Você está na página 1de 53

CLASSIFICAÇÃO DOS CORANTES

Corantes Naturais
• São aqueles que são obtidos a partir de
extratos naturais, plantas e aimais.

• Ex: Indigo é um pó azul violeta com reflexos


cúbicos que actualmente podem ser
produzidos no laboratório.
Púrpura do Tiro (antiga púrpura)
• O corante produzido a partir de espécies de
um molusco do género Murex.

• Estrutura:

6,6 – dibromo – índigo


Carmim ou Conchonilhas
• É um corante que se obtém secando ao sol
insectos do grupo das Dactilipius coccus
(joaninha), O extrato é conhecido como
cochonilha, contém aproximadamente 10%
do ácido carmínico que é a substância corante
Alizarina
Corante natural de cor
vermelho extraído da raíz da
Rubia tinctorum. Este faz
parte dos corantes
Antraquinónicos.
Carotenóides (α, β, γ)
(Alfacaroteno, Betacaroteno e Gamacaroteno)

• São pigmentos amarelos, laranja, vermelhos e


castanhos que se encontram nos vegetais e
animais. São responsáveis pela cor dos
legumes, flores e frutos.
• Ex. β – caroteno

• São usados para a coloração de substâncias


alimentares.
Principais carotenoides encontrados em vegetais
Corantes sintéticos
• São aquelas que são obtidos por via laboratorial
sem que para tal seja necessário recorrer
directamente a extratos animais ou vegetais.
• Apresentam uma composição química
semelhante à dos corantes naturais, mas são
obtidos em instalações industriais. Entre eles
salienta-se os corantes azóicos, da tiazina, as
cianinas e os corantes do trifenilmetano.

• Existem vantagens do uso de corantes sinteticos em


comparação com os naturais? Quais.
Classificação
• Classificação química (grupo funcional –
cromóforos) ex: Nitrocorante

• Classificação técnica
• Classificação quanto ao emprego.
Classificação técnica
• Toma em conta o processo de coloração típico
do corante, se fixa no material, encontra se a
estrutura química e a coloração bem como as
propriedades químicas gerais da substância.
Classificação quanto ao emprego
• Para o uso do corante.
• Corante alimentar (adicionada ao alimento com
a finalidade de modificar sua cor). Ex: colorau
• Ex: corante para cabelo.
Sistematização
QUÍMICA TÉCNICA EMPREGO
Nitrosocorante Ácidos Fibras têxteis
Nitrocorante Básicos Couro
Corantes Amordentes Papel
carbonilicos
Antraquinónicos Dispersivos Alimentos
Azóicos Desenvolvidos Material plástico
Difenil metano Ao tino Verniz
Trifenilmentano Reactivos Carborantes,
madeira
Classificação química dos corantes
• 1. Corante do tipo nitroso ou nitro
a) Ácido pícrico (2,4, 6 trinitrofenol). Este forma
cristais amarelo-claros.

• + 3HNO3 H2SO4 +3H2

Acido pícrico
b) Amarelo de Martius
• Obtém-se pela nitração de α – Naftol

• + 2HNO3 + H2SO4 + 2H2O

2,4 – Dnitro α – Naftol

• É corante porque possue dois aneis, dois


grupos cromóforos e o grupo auxócromo (OH).
c) Amarelo de Naftol S
2. Corante de tipo azóico (Azo)
• Possuem na sua estrutura o grupo azo,
geralmente têm estruturas complexas.
Apresentam cores variadas e são resistentes a
lavagem.

• Ex: vermelho de Congo.


• Obtido pelo acopulamento de Benzidina bis-
diazotada com 2 moles de ácido naftonico.
Vermelho de Congo

É usado como indicador de ácido-base, tem o


seu ponto de viragem no meio acídico. A sua cor
varia do meio onde estiver.

Muda de PH 3 para 4 do vermelho para azul.


• Azul de Chicago 6B

Nota: Os corantes tais como acido pícrico, amarelo


de Martius e Amarelo de Naftol S são de tipo nitroso
ou nitrocorante. Enquanto o vermelho de Congo ,
azul de chicago são azóicos.
3. Corante do tipo triarilmetano
(trifenilmetano)
• Ex: Verde de malaquita (descoberto pelo
Fiseher em 1877).
• Corante de aminotrifenilmetano – tem cores
luminosas, porém pouco resistente a água e
apresenta actividade óptica não estável a luz.
Obtenção
• Reagindo N,N – dietilaminobenzeno e
benzaldeido na presença de Cloreto de zinco
em duas etapas.
Obtenção

2 + C
H
ZnCl2
- H2O
Fuscina (Pararosanilina) Koch - 1882

• Prepara-se por oxidação de aminas aromáticas


com nitrobenzeno ou SnCl4, partes iguais de
anilina, O – toluidina e P – toluidina na presença
de HCl.
• Forma cristais verdes com brilho metálico,
solúvel em água e etanol e forma cor vermelho
escuro quando dissolvido em líquidos acima
citados. É usado para coloração de substâncias
de observação microscópica.
Fuscina ̸ Parafuscina
Cristal violeta (Cloreto de hexametil
pararosanilina)
• Obtém-se pela condensação da cetona de
miechler com N,N – Dimetilamina na presença
de oxicloreto de fósforo.
+ POCl3
Corante de hidroxitrifenilmetano
• Como composto básico desta classe, toma-se
o Difenilquinometano (fursona) embora este
composto não seja corante.
Obtenção:

Sais de cor Violeta


Ftaleinas
• Fenolftaleina é usado como indicador de acido
– base . Descoberto por Bayer 1871.
No meio ácido é incolor,
porque não aparece a
estrutura quinónica devido a
não ruptura do anel,
diferentemente do meio
básico que há ruptura do anel
permitindo que haja
formação da est. Quinónica.
Obtenção da fenolftaleina ácida
Obtenção da fenolftaleina básica
2 Na+

Sal de sódio vermelho


Estrutura quinónica vermelho
intenso forma aberta.
Corantes polimericos
• Esta classe de compostos forma-se por
reacção polimerização. Os monómeros são
oxidados em meio acido formando-se
compostos com estrutura complexa.
Classificação técnica dos corantes
• Corantes ácidos,
• Corantes básicos,
• Corantes directos ou substantivos
• Corantes desenvolvidos,
• Corantes mordentes,
• Corante ao tino,
• Corantes despersivos
Corantes reactivos
• Esta classificação, tem se em conta os
processos que ocorrem durante a coloração
assim como a actividade química desses
corantes.

• Durante o acto, os corantes se fixam nos


materiais – fibras libertando protões.
• Ex. ácido pícrico.
• Corantes Reativos - são corantes contendo um
grupo eletrofílico (reativo) capaz de formar
ligação covalente com grupos hidroxila das
fibras celulósicas, com grupos amino, hidroxila
e tióis das fibras protéicas e também com
grupos amino das poliamidas.

• Existem numerosos tipos de corantes reativos,


porém os principais contêm a função azo e
antraquinona como grupos cromóforos e os
grupos clorotriazinila e sulfatoetilsulfonila
como grupos reactivos.
Corantes básicos
• Corantes básicos são corantes hidrossolúveis
catiónicos que são principalmente aplicados a
fibras acrílicas, mas encontram algum uso para lã
e seda.

• Normalmente ácido acético é adicionado ao


banho de tingimento para ajudar a fixação do
corante sobre a fibra. Corantes básicos são
também usados na coloração de papel.
• Interagem com um material que recebe
protões, forma uma ligação típica iónica. Ex:
Azul de metileno.

São usados para lã,


papel, couro, seda.
Resistentes a luz e
com cores vivas
Corantes ácidos
• Corantes ácidos são corantes aniónicos
solúveis em água que são aplicados à fibras
tais como seda, lã, nylon e fibras acrílicas
modificadas usando-se banhos de tingimento
neutros a ácidos.
• São portadores de grupos
sulfónicos
• A fixação à fibra é atribuída, em grande parte,
à formação de sal entre grupos aniónicos no
corante e grupos catiónicos na fibra.

• Corantes ácidos não são significativamente


capazes de tingir fibras celulósicas. A maior
parte dos corantes para fins alimentícios cai
nesta categoria.
• Fuscina acida, azul de anilina, orange G, etc.
Corantes diretos ou substantivos
• Corantes directos ou substantivos é
normalmente aplicado em um banho neutro
ou levemente alcalino, ou próximo ao ponto
de ebulição, com a adição de cloreto de sódio
(NaCl) ou sulfato de sódio (Na2SO4).
Aplicação
• Corantes directos são usados em algodão,
papel, couro, lã, seda e nylon.

• Podem também ser usados como indicadores


de pH e como corantes biológicos.
• Fim
• Ex: o vermelho de congo.
Cont.
• A maior parte dos corantes domésticos são do
tipo directo ou substantivo.
Corantes desenvolvidos
• Forma-se durante o processo da coloração.
Antes desse processo não apresentam cor.
Possuem ligações típicas covalentes.
• Ex: Vermelho de P - nitroanilina
Aplicações
• Servem para tingir tecidos, fibras com
características anímicas ou fenolicas.
Corantes Dispersivos
• Constitui uma classe de corantes insolúveis em água
aplicados em fibras de celulose e outras fibras
hidrofóbicas através de suspensão. Durante o
processo de tintura, o corante sofre hidrólise e a
forma originalmente insolúvel é lentamente
precipitada na forma dispersa sobre o acetato de
celulose.
• Esta classe de corantes tem sido utilizada
principalmente para tinturas de fibras sintéticas,
tais como: acetato celulosenylon, polyester e
poliacrilonitrila.
Corantes amordentes
• São usados na tinturaria, mas o corante não
adere ao substrato. Liga-se aos elos de ligação
e não ao substrato.
• Geralmente são compostos pelos seguintes
grupos: quinónicas, fenolicos, carboxilicos, etc.
que são responsáveis pela formação da cor.
Corante ao tino
• São da família antraquinoide ou indigoide. São
muito resistente a luz e aos agentes químicos. O
grupo mais importante nestes corantes é o
grupo carbonilo.

• Quanto ao processo de coloração, o grupo


carbonilo é reduzido transformando se num
grupo etinolico resultando em transformação
de uma substancia incolor – leucobase
• É insolúvel em agua pois, forma coloides que
conferem cor ao material. Aderem ao material
por forças de Van der waals.
• Ex: indigo azul e alizarina

Você também pode gostar