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ITL

Curso:

Turma:

Cadeira: Educação Cívica Cidadania

Tema:

A Administração Colonial Portuguesa

A Ocupação Militar em Nampula

A Resistência à Ocupação Colonial no Sul de Moçambique

Política Colonial entre 1900 e 1930

Discentes: Docente:

Quelimane

2023
Tema:

A Administração Colonial Portuguesa

A Ocupação Militar em Nampula

A Resistência à Ocupação Colonial no Sul de Moçambique

Política Colonial entre 1900 e 1930

Trabalho escrito de carácter avaliativo a ser


entregue no ITL como de parte de avaliação
da cadeira de Educação Cívica Cidadania

Docente:

Quelimane

2023
Índice

1. Introdução....................................................................................................................................1

2. Objectivos....................................................................................................................................2

2.1. Objectivo Geral.........................................................................................................................2

2.2. Objectivos Específicos..............................................................................................................2

3. A Administração Colonial Portuguesa........................................................................................3

4. A Ocupação Militar em Nampula................................................................................................4

5. A Resistência à Ocupação Colonial no Sul de Moçambique......................................................6

6. Política Colonial entre 1900 e 1930.............................................................................................8

4. Conclusão..................................................................................................................................10
1. Introdução

A colonização portuguesa deixou um legado profundo na história de Moçambique. A


administração colonial portuguesa estabeleceu-se no território moçambicano por mais de quatro
séculos, exercendo um controle rigoroso sobre os recursos naturais e a população local. Durante
esse período, o país foi dividido em diferentes províncias, cada uma com sua própria estrutura
administrativa.

Um exemplo marcante dessa administração colonial foi a ocupação militar em Nampula.


Localizada no norte de Moçambique, essa região era estratégica para os portugueses, devido à
sua posição geográfica e à riqueza dos seus recursos naturais. A ocupação militar em Nampula
visava garantir o domínio português na região e a exploração econômica de seus recursos,
especialmente o ouro e os produtos agrícolas.

No entanto, a ocupação colonial não ocorreu sem resistência. No sul de Moçambique,


houve uma forte resistência à ocupação colonial por parte das comunidades locais. Essa
resistência manifestou-se por meio de movimentos de guerrilha e revoltas populares, que
buscavam a libertação do jugo colonial e a recuperação da autonomia e dos direitos do povo
moçambicano.

No contexto político colonial entre 1900 e 1930, observou-se uma série de


transformações e políticas implementadas pelos portugueses em Moçambique. Durante esse
período, Portugal adotou uma política colonial mais centralizada, visando o controle mais efetivo
dos territórios colonizados. Essa política envolveu a implementação de medidas econômicas,
administrativas e culturais que reforçaram a presença e o domínio português em Moçambique.

Em suma, a administração colonial portuguesa, a ocupação militar em Nampula, a


resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique e a política colonial entre 1900 e 1930 são
elementos fundamentais para compreender a história de Moçambique durante o período colonial.
Esses aspectos revelam as dinâmicas de poder, os conflitos e as lutas travadas entre os
colonizadores e as comunidades locais, bem como o impacto duradouro deixado pela presença
portuguesa no país.

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2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral

Investigar e analisar a administração colonial portuguesa em Moçambique, abordando a


ocupação militar em Nampula, a resistência à ocupação colonial no sul do país e a política
colonial entre 1900 e 1930.

2.2. Objectivos Específicos

 Analisar o papel da administração colonial portuguesa em Moçambique, identificando


suas estruturas de controle e suas consequências para a sociedade moçambicana.
 Investigar a ocupação militar em Nampula, examinando os motivos estratégicos,
econômicos e políticos que levaram os portugueses a estabelecerem seu domínio na
região.
 Avaliar os movimentos de resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique,
destacando as estratégias, a organização e as demandas desses movimentos, bem como os
desafios enfrentados e os impactos alcançados.
 Analisar a política colonial adotada por Portugal entre 1900 e 1930, investigando as
medidas econômicas, administrativas e culturais implementadas e seus efeitos na
população moçambicana.

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3. A Administração Colonial Portuguesa

A Administração Colonial Portuguesa representa um capítulo crucial na história de


Portugal e das terras que foram submetidas ao domínio colonial lusitano. Durante mais de quatro
séculos, Portugal estabeleceu seu controle sobre vastas áreas geográficas, deixando um legado
que se estende até os dias atuais.

Segundo Birmingham (1995) a Administração Colonial Portuguesa foi caracterizada por


uma estrutura hierárquica e centralizada, com uma clara divisão entre os colonizadores
portugueses e a população nativa. A administração colonial buscava, acima de tudo, a exploração
dos recursos naturais e econômicos das colônias, em um esquema que privilegiava os interesses
da metrópole.

Um dos aspectos marcantes da Administração Colonial Portuguesa foi o estabelecimento


de diferentes províncias, cada uma com suas próprias estruturas administrativas. Essas províncias
eram governadas por governadores, muitas vezes nomeados pela metrópole, e contavam com
uma ampla burocracia colonial para implementar as políticas e diretrizes estabelecidas pelos
portugueses.

No contexto colonial, a exploração econômica era uma das principais preocupações da


Administração Portuguesa. O comércio de produtos tropicais, como o açúcar, o café e o tabaco,
era incentivado e controlado pelos colonizadores, que estabeleciam monopólios comerciais e
impostos sobre esses bens. Além disso, a exploração mineral, como a busca por ouro e
diamantes, foi um dos pilares da economia colonial portuguesa. (Isaacman, 1982)

A Administração Colonial Portuguesa também implantou políticas de controle social e


cultural. A imposição da língua portuguesa, a difusão da religião católica e a assimilação forçada
dos costumes e tradições portuguesas eram elementos centrais dessa política de dominação
cultural. A população nativa foi subjugada e vista como inferior, perdendo sua autonomia e
sofrendo com a marginalização e a exploração.

No entanto, é importante destacar que a Administração Colonial Portuguesa também


enfrentou resistência por parte das populações locais. Movimentos de resistência, revoltas e lutas

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pela independência emergiram em diferentes momentos e lugares, buscando contestar o domínio
colonial e reivindicar a soberania e os direitos do povo colonizado.

A Administração Colonial Portuguesa também teve um impacto significativo na estrutura


social das colônias. Durante o período colonial, as relações entre colonizadores e colonizados
foram marcadas por desigualdades e hierarquias claras. Os portugueses ocupavam posições de
poder e privilégio, enquanto a população nativa era subjugada e vista como mão de obra barata e
subserviente.

Essa estrutura social foi sustentada por meio de políticas discriminatórias, como a
segregação racial e a imposição de um sistema de castas. Os colonizadores portugueses se
consideravam superiores aos nativos africanos, e essa visão preconceituosa permeou todas as
esferas da vida colonial, desde a educação até as relações de trabalho. (Brittain, 2012)

A exploração dos recursos naturais também teve um impacto profundo nas colônias. As
riquezas naturais, como ouro, diamantes, marfim e outros produtos tropicais, eram expropriadas
pelos colonizadores portugueses em benefício próprio. Essa exploração desenfreada levou à
devastação ambiental e à exploração desenfreada dos recursos, sem consideração pela
sustentabilidade ou pelo bem-estar das comunidades locais.

Além disso, a Administração Colonial Portuguesa deixou um legado cultural complexo


nas colônias. A imposição da língua portuguesa, dos costumes europeus e da religião católica foi
uma forma de suprimir as culturas locais e impor uma identidade portuguesa nas colônias. Essa
assimilação forçada causou a perda de tradições, línguas e costumes locais, resultando em uma
desconexão entre as gerações mais jovens e suas raízes culturais.

No entanto, é importante ressaltar que a resistência à Administração Colonial Portuguesa


foi uma constante ao longo dos séculos. Movimentos de resistência, líderes carismáticos e grupos
organizados lutaram contra o domínio colonial, defendendo a independência e a
autodeterminação. Esses movimentos foram fundamentais para a luta pela libertação das colônias
e para o estabelecimento de nações independentes.

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4. A Ocupação Militar em Nampula

A Ocupação Militar em Nampula marcou um período significativo na história de


Moçambique, sendo um reflexo das políticas expansionistas e do controle colonial exercido por
Portugal sobre suas colônias. A ocupação militar dessa região estratégica foi motivada por
diversos interesses econômicos, políticos e geográficos, que moldaram as dinâmicas de poder na
região. (Newitt, 1995)

Dentre os motivos estratégicos, destaca-se a localização geográfica de Nampula, que


oferecia acesso privilegiado a rotas comerciais importantes e recursos naturais valiosos. A região
era rica em minerais, como ouro, diamantes e pedras preciosas, despertando o interesse dos
colonizadores portugueses.

Do ponto de vista econômico, a ocupação militar em Nampula visava controlar e explorar


os recursos naturais presentes na região. A extração de minerais e a exploração agrícola foram
atividades lucrativas que beneficiaram a metrópole portuguesa, alimentando seu sistema
econômico baseado na exploração colonial.

Além disso, a ocupação militar em Nampula estava intrinsecamente ligada às políticas de


domínio e controle exercidas por Portugal. A região era estrategicamente importante para a
expansão do império colonial português, permitindo a consolidação do poder e o estabelecimento
de uma presença militar que reforçava a autoridade dos colonizadores.

Os estados islâmicos da costa (Xeicado de Quitangonha, Reino de Sancul, Xeicado de


Sangage e Sultanato de Angoche), em aliança com os pequenos reinos macuas do interior
conseguiram, até ao fim do século XIX, resistir à dominação portuguesa. Com uma técnica que,
já naquela época, era considerada de guerrilha (Teixeira Botelho. 1936. História Militar e
Política dos Portugueses em Moçambique. 1º vol. Centro Tipográfico Colonial, Lisboa, citado
em UEM, 1982).

Segundo Brittain, (2012), as primeiras tentativas de ocupar Nampula foram conduzidas


por Mouzinho de Albuquerque, contra a região da makuana em 1896 e 1897.

Estas primeiras acções fracassaram por várias razões:

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 Face a ofensiva colonial todos os chefes, de Moma a Memba, procuraram adoptar uma
estratégia comum contra a ocupação.
 Os grandes amuene makua (chefes dos chefes de linhagens) tais como Mucutu-munu,
Komala e Kuphula e os xeiques Molid-Volay, Faralay, Suali Bin Ibrahimo (o “Marave”),
souberam como classe dominante dirigir uma guerra popular, devido a grande coesão
social que a estrutura social e ideológica e linhageira conferia a essas confederações
guerreiras.

Depois de muitas tentativas, em 1905, os portugueses encetaram uma nova tática, enviando
grandes colunas militares a partir da Ilha de Moçambique e Mossuril, que avançavam ao longo
dos rios, submetendo os chefes macuas. Nos locais onde conseguiam a colaboração destes,
organizaram "Circunscrições" com uma administração incipiente, mas efectiva; onde não o
conseguissem, instalavam "Capitanias-Mores" de base militar. Dessa forma, conseguiram dividir
o território e as suas populações, incentivando as rivalidades entre si e com os estados islâmicos,
que acabaram por entrar em declínio e foram finalmente subjugados à administração colonial.

Assim processou-se a ocupação de Nampula, partindo da costa para o interior e do norte para
o sul.

5. A Resistência à Ocupação Colonial no Sul de Moçambique

Em 1885 (ano da Conferência de Berlim - da partilha de África), a autoridade colonial


portuguesa no sul de Moçambique confinava-se a Lourenço Marques mas, com o início da
exploração das minas de ouro do Transvaal, no ano seguinte, e o consequente aumento do
tráfego naquele porto, os portugueses decidiram finalmente organizar o controlo das populações
desta região. Estas constituíam um mercado, não só para os produtos exportados de Portugal (em
particular as bebidas alcoólicas), mas também de mão-de-obra para as minas sul-africanas,
dificultando a sua mobilização para a construção do caminho-de-ferro que ligaria o Transvaal ao
porto de Lourenço Marques. (Brittain, 2012)

No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente para Gaza, que foi "promovido"
a Intendente Geral em 1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize para Manjacaze;
em 1888, foi estabelecido um posto militar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um

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Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entretanto, em 1888, as autoridades coloniais
reavivaram os "Termos de Vassalagem" com os reinos da região.

Mas estas medidas não foram suficientes, nem para cobrar o "imposto de palhota"
(contribuição por família, expresso nos "Termos de Vassalagem", fixado naquela altura em 340
réis), nem para assegurar o recrutamento de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-
africanas rendia seis vezes mais do que os concessionários do caminho-de-ferro pagavam. Em
1892, o governo de Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Comissário Régio, para
avaliar as condições económicas da Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram
realizar uma cobrança maciça do imposto, ameaçando os indígenas de verem as suas palhotas
queimadas, se não pagassem.

Em 1891, Gungunhana assinou com Cecil Rhodes um acordo relativo a direitos sobre a
exploração de minério nas suas terras, a favor da Companhia Britânica Sul-Africana, a troco dum
pagamento anual de cerca de 500 libras. Tornava-se claro para os portugueses que só uma acção
militar poderia forçar o estabelecimento da autoridade colonial na região. Esta acção, conhecida
na altura como "Campanha de Pacificação", foi despoletada pela recusa de Mahazula Magaia,
um chefe tradicional da região de Marracuene, em aceitar a decisão do Comissário Residente
sobre uma disputa de terras. A questão chegou a vias de facto, quando a guarnição militar
portuguesa foi forçada a fugir para Lourenço Marques, perseguida pelos exércitos de Magaia,
Zihlahla e Moamba, que cercaram a cidade entre Outubro e Novembro de 1894.

António Enes organizou as suas tropas e, no dia 2 de Fevereiro de 1895, perseguiu e


derrotou (embora com dificuldade e pesadas baixas) os atacantes em Marracuene. Este dia
continua a ser celebrado naquela vila com uma cerimónia chamada "Gwaza Muthine". Os chefes
rebeldes refugiaram-se em Gaza, sob a protecção de Gungunhana. Depois de várias tentativas de
negociações com o rei de Gaza, pedindo a extradição daqueles chefes, os portugueses resolveram
atacar de novo. A 8 de Setembro, travou-se a batalha de Magul, onde se encontrava Zihlahla e, a
7 de Novembro, uma outra coluna proveniente de Inhambane defrontou-se com o exército de
Gungunhana em Coolela, perto da sua capital. Em Dezembro, Mouzinho de Albuquerque cercou
Chaimite e prendeu o imperador, que ali se tinha refugiado, mandando-o depois para os Açores,
onde veio a morrer.

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O exército de Gungunhana continuou a resistir à autoridade colonial, sob a liderança de
Maguiguane Cossa, que só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a 10 km do
Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colonial foi finalmente estabelecida no sul de
Moçambique.

6. Política Colonial entre 1900 e 1930

Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da Província pode finalmente
organizar a administração do território, com a instituição do Regulado. O governo recrutava
membros da aristocracia indígena como Régulos, encarregados da colecta do imposto-de-
palhota, do recrutamento de trabalhadores para a administração e da proibição da venda de
quaisquer bebidas alcoólicas que não fossem provenientes da Metrópole. (Isaacman, 1982)

Para além disso e, na impossibilidade de impedir a migração de trabalhadores para as


minas sul-africanas, firmou um acordo, primeiro com a República Sul-Africana e, quando esta
foi submetida pelos britânicos, com a respectiva autoridade, regulamentando o trabalho
migratório e assegurando o tráfico através do porto de Lourenço Marques. No primeiro acordo, o
governo da Província recebia uma taxa por cada trabalhador recrutado; mais tarde, o acordo
incluía a retenção de metade do salário dos mineiros, que era pago à colónia em ouro, sendo o
montante respectivo entregue aos mineiros no seu regresso, em moeda local.

A política colonial entre 1900 e 1930 representou um período crucial na história do


imperialismo europeu, particularmente no que diz respeito ao domínio colonial exercido por
Portugal. Durante essas três décadas, Portugal buscou fortalecer e expandir seu império colonial,
implementando políticas que moldaram profundamente as dinâmicas sociais, econômicas e
políticas nas colônias.

No contexto econômico, a política colonial entre 1900 e 1930 foi pautada pela busca por
recursos naturais e pela exploração econômica das colônias. Portugal procurava maximizar seus
interesses econômicos, visando a obtenção de matérias-primas, o estabelecimento de plantações
comerciais e o controle de rotas comerciais estratégicas. Isso resultou na exploração intensiva
dos recursos naturais nas colônias, muitas vezes com consequências devastadoras para o meio
ambiente e para as comunidades locais.

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Além disso, a política colonial portuguesa desse período também estava intrinsecamente
ligada às questões políticas e administrativas. A metrópole exercia um controle rígido sobre as
colônias, implementando uma estrutura de governança colonial hierárquica e centralizada. A
nomeação de governadores e administradores coloniais, a imposição de leis e regulamentos, e a
promoção da assimilação cultural e linguística foram características marcantes dessa política.

Outro aspecto importante a ser considerado é a resposta da população nativa às políticas


coloniais. Movimentos de resistência, lutas por autonomia e reivindicações de direitos foram
cada vez mais comuns nesse período. A população local frequentemente enfrentou opressão,
exploração e marginalização, o que levou a uma crescente consciência política e a uma
resistência organizada contra o domínio colonial.

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4. Conclusão

Em conclusão, a análise da administração colonial portuguesa, da ocupação militar em


Nampula, da resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique e da política colonial entre
1900 e 1930 nos permite compreender as dinâmicas complexas e as consequências históricas do
domínio português sobre Moçambique. A administração colonial portuguesa foi marcada por
estruturas de controle político, econômico e social que visavam a exploração dos recursos
naturais e o fortalecimento do império colonial. Essas estruturas resultaram em desigualdades
sociais profundas, com a população nativa sendo marginalizada e explorada. No entanto, também
levaram à resistência e à luta por autonomia e liberdade.

A ocupação militar em Nampula exemplifica a estratégia de expansão territorial e


controle de recursos adotada por Portugal. Essa ocupação teve impactos sociais e econômicos
negativos para a população local, mas também gerou movimentos de resistência que contestaram
o domínio colonial.

A resistência à ocupação colonial no sul de Moçambique refletiu a determinação dos


moçambicanos em preservar sua identidade cultural, reivindicar seus direitos e lutar pela
independência. Essa resistência assumiu diversas formas, desde revoltas armadas até
movimentos políticos e culturais.

A política colonial entre 1900 e 1930 foi um período de intensificação do domínio


português, com foco em interesses econômicos e políticos. Essa política teve consequências
sociais e econômicas significativas, mas também despertou um maior senso de consciência
política e a busca pela autonomia.

Em suma, esses temas históricos destacam a complexidade das relações coloniais e o


legado deixado pela administração colonial portuguesa em Moçambique. Ao reconhecer esses
eventos históricos, podemos compreender melhor as desigualdades e injustiças do passado,
promover a justiça social e trabalhar para a construção de sociedades mais justas, inclusivas e
respeitosas com a diversidade cultural e étnica. A análise desses aspectos históricos é

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fundamental para a compreensão da identidade moçambicana e para a construção de um futuro
baseado na igualdade, no respeito e na colaboração mútua.

Referências Bibliográficas

Birmingham, D. (1995). Portugal e África: O Povo e a Guerra. In A. Ramos & M. E. McWilliam


(Eds.), Portugal e África: O Povo e a Guerra (pp. 61-90). Palgrave Macmillan.

Brittain, V. (2012). O Movimento Rebelde em Moçambique: Tradições Locais e Mobilização


Regional. Cambridge University Press.

MINEDH. Módulo 7 de História: O Colonialismo Português em Moçambique de 1890 a 1930.


Instituto De Educação Aberta e à Distância (IEDA), Moçambique, s/d

Newitt, M. D. D. (1995). História de Moçambique. Editora Universidade de Indiana.

Isaacman, A. (1982). A Tradição da Resistência em Moçambique: Atividade Anticolonial nas


Províncias de Nampula e Zambeze, 1850-1921. Heinemann.

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