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Nome do Docente:
Dr.
Nome do estudante: Ano de Frequência:
Inês José Moçambique 1º Ano - 2020
Especialização: Turma: A
Trabalho de: Código do Estudante:
Historia da Sociedade
Dirigido ao docente: Número de páginas:
10
Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega:
___ à ___ de _____ de 2020
Assinatura do docente:
Docente:
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Agricultura em Moçambique......................................................................................................4
As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África.......................................5
As principais características primarias das sociedades região austral da Africa........................5
As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique...........................5
As principais sistematizações culturais entre agricultores em Moçambique..............................5
Conclusão....................................................................................................................................6
Bibliografia.................................................................................................................................7
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema o desenvolvimento e Diferenciação das
Sociedades de Agricultores em Moçambique: as comunidades aldeãs e a formação das
estruturas sociais na Africa Austral e em Moçambique.
.
O presente artigo tem por objetivo apresentar aspectos culturais e linguísticos de
Moçambique, com o intuito de melhor compreender o processo de inserção do país no
denominado espaço lusófono. Desse modo, voltamos nosso olhar para os mais de quatro
séculos e meio da presença portuguesa na África, mais especificamente para Moçambique,
país dotado de imensa riqueza cultural e linguística, mas, também, arraigado às tradições
ancestrais.
Agricultura em Moçambique
Conforme nos referimos anteriormente, Moçambique possui uma população situada em torno
de 20.366.795 habitantes20, da qual cerca de 70% vive no campo. O país é essencialmente
agrário, prática que ocupa a maior parte da sua população.
De acordo com os indicadores do PNUD (2010)21, Moçambique figura na lista dos países
mais pobres do mundo, ocupando o lugar 165, num total de 169 países. A pobreza tem a sua
face mais visível nas zonas rurais, onde ela é mais acentuada, representando 55%,
comparativamente com as zonas urbanas, onde ela representa 52%.
De acordo com o Plano Director de Extensão Rural, esta pobreza que inside mais o campo “é
atribuída principalmente ao limitado desenvolvimento agrícola, ao desenvolvimento limitado
dos mercados e aos baixos níveis de produtividade. O potencial agrícola não é devidamente
convertido na geração de receitas e na criação de emprego de modo tangível” , o que exige da
parte do Governo, das entidades privadas, associativas e dos produtores singulares, nova
forma de abordagem do sector agrícola.. Dados publicados em Junho de 2010 referem que a
pobreza em Moçambique não registou nenhuma redução, no período que vai de 2002 a 2008,
sublinhando-se que esta (a pobreza) aumentou no seio dos maiores grupos de rendimento,
onde se incluem os que se dedicam à agricultura.
Outros autores criticaram este modelo, como sendo "armadilha de nível baixo", porque o
abandono persistente dos camponeses da agricultura diminuiria a oferta de alimentos, cujos
preços aumentariam tendencialmente, criando, consequentemente, problemas para o processo
de industrialização -via aumento nos preços de alimentos.
Mas foi Shultz (1961) no seu afamado livro "Transforming Traditional Agriculture" quem
dera as bases teóricas para a mudança de pensamento, que posteriormente embasara a
revolução verde. Shultz critica a hipótese central do modelo difusionista de que os pequenos
produtores seriam incapazes de adotar tecnologias modernas por serem "atrasados, arcaicos
ou irracionais".
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Na classe exploradora (aristocratas) era constituída pelo Rei (Legal), com poderes religioso,
militar e judicial, os nobres, os sacerdotes e escribas ligados à administração e possuíam
domínios sobre a escrita (cuneiforme) e cálculos.
E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os
povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no
evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio
cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como
instrumento de dominação não apenas cultural, mas econômica também, os europeus estavam
em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do desenvolvimento humano e
da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, corroborando com essa
distorção.
Por isso, a história da África, pelo menos antes do contato com o mundo ocidental, em
particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a
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O que a história oficial procurou velar é que os africanos desenvolveram várias formas de
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governo muito complexas, baseando-se seja em uma ordem genealógica (clãs e linhagens),
seja em processos iniciáticos (classes de idade), seja, ainda, por chefias (unidades políticas,
sob várias formas). Algumas grandes chefias, consideradas Estados tradicionais, são
conhecidas desde o século IV (como a primeira dinastia de Gana), mesmo assim posteriores a
grandes civilizações, cuja existência pode ser testemunhada pela arte, como a cerâmica de
Nok (Nigéria), datada do século V a.C. ao II século d.C. Aliás, ela é uma das produções mais
atingidas pelo tráfico do mercado negro das artes na África que coloca em risco toda uma
história ainda não completamente estudada.
Com uma hierarquia de obrigações e direitos, e com uma tecnologia própria ditada pela sua
economia, seja ela de subsistência ou de comércio, algumas sociedades tradicionais voltavam-
se mais para a agricultura, outras para a caça e pesca, e não raro, essas atividades eram
mescladas. Não há conhecimento de grupos africanos sem um tipo de organização, seja em
pequenas chefias a grandes repúblicas e reinos, até que as grandes potências ocidentais
invadiram e colonizaram o território africano.
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Em contrapartida, devemos também estar alertos para não nos valermos do que, entre nós, é
tido como premissa de civilização, achando que com isso chegamos à compreensão de outros
povos. Ao lado de técnicas de metalurgia ou cultivo, ao lado de chefias ou de um comércio
ativo, cada sociedade, cada cultura tem um sistema de categorias próprias de pensamento e
existência, sendo ele o que a diferencia das outras, e o que lhe dá real relevância perante a
Humanidade.
A cultura material e a arte, pelo seu caráter concreto (de "coisas", objetos), podem ser
veículos eficientes para que tais categorias não fiquem tão vulneráveis à ação destruidora de
nosso etnocentrismo, desde que sejam enfocadas como produtos de sociedades diferentes e
não desiguais.
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Conclusão
E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse também os
povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX, inspiradas no
evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam num estágio
cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade.
Bibliografia
IMPUIA, Lázaro. H8-História, 8ª classe. Maputo: Texto Editores, 2009.
JAMISSE, Olga Judite. História para todos, 8ª classe: O passado da Humanidade. Maputo:
Diname, 2008.
NHAMPULE, Teresa et MAVIE, Ana Maria S. História- 8ª Classe. Maputo: Plural Editores,
2011.
TAJU, Gulamo at all. Da Comunidade Primitiva ao Feudalismo - 8ª classe. s/l: Edições
ASA1989. CUMBE, Graça et all. Saber História- 8ª classe. Maputo: Longman, 2008.