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INSTITUTO SUPERIOR MONITOR

INTRODUÇÃO À ECONOMIA I

UNIDADE 1

CONCEITOS BÁSICOS

Instituto Superior Monitor

Janeiro de 2018

Ficha Técnica:

Título: Introdução à Economia I – Conceitos Básicos

Revisor: Departamento de Gestão, Economia e Contabilidade

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Execução gráfica e paginação: Instituto Superior Monitor

1ª Edição: 2011

Readaptação por Instituto Superior Monitor: Janeiro de 2018

© Instituto Superior Monitor

Todos os direitos reservados por:

Instituto Superior Monitor

Av. Samora Machel, n. º 202 – 2.º andar

Caixa Postal 4388 Maputo

MOÇAMBIQUE

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma
ou por qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia ou
gravação, sem autorização prévia e escrita do Instituto Superior Monitor. Exceptua-se a
transcrição de pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro. Esta
excepção não deve de modo nenhum ser interpretada como sendo extensiva à transcrição
de textos em recolhas antológicas ou similares, de onde resulte prejuízo para o interesse
pela obra. Os transgressores são passíveis de procedimento judicial

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ÍNDICE

UNIDADE I – INTRODUÇÃO À ECONOMIA I 4

CAPITULO I – IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ECONOMIA .......................5

1.1 SURGIMENTO E CONCEITO DE ECONOMIA...................................6

1.2 PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA E FACTORES

DE PRODUÇÃO ..........................................................................................11

1.3 A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO .................12

1.4 TAXA MARGINAL DE TRANSFORMAÇÃO ...................................15

CAPUTULO II - TEORIAS ECONÓMICAS BÁSICAS DO MERCADO .........16

2.1 FUNÇÃO DE PROCURA......................................................................17

2.2 FUNÇÃO DE OFERTA .........................................................................21

2.3 EQUILÍBRIO ENTRE A PROCURA E A OFERTA ............................25

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO ..........................................................................31

II. TEORIAS ECONOMICAS BÁSICAS DO MERCADO ........................32

CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOS ......................................................................35

I. CONCEITOS BÁSICOS E FPP ...............................................................35

II. TEORIAS ECONOMICAS BÁSICAS DO MERCADO ........................36

SUGESTÕES PARA LEITURA ...........................................................................39

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA I ...........40

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UNIDADE I – INTRODUÇÃO À ECONOMIA I

Prezados Estudantes: A cadeira de Introdução à Economia I será ministrada em 3


unidades. Nesta 1.ª unidade, temos como principal objectivo fazer uma análise do
surgimento da economia e analisar dos conceitos fundamentais que servirão de base para
as unidades subsequentes e para as disciplinas que terá ao longo do curso.

Cada unidade corresponde a cerca de 5 semanas de estudo. No final de cada unidade de


estudo irá encontrar um teste de avaliação que deverá ser respondido e enviado para o
ISM pelas seguintes vias: correio, entregue presencialmente na sede ou nos centros de
recurso ou digitalizado e enviado para o email: testes@ismonitor.ac.mz. Os testes devem
ser enviados ao fim e cada 5 semanas de estudo por forma a garantir o conhecimento
atempado dos resultados obtidos no mesmo. Não entregue os 3 testes ao mesmo tempo,
pois assim não estará a par da sua progressão e dos seus erros e melhorias que deve levar
a cabo para ter sucesso.

Na página do ISM www.ismonitor.ac.mz encontrará todos os contactos. Deve estar


sempre atento aos contactos da direcção do seu curso, da coordenação e do tutor de cada
uma das disciplinas que frequenta.

No final de cada unidade é providenciada uma lista de bibliografia e de referências na


internet que poderá consultar. A biblioteca virtual do ISM inclui livros digitalizados,
artigos, websites e outras referências importantes para esta e outras disciplinas, que
deverá utilizar na realização de casos práticos. A biblioteca virtual pode ser consultada
na página do ISM.

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CAPITULO I – IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ECONOMIA

Uma das questões com que qualquer estudante se debate ao estudo de um determinado
ramo de saber é indagar se do porque desse estudo. Neste sentido, ao iniciarmos o estudo
desta disciplina, haverá, provavelmente, a preocupação de saber porque estudar
economia.

Hodiernamente, várias razões avultam para justificar o estudo da economia, variando de


pessoa para pessoa. Algumas pessoas estudam Economia na tentativa de compreender o
papel do governo e os desafios do mercado global. Outros estudam Economia porque
esperam tornar-se ricos, estão interessados em saber como melhorar o meio ambiente ou
porque a desigualdade entre os ricos e pobres é muito acentuada em alguns países
desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, em compreender melhor o fenómeno da
pobreza e malnutrição. Ou ainda, em aumentar os seus conhecimentos na matéria que lhes
interessa. Todos nós somos, diariamente afectados, directa ou indirectamente, pelos
efeitos negativos ou positivos da globalização. Por causa disto, procuramos entender este
fenómeno. Este curso não irá centrar-se no estudo da globalização, mas irá criar algumas
bases teóricas para melhorar o seu conhecimento deste fenómeno.

Todas as razões aqui apresentadas, e muitas outras, são válidas. Contudo, temos de
reconhecer que existe uma razão fundamental que nos leva a estudar a Economia: de
forma directa ou indirecta, durante toda a nossa vida – desde o dia que viemos a este
mundo até à sepultura – defrontamo-nos com as verdades adversas da Economia.
Qualquer que seja a nossa profissão, o nosso futuro e a nossa vida quotidiana depende
não só das nossas capacidades individuais mas também das interacções de forças
económicas fora do nosso alcance.

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1.1 SURGIMENTO E CONCEITO DE ECONOMIA

Antes de definir o conceito de economia, vamos apresentar uma breve nota introdutória
sobre a origem da palavra economia assim como os seus primeiros principais precursores.

A economia surgiu como ciência a partir de 1776 com a publicação da obra de Adam
Smith (1723-1790). Antes disso a economia não passava de um pequeno ramo da filosofia
social e do direito. Com o mercantilismo e fisiocracia, as ideias económicas conheceram
algum desenvolvimento, mas na antiguidade e na idade média as relações eram bastante
simples.

Na antiguidade, as sociedades primitivas (os homens) se organizavam para dum lado se


defenderem contra inimigos e do outro lado para organizarem a produção de bens e
serviços. Assim a divisão de trabalho daí decorrente permitiu o desenvolvimento da
espécie humana e a produção cuja na maioria dos casos era para a sobrevivência mas
permitindo trocas comerciais. Estas trocas geraram especializações na produção.

A medida que a urbanização expandia-se com o desenvolvimento das trocas, a filosofia


imperava das sociedades e as ideias dominantes não favoreciam o desenvolvimento da
economia. O domínio da filosofia sobre o pensamento económico implicava a igualdade
entre os cidadãos. Isto dificultava o desenvolvimento económico. Contudo, entre os
romanos que viviam na Europa, a riqueza era bem-vinda e os povos conquistados eram
vassalos dos povos dominantes.

Na idade média, depois da queda do império romano, surgiu o feudalismo. Neste sistema,
o servo trabalhava nas terras do senhor feudal e os senhores feudais davam terra e
protecção aos seus vassalos. Em contrapartida, os vassalos pagavam os senhores feudais
em forma de dinheiro, alimentos, trabalho e lealdade militar. O servo não sendo
propriedade do senhor feudal estava directamente ligado a terra. As trocas comerciais
desenvolveram-se como resultado do aumento da produção agrícola.

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Com o desenvolvimento comercial, surgiu o mercantilismo. O renascimento cultural e o


mercantilismo abriram horizontes da Europa a partir de 1450. Nessa época a exaltação do
individualismo na actividade económica e êxito material deram um grande impulso na
economia. Ao mesmo tempo, as transformações políticas ocorridas na Europa
enfraqueceram completamente o feudalismo e houve uma centralização da política
nacional. Sendo assim, começou a formar se uma economia nacional controlado pelo
estado.

Adicionalmente, as descobertas marítimas e o fluxo de metais preciosos na Europa


marcaram uma característica fundamental do mercantilismo. O mercantilismo tinha como
objectivo maximizar a balança comercial e este foi se intensificando até aos países da
Ásia e aos Árabes. Uma das consequências do mercantilismo foi o abandono da
agricultura em benefício da indústria assim como o excesso da intervenção do estado nos
negócios privados. As novas teorias económicas foram surgindo devido aos
comportamentos humanos (de cunho liberal e individualista).

O surgimento de novos comportamentos humanos ditou o surgimento da doutrina


fisiocrática. Esta constituiu a primeira escola económica de carácter científico liderado
pelo médico Francês o François Quesnay (1694-1773). Segundo esta doutrina a sociedade
era formada pela classe produtiva (agricultores), pela classe dos proprietários das terras e
pela classe estéril (comercio industria e serviços).

Dentro da doutrina do François Quesnay que também fazia parte o Adam Smith, o
pensamento económico começou a ser explicado pela teoria de mão invisível. Nesta linha
de pensamento a economia como ciência começou a tomar seus próprios princípios,
separando-se da filosofia social e do direito. Também a economia apareceu como uma
disciplina científica com as suas terminologias. Estas terminologias ajudam a
compreender os problemas tratados na disciplina incluindo as suas causas. Note que a
economia preocupa a todas as pessoas da sociedade mas da maneira como ela é definida
depende do objectivo e da concepção da definição e muito em particular da época em que
a definição é feita.

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O termo economia provém do grego que se junta duas palavras: oiko (casa) e nomie
(governo), que significa governo da casa. Nessa altura, a economia era analisada baseando
se de como as pessoas governavam as suas casas. Por isso, o termo economia era
entendido em termos amplos e não um termo restrito. Nessa época, a casa não
ultrapassava mais do que uma habitação que englobava actividades produtivas que eram
realizadas entre povos circunvizinhos. Porém, a economia como ciência, tal como hoje é
conhecida só aparece pela primeira vez na época da revolução industrial com escritos de
Adam Smith (1723 – 1790) e muitos outros autores. No entanto analisaremos a definição
de Adam Smith e alguns autores:

Para Adam Smith

“A economia estuda a origem e as causas da riqueza das Nações.”

Esta definição aparece num contexto em que nessa época algumas nações europeias
estavam assistir um grande crescimento económico ligada com a revolução industrial. Na
época da revolução industrial começou se observar diferenças de crescimento económico
entre países. Alguns países tinham uma indústria crescente (crescimento à ritmos altos).
Por isso, a produção agrícola nesses países aumentava significativamente graças as
invenções neste sector e as cidades cresciam rapidamente. Contudo, em outros países não
acontecia estes fenómenos. É nesta definição onde se enquadra a definição de Adam
Smith.

Diferenças no crescimento económico entre países durante a revolução industrial


constitui a base da definição de economia segundo Adam Smith.

Em épocas posteriores, outros assuntos tais como desemprego, inflação, o


comportamento das empresas passaram a ocupar lugares de relevo na teoria económica.
A definição de Adam Smith apresentada acima é bastante limitada para abarcar todo o
conjunto de assuntos (desemprego, inflação, etc.) sobre os quais a economia se debruça.
Como forma de abarcar outros assuntos que fazem parte da teoria económica, surgiram
novas definições de economia. Nesta unidade vamos apresentar as definições do Robins
e Leontiev.

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L. Robins

Segundo este autor, a economia é definida como sendo a ciência que estuda o problema
de como alocar os recursos escassos em diferentes actividades (actividades alternativas).
Esta alocação é fundamental dado que recursos produtivos de uma determinada economia
não existem em quantidades infinitas.

L.Leontiev

Segundo Leontiev o objecto do estudo da economia é a estrutura social da produção.

Leontiev define economia como sendo como a sociedade (diferentes classes sociais) se
relaciona no processo produtivo. Contudo, a economia aborda mais tópicos do que os que
são tratados na definição de Leontiev. Por exemplo, os fenómenos e processos de criação
de riqueza não se circunscrevem na definição de Leontiev. Estes processos são muito
mais amplos.

Porque tantas definições de economia? Existe várias definições de economia porque a


economia é uma disciplina que cobre tantos assuntos e evolui tão depressa. Também
como a economia evolui rapidamente, torna se difícil de conseguir em poucas linhas uma
definição exacta que delimite as suas áreas de estudo. Certamente a economia abarca
todos os elementos e outros ainda que foram levantados nas definições anteriores. Uma
definição mais rigorosa obriga ao conhecimento desses conceitos básicos.

Ao longo dos últimos 30 ou 40 anos, o estudo da Economia, e consequentemente sua


definição, expandiu-se de modo a incluir um vasto leque de tópicos. Para melhor
entendermos os problemas fundamentais da Economia, devemos definir Economia.
Sendo assim, a seguir apresentamos uma definição geral aceite do termo economia.

Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para


produzir bens e serviços com valor e de como os distribuir entre os vários membros da
sociedade.

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Esta definição de Economia reflecte duas ideias fundamentais na Economia:

Escassez e

Eficiência.

Escassez representa o facto de os recursos produtivos serem limitados. Enquanto os


recursos são limitados, os desejos humanos são ilimitados. Este contraste entre desejos
humanos e escassez de recursos leva-nos ao conceito fundamental de eficiência.

A escassez pode ser relativa ou absoluta. O termo escassez absoluto aplica-se no sentido
de que os recursos são finitos. Exemplo: o ouro é um recurso que pode acabar então a
sua escassez pode ser absoluta.

Escassez relativa aplica-se no sentido de que as necessidades humanas são ilimitadas, isto
é, depende de pessoa para pessoa. Exemplo: um indivíduo A pode considerar que cem
mil dólares são riqueza mas o mesmo valor pode ser muito pouco para um outro indivíduo
B. Por isso, a valorização dos recursos depende das necessidades humanas individuais.

A eficiência corresponde a utilização dos recursos escassos de modo a satisfazer os


desejos humanos. Diz-se que a economia está a produzir de forma eficiente quando o
bem-estar económico de um membro da sociedade não se pode aumentar sem prejudicar
o bem-estar de outro membro. Note que esta definição de eficiência não faz referência ao
conceito de equidade.

Equidade refere-se ao tratamento equitativo de indivíduos em situações similares e que


se encontrem em diferentes circunstâncias.

Economia centra-se na compreensão da escassez dos recursos para prescrever como estes
recursos escassos devem ser usados de uma forma eficiente para satisfazer os desejos
ilimitados.

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1.2 PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA E FACTORES DE PRODUÇÃO

Qualquer sociedade humana confronta-se com, e deve resolver pelo menos três dos cinco
problemas económicos fundamentais: O quê, como, onde, quando e para quem produzir.

 Que bens e serviços devem ser produzidos e em que quantidade? A sociedade


deve decidir quais os bens e serviços a produzir, em que quantidade, e quando
tais bens e serviços devem ser produzidos. Os recursos escassos devem ser usados
para produzir bens de consumo ou de investimento? Devemos produzir mobília
ou chocolate?

 Como devem os bens e serviços serem produzidos? A sociedade deve decidir que
tecnologias devem ser usadas para produzir os bens e serviços de uma forma
eficiente.

 Para quem os bens e serviços devem ser produzidos e distribuídos? Quem deve
consumir os bens e serviços produzidos?

Confrontada com os recursos escassos para satisfazer os desejos ilimitados, qualquer


sociedade deve escolher os factores de produção (inputs) incluindo as suas quantidades a
usar assim como os tipos de produtos a serem produzidos e os respectivos níveis de
produção (outputs).

Factores de produção são bens e serviços utilizados para produzir outros bens e serviços.
Os factores de produção são geralmente classificados em três categorias:

 Terra: representa um conjunto de recursos naturais incluindo o solo com as suas


características biofísicas e todos recursos naturais tais como fauna, florestas,
minerais entre outros;

 Trabalho: representa o tempo de trabalho humano despendido na produção;

 Capital: consiste de bens duráveis de uma economia, produzidos com vista a


produzirem outros bens.

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As produções (outputs) são os bens e serviços úteis que resultam do processo produtivo
e que tanto podem ser consumidos assim como utilizados numa produção posterior.

1.3 A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO


Os recursos e tecnologias disponíveis limitam o que qualquer sociedade pode produzir.
Considera uma economia que produz apenas dois bens económicos: pão e cerveja. Quanto
maior for a quantidade de recursos usados na produção de um bem, menor será a
quantidade de recursos disponíveis para a produção do outro bem. Suponha que a nossa
sociedade decida aplicar todos os recursos disponíveis para produzir pão. O pacote
tecnológico usado para produzir pão e os recursos existentes determina a quantidade
máxima de pão que a nossa economia pode produzir. Suponha ainda que a quantidade
máxima de pão que pode ser produzida, com a tecnologia e recursos existentes, é de 5
milhões de quilogramas.

Agora, imagine que a economia decida que todos os recursos existentes sejam usados
para produzir cerveja. De novo, as limitações tecnológicas e os recursos existentes
determinam a quantidade máxima de cerveja que a nossa economia pode produzir.
Suponha que 15 milhões de litros de cerveja podem ser produzidos, se não for produzida
qualquer quantidade de pão. A Tabela 1 abaixo indica várias possibilidades de produção
de pão e cerveja incluindo os dois casos extremos descritos acima.

Tabela 1. Possibilidade de produção de pão e cerveja

Pão Cerveja
Possibilidade (Milhões de kg) (Milhões de litros)
A 0 15
B 1 14
C 2 12
D 3 9
E 4 5
F 5 0

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Acabamos de apresentar duas possibilidades extremas de produção nesta sociedade, mas


existem possibilidades intermédias. Suponha que somente pão esteja sendo produzido. Se
a sociedade decide reduzir a produção de pão para 3 milhões de quilogramas, algumas
quantidades dos factores de produção não serão usadas.

As quantidades dos factores de produção não usadas para a produção de pão podem ser
usadas para produzir alguns litros de cervejas. Uma lista de possibilidades de produção é
apresentada na Tabela 1. Note que a possibilidade A representa a situação em que
somente cerveja é produzida, enquanto a possibilidade F representa a situação em que
somente o pão é produzido. As possibilidades B, C, D e E representam situações
intermédias. Para uma melhor visualização e interpretação, as possibilidades de produção
da nossa economia podem ser representadas num gráfico (Figura 1).

Figura 1. Fronteira de possibilidades de produção de pão e cerveja

A curva contínua que une os pontos A e F, passando pelos pontos intermédios (B, C, D,
e E), representa a fronteira de possibilidades de produção.

A fronteira de possibilidades de produção (ou FPP) representa as quantidades máximas


de produção que podem ser obtidas por uma economia, dado o seu conhecimento

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tecnológico e a quantidade de factores de produção disponíveis. De outro lado, a FPP


representa a lista de escolhas de bens e serviços disponíveis para a sociedade.

A FPP mostra a função ao longo do qual a sociedade pode substituir pão por cerveja,
pressupondo um dado nível tecnológico e uma dada quantidade de factores de produção.
Qualquer ponto exterior a FPP, tal como o ponto I, é inatingível, dado o estado
tecnológico e quantidade de factores de produção. Por outro lado, pontos interiores a FPP,
tal como o ponto U, são atingíveis. Contudo, produzir no interior da FPP indica que a
economia não atingiu sua eficiência produtiva. A eficiência produtiva é atingida quando
a economia não pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a produção de outro
bem. A eficiência produtiva significa que a economia se encontra a produzir sobre a sua
FPP.

Dado que os recursos são escassos, a vida está repleta de escolhas. Todos os dias devemos
escolher entre as diferentes alternativas possíveis. Neste processo de escolha sacrificamos
algumas alternativas em detrimento de outras. Por exemplo, quando decidiu estudar
Economia, você teve que sacrificar algumas actividades.

Talvez não foi ver um filme porque tinha que estudar Economia. No processo de tomada
de decisão, você deve ponderar qual é o custo da decisão em termos de oportunidades
perdidas. O custo da alternativa perdida é o custo de oportunidade. Este conceito de custo
de oportunidade pode ser ilustrado usando a FPP.

Suponha que a sociedade pretende aumentar a produção de cerveja de 12 milhões de


litros, em C, para 14 milhões, em B. Qual é o custo de oportunidade desta decisão? Note
que, dado que a economia se encontra sobre a FPP, para produzir mais cervejas, a
economia deve reduzir a produção de pão. Neste exemplo, o custo de oportunidade de 2
milhões de litros de cerveja adicionais é 1 milhão de quilogramas de pão perdidos. O
custo de oportunidade de uma decisão é o valor do bem ou serviço de que se prescinde.
Este conceito de escolha de bens a produzir é também explicado pela teoria da taxa
marginal de transformação que é explicada ainda neste tópico.

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O aumento dos factores de produção e o progresso tecnológico fazem deslocar a FPP para
fora, como ilustrado na Figura 2 abaixo. Com progresso tecnológico, a economia se move
de A para B, expandindo o consumo de ambos os bens produzidos na economia.

Figura 2. O crescimento económico e a FPP

1.4 TAXA MARGINAL DE TRANSFORMAÇÃO


A taxa marginal de transformação (TMT) indica-nos quanto de um bem sacrificamos,
para obter uma unidade adicional de outro bem quando deslocamos ao longo da curva de
FPP. Para o nosso caso (figura acima), a taxa marginal de transformação é calculada da
seguinte maneira:

VARIAÇÃO QUANTIDADE DE CERVEJA  CERVEJA


  
VARIAÇAO QUANTIDADE DE PÃO  PÃO
TMT

O sinal negativo significa que ao longo da curva de FPP se a produção de um bem


aumenta, a produção do outro bem vai diminuir. A TMT representa o valor do sacrifício
ou seja o custo de oportunidade.

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Exemplo:

Considere a tabela que mostra as possibilidades de produção duma economia que só


produz cerveja e pão.

Alternativa A B C D E

CERVEJA 9 8 7 6 5

PÃO 0 3.5 5.1 6.1 6.9

De A para B a taxa marginal de transformação é:


89
 0 . 3 Neste caso, por cada unidade obtida de pão
3 .5  0
7 8
foi sacrificad o 0.3 unidades de cerveja. De B para C TMT   0 .6
5 .1  3 .5 de C para D
seria 1 e finalmente de D para E é 1.25.

CAPUTULO II - TEORIAS ECONÓMICAS BÁSICAS DO MERCADO

Na secção anterior aprendeu sobre os problemas fundamentais de economia.


Especificamente, você aprendeu a definição de economia, problemas chaves na
economia, a fronteira das possibilidades produtivas (FPP) e o custo oportunidade. Nesta
secção você vai aprender as teorias económicas básicas. Especificamente, você vai
aprender as noções de oferta e procura e do funcionamento dos mercados concorrenciais.
Primeiro, iremos descrever a função de procura e passaremos depois a função de oferta.
E finalmente, iremos usar as funções de procura e oferta para entender como o preço de
mercado é determinado. Vamos iniciar este tópico com a definição do mercado.

Mercado é um lugar, não sendo necessariamente geográfico, onde se encontram


compradores e vendedores a transaccionarem bens ou serviços a um dado nível de preço.

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A procura representa os consumidores ou compradores. A oferta representa os vendedores


ou os produtores. O preço é determinado pela interacção dos vendedores e compradores.

Especificamente, o Preço é expressão monetária de uma certa quantidade de bens ou


serviços.

Teoria Económica

A teoria económica é um conjunto de ideias, princípios, leis e concepções que


sistematizados permitem explicar, prever e simplificar um evento.

2.1 FUNÇÃO DE PROCURA


Uma observação cuidadosa do comportamento dos consumidores demonstra que a
quantidade que os consumidores de um bem ou serviço procuram depende do seu preço.
Quanto maior for o preço de um bem ou serviço, menor será a quantidade do mesmo que
os consumidores pretendem comprar. Quanto menor for o preço, maior é a quantidade
comprada. Por isso, mantendo-se o resto constante, existe uma relação entre o preço de
um bem ou serviço e a quantidade procurada desse bem ou serviço. Esta relação entre o
preço e a quantidade procurada é designada por função de procura ou curva da procura.

Tome como exemplo hipotético a função de procura de leite apresentada na Tabela


abaixo. Para cada preço descrito na Tabela, você pode determinar qual é a quantidade
procurada. Por exemplo, com o preço de 4 MT por pacote de leite, a quantidade procurada
é de 10 milhões de pacotes de leite por ano. Tabela mostra que existe uma relação inversa
entre o preço e a quantidade procurada.

Tabela 2. Função de procura de leite

Preço Quantidade procurada


(MT por pacote) (milhões de pacotes por ano)
P Q
A 5 9
B 4 10
C 3 12
D 2 15
E 1 20
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A curva de procura é a representação gráfica da função de procura. A hipotética curva de


procura de leite está representada na Figura 3 abaixo. O eixo horizontal representa a
quantidade procurada de leite, enquanto o vertical representa o preço de leite. Note que o
preço e a quantidade procurada se relacionam de forma inversa. Isto é, a quantidade
procurada diminui quando o preço aumenta e vice-versa. A teoria económica estabelece
que a relação entre o preço e a quantidade que os consumidores procuram é negativa.

A lei da procura determina que quando o preço de um bem ou serviço aumenta,


mantendo-se o resto constante, os compradores tendem a consumir uma menor
quantidade desse bem ou serviço. De forma similar, quando o preço baixa, mantendo-se
o resto constante, a quantidade procurada aumenta. A lei da procura representa um
movimento ao longo da curva de procura. Isto é a variação da quantidade procurada
devido a variação do preço.

Figura 3. Curva de procura de leite

Esta lei foi testada e verificada empiricamente para praticamente todos os bens e serviços.
Por que razão o preço e a quantidade procurada se relacionam inversamente? Duas razões

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explicam esta relação inversa entre o preço e a quantidade que os compradores tendem a
consumir.

Primeiro, os compradores tendem a substituir os bens e serviços que se tornam


relativamente mais caros por outros bens e serviços similares que são relativamente
baratos – efeito substituição.

A segunda razão da inclinação negativa da curva de procura é o efeito rendimento.


Quando o preço de um bem ou serviço aumenta, ficamos relativamente mais pobres do
que anteriormente pois com o mesmo rendimento, somos capazes de comprar menos bens
e serviços.

Os elementos fundamentais da construção da curva de procura de um indivíduo são os


gostos e preferências do indivíduo. Cada indivíduo tem a sua própria curva de procura. A
procura do mercado, a observável na realidade, representa a soma horizontal de todas as
procuras individuais.

A curva de procura do mercado é obtida pela soma das quantidades procuradas por
todos os indivíduos para cada preço. Tanto a curva de procura individual, assim como a
procura do mercado, obedece a lei de procura com inclinação negativa. Esta unidade
debruça-se sobre a procura de mercado. A derivação da procura de mercado baseando-se
na procura individual será desenvolvida na unidade 3.

O que determina a procura do mercado de bens e serviços? A procura de um bem ou


serviço é influenciada por um amplo leque de factores:

 Rendimento dos consumidores: com aumento do rendimento, os consumidores


tendem a comprar uma maior quantidade de bens e serviços, mantendo o resto
constante;

 Dimensão do mercado: a dimensão do mercado é medida pelo tamanho da


população. Quanto maior for a população, maior será a quantidade procurada para
cada preço;

 Os preços e disponibilidade de produtos relacionados: os preços e disponibilidade


de bens relacionados obviamente influenciam a procura de um bem ou serviço.

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Dois casos devem ser considerados: bens substitutos e bens complementares


(Bens substitutos são aqueles que tendem a desempenhar a mesma função, tais
como caneta e lápis, carne de vaca e carne de frango, etc. Bens complementares
são aqueles que são consumidos conjuntamente, tais como automóvel e gasolina).
Para bens substitutos, a procura de um bem ou serviço tende a diminuir quando o
preço do seu substituto diminui e vice-versa. Para bens complementares, a procura
diminui quando o preço do seu complementar aumenta.

 Gostos e preferências: os gostos representam uma variedade de influências


culturais, históricas, psíquicas e fisiológicas que determinam as quantidades de
bens e serviços que os indivíduos procuram. Por exemplo, consumir carne de
porco é vulgar para os cristãos mas é tabú para os muçulmanos;

 Influências específicas: a procura de guarda chuvas é geralmente maior nos dias


de chuva. A procura de automóveis é reduzida em Nova Iorque onde o transporte
público é mais do que suficiente e o estacionamento é um pesadelo.

Figura 4. Aumento da procura de leite

A alteração de um dos determinantes da procura para além do preço do próprio bem ou


serviço resulta na deslocação da curva de procura. Por exemplo, o aumento do rendimento
médio dos consumidores de leite resulta na deslocação para a direita da procura de leite
(Figura 4. acima). Note que uma deslocação para a direita significa que para todos os

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níveis de preço, será comprado mais leite. Você pode fazer um auto teste respondendo à
seguinte questão: o que aconteceria à procura da frequência ao ensino universitário se
diminuíssem os salários dos trabalhadores que precisam de habilitações a nível
universitário, mantendo o resto constante?

Você deve ter cuidado para não confundir uma variação na procura (deslocação da curva
de procura) com uma variação da quantidade procurada (movimento ao longo da curva
de procura).

A variação da procura ocorre quando se altera um dos determinantes subjacentes à curva


de procura e não o preço de próprio bem ou serviço.

A variação da quantidade procurada resulta da alteração do preço do bem ou serviço em


questão. Quando o preço de leite diminui, mantendo o resto constante, os consumidores
de leite tendem a comprar mais leite. Esta variação nas compras representa um
movimento ao longo da curva de procura, e não uma deslocação da curva de procura.

2.2 FUNÇÃO DE OFERTA


Acabámos de descrever as escolhas dos consumidores através da função de procura.
Passamos agora a descrever as escolhas das empresas ou produtores. Esta descrição de
como as empresas produzem e vendem os seus bens e serviços será feita com base na
função de oferta.

A função de oferta (ou curva de oferta) de um bem ou serviço mostra a relação entre o
preço de mercado e a quantidade de um determinado bem ou serviço que os produtores
estão dispostos a produzir e vender, mantendo o resto constante. Os custos de produção,
os preços dos bens relacionados e as políticas governamentais são alguns dos factores que
são mantidos constantes quando se considera a oferta.

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Tabela 3. A função de oferta de leite

Preço Quantidade oferecida

(MT por pacote) (milhões de pacotes por ano)

P Q

A 5 18

B 4 16

C 3 12

D 2 7

E 1 0

Lei da Oferta: A lei da oferta indica que quanto maior for o preço de um bem ou serviço,
maior será a quantidade que os produtores estão dispostos a produzir e vender, mantendo
o resto constante.

A teoria económica sustenta que a curva de oferta tem uma inclinação positiva. Uma
hipotética função de oferta de leite é apresentada na tabela e a figura 5 representa os dados
sob a forma de curva de oferta. Os dados apresentados na .

Tabela mostra que com um preço muito baixo (1MTn), os fabricantes de leite preferem
produzir outros bens que lhe darão maiores lucros e que com o aumento do preço mais

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leite será produzido. A figura 5 abaixo apresenta uma curva típica de oferta com
inclinação positiva.

Figura 5. A curva de oferta de leite

Para melhor entender os determinantes da curva de oferta, tenha em mente que os


produtores oferecem qualquer bem ou serviço pelos lucros que eles obtêm por produzirem
e venderem tal bem ou serviço. Por exemplo, mantendo o resto constante, com preços
mais altos, os produtores estarão dispostos a produzir e vender mais porque é mais
lucrativo fazê-lo.

Um dos factores mais importantes que influencia a curva de oferta é o custo de produção.
Será lucrativo produzir um bem ou serviço se o custo por unidade de produção é inferior
que o preço desse bem ou serviço. Quando o custo por unidade de produção é maior que
o preço, os produtores irão produzir pouco ou mesmo abandonar a produção de tal bem
ou serviço.

Os preços dos factores de produção e avanços tecnológicos são os factores fundamentais


que influenciam os custos de produção. Quando os preços dos factores de produção
sobem, obviamente que será mais caro produzir um dado nível de produção, resultando
numa redução da oferta.

23
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O progresso tecnológico consiste nas alterações que fazem diminuir as quantidades dos
factores de produção necessários para produzir o mesmo nível de produção.

Os custos de produção e avanços tecnológicos não são os únicos factores que determinam
a curva de oferta. Os outros determinantes da curva de oferta são:

 Preço de bens relacionados;

 Políticas governamentais;

 Influências especiais.

Preço de bens relacionados

Os produtores estão sempre atentos às alternativas para as quais os seus activos (factores)
de produção podem ser usados. Especialmente os produtores estão atentos em saber se
vale a pena usar os seus factores de produção para produzir diferentes modelos de carros
ou tipos de sumo. Por exemplo, se o preço de carro de modelo A diminui, os produtores
de carro irão reduzir a produção do modelo A e aumentar a produção do modelo C que é
relativamente mais lucrativo.

Políticas governamentais

Os governos normalmente desenham e implementam leis que podem significamente


influenciar a curva de oferta. Por exemplo, as leis ambientais e de saúde podem
determinar que tecnologias podem ser usadas num certo país, que por sua vez influenciar
a curva de oferta. As leis fiscais e de salário influenciam os custos dos factores de
produção, especialmente a mão-de-obra. As políticas e acordos comerciais também têm
um efeito sobre a curva de oferta. Quando um acordo comercial abre o mercado do país
A a produtos do país B, a oferta destes produtos aumenta.

Influências especiais

Várias influências especiais afectam a oferta dos bens e serviços No caso da agricultura,
as condições meteorológicas influenciam a curva de oferta de produtos agrários e seus
derivados.

24
INSTITUTO SUPERIOR MONITOR

Como no caso da função de procura é preciso distinguir entre a variação da oferta e a


variação da quantidade oferecida. A variação da oferta representa o movimento da curva
da oferta devido aos determinantes da oferta diferentes do preço do bem ou serviço. A
variação da quantidade oferecida representa o movimento ao longo da curva da oferta.
Isto é, a alteração da quantidade oferecida devido a variação do preço. Você também tem
que tomar atenção à diferença entre variação da oferta e variação da quantidade oferecida.
Mantendo-se o resto constante, uma redução dos custos de produção resultará numa
deslocação da curva de oferta para a direita (Figura 6).

Figura 6. Deslocação da curva de oferta

2.3 EQUILÍBRIO ENTRE A PROCURA E A OFERTA

Até agora, temos vindo a considerar o lado da oferta e procura isoladamente.


Especificamente, já sabemos como é que as quantidades procuradas e oferecidas variam
com o preço do mercado e sabemos quais são os factores que afectam a procura e a oferta.

A oferta e procura interagem para produzirem um equilíbrio de preço e quantidade ou


equilíbrio de mercado. O equilíbrio ocorre ao preço em que a quantidade procurada é
igual a quantidade oferecida. No equilíbrio não há tendência para subir ou descer o preço,
tanto os produtores assim como os consumidores estão satisfeitos. Note que os produtores
preferem preços altos enquanto os consumidores preferem preços baixos.

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Tabela 4. Procura e oferta de leite

Preço Quantidade Quantidade Situação de Pressão sobre


procurada (milhões oferecida (milhões mercado o preço
(MT por
de pacotes por ano) de pacotes por ano)
pacote)

A 5 9 18 Excedente Descida

B 4 10 16 Excedente Descida

C 3 12 12 Equilíbrio Neutral

D 2 15 7 Escassez Subida

E 1 20 0 Escassez Subida

Vamos usar os exemplos de procura e oferta de leite, previamente apresentados na Tabela


2e.

Tabela 3, para ver como a oferta e procura determinam o equilíbrio. Os dados são
apresentados na Tabela 4. Será que teremos equilíbrio do mercado quando o preço
observado é de 4MTn por pacote de leite? Evidentemente que não porque a quantidade
oferecida é diferente da quantidade procurada. Com o preço de 4MTn, os produtores
estariam dispostos a produzir e vender 16 milhões de pacotes por ano, enquanto os
consumidores estariam dispostos a comprar somente 10 milhões de pacotes por ano.
Obviamente que teríamos um excedente de pacotes de leite: a quantidade oferecida

26
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excede a quantidade procurada. Este excedente iria forçar a descida do preço de leite,
como mostrado na última coluna da Tabela 4.

O que aconteceria, caso o preço observado fosse de 1 MT por pacote? Neste caso, os
produtores não estariam dispostos a produzir e vender leite, enquanto os consumidores
estariam dispostos a comprar 20 milhões de pacotes de leite por ano, resultando numa
escassez de leite no mercado. Com esta escassez de leite no mercado, o preço do leite
tenderia a subir. Uma observação cautelosa dos dados apresentados na Tabela 4 indica
que o preço de equilíbrio é de 3MTn por pacote. Ao preço de 3MTn por pacote, a
quantidade que os produtores estão dispostos a produzir e vender é exactamente igual à
quantidade procurada pelos consumidores. Somente ao preço de 3MTn por pacote é que
tanto os produtores como os consumidores estariam satisfeitos.

Figura 7. Equilíbrio de mercado de leite

Para uma melhor visualização e fácil compreensão do equilíbrio de mercados,


apresentamos o equilíbrio de mercado através de um gráfico de oferta e procura como o
da Figura 7. Graficamente, podemos ver que o preço de equilíbrio ocorre na intersecção
das curvas de oferta e procura. Você deve repetir a experiência anterior (escolher
diferentes preços e verificar se temos excedente ou escassez de leite no mercado) para
convencer-se que o ponto de intersecção das curvas de oferta e procura representa o
equilíbrio de mercado. Você deve lembrar que no ponto de equilíbrio não existem nem
escassez nem excedente.

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INSTITUTO SUPERIOR MONITOR

Para além de ajudar-nos a conhecer o preço e a quantidade de equilíbrio, a análise gráfica


das curvas de oferta e procura pode também ser usada para prever o impacto dos
determinantes da procura e oferta que resultam nas deslocações da curva de oferta ou
procura, sobre o preço e quantidade de equilíbrio.

Suponha um aumento nos custos de produção de leite devido a subida de salários,


mantendo o restante constante. Isso faria deslocar a curva de oferta para a esquerda, como
ilustrado na Figura 8, de SS para S’S’. Pelo contrário, a curva de procura não se deslocou:
nenhum dos determinantes subjacentes à procura se alterou. Note que se assumirmos que
os trabalhadores da empresa de leite são também consumidores de leite, o aumento
salarial iria aumentar o rendimento médio, que por sua vez provavelmente resultaria num
aumento da procura de leite. Para simplificar as coisas, iremos assumir que os
trabalhadores da empresa de leite não são consumidores de leite.

Com esta mudança da curva de procura, o que acontece no mercado de leite? Com o
aumento dos custos de produção os produtores de leite estão dispostos a produzir e vender
menores quantidades de leite a todos os níveis de preço. Ao preço de equilíbrio anterior
(3MTn), esta redução da oferta faria com que a quantidade procurada fosse superior à
quantidade oferecida. Isto resulta num aumento do preço de leite. Este aumento do preço,
por um lado, impulsionaria o aumento da produção, por outro lado, reduziria a quantidade
procurada. O preço continuaria a subir até que num novo preço de equilíbrio tanto os
consumidores assim como os produtores de leite estariam satisfeitos. Este novo equilíbrio
ocorre na intersecção da nova curva de oferta e a curva de procura. No novo equilíbrio, o
preço de leite aumenta e a quantidade diminui.

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Figura 8. Deslocação da curva de oferta

Como acabado de discutir, a alteração dos elementos subjacentes a oferta provocam


deslocações na oferta, e consequentemente variações no preço e quantidade de equilíbrio
de mercado. A deslocação da procura devido a mudança de um dos factores que afectam
a procura – rendimentos, população, preços de bens relacionados, gostos e efeitos
especiais – também provocaria variações do preço e quantidade de equilíbrio. A tabela 5
abaixo sumariza os diferentes efeitos das deslocações da oferta ou procura sobre o preço
e quantidade de equilíbrio. Você deve convencer-se que entende todos os casos
apresentados na tabela 5.

Tabela 5. Efeitos sobre o preço e quantidade de equilíbrio de diferentes deslocações


da oferta e procura

Deslocações da oferta e procura Efeito sobre

Preço Quantidade

Se a procura aumenta... A curva de procura desloca-se para a


↑ ↑
direita e ...

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Se a procura diminui... A curva de procura desloca-se para a


↓ ↓
esquerda e ...

Se a oferta aumenta... A curva de oferta desloca-se para a


↓ ↑
direita e ...

Se a oferta diminui... A curva de oferta desloca-se para a


↑ ↓
esquerda e ...

Equilíbrio do Mercado

A equação da procura é dada pela seguinte expressão analítica

Q(x) = a – Px

Onde Q(x) representa as quantidades procuradas do bem x,

P é o preço, x é quantidade do bem e a é um parâmetro (um número qualquer).

A equação da procura é dada pela seguinte expressão analítica

Q (x) = b + Px

Onde Q(x) representa as quantidades oferecidas do bem x,

P é o preço, x é quantidade do bem e b é um parâmetro (um número qualquer).

Como pode ver existe uma diferença entre uma equação da procura e da oferta. Esta
diferença esta no sinal associado ao preço. A procura tem uma relação inversa (sinal
negativo) com o preço enquanto a oferta tem uma relação directa (sinal positivo) com o
preço.

Para determinar o preço e as quantidades de equilíbrio é necessário igualar a s quantidades


procuradas com as quantidades oferecidas para determinar o valor do preço.
Especificamente, a determinação da quantidade e do preço de equilíbrio é feito usando
dois passos a saber:

Passo 1: Igualando a equação da procura com a equação da oferta, neste caso Qd(x) =
Qs(x) em seguida resolver em ordem à p ( preço).

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Passo 2: Depois de encontrar ou achar o preço deve se substituir numa das equações para
achar as quantidades de equilíbrio.

Exemplo: considere as seguintes funções:

Q - P - 2 = 0 e Q -14 +2P = 0.

a) Distinga a função procura da oferta e justifique a sua escolha.

b) Determine o preço e as quantidades de equilíbrio

c) Represente graficamente o ponto de equilíbrio.

d) Se o preço for igual a 5mt, o que acontecerá no mercado? Quantifique e justifique.

Resolução:

a) Q = P + 2 é a oferta porque nesta função existe uma relação positiva entre a quantidade
e o preço; Q =14 - 2P é a função da procura porque nesta função existe uma relação
negativa entre a procura e o preço.

b) Condição de equilíbrio Qd (x)= Qs(x)

14 - 2P = P + 2 Sendo Q =14 - 2P onde P = 4 então

Q =14 – 2* 4

14 – 2 = 2P + P Q=14-8

3P = 12 Q= 6

P=4

c) Deve se fazer tabela escolhendo valores arbitrários positivos dos valores do preço e
calcular as respectivas quantidades oferecidas e procuradas com base nas equações.

Preço 1 2 3 4 5 6

Q=P +2 3 4 5 6 7 8

Q =14 - 2P 12 10 8 6 4 2

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d) Se o preço for igual 5 mt a quantidade oferecida será Q =14 – 2*5 = 7 e a quantidade


procurada será Q = 5 + 2= 4. Neste caso, haverá um excesso da oferta 7 > 4 em que 7 -4
= 3 representa o excesso da oferta.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
I. CONCEITOS BÁSICOS E FPP

1. Explique o significado da escassez no sentido absoluto e no sentido relativo.

2. O que entende por FPP? Relacione a FPP com as necessidades e o grau de


satisfação das necessidades.

3. Os dados que se seguem referem-se a diferentes alternativas de produção


(unidades físicas) numa determinada economia.

Bens agrícolas 0 1 2 3 4 5

Bens industriais 12 11 9 6 2 0

a) Desenhe a curva correspondente e diga qual é o significado.

b) Represente no mesmo gráfico anterior e comente as seguintes combinações:

i ) Produção de 3 unidades de bens agrícolas e 9 unidades de bens industriais.

ii) Produção de 2 unidades de bens agrícolas e 6 unidades de bens industriais

iii) Produção de 4 unidades de bens agrícolas e 2 unidades de bens industriais

iv ) Produção de 0 unidades de bens agrícolas e 12 unidades de bens industriais

c) Determine o custo de oportunidade de produção de cada unidade adicional de


bem agrícola e explique o seu comportamento.

3.1. Considere agora que a produção desta economia mudou e é dada pela tabela.

Bens agrícolas 0 3 4 5 6 7

Bens industriais 13 12 10 7 3 0

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INSTITUTO SUPERIOR MONITOR

Usando os dados da tabela anterior e os dados desta tabela represente no mesmo


eixo, as fronteiras das possibilidades de produção correspondentes e comente
colocando os possíveis factores que fizeram com que tal fenómeno acontecesse.

3.2. Indique 6 factores que desloquem a FPP duma economia para dentro.

II. TEORIAS ECONOMICAS BÁSICAS DO MERCADO


1. O mercado é comumente definido como o lugar, real ou económico, de encontro
entre a procura (consumidores) e a oferta (produtores) para a realização de trocas
de bens.

a) Explique o sentido de mercado como um lugar económico e dê exemplo


elucidativo.

b) Apresenta de forma clara as condições básicas para que exista um mercado.

c) Defina os conceitos de procura e oferta e indique pelo menos quatro factores


determinantes da oferta e da procura.

2. Escolha a afirmação correcta. Ceteris Paribus significa que:

(i) outros factores se mantêm constantes;

(ii) nenhuma outra variável afecta a variável dependente;

(iii) não há outro modelo que possa explicar a variável dependente;

3. As tabelas (A) e (B) abaixo apresentadas mostram o comportamento dos


consumidores e produtores, Ceteris Paribus, no mercado de “Chaice” (uma bebida
tradicional) onde P é o preço de unidades monetárias e Q são as quantidades em
litros.

(A)

P 60 50 40 30 20 10 0

Q 120 100 80 60 40 20 0

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(B)

P 60 50 40 30 20 10 0

Q 0 20 40 60 80 100 120

a) Identifique a procura e a oferta. Justifique a sua escolha.

b) Indique os preços e as quantidades de equilíbrio do mercado. Explique os valores


escolhidos.

c) Represente graficamente o ponto de equilíbrio.

d) Se o Estado, administrando os preços, fixasse o preço de “Chaice” ao nível de 50


unidades monetárias o litro diga o que se sucederia neste mercado. Quantifique
este fenómeno e explique como é que o mercado iria reagir (ajustamento).

4. Em que circunstancias se pode falar de movimentos ao longo das curvas de


procura e oferta e deslocamentos destas curvas? Justifique a sua resposta.

5. Sejam dadas as seguintes equações de procura e oferta

Q=1000*P-500 e Q=6000-1000*P

a) Determine analiticamente o ponto de equilíbrio do mercado e interprete os


resultados obtidos.

b) Usando os valores 2,3,4,5 e 6 para o preço, represente graficamente o equilíbrio.

c) Se o Estrado fixar o preço a nível de 4 unidades monetárias, diga o que sucederia


no mercado e quantifique o fenómeno.

d) Suponha agora que por efeito de algum factor a demanda dada no numero 1
passou a ser dada pela equação Q=8000-1000*P.

e) Determine o novo ponto de equilíbrio e interprete os resultados obtidos


comparando-os com os da alínea a) do número 1.

f) Explique claramente o processo que levou a formação do novo equilíbrio.

6. Das seguintes funções distinga a função da procura e a função da oferta e responda:

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Q- 18 + P = 0 e Q - 1/2P + 2 = 0

a) Determine analiticamente o preço e as quantidades de equilíbrio.

b) Represente graficamente o equilíbrio do mercado.

c) Se o Estado fixar o preço em 10.6 u.m que fenómeno irá ocorrer. Descreve o
processo de ajustamento do equilíbrio do mercado.

7. Problema económico pode ser resumido em cinco grandes questões, nomeadamente, o


que, como, para quem, quando e onde produzir. Existirão estes problemas num país como
os E.U.A? Justifique a sua resposta.

7.1. Sejam dadas as seguintes funções da oferta e da procura abaixo representadas.

Q=10P+20 e Q= -10P+140

a) Determine analiticamente a quantidade e o preço de equilíbrio.

b) Represente graficamente o equilíbrio do mercado.

c) Se uma das funções passa a ser Q=20P+40 quais seriam a nova quantidade e o
preço de equilíbrio? Represente no, mesmo gráfico que da alínea b.

8. Das seguintes situações, mostre graficamente o sentido da deslocação das curvas da


procura ou da oferta. Para cada situação, construa um gráfico e explique.

a) A cidade de Maputo está enfrentando uma falta de transportes colectivos de


passageiros devido a diminuição da frota.

b) A capacidade de adquirir factores de produção nas empresas produtoras de mantas


diminuiu.

c) O papa decide autorizar o consumo de carne na semana de Páscoa.

d) Uma colecção de calças Jeans está fora da moda.

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CORRECÇÃO DOS EXERCÍCIOS


I. CONCEITOS BÁSICOS E FPP
1. Existência de recursos em quantidades insuficientes. Escassez absoluto recurso finito e
relativo no sentido de que as necessidades são relativas e ilimitadas, dependem de pessoa
para pessoa.

2. Linha que indica o limite máximo de produção, combinando recursos escassos de forma
alternativa e mostra o grau de satisfação das necessidades.

3.a) Bens agrícolas no eixo das abcissas e industriais ordenadas. O estudante deve definir a
FPP e a definição vide no número 2.

3.b)

3.c) TMT .....

Aumento e melhoria da produção; melhoria da organização do trabalho; melhorias da


tecnologia, aumento da força de trabalho, treinamento e capacitação dos trabalhadores.

3.2. Secas, cheias; má organização do trabalho; epidemias que provoquem diminuição da


força de trabalho; uso de tecnologia obsoleta, guerras ou conflitos políticos.

II. TEORIAS ECONOMICAS BÁSICAS DO MERCADO


1. Lugar onde se encontram vendedores e compradores para transaccionarem bens e serviços a dado
nível de preço. Exemplo: mercado central ou compras e vendas na Internet.

1b) comprador, vendedor e preço.

1c) O estudante deve definir procura e oferta cujas palavras-chaves são: na procura a quantidade
procurada tem uma relação inversa ou negativa com o preço, na oferta: as quantidades oferecidas
tem uma relação directa ou positiva com o preço.

Determinantes da Procura: moda, gostos e preferências dos consumidores, rendimento,


expectativas dos consumidores, preço dos bens relacionados (substitutos e ou complementares) e
aumento do agregado familiar

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Determinantes da Oferta: Tecnologia, preço dos factores de produção, expectativas dos produtores,
factores climatéricos, epidemias, conflitos políticos, económicos e sociais...

2i) A – procura pois se o preço aumenta a quantidade procurada diminui e vice e versa. B – oferta,
pois se o preço aumenta a quantidade oferecida diminui e vice-versa.

3b) P=30; Q=60 (ao mesmo nível de preço as quantidades procuradas são iguais as quantidades
oferecidas).

3c)
p
o

30

60
Q

3d) P=50; Qd=20 e Qs=100 ; logo QS> Qd. Há excesso da oferta em 100-20=80.

Os determinantes da oferta e da procura são os que deslocam estas curvas para direita ou para
esquerda (veja o numero 1, alínea c.) para além destes elementos haverá movimento ao longo da
curva.

5a) P=3.25 , Qs =Qd = 2750

5b) gráfico.

P
Q

3.25

2750

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5c) P = 4 ; Qd = 3000 ; Qs = 2500 ; excesso da procura = 500.

5di) P = 4.25 E Qs =Qd = 3750.


P P’

PP O
P
P
4.25

3.25

2750 3750 Q

5dii) Terá acontecido ou sucedido um dos determinantes da oferta (uma variação positiva).

6..a)..P = 13.3 ; Qd= Qs=4.67 .

6b) gráfico

P
P O

13.3

4.67
Q

6c) Excesso da procura 1.4. Os mecanismos ou forças de mercado vão interagir para alcançar o
equilíbrio inicial

7.1. Sim. Porque EUA tem recursos finitos e usa de forma alternativa.........

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7.1 a) P=6 ; Qs=Qd=80

7.1b) Gráfico

P o
O’

6
3.3

80 106.6 Q

7.1c) P=3.3 ; Q=106.67

8A 8A
P P

O O
P P O’
O’

P P’
Q
P

P O P 8C
O’

8B

Q
P
P
P’ O

8D

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Q
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SUGESTÕES PARA LEITURA

O’SULLIVAN, A., SHEFFRIN, S.M. e NISHIJIMA, M. Introdução a Economia:


Princípios e Ferramentas, 2004.

SAMUELSON, P. A. NORDHAUS, W. D. Economia, 16a edição. Lisboa, Portugal:


McGraw Hill, 1999.

TADEU, J. e MENDES, G. Economia: Fundamentos e Aplicações, 2004.

WONNACOTT, P. e WONNACOTT, R. Economia, 2ª Edição, 1994.

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AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA I

ATENÇÃO – TESTE DE AVALIAÇÃO

Avaliação NOME: ____________________________________________________


Nº DE MATRÍCULA ________________ NOTA _____________
N.B: Envie-nos este teste já resolvido, para correcção.

Teste da 1ª Unidade – Duração 2 horas


Leia atentamente as questões apresentadas neste teste. Resolva-o na folha de teste em
anexo e envie ao ISM para correcção. A cotação para cada questão está entre
parênteses.

1. A economia é uma ciência que “estuda a origem e as causas da riqueza das nações”.
a) Comente a afirmação referindo-se ao seu autor e a época histórica à que se encontra
ligada. (4,0)

2. Porque razão se torna importante estudar economia? (4,0)

3. Os dados que se seguem referem-se às diferentes alternativas de produção (em milhões


de toneladas) nua determinada economia que produz dois bens, batata e arroz: (6,0)

Batata (B) 0 1 2 3 4 5

Arroz (A) 8 7 6 5 3 0

a) Desenhe a curva correspondente e diga qual é o seu significado.


b) Represente no mesmo gráfico anterior e comente as seguintes combinações:
i. Produção de 3 unidades de B e 6 de A;
ii. Produção de 5 unidades de B e 2 de A;
iii. Produção de 8 unidades de B e 0 de A.

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4. Suponha que as funções abaixo apresentadas representam o comportamento do


consumidor e do produtor (ou seja procura e oferta) no mercado de tomate. (6,0)
Q= 80 – 10P e Q= 20P – 40
a) Determine analiticamente o ponto de equilíbrio do mercado e interprete os
resultados.
b) Considerando os valores 2, 3, 4, 5 e 6 para o preço, represente graficamente o
equilíbrio do mercado.
c) Se o Estado fixar o preço ao nível de 3 diga o que sucederia no mercado e
quantifique o fenómeno.

Bom Trabalho!

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