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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO – UNICAP

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT


QUÍMICA APLICADA A ENGENHARIA CIVIL

GESSO

LUIZ PAULO B ALVES


EDNALDO VALENÇA
HEITOR KELNER

RECIFE
NOVEMBRO/2013

LUIZ PAULO B ALVES


EDNALDO VALENÇA
HEITOR KELNER

GESSO

Os alunos acima citados apresentam este


trabalho à Professora Maria Helena P.
Gazineu, como parte integrante da nota do
2º. GQ da disciplina Química APLICADA A
Engenharia Civil (QUI 1110).

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RECIFE
NOVEMBRO/2013

SUMÁRIO

01 Introdução..................................................................... 04
02 Apresentação............................................................... 05
03 História......................................................................... 06
04 Classificação................................................................ 08
05 Extração....................................................................... 09
06 Produção...................................................................... 11
07 Propriedades................................................................ 16
08 Aplicação...................................................................... 21
09 Conclusão.................................................................... 24
10 Bibliografia................................................................... 25

01 INTRODUÇÃO

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O gesso é uma argamassa muito antiga conhecida há muitos milhares de
anos que permite juntar materiais como por exemplo os tijolos ou outros blocos de
gesso.

O gesso altamente usado hoje em dia, fazendo parte até da composição do


cimento Portland, usado como fertilizante entre outros, podem ser misturados com
mais materiais de revestimento ou fixação.

Quase sempre vendido sob a forma de um pó branco que é constituído por


sulfato de cálcio hidratado e é produzido a partir de um mineral que se chama
gipsita. Este material para além de bonito e barato tem outras características que
podem ser interessantes como por exemplo permite um bom isolamento térmico e
acústico.

Este trabalho visa mostrar toda trajetória do gesso, origem, sua


composição, características, suas aplicações e vantagens direcionada à
engenharia civil.

02 APRESENTAÇÃO

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O gesso é um dos mais antigos materiais de construção fabricados pelo
homem, como a cal e a terra cota.
Sua obtenção consiste num aquecimento a uma temperatura de cerca
160ºC, e uma posterior redução a pó,
É um mineral relativamente abundante na natureza.
O gesso é uma substância, normalmente vendida na forma de um pó
branco, produzida a partir do mineral gipsita (também denominada gesso),
composto basicamente de sulfato de cálcio hidratado.
Quando a gipsita é esmagada e calcinada>, ela perde água, formando o
gesso.

3 HISTÓRIA

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Em recentes descobertas arqueológicas, tornou-se evidente que o emprego
do gesso remonta ao 8º milênio a.C. (ruínas na Síria e na Turquia). As argamassas
em gesso e cal serviram de suporte em afrescos decorativos, na realização de
pisos e mesmo na fabricação de recipientes.
O filósofo Theofraste, que viveu entre o IV e III século antes de Jesus
Cristo, e que foi discípulo de Platão e Aristóteles, tornou-se conhecido por seu
“Tratado da Pedra”, que é o mais antigo e o mais documentado dos autores que
se interessaram pelo gesso. Theofraste citou a existência de gesseiras em Chipre,
na Fenícia e na Síria, e indicava que o gesso era utilizado, como argamassa, para
a ornamentação, nos afrescos, nos baixo relevos e na confecção de estátuas.
Na África, foi com um gesso de altíssima resistência que os bárbaros
construíram as barragens e os canais, que garantiram, por muitos séculos, a
irrigação dos palmeirais de Mozabe, assim como, utilizaram o gesso junto aos
blocos de terra virgem que ergueram suas habilitações.
Na França, após a Invasão Romana, iniciou-se o conhecimento de
processos construtivos chamados de pedreiros de gesso. O modelo de construção
utilizado constituía-se do emprego do gesso voltado ao aproveitamento das
construções em madeira, sendo utilizadas até as épocas Carolíngeas e
Merovíngeas. A cerca dessa época, o gesso foi enormemente utilizado na região
parisiense para a fabricação de sarcófagos decorados, e inúmeros exemplares
foram encontrados quase intactos em nossos dias.
A partir do século XII e por todo o fim da Idade Média, as construções
utilizando as argamassas com gesso eram desejadas por oferecerem diversas
vantagens. O gesso para estuque e alisamento já era conhecido.
Uma carta real mencionava, em 1292, a exploração de 18 jazidas de pedra
de gesso na região parisiense. O gesso era, então, empregado na fabricação de
argamassas, na colocação de placas de madeira, no fechamento de ambientes e
na construção de chaminés monumentais.
A Renascença foi marcada pelo domínio do emprego do gesso para a
decoração e, na época do barroco, foi largamente chamado de gesso de estuque.
Deve-se, em grande parte, a generalização do emprego do gesso na
construção civil, na França, a uma lei de Luiz XIV, promulgada em 1667.
No século XVIII, a utilização do gesso na construção foi tão generalizada na
França, ao ponto de, do montante das construções existentes, 75% dos hotéis e a

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totalidade dos prédios públicos e populares serem realizados em panos de
madeira e argamassa de gesso, e para as novas construções ou as reformas,
cerca de 95% serem feitas em gesso. Nessa época, a fabricação do gesso era
empírica e rudimentar. Porém Lavoisier, em 1768, presenteou a Academia de
Ciências Francesa, com o primeiro estudo científico dos fenômenos, que são a
base da preparação do gesso.
No século XIX, os trabalhos de diversos autores, particularmente, os de Van
t’Hoff e, sobretudo, o de Lê Chatelier, permitiu abordar uma explicação científica
para a desidratação da gipsita.
A partir do século XX, em função da evolução industrial os equipamentos
para a fabricação do gesso deixaram de ter um conceito rudimentar e passaram a
agregar maior tecnologia, assim como a melhoria tecnológica dos produtos passou
a facilitar suas formas de emprego pelo homem.

04 CLASSIFICAÇÃO

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TIPOS DE GESSO NORMATIZADOS PELA ABNT- NBR - 13207

No Brasil, temos praticamente todos os tipos de gesso, disponível no mercado.


Quatro tipos já foram normatizados pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas ABTN, QUE SÃO:
Gesso de fundição grosso e fino;
Gesso de revestimento grosso e fino.

Gesso de Fundição: É um gesso para ser utilizado na produção industrial ou


artesanal de componentes pré-moldados de gesso, destinado a construção civil
como blocos e placas, ou elementos decorativos como sancas, estatuetas,
imagens, etc. É constituído, basicamente, de Hemidrato de cálcio (CaS0 4 .
1/2H2O). A sua relação água/pó, utilizada na fundição é normalmente de 0,75. Sua
forma de aplicação do gesso de fundição pode ser misturado em misturadores e
dosadores industriais ou quando em pequenas quantidades, com um misturador
tipo furadeira, com agitador especial ou de forma manual seu consumo por m 3 em
torno de 950 a 1050kg/m3.

Gesso para revestimentos: É um produto constituído basicamente, de hemidrato


de cálcio (SaS04 . ½ H2O), obtido a partir da desidratação da Gipsita Natural,
podendo conter cerca de 2% de impurezas como sílica, sulfato de magnésio,
carbonatos, argilas e ácido de ferro e alumínio. Desenvolvido para o revestimento
de superfícies (paredes, tetos e Lages) constituído de blocos cerâmicos, blocos de
cimento ou concreto.

Obs.: Gesso para revestimento projetado: são argamassas pré-misturadas, para a


execução de revestimento projetado mecanicamente, predominantemente, de
gesso, calcário e cal, aplicados no interior dos edifícios para o revestimento de
lajes ou paredes construídas com concreto, blocos cerâmicos, bloco de cimento,
pré-moldados de gesso.

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05 EXTRAÇÃO

Frente de lavra da Mineradora São Jorge no Pólo Gesseiro de Pernambuco.

Pátio de catação manual da gipsita em uma das empresas produtoras de gipsita no pólo gesseiro de
Pernambuco.

Fig. A - Variedades de gipsita utilizadas na fabricação dos diferentes tipos


de gesso: cocadinha

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(A) (B)

(C)

Amostras de alabastro (B) e anidrita (C) encontradas nas jazidas de gipsita da


região do Araripe, espécies utilizadas na fabricação de cimento.

06 PRODUÇÃO

PROCESSO DE PRODUÇÃO

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Os tipos mais comuns encontrados na natureza são o anidro e o di-hidratado
O uso da gipsita (CaSO4.2H2O) é justificado principalmente pela propriedade do
sulfato de cálcio de rapidamente perder ou recuperar a água de cristalização. Com
a aplicação de quantidades moderadas de calor, no processo conhecido como
calcinação, a gipsita é convertida para sulfato hemidratado de cálcio
(CaSO4.1/2H2O). Este, quando misturado com a água, retorna à forma estável
diidratada e adquire consistência mecânica. Dependendo das condições de
calcinação, podem ser obtidos dois tipos de gesso: alfa (gesso-pedra) e beta
(pasta de Paris). O gesso beta tem uma maior quantidade de energia contida e
maior solubilidade. A distinção entre esses dois tipos de gesso (tamanho e forma
dos cristais, principalmente), requer a utilização de métodos específicos de
caracterização tecnológica. A forma alfa é menos reativa do que a beta e
apresenta menor resistência. O processo de produção do gesso de forma geral
compreende as operações mostradas no diagrama abaixo:

Gipsita ® Britagem ® Moagem ® Peneiramento ® Calcinação ®


• ® Pulverização ® Estabilização ® Embalagem.

Localização do pólo gesseiro do Araripe, no extremo oeste do estado de Pernambuco.

Britagem
Consiste na fragmentação de blocos do minério ( Matações ) e
normalmente são utilizados britadores de mandíbulas e rebritadores de martelo.

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Moagem
A depender do tipo de forno a ser utilizado, a gipsita britada pode ser moída
em moinhos de martelo antes de ser enviada para etapa seguinte,
Peneiramento
A depender da existência de plantas de calcinação, com fornos com tipos
de diferentes, a gipsita moída pode ser peneirada, em peneiras vibratórias, e
separadas em frações para uso específico.
Calcinação
A operação de calcinação, na qual a gipsita se transforma em gesso
[(CasO4 1/2H2O ) Sulfato de Cálcio Hemi-hidratado ] pela ação do calor, pode ser
realizada a pressão atmosférica, para obtenção do gesso tipo BETA, ou em
equipamentos fechados s sob pressão, maior que atmosférica, para obtenção do
gesso tipo ALFA.0

Fornos utilizados na produção do gesso beta: marmita vertical (A) e


marmita horizontal (B).

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A calcinação da gipsita para sua transfromação engesso ou anidrita,
segundo as reações R01 e R02 abaixo:
 
 
R01 - Transformação da gipsita em gesso com liberação de calor
CasO4 2H2O + calor = CasO4 1/2H2O + 3/2 H2O ( vapor )
Sulfato de cálcio  Hemidrato de cálcio
 
 
R02 - Transformação do gesso em anidrita com liberação de vapor
CasO4 1/2H2O + calor = CasO4 + 1/2 H2O ( vapor )
Hemidrato de cálcio  aniditra ( Sulfato anidro )

Pulverização
 
O gesso, após a calcinação, é normalmente moído em moinho de martelo,
moagem fina para obtenção da granulométrica final especificada pelas normas
brasileira ABNT.
  
Estabilização
 

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A depender das condições da calcinação, o gesso pode passar por um
período de ensilamento ou estabilização com a finalidade de se obter uma maior
homogeneidade na composição final.
 
Embalagem
 
O gesso é normalmente embalado em sacos multifoliados de papel,
contendo 20 ou 40 Kg. Opcionalmente, o gesso pode ser comercializado em “Big
Bags”, sacos plásticos que contêm 1000 Kg ou outras embalagens predefinidas.

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(A) (B)
Etapas de encilamento da gipsita rebritada a 5mm para alimentação dos fornos de
calcinação (A) e do produto calcinado e moído (B).
2. EFEITOS
 
EFEITO POSITIVO

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O Pólo Gesseiro proporciona cerca de 12 mil empregos diretos e é
responsável, segundo estimativas, por 60 mil empregos indiretos.
 
EFEITO NEGATIVO

Único bioma encontrado apenas em solo brasileiro, a caatinga perdeu 80


mil hectares de mata nativa - o equivalente a 80 mil campos de futebol - ao longo
da última década, somente por conta da madeira utilizada para alimentar os fornos
da indústria do gesso. A indústria está instalada do sertão do Araripe, onde se
concentram 40% das reservas de gipsita do mundo e 95% da produção de gesso
do país.
Ontem a superintendência do Ibama em Pernambuco deu uma boa notícia:
o percentual de mata nativa destruído para alimentar os fornos daquela indústria
caiu de 80%, em 2004, para 20%, em 2008. Das 115 empresas visitadas em 2004
nos cinco municípios produtores - Ipubi, Araripina, Trindade, Ouricui e Bodocó -, 98
não tinham licença ambiental. Com a fiscalização, apenas 18 estão atualmente
funcionando de forma irregular.

O Ibama estima que a indústria de gesso consuma anualmente 550 mil metros
cúbicos de madeira. Cerca de 80% dessa madeira, até 2004, era proveniente de
desmatamentos clandestinos, o que provocava a destruição anual de 9 mil
hectares de floresta somente para alimentar o setor. Mas, de acordo com o Ibama,
depois da fiscalização e do licenciamento das empresas, o número caiu para 1,9
mil hectares

07 PROPRIEDADE

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PROPRIEDADES GERAIS DO GESSO

Qualquer que seja o tipo de gesso e qualquer que tenha sido o método pelo qual o
gesso foi obtido, ele mantém em comum algumas propriedades intrínsecas.
Conforme a temperatura do forno de gesso obteremos uma variedade do mesmo:
Entre 130 e 180ºC – gesso hemi-hidratado (2CaSO4.H2O)
Entre 200 e 350ºC – gesso anidro (CaSO4)
Entre + ou – 1000ºC – gesso morto (não é gesso) ou cal viva (Oca).
O gesso normalmente vendido no mercado é o gesso calcinado.
Trata-se de gesso hemi-hidratado com certa quantidade de gesso anidro, e com
impurezas.

PEGA DO GESSO

(CaSO4)2.H2 O + 3.H 2O
Gesso + água
* Sulfato apresenta forma dihidratado
* Acompanha elevação temperatura
* Leve aumento volume

Como endurece o gesso?

1- Mistura inicial do sulfato de cálcio hemidratado e àgua .

2- A reação com a àgua começa, e o precipitado de sulfato de cálcio dihidratado


forma os núcleos de cristalização.

3 - Podemos observar o início do crescimento de cristais a partir dos núcleos.

4 - os cristais de sulfato de cálcio dihidratado já estão bem crescidos. Para o


crescimento dos cristais de sulfato de cálcio dihidratado, a mistura consome àgua.
O crescimento dos cristais e absorção d'àgua tornam a mistura viscosa.

5 - Os cristais já se tocam e podemos dizer que aqui é o momento de pega inicial.


Na prática é aqui que a mistura perde o brilho superficial devida a absorção d'àgua

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na formação do dihidratado.

6 - Todos cristais estão entrelaçados formando um corpo sólido

QUIMICAMENTE FALANDO…

Por se tratar de uma mistura de Hemidrato e anidrita insolúvel, o mecanismo de


pega proposto pode ser esquematizado: o Hemidrato (CaSO4 . 1/2H2O)
primeiramente realiza o seu ciclo, dissolução e precipitação, seguido pelo ciclo da
anidrita (CaSO4).
É a segunda cristalização, a da anidrita insolúvel, que aumenta a coesão entre os
cristais, já formados, de dihidrato. Ao mesmo tempo essa cristalização secundária
é de fundamental importância para que o gesso de revestimento assim composto
não apresente fissuras quando de sua aplicação sobre bases convencionais.

ESTRUTURA DO GESSO CRISTALIZADO

POR QUE ESQUENTA?


O gesso é formado um carbonato de cálcio é um sal básico em contato com
água forma hidróxido de cálcio + gás carbônico

Em contato com a água forma uma reação exotérmica, ou seja libera calor
para o meio, e durante a reação libera CO2 que é o gás carbônico é o mesmo
principio de "queimar o cal" nas construções
Grau de cristalização

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Processo de calcinação do gesso, duas cristalizações podem acontecer, a alfa,
onde os cristais são bem formados e homogêneos e a beta onde são mal
formados e heterogêneos.

Os gessos alfa têm maior tendência a formar produtos com maior tempo de pega e
maior resistência por ser menos solúvel e, portanto, necessitar de menos água de
amassamento para se ter a trabalhabilidade desejada.

* Os gessos beta tem mais tendência a formar produzir de menor tempo de pega e
menor resistência. Na construção, o gesso empregado é o gesso tipo beta,
contendo pequenas proporções de anidrita (solúvel e insolúvel) e impurezas como
o próprio dihidrato (matéria-prima) e argilominerais.
DURAÇÃO DE PEGA

VARIÇÃO TEMPO DE PEGA DEPENDE:

* COMPOSIÇÃO DO GESSO
* QUANTIDADE ÁGUA

EXPANSÃO DO MATERIAL
A HIDRATAÇÃO PROVOCA:

* Reação endotérmica liberando calor;

* Aumento volume 0,03 a 0,15%;

* Secagem perde 10% da expansão, dilatação volumétrica positiva.

COMPORTAMENTO FRENTE AO FOGO

CATEGORIAS INFLAMÁVEIS
MO – Incombustível
M1 – Não inflamável
M2 – Dificilmente inflamável
M3 – Mais ou menos inflamável
M4 – Facilmente inflamável

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Uma das mais importantes propriedades do gesso é a sua capacidade de
combater a propagação do fogo, classificado como M0, e estabilizar a temperatura,
por um determinado tempo, da região onde o gesso foi utilizado.
Por outro lado, quando aquecidos, a partir de 106°C, os elementos ou
revestimentos de gesso iniciam o processo de desidratação, segundo uma reação,
endotérmica semelhante a que acontece durante a calcinação do minério,
consumindo calor e ao mesmo tempo estabilizando a sua temperatura até que
toda a água de cristalização seja liberada, o que representa cerca de 20% em
peso da quantidade de gesso presente.
Durante todo o tempo em que o gesso está liberando água, a sua temperatura não
ultrapassa os 140ºC, o que o torna também um elemento “corta fogo”.
Assim, a proteção contra o fogo de áreas específicas da construção civil podem
ser realizadas utilizando elementos ou revestimentos de gesso.

ISOLANTE ACÚSTICO

Uma simples parede de gesso acartonado com 16cm de espessura, com lã de


vidro no interior, conforme mostra a figura, pode-se obter o mesmo isolamento
acústico do que um muro de concreto de 18cm de espessura = 60dBA, entretanto
a parede de gesso pesará apenas 40Kg/m², contra os 414Kg/m² do muro de
concreto.
Capaz de preencher todas as possíveis fendas e orifícios por onde o som se
propaga

ISOLANTE TÉRMICO

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Elementos fabricados de gesso, sozinhos ou associados com outros materiais,
melhoram sensivelmente o isolamento térmico de paredes em função de seu baixo
coeficiente de condutividade térmica.

DENSIDADE

Características dos materiais Derivados Densidade (kg/m3) Condutividade


do Gesso (W/mºC)

Gessos com incorporação de ar ou outros 600 a 900 0,30 a 0,25


elementos como por exemplo a Perlita.

Elementos pré-moldados de gesso como 900 a 1000 0,35


placas, blocos e outros.

Argamassas de gesso para projeção e 1100 a 1300 0,50


gessos de alta dureza.

HIGROATIVIDADE
*Porosidade, absorvem a umidade do ar;
* Umidade baixo, inconvenientes para o ser humano, o gesso liberam a água
acumulada em seu interior regulando a condição higrotérmica ideal do
ambiente;
* Higroatividade diminuída em função do tipo de pintura.

HOMOGENEIDADE
Gessos com grau de cristalização ou de desidratação diferentes aceleram o
tempo de pega e diminuem a resistência mecânica do produto final.

8 APLICAÇÃO

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Paredes em Drywal e forro em placas de gesso

Estrutura das paredes Drywal


Tipos de chapas e placas para forro em gesso

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Bloco de Gesso para paredes

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Foto 1 - Aplicar com rolo de textura média uma demão de chapisco rolado
Foto 2 - Remover sujeiras, incrustações e materiais estranhos
Foto 3 - Após 72 horas iniciar a preparação polvilhando o gesso na água, dentro
da argamasseira, até que o pó esteja totalmente submerso. A seguir, misturar até
obter uma pasta homogênea e sem grumos.
Foto 4 - Começar o trabalho pelo teto, aplicando a pasta com o auxílio de
desempenadeira de PVC em movimentos de vai-e-vem.
Foto 5 - Nas paredes (metade superior), o deslizamento deve ser realizado de
baixo para cima. Algum tipo de referência - ripa de madeira, pequenas taliscas ou
batentes - deve ser escolhido para medir a espessura da camada de revestimento
Foto 6 - Regularizar a espessura da camada, aplicando a pasta com a
desempenadeira, agora, no sentido horizontal. Cada faixa deve ser sobreposta à
anterior e a espessura da camada deve ter de 1 a 3 mm.
Foto 7 - Retirar os excessos limpando o teto e a parede com régua de alumínio.
Em seguida conferir a espessura do revestimento junto à referência escolhida
Foto 8 - Limpar a superfície com o canto da desempenadeira de aço para eliminar
ondulações e falhas e, depois, aplicar nova camada de pasta para cobrir os vazios
e imperfeições da superfície, assegurando a espessura final do revestimento.
 Foto 9 - Desempenar cuidadosamente os excessos e rebarbas exercendo uma
certa pressão para obter a superfície final. A aplicação de pintura deve respeitar o
período de cura e ser executada após o lixamento da superfície para medir a
espessura da camada de revestimento.

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09 CONCLUSÃO

Desmostramos assim a eficiência e aplicabilidade do gesso na construção civil é de


suma importância, desde da sua descoberta até os dias de hoje não foi inventado nenhum
material com suas qualidades e facilidades.

O mais antigo exemplo de uso do gesso como reboco interno é encontrada nas
pirâmides de Gizé, no Egito, que foram revestidas com gesso estuque séculos atrás e ainda
estão intactos, o que é a prova da durabilidade e desempenho deste produto.

Um dos minerais mais amplamente utilizado no mundo, literalmente nos rodeia


todos os dias, usado para fazer residências, em concreto para rodovias, pontes, edifícios, e
muitas outras estruturas que fazem parte da nossa vida cotidiana. O gesso também é
amplamente utilizado como um condicionador do solo em grandes extensões de terra em
áreas suburbanas, bem como em regiões agrícolas.

As novas tecnologias em aplicações do gesso, indicam as novas tendências e


aplicações deste minério na construção civil e que ele ainda será muito utilizado sem uma
perspectiva de substituição permanente durante muito tempo.

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10 BIBLIOGRAFIA

LIVRO

Fundação Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco. Aplicacao de revestimento


em gesso. 1. ed. Recife: ITEP

TESE OU MONOGRAFIA

CAVALCANTI, Leonardo Barbosa. Determinação de condições operacionais


adequadas na desidratação do minério de gipsita para obtenção de um gesso beta
reciclável. 2006. 69 f. : Dissertação (Mestrado) - Universidade Católica de Pernambuco
- UNICAP. Pró-reitoria de Ensino, Pesquisa e Extensão. Curso de Mestrado em
Engenharia Civil, 2006. .

MEIO ELETRÔNICO SOBRE O GESSO – HISTÓRIA E TÉCNICAS

http://construfacilrj.com/gesso-na-parede/. Acesso em 27 novembro 2013


http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/materiais-gesso/. Acesso em 26
novembro de 2013
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2005-1/gesso/architecture.html. Acesso em
26 de novembro de 2013
http://www.valegesso.com.br/hist_gesso.html. Acesso em 26 de novembro 2013
http://acartonadogesso.com.br/historiadogessoacartonado.html. Acesso de novembro de
2013
http://www.feztapronto.com.br/photo-gallery/gypsumplaster/. Acesso em 27 de
novembro de 2013
http://gessotaubate.com/historia-do-gesso/. Acesso em 28 de novembro de 2013

SINDUSGESSO, Sindicato da Indústria do Gesso do Estado de Pernambuco, de


http://www.sindusgesso.or.br>. Acesso em 28 de novembro de 2013

NOVAES, João Arnaldo, em artigo disponível em www.brasiloeste.com.br

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:
Informações e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
________. NBR 14724: Informações e documentação: trabalhos acadêmicos:
apresentação. 2. ed. Rio de Janeiro, 2005.
COSTA, M. R. N. Manual para normatização de trabalhos acadêmicos:
Monografias, dissertações e teses. Recife: INSAF, 2006.

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