equilibrem-se. Além
disso, o calor sempre flui dos corpos mais quentes para os corpos de
menor temperatura.

Veja também: Cinco coisas que você deve saber sobre o calor

Princípio

O princípio físico que explica o equilíbrio térmico é chamado Lei Zero


da Termodinâmica. Confira o enunciado dessa lei, de forma
simplificada:
”Consideremos dois objetos A e B. Se um terceiro objeto T está em equilíbrio
térmico com A e também em equilíbrio térmico com B, então A e B estão em
equilíbrio entre si.“

A figura a seguir ilustra o princípio físico do equilíbrio térmico. Se os


corpos A, de temperatura TA, e B, de temperatura T B, estiverem em
equilíbrio térmico com o corpo C, de temperatura T C, então: TA = TB =
TC .

Quando dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro corpo, eles estarão em
equilíbrio entre si.

Calor e equilíbrio térmico

O equilíbrio térmico ocorre quando os componentes de um sistema


termodinâmico transferem calor entre si, sempre no sentido do corpo
mais quente para o corpo mais frio, até que sua temperatura seja
equilibrada.

Para que ocorra o equilíbrio térmico, é necessário que os corpos


estejam em contato térmico. O contato térmico é caracterizado pela
capacidade que os corpos têm de trocar calor entre si. Esse calor, por
sua vez, tanto pode ser do tipo latente quanto do tipo sensível. Caso
queira saber mais sobre essas formas de calor, acesse: Calor sensível
e Calor latente.

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→ Fórmula

Em decorrência da conservação da energia, podemos dizer que, em um


sistema termodinâmico fechado (que não troca calor com suas
vizinhanças), todo o calor que é cedido por um corpo é integralmente
absorvido pelos demais. Dessa forma, podemos equacionar a seguinte
identidade:

QR — calor recebido

QC — calor cedido

A identidade anterior pode ser generalizada, com isso podemos afirmar


que a soma de todas as quantidades de calor transferidas entre os
corpos, em meios termodinamicamente fechados, é nula:

Equilíbrio térmico da Terra

O equilíbrio térmico da Terra é fundamental para a nossa existência e a


de outras espécies. Sem a ocorrência desse fenômeno, a Terra não
abrigaria as condições necessárias para a manutenção da vida. Em
razão da sua alta capacidade de reflexão da luz, os mares e as nuvens
refletem parte da radiação solar, enquanto o restante dessa radiação
penetra a atmosfera terrestre, aquecendo o planeta.

Em razão da presença dos gases do efeito estufa (dióxido de carbono,


metano, óxido nitroso), a radiação solar é continuamente refletida para
a superfície da Terra, propagando a radiação térmica em todo o globo
terrestre. Grande parte dessa radiação térmica também é consumida
como forma de calor latente, derretendo o gelo presente nas nuvens.
Sem esse balanço de energias, a amplitude térmica em nosso planeta
seria enorme: teríamos dias escaldantes e noites extremamente frias.
O balanço da energia na Terra depende da absorção e reflexão da radiação solar.

Apesar de serem responsáveis pelo equilíbrio térmico do planeta, os


gases do efeito estufa são isolantes térmicos e agem como retentores
de calor. Isso quer dizer que grande parte do calor que deveria escapar
para fora da atmosfera terrestre, permanece na Terra, causando
crescentes aumentos em sua temperatura média.

Quais são os tipos de energia e suas fontes?


Em todo trabalho, pelo menos um dos tipos de energia opera para
que a atividade ocorra da maneira mais prática possível. Isso quer
dizer que a energia é, basicamente, a principal responsável pela
produção de tarefas em nosso cotidiano.
Portanto, se você ainda não conhece as seis formas de geração de
energia, apresentaremos, neste artigo, cada uma delas com seus
exemplos e maneiras de aproveitamento.

O que é energia?
A energia pode se manifestar de diversas formas, mas sua principal
definição parte da sua capacidade de produzir trabalho. Partindo
dessa produção de ações, entendemos a funcionalidade e as formas
em que a energia pode ser encontrada, por exemplo, em fontes de
calor, de movimento, de eletricidade, entre outras.

Segundo o princípio de Lavoisier, a energia não tem um início e um


fim. Ela se converte e se manifesta de formas diferentes, dependendo
da interferência realizada. Por exemplo, na energia solar, as placas
fotovoltaicas convertem os raios solares em energia elétrica.

Assim como ocorre com o movimento da queda d'água nas


hidrelétricas, o movimento da energia mecânica é convertido em
energia elétrica.

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Quais são os tipos de energia?
Existem dois principais tipos de fonte de energia: as provenientes de
fontes renováveis e as que vêm de fontes não renováveis.

As fontes não renováveis são aquelas que são finitas. É o caso, por
exemplo, da energia gerada por combustíveis fósseis, como o carvão
e o petróleo.

Já as fontes renováveis são aquelas que não têm fim. Essas são
chamadas também de energia limpa, já que contam com a capacidade
de reposição natural de seus recursos, como a luz do sol, que gera a
energia solar, e os ventos, que geram a energia eólica.

Os tipos de energia existentes são: energia mecânica, térmica,


elétrica, química, atômica e cinética, os quais são responsáveis por
realizar trabalhos, movimentos e gerar energia elétrica.

Continue a leitura para ficar por dentro da importância das fontes de


energia para o nosso dia a dia.

● Energia mecânica
● Energia térmica
● Energia elétrica
● Energia química
● Energia atômica
● Energia cinética

Energia mecânica
Por meio do movimento, a energia mecânica é um dos tipos de
energia que se relaciona à produção de trabalho. Nela, ainda existem
algumas categorias específicas, como a energia cinética e a energia
potencial, a qual se diferencia em duas subcategorias, a gravitacional
e a elástica.

No caso da energia cinética, seu trabalho, quando associado à


energia acondicionada em um corpo em uma posição, é visto como
potencial. Ou seja, qualquer corpo em movimento é capaz de produzir
energia cinética, uma vez que a categoria está associada à velocidade
do corpo em cinesia e à sua massa. Ela é calculada pela fórmula:
Ec = m.v²/2

Ec = energia cinética, em Joule (J);

m = massa do corpo;

v = velocidade do movimento, em m/s.

Enquanto isso, a energia potencial determina o trabalho com base no


movimento ocasionado, uma vez que um objeto pode se movimentar
para cima ou para baixo quando comandado por uma pessoa. Sendo
assim, o potencial de energia é definido como gravitacional, em que o
objeto sofre influência da gravidade, ou elástica, quando um objeto
está relacionado à força realizada sobre ele.

Energia térmica
Relacionada ao calor e às altas temperaturas, a energia térmica é
originada a partir da energia cinética, tendo em vista a movimentação
de partículas e moléculas de um determinado corpo. Portanto,
podemos dizer que, quanto maior a cinesia dessas partículas, maior
será o grau de temperatura, tornando mais forte a energia térmica
liberada.

Um dos exemplos mais utilizados sobre energia térmica é o ferro de


passar roupas, que transforma a energia elétrica em térmica para
realizar uma ação cotidiana. Além disso, a termodinâmica estabelece
que, ao encontrar dois corpos com temperaturas similares, espera-se
que suas temperaturas se igualem após um determinado período.
Energia elétrica

Cada vez mais indispensável em nosso dia a dia, a energia elétrica


torna possível o funcionamento de aparelhos eletrônicos e
eletrodomésticos, além de suprir o abastecimento de residências,
comércios, empresas, indústrias e todos os sistemas públicos de
iluminação.
Tradicionalmente, e ainda na maior parte hoje em dia, a geração da
energia elétrica tem origem nas grandes usinas, com destaque para
as hidrelétricas e termelétricas no Brasil. Essas usinas utilizam
diferentes processos mecânicos e químicos para produzir a
eletricidade que, depois, é enviada pelas linhas de transmissão de
alta potência até os centros urbanos e o consumidor final.

Desde 2012, com o início da Geração Distribuída (GD), a produção de


energia elétrica também passou a ser feita pelos próprios
consumidores, que podem instalar geradores para suprir o próprio
consumo de suas casas ou empresas.

Hoje, já mais de um milhão de brasileiros produzindo a sua própria


energia elétrica no Brasil, a maioria deles através dos sistemas
fotovoltaicos.

Saiba mais: Como é possível obter energia elétrica | Compra de


energia elétrica no mercado livre

Energia química

A energia química é um tipo de energia liberada a partir da quebra de


ligações químicas, ficando contida em determinadas matérias. Ela
também pode ser considerada uma energia potencial, pois é
necessário realizar uma interferência forte sobre a matéria, a fim de
alterar a condição dessas ligações, para que a energia seja
produzida.

A energia química é mais comum do que muitas pessoas pensam e é


muito fácil encontrar exemplos dessa fonte de energia, uma vez que
ela está em todas as coisas existentes no globo. O corpo dos seres
humanos é um grande exemplo disso.

Podemos ainda apontar como exemplos as baterias e os motores de


automóveis, que transformam energia química em energia elétrica e
mecânica, respectivamente. Outros exemplos de energia química são
o processo de fotossíntese das plantas, a energia nuclear ou mesmo
a queima de uma fogueira.

As reações que liberam a energia química podem ser classificadas


entre dois tipos: as endotérmicas, que absorvem calor para produzir
a energia química, e as exotérmicas, que liberam energia em forma de
calor.

Energia atômica

A energia atômica, também conhecida como nuclear, é a energia


produzida por meio da fissão (divisão) do núcleo atômico de certos
tipos de elementos radioativos, especialmente o urânio. Essa reação
libera grandes quantidades de calor e pode ser aproveitada na
produção de uma energia não renovável.
Como recurso energético, a energia nuclear é gerada em usinas
termonucleares, como as usinas Angra 1 e 2 no Brasil. Outra
utilização da energia nuclear está na indústria bélica para a
construção de armamento nucleares. A própria energia do sol que
recebemos como luz e calor é proveniente de reações nucleares que
acontecem em seu núcleo.

Energia cinética
A energia cinética é relacionada diretamente ao movimento dos
corpos. Por exemplo, quanto maior a velocidade de um corpo, maior
é a energia cinética que ele possui.

A equação abaixo define matematicamente a energia cinética. Nela, a


energia cinética (Ec) é equivalente à massa do elemento (m),
multiplicada pela velocidade em que ele se encontra (v), elevada ao
quadrado. O resultado desta multiplicação, dividido por 2, é o valor
da energia cinética.

● Ec = m.v² / 2.

Saiba mais sobre energia solar


Agora que você já conhece os tipos de energia presentes no Brasil e
no mundo, também pode aprender sobre uma fonte de energia em
ascensão e de grande importância: a energia solar.

A energia solar é uma energia alternativa, renovável e sustentável que


funciona utilizando o sol como fonte de energia e pode ser
aproveitada e utilizada por diferentes tecnologias, como aquecimento
solar, energia solar fotovoltaica e energia heliotérmica.

Saiba como migrar para o mercado livre de energia.

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Fontes de energia
Fontes de energia são opções energéticas com origens diversas. Dividem-se em
fontes renováveis, como a energia solar, e fontes não renováveis, como os
combustíveis fósseis.

Fontes de energia são recursos naturais ou artificiais que possibilitam a produção de


energia.

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As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela
sociedade para produção de algum tipo de energia. A energia, por sua vez, é
utilizada para propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir
eletricidade para os mais diversos fins.

As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois,


dependendo das formas de utilização dos recursos energéticos, graves
impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.

Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia


podem ser classificadas em renováveis e não renováveis.

Tópicos deste artigo


● 1 - Fontes renováveis de energia
● 2 - Mapa Mental: Fontes Alternativas de Energia
○ → Energia solar
○ → Energia hidrelétrica
○ → Biomassa
○ → Energia das marés (maremotriz)
● 3 - Fontes não renováveis de energia
○ → Combustíveis fósseis
○ → Energia nuclear (atômica)

● 4 - Vantagens e desvantagens do uso de fontes de energia

● 5 - Fontes de energia no Brasil

● 6 - Exercícios sobre fontes de energia

Fontes renováveis de energia


As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que
possuem a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa
que todas elas sejam inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz solar,
são permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, dependendo da
forma como são usadas pelo ser humano. Vale lembrar que nem toda fonte
renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de
impactos ambientais em larga escala.

→ Energia eólica
O vento é um recurso energético renovável e, portanto, inesgotável. Em
algumas regiões do planeta, sua frequência e intensidade são suficientes para
geração de eletricidade por meio de equipamentos específicos para essa
função. Basicamente, os ventos ativam as turbinas dos aerogeradores, fazendo
com que os geradores convertam a energia mecânica produzida em energia
elétrica.

Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto


custo de seus equipamentos. Todavia, alguns países, como Estados Unidos,
China e Alemanha, já vêm adotando esse recurso substancialmente. As
principais vantagens dessa fonte de energia são a não emissão de poluentes na
atmosfera e os baixos impactos ambientais.

Mapa Mental: Fontes Alternativas de Energia


*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

→ Energia solar
A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e
aquecer a água para uso. É também uma fonte inesgotável de energia, haja
vista que o Sol – ao menos na sua configuração atual – existirá por bilhões de
anos.

Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a


térmica. Na primeira forma, são utilizadas células específicas que empregam o
“efeito fotoelétrico” para produzir eletricidade. A segunda forma, por sua vez,
utiliza o aquecimento da água tanto para uso direto quanto para geração de
vapor, que atuará em processos de ativação de geradores de energia. É
importante lembrar que podem ser utilizados também outros tipos de
líquidos.
Em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada.
Todavia, seu aproveitamento vem crescendo gradativamente, tanto com a
instalação de placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos
quanto com a construção de usinas solares especificamente voltadas para a
geração de energia elétrica.

Leia mais: Aquecimento da água por meio da energia solar

→ Energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para
movimentação das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte
de energia elétrica, ao lado das termoelétricas, haja vista o grande potencial
que o país possui em termos de disponibilidade de rios propícios para a
geração de hidreletricidade.

Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para


represamento da água que será utilizada no processo de geração de
eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável é que as barragens sejam
construídas em rios que apresentem desníveis em seus terrenos a fim de
diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação
dessas usinas em rios de planalto, embora também seja possível instalá-las em
rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores.

→ Biomassa
A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem
orgânica para produção de energia. Ocorre por meio da combustão de
materiais como lenha, bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos
florestais e até excrementos de animais. É considerada uma fonte de energia
renovável, porque o dióxido de carbono produzido durante a queima é
utilizado pela própria vegetação na realização da fotossíntese. Isso significa
que, desde que seja controlado, seu uso é sustentável por não alterar a
macrocomposição da atmosfera terrestre.

Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa,


pois também são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para
geração de combustíveis. O exemplo mais conhecido é o etanol produzido da
cana-de-açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais
distintos, como a mamona, o milho e muitos outros.

→ Energia das marés (maremotriz)


A energia das marés – ou maremotriz – é o aproveitamento da subida e da
descida das marés para produção de energia elétrica. Funciona de forma
relativamente semelhante a de uma barragem comum. Além das barragens,
são construídas eclusas e diques que permitem a entrada e a saída de água
durante as cheias e as baixas das marés, propiciando a movimentação das
turbinas.

As fontes renováveis de energia são recursos energéticos que se regeneram a curto prazo.

Fontes não renováveis de energia


As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em
um futuro relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o
petróleo, possuem seu esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o
que eleva o caráter estratégico desses elementos.
→ Combustíveis fósseis
A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o
deslocamento de veículos quanto para a produção de eletricidade em estações
termoelétricas. Os três tipos principais são petróleo, carvão mineral e gás
natural, mas existem muitos outros, como a nafta e o xisto betuminoso.

Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas


pela humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia,
cerca de 81,63% de toda a matriz energética global advém dos três principais
combustíveis fósseis citados acima. Essas fontes representam 56,8% da matriz
energética brasileira. Assim, muitos países dependem da exportação desses
produtos, enquanto outros tomam medidas geopolíticas para consegui-los.

Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se


aos altos índices de poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos
apontam que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito
estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global.

→ Energia nuclear (atômica)


Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de
eletricidade ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se
transforma em vapor e ativa os geradores. Nas usinas nucleares, o calor é
gerado em reatores a partir da fissão nuclear do urânio-235, um material
altamente radioativo.

Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que outras estações


semelhantes, como as termoelétricas, são alvo de muitas polêmicas, pois o
vazamento do lixo nuclear produzido e a ocorrência de acidentes podem gerar
graves impactos e muitas mortes. No entanto, com a emergência da questão
sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo reconsiderado por muitos
países.

Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens. No momento,


não há nenhuma fonte que se apresente absolutamente mais viável que as
demais. Algumas são baratas e abundantes, mas geram graves impactos
ambientais; outras são limpas e sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O
mais aconselhável é que exista, nos diferentes territórios, uma diversidade nas
matrizes energéticas para que se atenuem os problemas. No entanto, isso não
acontece no Brasil e em boa parte dos demais países.

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Saiba mais: Quais são os riscos da geração de energia nuclear?

As fontes não renováveis de energia, como os combustíveis fósseis, correspondem aos recursos
energéticos que podem esgotar-se na natureza.

Vantagens e desvantagens do uso de fontes de energia


1. Fontes renováveis
Fonte de
Vantagem Desvantagem
energia

A instalação de
É considerada uma fonte aerogeradores eólicos
Energia eólica limpa por não emitir gases provoca modificação na
poluentes à atmosfera. paisagem e prejudica a rota
imigratória de aves.

O aproveitamento desse tipo


É uma fonte de energia
de energia ainda requer
limpa, abundante em
Energia solar avanços tecnológicos que
diversas áreas e apresenta
viabilizem economicamente
bom custo-benefício.
seu uso.

Provoca danos ambientais,


É uma fonte de energia
impactando a biodiversidade
Energia limpa, com baixo custo
e a população residente no
hidrelétrica operacional e renovação a
local de construção das
curto prazo.
usinas.

Seu uso pode impactar os


recursos hídricos em virtude
É uma fonte de energia da demanda de água
pouco poluente cujos utilizada. Pode provocar
Biomassa
recursos são renováveis a também aumento do
curto prazo. desmatamento para
destinação de áreas para
agricultura.
É considerada uma fonte de
Para que seu uso seja
Energia das energia limpa por agredir
viabilizado economicamente,
marés minimamente o meio
requer avanços tecnológicos.
ambiente.

2. Fontes não renováveis

Fonte de
Vantagem Desvantagem
energia

Possuem alta eficiência O uso intenso desse tipo de


energética: sua queima fonte de energia tem
libera grandes quantidades provocado redução relevante
de energia. Apresenta dos reservatórios. A queima
Combustíveis facilidade na localização de desses combustíveis libera
fósseis reservatórios, na extração e gases poluentes à atmosfera,
no processamento. Por isso, levando à danificação da
são mais baratos do que as camada de ozônio e à
fontes alternativas de intensificação o aquecimento
energia. global.

O uso dessa fonte de energia É uma energia cara em


não libera gases de efeito relação às outras fontes
Energia
estufa e não depende de energéticas. Seu uso
nuclear
fatores climáticos para apresenta alto potencial de
viabilizar seu uso. risco de acidentes nucleares.
As diferentes fontes de energia, tanto as renováveis como as não renováveis, apresentam vantagens e
desvantagens.

Fontes de energia no Brasil


Cerca de 42% da produção da matriz energética brasileira é proveniente de
fontes renováveis de energia, como uso de biomassa, etanol, recursos hídricos,
energia solar e energia eólica. Sendo assim, a matriz energética brasileira é
mais renovável que a matriz mundial, que se baseia, principalmente, no uso de
combustíveis fósseis para produção de energia. Dessa forma, pode-se dizer
que, se comparado aos outros países, o Brasil emite menos gases de efeito
estufa.

Existem, hoje, no Brasil, 536 usinas eólicas, nas quais funcionam cerca de 6,6
mil cataventos, número que coloca o Brasil como líder na América Latina
nesse tipo de produção de energia. Contudo, a principal fonte de energia do
Brasil ainda é proveniente das usinas hidrelétricas, que representam,
aproximadamente, 64% do potencial elétrico do país. A produção de energia
proveniente do uso de biomassa corresponde a cerca de 9,2% da matriz
energética brasileira, já a eólica representa em torno de 8,5% da matriz.

Leia também: A distribuição de energia elétrica no Brasil


Tipos de Energia

Lana Magalhães

Professora de Biologia

A energia é responsável pela produção de trabalho, portanto, qualquer coisa


que esteja trabalhando possui energia. Feita essa consideração, os mais
importantes tipos de energia que existem são:

● mecânica (movimento)

● térmica (calor)

● elétrica (potencial elétrico)

● química (reações químicas)

● nuclear (desintegração do núcleo)

Importância da Energia
Hoje em dia, seria impossível pensar num mundo sem o uso da energia
elétrica, seja para ligar computadores, tomar banho, iluminar, aquecer.

Com o passar dos anos, o ser humano foi aprimorando as teorias bem como a
metodologia para expandir o uso e acesso de energia no mundo. Assim, o uso
de aparelhos eletrônicos tem aumentado consideravelmente como as
máquinas, os celulares, computadores, aquecedores, ventiladores, etc.
Assim, muitos recursos renováveis e não renováveis são utilizados a fim de
produzir energia, como é o caso das usinas (hidrelétricas, nucleares,
termoelétricas). Elas adquirem o produto bruto na natureza e o transforma
em energia para suprir muitas das necessidades humanas.

Contudo, esse processo de geração de energia, muitas vezes é degradante para


os homens e o meio ambiente. Isso porque muitas usinas lançam gases e
resíduos tóxicos na atmosfera acarretando diversos problemas como a
contaminação das águas, do ar, da terra, a proliferação de doenças, dentre
outros.

Veja também: Trabalho na Física

Fontes de Energia
Há muitas maneiras de adquirir energia, por meio das fontes renováveis
(energia limpa) ou não renováveis (energia suja).

Nesse ínterim, vale lembrar que as fontes renováveis de energia não cessam e
se renovam na natureza.

Por outro lado, as fontes não renováveis causam diversos problemas


ambientais. Com o aumento do uso da energia na atualidade, essa exploração
gerou diversos problemas ambientais irreversíveis, como a perda de habitat,
ecossistemas, espécies, degradação do meio ambiente.

Importante ressaltar que as fontes de energia primária, são encontradas na


natureza como o sol, o vento, a água, o carvão, o gás e o petróleo dentre
outras. Elas são transformadas em fontes de energia secundária por meio das
usinas hidrelétricas, termoelétricas, refinarias, etc.

Leia também:
● Fontes de Energia

● Energia Renovável

● Energia Não Renovável

Fontes Renováveis
As fontes renováveis se regeneram na natureza e, por isso, não causam
problemas ambientais e não se esgotam. São fontes de energia mais
aconselhadas uma vez que não geram poluentes para o meio ambiente. São
elas:

● Energia Hidráulica: obtida pela força da água dos rios.

● Energia Solar: obtida pela energia do sol.

● Energia Eólica: obtida pela força dos ventos.

● Energia Geotérmica: obtida pelo calor do interior da terra.

● Biomassa: obtida de matérias orgânicas.

● Energia Gravitacional: obtida pela força das ondas dos oceanos.

● Energia do Hidrogênio: obtido do hidrogênio.

Fontes Não Renováveis


Por sua vez, as fontes não renováveis de energia causam diversos problemas
ambientais se não consumida de maneira racional. Seu uso pode implicar em
desequilíbrios no ecossistema na medida em que seus recursos se esgotam. São
elas:

● Combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral, xisto e gás natural.

● Energia Nuclear: obtido a partir de elementos como o urânio e tório.


TIPOS DE ENERGIA

Postado por Joseane Rosa em 29/05/2019 e atualizado pela última vez em 13/12/2021

São as formas de executar trabalho através de fontes presentes na natureza

Existem na natureza cinco tipos de energia: mecânica, térmica, elétrica, química e


radiante. Eles são responsáveis por produzir trabalho, realizar movimento, além de
enviar luz para casas e prédios.

Entenda agora os conceitos que envolvem cada um desses tipos de energia e descubra
como eles são utilizados no dia a dia.

Energia mecânica

A energia mecânica é um dos tipos de energia que está associada à capacidade de


produção de trabalho. Quando relacionado ao movimento é denominado de energia
cinética e quando correlacionada à energia armazenada em um corpo em determinada
posição, então é classificado como potencial.

Energia cinética
Qualquer tipo de corpo em movimento consegue realizar trabalho e produzir energia
cinética. Desta forma, essa energia está relacionada à massa e a velocidade do corpo em
movimento. A quantidade de energia cinética presente em um objeto pode ser calculada
pela fórmula seguinte:

Ec = mv² / 2

Onde,

Ec: energia cinética, dada em Joule (j);

m: massa do corpo;

v: velocidade do movimento, dada em m/s.

Energia potencial

É a capacidade que determinado corpo tem de realizar trabalho a partir do momento


em que for provocado. Uma bola, por exemplo, realiza movimento para baixo quando
alguém a solta e deixa cair.
Essa energia pode ainda ser dividida em:

• Gravitacional: energia de um objeto que está sofrendo influência da gravidade. Um


bloco suspenso por um fio, por exemplo.

• Elástica: está relacionada com força que uma mola realiza sobre um objeto. Assim, a
energia potencial elástica é aquela armazenada por meio da deformação de uma mola.

Energia térmica

É a forma de energia que está relacionada com a temperatura e calor. Quanto maior for
a temperatura de um objeto, maior será também sua energia térmica. O ferro de
passar, por exemplo, transforma energia elétrica em energia térmica e assim é possível
desamassar as roupas.

Segundo a termodinâmica (área de pesquisa que estuda essa energia), quando dois
corpos de temperaturas diferentes estão próximos, a tendência é que a temperatura se
igualem depois de transcorrido certo tempo. Dois tipos de usinas que transformam esse
tipo de energia são a termoelétricas e a solar.

Energia elétrica
A energia elétrica é um dos tipos de energia mais utilizadas no mundo atualmente. Ela é
a base do sistema produtivo e capaz de gerar a eletricidade que abastece as casas, ruas e
comércios. A maior parte dessa energia é gerada em usinas hidrelétrica e termoelétrica.

A energia elétrica é criada tanto por meio de transformações químicas quanto por
mecânicas. Ela é modificada por meio de geradores e transportada em uma complexa
rede de transmissão de alta potência que faz a eletricidade chegar ao usuário final.

Energia química

É a forma de energia armazenada nas ligações químicas do átomo de uma matéria. Para
que ocorra esse tipo de energia é necessário que a matéria passe por uma interferência
muito forte. As pilhas, lâmpadas e automóveis são bons exemplos dessa energia. Em
todos os casos, ela é transformada em outro tipo. Na lâmpada e pilha torna-se elétrica e
no veículo em cinética.
Um dos tipos de energia Mais utilizado na atualidade é a elétrica. (Imagem:
Pixabay)

Energia radiante

Energia radiante é um dos tipos de energia menos conhecida, apesar de ser parte do dia
a dia. É classificada como a radiação eletromagnética que se propaga em todas as
direções a partir de uma fonte. Ela aparece em forma de luz, calor ou raios e pode
atravessar objetos e até espaços vazios. As ondas eletromagnéticas se movimentam no
vácuo a uma velocidade de 300.000 km/s. Nos meios matérias, entretanto, elas se
propagam de maneira mais lenta.

Tipos de energia renováveis

Como atualmente existe a tendência de produção de energia renovável, outros tipos de


energia têm sido explorados para que sejam transformadas em energia elétrica.
Conheça três delas abaixo:

• Solar: é a energia gerada por meio da luz do sol e do calor produzido por ele. Existem
diversas tecnologias para o aproveitamento dessa fonte, alguns exemplos são a do
aquecimento solar, fotovoltaica, heliotérmica e arquitetura solar. O Brasil tem
desenvolvido projetos com esse tipo de energia;

• Eólica: é a captação do movimento dos ventos para que sejam transformados em


energia. Para isso, uma enorme torre com três hélices é instalada em terrenos para
captar e transformar energia cinética em elétrica. O nordeste brasileiro se destaca no
cenário internacional com esse tipo de energia.

• Geotérmica: é a energia presente no interior da Terra. Ela é aproveitada por meio das
águas termais e do vapor gerado em algumas regiões terrestres.

Fontes de energia
Fontes de energias são recursos naturais usados pelos seres humanos
para criação de energia geralmente usada nas atividades do dia a dia.
Essas energias podem ser renováveis, quando os recursos usados não
acabam com o uso, e não renováveis, que acabam com o uso e são
consideradas combustíveis fósseis. As energias renováveis são
provenientes da água, do Sol, do vento, da biomassa etc. Já as não
renováveis são o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.

O Brasil faz uso dessas energias, tanto as não renováveis, como o


petróleo e gás natural, quanto as limpas, como a elétrica, eólica, solar,
entre outras. Essas fontes de energia apresentam diversas vantagens e
desvantagens. Elas podem ser limpas, ou seja, não destruir ou
impactar o meio ambiente, e até mesmo renovar-se com seu uso. No
quesito desvantagens, cita-se o valor inicial de investimento, que, na
grande maioria da vezes, é de alto custo.

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Leia também: Quais as diferenças entre carvão mineral e carvão


vegetal?

Tipos de fontes de energia

As fontes de energia são recursos naturais utilizados pelos seres


humanos para a criação de energia. Essa energia é utilizada em
atividades do cotidiano ligadas à vida humana, como a eletricidade
usada em:
● moradia
● fábricas
● comércio
● energia nas indústrias
● veículos, entre outros

As fontes de energia podem ser de dois tipos: renováveis e não


renováveis. As energias renováveis ou energia limpa são aquelas que
se renovam naturalmente no meio ambiente, podemos citar a energia
produzida por:

● vento
● Sol
● água, para energia hidrelétrica e maremotriz
● biomassa
● geotérmica

Essas energias não são produzidas pelos seres humanos, e sim pelo
próprio planeta Terra.

Energia
s solar e eólica são consideradas limpas e renováveis.
Por outro lado, temos as energias não renováveis, que recebem esse
nome porque não se renovam no meio ambiente, elas são bastante
conhecidas e usadas no dia a dia, são elas:

● petróleo
● carvão mineral
● gás natural
● energia nuclear

O
petróleo é uma fonte de energia não renovável.

Fontes renováveis de energia

As fontes renováveis de energia são aqueles recursos naturais que não


se esgotam com seu uso, ou seja, renovam-se ao longo do tempo
naturalmente. As energias renováveis são consideradas limpas por não
serem poluentes e causarem poucos impactos ambientais. Em alguns
casos, esses impactos são pequenos, e, em outros, não há impacto no
meio ambiente, como no caso da produção de energia solar e eólica.

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Algumas dessas fontes são permanentes, como o vento ou a luz solar,
outras podem acabar, dependendo de como são usadas diariamente,
como a água.

● Energia eólica: é gerada pela ação do vento. A força dos ventos


movimenta turbinas de aerogeradores, que, por sua vez, fazem
com que a energia mecânica seja convertida em energia
elétrica.
● Energia solar: é produzida pela captação dos raios solares,
através de painéis fotovoltaicos, que convertem o calor em
energia elétrica, e painéis térmicos, que utilizam o calor solar
para aquecer a água.
● Energia hidrelétrica: é criada pela força da água dos rios, que
movimentam as turbinas para a geração de eletricidade. É
comum em regiões de rica hidrografia e relevo de planaltos.
● Energia maremotriz (mar): é adquirida por meio da construção
de turbinas nos mares, que são movimentadas pela força da
água, e assim gera-se a energia elétrica.
● Biomassa: é adquirida pela queima de substâncias de origem
orgânica, ocorre com a combustão de lenha, bagaço de cana,
resíduos agrícolas e excrementos animais. Os biocombustíveis
são considerados biomassa por serem produzidos com base
em vegetais de origem orgânica, como a cana-de-açúcar (caso
específico do etanol).
● Energia geotérmica: é o aproveitamento do calor do interior da
Terra. O calor da Terra é transformado em eletricidade, nas
usinas geotérmicas ou geotermais.

Leia mais sobre essas importantes fontes energéticas em: Fontes


renováveis de energia.

Fontes não renováveis de energia

As fontes não renováveis de energia são aquelas que não se renovam


rapidamente no meio ambiente, sendo consideradas combustíveis
fósseis, ou seja, seu uso é altamente poluente e causa grandes
impactos no meio ambiente.
As energias não renováveis são provenientes de reações químicas
naturais, realizadas no interior da crosta terrestre, exclusivamente em
rochas sedimentares, e são provenientes de matéria orgânica, por isso
recebem o nome de combustíveis fósseis. São elas o petróleo, o
carvão mineral e o gás natural. Esses elementos demoraram centenas
de milhares de anos para ser produzidos.

Eles são utilizados na indústria por sua alta capacidade de combustão,


como o carvão mineral, cuja queima gera energia para a produção de
bens industrializados. O petróleo, por sua vez, é mais usado como
combustível dos veículos automotivos e matéria-prima de diversos
tipos de indústrias. Já o gás natural é usado como combustível de
veículo e também no meio doméstico, com o gás de cozinha.

A energia nuclear é adquirida pela quebra ou fissão do núcleo atômico,


em usinas nucleares. Essa energia não se renova, pois um núcleo
quebrado não retorna ao seu estado original. Outro fator que devemos
considerar é a alta radioatividade liberada após a quebra do núcleo,
isso, além de ser altamente nocivo à saúde de qualquer ser vivo, pode
promover acidentes graves, como explosão de usinas nucleares (caso
de Chernobyl).

Fontes de energia no Brasil

O consumo de energia no Brasil representa 2% do consumo mundial, e


a nossa principal matriz energética é a hidrelétrica. Atualmente, cerca
de 90% da energia consumida no Brasil são provenientes das
hidrelétricas. Hoje o país possui 433 hidrelétricas em funcionamento, e
sua capacidade instalada de hidroeletricidade é de cerca de 70.000
megawatts (MW, milhões de watts). 23 dessas usinas hidrelétricas têm
capacidade maior do que 1.000 MW, representando mais de 70% da
capacidade total instalada.

O país também conta com outras fontes de energia em


desenvolvimento, como a produção de energia eólica, bastante
desenvolvida no Nordeste do Brasil, com destaque para:

● Rio Grande do Norte (4.066 MW e 151 usinas)


● Bahia (3.951 MW e 153 usinas)
● Ceará (2.045 MW e 79 parques)

O Brasil também é considerado autossuficiente em petróleo, desde a


descoberta do pré-sal, explorado pela Petrobrás, empresa estatal
responsável por sua extração, refino e distribuição. As principais
bacias petrolíferas são:

● Bacia de Campos, a maior do Brasil


● Bacia de Santos
● Bacia do Espírito Santo
● Bacia do Recôncavo Baiano

Os biocombustíveis mais utilizados no país são: o etanol (álcool), o


biogás e o biodiesel. Apesar de serem considerados energias limpas,
impactam o meio ambiente com o plantio de produtos que são a base
da sua produção, como a cana-de-açúcar, usada na produção do
etanol. O Brasil é hoje um dos maiores produtores mundiais de etanol
e faz uso do produto nas suas frotas automotivas.

Acesse também: Matriz energética brasileira – conjunto de recursos


energéticos usados no Brasil
O
bioetanol é produzido com base na cana-de-açúcar.[1]

Vantagens e desvantagens das fontes de energia

O uso das energias renováveis e não renováveis apresenta diversas


vantagens e desvantagens do ponto de vista ambiental, econômico e
social. Vamos conhecer um pouco delas.

Vantagens das energias renováveis:

● Podem ser consideradas inesgotáveis em relação aos


combustíveis fósseis;
● Seu impacto ambiental é menor do que o provocado pelas
fontes de energia com origem nos combustíveis fósseis
(carvão, petróleo e gás);
● Oferecem menos riscos à saúde do que a energia nuclear;
● Permitem reduzir as emissões de CO2, contribuem para a
diminuição do aquecimento global;
● Promovem menor dependência energética em relação aos
combustíveis fósseis;
● Conferem autonomia energética a um país, uma vez que a sua
utilização não depende da importação de combustíveis fósseis.

Já as desvantagens das fontes de energia são:

● Combustíveis fósseis são altamente poluentes e figuram entre


as principais causas do aquecimento global;
● Custos elevados de investimento e infraestruturas apropriadas;
● Energia da biomassa: a combustão da biomassa não é limpa,
libera gases do efeito estufa;
● Energia hidrelétrica: causa área de alagamento, afeta
populações ribeirinhas e microambientes;
● Energia solar: os custos iniciais são muito elevados;
● Energia das ondas: possível somente em região litorânea;
● Energia eólica: custo inicial das turbinas é muito elevado e
muito barulho é produzido.

Transformação das fontes de energia

As fontes de energia são encontradas na natureza, e para tornarem-se


consumíveis, precisam passar pelo processo de transformação. Esse
processo exige trabalho, tecnologias e técnicas modernas para que
possamos fazer uso do recurso.

A água, enquanto fonte de energia, é transformada em energia por


meio das hidrelétricas e usinas de energia maremotriz, que, com a
força da substância, fazem as turbinas movimentarem-se, gerando a
eletricidade. Fato semelhante acontece com a energia solar, pois
utiliza-se painéis fotovoltaicos e térmicos para captação do calor e
temperatura, e assim transformá-lo em energia.

No caso da biomassa, usa-se qualquer matéria orgânica (como cana,


bagaço de cana, mamona etc.) para queima ou produção de energia ou
subproduto usado como combustível ou energia.

Nas refinarias de petróleo, o produto natural é transformado em


gasolina, diesel, e outros subprodutos, como óleo, para uso nas
indústrias e no dia a dia. Nas usinas termoelétricas, realiza-se a queima
do carvão mineral e do petróleo para a produção de energia, e nas
coquerias, o carvão mineral é transformado em coque, produto
empregado para aquecer altos fornos da siderurgia e de indústrias.

Resumo sobre as fontes de energia

● Fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados


pelos seres humanos para a criação de energia.
● Fontes renováveis são aquelas consideradas energia limpa,
que se renova naturalmente no meio ambiente. Ex: solar,
eólica, maremotriz e geotérmica.
● Energias renováveis ou energias limpas causam pouco ou
nenhum impacto ambiental.
● Fontes não renováveis são as energias que não se renovam na
natureza e são consideradas poluentes. Ex: petróleo, gás
natural e carvão mineral.
● A energia nuclear é considerada não renovável por ser
altamente poluente e radioativa.
● Energias não renováveis são altamente poluentes.
● A energia proveniente das hidrelétricas (água) representa 90%
do consumo no Brasil.

Transformação de energia
A transformação de energia acontece quando a energia passa
de uma forma para outra.

Transformação de energia
Uma frase muito famosa de Antoine Lavoisier é: “na natureza, nada se perde,

nada se cria, tudo se transforma”. O cientista disse tal frase para se referir à

transformação de energia, que é a mudança de energia de uma forma para

outra. A seguir, confira mais detalhes sobre essa teoria, além de exemplos,

videoaulas e exercícios resolvidos!

Índice do conteúdo:

● O que é
● Exemplos e tipos
● Videoaulas

O que é transformação de energia

A transformação de energia é o fenômeno físico no qual a energia passa de

uma forma para outra. Esse processo acontece o tempo todo. Por exemplo, ao

bater palmas, você transforma a energia mecânica do movimento de suas

mãos em energia sonora e térmica.

Relacionadas

Energia hidráulica
A energia hidráulica é a principal matriz energética do Brasil. Porém, apesar

de ser uma fonte renovável, ela causa diversos impactos ambientais e sociais.

Energia potencial gravitacional

Podemos encontrar exemplos da utilização da energia potencial gravitacional

em várias coisas do nosso cotidiano. Levantar o martelo para bater em um

prego é um belo exemplo disso.

Energia Nuclear

Apesar de auxiliar no aumento da produção de energia esse meio é

considerado muito perigoso.

A transformação de energia é um conceito muito comum nas Ciências da

Natureza. O fato de a energia ser transformada possibilita a existência de

diversas coisas do nosso cotidiano. Desde o carro – que transforma a energia

química da combustão da gasolina em energia mecânica – até uma lâmpada –

que transforma a energia elétrica em energia luminosa e energia térmica.

Exemplos e tipos de transformação de

energia
É impossível listar todas as transformações de energia existentes. Isso

acontece porque toda energia conhecida é transformada de alguma forma.

Assim, em última instância, pode-se dizer que toda a energia do universo é

conservada. Em seguida, confira algumas transformações energéticas comuns

no dia a dia.

Motores a combustão

Os motores a combustão, como os que estão presentes na maioria dos carros

atuais, transformam energia térmica em energia mecânica. Ou seja, a energia

térmica surge a partir da combustão de gasolina, etanol ou diesel. Isso faz com

que os pistões do motor se movimentem e transfiram o movimento para as

rodas.

Termoelétrica

É a transformação de energia térmica em energia elétrica. Portanto, essa

transformação acontece, geralmente, em usinas que usam a queima de carvão

como fonte geradora.

Baterias
As baterias transformam a energia química em energia elétrica. Assim, a

transformação acontece em pilhas comuns, baterias de celular ou

computador, células de energia para carros elétricos etc.

Microfone

Os microfones transformam a energia sonora em energia elétrica. Existem

diversos tipos de microfones e, consequentemente, a tecnologia que

transforma a energia também é diferente.

Caixas de som

É a transformação de energia elétrica em energia sonora. Essa transformação

é o caminho inverso do que acontece no microfone. Isto é, energia elétrica é

enviada para o alto-falante e, então, é transformada em energia sonora a

partir da vibração da membrana.

Energia cinética e energia potencial

Quando um objeto está a uma certa altura do solo, ele tem energia potencial.

Ao se movimentar em direção ao solo, o objeto transforma a energia potencial

em energia cinética.

Além dessas transformações de energia, existem diversas outras. Como nas

usinas hidrelétricas, na ATP do organismo humano, entre outras.


Vídeos sobre transformação de energia

Como são inúmeras as transformações de energia, veja os vídeos selecionados

a seguir, os quais tratam de forma mais detalhada algumas delas.

Energia mecânica e sistemas conservativos

Marcelo Boaro explica como ocorre a conservação da energia mecânica em

sistemas conservativos. Além disso, ao fim do vídeo, o professor resolve um

exercício de aplicação sobre o conteúdo.]

Energia
Energia é uma grandeza física medida em joules que é obtida quando

realizamos trabalho. A energia é uma quantidade que se conserva, isto é, não

pode ser criada ou destruída.


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Energia é uma palavra usada nos mais variados contextos, no entanto, no

âmbito da Física, designa a capacidade de realizar trabalho. A energia é

expressa em muitas formas – cinética, potencial, química, entre outras –, mas,

essencialmente, trata-se de uma grandeza física abstrata, relacionada com o


movimento e que não pode ser criada ou destruída, mas somente

transformada, mediante a aplicação de uma força.

Veja também: Forças fundamentais da natureza

Tópicos deste artigo


● 1 - Energia na Física

● 2 - Quais são os tipos de energia?

● 3 - Fórmulas de energia

Energia na Física
A energia é um conceito bastante complexo e, apesar de falarmos sobre ela o

tempo todo, não a compreendemos formalmente, uma vez que a definição de

energia envolve outro conceito físico: trabalho. Teoricamente e de forma

simplificada, o trabalho é toda ação que é feita contra uma força, como a

força gravitacional.

O conhecimento sobre a energia é muito vasto e engloba diversas áreas do

conhecimento. Essa interdisciplinaridade pode ser percebida quando

analisamos a ação simples de agirmos contra a gravidade.


Quando agachamos e levantamos uma caixa do chão, estamos transformando

energia. Essa energia, que foi transferida para a caixa em forma de energia

potencial gravitacional, foi exercida por uma força externa, gerada a partir da

contração de um grande número de fibras musculares. Essa contração ocorre

quando há passagem de corrente elétrica, que é originada em células

especializadas. Essas células, por sua vez, só conseguem produzir corrente

quando obtêm energia das ligações químicas presentes nos alimentos, que,

quando rompidas, liberam calorias.

Diante da complexidade da energia, nos limitaremos ao que é energia para a

Física: Energia é uma grandeza física escalar, cuja unidade de medida, de

acordo com o SI, é o joule. A energia é definida a partir do trabalho. Quando

exercemos trabalho sobre um corpo, esse corpo está trocando energia conosco.

O trabalho é, portanto, a transformação ou transferência da energia que

ocorre a um corpo que é submetido a aplicação de uma força externa.


A energia é definida como a capacidade de realizar trabalho.

O trabalho de uma força de módulo constante pode ser calculado como um

produto interno entre força e distância. Trata-se, portanto, da projeção da

força sobre a distância, ou seja, no trabalho, só se leva em conta a distância

que é percorrida na direção da força. Veja a seguir a fórmula usada para o

cálculo do trabalho:

τ – trabalho (J – joule)

F – força (N – newton)
d – distância (m – metro)

θ – ângulo entre força e distância

Quando um trabalho é exercido sobre um corpo, esse corpo sofre acréscimos

ou decréscimos na quantidade de energia nele contida, e isso se manifesta

como variações de energia cinética ou potencial. Lembre-se de que, como foi

dito, o trabalho consiste em uma forma de se transferir energia, logo, essa

energia não foi criada, mas transformada.

Veja também: Trabalho: conceito e formas de determiná-lo

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Quais são os tipos de energia?


Uma vez que existem diversas forças na natureza, também existem muitas

formas de energia, mas todas têm relação direta com o movimento. Confira

alguns exemplos de formas de energia:

● Energia cinética: é a energia associada ao movimento, tudo que se move

e tem massa apresenta energia cinética. Essa energia é diretamente

proporcional ao quadrado da velocidade em que os corpos se movem.

● Energia potencial: é aquela que depende da posição do corpo. Existem

muitas formas de energia potencial, como a energia potencial


gravitacional, a energia potencial elétrica, a energia potencial elástica,

entre outras.

● Energia mecânica: é a soma da energia cinética com as energias

potenciais de qualquer sistema físico. Nos sistemas físicos conservativos

nos quais não há atrito, a energia mecânica é conservada.

● Energia térmica: é aquela contida em corpos que estejam acima da

temperatura do zero absoluto. Quando a energia térmica é transferida

entre corpos, ela passa a ser chamada de calor.

● Energia química: é a forma de energia encontrada nas ligações

químicas e pode ser obtida a partir da queima dos combustíveis, como

gasolina, álcool etc. Fundamentalmente, trata-se de uma energia de

natureza elétrica, já que as ligações químicas resultam de interações

elétricas.

● Energia elétrica: a energia potencial elétrica, conhecida simplesmente

como energia elétrica, é aquela que se obtém a partir da interação entre

cargas elétricas, separadas a uma certa distância uma das outras.

● Energia nuclear: é a energia que é obtida a partir da fissão dos núcleos

atômicos. Essa energia resulta da interação entre prótons e nêutrons,

que são atraídos por um tipo de força fundamental da natureza

conhecido como força nuclear forte. Saiba mais sobre o assunto

acessando nosso artigo: Física nuclear.

Veja também: Sete dicas de “ouro” para um estudo da Física mais efetivo
Fórmulas de energia
Existem fórmulas que são usadas para calcular cada uma das diferentes

formas de energia. Vamos conferir quais são elas e o que significa cada uma

de suas variáveis:

→ Fórmula da energia cinética


A fórmula da energia cinética é tal que essa energia equivale ao produto entre

a massa e o quadrado da velocidade dividido por 2, como mostramos a seguir:

m – massa (kg)

v – velocidade (m/s)

→ Fórmula da energia potencial gravitacional


A fórmula da energia potencial gravitacional estabelece que essa forma de

energia potencial é igual ao produto entre três grandezas: massa, aceleração

da gravidade e altura:

→ Fórmula da energia potencial elástica


A fórmula da energia potencial elástica é igual ao produto entre a constante

elástica e o quadrado da deformação da mola dividido por 2. Observe:

k – constante elástica (N/m)

x – deformação da mola (m)

→ Fórmula da energia potencial elétrica


A fórmula da energia potencial elétrica é igual ao produto entre três

grandezas (o módulo das duas cargas elétricas, Q 1 e Q2, e uma constante de

proporcionalidade, k0) dividido pela distância entre as cargas:

k0 – constante eletrostática do vácuo (Nm²/C²)

Q1 e Q2 – módulos das cargas elétricas

d – distância (m)
Como funciona uma usina hidrelétrica

Uma usina hidrelétrica transforma a energia cinética em energia elétrica,

devido ao movimento das águas dentro das turbinas. Essa maneira de gerar

energia é uma das que menos causa danos ao meio ambiente. Todavia, a

construção de uma usina hidrelétrica tem grandes impactos na fauna e na

flora locais.

Transformação de energia mecânica em energia


elétrica

A transformação da energia mecânica em energia elétrica é o princípio de

funcionamento de várias usinas geradoras. Por exemplo, usinas hidrelétricas e

eólicas. Nesse vídeo, há um experimento que ilustra tal fenômeno. Confira!

Para entender melhor a transformação da energia, você também pode

aprender mais sobre a energia mecânica. Bons estudos!

Potência elétrica - Cálculo do consumo de energia elétrica Paulo


Augusto Bisquolo, Especial para a Página 3 Pedagogia &
Comunicação Muitas vezes, na propaganda de certos produtos de
eletrônicos, destaca-se a sua potência. Podemos citar como
exemplos os aparelhos de som, os chuveiros e as fontes dos
microcomputadores. Sabemos que esses aparelhos necessitam de
energia elétrica para funcionar. Ao receberem essa energia elétrica,
eles a transformam em outra forma de energia. No caso do chuveiro,
por exemplo, a energia elétrica é transformada em energia térmica.
Quanto mais energia for transformada em um menor intervalo de
Energia
Energia é uma grandeza física que se conserva, isto é, a quantidade
total de energia nunca muda. Em termos diferentes, entende-se que
energia é a capacidade de realizar trabalho. Existem diversas formas
de energia intercambiáveis entre si, ou seja, que podem transformar-se
umas nas outras. Apesar disso, quando transformada, a energia pode
sofrer degradações em razão da entropia, tornando-se menos útil a
cada transformação.

No âmbito da física no Ensino Médio, algumas formas de energia são


mais estudadas que outras, como:

● Energia cinética
● Energia mecânica
● Energia potencial gravitacional
● Energia potencial elástica
● Energia térmica
● Energia elétrica
● Energia nuclear

Veja também: Ondas eletromagnéticas - definição, fórmulas e


principais características

O que é energia para a física?

O significado de energia para a física é bastante abstrato: trata-se de


uma quantidade que sempre é conservada, ou seja, que nunca muda,
independentemente de qual seja o fenômeno estudado.

Para que um corpo possa realizar trabalho ou, ainda, mudar de


temperatura, é preciso que algum corpo transfira parte de sua própria
energia para ele. Essa energia transferida entre corpos pode sofrer
transformações, e, por isso, pode ser expressa de muitas formas:
potencial, cinética, térmica, elétrica, química, nuclear e outras.
De acordo com o SI, a unidade de medida da energia é joule (J). Por
definição, 1 joule é a quantidade de energia que precisa ser transferida
para que um objeto mova-se um metro contra a ação de uma força
externa de 1 N. Além do joule, existem outras unidades de medida de
energia, como a caloria.

A caloria é a energia necessária para que, em condições normais de


pressão (1 atm), 1 g de água sofra um aquecimento de 1 ºC. A relação
quantitativa entre as unidades joule e caloria foi aferida, pela primeira
vez, pelo físico James Prescott Joule (1818-1889). De acordo com as
descobertas de Joule, a equivalência mecânica do calor é tal que 1
joule equivale a 4,1 cal.

Como mencionado, um corpo dotado de energia é capaz de realizar


trabalho, isto é, tem a capacidade de produzir movimento contra a ação
de alguma força externa. Um exemplo disso é quando nos movemos
contra a ação da força da gravidade — ao fazê-lo, adquirimos energia
potencial gravitacional. Essa energia adquirida, entretanto, não foi
criada do nada: ela foi transformada, já que, para movermo-nos contra
a gravidade, nosso corpo consumiu certa quantidade de energia no
processo. Entenda, a seguir, qual é a relação entre o trabalho e a
energia.

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Formas de energia

Existem muitas formas de energia, por isso, neste tópico listaremos as


mais importantes e descreveremos suas principais características,
confira:

● Energia cinética: todo corpo que se move é dotado de energia


cinética. Essa forma de energia depende do quadrado da
velocidade com que o corpo move-se e é proporcional à sua
massa.
● Energia mecânica: é definida como a soma da energia cinética
com todas as formas de energia potencial de um sistema físico.
Quando não há forças dissipativas, a energia mecânica é
conservada.
● Energia potencial gravitacional: quando um corpo está
posicionado a alguma altura em relação ao solo, ele apresenta
energia potencial gravitacional. Essa forma de energia está
relacionada à massa, à gravidade e à altura do corpo em
relação ao chão.

A
energia pode expressar-se de diferentes formas.
● Energia potencial elástica: todo corpo que tende a retornar ao
seu formato original após ter sido deformado apresenta uma
quantidade de energia potencial elástica. Essa energia depende
do quadrado da deformação do corpo.
● Energia elétrica: é o nome popular usado para designar a
energia potencial elétrica. A atração entre cargas dá origem a
ela. Essa energia depende do produto entre as cargas e é
inversamente proporcional à distância que as separa.
● Energia térmica: é a soma da energia cinética das partículas de
um corpo. Essa energia é diretamente relacionada à
temperatura absoluta do corpo, medida em kelvin. Além disso,
a transferência de energia térmica entre corpos é chamada
calor.
● Energia nuclear: tem origem nas forças atrativas que mantêm o
núcleo atômico coeso. Quando o núcleo dos átomos é
desintegrado, ele emite energia em forma de radiação
corpuscular e ondulatória.

Caso tenha maior curiosidade sobre o tema deste tópico, leia nosso
texto: Formas de energia.

Relação entre trabalho e energia

Trabalho e energia são grandezas de mesma dimensão, ou seja, ambas


são medidas em joules. O trabalho pode ser calculado pelo produto
interno entre os vetores força e deslocamento. Portanto, a componente
da força que é paralela à direção da distância percorrida pelo corpo
contribui para a realização do trabalho, enquanto a componente
perpendicular não promove qualquer realização de trabalho.

Em vermelho, vemos a
projeção da força sobre a distância, que equivale ao trabalho realizado.
Em outras palavras, a parte da força que aponta na direção do
deslocamento do corpo promove a transferência de energia para esse
corpo. A figura a seguir traz a fórmula usada para calcular o trabalho
realizado pela aplicação de uma força, confira:

F – força (N)

d – distância (m)
θ – ângulo entre força e trabalho (º)

Além da definição anteriormente exposta, sabemos que a realização de


trabalho sobre um corpo promove uma variação de energia cinética.
Essa variação é determinada pelo teorema do trabalho e da energia
cinética, mostrado a seguir:

ECF e Eci – Energias cinética final e inicial

De acordo com esse teorema, a realização de um trabalho equivale à


mudança da energia cinética, calculada pela diferença entre a energia
cinética final e inicial.

Veja também: Corrente elétrica – como calculá-la e quais são suas


principais propriedades

Conservação da energia

Como foi dito, a energia é uma grandeza que é conservada, ou seja, a


quantidade total de energia em um sistema fechado é mantida
constante, no entanto, também é verdade que a energia sofre
transformações e passa a expressar-se de outras formas.

Imagine um sistema em que um skate é colocado para oscilar em uma


pista de formato côncavo. Com o passar do tempo, o movimento do
skate cessará, já que toda a energia cinética e potencial gravitacional
associada a ele é gradativamente convertida em energia térmica,
graças à ação das forças de atrito entre os rolamentos e também entre
as rodas do skate e o chão.

Apesar de a energia mecânica do skate ter sido reduzida, a energia


total associada a ele ainda foi mantida constante: se somássemos toda
a quantidade de energia térmica produzida durante a oscilação dele,
descobriríamos que não ocorre “perda de energia”.
Apesar de não ter ocorrido perda, dizemos que a energia mecânica que
foi transformada em energia térmica trata-se de uma energia dissipada,
mas dizemos isso porque, depois de ter sido transformada em energia
térmica, a energia mecânica não poderá ser revertida para sua natureza
original, pelo menos não integralmente. É como se a energia tivesse
perdido qualidade e agora não fosse tão útil quanto antes. O fenômeno
que explica a degradação da energia é conhecido como entropia.

Graças ao fenômeno da entropia, descrito pela 2ª lei da termodinâmica,


não é possível que qualquer sistema físico opere por tempo indefinido.
De acordo com essa premissa, nenhuma máquina pode obter um
rendimento de 100%. Em outras palavras, o moto-contínuo, também
conhecido como motor perpétuo, não existe.

Veja os tipos de transformação de energia e exemplos do


dia a dia
Saiba mais sobre as transformações energéticas que ocorrem na geração de
energia solar, eólica, nuclear, nas hidrelétricas e na criação de biogás, e veja
exercícios resolvidos!
Pense rápido: quantos tipos de energia você conhece? No Blog do Enem, por exemplo,
você encontra posts sobre energia potencial gravitacional, a energia cinética, solar,
eólica e a energia elástica. Mas quantas são as fontes de transformação de energia
disponíveis na natureza, ou criadas pela engenhosidade humana? Confira tudo nesta
aula de Física para o Enem!

Sumário Ocultar

1 Quais são os tipos de transformação de energia

2 Energia solar

3 Energia nuclear

4 Energia eólica
5 Biogás

6 Transformações de energia no dia a dia

7 Exercícios resolvidos sobre transformação de energia

8 Exercícios sobre transformação de energia

Quais são os tipos de transformação de energia


Lembrando que energia é a capacidade de um corpo de realizar trabalho, você
conseguiu chegar a quantos tipos de energia? Provavelmente, o primeiro tipo de energia
que veio a sua cabeça foi a elétrica, não é mesmo?

Isso acontece porque esta é a forma de energia mais utilizada no mundo e ela nasce por
meio de diferentes transformações energéticas.

Na imagem, por exemplo, as pás de uma usina eólica transformam a força do vento em
energia elétrica.

Energia solar
O nome é autoexplicativo: energia solar é o tipo de energia originária do sol. O que nós,
terráqueos, chamamos de energia solar é a conversão da energia que chega até à Terra,
e que no Sol é fruto de uma fusão nuclear. Assim, o que fazemos aqui é a sua conversão
para energia elétrica.
O Sol, você já sabe, é uma fonte de energia nuclear que vai funcionar ainda por bilhões
de anos. No Sol ocorre uma fusão nuclear permanente com átomos de hidrogênio que se
‘fundem’ no núcleo do sol.

A cada quatro átomos de hidrogênio, se forma um átomo de hélio. Nesse processo


ocorre uma liberação de energia. No conjunto, o Sol libera constantemente energia
nuclear que chega à Terra na forma de luz e calor.

Aqui na Terra coletamos esta energia do sol em painéis com várias células fotovoltaicas
responsáveis pela transformação de energia.

Veja na imagem em seguida o telhado de uma casa equipado com painéis de células
fotovoltaicas para captação de energia solar e conversão em energia elétrica.

Nesses painéis fotovoltaicos a energia solar é transformada em energia elétrica. Uma de


suas principais vantagens é não causar danos ambientais diretos.

Outras formas de captação da energia solar


Mas há métodos mais simples de captar a energia do sol. Por exemplo: se você enrolar
metros e metros de mangueira preta expostos ao sol, a cor escura ‘absorve’ a energia na
forma de calor, que pode esquentar a água no interior da mangueira.

Além disso, é possível concentrar a energia solar através de um jogo de espelhos e, com
isso, apontar o foco de calor para uma caldeira. No ensino fundamental é frequente a
experiência de pegar uma lupa e concentrar os raios do sol através da lente para
queimar pedaços de papel. Todas essas são formas de uso da energia solar.

Aula Gratuita sobre Energia Solar


Para saber mais sobre ela, assista ao vídeo abaixo:
Como Energia Solar é Convertida em Eletricidade? | Ep. 29

Energia nuclear
O uso que nós fazemos da energia nuclear está consolidado na produção de eletricidade
pelas usinas nucleares. Nelas ocorrem vários processos físico-químicos que transformam
a energia nuclear em energia elétrica.

Quer saber como as transformações energéticas ocorrem no interior das usinas


nucleares e nos reatores de água fervente e pressurizada? Confira o vídeo abaixo!

Como a Energia Nuclear Funciona? | Ep. 45

Energia eólica
Há um velho ditado popular que diz assim: quem conseguir engarrafar o vento, fica
rico. Pois então, isto já é possível pelo uso dos geradores eólicos. A energia eólica nada
mais é do que captar a energia do ar em movimento.

Ou seja, é a transformação da energia do vento em energia elétrica por meio de


aerogeradores. Assim como a energia solar, ela também não causa danos ao meio
ambiente.

Para saber como funcionam os aerogeradores e o potencial energético eólico brasileiro,


confira o vídeo abaixo:

Você sabe como funciona a Energia Eólica?

Biogás
Este combustível é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos por
bactérias. Ele é gasoso e composto por metano, dióxido de carbono e contém traços de
outros gases. No processo de obtenção do biogás, há diferentes transformações
energéticas.

A energia química do gás é convertida em energia mecânica por meio de um processo de


combustão. Depois, a energia mecânica gerada ativa um gerador que fornece a energia
elétrica. Para saber mais detalhes desse processo, confira o vídeo abaixo:

Transformações energéticas oriundas da energia elétrica


● Energia térmica: ao passar roupas, secar o cabelo ou tomar uma ducha, a
energia elétrica é transformada em energia térmica.
● Energia luminosa: a iluminação dos ambientes é feita devido à transformação de
energia elétrica em luminosa no interior das lâmpadas.

Transformações de energia no dia a dia


Vamos fazer um teste com alguns eletrodomésticos da sua casa? O foco será na cozinha.
Abaixo indicaremos dois objetos e gostaríamos que você fizesse uma lista com todas as
transformações energéticas que ocorrem no funcionamento deles:

Fogão: Leve em conta as transformações de energia desde o gás até os movimentos que
ocorrem na água durante o preparo dos alimentos.

Liquidificador: A energia vem da rede elétrica e sofre algumas transformações durante


o funcionamento do liquidificador. O som também é uma forma de energia cinética
porque se dá através do deslocamento do ar.

O que mais podemos listar?

Exercícios resolvidos sobre transformação de energia

Cálculo do consumo de energia elétrica


O cálculo de energia elétrica é feito com base na potência do aparelho, em
quilowatt-hora, e no tempo em que o aparelho permanece ligado, em horas.

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O cálculo da energia elétrica consumida pelos aparelhos eletrodomésticos


pode ser feito com base na potência e no tempo em que cada um desses
aparelhos permanece ligado, de modo que a energia elétrica consumida seja
calculada em quilowatt-hora (kWh). Saber calcular o consumo de energia é de
grande importância para um uso consciente da energia elétrica. Além disso,
esse é um assunto bastante popular nas provas do Enem.

Veja também: Dicas que te ajudarão a estudar Física para fazer a prova do
Enem

Tópicos deste artigo


● 1 - Como fazer o cálculo do consumo de energia

● 2 - Exercícios sobre o consumo de energia elétrica

Como fazer o cálculo do consumo de energia


Para calcularmos o consumo da energia elétrica, basta sabermos qual é a
potência do aparelho, bem como o tempo em que esse aparelho funciona. A
fórmula que usamos para calcular o consumo da energia elétrica é a seguinte:

P – potência (kW)

Δt – intervalo de tempo de uso (h)


Essa fórmula mostra que o consumo de energia elétrica, que é medido kWh,
pode ser calculado pelo produto entre a potência (em kW), que geralmente é
informada no aparelho, e o intervalo de tempo de funcionamento desse
aparelho (em horas).

A energia elétrica é distribuída por meio de fios condutores sustentados por postes.

Como exemplo de cálculo, faremos uma estimativa de qual é o consumo de


energia elétrica de um chuveiro convencional. Para tanto, vamos considerar
um chuveiro de 4500 W (4,5 kW) que é utilizado 1,5 h (1h e 30 minutos) por
dia, durante 30 dias:

O cálculo feito acima indica que esse chuveiro consome cerca de 202,5 kWh
por mês. Para sabermos o impacto desse consumo no preço da conta de luz, é
necessário verificar qual é a média do preço do kWh em sua fatura de energia
elétrica, uma vez que esse valor muda de acordo com a região do Brasil.
Vamos utilizar aqui o valor de R$ 0,70 por kWh. Acompanhe:

O resultado obtido nos fornece uma ideia do consumo mensal de energia por
um chuveiro elétrico, que é um dos maiores vilões do consumo elétrico mensal.
Algumas estratégias podem ser utilizadas para minimizar os gastos com os
banhos, como reduzir o seu tempo de duração, utilizar o chuveiro em
temperaturas mais baixas ou, ainda, utilizar outras formas de aquecimento de
água, como o gás ou o aquecimento solar.

Veja também: Dicas para economia de energia elétrica

Consumo de energia
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar, como por exemplo, o
computador de onde você lê esse texto, consome uma quantidade de energia
elétrica.

Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo


de utilização dele, por exemplo, se quisermos saber quanta energia gasta um
chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos, seu consumo de energia será:

Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste
caso, já que o cálculo acima se refere a apenas um banho de 15 minutos,
imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com 4 moradores que tomam
banho de 15 minutos todos os dias no mês.

Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática
podemos definir outra unidade de medida, que embora não seja adotada no SI,
é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).

Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade


consideremos sua potência em kW e o tempo de uso em horas, então
teremos:

O mais interessante em adotar esta unidade é que, se soubermos o preço


cobrado por kWh, podemos calcular quanto será gasta em dinheiro por este
consumo.

Por exemplo:

Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa


de 0,300710 R$/kWh, então o consumo do chuveiro elétrico de 5500W ligado
durante 15 minutos será:

Se considerarmos o caso da família de 4 pessoas que utiliza o chuveiro


diariamente durante 15 minutos, o custo mensal da energia gasta por ele será:

Segunda lei de Ohm


Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência elétrica de um
condutor, conforme cita seu enunciado:
A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é
proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua
construção, e é inversamente proporcional à área de sua secção transversal.
Em alguns materiais também depende de sua temperatura.

Sendo expressa por:

Onde:

ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.

ℓ= largura do condutor

A= área da secção transversal.

Como a unidade de resistência elétrica é o ohm (Ω), então a unidade adotada


pelo SI para a resistividade é .

Capacitores
Em circuitos eletrônicos alguns componentes necessitam que haja
alimentação em corrente contínua, enquanto a fonte está ligada em corrente
alternada. A resolução deste problema é um dos exemplos da utilidade de um
capacitor.

Este equipamento é capaz de armazenar energia potencial elétrica durante um


intervalo de tempo, ele é construído utilizando um campo elétrico uniforme.
Um capacitor é composto por duas peças condutoras, chamadas armaduras e
um material isolante com propriedades específicas chamado dielétrico.

Para que haja um campo elétrico uniforme é necessário que haja uma
interação específica, limitando os possíveis formatos geométricos de um
capacitor, assim alguns exemplos de capacitores são:

Capacitores planos
Capacitores cilíndricos

Ímãs e magnetos
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à
sua volta e pode ser natural ou artificial.

Um ímã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por


exemplo, a magnetita, e um ímã artificial é feito de um material sem
propriedades magnéticas, mas que pode adquirir permanente ou
instantaneamente características de um ímã natural.

Os ímãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou


eletroímãs.

● Um ímã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades


magnéticas mesmo após cessar o processo de imantação, estes
materiais são chamados ferromagnéticos.
● Um ímã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se
encontra sob ação de outro campo magnético, os materiais que
possibilitam este tipo de processo são chamados paramagnéticos.
● Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde
circula corrente elétrica e um núcleo, normalmente de ferro. Suas
características dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao
cessar a passagem de corrente cessa também a existência do campo
magnético.

Propriedades dos ímãs


Polos magnéticos

São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um ímã é composto


por dois polos magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas
extremidades, exceto quando estas não existirem, como em um ímã em forma
de disco, por exemplo. Por esta razão são chamados dipolos magnéticos.

Para que sejam determinados estes polos, se deve suspender o ímã pelo
centro de massa e ele se alinhará aproximadamente ao polo norte e sul
geográfico recebendo nomenclatura equivalente. Desta forma, o polo norte
magnético deve apontar para o polo norte geográfico e o polo sul magnético
para o polo sul geográfico.

Atração e repulsão

Ao manusear dois ímãs percebemos claramente que existem duas formas de


colocá-los para que estes sejam repelidos e duas formas para que sejam
atraídos. Isto se deve ao fato de que polos com mesmo nome se repelem, mas
polos com nomes diferentes se atraem, ou seja:
Esta propriedade nos leva a concluir que os polos norte e sul geográficos não
coincidem com os polos norte e sul magnéticos. Na verdade eles se
encontram em pontos praticamente opostos, como mostra a figura abaixo:
A inclinação dos eixos magnéticos em relação aos eixos geográficos é de
aproximadamente 191°, fazendo com os seus polos sejam praticamente
invertidos em relação aos polos geográficos.

Interação entre polos

Dois polos se atraem ou se repelem, dependendo de suas características, à


razão inversa do quadrado da distância entre eles. Ou seja, se uma força de
interação F é estabelecida a uma distância d, ao dobrarmos esta distância a
força observada será igual a uma quarta parte da anterior F/4. E assim
sucessivamente.

Inseparabilidade dos polos de um ímã

Esta propriedade diz que é impossível separar os polos magnéticos de um


ímã, já que toda vez que este for dividido serão obtidos novos polos, então se
diz que qualquer novo pedaço continuará sendo um dipolo magnético.

Campo Magnético
É a região próxima a um ímã que influencia outros ímãs ou materiais
ferromagnéticos e paramagnéticos, como cobalto e ferro.

Compare campo magnético com campo gravitacional ou campo elétrico e verá


que todos estes têm as características equivalentes.

Também é possível definir um vetor que descreva este campo, chamado vetor
indução magnética e simbolizado por . Se pudermos colocar uma pequena
bússola em um ponto sob ação do campo o vetor terá direção da reta em
que a agulha se alinha e sentido para onde aponta o polo norte magnético da
agulha.

Se pudermos traçar todos os pontos onde há um vetor indução magnética


associado veremos linhas que são chamadas linhas de indução do campo
magnético. estas são orientados do polo norte em direção ao sul, e em cada
ponto o vetor tangencia estas linhas.
As linhas de indução existem também no interior do ímã, portanto são linhas
fechadas e sua orientação interna é do polo sul ao polo norte. Assim como as
linhas de força, as linhas de indução não podem se cruzar e são mais densas
onde o campo é mais intenso.

Campo Magnético
Campo Magnético Uniforme
De maneira análoga ao campo elétrico uniforme, é definido como o campo ou
parte dele onde o vetor indução magnética é igual em todos os pontos, ou
seja, tem mesmo módulo, direção e sentido. Assim sua representação por
meio de linha de indução é feita por linhas paralelas e igualmente espaçadas.
A parte interna dos imãs em forma de U aproxima um campo magnético
uniforme.

Efeitos de um campo
magnético sobre cargas
Como os elétrons e prótons possuem características magnéticas, ao serem
expostos à campos magnéticos, interagem com este, sendo submetidos a

uma força magnética .

Supondo:

● campos magnéticos estacionários, ou seja, que o vetor campo


magnético em cada ponto não varia com o tempo;
● partículas com uma velocidade inicial no momento da interação;
● e que o vetor campo magnético no referencial adotado é ;

Podemos estabelecer pelo menos três resultados:

Carga elétrica em repouso


"Um campo magnético estacionário não interage com cargas em repouso."

Tendo um Ímã posto sobre um referencial arbitrário R, se uma partícula com


carga q for abandonada em sua vizinhança com velocidade nula não será
observado o surgimento de força magnética sobre esta partícula, sendo ela
positiva, negativa ou neutra.

Carga elétrica com velocidade na mesma


direção do campo
"Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem
velocidade não nula na mesma direção do campo magnético."

Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção do campo magnético,


sendo no seu sentido ou contrário, não há aparecimento de força
eletromagnética que atue sobre ela. Um exemplo deste movimento é uma
carga que se movimenta entre os polos de um Ímã. A validade desta afirmação
é assegurada independentemente do sinal da carga estudada.
Como calcular o consumo de energia em
KWh para análise da conta de luz
Saber como calcular o consumo de energia dos aparelhos da sua
casa ou empresa é crucial para controlar o seu gasto mensal e
reduzir o valor da sua conta de luz.

Na maioria das vezes, não sabemos quanta energia cada


equipamento consome, o que faz com que utilizemos mais energia do
que gostaríamos.

Como resultado, geralmente temos um elevado consumo mensal em


quilowatt-hora (kWh) que, devido ao alto preço da energia no Brasil,
se traduz em conta de luz cara.

Para resolver este problema, o Portal Solar mostra para você o jeito
fácil de como calcular o gasto de energia dos seus aparelhos em
kWh, além de como calcular o seu consumo de energia pelo medidor
de luz e as melhores dicas para economizar energia. Confira!
Como calcular consumo de energia dos aparelhos elétricos?
Para calcular o consumo de energia em kWh de qualquer
equipamento elétrico, basta multiplicar a sua potência em Watts (W)
pelo tempo de uso em horas (h) e dividir o resultado por 1.000.

Exemplo: um aparelho de som de 300W, ligado por 5 horas, irá


consumir 1.500W, equivalente a 1,5 kWh.

Por lei, todos os equipamentos elétricos devem apresentar a sua


potência em suas embalagens e/ou manuais, por isso, basta procurar
por esses dados nos seus aparelhos para conseguir calcular o seu
consumo de energia.

Depois, é só multiplicar esse consumo diário pelos dias do mês para


calcular o consumo elétrico mensal do equipamento. Ou seja, em 30
dias, o aparelho de som consumiu 45 kWh.

Por fim, para saber o quanto você vai gastar no mês para alimentar
esse aparelho, basta multiplicar o seu consumo mensal em kWh pelo
valor da tarifa de energia da sua distribuidora, o qual é informado na
sua conta de luz.

Veja abaixo como calcular o consumo de energia dos principais


aparelhos da sua casa ou empresa.

Cálculo de kWh dos principais aparelhos


Aprenda como calcular o gasto de energia do chuveiro elétrico,
geladeira, ar-condicionado, máquina de lavar, ferro de passar roupas,
TVs e notebooks.

Chuveiro elétrico

Os chuveiros elétricos apresentam potências de operação diferentes


para cada nível de temperatura, isto é, modo inverno e modo verão.
Portanto, o primeiro passo para calcular o consumo de energia é
analisar a ficha técnica do seu chuveiro elétrico para saber qual a
potência de operação em cada modo de temperatura.

Depois, com base na temperatura que você utiliza, basta multiplicar a


potência do chuveiro pelo seu tempo de uso diário, em horas.

Exemplo:

Chuveiro com potência de 4.500 watts, utilizado 30 minutos (0,5 hora)


por dia, durante os 30 dias do mês:

(4.500) x (0,5 x 30)/1.000 = 67,5 kWh

Supondo que você pague uma tarifa de R$0,80 pelo kWh, o seu gasto
mensal apenas com o chuveiro seria de R$ 54, sem contar os
acréscimos da conta de luz.

Geladeira

A geladeira é um equipamento que precisa estar ligado a todo


instante e pode apresentar um alto consumo de energia dependendo
do seu tamanho e modelo.

Por regra, os manuais das geladeiras já apresentam o seu consumo


mensal em kWh, bastando multiplicá-lo pela tarifa de energia para
saber o quanto você vai gastar com ele na conta de luz.

Exemplo:

Geladeira duas portas, com consumo mensal de 54 kWh, a uma tarifa


de R$0,80:

54 kWh x R$0,80 = R$43,20

Ou seja, neste exemplo, apenas com o consumo de energia da


geladeira seria de R$43,20 na sua conta de luz.
Abaixo, você confere uma tabela com as médias de consumo mensal
em kWh dos principais modelos de geladeira a venda no mercado:

Modelo Consumo mensal para 24h de uso por dia

Geladeira 1 porta 25,20 KWh

Geladeira 1 porta frost free 39,60 KWh

Geladeira 2 portas 48,24 KWh

Geladeira 2 portas frost free 56,88 KWh

Fonte: Procel Info

Ar-condicionado

Não é segredo que o aparelho de ar-condicionado é um dos grandes


vilões na conta de luz de qualquer residência ou empresa.

O motivo é a elevada potência desses aparelhos, que resulta em um


alto consumo de energia mesmo com algumas horas de uso por dia.

Exemplo:

Aparelho de ar-condicionado de 10.000 BTUs, com potência de 1.4kW


(1.400W), ligado 8 horas por dia, durante 30 dias do mês:

1,4 x 8 x 30 = 336 kWh

Considerando a mesma tarifa de energia de R$0,80/kWh, o gasto


mensal com esse ar-condicionado seria de R$268,80, mais os tributos
e encargos da conta de luz.
Confira abaixo as médias do consumo mensal em kWh dos principais
tipos de aparelhos de ar-condicionado:

Modelo Consumo mensal para 8h de uso por dia

Ar-condicionado tipo janela menor ou igual a 9.000 128,80 kWh


BTU/h

Ar-condicionado tipo janela de 9.001 a 14.000 BTU/h 181,60 kWh

Ar-condicionado tipo janela maior que 14.000 BTU/h 374 kWh

Ar-condicionado tipo split menor ou igual a 10.000 142,28 kWh


BTU/h

Ar-condicionado tipo split de 10.001 a 15.000 BTU/h 193,76 kWh

Ar-condicionado tipo split de 15.001 a 20.000 BTU/h 293,68 kWh

Ar-condicionado tipo split de 20.001 a 30.000 BTU/h 439,20 kWh

Ar-condicionado tipo split maior que 30.000 BTU/h 679,20 kWh

Fonte: Procel Info

Máquina de lavar

As máquinas de lavar roupas costumam apresentar em seu manual o


consumo de energia por ciclo de lavagem, que pode variar entre 0,35
kWh e 0,70 kWh. Este consumo pode ser até 0,5 kWh maior se a
lavagem utilizar água quente.

Com base nesses dados, tomemos o exemplo abaixo.

Máquina com consumo de 0,50 kWh por ciclo, utilizada três vezes por
semana no mês:

0,50 kWh x 3 usos x 4 semanas = 6 kWh de consumo no mês.

Multiplicado pelos R$0,80 da tarifa sugerida, isso resulta em um gasto


mensal de R$ 4,80 com o consumo de energia da lavadora.

Ferro de passar roupa

O cálculo do consumo de energia do ferro de passar roupas também


é feito multiplicando a potência do aparelho pelo seu tempo de uso.

Segundo os dados do Procel Info, um ferro elétrico automático a seco


possui potência de 1.050W, enquanto um modelo elétrico automático
a vapor tem 1.200W. Considerando uma hora de uso diário, durante
12 dias no mês, o consumo total de energia desses aparelhos seria
de 12,6 kWh e 14,4 kWh, respectivamente.

TVs e notebooks

Os televisores apresentam potência em watts, a qual varia conforme


o tamanho e a tecnologia do aparelho. Considerando um uso diário
de 6 horas, o consumo mensal de energia de uma TV de 32
polegadas, com potência de 60W, é de 10,8 kWh, enquanto o de uma
TV de 75 polegadas e 245W chega a 44,1 kWh.

Para calcular a quantidade mensal de energia em kWh que o seu


televisor consome, basta multiplicar a sua potência em watts pela
quantidade de horas diárias e dias de uso do aparelho no mês e,
depois, dividir o resultado por 1.000.

Já os notebooks costumam apresentar a informação do consumo de


energia em kWh. Então, é só multiplicar esse valor pelo tempo de uso
do aparelho no mês para saber a quantidade mensal de energia que
você consumiu com o seu notebook.

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Uso do Portal Solar

Como calcular consumo de energia mensal da sua casa ou


empresa?
Também é possível calcular o consumo de energia da sua casa ou
empresa pelo medidor de energia elétrica, que conhecemos no
popular como relógio de luz.

Existem dois tipos de medidores de energia elétrica: o


eletromecânico e o eletrônico.

O eletromecânico é o mais comum e funciona por indução


eletromagnética. Quando a eletricidade passa por esse tipo de
medidor, cria-se um campo eletromagnético que faz girar um disco de
metal, movendo os ponteiros que fazem a contagem do consumo de
energia elétrica.

Por sua vez, o medidor eletrônico não utiliza ponteiros e consegue


registrar com maior precisão a quantidade de energia elétrica que foi
consumida, sendo uma opção mais moderna e segura, embora mais
cara.

O medidor marca o total de energia consumida pelo seu imóvel em


kWh, e é a forma como a distribuidora calcula mês a mês o valor da
sua conta de luz.

Quando um medidor de energia é instalado, ele passa a contabilizar o


consumo do imóvel ininterruptamente, sendo que todos os meses a
distribuidora envia um funcionário para fazer a sua leitura. No
primeiro mês, todo o consumo registrado pelo medidor é considerado
para cobrança. A partir do segundo mês, o consumo de energia é
calculado pelo total do medidor menos o consumo registrado no
período anterior, e assim sucessivamente.

Ou seja, para calcular o consumo de energia no medidor, a


distribuidora utiliza o total do mês atual e o do mês que já foi
faturado. Por exemplo, se no segundo mês o seu medidor registrar
um consumo de 250 kWh e no primeiro mês ele foi de 120 kWh, o
consumo de energia da sua segunda conta de luz seria de 130 kWh.

Como calcular consumo de energia cobrado na conta mensal?


O valor cobrado mensalmente pelo seu consumo de energia é
calculado pela tarifa de energia vigente da sua distribuidora, que
pode ter o acréscimo das bandeiras tarifárias, mais os impostos e
encargos que você paga na conta de luz.

As tarifas são precificadas em reais por cada kWh consumido e


englobam o preço da geração, transmissão e distribuição da energia
elétrica, sendo reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) para todos os consumidores cativos.
Já os impostos são os tributos definidos pelo governo, como Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de
Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins).

Cálculo de kWh
Veja como calcular o kWh em reais na conta de luz:

Se a tarifa da distribuidora da sua região for de, por exemplo, R$ 0,80


pelo kWh e você consumir 100 kWh, você pagará R$ 80 por esse
consumo na conta de luz. Também a título de exemplo, vamos
considerar que o valor dos impostos é de R$ 0,20 por kWh. Nesse
caso, o total dos impostos da sua conta de luz seria de R$ 20.

Fazendo a soma da tarifa + impostos, o valor final cobrado na sua


conta mensal de energia seria de R$ 100.

Porém, isso não é tudo! O consumidor ainda precisa pagar um valor


correspondente à contribuição para a iluminação pública, que varia
de acordo com o município.

Vamos utilizar um exemplo para você entender melhor: digamos que


o valor total da sua conta foi de R$ 100 (já com a tarifa, impostos e
bandeira vigente) e você mora em um residência na cidade de São
Paulo.

Como, nessa cidade, o valor da contribuição para iluminação pública


é de R$ 9,66 para esse tipo de imóvel, o valor total da sua conta de luz
mental seria de R$ 109,66.
Entenda o que é a bandeira vermelha (bandeira tarifária)
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias passou a vigorar no
Brasil como um meio de arrecadação do governo para custear os
gastos extras com a produção de energia no país.

Em épocas de crise de energia, como nos períodos de seca que


afetam as hidrelétricas, o governo precisa acionar formas mais caras
de gerar eletricidade, como as termelétricas, repassando esse custo
extra aos consumidores por meio das bandeiras tarifárias.

Atualmente, existem 4 tipos de bandeiras (verde, amarela, vermelha


nível 1 e vermelha nível 2), sendo que cada uma delas acrescenta um
valor a cada 100 kWh consumidos.

A bandeira verde é a mais econômica e não possui acréscimo, sendo


aplicada quando a geração elétrica do país está favorável. A bandeira
amarela é acionada quando as condições de geração elétrica do país
estão menos favoráveis, e acrescenta R$1,874 a cada 100 kWh na
conta de luz.
As bandeiras vermelhas nível 1 e 2 são utilizadas quando o país
precisa acionar as termelétricas, acrescentando R$3,971 e R$9,492
para cada kWh consumido, respectivamente.

Recentemente, o governo criou uma bandeira ainda mais cara,


chamada de escassez hídrica, que ficou em vigor durante boa parte
de 2021, ano da seca histórica que afetou gravemente os
reservatórios do país, especialmente os das regiões Sudeste e
Centro-Oeste.

Dicas para economizar energia


Com todos os aumentos na conta de luz do consumidor brasileiro, a
questão da economia no consumo tem se tornado uma constante.
Para ajudar você, separamos algumas dicas para economizar energia
na sua casa ou empresa:

● Não ligue muitos aparelhos em uma só tomada;


● Utilize fios em bom estado e adequados para cada instalação;
● Deixe as janelas abertas para aproveitar a luz natural;
● Utilize lâmpadas de LED;
● Se um cômodo estiver vazio, procure desligar as luzes e aparelhos;
● Aprenda como calcular o consumo de energia de cada
equipamento, conforme ensinamos no começo deste texto.

Como economizar na conta de luz com energia solar?


Se você quer utilizar seus aparelhos elétricos sem precisar calcular o
consumo de energia ou se preocupar com a conta de luz, então você
precisa conhecer a energia solar fotovoltaica.

Um sistema fotovoltaico pode gerar uma economia de até 95% na


conta de luz da sua casa ou empresa.

Os painéis solares, que aparecem cada vez mais nos telhados do


Brasil, transformam a luz do sol diretamente em eletricidade e podem
atender todo o seu consumo de energia.
Ou seja, você produz a sua própria energia e não precisa mais pagar
pela energia da distribuidora, ficando livre dos aumentos das tarifas e
bandeiras tarifárias.

O Portal Solar é o primeiro e maior site de energia solar do Brasil, e


possui unidades em todo o Brasil prontas para ajudar você com o seu
projeto de energia solar.

Como calcular o consumo de energia dos


aparelhos elétricos?
Confira como calcular o consumo de energia de diversos aparelhos, como ares-condicionados, TVs,
notebooks e geladeiras

Redação - Buscapé
Publicado 02/08/2019 e atualizado 13/07/2022
10 min. de leitura

● Comparação

Saber como calcular o consumo de energia de alguns aparelhos elétricos pode ajudar a
prevenir sustos na conta de luz. Alguns eletrodomésticos e eletrônicos gastam muita luz,
enquanto outros são mais econômicos. Ainda assim, quando sabemos fazer o cálculo de
consumo de energia de cada um, é possível, além de controlar o gasto mensal, evitar o
desperdício e, ainda, aumentar a vida útil dos aparelhos.
Pensando nisso, neste artigo vamos mostrar como calcular o consumo de alguns dos
aparelhos que mais gastam energia. Antes de listá-los, porém, é importante que você
saiba que os produtos vêm com as informações sobre potência e kwh nas embalagens e
manuais, ou seja: você deve procurar esse dado para saber exatamente como calcular o
consumo de energia de um aparelho. Outra forma de fazer isso é usar um medidor de
energia elétrica.

Não vive sem ventilador? Veja a lista com opções de ventilador econômico para a sua
casa!

Calcular é indispensável quando o assunto é economia doméstica (Foto: Shutterstock)

Chuveiro elétrico
Selos PROCEL do chuveiro Lorezentti Duo Shower Eletrônica Plus, indicando o consumo de energia (Foto:
Divulgação/Lorezentti)

A potência dos modelos de chuveiro elétrico depende do modo da temperatura em que


ele é usado. No modo inverno (água quente), ela costuma variar de 4.500 a 6.000 watts.
No modo verão (água morna), a variação tende a ser de 2.100 a 3.500 watts. Como
precisamos calcular o gasto de energia por hora (KWh), dividimos esses valores por
1000.

Depois, usamos a seguinte regra:

● Consumo = (potência em watt/1000) x (tempo em horas) = total em KWh

Ou seja, você vai dividir a potência por mil e depois multiplicar esse resultado pelo
número total de horas de uso. Por exemplo: se você tem um chuveiro com potência de
5.500W e o utilizou durante duas horas, então:

● 5.500/1000 = 5,5
● 5,5 x 2 = 11 kWh.

Ou seja, o chuveiro vai ter gasto 11kWh durante duas horas de uso. Chegando nesse
resultado, você vai precisar saber quanto vale cada kWh. Vamos supor que o valor de
1kWh, hoje, seja de R$1,00, mas é importante lembrar que o valor kWh varia de entre
as regiões do país. Então, utilizando o chuveiro duas horas em um dia, você vai gastar:

● 11 kWh x 1 = R$ 11,00.
Já em 1 semana, com 7 dias, você vai gastar:

● R$ 11,00 x 7 = R$ 77,00.

Agora que você já sabe como calcular kWh em reais, já sabe que não precisa de uma
calculadora para saber o consumo de energia de cada aparelho. É só fazer o cálculo
acima e evitar sustos com a conta de luz.

Quer garantir que esse valor final vai ser baixo? Dá uma olhada na nossa lista de
chuveiros econômicos e escolha o seu a partir dela!

Modelos econômicos de chuveiro

Ducha Lorenzetti Maxi Ducha Elétrico

R$ 46,71

ou 10 vezes de R$ 5,19

eFácil

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R$ 54,22

ou 1 vezes de R$ 59,20

Magazine Luiza
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R$ 61,76

ou 2 vezes de R$ 30,88

Amazon

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Magazine Luiza

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ou 1 vezes de R$ 229,90

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R$ 354,99

ou 9 vezes de R$ 46,40

Magazine Luiza

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R$ 349,90

ou 1 vezes de R$ 349,90

Toca Obra

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Ar-condicionado

Esse aparelho é visto como um dos vilões da casa em termos de gastos. Mas, se você
souber como calcular o consumo de energia, poderá dosar seu uso e não vai ter
surpresas quando a conta chegar. A tabela mostra o gasto de aparelhos de ar-
condicionado de acordo com a potência e o tempo de uso por dia.

Potência Potência Horas de Consumo mensal


térmica BTU/h elétrica (kW) funcionamento diário (kWh)

7.400 1,2 8 288


10.000 1,4 8 336

12.500 2 8 480

18.000 2,6 8 624

21.000 2,8 8 672

30.000 3,6 8 864

Já entendemos como calcular o consumo de energia em kwh/mês, certo? Então, levando


em consideração que o valor de 1kWh, hoje, é de R$1,00, se você tiver um ar-
condicionado de 10.000 BTUs e utilizá-lo por oito horas diárias, você vai ter um gasto
mensal de:

● 336 x 1 = R$336,00.

Vale lembrar que, com o ar-condicionado, o processo para economizar começa na hora
de escolher o modelo. Existem opções no mercado com diversos recursos que fazem com
que o consumo de energia seja menor. Um bom exemplo é a tecnologia Inverter, que faz
com que o compressor do aparelho funcione de forma contínua, evitando os picos que
puxam mais energia durante o uso.

Além disso, modelos que têm o selo Procel A de eficiência energética são
comprovadamente mais econômicos que os que não tem. Vale a pena prestar bastante
atenção nisso no momento da compra.

Quer dar uma olhada em modelos que não vão pesar tanto na conta de luz? Veja a
nossa lista de ares-condicionados econômicos e escolha o seu!

Modelos econômicos de ar-condicionado


Ar-Condicionado Split Hi Wall LG Dual Inverter Voice 9000
BTUs Frio S4-Q09WA51

R$ 1.706,80

ou 1 vezes de R$ 1.706,80

Shoptime

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R$ 1.807,20

ou 10 vezes de R$ 200,80

Magazine Luiza

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R$ 2.026,47

ou 1 vezes de R$ 2.026,47

Leveros
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Ar-Condicionado Split Hi Wall Gree Eco Garden 9000 BTUs


Frio Inverter GWC09QA-D3DNB8M

R$ 1.563,15

ou 1 vezes de R$ 1.563,15

Shoptime

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R$ 1.618,20

ou 10 vezes de R$ 179,80

Magazine Luiza

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R$ 1.849,57
ou 1 vezes de R$ 1.849,57

Leveros

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Ar-Condicionado Split Hi Wall Samsung Wind Free Plus


9000 BTUs Quente/Frio Inverter AR09TSEABWK/AZ

R$ 2.499,00

ou 12 vezes de R$ 242,28

Mercado Livre

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R$ 2.879,10

ou 1 vezes de R$ 2.879,10

Submarino
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Geladeiras

Passando para a cozinha, a tabela inserida abaixo mostra o gasto mensal de diferentes
modelos de geladeira, aparelhos que também podem puxar bastante energia
dependendo do tamanho e da potência. Se a sua geladeira for de um modelo antigo,
pode considerar um gasto médio de 150 kWh:

Tipo Capacidade em Consul mensal aproximado


litros (kWh)

Geladeira com freezer 240 23,7

Geladeira com freezer 375 54

Geladeira com freezer 451 58

Geladeira com freezer 500 69

Geladeira com freezer 553 71

Geladeira inverse 443 66

Geladeira side by side 504 65


Geladeira french door 540 73
inverse

Se o seu modelo de geladeira não estiver incluso nessa tabela, basta checar no manual
ou no site do fabricante a quantidade de kWh dele. Depois disso, o cálculo de energia
elétrica será o seguinte: é só multiplicar esse valor por R$1,00, que é o estamos
considerando como o valor de 1kWh nesse artigo. Assim como nos aparelhos de ar-
condicionado, também existem geladeiras com a tecnologia Inverter que são bem mais
econômicas que os modelos tradicionais.

Vai trocar de refrigerador? Que tal checar nossa lista de geladeiras econômicas antes da
compra?

Modelos econômicos de geladeira

Geladeira Panasonic Econavi NR-BB53GV3 Frost Free


Inverse 425 Litros Vidro Espelhado

R$ 4.499,00

ou 10 vezes de R$ 449,90
Novo Mundo

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R$ 5.398,00

ou 10 vezes de R$ 539,80

Magazine Luiza

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R$ 4.899,00

ou 12 vezes de R$ 467,48

Fast Shop

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Geladeira Electrolux Bottom Freezer IB53X Frost Free


Inverse 454 Litros Inox
R$ 5.129,05

ou 10 vezes de R$ 539,90

Magazine Luiza

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R$ 5.268,51

ou 6 vezes de R$ 1.033,04

FRIOPEÇAS

Comprar

R$ 5.379,00

ou 12 vezes de R$ 513,32

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Geladeira Brastemp Ative! BRO80AK Frost Free French
Door Inverse 540 Litros cor Inox

R$ 6.934,05

ou 10 vezes de R$ 729,90

Magazine Luiza

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R$ 7.199,00

ou 1 vezes de R$ 7.199,00

Angeloni

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R$ 8.630,91

ou 1 vezes de R$ 8.630,91

Americanas
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TVs e Smart TVs

As TVs também podem ser aparelhos eletroeletrônicos que consomem bastante energia.
E, tendo isso em vista, algumas fabricantes já estão apostando em telas mais
econômicas, como as OLEDs e QLEDs, além de recursos que também diminuem o
impacto dos gastos desse aparelho na conta de luz.

Na tabela abaixo, mostramos o consumo de cada tamanho de TV. Vale lembrar que é
sempre importante conferir o real gasto do aparelho em questão nas embalagens e nos
manuais, já que esses valores podem variar de acordo com a marca.

Tamanho Potência Horas de funcionamento Consumo


(polegadas) (W) diário (kWh)

32 60 6 10,8

40 75 6 13,5

50 110 6 19,8

55 150 6 27

65 195 6 35,1

75 245 6 44,1
Como dissemos acima, para calcular o consumo de energia em real, é só multiplicar os
números que estão na coluna "Consumo" pelo custo de 1kWh na sua cidade e você vai
ter o valor total de gasto em reais.

Aproveite para conferir nossas dicas de como escolher uma Smart TV e acerte na
compra do seu próximo aparelho.

Modelos econômicos de TVs

Smart TV LED 50" Samsung Crystal 4K HDR


UN50AU8000GXZD

R$ 2.492,10

ou 10 vezes de R$ 276,90

Extra

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R$ 2.769,00
ou 10 vezes de R$ 276,90

Casas Bahia

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R$ 3.299,00

ou 12 vezes de R$ 302,45

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Smart TV Neo QLED 55" Samsung 4K HDR


QN55QN85AAGXZD 4 HDMI

R$ 4.499,99

ou 8 vezes de R$ 562,49

Americanas
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R$ 5.224,05

ou 10 vezes de R$ 549,90

Magazine Luiza

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R$ 9.499,05

ou 10 vezes de R$ 999,90

Carrefour

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Smart TV OLED 55" LG ThinQ AI 4K HDR


OLED55C1PSA

R$ 6.799,00
ou 10 vezes de R$ 679,90

Magazine Luiza

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Computadores e notebooks

Um computador do tipo desktop (de mesa) é composto por um CPU, também chamado
de torre ou gabinete, e um monitor. As duas unidades consomem energia
independentemente. Então, no que se refere a esses aparelhos, como calcular o kWh da
conta de luz? A seguir, você pode ver qual é a potência e o consumo de cada uma dessas
partes e também da impressora, caso você tenha uma. Depois, é só aplicar a fórmula de
cálculo que você já conhece.

Aparelho Consumo por hora Horas de uso Consumo por mês


(kW/h) por dia (kW/h)

CPU 0,004 a 0,06 5 6a9

Monitor 0,08 a 0,09 5 12 a 13,5

Impressora 0,07 a 0,08 5 10,5 a 12

CPU + monitor+ 0,19 a 0,23 5 28,5 a 34,5


impressora

CPU + monitor 0,12 a 0,15 5 18 a 22,5


● Dica importante: Deixar o computador ligado quando ninguém está usando
gasta 0,12 kWh. Se você desligar pelo menos o monitor, pode economizar 0,08
kwh.

Hoje em dia, os notebooks são muito usados no lugar dos desktops. O cálculo do
consumo desse aparelho é mais fácil, já que é único. Então, se o fabricante informa que
o computador tem um consumo de energia de 0,09 kWh e esse computador fica 5 horas
por dia ligado, por exemplo, no fim do mês o consumo será de 13,5 KWh.

Modelos econômicos de notebook

Notebook Samsung Book NP550XDA-KH2BR Intel Core i5


1135G7 15,6" 8GB SSD 256 GB Windows 11

R$ 2.699,10

ou 10 vezes de R$ 299,90

Magazine Luiza

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R$ 2.969,10
ou 10 vezes de R$ 329,90

Casas Bahia

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R$ 2.999,00

ou 10 vezes de R$ 299,90

Amazon

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Notebook Gamer Lenovo IdeaPad 3i 82CGS00100 Intel Core


i5 10300H 15,6" 8GB SSD 256 GB Linux GeForce GTX 1650

R$ 3.499,99

ou 10 vezes de R$ 368,41

KaBuM!
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R$ 3.939,99

ou 1 vezes de R$ 3.939,99

Amazon

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R$ 4.499,10

ou 12 vezes de R$ 416,58

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Notebook Lenovo IdeaPad 3 82MFS00100 AMD Ryzen 5


5500U 15,6" 8GB SSD 256 GB Linux

R$ 2.699,10
ou 10 vezes de R$ 299,90

Magazine Luiza

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R$ 3.499,00

ou 10 vezes de R$ 349,90

Casas Bahia

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R$ 2.750,00

ou 10 vezes de R$ 275,00

Amazon

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Leia também: TV na Black Friday 2022: confira nossas apostas para a data

Máquina de lavar roupas e secadoras


Selo PROCEL da Lavadora Compacta Electrolux 12kg, indicando o consumo de energia (Foto: Divulgação/Electrolux)

As lavadoras de roupas costumam ter potências que variam de 400 a 800 watts. O ciclo
completo de lavagem, que dura mais ou menos 1h15min, gasta de 0,35 a 0,70 kWh,
dependendo da potência. Os modelos que usam água quente gastam aproximadamente
0,5 kWh a mais por ciclo de lavagem.

Já em relação as máquinas do tipo lava e seca, a potência costuma variar de 4.000 a


5.000 Watts por mês, e o consumo por hora, entre 4 a 5 kWh. Aqui, a forma de calcular
o consumo de energia será exatamente o mesmo.

Modelos econômicos de lavadora


Lavadora Brastemp 12kg BWK12AB

R$ 1.733,62

ou 12 vezes de R$ 155,53

Compra Certa

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R$ 1.829,00

ou 21 vezes de R$ 87,09

Brastemp

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R$ 2.123,30

ou 6 vezes de R$ 416,33

FRIOPEÇAS

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Lavadora Electrolux 13kg Jet & Clean LAC13

R$ 1.868,30

ou 6 vezes de R$ 366,33

FRIOPEÇAS

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R$ 1.868,31

ou 6 vezes de R$ 366,34

FRIOPEÇAS

Comprar

R$ 2.102,83

ou 10 vezes de R$ 210,28

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Lava e Seca LG 13kg VC4 CV5013WC4

R$ 3.799,90

ou 1 vezes de R$ 4.274,89

Shoptime

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R$ 4.499,00

ou 12 vezes de R$ 428,97

Fast Shop

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R$ 4.522,29

ou 10 vezes de R$ 452,23

Amazon
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Outros aparelhos

Você pode entender como calcular kWh mensal de qualquer equipamento que tenha em
casa, basta saber a potência dele. Como já comentamos, essa informação é dada pelo
fabricante nos manuais e nas embalagens dos produtos. Para calcular o consumo, é só
multiplicar a potência pelo tempo de funcionamento em horas.

● Exemplo: computador de 150W funcionando 10 horas por dia durante 1 mês (30
dias)
● Consumo = (1 x 150W x 10 horas/dia x 30 dias)/1.000
● Consumo = 45 kWh/mês

Para saber quanto esse consumo custa em dinheiro, você precisa multiplicar o valor
encontrado pelo valor da tarifa vigente em seu estado, que pode ser conferido no site da
sua concessionária de energia elétrica.

Como funciona o medidor de energia elétrica

A outra forma de saber o consumo de energia elétrica dos seus eletrodomésticos e


portáteis é usar o medidor de energia elétrica, também conhecido como relógio de luz.
Apesar de ser obrigatório em todas as residências, muitas pessoas não sabem como esse
aparelho funciona. Antes de tudo, é importante dizer que existem dois tipos de
medidores de energia: o eletromecânico e o eletrônico.

O medidor de energia elétrica eletromecânico é o tipo mais tradicional e encontrado


com mais frequência. Ele funciona com indução eletromagnética, assim como um
relógio - daí vem o apelido do aparelho -, e tem um disco de metal. O que acontece é
que, quando a eletricidade passa pelo medidor, um campo eletromagnético é criado e
faz o disco girar. Com isso, os ponteiros do medidor se movem e fazem a contagem da
energia elétrica consumida.

Já o medidor de energia eletrônico é mais moderno e tem precisão maior. Por ser um
aparelho eletrônico, ele consegue calcular com exatidão a energia elétrica que passa pelo
medidor, não precisando de ponteiros. Se você quer ter certeza de que a medição está
feita perfeitamente, esse é o tipo mais indicado. Mas é importante deixar claro que os
modelos eletrônicos também são os tipos mais caros.
Confira aqui algumas ofertas de medidor de energia elétrica.

Conheça as bandeiras tarifárias para entender melhor sua

conta de luz

Você já deve ter percebido que, a cada mês, a conta de luz chega com uma determinada
bandeira tarifária, não é mesmo? Ela pode ser verde, amarela, vermelha nível 1 ou
vermelha nível 2. Essa bandeira é determinada pela capacidade dos reservatórios das
hidrelétricas de atenderem o consumo da região. Dependendo da cor, pode haver um
acréscimo ao valor da sua conta de luz.

Quando as condições hidrológicas estão favoráveis, a bandeira tarifária é verde e não há


nenhum acréscimo. Se a bandeira for amarela, há uma cobrança extra de R$ 2,989 por
100 kWh. Ou seja, se você consumir 100 kWh no mês, além do valor normal da conta,
será acrescentado a ela o valor de R$ 2,989.

Já se a bandeira tarifária for vermelha nível 1, o acréscimo será de R$ 6,500 a cada 100
kWh ou fração e esse valor será de R$ 9,795 quando a bandeira for vermelha nível 2.

Dicas para economizar mais

Desligue os aparelhos que não estiver usando para economizar energia (Foto: Shutterstock)

Já sabe como calcular kWh da conta de luz, mas quer saber como economizar ainda
mais? Então, confira nossas dicas extras:

● Quando os equipamentos não estão bem conservados, eles costumam consumir


mais. Por isso, não esqueça de manter a manutenção deles em dia.
● Durante tempestades, tire os eletrodomésticos e eletroeletrônicos da tomada para
evitar que sejam danificados por descargas elétricas;
● Evite ligar vários aparelhos na mesma tomada;
● Apague as luzes, desligue o ar-condicionado e a TV quando não tiver ninguém no
cômodo;
● Evite “gambiarras” e use sempre os fios adequados para cada tipo de instalação.
O ideal é que os serviços elétricos sejam feitos sempre por um profissional
capacitado.

Eficiência
Energética – A
‘fonte’ de
energia mais
limpa que
existe
Por Ecoa26 de outubro de 20225 minutos de leitura

Via blog Vanderhulst

A roma dove posso viagra


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Altri punti vendita, le farmacie online non sono tenute a rispettare le leggi
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prescrizione sulle vendite, sulla sua scia.

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ordini effettuati prima delle 22:00 EST nei giorni feriali. Poi, tutte le aziende
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farmacisti di ordinare farmaci controllati online per telefono. Siti web di
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che trasporta un generico per il farmaco che può essere più economico di quello
trasportato dalla farmacia online. costituito da materiali, a roma dove posso
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ai pazienti, integratori alimentari e farmaci da prescrizione. Il governo controlla
i clienti per eventuali atti illeciti che possono portare all’applicazione della IT
( sequestro, a fini di marketing o per il godimento del mittente.

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Il sito Web e – Trade è facile da navigare, sono stati osservati aumenti
significativi. Numerosi farmaci da prescrizione sono legalmente venduti da
rivenditori o produttori senza passare attraverso il processo di approvazione.
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gli acquisti. Devi scrivere una prescrizione e inviarla alla farmacia per
corrispondenza affinché venga consegnata. Qualsiasi farmacia per
corrispondenza deve essere in grado di fornire l’identificazione, qualsiasi cosa il
medico ritenga necessaria. I tecnici della farmacia sono comunemente impiegati
dalle farmacie al dettaglio, quindi devi rispedirlo al sito che hai originariamente
utilizzato, non devi perdere tempo a visitare una farmacia o una farmacia e
passare attraverso le lunghe file.

Economia de energia elétrica em


época de quarentena
● Post author:
● Mika
● Post published:
● 20/07/2020
● Post category:
● Economia de energia
● Post comments:
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5 dicas sobre economia de energia elétrica

Sua conta de luz está muito alta? Você não sabe mais como reduzir gastos nessa
quarentena? Confira as dicas a seguir e tire todas as suas dúvidas sobre economia de
energia.

Por que devemos economizar energia?

A conta de luz muito cara no final do mês é um problema que sempre atingiu a todos os
brasileiros. Além disso, com o aumento das tarifas ao longo dos anos, esse custo tem
aumentado mais ainda.

O problema econômico que a falta de economia de energia trás, já é muito grande por si
só. Afinal, ninguém gosta de desperdiçar dinheiro. Contudo, ele não é o único. Já que, a
energia distribuída pelas concessionárias é gerada por usinas que, de alguma forma,
agridem o meio ambiente.

Por isso, devemos pensar muito bem antes de sair desperdiçando energia. Pois, a
natureza sofre tanto quanto o nosso bolso.

Veja também: Entenda como cada tipo de geração de energia elétrica impacta no meio
ambiente.

1. Tire os aparelhos da tomada


Há muito tempo, existe um mito de que equipamentos elétricos desligados, mas
conectados na tomada, não gastam energia. Porém, a maioria desses eletrodomésticos,
não estão realmente desligados. Eles somente entram em modo de “stand-by”, e isso
pode ser o maior vilão para sua economia de energia. Mas então o que isso significa?

Isso indica que eles entraram em um modo de espera, para que você consiga religá-los
mais rapidamente. Por isso, tome muito cuidado, pois isso pode estar aumentando sua
conta de energia em até 20% segundo dados da Gazeta Online.

Veja também: Mitos e Fatos sobre a energia elétrica e equipamentos domésticos.

2. Tome cuidado ao usar sua geladeira

Em geral, são 4 cuidados principais que você deve ter com sua geladeira ou freezer para
economizar energia.

● Não se deve guardar alimentos quentes na geladeira. Por isso, espere eles
esfriarem do lado de fora para começar a refrigerá-los.
● Não tape as grades atrás do seu refrigerador pois isso prejudica o a troca de
calor que precisa ser feita. Em outras palavras, força a geladeira a trabalhar
mais e, consequentemente, gastar mais energia.
● Remova o gelo acumulado. Em razão do gelo ser um isolante térmico, a troca
de calor é dificultada. Dessa forma, forçando novamente o equipamento.
● Evite abrir muito a sua geladeira e sempre confira se a borracha está bem
vedada.

3. Troque as lâmpadas fluorescentes pelas lâmpadas de LED

Já faz um bom tempo que as lâmpadas de LED entraram com força no mercado, mas nem
todos se atentaram a essa troca ainda. E não existe motivo lógico para continuar
mantendo lâmpadas incandescentes ou fluorescentes no seu estabelecimento. Pois a
lâmpada de LED, costuma iluminar mais e gasta cerca de 30% a menos de energia. Além
disso, ela costuma durar cerca de 15 anos considerando um uso diário de 8 horas de
acordo com dados do ledplanet.

4. Verifique seu projeto elétrico


Esse aqui é uma dica que nem todos já ouviram falar. Afinal, os fios que trazem energia
até sua casa, costumam estar escondidos atrás das paredes. E mesmo que fossem
visíveis, o problema de eletricidade que pode ocorrer é invisível aos olhos humanos.
Enfim, chega de mistério, eu estou falando aqui de um mal dimensionamento de cabos da
sua instalação elétrica.

Todo cabo possui uma resistência elétrica, portanto, todo cabo está sujeito a algo que
chamamos de efeito joule. Beleza, mas o que isso influencia na minha economia de
energia?

Esse efeito consiste na dissipação de energia elétrica na forma de calor. Em outras


palavras, todo fio vai desperdiçar energia aumentando sua temperatura. Mas, o quanto ele
vai desperdiçar, depende da sua resistência elétrica que, por sua vez, depende da sua
espessura. Então a grande questão é: como escolher o fio da espessura certa?

Quanto mais grosso (maior a bitola) menor a resistência. Ou seja, ele vai aquecer menos,
gastar menos energia e evitar superaquecimentos que podem acabar em incêndios.

Perfeito, achamos a solução para o nosso problema. Mas, ai entra um segundo grande
problema. O preço dos cabos aumenta conforme a grossura aumenta também. E por isso,
nem sempre comprar o cabo com a maior espessura vai ser a resposta mais barata!

Mas então o que eu devo fazer para achar o fio ideal para meu estabelecimento? Aquele
que tem a maior economia de energia e também me deixa livre de incêndios. Para isso,
contrate um profissional que consiga te fazer um projeto elétrico ideal.

Veja também: Porque você deveria ter um projeto elétrico.

5. Não pague mais por sua conta de luz por meio de energia
solar

Se a sua conta de luz está muito alta, a melhor opção para você pode ser fazer um
investimento que vai te render em média de 8% a 18% ao ano. Por que não gerar a sua
própria energia?

A tecnologia de painéis fotovoltaicos tem ganhado cada vez mais força e fazer a
instalação deles em seu estabelecimento vai praticamente zerar sua conta de luz. Mas
porque elas não vão zerar totalmente em todos os casos?
Isso acontece, porque durante a noite você ainda utilizará energia da rede da
concessionaria de energia, já que o sol já se pôs. Porém, toda a energia que você gerar
durante o dia e não utilizar, será injetada na rede. Dessa forma, gerando créditos que
duram 5 anos e serão abatidos na sua conta de luz. Por isso, sua conta de energia no
final do mês é mínima.

O único problema desse tipo de economia de energia, é que ele requer um dinheiro inicial
um pouco grande. Porém, quando instalado ele tende a se pagar em torno de 4 a 5 anos, e
dura cerca de 25 com a eficiência de 100%. Ou seja, são, pelo menos, 20 anos que você
vai “ganhar” todo mês o valor que você paga hoje na sua conta de luz. Você economiza
energia e ainda ajuda o meio ambiente!

Mão na massa!

Agora que você já sabe alguns dos principais hábitos que podem te fazer economizar
energia, está na hora de agir. Se você ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre
essas dicas, clique aqui para entrar em contato com a nossa equipe!

Se você gostou do conteúdo e quiser ficar por dentro de mais artigos como esse, confira
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ESTIMULANDO O CONSUMO CONSCIENTE


DE ENERGIA ELÉTRICA

ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O professor de Física pode desenvolver atividades que, além de


reforçar o estudo sobre os conceitos que envolvem eletricidade,
estimulam o consumo consciente de energia elétrica.
O professor de
Física pode estimular os alunos a realizarem um consumo consciente de energia elétrica.

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O professor de Física, além de criar os mecanismos necessários para a


compreensão dos conceitos relacionados à eletricidade, pode
desenvolver um trabalho de conscientização e estimular o consumo
consciente de energia elétrica. Os pontos a seguir trazem ideias de
como trabalhar a questão do consumo de energia no século XXI.

● Por que economizar energia elétrica?

A geração de energia elétrica de forma limpa, sem agressões à natureza,


representa uma porcentagem muito tímida no total de energia gerada no
Brasil. O professor pode incentivar os alunos a pesquisarem nos
anuários fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia os percentuais
de energia gerada e consumida no Brasil e no mundo.

Nessa etapa, o importante é mostrar aos alunos que um consumo


consciente pode diminuir os impactos sofridos pela natureza por causa
da geração de energia elétrica. Segundo especialistas, os impactos
ambientais para a geração de energia elétrica seriam diminuídos se cada
cidadão passasse a economizar, em média, 15% de toda energia
consumida em sua residência.

● Quais aparelhos consomem mais energia?

Os alunos devem listar os aparelhos elétricos que possuem em suas


casas, anotar a quantidade de cada equipamento, potência indicada pelo
fabricante e o tempo médio de funcionamento de cada aparelho. A partir
dessas informações, pode-se determinar a energia consumida e
diagnosticar quais são os equipamentos que mais consomem energia
elétrica.

● Gráfico do consumo

Diariamente os alunos deverão anotar o valor indicado no relógio


medidor de energia elétrica. De posse dos valores, o consumo diário
poderá ser estimado, um gráfico de consumo mensal poderá ser criado
e a média de consumo mensal poderá ser calculada. As informações
sobre o consumo anotadas pelo aluno deverão ser comparadas com as
informações disponibilizadas na conta de energia emitida pela
companhia elétrica. A cada marcação diária maior que a anterior, o
aluno deverá levantar hipóteses a respeito dos motivos pelos quais o
consumo de energia foi maior naquele dia.

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● Ações

Os alunos devem ser estimulados a desenvolver ações para diminuir o


consumo de energia:
1. Trocar lâmpadas incandescentes por fluorecentes ou de LED;
2. Manter apagadas as luzes de ambientes desocupados;
3. Em dias quentes, utilizar o chuveiro na posição verão;
4. Diminuir o tempo de banho;
5. Não deixar as portas de geladeiras ou freezers abertas por
muito tempo;
6. Não utilizar o aparelho de ar-condicionado em temperaturas
muito baixas, etc.
● Relatório final

O relatório final elaborado pelo aluno deve conter os dados de consumo


e geração de energia fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia, os
gráficos de consumo residencial mensal no período estipulado pelo
professor, a lista de equipamentos, o tempo de consumo diário, bem
como um relato sobre as medidas adotadas para diminuir o consumo de
energia.

Após a entrega dos relatórios, é importante a discussão em grupo dos


dados obtidos e de seus impactos sobre a realidade de cada aluno.

Circuito elétrico
Circuitos elétricos são um conjunto de dispositivos de funções
diversas, os quais são conectados por meio de fios condutores e
ligados em uma fonte de tensão elétrica qualquer.
O
circuito elétrico é o conjunto de equipamentos que promove a passagem de corrente
elétrica.
Circuito elétrico é uma ligação de dispositivos, como geradores,
resistores, receptores, capacitores, indutores, etc., feita por meio de
um fio condutor, que permite a passagem de cargas elétricas pelos
elementos do circuito. A corrente elétrica passa pelo circuito graças à
aplicação de uma diferença de potencial elétrico, produzida por uma
fonte de tensão.

Veja também: Cinco coisas que você precisa saber sobre eletricidade

Elementos dos circuitos elétricos

Os circuitos elétricos podem conter uma grande quantidade de


elementos variados, com funções diversas, tais como produzir calor,
armazenar cargas elétricas, interromper a passagem da corrente
elétrica etc. Vamos conferir alguns dos mais importantes elementos
presentes nos circuitos elétricos.

Geradores: transformam diversas formas de energia em energia


elétrica. A principal função do gerador é provocar uma diferença de
potencial entre os terminais dos circuitos elétricos, de modo que a
corrente elétrica possa fluir. Pilhas, baterias e tomadas são exemplos
de geradores.
O gerador é
simbolizado por duas barras paralelas de tamanhos diferentes
● Resistores: dissipam energia elétrica exclusivamente na forma
de calor. Esse fenômeno é conhecido como Efeito Joule.
Quanto maior é a resistência elétrica do resistor, menor é a
corrente elétrica a atravessá-lo. Panelas elétricas e chapinhas
são exemplos de resistores.

Os resistores
são geralmente representados com um zigue-zague
● Receptores: convertem energia elétrica em energia cinética. O
ventilador, a batedeira, o liquidificador, o ar-condicionado e a
geladeira são exemplos de receptores, pois, dentro deles, há
um motor elétrico que produz movimento ou que comprime
algum tipo de gás. O símbolo usado para representar os
receptores é igual ao símbolo dos geradores, no entanto, nos
receptores, a corrente elétrica sempre flui do menor potencial
elétrico para o maior potencial elétrico.

O motor
elétrico, como o mostrado na imagem, é um tipo de receptor.
● Capacitores: armazenam cargas elétricas quando submetidos a
alguma diferença de potencial. São utilizados na maior parte
dos circuitos elétricos, tanto para o armazenamento de cargas
quanto para estabilizar o fluxo de elétrons no circuito.

Os
capacitores são representados por duas barras paralelas de mesmo tamanho.
● Dispositivos de controle: são usados para medir diferentes
parâmetros do circuito, como tensão elétrica e corrente
elétrica. Os amperímetros, voltímetros e multímetros são
exemplos de dispositivos de controle.

O
multímetro é um dispositivo usado para medir tensão e corrente elétrica
● Dispositivos de segurança: Fornecem um mecanismo de
interrupção da corrente elétrica caso ela exceda o limite de
segurança. O fusível e o disjuntor são dispositivos de
segurança.

Os
fusíveis geralmente são representados por um retângulo atravessado por uma reta
horizontal.
Tipos de circuitos elétricos
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Existem circuitos elétricos simples, que são aqueles dotados de


somente um dispositivo elétrico, que é conectado diretamente a um
gerador por meio de fios condutores, mas também há circuitos
elétricos em que há mais de um elemento, nesse caso, formando
circuitos mais complexos. Esses circuitos mais complexos podem ser
classificados em: circuitos em série, em paralelo ou mistos (quando há
ligações em série e em paralelo no mesmo circuito).

● Circuito elétrico em série


No circuito elétrico em série, os elementos são conectados no mesmo
fio e só há um caminho para a passagem da corrente elétrica. Por esse
motivo, a corrente elétrica é igual em todos os elementos do circuito. O
mesmo não pode ser dito a respeito da tensão elétrica, que cai à
medida que a corrente elétrica passa por esses elementos.

No
circuito elétrico em série, os elementos são ligados ao longo do mesmo fio.
→ Circuito elétrico em paralelo

No circuito elétrico em paralelo, há pelo menos dois caminhos em que


a corrente elétrica pode fluir. Nesse caso, todos os elementos que
estão conectados em paralelo ficam submetidos à mesma tensão, no
entanto a corrente que passa por cada fio depende da resistência
elétrica do elemento que se encontra em cada fio.

No
circuito elétrico em paralelo, a corrente elétrica tem mais de um caminho para percorrer.
Além dos circuitos em série e em paralelo, existe o circuito
misto. Nos circuitos mistos, há dispositivos conectados tanto
em série quanto em paralelo no mesmo ramo (fio).

Cálculo do consumo de energia elétrica


O cálculo de energia elétrica é feito com base na potência do aparelho, em
quilowatt-hora, e no tempo em que o aparelho permanece ligado, em horas.
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O cálculo da energia elétrica consumida pelos aparelhos eletrodomésticos


pode ser feito com base na potência e no tempo em que cada um desses
aparelhos permanece ligado, de modo que a energia elétrica consumida seja
calculada em quilowatt-hora (kWh). Saber calcular o consumo de energia é de
grande importância para um uso consciente da energia elétrica. Além disso,
esse é um assunto bastante popular nas provas do Enem.

Veja também: Dicas que te ajudarão a estudar Física para fazer a prova do
Enem

Tópicos deste artigo


● 1 - Como fazer o cálculo do consumo de energia

● 2 - Exercícios sobre o consumo de energia elétrica

Como fazer o cálculo do consumo de energia


Para calcularmos o consumo da energia elétrica, basta sabermos qual é a
potência do aparelho, bem como o tempo em que esse aparelho funciona. A
fórmula que usamos para calcular o consumo da energia elétrica é a seguinte:

P – potência (kW)

Δt – intervalo de tempo de uso (h)

Essa fórmula mostra que o consumo de energia elétrica, que é medido kWh,
pode ser calculado pelo produto entre a potência (em kW), que geralmente é
informada no aparelho, e o intervalo de tempo de funcionamento desse
aparelho (em horas).
A
energia elétrica é distribuída por meio de fios condutores sustentados por postes.

Como exemplo de cálculo, faremos uma estimativa de qual é o consumo de


energia elétrica de um chuveiro convencional. Para tanto, vamos considerar
um chuveiro de 4500 W (4,5 kW) que é utilizado 1,5 h (1h e 30 minutos) por
dia, durante 30 dias:

O cálculo feito acima indica que esse chuveiro consome cerca de 202,5 kWh
por mês. Para sabermos o impacto desse consumo no preço da conta de luz, é
necessário verificar qual é a média do preço do kWh em sua fatura de energia
elétrica, uma vez que esse valor muda de acordo com a região do Brasil.
Vamos utilizar aqui o valor de R$ 0,70 por kWh. Acompanhe:
O resultado obtido nos fornece uma ideia do consumo mensal de energia por
um chuveiro elétrico, que é um dos maiores vilões do consumo elétrico mensal.
Algumas estratégias podem ser utilizadas para minimizar os gastos com os
banhos, como reduzir o seu tempo de duração, utilizar o chuveiro em
temperaturas mais baixas ou, ainda, utilizar outras formas de aquecimento de
água, como o gás ou o aquecimento solar.

SUSTENTABILIDA
DE
ABRINDO OS CAMINHOS PARA A

DESCARBONIZAÇÃO
Alcançar as metas climáticas dependerá da combinação de várias abordagens
e soluções diferentes. Um exemplo disso é a captura de carbono para
reutilização. A captura e utilização de carbono (CCU) é um componente
fundamental do quebra-cabeça da descarbonização, e a SABIC é pioneira
nesse mercado.

TALHERES REUTILIZÁVEIS FEITOS COM

RECURSOS NATURAIS
Hoje, um dos maiores desafios que a indústria alimentícia enfrenta é reduzir o
impacto ambiental e o uso de recursos de origem fóssil para talheres
descartáveis, e permitir a plena reciclabilidade e a conformidade com os
rigorosos padrões da indústria de embalagens de alimentos sem afetar a
qualidade.

MATERIAIS RECICLADOS QUE PROTEGEM

NOSSA SAÚDE E O PLANETA


A SABIC se uniu à Fibertex Personal Care, uma das maiores fabricantes
mundiais de não tecidos pelo processo spunbond para a indústria de higiene.
O resultado dessa colaboração foi a primeira linha de não tecidos do mundo
baseada em plásticos reciclados.

ACELERAR A ELETRIFICAÇÃO É

ACELERAR UM FUTURO SUSTENTÁVEL.


A eletrificação de veículos se tornou parte importante da busca por um futuro
mais sustentável.

COLABORAÇÃO: CRIANDO UM FUTURO

SUSTENTÁVEL
Nossas parcerias estão ajudando a reduzir os gases do efeito estufa, diminuir
o desperdício e conscientizar os jovens quanto à sustentabilidade.

TRANSFORMANDO O DESPERDÍCIO DE

CO2 EM FERTILIZANTE
Na nossa megainstalação de captura e purificação de CO 2, podemos reutilizar
até meio milhão de toneladas de emissões de resíduos que, de outra forma,
seriam lançadas na atmosfera. Uma parte considerável do CO2 capturado é
usada para produzir ureia, um agronutriente à base de nitrogênio muito
utilizado para gerar colheitas mais abundantes.
MENOS DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS
Mais de um terço da comida do mundo se perde no caminho entre a lavoura e
o prato. As embalagens inovadoras da SABIC estão ajudando empresas e
consumidores no mundo todo a reduzir o desperdício de alimentos. As
embalagens multicamadas feitas com poliolefinas SABIC® proporcionam
maior conservação dos alimentos, evitando vazamentos com uma solução
leve e com alta capacidade de vedação.

VIABILIZANDO A ECONOMIA CIRCULAR


As colaborações da SABIC estão tornando possível criar materiais de
qualidade alta o suficiente para embalagens de alimentos, retornando
complexos resíduos plásticos de baixa qualidade ao seu estado original.
Assim, podemos usar, reutilizar e criar novos usos dos nossos recursos sem
precisar de novos o que torna a economia circular uma realidade.

AJUDANDO NOVAS GERAÇÕES A SE

INTERESSAR PELA SUSTENTABILIDADE


Por meio de parcerias com ONGs educacionais, a SABIC está ajudando a
próxima geração a conhecer o que há de mais moderno na área de
sustentabilidade. Nossas parcerias alcançam e educam mais de 100.000
alunos em 22 países. Trabalhar com escolas para tornar a sustentabilidade
parte de nosso futuro coletivo é uma parceria que promove a prosperidade e
assegura nosso futuro.

Energias renováveis
Energias renováveis para um futuro mais sustentável.
Nossa ambição é nos tornarmos uma empresa com emissões líquidas
zero até 2050. Até 2030, temos o objetivo de reduzir as emissões
líquidas de gases de efeito estufa em todo o grupo em 50%, com a
meta de que 90% disso seja entregue como reduções absolutas.
Nossa estratégia é transformar e posicionar a Equinor para liderar a
transição energética. Esperamos que mais de 50% de nossos
investimentos brutos em 2030 sejam direcionados para energias
renováveis e soluções de baixo carbono.
Nosso objetivo é acelerar o crescimento em energias renováveis,
sendo uma das principais empresas em eólica offshore globalmente e
assumindo posições onshore em mercados selecionados.

O Brasil é muito rico em recursos naturais. O país tem grande


potencial tanto em óleo e gás quanto em energias renováveis,
especialmente em energia eólica e solar. O amplo potencial dos
recursos energéticos faz do Brasil uma das áreas-chave da empresa
nesse sentido e um dos países onde a Equinor tem buscado
ativamente oportunidades em energia renovável.
O futuro da energia começa hoje.
Além das suas atividades nas áreas de petróleo e gás natural, a
Equinor está investindo cada vez mais em energias renováveis,
buscando um melhor equilíbrio do seu portfólio.
Ao longo dos últimos anos também já começamos o
desenvolvimento do nosso portfólio de renováveis no Brasil.
O Complexo Apodi é a primeira usina solar do portfólio global
da Equinor e está localizado no estado do Ceará, provendo energia
para quase 200 mil famílias brasileiras.
Em 2020, adquirimos uma participação na brasileira Micropower, que
atua em sistemas de armazenamento de baterias e que vemos como
parte importante do desenvolvimento de tecnologias necessárias
para aceleração do processo de transição energética.
A pegada de CO2 para o campo de Peregrino será reduzida em 100
mil toneladas por ano – equivalente às emissões de 50 mil carros
rodando anualmente – após o início das operações da nova
plataforma fixa que será conectada ao campo. Nesta plataforma
haverá soluções de digitalização para otimizar o consumo de energia,
além da introdução de turbinas de energia movidas a gás para reduzir
drasticamente o consumo de diesel no campo.

Nas licenças operadas por parceiros, compartilhamos nossa


competência com as operadoras e também aprendemos com a
experiência delas para atingir nossas metas climáticas e criar valor
compartilhado, buscando a eficiência energética que apoiará a
redução de CO2.
Energia solar

Previsão de céu claro, sol forte e energia abundante.


Melhores tecnologias e custos mais baixos transformaram a energia
solar em uma fonte energética cada vez mais atraente, competindo
com fontes tradicionais em mercados importantes.
A Equinor decidiu entrar no mercado de energia solar, começando
pelo Brasil.
O complexo Apodi, inaugurado em novembro de 2018, é a primeira
iniciativa da Equinor em energia solar, e está localizado em Quixeré,
no Ceará. Um complexo gigantesco com 500 mil painéis solares, que
ocupam um espaço equivalente a 300 campos de futebol e
capacidade instalada de 162MW.
Apodi é operado pela nossa parceira norueguesa Scatec Solar, e
também conta com sócios brasileiros do consórcio ApodiPar.
A Equinor também fechou um acordo de cooperação exclusiva com
a Scatec Solar para continuar desenvolvendo outros projetos solares
no Brasil nos próximos anos.

O Complexo Apodi é uma demonstração de como a energia solar


pode oferecer à Equinor oportunidades de crescimento lucrativas e
em escala. A energia limpa produzida pela planta equivale a uma
redução de CO2 de aproximadamente 200 mil toneladas por ano.

Energia eólica offshore

Os ventos sopram a nosso favor.


O mar sempre foi a nossa segunda casa, então nada mais natural do
que utilizá-lo em nossos projetos eólicos offshore.
Utilizando nossa experiência offshore na instalação de usinas eólicas
de grande porte desenvolvemos uma tecnologia própria de
plataforma flutuante que permite a captação da energia eólica em
áreas de águas profundas.
Foi assim que, em 2017, começamos a produção de energia eólica em
nosso primeiro parque eólico flutuante, o que tornou a Equinor,
referência mundial no segmento e na vanguarda deste
desenvolvimento.
Atualmente, a energia fornecida pelos nossos parques eólicos
abastece milhares de lares na Europa.

E este é o exemplo que queremos seguir para o Brasil. Com sua vasta
costa, o país possui um grande potencial para instalação de fazendas
eólicas offshore com grande capacidade de produção.
Conheça os projetos eólicos da Equinor no mundo (em inglês)
Solução em carbono

Porque o futuro depende de todos. Inclusive da gente.


Ações cotidianas e essenciais como tomar banho, cozinhar e
deslocar-se para o trabalho representam, ao final de um ano, 1,6
tonelada de CO2 liberada na atmosfera por uma única pessoa. Nossa
operação ainda não está livre da liberação de carbono, mas estamos
trabalhando para reduzir seu impacto no meio ambiente.
Desde 1990 estudando e desenvolvendo o processo, a Equinor é
pioneira na captura e armazenamento de carbono (CCS). Atualmente
a principal tecnologia de descarbonização de combustíveis fósseis é
uma importante medida de longo prazo para reduzir as emissões de
CO2 globalmente

Nós operamos alguns dos maiores projetos em todo do mundo,


capturando e armazenando mais de 23 milhões de toneladas de CO2
até hoje em dois campos na Noruega. Em nossa pesquisa,
pretendemos contribuir para o desenvolvimento de projetos de
captura e armazenamento de carbono em escala comercial.
A transição energética é uma mudança de paradigma que envolve não só a geração

de energia, mas também o consumo e o reaproveitamento dela. O conceito parte da

migração de matrizes energéticas poluentes – como combustíveis fósseis à base de

carvão ou petróleo – para fontes de energia renováveis, como hidrelétricas, eólicas,

solares e de biomassas.

Mas não é só isso. O olhar da transição energética se estende para o meio ambiente,

gestão de resíduos, eficiência energética, digitalização e outros meios necessários


para que atinjamos o objetivo comum de reduzir as emissões de gases de efeito

estufa (GEE) e as suas consequentes influências nas mudanças climáticas.

Neste conteúdo, você entenderá a transição energética nos seguintes tópicos:

● Definindo o termo
● O significado dessa mudança
● O que é esse movimento?
● Como está essa jornada no país?
● A evolução além da energia
● Digitalização no setor elétrico
● A ENGIE nesse contexto

Definindo o termo
A transição – ou transformação – energética é o caminho mais necessário para a

evolução da economia de baixo carbono. Transição pressupõe passagem, ou

evolução, de uma condição a outra. Quando falamos em transição energética,

portanto, tratamos de um novo estado das coisas, com um olhar mais amplo e

sistêmico para a sustentabilidade ambiental e social.

O significado dessa mudança


“A transição energética é muito mais uma tomada de consciência sobre o atual

modelo de produção, consumo e reaproveitamento da matéria e energia, e sobre a

influência disso nas mudanças climáticas. Precisamos refletir sobre a origem e a

eficiência energética de toda a cadeia de valor dos produtos e serviços que cada um

de nós, cidadãos, empresas e instituições consumimos, aí incluindo o pós-consumo”,

afirma a gerente de Meio Ambiente, Responsabilidade Social Corporativa e

Transição Energética da ENGIE, Flávia Teixeira.

O que é transição energética?


A transição energética engloba não só a geração e consumo de energia de baixo

carbono, como também a forma como otimizamos a utilização de bens e serviços. O

significado de transição energética passa também por mudanças na estrutura social,

econômica, política e cultural, e pressupõe o reconhecimento de que é insustentável,

sob todos os aspectos, inclusive econômico, continuar consumindo recursos naturais

na velocidade atual.

Há, por exemplo, uma grande oportunidade na área de eficiência energética, termo

que remete à capacidade de conseguir o melhor rendimento, com menor uso de

recursos e sem abdicar da qualidade. Empresas e governos devem buscar

equipamentos mais eficientes, por exemplo, além de racionalizar o uso do solo e da

água, acelerar a economia circular, otimizar a geração das usinas hidrelétricas, os

sistemas de transmissão, etc.

Transição energética no Brasil


A produção e consumo de energia a partir de fontes renováveis é um aspecto tão

importante quanto o acesso à energia elétrica no Brasil. Segundo o Banco Mundial,

ainda existem 840 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica no mundo e é por

isso que se fala em transição justa, pois ainda não é possível equilibrar o sistema e

aumentar o acesso à energia somente com fontes renováveis em todos os casos.

Nesse cenário, o gás natural funciona muitas vezes como um combustível

intermediário, pois, embora seja de origem fóssil, tem menor emissão de CO2 em

comparação a outros combustíveis fósseis.

No Brasil, por exemplo, apesar da universalização da energia estar bem avançada,

há populações isoladas que dependem de usinas termelétricas ou outras soluções

locais. Atualmente, essa condição representa menos de 1% da carga total do sistema.


Contudo, o país já tem um sistema energético renovável considerável, que pode

representar 50% da matriz em 2022. Em termos de energia elétrica renovável,

estamos ainda mais avançados, com cerca de 85% da nossa matriz de geração

dentro desse espectro.

Prova do nosso bom desempenho é em relação ao ODS-7, que trata de energia

limpa. Isso se reflete na baixa participação do setor elétrico no total das emissões

brasileiras de gases do efeito estufa (GEE).

“Boa parte das emissões no exterior vem da geração de energia, devido ao peso das

fontes fósseis na matriz. No Brasil é diferente, pois a nossa matriz é bastante

renovável. Por isso, precisamos avançar na transição como um todo, da produção ao

consumo de energia. O debate para reduzir as emissões precisa ser aprofundado

para além da energia”, diz Giuseppe Signoriello, consultor de transição energética

da ENGIE.

Mudanças nas áreas de transporte, solo e


aproveitamento de resíduos
Por isso, a transição energética para uma economia de baixo carbono no Brasil deve

passar, inclusive, por mudanças nas áreas de transporte, uso do solo e

aproveitamento de resíduos. No transporte, essencialmente o rodoviário, a sociedade

e os governos devem avaliar alternativas como a eletrificação de ônibus e caminhões

e o uso de combustíveis renováveis, como o biogás, o biometano e o etanol.

“No caso do etanol, o grande incentivador de uso ainda é o preço. Mas a transição

energética deve ir além disso. Deve ser o reconhecimento de toda uma cadeia de

consumo e suprimento por trás desse combustível”, afirma o gerente de Meio

Ambiente e Responsabilidade Social da ENGIE Brasil Energia, José Magri.

Fontes renováveis de energia


Entre as principais fontes de energia utilizadas no Brasil, as renováveis têm grande

destaque, representando 48,4% da matriz energética nacional. E a tendência é de


que esse percentual aumente nos próximos anos, em busca da neutralidade na

emissão de carbono no país.

Entenda quais são as principais fontes renováveis de energia, segundo dados da

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgados no Relatório Síntese 2021:

Hidrelétrica

A energia proveniente de hidrelétricas responde por 65,2% da matriz elétrica

nacional. Trata-se de uma fonte renovável, sem emissão de poluentes. Normalmente,

são empreendimentos que causam impactos positivos nas regiões em que estão

implantados, pois adotam boas práticas de conservação ambiental, mitigação de

impactos e contribuições para a comunidade local.

Eólica
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia

eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que

chegue a 13,6% ao fim de 2025.

Solar
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práticas para metas Net Zero
Transição Energética

Diversidade nos setores tradicionais da economia


A energia solar representa 1,7% da matriz elétrica do país, de acordo com a EPE.

Somente em 2020, a capacidade instalada em energia solar fotovoltaica cresceu 66%

no país, impulsionada, principalmente, pela geração distribuída.

Nuclear
O uso de energia nuclear, no Brasil, foi de somente 2,2% em 2020 – menos que os

2,5% de 2019. Mas, especificamente na geração termelétrica, essa fonte tem uma

participação um pouco maior (8,9%).

Gás Natural
A média diária de produção do ano foi de 127,8 milhões de m³/dia e o volume

importado foi de 26,3 milhões de m³/dia. O gás natural participa com 11,8 % na

matriz energética nacional, mas sua demanda recuou 6,0% em 2020, em relação ao

ano anterior, devido principalmente à queda do consumo industrial, da ordem de

13,3%.

Biomassa
A biomassa também apresentou crescimento em sua participação na matriz elétrica,

passando de 8,4% em 2019 para 9,1% em 2020. Trata-se de uma fonte primária de

energia, não fóssil, produzida a partir de matéria orgânica de origem animal ou

vegetal.

A evolução além da energia


Na gestão de cidades, estudos estimam que a totalidade dos resíduos sólidos urbanos

gerados pelo Brasil seria capaz de produzir energia elétrica capaz de atender ao

correspondente a 3% do consumo. Com cerca de metade dos resíduos composta por

lixo orgânico, o Brasil é o país com maior potencial para a produção de biogás, pois

além dos de origem urbana, conta com os gerados pela agroindústria.

O desafio, portanto, reside na integração entre os setores produtivos e o poder

público, na construção de políticas transversais que viabilizem a transição justa,

conciliando a inovação tecnológica e atendendo as demandas sociais.


Sendo as mudanças climáticas o maior risco global, segundo o Fórum Econômico

Mundial, torna-se premente a transição energética para a economia de baixo

carbono. Para além da geração a partir de fontes renováveis, impõe-se uma visão

mais ampla e sistêmica, em busca da máxima eficiência no aproveitamento dos

recursos, com universalização do acesso e diversificação da matriz.

No entanto, a transição energética para uma economia de baixo carbono não ocorre

do dia para a noite. Novos arranjos, marcos regulatórios e mecanismos de mercado

estão surgindo gradativamente para dar os incentivos corretos para que a transição

ocorra. Um deles é a precificação do carbono. Embora não seja uma solução para

tudo, o mecanismo pode indicar o caminho a seguir.

Novas tecnologias do setor elétrico

A transição energética e a digital estão interligadas, pois a digitalização é

responsável por contribuir com soluções para diversos desafios na geração,

transmissão e distribuição de energia. A conectividade, por exemplo, possibilita o

ganho de eficiência e também a coleta de dados que podem ser úteis para o negócio.
A ENGIE nesse contexto
A ENGIE tem como propósito agir para acelerar a transição para uma economia

neutra em carbono por meio do consumo reduzido de energia e soluções mais

sustentáveis. Maior empresa privada de energia do Brasil e detentora da mais

extensa rede de transporte de gás natural do país, a empresa produz a maior parte

da sua energia através de fontes renováveis e oferece soluções às empresas para a

produção da própria energia, gestão e redução do consumo energético e de gás, além

de produtos voltados à descarbonização, inclusive no que envolve as cidades

inteligentes.

Assista ao videocast ou ouça o podcast Além da Energia sobre o tema Transição

Energética.

Energia Sustentável: Tudo o que você precisa


saber
A energia sustentável é a energia obtida a partir de recursos inesgotáveis.
Por definição, a energia sustentável atende às necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as
suas necessidades. Leia aqui tudo o que você precisa saber sobre energia
sustentável
O que é energia sustentável?
Antes de compreender tudo sobre energia sustentável, é essencial
apresentar o significado do conceito. Energia sustentável é toda energia
elétrica originada a partir de fontes renováveis que não geram impactos ao
meio ambiente, como a energia solar fotovoltaica e a eólica.

As principais fontes de energia sustentável


Veja exemplos de energias sustentáveis:

● Energia hidroelétrica
● Energia solar
● Energia eólica
● Energia das ondas
● Energia geotérmica
● Bioenergia
● Energia das marés
● e também as tecnologias destinadas a melhorar a eficiência energética.

Os prós e contras da energia sustentável


Solar Fotovoltaica
Contra: Investimento inicial alto, similar ao valor de um carro usado;

Pró: Energia limpa, renovável e abundante a partir do sol;


Pró: Alta durabilidade, dura mais de 25 anos;

Pró: Valoriza a sua casa ou marca de sua empresa;

Pró: Permite que você se torne independente energeticamente

Saiba mais: Casa sustentável

Energia Eólica:
Contra: Locais de geração normalmente longes do ponto de consumo. Ex:
Parque eólicos afastados de cidades.

Pró: Impacto ambiental mínimo, mas em áreas com aerogeradores


alguns acidentes podem acontecer com pássaros.

Pró: Geração de empregos

Pró: Energia Limpa e renovável, proveniente da força dos ventos.

Pró: Preço da energia altamente competitivo

Energia Hidroelétrica:
Contra: Sazonal – quando chove pouco acaba a energia

Pró: Abundante no Brasil e não emite gases do efeito estufa

Pró: O reservatório de água de uma hidrelétrica serve como uma bateria.


Armazena água para gerar energia quando é necessário.

Qual é a melhor forma de se utilizar as energias sustentáveis?


A melhor forma de se utilizar energias sustentáveis é combinando umas
com as outras, diversificando a matriz energética. Se investirmos mais em
energia solar e eólica podemos aproveitar períodos de secas, que
interferem na geração de energia hídrica, para gerar a nossa energia com
o sol ou o vento e economizar água. Desta forma seria possível equilibrar
a balança energética brasileira minimizando ou extinguindo problemas de
secas nos reservatórios ou grandes apagões.

Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis


O desenvolvimento sustentável é caracterizado por ações que não
comprometem as gerações futuras, como um sistema de desenvolvimento
global, que se preocupa com a quantidade de extração de matéria-prima,
impactos ambientais, entre outros. Sendo assim, o exercício da
sustentabilidade defende que as necessidades de satisfazer suas
vontades atualmente não podem prejudicar seus filhos, netos e bisnetos,
por exemplo.

Enquanto isso, as energias renováveis, basicamente, possuem origem a


partir de recursos naturais que são constantemente reabastecidos, como o
sol, vento, água, marés e ondas. No entanto, um tipo de energia
renovável não é, necessariamente, uma energia sustentável, visto que ela
precisa ser inesgotável. Portanto, a sustentabilidade trata-se apenas de
uma forma de manter o desenvolvimento energético atual, podendo
esgotar a qualquer momento.

Desta forma, o desenvolvimento sustentável só é estabelecido a partir da


harmonia entre três eixos essenciais: ambiental, social e econômico. Para
sua evolução, tanto as energias renováveis quanto as sustentáveis são
responsáveis por medir o uso de recursos naturais, bem como preservar
o meio ambiente, a fim de alcançar um nível de desenvolvimento
ambiental, social e econômico favorável.

Energia e Sustentabilidade: Entenda a importância


Quando pensamos em energia e sustentabilidade, devemos considerar a
importância da união desses dois fatores nos dias atuais. Desta forma, a
utilização de fontes de energia renováveis é fundamental para que as
gerações futuras não sejam afetadas, uma vez que os recursos não se
esgotam e estão disponíveis gratuitamente.

A sustentabilidade possui um papel muito importante não só como fator


principal na geração de energia limpa como também em questões sociais,
econômicas e ambientais. Sendo assim, além de contribuírem para a
diminuição dos impactos ao meio ambiente, as fontes renováveis auxiliam
na economia das contas de luz em até 95%, o que permite que localidades
de baixa renda tenham acesso à energia elétrica.

Além disso, tanto o espaço urbano quanto rural têm crescido amplamente,
o que implica na maior utilização de energia convencional, auxiliando cada
vez mais em questões como a emissão de gases poluentes,
desmatamento e aquecimento global. Portanto, o aproveitamento de
recursos renováveis é essencial para a manutenção do nosso planeta de
modo sustentável, garantindo um futuro com segurança energética para
nossos familiares.

Neste sentido, utilizar tipos de energia limpa, como a solar, significa


pensar adiante e contribuir para que, a longo prazo, os índices de poluição
e espalhamento dos gases de efeito estufa diminuam e não afetem a
nossa atmosfera. Isso fará com que as paisagens naturais não sejam
alteradas, além de manter a constância de fatores climáticos, que são
muito importantes para a geração de energia fotovoltaica, por exemplo.

Exemplos de sustentabilidade no dia a dia


● Economizar energia e água.
● Reciclar lixo.
● Fazer compostagem.
● Reutilizar água.
● Escolher materiais reutilizáveis.
● Separar óleo de cozinha para doação.
● Reduzir utilização de carros e motos.
● Utilizar casas ecológicas.
● Implementar políticas sustentáveis em empresas.

A energia sustentável no mundo


Você sabia que:

1. Em 2012 a Organização das Nações Unidas – ONU elegeu 2012 como


o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, no mesmo ano
que aconteceu a Rio+20.
2. De acordo com um estudo americano do ‘Brookings Institute’, a energia
sustentável cria até 3 vezes mais empregos do que os combustíveis
fósseis.
3. De acordo com o mesmo estudo, o salário das pessoas que trabalham
com energia sustentável é, em média, 13% maior em relação a média
nacional.
4. O setor de energia sustentável no Brasil está crescendo, em média, 20%
ao ano. O de energia solar deve crescer por volta de 300% em 2016 e
continuar um crescimento acelerado nas próximas décadas.

Energia Sustentável Para Todos


O Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos foi criado em 2012
pela Assembleia Geral da ONU, buscando evidenciar a importância do
desenvolvimento energético, com tecnologias mais modernas, acesso à
eficiência energética e sustentabilidade, e uso de fontes renováveis para a
geração de energia.

A importância do Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos


deve ser levada em conta tendo em vista que mais de 3 bilhões de
pessoas em países subdesenvolvidos dependem de recursos como
biomassa e carvão para cozinhar e aquecer, além de 1,5 bilhão de
pessoas não terem acesso à eletricidade.

Dito isso, o projeto visa mobilizar a população global para atingir três
principais objetivos até o ano de 2030:

1. Garantir acesso universal a serviços energéticos modernos;


2. Duplicar a taxa de melhoria da eficiência energética;
3. Dobrar a participação de energias renováveis na matriz energética
global.
Além disso, a expectativa é que a proposta alcance metas como o
impulsionamento da proteção ambiental, a inclusão social e a prosperidade
econômica em nível global, o que certamente irá auxiliar no
desenvolvimento de diversos países, alterando o cenário atual da crise.
Porém, existem alguns obstáculos a serem superados, como a garantia de
incentivos governamentais de cada país, necessitando de um consenso
positivo.
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A energia sustentável no Brasil


Não é preciso pensar muito sobre a utilização da energia sustentável no
Brasil para conhecer seus diversos benefícios, como a preservação do
meio ambiente, economia nas tarifas de luz e facilidade de recursos
naturais no país, por exemplo. Por isso, seu aproveitamento vem sendo
cada vez mais favorável, tanto para uso individual quanto conjunto em
estabelecimentos comerciais e indústrias.

O Brasil, portanto, fica atrás apenas de grandes países como China e EUA
no ranking de produção de energia renovável, com fontes alternativas
como energia hidráulica, eólica, solar e biomassa. Desta forma, é válido
destacar que o mercado de energia solar está desenvolvendo-se cada vez
mais, necessitando somente de incentivos governamentais para a
diminuição dos custos de aquisição e instalação, a fim de aumentar o
número de usuários no país.
De acordo com dados de 2019, o aproveitamento de fontes de energia
renováveis é predominante nas seguintes fontes de energia limpa:

Energia Hidráulica Energia Eólica Energia Biomassa Energia Solar

61% 9% 8% 1%

Saiba mais: O que é energia eólica

Embora a energia solar esteja em última colocação da matriz energética


brasileira, acredita-se que em apenas alguns anos ela se tornará a
principal fonte de energia renovável em utilização no Brasil. Por ser limpa e
inesgotável, temos a certeza que haverá luz do sol para a captação de
energia durante muitas gerações, tornando a produção de eletricidade
simples, eficiente e sustentável.

Incentivos ao uso da energia sustentável no Brasil


A ANEEL criou em 2012 a RN482/12 que regula o mercado de sistema de
energia sustentável conectados na rede elétrica. Desta forma incentivando
o uso dessas fontes no Brasil.

Basicamente a regulamentação normativa 482 de 2012 permite você trocar


créditos de energia coma a rede da distribuidora, assim produzindo a sua
própria energia elétrica e o excesso vira um crédito para ser utilizado em
um dia que seu sistema produza pouca energia (como durante a noite que
não tem sol ou em um dia que não tenha vento – no caso da eólica).

Este foi sem dúvida o maior e mais importante incentivo ao uso de


energias sustentáveis no Brasil. Este sistema de “compensação de
créditos” criado pela ANEEL baseia-se nos modelos internacionais
utilizados na Europa, EUA, Austrália, Índia e Ásia como um todo.

Para saber mais sobre esta lei visite a nossa página sobre a
Regulamentação dos Créditos de Energia e, para entender como
funciona a autoprodução de energia em sua casa ou empresa, visite a
nossa página Como Funciona o Sistema de Energia Solar Conectado
na Rede Elétrica.

Como ocorre a produção de energia sustentável


A produção de energia sustentável inicia a partir da utilização das fontes
de energia renováveis, como energia solar, eólica, biomassa, hidráulica e
entre outras. Sendo assim, o desenvolvimento dessas energias contribui
para questões ecológicas e econômicas, trazendo diversos benefícios ao
nosso planeta, além de uma solução para os momentos de crise.

No entanto, a matriz energética brasileira ainda é predominantemente


composta por combustíveis fósseis e minerais, o que resulta na emissão
de gases poluentes, desmatamento e aumento do aquecimento global. Isto
posto, para evitar que mais impactos ambientais perpetuem, a expectativa
é de que até 2035 a produção de energia sustentável seja a mais indicada
em todos os países.

A energia renovável, portanto, pode ser gerada de diferentes formas, como


a Solar, que recebe a luz do sol através dos painéis solares fotovoltaicos e
realiza a conversão em energia elétrica por meio do inversor solar, ou a
Eólica, que os aerogeradores captam a força dos ventos a fim de gerar
energia.

Além disso, a produção de energia por meio hídrico é feita pelas centrais
hidroelétricas associadas a barragens de grande ou média capacidade,
onde a energia é produzida, e a Biomassa é gerada a partir da queima de
materiais orgânicos, como o bagaço da cana-de-açúcar, madeira e óleos
vegetais.

Porque a Energia Solar é Sustentável e Como ela pode ajudar


nas cidades:

A energia solar pode ser considerada sustentável pelos seguintes fatores:

● Pouca ou nenhuma emissão de gases tóxicos;


● É uma fonte de energia enorme e renovável;
● É independente, autoprodutiva;
● E é uma rede de energia confiável e segura
Não só a energia solar pode ser considerada sustentável, mas as demais
como eólica, solar, hidrelétrica e biomassa oferecem benefícios
substanciais para nosso clima, nossa saúde e nossa economia, abaixo
falaremos mais sobre esses pontos:

a) Pouca ou nenhuma emissão de gases tóxicos e de aquecimento global


– As fontes de energia sustentável praticamente não emitem gases ou
geram resíduos que fazem mal para a nossa saúde. Imagine uma cidade
toda com carros elétricos? Como seria a qualidade do ar?!

b) Uma fonte de energia enorme e renovável


– Você sabia que somente o potencial de energia solar no Brasil, se fosse
todo aproveitado, seria suficiente para gerar mais de 10 vezes a energia
que todos nós consumimos! Sabendo que esta fonte de energia
sustentável é renovada anualmente, teríamos energia para sempre sem
nos preocuparmos nunca mais.

c) Autoprodução: a independência Energética


– Se você possui um gerador de energia solar em sua empresa ou casa,
não precisa mais se preocupar com o preço da sua conta de luz. Você é
um autoprodutor e conquistou a sua independência energética.

d) Uma rede de energia mais confiável e segura


– Fontes como a Solar ou Eólica são menos propensas a falhas em grande
escala, porque elas são distribuídas e modulares. Os sistemas estão
espalhados por uma grande área geográfica (como no telhado das casas
ou empresas), de modo que um evento de tempo severo, como uma
tempestade em um local específico, não vai cortar a energia para toda
uma região.

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