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Discentes: Docente:
Quelimane
2023
Tema:
Docente:
Quelimane
2023
Índice
1. Introdução....................................................................................................................................1
2. Objectivos....................................................................................................................................2
4. Conclusão..................................................................................................................................10
1. Introdução
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2. Objectivos
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3. A Administração Colonial Portuguesa
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pela independência emergiram em diferentes momentos e lugares, buscando contestar o domínio
colonial e reivindicar a soberania e os direitos do povo colonizado.
Essa estrutura social foi sustentada por meio de políticas discriminatórias, como a
segregação racial e a imposição de um sistema de castas. Os colonizadores portugueses se
consideravam superiores aos nativos africanos, e essa visão preconceituosa permeou todas as
esferas da vida colonial, desde a educação até as relações de trabalho. (Brittain, 2012)
A exploração dos recursos naturais também teve um impacto profundo nas colônias. As
riquezas naturais, como ouro, diamantes, marfim e outros produtos tropicais, eram expropriadas
pelos colonizadores portugueses em benefício próprio. Essa exploração desenfreada levou à
devastação ambiental e à exploração desenfreada dos recursos, sem consideração pela
sustentabilidade ou pelo bem-estar das comunidades locais.
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4. A Ocupação Militar em Nampula
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Face a ofensiva colonial todos os chefes, de Moma a Memba, procuraram adoptar uma
estratégia comum contra a ocupação.
Os grandes amuene makua (chefes dos chefes de linhagens) tais como Mucutu-munu,
Komala e Kuphula e os xeiques Molid-Volay, Faralay, Suali Bin Ibrahimo (o “Marave”),
souberam como classe dominante dirigir uma guerra popular, devido a grande coesão
social que a estrutura social e ideológica e linhageira conferia a essas confederações
guerreiras.
Depois de muitas tentativas, em 1905, os portugueses encetaram uma nova tática, enviando
grandes colunas militares a partir da Ilha de Moçambique e Mossuril, que avançavam ao longo
dos rios, submetendo os chefes macuas. Nos locais onde conseguiam a colaboração destes,
organizaram "Circunscrições" com uma administração incipiente, mas efectiva; onde não o
conseguissem, instalavam "Capitanias-Mores" de base militar. Dessa forma, conseguiram dividir
o território e as suas populações, incentivando as rivalidades entre si e com os estados islâmicos,
que acabaram por entrar em declínio e foram finalmente subjugados à administração colonial.
Assim processou-se a ocupação de Nampula, partindo da costa para o interior e do norte para
o sul.
No ano seguinte, foi nomeado um Comissário-Residente para Gaza, que foi "promovido"
a Intendente Geral em 1889, com a transferência de Gungunhana de Mossurize para Manjacaze;
em 1888, foi estabelecido um posto militar perto de Marracuene e, em 1890, foi nomeado um
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Comissário-Residente para Lourenço Marques. Entretanto, em 1888, as autoridades coloniais
reavivaram os "Termos de Vassalagem" com os reinos da região.
Mas estas medidas não foram suficientes, nem para cobrar o "imposto de palhota"
(contribuição por família, expresso nos "Termos de Vassalagem", fixado naquela altura em 340
réis), nem para assegurar o recrutamento de mão-de-obra, uma vez que o trabalho nas minas sul-
africanas rendia seis vezes mais do que os concessionários do caminho-de-ferro pagavam. Em
1892, o governo de Lisboa enviou a Moçambique António Enes como Comissário Régio, para
avaliar as condições económicas da Província e, no mesmo ano, os portugueses conseguiram
realizar uma cobrança maciça do imposto, ameaçando os indígenas de verem as suas palhotas
queimadas, se não pagassem.
Em 1891, Gungunhana assinou com Cecil Rhodes um acordo relativo a direitos sobre a
exploração de minério nas suas terras, a favor da Companhia Britânica Sul-Africana, a troco dum
pagamento anual de cerca de 500 libras. Tornava-se claro para os portugueses que só uma acção
militar poderia forçar o estabelecimento da autoridade colonial na região. Esta acção, conhecida
na altura como "Campanha de Pacificação", foi despoletada pela recusa de Mahazula Magaia,
um chefe tradicional da região de Marracuene, em aceitar a decisão do Comissário Residente
sobre uma disputa de terras. A questão chegou a vias de facto, quando a guarnição militar
portuguesa foi forçada a fugir para Lourenço Marques, perseguida pelos exércitos de Magaia,
Zihlahla e Moamba, que cercaram a cidade entre Outubro e Novembro de 1894.
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O exército de Gungunhana continuou a resistir à autoridade colonial, sob a liderança de
Maguiguane Cossa, que só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a 10 km do
Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colonial foi finalmente estabelecida no sul de
Moçambique.
Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da Província pode finalmente
organizar a administração do território, com a instituição do Regulado. O governo recrutava
membros da aristocracia indígena como Régulos, encarregados da colecta do imposto-de-
palhota, do recrutamento de trabalhadores para a administração e da proibição da venda de
quaisquer bebidas alcoólicas que não fossem provenientes da Metrópole. (Isaacman, 1982)
No contexto econômico, a política colonial entre 1900 e 1930 foi pautada pela busca por
recursos naturais e pela exploração econômica das colônias. Portugal procurava maximizar seus
interesses econômicos, visando a obtenção de matérias-primas, o estabelecimento de plantações
comerciais e o controle de rotas comerciais estratégicas. Isso resultou na exploração intensiva
dos recursos naturais nas colônias, muitas vezes com consequências devastadoras para o meio
ambiente e para as comunidades locais.
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Além disso, a política colonial portuguesa desse período também estava intrinsecamente
ligada às questões políticas e administrativas. A metrópole exercia um controle rígido sobre as
colônias, implementando uma estrutura de governança colonial hierárquica e centralizada. A
nomeação de governadores e administradores coloniais, a imposição de leis e regulamentos, e a
promoção da assimilação cultural e linguística foram características marcantes dessa política.
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4. Conclusão
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fundamental para a compreensão da identidade moçambicana e para a construção de um futuro
baseado na igualdade, no respeito e na colaboração mútua.
Referências Bibliográficas
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