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Benjamim Iassine

Bernardino Bernardo João


Cândida Daniel
Galson Fernando Iampita

Observação da Mucosa Interna da Boca, Osmose em células vegetais da Alface e


Translocação de nutrientes pelo Floema
(Licenciatura em Ensino de Biologia)

Universidade Rovuma
Lichinga
2020
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Benjamim Iassine

Bernardino Bernardo João

Cândida Daniel

Galson Fernando Iampita

Observação da Mucosa Interna da Boca, Osmose em células vegetais da Alface e


Translocação de nutrientes pelo Floema

(Licenciatura em Ensino de Biologia)

Relatório da cadeira de Biologia Celular e


Molecular a ser entregue no departamento
de Ciências, Tecnologia, Engenharia, e
Matemática no curso de Biologia para fins
avaliativos sob orientação do Msc
Balduíno Aleixo

Universidade Rovuma

Lichinga

2020
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Resumo

A aula laboratorial consistiu na prática de 4 experienciais levadas a cabo para a observação de


resultados a nível micro e macroscópico. Para a realização da prática I, que consistiu na observação
microscópica da Mucosa interna da boca foi necessário o uso de materiais tais como palito de fósforo,
lâmina histológica, lamela, conta-gotas, álcool a 70%, corante Lugol, microscópio óptico composto de
luz, placa de Petri, onde foram observados as células da mucosa da boca ao nível do microscópio
óptico composto e como procedimentos extraiu-se a amostra da mucosa da boca que foi colocada na
lâmina histológica onde foi adicionado o Lugol e foi levada ao microscópio para a observação. Já nas
práticas 2 e 3 os materiais usados foram a alface, agua, 1 prato, 1 copo, sal geladeira e corante de bolo,
onde se observou macroscopicamente o processo da osmose na folha de alface (pratica 2) e observou-
se o processo de translocação de nutrientes ao nível do floema da folha da alface também sem o uso do
microscópio (pratica 3).

Palavras-chave: Mucosa interna da boca, Alface, Osmose, Translocação de nutrientes.


4

Índice

Resumo.....................................................................................................................................III

1. Introdução............................................................................................................................6

2. Pratica I: Observação da Mucosa Interna da Boca..............................................................7

2.1 Objectivos da prática:...................................................................................................7

2.2 Materiais............................................................................................................................7

2.3 Procedimentos...................................................................................................................7

2.4 Observações e Resultados.................................................................................................7

2.5 Discussão dos Resultados..................................................................................................8

2.6 Questões de reflexão.........................................................................................................8

3. Pratica II: Osmose...............................................................................................................9

3.1 Objectivo da prática..........................................................................................................9

3.2 Experimento 1...................................................................................................................9

3.2.1 Materiais.....................................................................................................................9

3.2.2 Procedimentos..........................................................................................................10

3.2.1 Resultados.................................................................................................................10

3.3 Experimento 2.................................................................................................................10

3.3.1 Materiais...................................................................................................................10

3.3.2 Procedimentos ou métodos.......................................................................................11

3.3.3 Resultados ou observações.......................................................................................11

3.3.4 Discussão de Resultados...........................................................................................11

3.4 Questões de reflexão.......................................................................................................12

4. Pratica II: Translocação de nutrientes pelo floema...............................................................12

4.1 Objectivos da prática.......................................................................................................12

4.2 Materiais..........................................................................................................................12

4.3 Procedimentos.................................................................................................................13

4.4.Resultados Observados...................................................................................................13
5

4.5 Discussão dos Resultados................................................................................................13

Conclusões................................................................................................................................15

Referências bibliográficas.....................................................................................................16

ANEXO.....................................................................................................................................17
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1. Introdução

O presente relatório de aula prática da cadeira de Biologia Celular e Molecular, relata as


principais actividades realizadas no laboratório de biologia da Universidade Rovuma, que
consistiram basicamente em efectuar observações ao nível do microscópio óptico
composto bem como macroscopicamente.

Importa referir que o presente relatório relata os acontecimentos de 3 práticas sendo elas a
observação das células animais da mucosa da boca, a observação do processo da osmose
em células vegetais da alface e a observação do processo de translocação de nutrientes nos
vegetais a partir do floema.

A observação de células da mucosa bucal em microscópio óptico é uma prática


simples, mas que permite conhecer com maior clareza a organização celular básica:
Membrana, citoplasma e núcleo. Os conhecimentos sobre as células progridem
paralelamente ao aperfeiçoamento dos métodos de investigação.

A osmose é um tipo de transporte activo por difusão, no qual a membrana plasmática só


permite a entrada ou saída da água nas células.

O Floema é o tecido através do qual são transcolados os produtos da fotossíntese de folhas


adultas para áreas de crescimento e de reserva, Para que ocorra a translocação de solutos
na planta é essencial um sistema de comunicação.
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2. Pratica I: Observação da Mucosa Interna da Boca


2.1 Objectivos da prática:
 Observar as células animais presentes na mucosa da boca.
 Visualizar alguns organelos que fazem parte das células da mucosa da boca.

2.2 Materiais

 Palito de fósforo;
 Lâmina histológica;
 Lamela;
 Conta-gotas;
 Álcool a 70%;
 Corante Lugol;
 Microscópio óptico composto de luz;
 Placa de Petri

2.3 Procedimentos

1. Ligou-se o microscópio;
2. De seguida usando o álcool desinfectou-se as lâminas e lamelas;
3. A seguir extraiu-se a amostra da mucosa da boca dos voluntários com recurso a palito
de fósforo e depositou-se a amostra na lâmina histológica;
4. Colocou-se uma pequena quantidade de corante Lugol na placa de Petri e de seguida
com ajuda do conta-gotas extraiu-se o Lugol da placa de Petri e gotejou-se sobre a
amostra que se encontrava depositada na lâmina histológica;
5. Usando a lamela cobriu-se a amostra e levou-se a lâmina histológica com a amostra
junto ao microscópio e foi posteriormente observada.

2.4 Observações e Resultados

Observou-se em meio a vista microscópica da mostra da mucosa, estruturas ovais


devidamente delimitadas por uma parede escura. Pressupõe-se que o observado tenha sido as
células animais cuja parede escura seja a membrana plasmática.
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Figura 1: observação da mucosa. Fonte: Autor (2020)

2.5 Discussão dos Resultados

A observação de células da mucosa bucal em microscópio óptico é uma prática que permite
conhecer com maior clareza a organização celular básica: Membrana, citoplasma e núcleo.

De acordo com DESSEN e OYAKAWA (2016), as células da bochecha presentes na mucosa


interna da boca aparecem isoladas, pois o processo de raspagem com o palito de Fosforo
rompe a associação que existe entre elas, é possível observar apenas o citoplasma e o núcleo.
Não podemos observar nitidamente, mas sabemos que é a membrana citoplasmática é que está
delimitando o citoplasma. Pode se verificar sobre a superfície das células isoladas, pontos
mais escuros e em regiões da preparação que não apresentam células, ao utilizar o aumento de
1000x (objetiva de 100x e ocular de 10x), observa-se que algumas dessas estruturas
(pontinhos) apresentam a forma esférica (cocos), outras cilíndricas (bacilos) e outras
filamentosas que são as formas mais comuns das bactérias.

Com isso, pode se sustentar que o observado em laboratório foram de facto as células animais
isoladas, delimitadas por uma membrana plasmática, não foi possível observar o núcleo
devido ao estado do corante usado, como sustentado por DESSEN e OYAKAWA (2016) “O
azul-de-metileno, sendo um corante básico, auxilia na visualização das células corando o
citoplasma em azul claro e o núcleo em azul-escuro.

2.6 Questões de reflexão

1. Comparando as estruturas das células da mucosa com as células da cebola o componente


que falta é:

Fora do núcleo não foi possível observar a parede celular e os vacúolos celulares.

2. A consequência da falta desse componente para a célula da mucosa é:


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Os vacúolos são geralmente locais aonde são armazenadas substancias usadas na alimentação
ou nutrição das plantas. A consequência que a falta deste pode trazer para a célula é a falta de
matéria-prima para as reações metabólicas da célula, pós essas substâncias (algumas delas)
são usadas nestes processos.

A parede celular é uma estrutura constituida de celulose na sua composição, actua no


revestimento protector da célula, protegendo-a de ataques mecânicos e patogénicos, a
ausência desta, deixa a célula sujeita a vulnerabilidade.

3. O organelo que está representado na célula da Elodea mas que não aparece nas células da
cebola nem da mucosa é o: Cloroplasto.

A Elodea é uma planta ornamental usada em aquários e que pode ser facilmente adquirida em
lojas especializadas. É uma monocotiledónea da família Hydrocharitaceae. O uso de folhas
desta planta é ótimo para a observação do fenômeno da ciclose, uma vez que os cloroplastos
são grandes e estão dispostos em apenas duas camadas. Na observação microscópica da
Elodea, é possível observar-se a parede celular, evidentemente cloroplastos e o citoplasma.
(DESSEN e OYAKAWA, 2016)

4. As diferenças existentes entre a estrutura da célula animal e vegetal são:

Presença de parede celular e cloroplastos nas células vegetais, estruturas que se encontram
ausentes em células animais.

3. Pratica II: Osmose

3.1 Objectivo da prática

 Demonstrar a osmose em célula vegetal (alface).

O roteiro propôs dois experimentos com folha de alface. O primeiro mostrou a desidratação
da folha devido à perda de água para o meio e sua posterior reidratação através do fenómeno
da osmose.

O segundo experimento mostrou a perda de água da folha acrescentando-se sal de cozinha,


como o que ocorre ao adicionarmos tempero à salada.

3.2 Experimento 1

3.2.1 Materiais

 Alface fresca;
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 Água;
 1 Prato;
 Frigorífico.

3.2.2 Procedimentos

 Retirou-se uma folha fresca de alface, e colocou-se no prato.

 Depois levou-se o prato contendo a folha de alface e colocou-se na geladeira onde


ficou por um período de 24 horas.
 24 Horas passadas retirou-se da geladeira o prato contendo a alface, onde observou-se
macroscopicamente o resultado desta prática.
 A seguir adicionou-se água no prato contendo a folha da alface recém saída da
geladeira e aguardou-se por um período de 3 horas.

3.2.1 Resultados

Após 24 horas ao retirar da geladeira a folha da alface estava flácida (Murcha) e Apos três
(03) horas no prato com água, verificou-se que a folha da alface que encontrava-se murcha
(flácida), tinha voltado ao estado inicial, como antes de colocada na geladeira.

3.3 Experimento 2

3.3.1 Materiais

 Alface fresca;
 Água;
 1 Prato;
 1 Colher;
 Sal de cozinha (NaCl);
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3.3.2 Procedimentos ou métodos

1. Colocou-se uma folha fresca de alface em um prato;

2. Adicionou-se sal de cozinha sobre a folha com recurso a colher;

3. Esperou-se 30 minutos para observar os resultados;


4. Depois de passados os 30 minutos levou-se a mesma folha de alface (sem o sal sobre
ela), colocou-se na água e esperou-se por 45 minutos para se observar o segundo
resultado;

3.3.3 Resultados ou observações

 Após 30 minutos depois de adicionado o sal sobre a folha da alface, verificou-se que
esta se tornara murcha (Flácida).
 Passados 45 minutos depois de colocada na água verificou-se que a folha continuava
murcha.

3.3.4 Discussão de Resultados

No experimento 1 desta pratica a folha fica flácida porque perde água por desidratação na
geladeira devido ao fluxo do ar frio e seco no seu interior. Ao colocar a folha desidratada em
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água, ocorrereu uma difusão desta para o interior das células da folha, que se constitui num
meio hipertônico, com maior concentração de solutos do que a água, fenômeno conhecido
como osmose (difusão de água de um meio com menor concentração de solutos para um
meio com maior concentração de solutos).

Já no experimento 2, a folha fica com aspecto murcho devido ao sal adicionado à sua
superfície. O interior das células da alface tem menor concentração de solutos (meio
hipotônico) em relação ao sal colocado sobre a folha. A combinação do sal com a umidade do
ar proporciona que esse meio seja hipertônico em relação ao interior das células de alface,
Fazendo com que a água se difunda para fora da folha, proporcionando o aspecto murcho
que pode também ser visualizado após algum tempo que a salada foi temperada.

3.4 Questões de reflexão

1. O que é Osmose?

A osmose é um tipo de transporte por difusão (ocorre a favor do gradiente de concentração e


sem gasto de energia) no qual a membrana plasmática somente permite a entrada e saída da
água.

2. Explique detalhadamente os fenómenos por ti observados, evidenciando os respetivos


factores.

O que ocorreu em ambos procedimentos foi claramente a difusão da agua por osmose, esta
difusão deu-se devido a diferença de concentrações de soluto e solvente fora e no interior da
célula, a tendência da água se difundir de ou para célula e de garantir um equilíbrio desta no
interior e fora dela.

4. Pratica II: Translocação de nutrientes pelo floema

4.1 Objectivos da prática

 Demonstração da transladação de nutrientes pelo floema

4.2 Materiais

 Alface fresca;
 Água;
 Corante de bolo (cor vermelho);
 Copo.
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4.3 Procedimentos

1. Colocou-se no copo uma certa quantidade de água;


2. Adicionou-se e cuidadosamente uma tampa de corante;
3. Colocou-se a folha de alface (base do limbo) no copo contendo o corante, deixando a
parte superior não submersa;

4. Esperou-se um período mínimo de 24 h;

4.4.Resultados Observados

No intervalo de tempo correspondente a 24 horas, foi se verificando que a tendência da folha


a nível das nervuras foi de mudança de cor paulatinamente, pressupõe-se que a mistura
corante de bolo-agua tenha penetrado a folha e esta por sua vez conduzido entre as nervuras.

4.5 Discussão dos Resultados

De acordo com ALMEIDA (2018) as nervuras nada mais são do que feixes vasculares que se
estendem ao longo do limbo foliar, além das nervuras atuarem na distribuição de água,
nutrientes e compostos orgânicos, sua constituição fornece sustentação, resistência e
flexibilidade às folhas, pois, além dos elementos vasculares, elas apresentam colênquima e
esclerênquima, tecidos responsáveis pela sustentação das plantas.

O Floema é o tecido através do qual são transcolados os produtos da fotossíntese de


folhas adultas para áreas de crescimento e de reserva, incluindo raízes. As células do floema
que conduzem açúcares e outros materiais orgânicos através da planta são chamadas
elementos crivados - são células desprovidas de núcleo, especializadas para
o transporte dos fotossintatos produzidos pela fotossíntese. Somente os elementos crivados
estão diretamente envolvidos na translocação. Elementos crivados, maduros, são células vivas
altamente especializadas para a translocação. O floema serve também para redistribuir água e
vários outros compostos solúveis através da planta. (PORTES, 2008).
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Com base nas informações dos autores acima referenciados, intende-se que quando colocou-
se a folha da alface no copo contendo a mistura Corante de bolo-agua ela foi bebendo a
mistura e transcolando-a pelo floema para as diversas regiões da folha.
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Conclusões

 As células da mucosa interna da boca aparecem isoladas devido a raspagem, é possível


observar a membrana plasmática, o citoplasma e em alguns casos o núcleo. Com uma
resolução mais precisa é possível observar bactérias sobre o citoplasma celular.
 A osmose é um processo de transporte da água pela membrana por difusão, esta ocorre
quando há variações diferentes de concentração no interior e fora da célula. Na alface
esta ocorre quando colocamo-la numa solução hipertónica de cloreto de sódio ou na
presença de ar frio e seco como nas geladeiras, nestes dois processos as células
perdem água para o meio (Desidratação).
 Quando colocamos a alface numa mistura de corante-agua, verifica-se a translocação
da mistura pelo floema das folhas da alface, este processo é realizado pelos elementos
crivados constituintes do floema que estão diretamente envolvidos na translocação de
água e vários outros compostos solúveis através da planta.
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Referências bibliográficas
DESSEN, Eliana M. Beluzzo e OYAKAWA, Jorge. Observação de células humanas em
Esfregaço de mucosa bucal, Centro de estudos do genoma Humano, São Paulo, 2016.

ALMEIDA, Marcilio de. et al. Morfologia das plantas com semente. Piraciaba - São Paulo
Universidade de São Paulo: Departamento de Ciências Biológicas. 3ª ed. 2018

PORTES, Tomás de Aquino. Translocação de solutos orgânicos. UNIVERSIDADE


FEDERAL DE GOIÁS: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, Goiânia, 2008

RODRIGUES, Bianca Caroline Rossi. Roteiro de aula prática: osmose em folha de alface.
Universidade Estadual De Campinas Instituto De Biologia, Campinas, 2009;
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ANEXO
1. Detalhe dos procedimentos a serem efetuados para observação da mucosa interna da boca.
De DESSEN e OYAKAWA (2016):
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