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O ingresso do texto' oral
em sala de aula
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H Mercedes Can/za Crescizefli


« Amália Salazar Reis

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,A crise do ma'gistério,-a fomiaçäo do. professor, as mudanças sociais e eco-


nômicas observadas no estado de São Paulo e no país de -modo geral, somadas à
“transição de um paradigma cientifico para outro [de base gramatical para o de
base linguistica] colocaram os professores de Língua Portuguesa numa situaçao
muito desconfortável com respeito a *o queensu1a;*_,_;c_on3q_e13_§i_nar_Í, jparal quem
ensinar' e,_'ate m_esp_1_Q,_Íp_a_ra_,gu_e`, en__s_inar`* (Castilho, 2002: 13). Essaposiçäo
desconfortável tende a perdurar, uma vez que asmúdancas no âmbito educacio-
nal costumam demorar décadas para que se observe alguma transfonnaçlão. Mas,
de alvum
3 modo, a década de 90 representou um avanço em muitos setoresda
educacão no Brasil, com a Lei de Diretrizese Bases (LDB), em 1996, e os Para-
metros Curriculares Nacionais (Pew), em' 1998 ,p orp exemplo,. que apontam para a i
necessidade de um ensino inclusivo, democpratico e de qualidade. z
, Neste capítulo, partimos do pressuposto de que oensino que sepretende
ser d@SS,@,m0d_Q,@¢~'@ ¢09,¢@bsrê_,ffl1fls01a0'm¢i<› de respeitar fi intësri§1a<l¢,.da~-
lusuaiá que esta âe.¢Qns_tÃ111i_p_el,a cøralidadecsnslêr<-êscriwë» p0rIêsiQz.›_fš,_as9sSSá-
rw dedigar an ensin".@_da_9râ11s1adf
i ` Q_u~°âê_rag1rêtflrm¢at@,au¢s
A' ¬i P ` idadoao da escrita.
Nosso objetivo é refletir` sobre o ensino
` da oralidade
` e9 ' as¬ razoes
` pe l a..s, quais ela
ainda não recebeu a atenção e o respeito que-lhe é devido na escola, assim como

apresentar algumas questões ' ' ' '
teorico-metodologicas ¬ ` '¬ para o trabalho
esugestoes
em sala de aula. t p , _
O texto está organizado em três partes, sendo iniciadocom a abordagem
danatureza grafocéntrica que ainda vigora no ensino, para depois passarmos à
contribuição dos PCN no que tange à variação linguistica e à produção do oral e.
por fim, aitermo-nos àquilo que é nossofoco, como explicitado no título; '
° ` .r
0 \

\
Da visão grafocêritrica
ea uma outra abordagem no ensino
.l . Q
,
A escrita sempre esteve no centro das preocupações da escola, pois é por
meio dela que se realiza a alfabetização. Também a análise da fala, quando ocorre
em sala de aula, fica restrita aos textos escritosque fecriam as falas coloquiais.
supervalorizaçãoda escrita novcontexto escolar se consolidou, possivelmente,
emdecorrëncia de uma visão sfflfø,¢ëntfis=a.<l0_¢r1Sía9 de línsvfl- r t
- E essa visão vai sendo reproduzida pela instituição escolar. Como consequên-
cia preponderante, desconsidera-se alingua em sua integridade, privilegiando'-se
apenas uma desuas modalidades constitutivas.`Assim, da formacomo a escrita é
colocada, o texto oral passa a ser visto como se carecesse de algornais importante
do que ele próprio para ser valorizado como objeto de estudo, sobretudo na insti-
wí<;ã0 SSCOIHI- Muito Pfflvflvslmsflfs por ser avaliadø.§1êt›etSa¢¢ttrêd.fl_§.@_Çe.dad¢ e
ls..ttaÇ1a,_0_.t¢:‹.t.Q 9.tel_t1ä0_adQuire.9 _n1¢S.1u0 tffltørs 21 mesma impmtâttfiifldffi <=S¢tíFfl-
O valor conferido à escrita, na sociedade e na escola, vincula-se ainda a urna
postura ideológica de grupos dominantes em determinados momentos históricos z
I

mobilizados em prol da conquista e da manutenção do poder. Sendo assim, _a


supremacia da escrita não se relaciona a valores intrínsecos às linguagem-que, por
ventura, viessem a estabelecer algum critério a favor de maior ou menor prestígio
desta ou daquela modalidade da lingua. ,Emoutrosp termos, na base dessa questão,
-encontra-se a relaçãode poder e de prestígio social de certos grupos. Marcuschi
(2000: 35-6) argumenta: de _, ¿¿ se ,
' _ \

p,QS.1¬~11flf fllssm.tir2_<>de.`_ar›tmasis.š.9,U_s1.s.§iir›_@_.fii9.1í.t1a.€1¢dealguma dêêsurfls


~ modalidades âeria1;ma.v.i_SäQ _ett!-ivøfladatvvis r1ãQSe.r20_d.e_a~fi,ttner-<tt1¢ a fala
e' superior à escritaou vice.-versa. 'Em primeiro lugar, deve-se considerar .ro -z-.¿ \_,

aspecto que se está comparando e, em segundo, deve-seconsiderar que esta


relação não é homogênea nem constante. [Cron'ologícamen“te], a fala tem gran-,
de precedência sobre a escrita, mas do ponto de vista do “prestígio social°, a
escrita é vista como mais prestigiosa que a fala. Não se trata, porém, de algum
“critério intrínseco nem de parâmetros linguísticos esimde postura ideológica.
t \
`¬v n

. . '\_

De fato, a questão fundamental quanto ao tratamento diferenciado dado às \

duas 'modalidades no contexto escolar é ,um problema deinatureza valorativa,


pois, se um único sistema linguístico possui duas modalidades (fala ei escrita)
num conrinuzzm de variações e se, nas mesmas condições de produção, o valor
atribuído a uma modalidade é profundamente desigual ao valor atribuído à outra,
tem-se uma desproporção qualitativa, umazvisão grafocêntrica, inerente à ,socie-
dade contemporânea, que a escola (re)produz continuamente sem refletir sobre |

ela, sem a criticar. . _ ' Í _,


'r

6
_

O Ingresso do texto oral em sala de aula 31

° -
- parte. En fatizamos '
que obviamfiflífi ' da. escrita._-.é de
.Q.¢Il.5.\.T10,-
Para finalizzir esta . _ - _ _ '
- ° deveria ocorrer em detrimento do ensino do ora I .
extrema rele\'aiiÇ_R1, T1135 1550 93° ~ --
°' . - " ' ' ` das p ormeio da
A escola propiciar aos 21 lunos a analise de falas coloquiais recria
escri'ta , como ocorre em textos * literáriosr ° por exemplo, não apresentaria problemas.
a nosso ver, mas defendemos que 0 605111096 °1Ífllldfid<§ ÍãIT1l2¿!"P._d,f2Y.¢ SEI Êf.f¢YU3d.0
por meio da análise da falacontextualízada. em inter,_a_çõ_es_fa_ce a face ou em falas
¿;,¿1¡\,¡duz(ig preferencialmente gravadas, para 'se venficaro funcionamento da
¡Í;¡Í_,I1¿.'(Âiv¿_¢¡~¿1p“l_e_rriQ_g§q, sobretudo porpossibilitar o acolhimento das variantes
linguísticas que chegam à escola. A esse respeito, Castilho (2000: 67) pondera:
\ .

Ú ' É evidente que não estoupropondo a exclusão da lingua escrita. Simplesmente


estou propondo que a escola imite a vida: primeiro aprendemos a falar, de-
D
pois aprendemos a escrever. Que nas reflexões escolares sobre nossa lipgua,
acompanhemos esse ritmo, deixando de lado urna tola supervalorizaçao do
escrito sobre o oral. d ,
\ _ '

A razão .para defendermos essa posição é o fato evidente de a lingua ser


bimodal, isto é, ela se constitui de .duas modalidades: a falada e a escrita.
_ ' ii

, .

O quedizem os Pci~i acerca da produção do texto


oral/e da variação linguística? ç
0 Tratar dos princípios dos Pciv que se referem» 'aoconteúdo de Língua Por-
tuguesa (LP), principalmente os que dizem respeito ao ensino do texto oral e à
variação linguistica, também ei relevante neste capítulo. Nesses Parâmetros, é
proposto que o conteúdo de LP seja articulado em tomo de dois eixos basicos: o
dos usos da língua oral e escrita e o da reflexão sobre a língua e a linguagem. Em
outras palavras, propõe-se urna perspectiva de “uso-reflexão-uso" (Brasil/MEC,
1998: 33), cujos fiindamentos teóricos são de base linguistica e não gramatical.
0 Podemos dizer que as propostas' desse documento são, em síntese, as seguintes:
/-

° o texto - oral e escrito - deve ser a unidade básica para o ensino de


língua inatema; . d `
° a atividade deiensino da lingua deve concentrar-se na produção de tex-
tos orais e escritos e na escuta de textos orais e compreensão de textos
escritos em seus mais diversos aspectos e gêneros; . V
' a linguagem tem de ser compreendida em seu aspecto interlocutivo ou
í dialógico, quando se trata da produção de textos orais; _
° a variação linguistica (modalidades, variedadese registros) deve ser
apreseiitada de modo claro e objetivo; i

0' f
II

32 Ensino de Lingua Portuguesa '

- a organização estrutural dos enunciados, o léxico e as redes semânticas,


o processo de construção de significação e o modo de organização dos
discursos devem ser desenvolvidos didaticainente, tendo em vista as
necessidades dosalunos; , ' ' ' . ' . ' -
- o contexto interacional escolar deve concorrer para que o aluno seja um
usuário “competente da linguagem e capaz de adequa-la em instância
pública dialógica diversificada e complexa, aqual envolve inúmeras
_ ' situações do exercício da cidadania sujeitas a avaliações; _ ç
- 0 atescola deve assumir para si a tarefa de promover a aprendizagem de _ I \ .

o ,procedimentos apropriados de fala e de escuta de textos orais em con-


1

textos públicos dos maís variados. __ f v _


.
. \

_ . ¡
1 .

' ._ Essa sumarização nos obrigaria a fazer muitas ponderações, mas, com o
intuito de mantero foco, faremos apenas duas.Aprimeira éí que tero,text_o çqmo
nnidodobáoioodo 1íns._na.Sisnifi.oa_.ooo. ou ensino. não -dono 'partir do êosinontoo
ldoncontoXtnoliêado_sooinoivoloifros.-1°raS_o§_.oii.§_o.nto.nooSz Ao oonnáfio dovo Con-«
siderar a perspectiva do conjunto que compreende o texto como evento discursivo
f
ou entidade enunciativa, de modo que afunçãó central dele não se fixe apenas em
seu caráter informativo,`de acordo com o que explicaMarcuschi (2005). ç
A Soonnoo oondofooäo éonon oSooloi.«í=f.oniã.ozo-1osoI ont ‹tn.o- o. ensino do .
1íneno__mo.tonio_<1oi'o oonoolidor-o--@o.snifo.1vi.zntonto §1n_-oo1npotënoí.n_ linsnínnoo
Ífl.ÍÔfl0Cl.1ÊÍVaz 1eÍÍ°,fae95°1`_Ít°fàÊlʧ@u5; 3lE1_nQ§=_'de maneira que P0S5am Ífllefafšíf
adequadamente em diversas instâncias sociais, que exigem constantemente' uma
*grande variedadede gêneros orais e escritos. Olugarde,ensir¿q__d,e_j_ingu¿dev_e
rê1.ori1aLaiorodoÇão-o_o.análioo-Çlo to_z\íto,otn1"zin1it.o.oíinnto o doesonfos do diversas
oo.fSP¢otirYê§._to.otioos. °~ z .

.O ingresso efetivo do texto oral


.em salade aula em Q

~ Para a escola abrir suas .portas efetivamente para o ingressodo trabalho


corn o oral, é necessário que o docente da área de Lingua Portuguesa domine
pressupostos, teóricos e metodológicos que lhe permitam refletir sobre o ensino
da lingua matema considerandofas noções de variação e de mudança. Isso tomará
possivel a compreensão de que, ao_contrário_ do_'_e_s_t1td_o__de, base_gi_^a_matica1, o de
bflëfi ÍIUHUISUCH observa a lín gua em uso, per_mit_indo_v_erificgr_,c9pio,gfijigpiia é' e
f f . z`|r‹ _. ÍÍVÍ ff' . ff lí fv -*-°.›i vøí-*pio-à.-1-@_ ía
. _ __ _. _. ._ 7...- ¬

nao como deve ser. r r - -


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T7* . rt ue '-7 - _

Essa perspectiva? de analisar a lingua em uso é de fiindainental importância


para quem se preocupaçem seguir aspropostas dos PCN, sobretudo quando se "-no

\ ' ,
` O ingresso do texto oral em solo de aula 33

trata de analisar a produção do texto oral contextualizado. Sobre isso, Marcuschi o

(2005: 24) acrescenta: I .


1

' A visão monolitica da língua leva a postular um dialeto de fala padrão calcado
na escrita, sem maior atenção para as relações de 'influências mútuas 'entre fala
e escrita. Certamente, “não se trata de ensinar a falar”. Trata-se de identificar a
imensa riqueza e variedade de “usos` da lingua [...]. Assim, entre muitas outras
coisas. a abordaéem da fala i1@m1i1.¢.¢fiffflt__¢m svsfiiõsêos¢r§lm_¢_n.@.¢.›firêdflS
no estudo da língua, cotnoias de "v_ari_açõe¿s°e “mudan_Ç_a_S_,,_§Í_qi§_pop_tos_çÊ
extrema relevância raramente viSIO_S.
n-fr--p-:_ r _ _ . r'frr_:f:r ;zz z '*I2z¬ "f "

' .
Í .
I A

p ~ Optamos por tratar deitrêsperspectivas para o trabalho com oralidade em


,salade aula: a da observação e análise da oralidade; a do trabalho que parte da
ç fala para se chegar à escrita,'procÂesso que pode ser realizado por meio da retex-
tualização e, por fim, ado trabalho”'espec.ificamente com a variação linguística,
entre muitasoutras possibilidades.

i ,Ob-sen/oçõo e`onÓl¡se'do oralidade, . ,


Í r ç ç Para tratarmos da primeira perspectiva, partimos da ideia de que o texto oral
é audivel, espontâneo, irrepetível e contexnializado, de modo que a gravação 0
,transforma em um recorte de fala. Nesse recorte, a fala é bastante monitorada
pelo informante, sobretudo,qua'ndo se trata de urna entrevista, pela natureza
i assimétrica do genero, em que o documentador (entrevistador) tem maior poder
para conduzir aabordagem e o direcionamento do tema. Além disso", a presença,
t do gravador costuma intimidar o entrevistado, mas, de modo geral, apenas nos
momentos iniciais: o observador atento ou o analista conversacional sabe que os
falantes vão, com o decorrer do tempo, .acostumando-se à situação e passam a se
-sentir mais à vontade,imesmo sendo gravados. ' . `.
l Sugerimosique os procedimentos de gravação paraanálise do texto oral”, pelo
menos nas primeiras atividades, sejamtodos realizadosiem sala de aulaí desde a
seleção do gênero oral (por exemplo. uma entrevista, um diálogo entre professor
-__----*_-'ri
l i z ~ e aluno, um debateentre dois ou três interlocutores); a gra-' t
l O Projeto de Estudo da E-r . _., ' ~ . __ _. . _ _ , .
i Norma ,_¡ngu¡St¡ca.Urbana ; _ vaçao, a transcrição. Isso significa o professor, alem do giz
l

l
I Culta (SP) é coordenado - ¿1~ e do apagador, levar também _o gravador, sem 0 qual sera
l
por Dino Preti. na usi> _ ç ¿
(ci
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l
Fred' 2005). q muito dificil trabalhar. passoseguinte ao da gravação da
l

Aiém da obra dada* O f fala é o da sua transcrição._ Um conjunto de nbmias Jáesta-


professor organizou várias N belecidas para se realizar a transcrição que sugerimos é o do
°“"°S ""°"' q“° “mam
do oral e que trazem
I.

*
Projeto
li

_ f~ f
dez Estudo da^Norma Lmvuistica
. z,`P- . __. ,_
°
Urbana_
Culta
_
I . i o .r 1

¡mp°mn,eSSubS¡d¡0S ¿ (Minc-sr), cujas normas sao bemçsimples e faceis de


i

teóricos para o trabalho ç SEl'_€ITl 3pliCad35_ ' i _ ' .


em sala de aula. 1 l
l

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a-i :nsmo ue ungua ronuguesu z
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. ¬ , .
I

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Por`meio da transcrição, e tendo ouvido a gravação _ Todos os aspectos da
\
do texto falado, é possível analisar as especificidades i oralidade citados no
. _
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'J --' -'í-"¬ "'r' ' -'Í
l 1 .

parágrafo foram estudados


do texto. assim» como as estrateg1as de sua construçao , pelo grupo de pesquisadores
(repetição, correção, parafraseamento, parentçtização. 1) que analisou durante mais
referenciacão) e os fenômenos intrínsecos da oralidade Í de uma década a
organização textual-interativa
(liesitação e» interrupção). Quanto à organização do texto ç do texto falado (cfjubrari
falado, o trabalho pode ser realizado por meio da/análise e Koch 2006)
doatópico discursivo e, ainda, do par dialógico pergunta- . - -.
resposta no caso de diz'ilogos, entrevistas e gêneros orais dessa natureza.)
Estudar o texto oral de maneira contextualizada. observando sua organiza-
._ ._ .-
.
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. - _~--v-- 4-w-nú... ¬-Ç--4-» › -~. c~v~`- ` - ' ' -
_ ¡ _ ,.__,- .._.-_. `._. -.-.u_u-1,. ~.‹ -v-ø í~ _‹.. Ú

M i
<.=ã<> fe Complexidade. Conatimi uma forma §1s_1êvat9alua9;a--ter-¢0inS¢.iënÇia_d9§ - .
traços da oralidade- Por 1_i_isiQ-.ia_a_u<1ís§fi.<¿d.a sfaY~aÇä9¬â_da.0.bs¢o.as§.ø...atsrit.a.<k1z
uanâcdsãø-io aluno iaode levantar. 1;i12Óte§_eâ-e_aiusiar sugerir iâ9â§ibiliê1.a.Ç1§§_;<ii:
Yfâtsifisadaâ f¿1s-a1ial.i§epiara oçtrabalho ¢_n1sa_l.a.ds.au1a.~ AdfiiUifíf10 0»¢°fll1@°ím@m° f

a respeito do funcionamento do texto falado, einvariados gêneros orais, o aluno


terá condiçõesnão apenasde se apropriarde gêneros orais e de fazer uso de suas
caracteristicas
\ z
paraçum

bom
.
desempenho como falante, como também de saber .
evitar as marcas deoialidaide no seu texto escrito, quando elas não forem conve-
nientes (e, por outro lado, saber utilizar-se delas na escrita-quando for adequado
econveniente). Subjacente a essas atividades, está o pressuposto da importância
derefletirsobre as estratégias próprias do texto falado, sobre as suas formas de”.
organizaçãofe sobre suas condições de produção. . “ ` -
1 I _-. .

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_ .

\
O trobolho que porte do iolo poro se chegorõ escrito i
n ' l ` I ' 7 I ` .~ 7 7 V

' A segundaperspecitiva diz respeito a uma outra i


1 _ _ I _ . _

_ _ _ . _ V , . ç _ * Sobre rete×tualização,é
possibilidade importante que vai da falapara a escrita. ¡mpo,.-tàme ç¡er.F¿Ve[.o,
Trata-se da retextualização, que consiste em transformar ip Andrade eAqu¡n<› (1999).
uma transcrição de um texto falado em texto escrito. E um e. Marcuschi (2000), dos
I _ l O `
_ z = v \ ` _ - _ ~, A 1 QUHIS ZPFESGHCEÍUOS ÂPEHZS
procedimento que envolve compreensão e interpretação 1 uma breve S¡n,eSe_ s I' . l ' . \. .

da fomia edo conteúdo, uma vez que muitas sequências i Í V i , m

I I ` _

transcritas têm' de sereliminadas, como, por exemplo, as pausas, osmarcadores


`

conversacioiiais, os tnincamentos dasfrases, as repetições, as correções, as pa-


fflff21565 (ou parafraseamentos`); entre outros recursos expressivos da oralidade. ¬ ,. ~

As operações de transformação são basicameiite:_ _


.- \ '
- l
. ' 1 '

1 * o


retirada de marcas fundainentalmente interacionais, dehesitações e de
partes de palavras; i i ` , i i _
inserção de pontuação (guiando-se pela entoação usada no oral); ç
eliminação de repetições, de redundáncias e de' paráfrases; `
4 --
II

. i '
› . I l . '

` l
uq-~¢u` _
1 ' _ I

, IO ingresso
ç do texto oràl em sola de
. aula 35

~ substituição dos turnospor parágrafos sem modificação da ordem dos ~ z

tópicos discursivos; V *
introdução de marcas metalinguisticas para referenciação de ações e
substituição dos dêiticospor verbalização acerca do contexto; . - t
~ reconstrução de estruturas truncadas e reordenação sintática;
- tratamentoestilístico, alterando não só estruturas sintáticas como também
. f

. seleção lexical; ç ç a
- reordenação tópica do texto e da sequência argumentativa, agrupando,
` 1

i ç quando possível,argumentos. , ›
' ‹ I

I V I « 1 .

Nessa perspectiva, é de suma importância que o trabalho seja realizado


demodo`que o aluno refiita sobre as diferenças encontradas, na comparação do
textofalado com o texto escrito, para que delas tenha conhecimento e adquira a
consciência deque ambas as modalidades de texto se organizam de modo diferente
se que, em espe_cial,*tenha_ clareza de que uma não é melhor do que ia outra, mas que
atendem a situações comunicativas diversas. Também neste caso, o aluno saberá
quais são as marcas de oralidade paranão usá-las no texto escrito, dependendo
da situação comunicativa. '
' i
. _ . Í
4.
, . \

. '\

O trobolho especificomente com o vorioçõo linguístico .


A terceira perspectiva diz respeito ao fato de, no ensino, não estarem sen-
do enfrentados comprofuiididade os temas da variaçãoe da mudança, os quais '
dizem respeito á natureza da linguagem e ao uso da lingua por diferentes grupos
sociais. muitos deles frequentando a escola, de modo que entendemos que os seus
“falares precisam serconsiderados,material de estudo. Pode-se realizar a-'análise
da variação das falas ,do professor e de seus alunos, por se tratar de um ambiente
de interlocução É propício para esse estudo. A análise de niveis de falas (colo-
quial, comum, padrão etc.) pode serefetuada para secomparar e verificar por que
certas formas diferem e em que consisteni .as diferenças, assim como a variação
relacionada aos diversos gêneros orais, buscando-se a natureza da variação com
fundamento na Linguística, pois, pela gramática normativa, por ser ela prescritiva,
muitas variantes são consideradas inadequadas, erradas e distaiiciadas da norma
de maior prestígio. i 0 i , r .
Tral1a1har-¢-9ni-.a- .yíariaáoJinsu_istí¢_a,_iâcrzssauiiile. .qua _c×i_st¢- darwin. da
própria .Salada aula nQ§Si_b.i.liL1a.tefl.etitaotâie inipli<;.ac§_s_â.dQ.i2.tâ¢9n_csit.Q-liiisiiisf
£¡£=.9.z.¿11.ëli£<? .fl¢s.afi\'a$. B Psfvsraaa. äSS.im.¢0m0 i>.ctmi.ts-.l.s.var._ø.aluuoa.a111PliêI.S€U
.<;.Qnh.êcimc.ut.Q -s9b.rc_i'.ari.adad§.s .adequadas a_S.i.t1.1a.‹;Q¢.S_ 99u1uni.s§1£i.\'a$..difsfsflfssz‹
c_onforme.afirma Castilho (2002: 21): _ i 1
l

JO Ensino de Língua Portuguesa

a proposta se fixa na lingua que adquirinios em família, como um 'ponto de


` partida mais autêntico. Com ela nos confundimos, e nela encontramos nossa
identidade. Ver considerado na escola seu modo próprio de falar; ser' sensi-
bilizado para a aceitação da variedade linguística que flui da boca do outro,
saber escolher a variedade adequada a cada situação - estes são os ideais de
formação linguistica do cidadão numa sociedade democrática. i
1 I À O . I

É importante salientar que, seja qual for o enfoque para se analisar ouçtraba- z

lhar o texto oral, em sala de aula,_a decisão de todo o processo deve ser feita em
grupo e com a falaespontãnea. Em outras palavras,-~ não faz sentido o 'professor
colocar na lousa um trecho de fala transcrita ou já retextualizada que retirou de um
1í\'f0z POI sasmplv- Q_Qbi'et9_d¢_eswdo daifatst odeiam fla§a1adsë.L!la ¢_a»a§flá1íS=?
teórico-metodológica dâveêicr adfinuasía .à .ts.ali‹;1a§í.s=_.C.l.¢SS@ .Ç0r_1t§Xf_Q.- s .
ú

' Por fim, finalizando esta parte, exemplificamos como é possiível trabalhar com
a produção de texto oral e escrito, com base no que expuisemos, ou seja, de forma
contextualizada á realidade que envolve o aluno. Apresentamos uma sugestão de
atividade que poderia ser iniciada com o gênero 'escrito cc_zrt¿i. O aluno aprenderia
a lidar com a diversidade delas, como, por exemplo, carta familiar, carta social,
carta comercial, mas privilegiando a carta que solicita emprego, vinculada ao
vênero oral enri°ei›ísra. por meio da qual o aluno será ou não selecionado a um.
i
É
_
Í
\
' -
"-' "

cargo pretendido. , . . j l . . i . . .
A entrevista, ao contrário da carta, eum gâneroessencialmente oral, es-
truturalmenite vinculado a ,uma prática social raram_ente~ incluída na atividade
pedagógica, de modo contextualizado. Entendemos que, na salade aula, deve-se
submeter a entrevista às normas gramaticais, àç análise de base linguistica, às
normas de comportamento e de papéis sociais desempenhados* na sociedade, ai
firn de preparar o aluno minimamente para a competição do mercado de trabalho.
Evidentemente, para um jovem que vai disputar pelaprimeira vez uni em- ._ . 1 F l
.zw

prego, há implicações de todaiordem, inclusive de natureza linguística. E não


se trata de um caso isolado. Preparar o aluno para issoiéi en“sino`conteinporâneo,
atualizado e comprometido com a realidade. A contraiação deuma pessoa. na
maioria dos casos, depende apenas e tão somente de entrevista, razão pela qual
4

entendemos que e imprescindível prepará-lo para que tenha autonoiiiia e compe-


tência comunicativa nessa prática social. C 4 r . i ,
Pode-se começar. por exemplo, a explorar aentrevista em seus tipos re.rrziai`s.
O candidato precisa usar a exposição paraabordar o que o levou a se candidatar
àquela vaga? Como aigumenmr para atingir seus objetivos na entrevista? E ade-
quado fazer uso de narmçäo? Quando isso pode ocorrer? ` , `
Os tipos textuais exigem competência comunicativa para serem devida-
me me utilizados
" - no genero
~ r textual entrevista
- -. de eniprego e, ainda,
. '
demandam
`. ‹ |

A I . l ,
. , _
i z '
1

, , ‹ O ingresso do texto oral em sola de aula 37


¡ i

competência gramatical (concordância verbo'-nominal; regência verbo-nominal;


i

' uso do plural dos ,nomes;uso pronominal adequado, sobretudo dos pronomes de O

-_ -' "' ` " " ' tratamento etc.`.estratêUias de ol' ›=› ' '
Vários estudiosos no Brasil , ¡ -_ I .__ .. . _~_? _ ._ . Idecz.” 'trëito C"nmOmO5O¡~
N, mbamamacom , po¡¡deZ` prosodia, ortoepia, escolha de vocabulario adequado etc.
,v-âr.p<›re×emp|<>.S¡|vâ t Obviamente, é necessário, ainda, verificar osrecursos
4 li ('999},2°°5_l E 53"” , .'i~extr¬alinguisticos.icomo traje, aparência. higiene pessoal
1 eCrescitelli (2008). , . -" ', i y . ' " , ” '
t - _ - a . =- maneira de se sentar e de agir, e recursos paralinguisticos.
M como gestos eipostura corporal, no decorrer da entrevista profissional, especificos
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ao contexto. , ~ , ,
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eE,.n1uitÍ@-itnp9rta_ntâ§iii,s.â.s$s9.lfi_PrsP§i¢,,9-§lim9.i2aÍtfl S¢ Sair. razøatíslmfintfi


t bem emgmflpráticfl s.o¢ial__dfl-§iUal-§1sp@ad¢,§ufl_S0bt<-âví.\'ê_n¢iê. É 90551'vel inte
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igrar os elementos .teórico-pedagógicos próprios do contexto escolar (como, por
' Í exemplo, ensinar gêneros textuais, tipos textuais, regras gramaticais, escolha do
vocabulário, prosódia mais adequada, recursos paralinguisticos e extralinguisticos)
para que correspondam às exigênciasdo mundo do trabalho e da cultura.
O professor, dependendo da instituição' em que atua, não pode perder de,
` vista que muitas pessoas que frequentarn a escola originam-se de famílias que
i mantêm pouco ou nenhum' contato com o mundo da escrita. Citando um exemplo,
o to podemos dizer que uma grande parcela da população não sabe coçmoise dirigir, por i
eescrito, a um órgäopúblico; quando necessita de um serviço, pois 'desconhece o
requerimento ou o oficio, gêneros consagrados pelos letrados para 'esse fim. Isso
g também el válido para o gênero carta de solicitação de emprego.
s De fiiufllfiufif fome, s_emL@.9,a,liir1.Q .(t11uito_Qu_p9niâQlsLr,a_<l9)sÇ.attÇlídêt@,8 H_m_a.
Yasaâflhsmørê¢iu¢_un1_b9n1,§1_e§eii1p¢.I_1h913a.hQra_dê_eaLrsyi,Sta.uti1_izan_dQ a liilsuflii -
oral‹adequadame'nte, tem um pesodecisivri Sabe-setarnbém que, em muitas ativi- '
dades económicas, pode-se prescindir da exigência do gênero escrito para admitir
um candidato, mas nenhuma delas poderia, em tese,_pres_cindir do gênero oral entre-
A vista, uma vez que o contexto aiimplicado eo da economia de mercado que envolve
competências, produtividade, lucro, competitividade e sobrevivência. E o gênero
entrevista pode representar a principal chave de entrada no mundo produtivo. ,
e Todos nóssabemos que saber se expressar adequadamente, ,saber se impor
L pela palavra, defender umponto de vista, saber .explicar um fato, argumentar,
narrar e adequar a fala às idifeirentes situações `int_eracionais do dia a dia são atos
i que não dependem exclusivamente de alto grau de letramento, fluência na leitura, z
conhecimentos gramaticais, redação etc.; dependem, sobretudo. de competência
comunicativa ou interlocutiva. `z, t i
- ° Com o exemplo apresentado, procuramos mostrar que, na salade,§z1`ul_§1,_,Q
texto oral pode dividir o mesmo espaço com o texto escrito e deve ser abordado
' g_Q_ma_t_p__e_s¿i33_a içtijpoçrtgãgigçia. Afinal, trata-se de duas modalidades com caracteristi- i
cas especificasgmas que fazem parte de um coniinuum de variação e de relações
dentro de um mesmo sistema linguístico. , -
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38 Ensino de Língua Portuguesa
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Considerações finais t ~ i
Procuramos apontar para algumas possibilidades de trabalho comi o oral em
sala de aula, tendo em vista as teoriascontemporáneas de base »lin'guística, sin-
cronizadas às propostas dos i>ci×", buscando contribuir para a valorização do texto
oral, estando subjacentes a essa posição os seguintes princípios: ' r
i - ' O .

- of homem e' um ser que fala;portanto, todas as práticas sociais que ele
realiza decorrem da oralidade, incluindo-se a escrita; ¿
~
of ensino de oralidade não pode ser confundido com ensinar a falar, e,
não se restringe a isso, pois todosos falantes aprendem tudo oque todos
, z conhecem sobre sua lingua, sabendo ou nãoler eescrever; p i ç
° entre fala forrnal e informal existem inumeras falas ou gêneros orais em
z um conti'mi`zim de variações e de inter-relações; ° . -
° , entre escrita formal e iriformal existem inúmeros gêneros escritos em
a tim~'conrinuum de variações e inter-relações;
° as linguas variam, mesmo que seus falantes não percebam, ainda que
não queiram ou não aceitem esse fato, pois a- variação decorredo uso da
língua' por diferentes grupos em uma sociedade; , ,
° as línguas faladas não se desestruturam e não se extinguem pela variação
~ l ou “mau uso”; ao contrário, ficam enriquecidas e mais expressivas, e uma
f a lingua falada só desaparece. quando ls-eu último falante morre;
- .aspessocas precisam ser compreen,didas.Por essa razão, nem mesmo os
Ú estrangeiros “falamerrado”, quando conseguem se comunicar; i s
° " por razões culztiiraisƒno Brasil, as pessoas' querem saber como ê “falar
certo”. isto é, de acordo com a norma padrão; sendo assim, a escola tem
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o§s1_ev¢-r de @nâ.i.aar essa norma. taaâagti m@i0,.ds_fext0S `‹›rai_§__¢_s.S.srif,0§ e


u_ã9_â9_nisn1s_a,9r_,nieiofifât<-rms s§_<>rit9_s_: z i -
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-» Buscamos, de acordo com o que foi apresentado, "contribuir para que haja uma
mudança de perspectiva, no ensino de LP, até por uma questãode coerência: se ha
tantas nomias quantos grupos sociais existem, o ensino de línguaideveria partir do
que se fala, da compreensãodo processo devariação e mudança da lingua, para
entao sedirecionar ao ensino da fala emfnornia padrão eao da escrita, em todas
\ _

as suas variantes. O papel do professor é, semdúvida, fundamental para que isso


0<10I`1'f_1, Uma vez que ele deverá se capacitar em relação a esses “novos” objetos
de ensino. E não poderia ser diferente em razão de o seu objeto de trabalho estar
em permanente mudança. . _ ' i i ,
_ Alëmi CÍÍSSO, enfatizamos que uma formação de base linguística e fundamental \

para o tratamento da oralidade no ensino de Lingua Portuguesa. Se, por um lado,


muitos professores não entraram em contato com conhecimentos suficientes na `\

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'O ingresso do texto oral em solo de aula 3\9


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área de Linguística no periodo em que frequentaram a faduldade, por outro, po-


derão ler, por conta própria, a respeito das novas teorias da linguagem; poderão
atualizar-se nos bons cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu existentes
e cursos de extensão ou mesmo poderão receber capacitações, para quem atua na
rede pública municipal ou estadual, realizadas pelas secretarias de educação:/Isso
é muito importante para a sua atuação em sala de aula._ i 9
Afifsdifflfliflfi que em se ¢1*i2ttide_90.i1s1i.Çõss§@.m@t9d9l0s.ia§âsrâecifisas-aø
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tudo do texto
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oral 3 v`vo
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1 audível e contextualizado . essa modalidade , de linflua
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adquin'ra..paulatinamente. 0nreâim-resr›eiiQ_erêresiisíosus,_0.t¢×t9-¢§91íii0 adfiivífiu z

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