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História de Arte Africana– 4º ano

Delegação da Beira
Departamento da Escola Superior Técnica
Licenciatura em Educação Visual

HISTÓRIA DE ARTE AFRICANA

Miguel Maria Ribeiro da Silva


(+258) 827380806 ou 847478585 ou ainda pelos correios electrónicos: ribeirodasilva@up.ac.mz
Licenciatura em Educação Visual, Departamento da Escola Superior Técnica, Delegação da Beira,
Universidade Pedagógica.

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ARTE EM MOÇAMBIQUE - CRONOLOGIA,


CARACTERÍSTICAS E ESTILOS

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1.0. ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA

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Nota ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA


As pinturas e
gravuras rupestres
são autênticas
galerias de arte
A arte rupestre constitui testemunho documental de uma das mais
plástica, de expressiva manifestações espirituais do Homem. A sua sensibilidade
períodos entre os
quais medeiam está, portanto em todos os temas de inspiração.
séculos

A técnica de representação dos objectos, animais e pessoas, em


traços sóbrios, vigoroso e belos, da vida palpitante como sucede nas
danças, cenas de caça, actos de culto, etc. dá imagem real do seu
mundo ancestral, trazido a nossa presença como o mais actual e
elucidativo documentário para o estudo e meditação.

As pinturas possuem o valor de uma arte digna, requintada,


esmerada, que ainda hoje beneficia da mais viva admiração e
apreço das almas sensíveis e dos estudiosos.

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Nota Arte na Pré-História (Cont.1)


Fidelidade,
sobriedade e A arte das cavernas, galerias e rochas atesta a preocupação
meticulosidade
são expressivas na espiritual dos povos em adornar os locais e zonas por eles mais
atitude dos habitados, a fim de os envolver de ambiente propício à satisfação
homens e dos
animais dos seus maiores anseios na vida.
representados.

A arte rupestre em Moçambique processa-se nas zonas cujas


condições geológicos a tornam mais favorável. Como e óbvio as
rochas de dolarite ou gravítica prestam-se melhor como telas para
as gravuras e pinturas que os terrenos pouco acidentados ou
arenosos.

A riqueza do património pictural rupestre de Moçambique está na


quantidade de pinturas que se encontram no seu território, e na
variedade e qualidade das mesmas. Nenhuma se repete nas suas
expressões representativas, nem nos temas que serviram à sua
inspiração.
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Nota PINTURAS RUPESTRES


Supõe-se que o
Sahara foi o centro
de onde partiram
Os acidentes rochosos servem a alguns artistas para uma
as migrações dos conveniente adaptação dos traços dos seus desenhos e pinturas
povos, que em
linhas radiais se aos caprichos da natureza, aos estalados da pedra, gretados e
dirigiram para o sul desgastes provocadas pela erosão.
de África e para o
Mediterrâneo,
Península Ibérica,
França, Itália e Muitos arqueólogos aceitam a hipótese da origem como da arte
quiçá mais longe.
rupestre, considerando duas técnicas distintas:

• Uma manufacturado segundo o gosto policromo e a


fidelidade anatómica dos animais visados.

• Apresentação figuras humanas, ocupadas nas suas


actividades preferidas.

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Características Gerais – Pinturas Rupestres

• Sinais esquemáticos ou estilizados, dominantemente punctiformes


de cor vermelha, desde o claro ao escuro e alaranjado, com
círculos brancos.

• Uso de rectângulos, elipses, traços verticais paralelos, embora


distribuídos desigualmente, com aquelas mesmas cores, etc.

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Pintura rupestre de Chinhamapere – Manica

As figuras rupestres estão pintadas a vermelho-escuro, quase


castanho, num painel granítico com mais de 1,5 metros de altura,
retratando guerreiros ou caçadores armados com arcos e flechas, e
também havendo algumas representações de diferentes espécies de
antílopes.

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Pintura rupestre de Chicolone e Chifumbaze – Tete

A característica principal destas representações deve-se ao facto de


não figurarem nem homens nem animais, designada habitualmente
pela população local muala ua kulembua[1].

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Nota Pinturas rupestres da região de Samo – Tete


A região está
integrada num Nenhum animal, com efeito, se pode identificar, a menos que se
maciço rochoso. interpretem aquelas espirais ou os círculos com suas radiais, como
As pinturas
encontram-se num espécimes marinhas. As pinturas são da cor de ocre.
bloco de pedra que
tem cerca de oito
metros de altura.

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Nota Pinturas rupestres de Zangaia, Chiúta – Tete


As pinturas do
lado Oeste
encontram-se Mas as do lado Leste,
bastante sumidas, distando das anteriores
sendo difícil o seu
exame para uma pouco mais de quinze
elucidativa
interpretação.
metros, apresentam-se
nítidas e suscitam maior
interesse. Estão pintadas
a cor de ocre, situando-
se as primeiras num
painel quadrado, com
cerca de um metro e
trinta de lado.

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Nota Pinturas rupestres, posto de Muembe – Niassa


• Malembué é um
enorme bloco
de rocha, com
base elíptica e Na parte voltada para
corpo em forma o Norte, abre-se um
de tronco de
cone, dirigido cavado de algumas
segundo a dezenas de metros
direcção Leste-
Oeste, com de comprimento e
cerca de
quinhentos
outros tantos de
metros de altura, na superfície
comprimento e
cem de altura.
do qual se situam as
pinturas rupestres.
Do lado Sul, todo o
maciço rochoso olha
para um extenso e
profundo vale.

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2.0. ARTE MOÇAMBICANA NO


PERÍODO COLONIAL

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Nota GENERALIDADES
Em Moçambique, o
urbano e o rural
caracterizam-se A arquitectura manifesta-se de diversas formas em Moçambique,
pelo tipo de dum lado nota-se a grande influência europeia no sistema de
construção, sendo
o urbano com mais construção, e do outro lado a chamada arquitectura tradicional
influência das
técnicas europeias
moçambicana.
e o rural com as
técnicas nacionais,
o tradicional.
Esta arquitectura de tradição mista, notou-se nas construções de
igrejas, palácios, fortalezas e outros edifícios que funcionam como
locais de habitação, de governo e do estado.

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Nota ARQUITECTURA MILITAR


É no século XVI
que a arquitectura
militar portuguesa Ao longo do litoral e no interior de Moçambique verifica-se a
em Moçambique se
desenha em
presença de fortalezas, fortins e outras construções defensivas,
planos mais algumas já em ruínas.
científicos e
eficazes.

A origem das feitorias-fortificadas portuguesas na costa oriental


nasceu da necessidade de defender o acesso ao interior por mar e
seu consequente rendoso comércio.

Em Sofala, a construção da fortaleza foi motivada pela pretensão de


Portugal de deter o monopólio do ouro até então controlado pelos
árabes aí residentes, ouro esse das terras de Monomotapa.

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Nota Fortaleza de São Sebastião


A construção da
obra terminou A construção da fortaleza de São Sebastião na ilha de Moçambique
provavelmente
em 1583 e o
data de 1554. Este é o nome pelo qual era conhecida a povoação de
projecto é Moçambique.
atribuído à Miguel
de Arruda.
Nos seus extremos
encontramos quatro
baluartes: a começar da
direita para a esquerda
são respectivamente,
no primeiro plano, o de
São João e de Nossa
Senhora, e no segundo
plano, o de São Gabriel
e o de Santa Bárbara.

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Fortaleza de São Sebastião (Cont.1)

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Nota Fortaleza de São Sebastião (Cont.2)


Verifica-se
também a Descrição:
presença de
capelas. • O traçado esquemático da fortaleza mostrando os quatros
baluartes dos quais o maior é o de São Gabriel, é irregular com
lugar para vinte e quatro canhões.
• A edificação assenta em rocha e contacta com o mar pelos lados
norte, leste e oeste, apenas permitindo qualquer assalto pelo lado
da terra.

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Fortaleza de São Sebastião (Cont.3)

Influências
• O arquitecto italiano João Baptista Cairato foi o maior construtor
das fortalezas portuguesas em Moçambique.

• Esta arquitectura foi fruto de influência italiana, holandesa e


francesa e também de antecedentes portugueses, as fortalezas
que eles mesmo construíram no norte de África, segundo a
concepção portuguesa.

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Nota Fortaleza de São Sebastião (Cont.4)

Esta arquitectura
militar inspira-se
na geometria e
• A influência estrangeira evidencia-se nos planos que
simetria das linhas consideram o emprego da artilharia, os redutos fortificados, as
gerais do corpo
humano. linhas abaluartadas, tudo visando uma maior e melhor
segurança.

• O condicionamento do alcance do fogo, da protecção recíproca


dos baluartes e do fogo cruzado originou a criação de posições
simétricas. Com elas nasceria o traçado das linhas
geométricas.

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Fortaleza de São Sebastião (Cont.5)

Características gerais
• Na fortaleza existem lugares de oração constituindo pequenas
capelas, noutras fortificações portuguesas podemos verificar
situação similar.

• Pormenor marcante na das fortificações portuguesas era a porta


das armas muito requintadas e com o portal em arco
semicircular, na maioria dos casos feitos à cal, revelam-se em
relação à cantaria da fortaleza.

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Nota Fortaleza de São Sebastião (Cont.6)


Portal em arco
semicircular

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Nota FORTALEZA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO


Apresenta planta q
uadrangular, A Fortaleza de Maputo localiza-se junto ao Porto de Pesca na
erguida
em alvenaria de Praça 25 de Junho e representa um dos principais monumentos
pedra
avermelhada. históricos da cidade.

Possui apenas um portão de acesso que se abre para um pátio


central, também de planta quadrangular, para o qual se abrem, por
sua vez, as várias salas que compõem a edificação.

Reconstruido vária vezes, neste pátio ergue-se actualmente


a estátua equestre de Mouzinho de Alburquerque que, antes
da Independência nacional, se encontrava em frente à Câmera
Municipal de Lourenço Marques.

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Nota Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (Cont.1)


Aqui jazem
também os restos
mortais
de Ngungunhane,
transladados da
ilha Terceira,
nos Açores,
em 1985.

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Nota Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (Cont.2)


Actualmente, nela
se encontra Por volta de 1946, no contexto das celebrações dos Centenários, o
instalado o Museu
da História Militar,
forte foi reconstruído sobre os alicerces do primitivo, procedendo-se
administrado a conservação da árvore histórica existente junto ao seu Portão de
pela Universidade
Eduardo Mondlane Armas (onde segundo a tradição os Vátuas enforcaram o
Governador Dionísio Ribeiro, em 1883) e a requalificação das
edificações em seu interior como "Museu Histórico de Moçambique".

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ARQUITECTURA NAS ZONAS URBANAS

Nas zonas urbanas nota-se na sua totalidade uma influência


europeia com o emprego de vários tipos de arcos, isto é,
construções feitas de materiais convencionais.

Terminal ferroviária de Maputo Igreja da Polana – Maputo

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Arquitectura nas Zonas Urbanas (Cont.1)

Estação de Caminhos de Ferro da Beira Casa dos Bicos da Beira

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ARQUITECTURA RELIGIOSA

Esta arquitectura, fruto da fé missionária cristã, embora sem


nenhuma filiação de escola, tem algumas características comuns, a
cruz que as encima às igrejas – símbolo de uma perene e sempre
viva fraternidade universal, decoração interior com esculturas e
pinturas que revelam o culto mariano (relativo à Virgem Maria).

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Catedral de Nossa Senhora de Fátima – Nampula

• Possui uma planta de cruz latina, a fachada principal é ladeada


por duas torres simétricas, os campanários, encimados por
cúpulas e cruzes;

• O cruzeiro é realçado por uma torre quadrangular encimada por


cúpula;

• As coberturas da nave central e do transepto são abóbadas de


berço;

• Para travar as pressões laterais exercidas pela cobertura, a


nave central apresenta contrafortes ao seu redor.

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Nota Catedral de Nossa Senhora de Fátima – Nampula (Cont.)


No interior é
possível ver a
imagem
escultórica da sua
padroeira no altar-
mor.

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Sé catedral – Maputo

• Possui uma planta em forma de cruz latina;

• Naves cobertas por abóbadas de berço que se intersectam em


cruzaria;

• A fachada simétrica é de forma piramidal, com volumes que se


hierarquizam sublinhando a verticalidade do edifício;

• O volume central da fachada termina em cruz.

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Sé Catedral – Maputo (Cont.)

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Nota Catedral de Nossa Senhora do Rosário – Beira


Nas fundações da
nave e do altar-mor Edificação de cariz neo-gótico, com uma torre centrada rematada
encontram-se
pedras da por agulha, ao modo de um certo “gótico francês” divulgado entre
Fortaleza de São
Caetano de Sofala.
nós nos inícios do século XX (como também se vê na igreja de
Reguengos de Monsaraz).

Corresponde à fase inicial da cidade, e portanto a sua escala


modesta, bem como a opção revivalista, decorrem ambas dessa
época e contexto.

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Nota Catedral de Nossa Senhora do Rosário – Beira (Cont.)


Foi catedral desde
a fundação da
diocese, em 1940.

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Nota ESCULTURA

Ao mesmo tempo
notamos nestas A estatuária portuguesa em Moçambique tinha como objectivo o
esculturas o culto dos grandes, aqueles que deram à pátria portuguesa novos
grande sentido
patriótico e mundos ou a ajudaram a consolidar em esforços, não servindo
artístico dos
artistas que as
apenas para galardoar as gestas lusíadas, mas a trazer aos vivos a
criaram. presença na gratidão que merecem e no grande exemplo que dão às
novas gerações.

Visto que a história de Portugal é preenchida grandemente pelos


seus feitos no ultramar, grande parte das estátuas são dos heróis
que pelas suas acções alcançaram o reconhecimento de Portugal.

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Nota Escultura (Cont.1)


Para estas obras
escultóricas
usaram-se vários Tal é o caso de Vasco da Gama (1469 – 1524), Augusto Cardoso
materiais, como
caniço, madeira, (1858 – 1930), António Enes e Mouzinho de Albuquerque.
concha, argila ou
cerâmica, marfim,
ferro e bronze.
Verifica-se também a representação de santos e apóstolos por
constituírem os maiores exemplos de virtude que serviram de
exemplo às gestas dos grandes portugueses-moçambicanos.

A escultura foi e é uma das grandes marcas artísticas moçambicana,


ela desenvolveu-se em todo o país, com as atitudes originais, em
quase todas as representações.

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Escultura (Cont.2)

Com estes materiais criaram-se varias obras, que hoje constituem a


grande identidade à arte moçambicana.

Estátua de Vasco da Gama-Ilha Estátua de Mouzinho de Albuquerque Monumento da Praça dos trabalhadores
de moçambique Monumento dos mortos da I guerra Mundial

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Nota Escultura (Cont.3)


As estátuas de
bronze – eram Tal é o caso de Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque, que no
reservadas
àqueles que, pelo dia de Chaimite entrou na história pela porta rutilante que só se abre
consenso popular, para a passagem dos grande heróis, representado em uma estátua
eram considerados
os grandes heróis equestre de bronze cuja primeira pedra foi lançada em 1934 e
da nação.
considerada uma das mais belas obras escultóricas de Simões de
Almeida e do arquitecto António Couto.

Esta estátua foi erguida em Lourenço Marques, na actualmente


conhecida como praça da independência e encontra-se hoje na
fortaleza de Nossa Senhora da Conceição.

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Nota Escultura (Cont.4)

Foi feita de ferro,


cimento, pedra e Depois da independência grande parte das estátuas, em locais
mármore,
enquadrando-se públicos, que consagram os heróis portugueses foram de lá
perfeitamente no retiradas.
local.

Entre as poucas estátuas que restaram encontra-se o monumento


aos mortos da Grande Guerra, na praça dos trabalhadores, antiga
praça Mac-Mahon. Inaugurada em Lourenço Marques em Novembro
de 1935, é da autoria do escultor Rui Gamelo e do arquitecto Veloso
Reis Canolo.

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ALTO-RELEVO

As obras retratam principais temas tais como: a vida quotidiana,


guerras, lutas simples, paz, e a história, libertação nacional e os
heróis nacionais.

Prisão de Ngungunhane – Fortaleza de Maputo Invasão do portugueses em Maputo – Fortaleza de


Maputo

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PINTURAS RELIGIOSAS

Os valores artísticos em pintura, escultura e peças de ourivesaria


existentes, vieram na sua maioria, do continente ou da Índia
portuguesa, e foram trazido pelos nossos religiosos.

Não obstante sobressaem, belas e atraentes as temperas da Igreja


de Boroma, cuja harmonia se contem no desenho, no símbolo
escolhidos, nas cores utilizadas, na beleza dos contornos etc.

As tábuas de pintura, que se encontram arrecadadas na sacristia


da Igreja da Misericórdia, na Ilha de Moçambique e que durante
muito tempo estiveram sujeita a incúria dos homens e a acção
demolidora do tempo, correspondente a fase de declínio que na
pintura ocorre após o século XVI.

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Pinturas Religiosas (Cont.)

Interior da Igreja de Boroma – Tete


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BIBLIOGRAFIA

• PERREIRA, A. F. Marques. Arte e Natureza em Moçambique, 1ª


parte.
• TAJU, Gulamo et all: Da Comunidade primitiva ao Feudalismo, 8ª
classe, Rio Tinto, Angola, 1989.
• VELOSO, Helena e DE ALMEIDA, Luís: Educação Visual
8ªclasse, Plural Editores, Lisboa-Portugal, S.D;
• KI-ZERBO, Joseph. História da África. V. 1. Portugal: Publicações
Europa- América, 1999.
• PERREIRA, A. F. Marques. Arte e Natureza em Moçambique, 1ª
parte.

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