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UCM Moçambique
Faculdade de Medicina
Saúde Familiar e
Comunitária
_____________________________
Inhamudima
1
Universidade Católica de Moçambique Saúde Familiar e Comunitária -2008
ÍNDICE
Página
1. INTRODUÇÃO 6
1.1 Metodologia 7
1.1.1Trabalho no Campo 8
1.1.2 Amostra 9
1.1.3 Tratamento de dados 9
1.1.4 Constrangimentos 10
2. CONTEXTO 10
3. OBJECTIVO 12
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS DO MAPEAMENTOS NAS UNIDADES 13
Unidade A
Unidade B
Unidade C
Unidade D
Unidade F
Unidade I
5. CONCLUSÕES 21
6. RECOMENDAÇÕES 23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
8. ANEXOS.
Tabelas
Fotos
Gráficos
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Agradecimentos
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Acrónimos
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1. INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados do mapeamento participativo na área de saúde pública nas
unidades ( A,B,C,D,F,I ) do 2º bairro de Chipangara de Beira – Sofala / Moçambique assim
como o mapeamento social das mesmas unidades mencionadas.
Mapeamento participativo entende-se neste caso como um processo onde os membros da
comunidade participaram em cooperação com os estudantes do 1º ano de medicina da UCM, no
reconhecimento de sua área como sendo zonas de alto risco ambiental e/ou possíveis causadores
de doenças que prejudicam a saúde dos membros da desta comunidade.
O presente trabalho iniciou-se numa primeira fase sendo o mapeamento geográfico espacial
fazendo-se uso do GPS. Durante a análise da distribuição espacial de agravos, possibilitou
detectar as áreas com factores de risco para incidência de eventos mórbidos e mortalidade. É de
se salientar que o uso do GPS, facilitou a marcação de pontos como, áreas de risco e focos de
possíveis causadores de doenças como a malária, cólera etc. Também sublinhar que o uso do
GPS se insere no conceito de Geoprocessamento que, segundo MOURA 2003, o termo surgido
do processamento de dados georefenciados, significa um processo na gráfica ou representação da
terra. Não somente representar, mas também associar as áreas como informações relevantes para
prevenção de doenças.
Ainda mediante uma observação directa o que chamamos mapeamento de transito ( trajecto,)
tiveram a oportunidades, os estudantes, de observar directamente que locais eram mais seguros,
ou inseguros, poluído, com lixo, locais prováveis focos de mosquito, mercados, latrinas, locais de
entretenimento, escolas, igrejas, etc.
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Finalmente o trabalho realizado pelos estudantes em conjunto com a comunidade, podem ser de
extrema importância para uma boa programação durante o trabalho de SFC assim como os
estudantes poderão advogar em nome das unidades frente as autoridades locais na solução dos
problemas sócio- económicos que afecta o 2º bairro de Chipangara ( Inhamudima).
1.1 METODOLOGIA
A metodologia adaptada para este mapeamento baseou-se num estudo do tipo qualitativo que
facilitou aos estudantes a explorar profundamente e adquirir dados de diferentes fontes
( secretários das unidades, grupos focais, membros antigos e relevantes da comunidade ) procurar
detalhes suficientes assim como ao mesmo tempo através de uma observação directa
compreender melhor a situação social, económico e de saúde das unidades do bairro de
Inhamudima. O objectivo neste trabalho era de interpretar as palavras, frases dos diferentes
participantes durante o mapeamento social, resultando assim na compreensão por parte dos
estudantes e lideres das unidades, assim como os estudantes após análise obter e compreender a
riqueza das informações, profundidade e complexidade do fenómeno que acontece no bairro. Já
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que análise qualitativa é qualquer pesquisa que produz resultados sem usar análise estatística ou
outro tipo de quantificação ( Strauss & Corbim, 1990)
Optou-se numa pesquisa qualitativa, para dar uma oportunidade aos estudantes na recolha dos
dados, não só das entrevistas, porém também para tirarem fotos e usar os discursos dos
entrevistados para reafirmar o achado.
Quanto ao objectivo da pesquisa, foi escolhido o tipo exploratório que facilitaria a
familiarização com o problema e também facilitaria entrevistas usando técnicas de recolha de
dados como a chuva de ideias. Em alguns mapeamentos, usou-se também a pesquisa explicativa
com a finalidade de que os estudantes podessem compreender o que determina o fenómeno e as
razões das coisas do porque acontecem.
Concluindo estes dois tipos de mapeamento, visavam expôr aos estudantes do 1º ano de medicina
da UCM a uma visualização de como vivem as famílias de Inhamudima, a estrutura social, que
recursos tem ou que estão à sua disposição. O gabinete da saúde familiar, considera que á saúde
ou falta de saúde não somente seja um caso fisiológico porém tem uma inter-relação de outros
factores sócio- económicos, culturais etc e que estão interligados favorecendo ou diminuindo a
saúde dos membros das famílias no bairro.
Para este trabalho de campo, se seleccionam seis unidades do bairro de Inhamudima , as unidades
A, B, C, D por serem unidades do bairro onde a universidade vem fazendo trabalhos por 8 anos
e as unidades F e I, unidades incluídas no programa, do plano deste 2008.
Na primeira fase do mapeamento que era o geográfico, os estudantes fizeram uso do GPS, após o
trenamento por parte do departamento da CIG – UCM, os estudantes se dividiram em 6 grupos e
trabalharam registando os pontos de acordo ao objectivo.
Diagrama de Venn: neste caso os estudantes em pequenos grupos reuniram-se em cada unidade
do bairro em coordenação com os secretários das unidades e quarteirões assim como com os
grupos focais escolhidos pelos lideres locais. Os estudantes explicaram o objectivo do Diagrama
de Venn, que demostra as institutos, organizações, e pessoas que afectam na toma de decisão na
comunidade ou unidade. Fazendo uso de círculos de diferentes tamanhos escreveram os nomes e
colocaram no papel ( círculo maior que representa a comunidade ) os círculos de acordo a
importância, significando quanto maior o circulo tem maior importância e influência na tomada
de decisão na comunidade ou grupo.
Calendário das Épocas: mediante dialogo participativo entre os estudantes e os grupos em cada
unidade, desenharam o calendário das épocas de doenças mais frequentes nas unidades. Os
estudantes explicaram em que consiste o trabalho, fazendo uso da técnica de chuva de ideias e /ou
mediante votação ou uso de pequenas estacas ou ainda levantando a mão para os meses em que as
doenças são mais frequentes, seguido de um dialogo participativo para verificar os meses e nomes
atribuídos às doenças.
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Mapa dos recursos: usando chuva de ideias mencionaram os recursos existentes no bairro,
escolheram um critério de avaliação como : recursos suficientes para todos e a satisfação com a
qualidade do que já existe; representaram com rostos tristes e alegres e por votação chegaram aos
resultados e que finalmente tiveram um tempo para discutir os resultados.
1.1.2 Amostras
A selecção das amostras teve como base convocatória feita aos membros das unidades pelo
secretário, o número de entrevistados foi diferente em cada unidade e flutuou durante o trabalho,
dado a entrada e saída dos participantes durante os trabalhos.
Em algumas unidades o número de entrevistados aparentemente é pouco relevante porém dado a
profundidade do estudo e número de vezes e técnicas usadas dá se a validade por ser considerado
um estudo do tipo qualitativo.
O número total de famílias residentes em todas as unidade do 2º bairro de Chipangara que tem 9
unidades são 6055 famílias que é composto de uma população de 13004 homens e 12288
mulheres portanto um total de 25292 habitantes. (INE-III recenseamento Geral da população e
habitação ,17 agosto 2007)
1
saída de alguns por motivos desconhecidos.
2
total de entrevistados que permaneceram até o fim de todo o processo de mapeamento social.
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Os dados primários obtidos do mapeamento geográfico usando o GPS foram processados pela
CIG -UCM, assim como a análise dos resultados em conjunto com os secretários do bairro com a
finalidade de fazer correcções.
Os mapeamentos sociais foram analisados pelos grupos de estudantes que participaram em cada
unidade, onde estabeleceram formas de representar os resultados.
1.1.4. Constrangimentos
Cabe mencionar que o mapeamento foi realizado pelos estudantes do primeiro ano de medicina,
não obstante, apesar do esforço realizado do gabinete da saúde familiar e comunitária da UCM,
houve alguns constrangimentos durante o processo de trabalho no bairro.
Embora se tenha realizado formação para cada tipo de mapeamento, foi necessário retornar ao
campo para verificar e comparar os dados realizados com o uso de GPS e mapeamento de
transito, como é o caso de conferir o número de fontanárias, poços de cada unidade, assim como
os nomes dos representantes de cada quarteirão em cada unidade.
Durante o mapeamento social, alguns grupos tiveram que realizar num fim de semana dado que
os membros de uma unidade não estavam presentes no dia.
Outro constrangimento se deu com o número reduzido de pessoas que participaram, apesar de se
ter dado o comunicado a aproximadamente 20 indivíduos por unidade, a flutuação do número,
deveu-se a saída e entrada dos participantes, sendo que em alguns casos de se repetir e explicar
muitas vezes os tipos de mapeamento que estavam a se realizar . Porém, considera-se aceitável
por ser um estudo qualitativo e os grupos não sofreram nenhuma influência no mapeamento
social e pensa-se que seja por ser o primeiro do género em que estava a participar, por esta razão
as respostas foram expontâneas, profundas e honestas.
2. Contexto
O Bairro de Inhamudima faz parte do 2º. bairro de Chipangara, localizado na cidade de Beira
que é a segunda cidade de Moçambique, situada na região central da Província de sofala, onde o
Rio Púngué se encontra com o Oceano Índico. Tem uma população de aprox. 546,000 habitantes
no 20064 . Inhamudima é um dos bairros mais pobres da cidade que tem uma população de
25,292 habitantes ( INE: 17 de agosto de 2007 ).
3
Fontes de pesquisa qualitativo, mapeamento, usando o GPs, observação por vários grupos, dialogo com
lideres e grupos relevantes e fotos que demostram as evidencia.
4
http://en.wikipedia.org/wiki/Beira,_Mozambique
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cidade da Beira, foi o maior porto na região onde administrava a colónia portuguesa5 promovendo
migração populacionais provenientes de Zambézia e Inhambane.
Inhamudima é mais um bairro que está dentro destas afirmações mencionadas. Os serviços de
àgua e saneamento ainda estão precários especialmente o saneamento, existe um declínio dos
valores tradicionais, a máscara de religiões culturais e estilo de vida das famílias faz com que as
circunstâncias sejam mais estreantes às condições de vida.
As crianças geralmente são as mais vulneráveis já que a maioria dos adultos está a realizar
algum trabalho ( pequenos biscatos ), estas ficam praticamente sem cuidados dos adultos. O
alcoolismo é evidente assim como também é uma das formas de negócio comunitário ( uma
famílias fabrica bebidas tradicionais e a vizinhança contribui mediante o seu consumo ). Os
estudantes de UCM trabalham apoiando os doentes de HIV/Sida por ser um dos maiores
problemas do bairro através do programa de cuidado domiciliar com o nome do grupo Pabhodzi.
5
http://en.wikipedia.org/wiki/Beira,_Mozambique
6
Notas das fichas de saúde familiar e comunitária da UCM -2006.
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3. Objectivos
7
cinemas locais, bares, centros de comercialização de bebidas tradicionais.
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Neste gráfico se encontra um resumo de todas as unidades das doenças mais comuns e as
épocas mais frequentes que os participantes consideram.
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Doenças Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez
Malária ** ** ** * * * * * * * ** **
Tosse ** * * ** ** ** ** * * * * *
DTS * * * * * * * * * * * *
TB ** * * * * * * ** ** * ** **
Pressão Alta * ** **
Sida ** * * * * * * * * * * **
Cólera ** ** ** **
Dor de Cabeça ** ** ** * * * * * ** ** * *
Desequilibrio Mental * * * * * *
Gravidez8 * * * ** ** ** ** * * * * **
Sarna ** ** ** * * * * * ** * *
Feridas ** ** * **
Diarreia ** ** ** ** ** **
Matequenha ( T. penetrans) ** ** ** **
Tinha ** ** ** ** **
Tensão ** ** * * * * * * * * ** **
Anemia ** ** ** ** ** **
Bilharziose ** **
Eczema ** ** ** **
Dores nas articulações * * * * * * * * * * * *
Lombrigas (NHOKA) * * * * * * * * * * * *
** Mais frequente * frequente
• Algumas unidades mencionaram o Sarampo, porem é duvidoso e por estar relacionado com
saúde publica não será analisado já que a Misau faz campanhas de prevenção que abrange o
bairro
• Queimaduras também são mencionadas , estas se dào mais em épocas de frio , não é muito
frequente.
• Asma é mencionada em algumas unidades, consideram que é mais drástico nos meses de Abril
a Julho. ( épocas consideradas de frio ).
• Problemas de visão, é mencionado nas unidade F, relacionam com conjuntivites , acreditam que
é frequente durante o ano porem com mais severidade nos meses de setembro e outubro?.
• Na unidade” C ” mencionam o estresse como sendo frequente durante todo o ano.
8
gravidez: não é uma doença diz estar relacionado com a saúde da mulher e tem uma época mais
frequente como eles mencionam.
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b) Diagrama de Venn
A análise de cada unidade está nas tabelas diagrama de Venn: Tab 7- A, Tab8 -B, Tab 9- C,
Tab10 - D, Tab 11- F, Tab 12- I .
9
Mistura de crenças culturais na procura de solução dos seus problemas de saúde, relaciona a doença com
alguma vingança, divida do seu antepassado ou vizinho, assim como maldade espirituais, o ultimo recurso
no caso de doença é os centros de saúde ou hospital. o que se chama de sincretismo
10
Biscates; pequenos negócios fora ou perto da casa, o retorno é muito baixo,
11
Motocose: Mergulham o farelo de milho , coam e bebem após fermentação.
12
Nchembwe : agua de milho após lavar o milho, deixam fermentar a agua.
13
Cabanga : Cozinha o farelo de milho em tambores, deixa fermentar, porem se Passar mais de 3 a 4 dias
fica amargo .Preços pode ser 1.5MT a 1.0MT / lata ( coca-cola )
14
Mucodo : ë o resto do cabanga, sabor amargo, é redestilado e o preço é menor.
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Carbao
Unidade A recursois Carbao
Agua Unidade B recursos
Energia Agua
Areia
Machambas Energia
Bambu
Areia
petroleo
animais domesticos
Machambas
Fontenaria
Mat. Constr. Bambu
Terreno
Lenha petroleo
Ver Tab 19-A, Tab,20 –B, Tab21-C, Tab 22 –D, Tab 23 –F, Tab 24 -I animais
domesticos
Carbao
Unidade C recursos Carbao D
Agua Agua
Energia Energia
Areia Areia
Machambas Machambas
Bambu Bambu
petroleo petroleo
animais animais
domesticos domesticos
Carbao
unidade f recursos Carbao Unidade I recursos
Agua
Agua
Energia
Energia
Areia
Areia
Machambas
Machambas
Bambu
Bambu
petroleo
petroleo animais
domesticos
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Resultados deste mapeamento, para dar uma melhor informação nesta análise se fará uma
mistura de recolha de dados realizados durante esta pesquisa.
15
INE : III recenseamento geral da população e habitação 2007
16
Pesquisa : literária, dialogo com Sr. Braunde da medicina verde da UCM.
17
Pau pique: a parede é construída com bamboo e entre os bambus é colocado pedras seguida de u processo
que cham de “ Maticar” ( Rebocar) com uma mistura de area, terra e cimento, logo é aplicado o reboque
final com cimento e pintam ( ultimo reboque e pintar são poucos os que realizam).
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casa e alugam.
Social:
- Existe lideres formais e informais que X X X
decidem no Bairro ( Ver o Anexo
Organigrama)
- Existe locais de comercialização de
bebidas alcoólicas, casas de comércio de X X X X
bebidas tradicionais18 Ver Foto 4
Meio ambiente
- Densidade populacional elevado, muitas
pessoas numa vivenda 5.4 pess/fam X X X
ÁGUA:19
- Existe fontenária, àgua canalizada nas
casas ( poucos ), a qualidade nem sempre ë
boa, rotura de canalização, perca de àgua X X X X
observada nas fontenária,
- Àgua de poços abertos usam para lavar
roupa e tomar banho, a maioria esta perto
de uma latrina, lençol freatico contaminado X X X
com fezes e outro. Ver Foto 5
- A maioria tem energia eléctrica em casa e X X X
está um pouco satisfeito.
18
Nipa, e outro
19
Agua: verificar no organigrama
18
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X X X X
Problemas de Saúde
- A maioria dos problemas esta mencionado no X X X
Calendário das épocas
Higiene Pessoal:
- Pouca importância lhe dão as mães para lavar as X X X
mãos as crianças antes de tomar os alimento.
f) Historia de Inhamudima
20
Medicos tradicionais: curandeiro cura, usa plantas medicinais, Curandeiro homem é chamado de
Muanalume Mbezi , curandeira mulher : Muanacadzi mbezi ou mbezi + curandeiro pode ser chamado
também Chiremba. Curandeiro é diferente de feiticeiro ( Murrói).
21
Profetas: não cura , tem visões , esclarece através do uso de de materiais como pedras especais, espelho,
livros ( como a bíblia, e outros livro religiosos), geralmente indica e localizar o problema.
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A equipa de saúde familiar e comunitária ( COORD. Irmã Maria Augusta ) obteve informações
do Secretário do bairro Sr. Picardo P. Sola, que por sua vez convocou os mais antigos residentes
do birro, como o Sr. Jacinto José Damião nascido no 1938, natural de Inhamudima; O Sr. António
Joaquim vale ( 1936 ), Sr. Pereira de Barro nascido no 1928;
“Antigamente se vivia bem, nosso salário era 200 o que dava para ter vida feliz, os jovens
respeitavam aos mais velhos, não tinha luz e agua, fazíamos machambas de arroz no
Inhamudima, alguns usavam canoas para chegar num outro bairro, dormia-se bem, pois não
tínhamos tantos gatunos ( ladrões ), ainda gosto de viver cá......”( anonimo)
INHAMUDIMA
O que significa Inhamudima?: Há duas afirmações que foram mencionados pelos
residentes mais antigos e a população do bairro.
1. Inhamudima significa “Muitos de Poços” o termo NDIMA em Ndáu significa Poços.
Os moradores mais antigos pensam que seus antepassados deram este nome porque o
local era rodeado por dois rios onde crescia Mangais ( Mupege), cada vivenda estava
cercado por um pantanal, as famílias para lavar a roupa, e consumo abriam poços nos
quintais eram só buracos ou colocavam barril de vinho para reter o solo. Os habitantes
emigrantes chineses construíam também poços de manilha que até o momento existem.
O nome provavelmente estava relacionado com polaridade de poços que existia ,no
bairro.
2. outra afirmação é que o bairro inicio-se com a população emigrante do sul que eram
os Manhambanes ( Inhabanes) que falavam a ligua Ndáu , esta população , tinha por
costume escovar os dentes com “Mudima” (em Ndau) em sena estes pauzinhos
tradicionais é conhecido por Mulala. acreditam por isto que o bairro foi chamado de
Ihamudima.
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5. Conclusão
A partir dos dados mencionados pelos grupos que participaram no diálogo participativo ao
realizar o calendário das épocas, identificaram as doenças, mencionaram e relacionaram os
meses como sendo épocas.
A1)
Hungry months
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A2) Este gráfico está relacionado com a segurança alimentar, porém explica as épocas de
chuvas, enchentes, épocas de trabalho com a preparação de machambas, onde as mulheres tem as
maiores tarefas, etc.
Com estes gráficos há intenção de demostrar que as épocas mencionadas pelos grupos no bairro
do inhamudima não se diferem muito destes gráficos mencionados por outro autores.
Quanto as doenças, podem se observar uma similaridade em todas as unidades. Ver tabelas das
Unidades.
• Existe certa influência dos secretários durante o dialogo participativo, razão pela qual
aparecerem como sendo as pessoas mais influentes.
• Os curandeiros e profetas ocupam um lugar proeminente na tomada de decisão a respeito
a saúde, e outras decisões tomadas pelos membros da comunidades, centros de saúde é a
segunda opção.
• A UCM ainda está num processo de ocupar um espaço na comunidade, porem na
Unidade D tem grande influência.
• Varias igrejas ( Ver no Organigrama ) encontradas em cada unidade demostra que tem
muita influência na vida dos membros da comunidade do bairro.
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5.4. Recursos
• os lideres tradicionais não foram mencionadas ,porem se acredita que tem grande
influencia em algumas unidades. Ver o Organigrama.
6. Recomendações
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7. Bibliografia
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Unidade Nome
A Cuamba O. C. Rafael
B Hélio B. R. Mucavele
C Ligório Alexandre
F Vânia C. J. Faquisso
I Fábio O. A. S. Lizardo
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Unidade D
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Unidade D
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Unidade D
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Tab 4 - D
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Tab 5 - F
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agos Set Out Nov Dez
Malária 6 1 6
Tosse 2 2
DTS 3 3 3
TB
Pressão Alta 2 1 1 2 2
Sida
Cólera 4 1 4
Dor de Cabeça 1 1 1
Desequilibrio Mental
Gravidez 1 1 2 1
Sarna 4 5 2 2 2
Feridas 3
Diarreia 4 4
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Tab
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Unidade F
Água
Carvão
Energia
Petróleo
Caniço
Areia
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Unidade F
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Foto 3 Cinemas locais{ 1.0MT filmes Foto 5 Latrinas / problema de saúde publica
e 0.5MT novelas e series) crianças e
adultos.
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Igreja
Polícia
Comunitária
Parteiras
Locais
SECRETÁRIO
Hospital Escola
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MERCADO
MAQUININO
(45 min)
PESCA: Organização
Das Palmeiras II 30 min
Igrejas:
CINE
Zion e IURD
- BIBO
UNIDADE “C” – Escola Primáira
INHAMUDIMA da Igreja Ass.
de Deus
5 bancas
UCM Polícia ARROZAL -no Estoril
20 min Comunitária M. tradicionais (1:30 H)
Profetas
Parteiras
tradiciona
45 min Machamba de
milho (Longe)
- 3 a 1 semana
MOAGEM
Mercado (Unidade “D”) (5 min)
HCB Posto de Saúde – (10 min.)
Unidade “D” (10 min)
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Tab 3 - C
Doenças J F M A M J J A S O N D
Meses
Malária 15 15 15 5 5 0 0 5 5 15 15 15
Tosse 15 0 0 0 5 15 15 15 5 0 0 0
Cefaleia 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
DTS 5 5 5 5 15 15 15 5 5 5 5 5
TB 15 5 5 5 5 15 15 15 5 5 5 5
Diarreia 15 15 15 5 5 5 5 5 5 5 15 15
P. Alta 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Febre 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Feridas 15 15 15 5 0 0 0 0 15 15 15 15
SIDA 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Stress 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
D.Mental 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Gravidez 5 5 5 5 5 5 5 5 15 15 15 15
L EG E N D A :
0-INCIDÊNCIA NULA
5-FRACA INCIDÊNCIA
15-ALTA INCIDÊNCIA
40
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Tab 3 - C
QUANTIDADE QUALIDADE
RECUROS Suficeinte p/Todos Insuficiente Boa Mã
Água ☺ ☺☺☺
Carvão ☺ ☺☺☺
Luz ☺ ☺
Lenha ☺☺☺ ☺
Terreno ☺ ☺
Animais
(Pastagem) Não há criação de Animais
Machamba ☺ ☺☺☺
Material para ☺ ☺☺☺
Construções
L
E
G
E
N
D
A
☺
/
(q
ua
nti
da
de
su
fic
ie
41