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Curso de Licenciatura em Ensino de História


Cadeira: História da Sociedade
Tema:
Desenvolvimento e Diferenciação das Sociedades de Agricultores em
Moçambique: as comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na
África Austral e em Moçambique

Nome: Inês José Moçambique


Centro de Recurso: Ensino à Distância de Quelimane
Data de Entrega: 12 a 17 de Abril de 2020

Nome do Docente:
Dr.
Nome do estudante: Ano de Frequência:
Inês José Moçambique 1º Ano - 2020
Especialização: Turma: A
Trabalho de: Código do Estudante:
Historia da Sociedade
Dirigido ao docente: Número de páginas:
10
Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega:
___ à ___ de _____ de 2020

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORREÇÃO COTAÇÃO COTAÇÃO


Introdução:
2,0v
Exposição e delimitação do assunto em análise
Desenvolvimento:
Fundamentação teórica (definição de conceitos e 5,0v
termos e apresentação dos pontos de vista dos autores). 10,0v
Interligação entre teoria e prática (argumentos/ contra
5,0v
argumentos e exemplificação)
Clareza expositiva 2,0v
Citações bibliográficas (directa e indirecta) 2,0v
Conclusão 2,0v
Referências bibliográficas (normas APA) 2,0v
Cotação Total: ……………………………………….. 20,0v

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino a Distância
Curso de Licenciatura em Ensino de Historia

Desenvolvimento e Diferenciação das Sociedades de Agricultores em Moçambique: as


comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África Austral e em
Moçambique

Inês José Moçambique – T/B – 1º Ano

Quelimane, Abril de 2020


Desenvolvimento e Diferenciação das Sociedades de Agricultores em Moçambique: as
comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África Austral e em
Moçambique
Inês José Moçambique – T/B – 1º Ano

Trabalho de Pesquisa de Didática Geral I a ser


entregue no Centro de Ensino a Distância da
Universidade Católica de Moçambique no curso
de Licenciatura em Historia, 1º ano turma B.

Docente:

Quelimane, Abril de 2020


2

Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Agricultura em Moçambique......................................................................................................4
As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África.......................................5
As principais características primarias das sociedades região austral da Africa........................5
As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique...........................5
As principais sistematizações culturais entre agricultores em Moçambique..............................5
Conclusão....................................................................................................................................6
Bibliografia.................................................................................................................................7
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema o desenvolvimento e Diferenciação das
Sociedades de Agricultores em Moçambique: as comunidades aldeãs e a formação das
estruturas sociais na Africa Austral e em Moçambique.
.
O presente artigo tem por objetivo apresentar aspectos culturais e linguísticos de
Moçambique, com o intuito de melhor compreender o processo de inserção do país no
denominado espaço lusófono. Desse modo, voltamos nosso olhar para os mais de quatro
séculos e meio da presença portuguesa na África, mais especificamente para Moçambique,
país dotado de imensa riqueza cultural e linguística, mas, também, arraigado às tradições
ancestrais.

A história cultural e linguística na África é herança da ocupação e da dominação dos


territórios africanos por diferentes povos desde a antiguidade clássica, do século X a.C. ao
XIV d.C., resultando nessa multiplicidade de culturas, línguas e tradições africanas que, hoje,
tanto nos fascina quanto nos instiga à observação

Portanto, este trabalho obedece a seguinte estrutura: introdução, objectivos, metodologias,


desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
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Agricultura em Moçambique
Conforme nos referimos anteriormente, Moçambique possui uma população situada em torno
de 20.366.795 habitantes20, da qual cerca de 70% vive no campo. O país é essencialmente
agrário, prática que ocupa a maior parte da sua população.

De acordo com os indicadores do PNUD (2010)21, Moçambique figura na lista dos países
mais pobres do mundo, ocupando o lugar 165, num total de 169 países. A pobreza tem a sua
face mais visível nas zonas rurais, onde ela é mais acentuada, representando 55%,
comparativamente com as zonas urbanas, onde ela representa 52%.

De acordo com o Plano Director de Extensão Rural, esta pobreza que inside mais o campo “é
atribuída principalmente ao limitado desenvolvimento agrícola, ao desenvolvimento limitado
dos mercados e aos baixos níveis de produtividade. O potencial agrícola não é devidamente
convertido na geração de receitas e na criação de emprego de modo tangível” , o que exige da
parte do Governo, das entidades privadas, associativas e dos produtores singulares, nova
forma de abordagem do sector agrícola.. Dados publicados em Junho de 2010 referem que a
pobreza em Moçambique não registou nenhuma redução, no período que vai de 2002 a 2008,
sublinhando-se que esta (a pobreza) aumentou no seio dos maiores grupos de rendimento,
onde se incluem os que se dedicam à agricultura.

O modelo difusionista antes citado permitiria a substituição do trabalhador manual por


máquinas e, dessa forma, facilitaria o processo de migração as cidades.

Outros autores criticaram este modelo, como sendo "armadilha de nível baixo", porque o
abandono persistente dos camponeses da agricultura diminuiria a oferta de alimentos, cujos
preços aumentariam tendencialmente, criando, consequentemente, problemas para o processo
de industrialização -via aumento nos preços de alimentos.

Mas foi Shultz (1961) no seu afamado livro "Transforming Traditional Agriculture" quem
dera as bases teóricas para a mudança de pensamento, que posteriormente embasara a
revolução verde. Shultz critica a hipótese central do modelo difusionista de que os pequenos
produtores seriam incapazes de adotar tecnologias modernas por serem "atrasados, arcaicos
ou irracionais".
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As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África


O aperfeiçoamento dos instrumentos de trabalho possibilitou o aumento da produção. Os
excedentes da produção eram entregues aos chefes das comunidades aldeãs permitindo deste
modo uma grande desigualdade entre os habitantes da Mesopotâmia. Essa desigualdade deu
origem às classes sociais: a classe exploradora ou dominante e a explorada ou a dominada.

Na classe exploradora (aristocratas) era constituída pelo Rei (Legal), com poderes religioso,
militar e judicial, os nobres, os sacerdotes e escribas ligados à administração e possuíam
domínios sobre a escrita (cuneiforme) e cálculos.

Os escribas eram importantes porque dominavam a primeira forma de escrita inventada: a


escrita Cuneiforme na qual os símbolos significavam ideias. Por fim estavam os militares e os
comerciantes ricos. A classe explorada (dominada) era composta por mercadores, artesãos,
camponeses e escravos.

As principais características primarias das sociedades região austral da Africa


De fato, a história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da sobrevivência
material, mas também espiritual, intelectual e artística, o que ficou à margem da compreensão
nas bases do pensamento ocidental, como se a reflexão entre Homem e Cultura fosse seu
atributo exclusivo, e como se Natureza e Cultura fossem fatores antagônicos.

E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os
povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no
evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio
cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como
instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também, os europeus estavam
em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do desenvolvimento humano e
da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, corroborando com essa
distorção.

Por isso, a história da África, pelo menos antes do contato com o mundo ocidental, em
particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a
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organização dominante adotada pelas sociedades ocidentais. Normalmente fica no


esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe uma África anterior, a que se
convencionou chamar África tradicional, diversa e independente, com suas particularidades
sociais, econômicas e culturais.

As sociedades ocidentais, assim chamadas por oposição às não-ocidentais (não-européias), se


estruturaram fundamentalmente sob o modo de produção capitalista. Além disso, o modo de
produção dominante (não existe apenas um) numa sociedade pode nos dizer muito sobre a
vida dessa sociedade, mas certamente não comporta explicações de todas as dimensões de
como os homens que a constituem compreendem sua vida e modelam sua existência.

A degeneração da imagem das sociedades africanas, de suas ciências, e de seus produtos é


resultado do projeto do Capitalismo, que difundiu a idéia de que o continente africano é
tórrido e cheio de tribos perdidas na História e na Civilização. É resultado também do
etnocentrismo das ciências européias do século XIX. É necessário, pois, ver de que História e
de que Civilização se trata. E do ponto de vista histórico-econômico, o imperialismo colonial
na África é meio e produto do Capital, uma das grandes invenções que vem desde a era dos
Descobrimentos reforçada ainda mais pela consolidação do Liberalismo.

O viés econômico da História é um importante instrumento da Ideologia do Desenvolvimento,


tipicamente ocidental. Dentro dessa linha de raciocínio, o Capital emerge de fora das
sociedades de que tratamos para regrar suas atividades econômicas de modo diferente,
conforme interesses externos aos dessas sociedades produtoras e dos povos que as constituem,
modificando as relações sociais e impondo um novo modelo de pensar e agir.

As sociedades africanas tradicionais (ou pré-coloniais) tinham em suas atividades econômicas


uma das formas de sobrevivência, de acordo com o meio ambiente em que viviam, de suas
necessidades materiais e espirituais, e de toda uma tradição anterior de várias técnicas e tipos
de produção. Havia muitos povos nômades, que precisavam se deslocar periodicamente, e
havia povos sedentários, que fundando seus territórios, chegaram a constituir grandes reinos,
desenvolvendo atividades econômicas produtivas, tanto de bens de consumo como de bens de
prestígio (em que se destacam várias de suas artes de escultura e metalurgia).

O que a história oficial procurou velar é que os africanos desenvolveram várias formas de
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governo muito complexas, baseando-se seja em uma ordem genealógica (clãs e linhagens),
seja em processos iniciáticos (classes de idade), seja, ainda, por chefias (unidades políticas,
sob várias formas). Algumas grandes chefias, consideradas Estados tradicionais, são
conhecidas desde o século IV (como a primeira dinastia de Gana), mesmo assim posteriores a
grandes civilizações, cuja existência pode ser testemunhada pela arte, como a cerâmica de
Nok (Nigéria), datada do século V a.C. ao II século d.C. Aliás, ela é uma das produções mais
atingidas pelo tráfico do mercado negro das artes na África que coloca em risco toda uma
história ainda não completamente estudada.

As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique


Moçambique independente herdou uma estrutura económica colonial caracterizada por uma
assimetria entre o Norte e o Sul do País e entre o campo e a cidade. O Sul mais desenvolvido
que o Norte e a cidade mais desenvolvida que o campo. A ausência duma integração
económica e a opressão extrema da mão-de-obra constituíam as características mais
dominantes dessa assimetria.

A estratégia de desenvolvimento formulada para inverter esta assimetria apostou numa


economia socialista centralmente planificada. No entanto, as conjunturas regionais e
internacionais desfavoráveis, as calamidades naturais e um conflito militar interno de 16 anos
inviabilizaram a estratégia.

As principais sistematizações culturais entre agricultores em Moçambique


É importante, portanto, ter sempre em vista que o continente africano é imenso, com centenas
de grupos étnicos ou sociedades, que não devemos chamar de tribos, pois o sistema de
parentesco, além de não ser a única forma de organização, manifesta-se em grande
diversidade e complexidade na composição dos grupos culturais. Hoje as sociedades africanas
são sociedades modernizadas, o que não quer dizer que antes elas não tinham organização.

Com uma hierarquia de obrigações e direitos, e com uma tecnologia própria ditada pela sua
economia, seja ela de subsistência ou de comércio, algumas sociedades tradicionais voltavam-
se mais para a agricultura, outras para a caça e pesca, e não raro, essas atividades eram
mescladas. Não há conhecimento de grupos africanos sem um tipo de organização, seja em
pequenas chefias a grandes repúblicas e reinos, até que as grandes potências ocidentais
invadiram e colonizaram o território africano.
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Em contrapartida, devemos também estar alertos para não nos valermos do que, entre nós, é
tido como premissa de civilização, achando que com isso chegamos à compreensão de outros
povos. Ao lado de técnicas de metalurgia ou cultivo, ao lado de chefias ou de um comércio
ativo, cada sociedade, cada cultura tem um sistema de categorias próprias de pensamento e
existência, sendo ele o que a diferencia das outras, e o que lhe dá real relevância perante a
Humanidade.

A cultura material e a arte, pelo seu caráter concreto (de "coisas", objetos), podem ser
veículos eficientes para que tais categorias não fiquem tão vulneráveis à ação destruidora de
nosso etnocentrismo, desde que sejam enfocadas como produtos de sociedades diferentes e
não desiguais.
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Conclusão
E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os
povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no
evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio
cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade.

O potencial agrícola não é devidamente convertido na geração de receitas e na criação de


emprego de modo tangível” , o que exige da parte do Governo, das entidades privadas,
associativas e dos produtores singulares, nova forma de abordagem do sector agrícola.
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Bibliografia
IMPUIA, Lázaro. H8-História, 8ª classe. Maputo: Texto Editores, 2009.
JAMISSE, Olga Judite. História para todos, 8ª classe: O passado da Humanidade. Maputo:
Diname, 2008.
NHAMPULE, Teresa et MAVIE, Ana Maria S. História- 8ª Classe. Maputo: Plural Editores,
2011.
TAJU, Gulamo at all. Da Comunidade Primitiva ao Feudalismo - 8ª classe. s/l: Edições
ASA1989. CUMBE, Graça et all. Saber História- 8ª classe. Maputo: Longman, 2008.

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