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Adérto Júlio Simbine

Caldino Guambe

Elvis dos Santos

Milton Saúte

Leonel Zefanias

Historia Arte africana na região austral

Licenciatura em Educação Visual

Universidade Save
Chongoene
2023
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Adérto Júlio Simbine


Caldino Guambe
Elvis dos Santos
Milton Saúte
Leonel Zefanias

Historia Arte africana na região austral


llicenciatura em Educação Visual

Trabalho de caracter avaliativo a


apresentado na unisave no curso de
Licenciatura em Educação Visual, sob
orientação dos docentes:
Dr. Narciso Maculane

Universidade Save
Chongoene
2023
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Índice
0.0. Introdução .............................................................................................................. 4
1.0. Objetivos................................................................................................................ 5
1.1. Objetivo geral ........................................................................................................ 5
1.2. Objetivos específicos ............................................................................................. 5
2.0. Metodologia ........................................................................................................... 5
3.0. Arte africana no contesto histórico ........................................................................ 6
4.0. Região da África Austral ou África Meridional. ................................................... 7
5.0. Diversidade Cultural .............................................................................................. 7
6.0. Características gerais da arte Africana na região austral ....................................... 8
6.1. Pintura ................................................................................................................ 8
6.2. Arquitetura ......................................................................................................... 8
6.3. Escultura ............................................................................................................ 8
6.4. Artes menores .................................................................................................... 8
7.0. Arte moçambicana ................................................................................................. 9
7.1. Pintura .............................................................................................................. 10
7.2. Características da pintura moçambicana .......................................................... 12
7.3. Pintores mocambicanos ................................................................................... 12
7.4. Arquitetura Moçambicana ............................................................................... 12
7.5. Escultura .......................................................................................................... 15
7.6. Artes menores .................................................................................................. 17
8.0. Arte sul africana................................................................................................... 17
8.1. Pintura .............................................................................................................. 19
8.2. Arquitetura ....................................................................................................... 20
9.0. Zimbabué ............................................................................................................. 21
10.0. Botswana .......................................................................................................... 23
11.0. Conclusão......................................................................................................... 26
12.0. Referencias bibliográficas................................................................................ 27
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0.0. Introdução

Este trabalho surge no âmbito de pesquisa para a abordagem dos termos que se ditam a
cadeira de Arte moçambicana e africana, tem como principal objetivo, trazer todos os
conhecimentos gerais ligados a arte africana na região austral no caso concreto da
pintura, arquitetura, escultura e artes menores.

Como é sabido, esta como outra qualquer área, tem buscado uma confiança e
conhecimento de outras áreas de saber, para implantar os estudos e melhor abordagem
dos conteúdos no mundo da arte e cultura na região austral.

É de grande importância que nos, futuros professores de Educação Visual sejamos aptos
de obter uma visão ampla e profunda no contexto do nosso tema em que se desenvolvera
a nossa atividade.
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1.0. Objetivos

Segundo PILETI (2004:80), os objetivos consistem em uma descrição clara dos


resultados que desejamos alcançar com nossas atividades. Enquanto o Lakatos e
Marconi (1992 p.102), explicam que a definição dos objetivos indica a pretensão com o
desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados se buscam alcançar. A especificação
do objetivo de uma pesquisa responde as questões para que e para quem.

Assim sendo, distinguem-se os objetivos:

1.1. Objetivo geral

Segundo o Cervo e Bervian (2002), o objectivo geral refere-se a uma visão global e
abrangente do tema de pesquisa. Ele está relacionado com os conteúdos intrínsecos dos
fenómenos de eventos todas as ideias estudadas. Desta forma, define-se o seguinte
objectivo geral:

Compreender a historia da arte africana e moçambicana na região austral.

1.2. Objetivos específicos

De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003:219), os objectivos específicos


apresentam carácter mais concreto. Tem função intermediária e instrumental,
permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de outro lado, aplica-lo a situações
particulares.

São os seguintes objectivos específicos desta pesquisa:

Conhecer a historia de africa austral e falar das culturas de cada país.

Apresentar as pinturas, arquitetura, escultura e artes menores da africa austral.

2.0. Metodologia

De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003:219), para a elaboração de trabalho de


pesquisa, implica o pesquisador definir os de coleta de dados, desde o levantamento
bibliográfico sobre a temática ate a delimitação do campo de pesquisa. Para esta
pesquisa, recorreu-se pesquisa bibliográfica com auxílio de manuais.
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3.0. Arte africana no contesto histórico

A arte de África representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é
funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a
presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e
religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos
usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima e a madeira. Representando um
disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas,
as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas
nos rituais e funerais. As máscaras são confecionadas em barro, marfim, metais, mas o
material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a
entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa
Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

As origens da história da arte africana (Africa) está situada muito antes da história
registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger (Nigéria), conserva entalhes de
6000 (seis mil) anos. As esculturas mais antigas conhecidas são da cultura de Noque,
na Nigéria, de cerca de 500 a.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das
tribos ocidentais, artefactos do Antigo Egito, e artesanatos indígenas do sul também
contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a
abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de
animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas.

Fig1. Cultura da África


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4.0. Região da África Austral ou África Meridional.

A africa austral é uma região de estrema relevância estratégica, pois faz a ligação entre o
oceano atlântico e indico e conta com quase um terço de PIB da africa subsariana. Alem
disso é rico na produção de minerais, principalmente petróleo e carvão. É ali que se
encontram alguns dos principais parceiros do Brasil, Africa do Sul Angola, Moçambique
e Namíbia. Alem disso Africa do Sul conta com importante mecanismo africano de
cooperação regional da SADC.

5.0. Diversidade Cultural

As línguas e os grupos populacionais são encontrados para além das fronteiras modernas
dos Estados-nação da bacia do Limpopo, o que evidencia grupos de origem idêntica. As
fronteiras políticas modernas exercem gradualmente mais influência sobre as respetivas
culturas e o sentimento de identidade desses grupos do que as suas origens históricas. No
entanto, existem algumas exceções onde há uma interação constante entre os grupos que
se fixaram na região da bacia do rio Limpopo.

Neste contesto a africa austral é diversificada em vários países que contemplam de certas
culturas idênticas e nelas são destingidos os seguintes países:

Angola

Zâmbia

Moçambique

Congo

Botswana

Africa do Sul

Namíbia

Zimbabwe

Malawi

Uganda

Quenia.
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Fig 2. Mapa da africa austral-por dentro da africa

6.0. Características gerais da arte Africana na região austral

6.1. Pintura

 Uso da técnica de óleo sobre tela


 Presença da pintura mural
 Uso de cubismo
 Representação de animais de caça.
6.2. Arquitetura

 Simplicidade na construção
 Planta de circulo com cobertura cónica
 Planta quadrangular de cobertura piramidal a quatro águas
6.3. Escultura

 Uso da madeira associada a outras técnicas


6.4. Artes menores

 Objetos de barro (panelas, potes, vasos…)


 Batuque
 Pulseiras, e colares
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7.0. Arte moçambicana

Como acontece no resto da África Austral, acredita- se que Moçambique tenha sido
primeiramente ocupado pelos povos San e Khoikhoi (everyculture 2010). As tribos de
línguaBantu chegaram à Moçambique no século III, e árabes comerciantes no século
VIII, onde estabeleceram feitorias que finalmente se tornaram em pequenas povoações e
cidades. Os comerciantes árabes também introduziram o comércio de escravos na África
Oriental. O primeiro europeu a chegar em Moçambique foi o explorador Português
Vasco da Gama em 1498. Por volta de 1510 os portugueses controlavam o comércio a
partir de Sofala em Moçambique, e em 1629 passam a ser reconhecidos como o poder
dominante na região. Os portugueses mantiveram o poder na Terra da Boa Gente
(Moçambique) até 1975, embora não insento de conflitos. Durante os séculos de poder
colonial, os portugueses tiveram um impacto significativo nos grupos étnicos em
Moçambique. O comércio de escravos (introduzido pela primeira vez por comerciantes
árabes) foi particularmente influente e por volta de 1790, nove mil dos mais saudáveis
jovens eram transportados de Moçambique todos os anos. O comércio de escravos e a
Primeira Guerra Mundial diminuíram a população, e muitas pessoas imigraram para os
países vizinhos (everyculture 2010).

Moçambique é uma república do sudeste africano com uma superfície de 801.590


quilómetros quadrados; faz fronteira ao norte com a Tanzânia, a leste com o Canal de
Moçambique, a sul e a sudeste com a África do Sul e Suazilândia e a oeste com o
Zimbabwe, Zâmbia e Malawi. Maputo é a capital. Tornou-se independente de Portugal
em 1975.
Introdução ao estudo da arte em Moçambique
Como em qualquer parte, principalmente de África, é preciso lembrar que o
desenvolvimento da arte esteve sempre ligado à necessidade de subsistência desde a
criação das pinturas como forma de documentar os acontecimentos marcantes da vida; o
desenvolvimento da escultura como forma de produção de utensílios de caráter
generalizado, partindo dos, de apoio a agricultura, a caça, ao uso doméstico, a
arquitectura até a produção de objectos de uso cerimonial.

Importância das artes


São parte constituinte do sol de um povo; segundo Samora Machel, a cultura é o sol de
um povo com um papel importante na documentação da vida dos povos: no que diz
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respeito aos hábitos e costumes, forma de estar e de agir em relação ao que lhes coloca
com a função de confortar a alma.

A necessidade de sobrevivência levou o homem a usar a inteligência e as suas mãos para


transformar a natureza, criando instrumentos de trabalho, utensílios domésticos, armas e
posteriormente criou instrumentos de dança ritual, mascaras, esculturas e outras pecas
que eram usadas na evocação dos deuses.

Atualmente existe pouca literatura acerca da história da arte moçambicana, apesar da sua
vastidão e riqueza, sendo de destacar as obras que têm, ao longo dos anos, o património
artístico nacional, assim sendo, a pintura, a escultura, a cerâmica e a cestaria são
algumas das manifestações artísticas que integram o universo cultural moçambicano.

7.1. Pintura

Fig 4.(autor: Malangatana)

A pintura é a representação que resulta da aplicação de tinta numa superfície. A


realização da pintura requer sempre a presença de um suporte de tinta e, se possível, de
fixador. Todo o trabalho de pintura caracteriza-se pela presença de cor.

O conceito de pintura vai sendo aperfeiçoado a medida que os tempos passam e de


acordo com os ideais. Inicialmente, a pintura estava relacionada com a aplicação ou uso
de pigmentos em forma liquida a uma superfície de modo a colori-la. Com o
desenvolvimento tecnológico permitiu a elaboração de obras de pintura no computador,
sem no entanto recorrer o uso de pigmento em forma líquida.

Ao longo dos tempos, a pintura à óleo algumas das mais importantes obras de pintura, a
mesma que também é usada por muitos pintores moçambicanos.
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Toda pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem
o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

A escolha dos materiais e técnica adequadas está directamente ligada ao resultado


desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a
análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica
utilizadas.

Fases da pintura moçambicana

A pintura em Moçambique passou por várias fases, das quais mencionamos:

Fase pré-histórica (pinturas rupestres em vários pontos do país):

Pintura rupestre em Manica;

Conjunto pictográfico rupestre da serra de Chicolone e Chifumbazi;

Os de Riane na província de Nampula.

Fase colonial (anterior a independência): vários artistas abordavam assuntos


relacionados com a emergência de uma consciência nacional, como é o caso da pintura
de grandes representantes como

Malangatana, Chichorro e outros.

Fase da independência: criou-se grandes retratos e murais abordando o contexto social e


político. Neste momento surgiram muitos artistas pintando paredes com expressões
revolucionárias que estavam espalhadas por todas as paredes, nos locais públicos.

Um dos maiores pintores da época contemporânea é Malangatana Valente Guenha, que


alem de pintor, cantava, dançava, escrevia poemas, participava nas pecas teatrais,
trabalhava com a cerâmica, a escultura entre outras atividades, passando assim a ser
considerado.

o embondeiro das Artes plásticas de Moçambique.

A pintura como obra de arte, em Moçambique, é relativamente nova em relação a


escultura, pois esta durante muito tempo esteve ligada à pintura corporal, isto é, tinha
como suporte ou superfície o corpo humano. As pessoas pintavam o seu corpo com fins
rituais ou estéticos - basta lembrar o rosto pintado de mussiro e assim se representava a
pintura que podia incluir todo o corpo.
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7.2. Características da pintura moçambicana

 Uso da técnica de óleo sobre tela


 Riqueza da policromia
 Presença da pintura mural
 Uso de cubismo
 Representação do ‘’monstro’’ africano
7.3. Pintores mocambicanos

Malangatana, Chichorro, Estevao mucavele, Bertina lopes, Nurdino Naguibe, Semate


Milungo e outros

7.4. Arquitetura Moçambicana

Arquitetura é uma atividade que esta virada para a criação de espaços onde o Homem
pode realizar as suas atividades em condições ambientais e visuais adequadas.

A arquitetura é arte porque usa edifícios para transmitir sensações estéticas para além do
carácter utilitário que esta desempenha na nossa vida.

Como em qualquer forma visual, a forma arquitetónica é composta por:

Superfície, estruturas, textura, cor, materiais, massa que contribuem para marcar

e caracterizar um lugar, uma rua, um jardim, uma cidade. A presença da forma


arquitetónica num determinado espaço conduz o nosso olhar, procurando proporcionar e
sentir o espaço.

Arquitetura Tradicional ou Rural Moçambicana

Características da arquitetura tradicional ou popular moçambicana

A arquitetura tradicional ou popular é de estrutura simples, de material natural


geralmente existentes nas comunidades rurais.

O conhecimento técnico desta arte obedece os princípios culturais de formação dos seus
construtores baseados na transmissão de geração em geração, o que as habilidades e
capacidades para construções, são transmitidos de avo para o pai, para filho até às
gerações posteriores.

A arquitetura tradicional moçambicana existe ao longo do território nacional de modo


particular no campo, por outras palavras, podemos afirmar que esta arquitetura é
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tipicamente campestre pôs com o desenvolvimento industrial as matérias naturais (palha,


capim, barro,

madeira,) anteriormente usados, foram sendo substituídos pelas matérias industrialmente


produzidas (cimento, azulejos, tijolos, chapas de zinco, etc.) dando lugar ao surgimento
das cidades no nosso país.

Esta arquitetura possui várias características das quais se destacam as seguintes:

Planta circular de cobertura cónica;

Fig 4. Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)

Planta quadrangular de cobertura piramidal a quatro águas.

Fig 5. Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)

Planta retangular com cobertura a uma ou duas águas.


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Fig 6. Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)

A técnica de construção usada e mais conhecida é a técnica tradicional, mas podemos


também chamar a técnica de pau-a-pique, aquela que implica uma construção à base de
material natural (bambu) ou varas entrecruzadas, posteriormente “maticadas” o que
significa cobertas de barro ou com arreia, para se compor as paredes da casa.

Arquitectura urbana e suas características

Fig 7..Fonte: camara municipal de xai-xai

Arquitetura Urbana caracteriza-se por integrar áreas tradicionais da Arquitetura, mas


de uma forma geral não praticada em conjunto: Planeamento, Avaliação e Controle,
Gestão Pública, Desenho Urbano, Transporte, Geotécnica, Saneamento e Meio
Ambiente, procurando acompanhar o avanço tecnológico e incorporando novas técnicas
e procedimentos operacionais de Planeamento, Conceção e Produção, ao controle da
qualidade ambiental das cidades e territórios, no Máximo possível usando a sinergia da
dinâmica do desenvolvimento na produção e registo da cidade, apoiando e se
beneficiando da economia de mercado para a produção da infraestrutura social.
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Em nossa forma de atuação, procura mos desenvolver e criar opções criativas, não
convencionais, aos conceitos de cada empreendimento s públicos ou privados em seu
aspeto institucional e técnico, normalmente com soluções inovadoras. Em significativas
oportunidades, nossa participação se iniciou no apoio ao cliente, na procura de soluções
alternativas a estudos e projetos, muitos dos quais, em fase adiantada de
desenvolvimento, quando por nossa analise e sugestões, trocou-se de partido para um
mais interessante e a custos menores, obtendo melhor retorno social e económico.

7.5. Escultura

Fig 8. Fonte: escultura moçambicanas

Escultura é uma expressão artística que se fundamenta na criação de objectos


tridimensionais. Alargando o campo estético da pintura, que tem um carácter
eminentemente visual (embora, durante a última centúria tenha conhecido notável
incremento das dimensões sensoriais), a escultura adiciona a percepção táctil e as
sensações de matéria, volume, peso e espaço. Estas características permitem aproximá-la
da arquitectura, verificando-se que em muitas culturas era corrente a associação de
esculturas com as estruturas arquitectónicas.

A escultura tradicional pode classificar-se de exenta

(quando tem a forma de estátua de vulto redondo) e de relevo (adossada a um plano de


suporte) - neste caso com as subclassificações de baixo-relevo ou alto-relevo.

Pode elaborar-se aplicando vários processos.


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Entalhe também designado por cinzelado, um processo subtractivo que se baseia na


eliminação de matéria a um bloco de maneira a obter-se a forma pretendida.

Michelangelo constitui um dos expoentes máximos desta técnica de trabalho.

Embora seja mais frequente o uso de pedra, nomeadamente do mármore, é também


possível o emprego de madeira ou de outros materiais mais raros, como o marfim. Tanto
as esculturas em madeira como as de pedra são muitas vezes policromadas.

o modelado, feito com materiais brandos como cera ou argila. Devido à fragilidade do
resultado, o modelado usa-se sobretudo para esbocetos e estudos preliminares ou ainda
como base de criação de moldes para estátuas executadas com metais fundidos. A
fundição de esculturas, com utilização de moldes remonta à pré-história.

Escultura Maconde

É um tipo de arte escultórica surgido na província de Cabo Delgado, em Moçambique,


que ao longo dos tempos se estendeu por todo o território nacional.

Esta cultura revela grande domínio da técnica do trabalho em madeira mas também
grande poder de criação artística, representando animais e seres humanos, normalmente
em actividades do dia-a-dia da sociedade.

Em muitas das suas criações, embora procurando partida configuração de tronco de


arvore, compõe outras formas fazendo a combinação de cores da parte interna e externa
do tronco escolhido.

Na escultura maconde existe dois estilos mais usados, que são:

Shetani: aquela que apresenta figuras fantásticas ou do mundo imaginário.

Fig 9. Maconde
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Ujamaa: aquela que apresenta esculturas com rigor técnico de representação anatómica,
isto é, respeita as formas naturais para representar os seres humanos, assim como os
seres animais.

Fig 10. ujamaa

7.6. Artes menores

 Mascaras usadas nas danças tradicionais, como exemplo mapico


 Objetos decorativos
 Objetos de barro (panelas, potes, vasos…)
 Batuque
 Objetos de uso corrente, como bacias, colheres de madeira e outros…

Fig 11. arts

8.0. Arte sul africana

A África do Sul é um país rico em seu aspeto cultural, em razão das misturas dos povos
que originaram a população do mesmo. As artes na África do Sul estão vivas e
prosperando. Os primeiros artistas do país foram o povo San que decoravam suas
cavernas com pinturas nas rochas e gravuras de animais.

Mais tarde, artistas como Pierneef e Thomas Baines adicionaram um toque europeu na
arte da comunidade local, que resultou em uma proposta de arte que é uma fusão de
culturas e um produto mundial.
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Pinturas nos vilarejos, esculturas, entalhes em madeira, cestarias, arte em miçangas e em


arames e cerâmicas se tornaram populares no mundo todo.

Os San e os Khoikhoi são os primeiros habitantes conhecidos da África do Sul. Aos


bosquímanos seguiram- se os povos de língua Bantu do norte. Existem onze línguas
oficiais reconhecidas pela Constituição da África do Sul: isiNdebele, isiXhosa, isiZulu,
Sepedi, Sesotho, Setsuana, siSwati, Tshivenda, Xitsonga, Afrikaans e Inglês. IsiZulu,
Sesotho, Setsuana e Afrikaans são as línguas predominantes (Earle et al. 2005).
Afrikaans é falado principalmente pelos brancos agricultores e pelos chamados
‘mestiços’, que formam o maior grupo da população da bacia ocidentalna Província do
Cabo do Norte. As línguas principais faladas na região sul- africana da bacia
hidrográfica do rio Limpopo, reflectindo a fixação dos povos dominantes, são Setsuana,
Sepedi, Xitsonga, Tshivenda e Afrikaans. Apesar do povo de Batsuana ser o grupo
étnico dominante no Botsuana, há mais pessoas do grupo Batsuana a viver em
Bophuthatswana na África do Sul. Existem diferentes escolas de pensamento no que
respeita à origem do povo VhaVenda. Alguns acreditam que os VhaVenda migraram do
norte do rioZambezi, enquanto outros defendem que esse povo se desenvolveu
localmente. Hoje os VhaVenda estão localizados nas terras férteis do vale do Alto
Nzhelele, onde vivem principalmente da agricultura. O Povo Batsonga fixou- se
originalmente no sul de Moçambique em 1544. A partir de 1820 diferentes grupos Nguni
ocuparam abacia forçosamente, sendo os últimos os Shangaan. A expansão do império
Zulu forçou o povo Shangaan a deslocar- se para norte do rio Zambezi, onde se fixaram
e fundaram o reino de Gaza. Uma epidemia de varíola forçou os Shangaan a voltarem
para a bacia hidrográfica do rio Limpopo e os Batsonga refugiaram- se nas montanhas de
Lebombo. A Lei do Auto- Governo Bantu ( Lei 46 de 1959) declarou Gazankulu como a
pátria Bantu oficial dos Batsonga/ Shangaan. Durante o século XV, a região entre orio
Vaal e os rios Malopo, Marico e Limpopo foi densamente povoada por descendentes dos
grupos de língua Sesotho. Os grupos Sotho dividiram- se e dispersaram- se por toda a
África Austral, tanto que no final do século XVIII ocupavam as regiões do Botsuana, a
província do Limpopo,Mpumalanga, a província do Free State e o Cabo do Norte.

As artes na África do Sul estão vivas e prosperando. Os primeiros artistas do país foram
o povo San que decoravam suas cavernas com pinturas nas rochas e gravuras de animais.
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Mais tarde, artistas como Pierneef e Thomas Baines adicionaram um toque europeu na
arte da comunidade local, que resultou em uma proposta de arte que é uma fusão de
culturas e um produto mundial.

Pinturas nos vilarejos, esculturas, entalhes em madeira, cestarias, arte em miçangas e em


arames e cerâmicas se tornaram populares no mundo todo.

Também, o cenário da música nacional está vivo e vibrante com sons distintos que
abrangem desde o “Pennywhistle” e o “Kwaito” (Pop Africano) até o Soul, Jazz, Reggae
e o Hip-hop.

No cenário dos palcos, a África do Sul teve o reconhecimento internacional resumido


por grandes nomes como “Ipi Tombi”, “Umoja” e “African Footprint

8.1. Pintura

A técnica ancestral (à mão livre, com linhas e ângulos geométricos coloridos) de pintar
os muros das residências, já viajou o mundo. No século XIX esta tradição alargou-se dos
têxteis às pinturas murais decorativas. A pintura das fachadas e muros das casas é um
privilégio exclusivo das mulheres Ndebeles. A pintura é a forte expressão individual da
identidade das mulheres e o que diferencia uma mulher das outras é o estilo da pintura, o
motivo, a composição e a escolha das cores. As pinturas das casas deste povo, sejam
redondas (parecendo ocas) ou quadradas, sempre com teto de palha, expressam-se
através das cores gráficas e dos desenhos geométricos coloridíssimos.

Características

 Pintura mural,
 Ndebele,
 Teto de palha,
 Desenhos geométricos,
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Fig 12.artes Visuais na escola classe IV

8.2. Arquitetura

A África do Sul possui uma variada herança arquitetónica, para a qual contribuíram
todos os grupos culturais da história do país: abrigos simples e grama utilizados pelo
Khoisan; os diferentes tipos de barro e cabanas de grama das pessoas rurais; as
habitações planas dos antigos criadores de gado; casas com telhado, cabanas de taipas
substituídas posteriormente por tetos com estrutura de sapê com paredes brancas e
colunas; a formidável arquitetura das cidades rurais; os estilos atrativos e funcionais de
Malay Quarter na Cidade do Cabo; as casas de Cape Dutch e os altos edifícios
construídos antes da Segunda Guerra Mundial.

Fig 13. Arquitetura africana

Escultura
Os povos sul africanos faziam seus objetos de arte utilizando diversos elementos da
natureza. Faziam esculturas de marfim (material das presas dos elefantes), máscaras
entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de
arte remetem ao cotidiano, à religião e aos aspectos naturais (árvores, plantas, rios,
montanhas) da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta,
cenas das tradições, personagens do cotidiano.
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Fig 13. escultura

9.0. Zimbabué

O maior grupo étnico no Zimbabué é conhecido colectivamente por Shona. Este grupo
representa 76 % da população. O segundo maior grupo étnico, o Ndebele, perfaz 18 %
da população. Outros grupos étnicos, que representam menos de um por cento da
população, são os Batonga, Shangaan ou Hlengwe e os VhaVenda. Apenas cerca de dois
por cento da população é de origem não- africana. Com a excepção do inglês todas as
línguas nacionais são deorigem Bantu. Os estudantes devem estudar XiShona ou
isiNdebele, as línguas Bantu mais divulgadas na região (everyculture 2010). Os
habitantes da bacia do Limpopo no Zimbabué pertencem à cinco grandes grupos étnicos:
os Ndebele, os Sotho, os Shangani, os Venda e os Kalanga. Isindebele é a segunda
língua mais falada no Zimbabué depois de Shona. O povo Ndebele está localizado
principalmente nas províncias do norte e do sul de Matabeleland. Os Basotho de
Zimbabué pertencem, de modo geral, ao grupo Birwa Sotho e vivem no sudoeste de
Zimbabué (Earle et al. 2006). O povo Sotho vive em regiões que são geralmente secas e
propensas à estiagem. Os Shangaan estão espalhados por toda a região, incluindo as
cidades de Beitbridge, Mwenezi e Mberengwa, bem como em algumas partes de
Moçambique, África do Sul e Suazilândia. Os VhaVenda estão dispersos por todo o sul
do país no distrito de Beitbridge na província de Matabelelândia, Gwanda, Mberengwa e
Plumtree. O Ikalanga é um dos dialectos do povo Shona, localizado em
Bulilimamangwe, nos distritos de Matabo e na provínvia Sul de Matabeleland. Os
BaKalanga também se encontram no Botsuana.
22

Fig 14. Arquitetura cultural

Fig 15. Pintura cultural

Fig 16. Escultura

Fig 17. Artes menores mascaras


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10.0. Botswana

Localizado no coração da África austral, Botsuana possui algumas características bem


marcantes: sem saída para o mar, tem o Deserto do Kalahari ocupando cerca de 70% de
seu território; maior produtor mundial de diamantes, possui uma das democracias mais
estáveis do continente. Já foi o país com a maior taxa de infecção de Aids no mundo,
mas em alguns anos passou a ser um dos mais destacados no combate à epidemia.
Botsuana parece ter se especializado em aproveitar ao máximo seus recursos e
neutralizar as adversidades.

Botsuana possui uma exemplar democracia multipartidária constitucional, com eleições


gerais realizadas a cada cinco anos. Grupos minoritários participam livremente no
processo eleitoral, e a abertura do sistema político do país tem sido um fator
significativo para o crescimento econômico, além de um exemplo de estabilidade dentro
do continente africano.

Nos últimos 40 anos, Botsuana tem sido o país da África subsaariana com mais rápido
crescimento e um dos países que mais cresce no mundo, como uma renda per capita
atual que se equipara a de muitos países do Mediterrâneo. Esse rápido crescimento se
deu durante os primeiros dez anos como nação independente – anos que antecederam a
maioria das descobertas e extrações de diamante. Assim, o crescimento botsuanês teve
início antes da riqueza obtida com diamantes.

O primeiro presidente de Botswana, Seretse Khama, era um líder carismático que buscou
a harmonia racial, respeitando os expatriados britânicos, as minorias e as instituições
nativas tradicionais. Na formulação de políticas domésticas preservou parte valiosa da
história e da cultura local. Manteve os impostos baixos, o que encorajou a atividade
empreendedora, diminuindo a evasão fiscal e a corrupção.

Apesar do objetivo nacional de mono-culturalismo, menos de metade da população é de


origem tsuana (Earle et al. 2006). Sete tribos de auto- gestão gozam de reconhecimento
oficial, e já se empreenderam esforços para mudar a Constituição com o intuito de
reconhecer estas tribos. As tribos são: "Ngawato (Bangwato, Bamangwato ou
Bagamangwato) na região centro- leste, Kwena (Bakwena) e Ngwaketse (Bangwaketse),
Kgatla (Bakgatla) e Tlokwa (Batlokwa), Malete (Balete ou Bamalete) e Rolong
(Barolong) no sudeste (Earle et al.)"Existem mais divisões em cada uma das tribos.
Como resultado do expansionismo Boer e da militância Zulu, uma onda de gente foi
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deslocada da África do Sul para o Botsuana (principalmente para as províncias de


Transvaal e Natal) entre 1820 e 1840. Os Boers reivindicaram terra no sul do Botsuana,
provocando conflitos pela posse de terra que persistem até hoje ( Governo de Botsuana
2007). As guerras tribais Difaqane começaram em Botsuana no início dos anos 80 do
século 19, e uma das guerras mais significativas travou- se entre os Boers e o Batsuana
(Botswana Tourism 2006). O Botsuana pediu ajuda aos britânicos e estes ocuparam a
vasta área a norte em 1885. No dia 30 de Setembro de 1966 a República do Botsuana
torna- se independente sob a presidência de Sir Seretse Khama. A língua oficial é o
inglês (UN Botswana 2001), ao lado do Setsuana e Ikalanga, línguas também faladas.

Fig 18. Pintura

Fig 19. Arquitetura tradicional


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Fig 20. Escultura ano 1981.botsana.

Fig 20. Artes menores


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11.0. Conclusão

Tendo chegado a parte final do trabalho temos a destacar a importância que a cadeira de
arte moçambicana e africana trás no campo das ciências tendo um foco naquilo que
temos vivido nesta até data hoje e no nosso cotidiano a arte e cultura, assim como em
outras áreas de estudo. Depois de termos analisado o estudo sobre a arte africana na
África austral, percebe-se que na África austral as culturas, costumes, abitos e a arte elas
compactuam quase os mesmos interesses no desenvolvimento do processo de cada país
com vista a satisfazer melhores formas de conhecimento e lidar com a cultura com mais
firmeza as suas demandas neste processo de vida Porem é imperioso que cada um de nos
saiba de maneira mais sensível lidar com aspetos ou seja, a vida que a cultural transmite
melhor conhecimento de soluções em quanto necessidade na vida artística ou cultural.
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12.0. Referencias bibliográficas

MANJATE, rangel, et all. Ed.visual nivel11, 2009 pg28

Giraffe engravings foud. The 153. Club. Consultado em 31 de maio 2007

MARGOT, Dias. O fenómeno da escultura maconde chamada

Ferreira, Felisberto. In africa austral 1973

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