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Guia Orientador para a Elaboração do Projecto de Investigação 2012

Instituto superior Dom Bosco

GUIA ORIENTADOR PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE

OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHARELATO

(Projecto de Investigação Científica)

Departamento de Investigação e Extensão Educativas

Março de 2012

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Trabalho para obtenção do Grau de Bacharelato

O trabalho do fim do curso é o corolário das actividades discentes neste caso


vertente, para a obtenção do grau de Bacharelato. Neste âmbito, estudante ao terminar
as unidades curriculares modulares e estágios, deve realizar um trabalho que seja
resultado de uma busca individual, que demonstre que ele é capaz de delimitar
determinado tema e pesquisar sobre ele, evidenciando as bases de uma investigação
adquiridas durante a sua formação. Este trabalho, em forma de um projecto de
investigação científica que deverá ser desenvolvido sob a orientação de um docente, é
uma actividade preparatória para as tarefas que farão parte de uma futura investigação
científica virada basicamente para a sua área de profissionalização.

Portanto, este trabalho que se resumirá num projecto de investigação científica


consistirá num documento elaborado no início da investigação e serve para apresentar o
que se pretende fazer enquanto investigação bem como base de orientação ao longo de
todo o processo de investigação.

Nesta sequência, tendo em conta que os estudantes visados para além das
unidades curriculares ministradas em forma de módulos, passaram também por 2
estágios profissionais ao longo do seu processo formativo nomeadamente o da área
técnica e o da área psicopedagógica que culminaram com a redacção de 2 respectivos
relatórios, vimos pertinente exigir-lhes para a conclusão do nível de Bacharelato a
produção e defesa de um projecto de investigação como forma de possibilitar uma
abertura para o delineamento das futuras investigações, onde poderão nos níveis
subsequentes executar o referido projecto, consumando desta forma a investigação
científica completa.

A importância da produção de um projecto a este nível circunscreve-se na


necessidade que sentimos de aprimorar mais esta iniciação dos estudantes à
investigação, pois como é óbvio, a elaboração de um projecto é imprescindível a
qualquer investigação, independentemente de seja qual for a área ou campo do saber.

Assim, são elementos do projecto que pretendemos que os estudantes levem


avante os seguintes, que são igualmente referidos no módulo de Metodologia de
Investigação Científica em vigor no ISDB, bem como em muita bibliografia da área:

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A. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

 Capa
 Folha de rosto
 Lista de tabelas, de figuras, de anexos e/ou apêndices e de abreviaturas e/ou
siglas.

NB: Para a organização destes elementos, o estudante deve seguir as


recomendações apresentadas no módulo de Metodologia de Investigação Científica,
alocado na biblioteca do Instituto.

B. ELEMENTOS TEXTUAIS

Capítulo 1: Introdução

1.1. Delimitação do tema

Aqui pretende-se responder à pergunta: “O que pretendo abordar?”

Muitas vezes, o assunto de investigação é confundido com o tema. Contudo, deve


se ter claro que o primeiro é mais abrangente, comportando diversas possibilidades de
recorte, enquanto que o segundo consiste naquilo que o pesquisador pretende abordar
com parâmetros precisos em sua pesquisa. De referir que diversos estudantes ou
investigadores podem abordar um mesmo assunto, o que não significa que todos
tratarão do mesmo tema. Assim, podemos dizer que o tema é o assunto delimitado, de
tal forma que escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto,
estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. Para
a sua delimitação é necessário considerar alguns critérios que se resumem da seguinte
forma:
Um primeiro critério que é o espacial (Gil, 2004, p. 162). Por consideramos que
as pesquisas que serão objecto de investigação dos estudantes serão na sua generalidade
de âmbito social e eminentemente empírica, é preciso delimitar o local onde o fenómeno
em estudo vai ocorrer. Um estudo que trate da “Inclusão Escolar de Alunos com
necessidades educativas especiais (NEE) nas escolas Regulares”, por exemplo, pode
comportar diversos recortes espaciais (um país, uma província, um município, um

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distrito municipal, uma escola, etc). Mas não devemos esquecer que o parâmetro
espacial escolhido implicará no resultado dos dados obtidos e nas conclusões do estudo.
Outro critério de delimitação é o temporal (Gil, 2004, p. 162), que se refere ao
período em que o fenómeno a ser estudado será circunscrito. Podemos definir a
realização da pesquisa situando nosso objecto no tempo presente, ou recuar no tempo,
procurando evidenciar a série histórica de um determinado fenómeno. Uma investigação
por exemplo, sobre a Inclusão Escolar de Alunos com NEE, que anteriormente
mencionamos, pode ser situado no momento corrente, ou durante um período abrangido
por um determinado plano estratégico de educação ou ainda nos últimos 10 ou 15 anos,
conforme as finalidades do estudo. Tudo depende, obviamente, do objectivo do
pesquisador em elaborar o dado recorte.

1.2. Formulação do problema de investigação

O problema é o ponto de partida da pesquisa, e da sua formulação dependerá o


desenvolvimento da pesquisa. É também visto como “qualquer questão não solvida e
que é objecto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento”( Gil, 1999, p.49).
Para Kerlinger (1980, p.35), “é uma questão que mostra uma situação necessitada de
discussão, investigação, decisão ou solução”.

De um modo mais próximo, podemos considerar o problema o fosso ou a


diferença entre o real e o ideal ou ainda uma questão que a investigação pretende
responder. Todo o processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução.

Porque o problema é o cerne de qualquer trabalho de investigação, na sua


formulação deve ter em conta os seguintes aspectos que serão considerados na avaliação
do projecto dos estudantes:

 O problema é original?

 O problema é relevante?

 Ainda que seja “interessante”, é adequado para ser investigado pelo estudante?

 Haverá possibilidades reais para executar tal pesquisa?

 Existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projecto?

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 Existirá tempo suficiente para investigar tal questão? (Rudio, 2000)

É preciso também assumir que:

 O problema deve ser formulado sob forma de pergunta


 O problema deve ser claro e preciso;
 Não deve ter base exclusivamente empírica
 Deve ser definido de tal forma que a solução seja possível;
 Deve ser colocado dentro de um tamanho que contribua para a factibilidade
da solução.

NB: A formulação do problema deve ser precedida por um pequeno texto em que o
estudante evidencia de uma forma objectiva, sem rodeios, inicialmente, o que é tido
como o ideal pelo material bibliográfico sobre o fenómeno objecto da sua
investigação, e por outro lado o real, isto é, aquilo que se percepciona como estando
verdadeiramente a ocorrer. Somente depois desse confronto é que o estudante deve
fazer emergir a questão (problema) que lhe apoquenta para através da investigação
que pretende desenvolver encontrar a provável resposta.

1.2. Justificativa

Esta, consiste A justificativa consiste em uma exposição sucinta, porém completa das
razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a
realização da investigação. Para que esta seja exaustiva é necessário que o estudante
tome em conta na sua exposição os elementos abaixo.

 O modo como foi escolhido o fenómeno para ser pesquisado e como surgiu o
problema levantado;

 Apresentação das razões em defesa do estudo a se realizar

 Sua relação com o contexto social;

 Possíveis contribuições do estudo para o conhecimento humano e para a solução


do problema em questão;

 Fundamentação da viabilidade da execução da investigação;

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 Considerações sobre a escolha do local onde se irá efectuar o estudo (local,


regional, nacional ou internacionalmente);

 Actualidade do tema

1.1.4. Objectivos da Investigação

1.1.4.1. Objectivos Gerais

Estes definem de uma forma genérica o que se pretende alcançar com a


investigação e devem ser sempre expressos em verbos de acção e de uma exigência
ampla que deve se desdobrar em objectivos específicos.

Exemplo:

Analisar a relação entre os pais de alunos com NEE com os respectivos professores no
âmbito da inclusão escolar destes alunos.

1.1.4.2. Objectivos Específicos

Estes definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objectivo geral e
apresentam-se sob forma mais concreta, a fim de poderem se materializar e mensurar na
operacionalização do estudo. Portanto, devem ser formulados de tal modo que possam
ser transportados para os instrumentos de recolha de dados e consequente interpretação
dos mesmos.

Em termos de regras de sua formulação, deve se observar o seguinte:

 Os verbos devem estar no infinitivo;

 O objectivo deve ser claro, preciso e conciso;

 Cada objectivo deve expressar apenas uma ideia;

 Deve referir ao que se pretende realizar;

 Objectivo deve ser mensurável

Exemplo de objectivos específicos

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a) Discutir a opinião dos pais de alunos com NEE e dos professores em relação a
inclusão escolar;
b) Descrever concepção e avaliação que os pais e respectivos professores fazem da
relação que estabelecem entre si, no âmbito desta prática de integração e
inclusão escolar,
c) Mencionar as tarefas ou actividades para as quais os professores solicitam os
pais e vice-versa, como também, os entraves e aspectos concorrentes para a
melhoria da relação em torno da inclusão escolar das NEE.

1.2.1. Questões de Investigação

Elas são geradas para responder a pergunta que emanou da problematização e


guiam a elaboração dos instrumentos de recolha de informação, assim como a estrutura
dos capítulos do trabalho. De referir que eles devem emanar dos objectivos específicos.

Exemplo de questões de investigação:

a) Quais as opiniões dos pais de alunos com NEE e dos professores em relação a
inclusão escolar?
b) Qual é a concepção que os pais de alunos com NEE e os respectivos professores
têm da relação que estabelecem entre si, no âmbito da inclusão escolar?
c) Que avaliação fazem os pais de alunos com NEE e respectivos professores da
relação que estabelecem entre si em prol da inclusão escolar?
d) Quais são os entraves encarados pelos pais e professores de alunos com NEE
na sua relação no âmbito da inclusão escolar daqueles alunos?

Capítulo II: Revisão da Literatura/ Revisão Bibliográfica

Neste capítulo é feita a revisão bibliográfica sobre o assunto e as pesquisas


anteriores. De um modo mais detalhado, podemos considerar que neste capítulo também
chamado de fundamentação teórica, devem ser apresentadas as diferentes correntes de
investigadores estudadas, que constituirão a base teórica necessária ao desenvolvimento
da nossa investigação. Este referencial não pode ser transformado em uma resenha ou
síntese de trabalhos, apresentados de forma cronológica. Mas sim discutir as posições e
correntes acerca da temática sendo ainda fundamental apresentar os autores clássicos ou
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consagrados que se posicionaram sobre o assunto, bem como considerar as


investigações realizadas anteriormente sobre o que se pretende estudar. De um modo
objectivo podemos referir que a revisão bibliográfica é o estudo do que já foi escrito
sobre o assunto e sobre a base teórica que fundamenta a realização da investigação. É
dessa forma que se apresenta o tópico de referencial teórico, ou seja, entender e
explicitar o conhecimento disponível, para depois, se possível, apresentar uma nova
contribuição. Por outras palavras, se definirmos o problema de investigação como sendo
o fosso existente entre o real e o ideal, podemos então considerar que capítulo da
revisão de literatura será aquele que incidirá sobre o ideal, isto é, aquilo que as
literaturas recomendam como o ideal, enquanto que as informações que serão recolhidas
no campo constituirão o real no contexto da nossa investigação.

Assim, aqui o texto deve ser fluido e seus parágrafos devem possuir uma
articulação entre si, isto é, eles não devem ser uma simples menção de resultados de
pesquisa, mas deve apresentar ideias que evoluem do parágrafo anterior e que preparam
para o texto subsequente.

NB: Na dúvida, se determinado texto deve ou não ser incluído neste referencial, é
preciso se verificar se o mesmo agrega valor para esclarecimento dos conceitos e das
Questões de Investigação, conducentes aos nossos Objectivos Específicos. Se a
resposta for positiva, deve ser incluído no texto e caso contrário, se for meramente
complementar ou acessório, não deve sei incluído, para deste modo evitar a dispersão
do assunto de pesquisa, dando primazia apenas ao volume de informação.

Estruturalmente, aconselhamos que para este capítulo seja iniciado por:

 Apresentação das definições dos conceitos básicos do trabalho, onde o


estudante deve apresentar pelo menos duas definições com citações para cada
conceito. Após a sua apresentação, deve de seguida fazer a sua discussão
identificando a definição com a qual mais se identifica e que deve igualmente
ser a mais adequada à temática que pretende desenvolver.
 A seguir à discussão dos conceitos, deve se apresentar um breve historial
do objecto de investigação que se pretende desenvolver para que se possa ter
ideia da evolução das concepções, processos ou manifestação desse objecto de
estudo.

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 Depois do ponto acima descrito, o estudante deve apresentar os


subcapítulos (títulos e subtítulos) de acordo com a problemática em análise.

Uma chamada de atenção sobre algo que merecerá muita minúcia na avaliação
dos projectos está relacionada com a necessidade relação intrínseca entre os
subcapítulos (títulos e subtítulos) aqui referidos e os demais elementos afins como:
objectivos específicos, questões de investigação e as perguntas a constituírem os
instrumentos de recolha de dados.

Exemplo da relação entre os objectivos específicos e os restantes elementos do


projectos de investigação afins:

a) Concepções dos pais de alunos com NEE e dos professores sobre a inclusão
escolar
b) Concepção dos pais de alunos com NEE e os respectivos professores sobre a
relação que estabelecem entre si, no âmbito da inclusão escolar.
c) Avaliação dos pais de alunos com NEE e dos respectivos professores da relação
que estabelecem entre si em prol da inclusão escolar de alunos com NEE.
d) Entraves ou barreiras encaradas pelos pais e professores para a inclusão
escolar das crianças com NEE.

Neste capítulo, outra exigência vai para o rigor que deve ser observado no trabalho
com o material de consulta, livros, artigos e revistas científicos, artigos de jornal e
outras fontes bibliográficas. Em prol disto, é imperativo que sejam apresentadas
citações devidamente feitas conforme mostra o módulo anteriormente referido. Com
devido respeito aos seguintes tipos de citações:

 Citação directa, literal ou textual


 Citação directa curta
 Citação directa longa
 Citação indirecta ou livre
 Citação de citação
 Citação em cadeia no texto, do mesmo autor e mesma obra

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 Citação do mesmo autor com duas obras publicadas no mesmo ano ou em anos
diferentes
 Citação de entrevista ou documentos oficiais
 Notas de Rodapé

Portanto as citações devem adoptar as normas preconizadas pelo mais conhecido


internacionalmente modelo, o APA (American Psichological Association) em vigor
neste Instituto. Uma das recomendações deste modelo, é que nas citações deve-se
considerar primeiro o apelido do autor apenas com a inicial maiúscula seguido do ano
da publicação da obra e a letra “p” em minúscula seguida de um ponto e o número da
página, por exemplo “Rafael (1979 p.11)”.

Capítulo III: Metodologia de Trabalho

Ainda que de uma maneira não definitiva, um projecto de investigação procura


explicitar de que forma serão obtidas as informações que pretendem responder às
Questões de Investigação identificadas.

Assim neste capítulo o estudante deve, inicialmente, contextualizar o local onde será
feito o estudo, apresentando alguns dos seus aspectos descritivos a fim de dar a
conhecer as suas características de uma forma muito objectiva e clara.

De seguida deve proceder com a descrição detalhada sobre:

a) O tipo de investigação que levará avante, isto é, quanto à forma de abordagem


do problema (quantitativa e/ou qualitativa); quanto aos objectivos (exploratória,
ou descritiva ou ainda explicativa) e quanto aos procedimentos técnicos
(bibliográfico, documental, experimental, empírica, investigação acção, estudo
de caso). De salientar que nesta descrição, é obrigatório definir cada tipo de
investigação e inclusive apresentar as devidas citações dos autores das
definições, justificando deste modo as opções das escolhas.

b) De seguida, deve ser apresentada e descrita a população de estudo e a


consequente amostra, justificando o tipo de amostra seleccionada de acordo com
autores que classificam as amostras (sem se esquecer de citá-los) e indicar a sua
composição, de acordo com as características e natureza do problema a ser
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investigado, de tal modo que estes participantes possam efectivamente


proporcionar as condições conducentes à respostas para Questões de
Investigação, previamente delineadas.
c) Nesta sequência, segue a apresentação das técnicas que serão aplicadas para a
recolha de informações ou dados (no contexto real), nomeadamente as técnicas
de observação (identificar o tipo de observação), de entrevista (especificar o tipo
de entrevista e o tipo de perguntas a ostentar) e a de questionário (especificar o
tipo de questionário, com o tipo de perguntas). Estas técnicas devem ser
definidas, apresentando as razões de sua escolha elucidando sobre as suas
vantagens e desvantagens no âmbito da problemática que pretende investigar,
bem como referir-se aos participantes alvo dessas técnicas.
d) Findo este ponto, deve-se prosseguir com a elaboração dos instrumentos de
recolha de dados para a materialização das técnicas anteriormente identificadas.
De referir que para a técnica de observação o instrumento a preparar é a grelha
de observação, para técnica de entrevista temos o guião ou roteiro de entrevista
e para a técnica de questionário temos o próprio questionário que nalguns casos
dependendo dos dados pode ser em forma de uma escala. Ora, estes
instrumentos (elaborados) devem constar do projecto como apêndices.

Para terminar este capítulo, importa referir que a explicação dos procedimentos
metodológicos deve ser feita em consonância com os objectivos da investigação e as
Questões de investigação que se pretende elucidar. Para tanto, devem ser utilizadas
obras que se reportam às formas adequadas de se conseguir informações usando
determinado método (os autores clássicos da área de Metodologia da Investigação).

d) Elementos Pós Textuais

Bibliografia

Esta, consiste numa listagem das obras citadas ao longo do trabalho, cuja sequência
obedece à ordem alfabética dos apelidos dos autores e, não é numerada.

NB: Lembre-se O ISDB, segue para a apresentação e ordenação das referências


bibliográficas as normas do Modelo APA (American Psychological Association).

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Em termos de normas para apresentação da bibliografia deve se seguir:

1. Apelido do autor (apenas com a inicial em letra maiúscula)

2. Iniciais dos nomes do autor;

3. Ano da publicação , entre parênteses ().

4. Título da obra em itálico e, apenas a 1º palavra é iniciada em letra maiúscula;

5. Nr. Da edição;

6. Local (localidade/cidade) de publicação;

7. Nome da editora.

Para mais informações os estudantes devem consultar o módulo de MIC na


biblioteca do Instituto.

Apêndices:

a) O CRONOGRAMA

O Cronograma especifica a previsão do tempo a ser despendido na realização de


cada uma das etapas da investigação, neste caso falaremos das etapas subsequentes da
investigação, bem como da data de conclusão e entrega do trabalho.

Para o caso vertente exige-se que este seja apresentado em forma de diagrama de
Gant, conforme o exemplo:

Exemplo de um Cronograma de actividades

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Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Fase/etapa de
actividades de Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas
elaboração de 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
trabalho de fim do
curso
a) Recolha de
dados

Organização de
dados

Análise e discussão
dos resultados
Apresentação da 1ª
versão

Redacção da 2ª
versão
Apresentação da 2ª
versão
Últimas revisões
Entrega da última
versão ( com o nr.
de exemplares
exigidas)

b) Instrumento(s) de recolha de dados

Outro apêndice considerado obrigatório é referente ao(s) instrumento(s) de recolha de dados


que o estudante deve elaborar.

NB: O Projecto deve ter no mínimo 12 páginas e no máximo 15, sem incluir a bibliografia,
apêndices e/ou anexos. Em face disto, o capítulo da Revisão de literatura, que é geralmente
o mais longo, deve conter como número mínimo 5 páginas e o máximo de 8 páginas.

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