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O presente trabalho insere-se nos planos curriculares da tese final do curso de licenciatura em
língua, cultura e literatura chinesa. Cujo tema é conotação cultural dos festivais tradicionais
Moçambicanos.
A escassez de pesquisa em relação a este tema, levou o autor a elaboração deste projecto de
pesquisa, com este trabalho pretende-se fazer uma análise nítida sobre o tema a de modo a dar a
entender todos os aspectos ligados com o trabalho.
Na sociedade moçambicana o festival, não é um evento que acontece entre duas pessoas, mas
sim, uma união de famílias, amigos mais próximos, com intuito de conviver e discutir vários
assuntos ligados com as suas vida ou com a sociedade. Em Moçambique, cada festival possui as
suas características, a forma como este é praticado é diferente, como o caso do festival de Ukanyi
no sul do país e o festival de dança de Tufo na zona norte do país. Toda sociedade se sente
envolvida em um festival, uma vez que é visto como um laço de união muito importante e
considerável na sociedade, onde encontramos a reputação e futuro de uma linhagem da sociedade
em geral.
Justificação
O presente trabalho tem como propósito fazer uma análise sobre a conotação cultural de festivais
tradicionais em Moçambique. A escassez de pesquisa em relação a este tema, levou o autor a
elaboração deste projecto de pesquisa, aliado ao facto do autor ter imenso interesse sobre o tema.
Conotação
Para Getz (2001), termo festival que em outras palavras significa festa. Introduziu a conversação
comum como um sinónimo de qualquer grande refeição ou jantar elaborado. Um festival pode
tratar de vários assuntos diferentes. Para os antigos o festival era sinónimo de entrelaçar famílias
e pessoas a fim de se conhecerem, e ate mesmo para encontrar um companheiro.
Actualmente, no contexto da pandemia causado pelo novo vírus chamado COVID-19 em que se
impõem regras de distanciamento social como medida de prevenção, a pratica dos festivais
tradicionais vem-se em extinção. Este facto, enquadra-se nas dificuldades que as pessoas têm a
mostrar as suas habilidades para a sociedade, a promoção da mesma vem-se desaparecer.
O típico moçambicano gosta de convívio de estar em festa e comemorações e, como tal, a zona
sul e norte do país apresentam conjuntos de opções que visam satisfazer a suas necessidades.
De seguida são apresentadas aquelas que identificam como sendo alguns dos locais de lazer e
eventos que considero de presença obrigatória para alguém que passa por Maputo ou Nampula.
Festival de Ukanyi- Zona Sul
Importância do Canhoeiro
Segundo Jorge Fernando (2014), o canhoeiro possui uma grande importância para as
comunidades. Algumas dessas importâncias referem-se dos aspectos de vivência quotidiana da
comunidade, onde o canheiro é visto como sendo um associado à sacralidade, onde o canhoeiro
tem como referência mítica para a comunidade.
Com este efeito, ela passou a ser vista com comunidade de África Austral, em especial em
Moçambique no sul do país como sendo uma árvore de estrema importância não só para a
comunidade, mas também para a permanência da cultura e costumes deixados pelos
antepassados.
Em sumo, variando de comunidade para comunidade, o canhoeiro pode ser usado para
celebração de cerimónias de veneração ou evocação de espíritos dos antepassados.
Tufo é uma dança de origem árabe como o Nzoope, cuja estética se nota na harmonia de vestir,
nos gestos uniformes e na poesia que as suas canções significam. Em geral esta dança é praticada
por mulheres adornadas em tempos de divertimento. A sua evolução é insignificante, pois, apesar
desta expansão ao continente conserva-se a sua técnica e a sua forma de dançar, porque faz
lembrar a terra de Maomé, profeta mais acreditado pelas mulheres que a praticam. Por isso os
gestos indicam quase sempre carinho e simpatia. (Bendito Brito João e António Agostinho, 2010,
pg.6)
No ponto de vista do autor, a insignificância e a expansão desta dança, não influenciou na forma
como esta dança era praticada, pois, entende-se que a existência do profeta Maomé, teve um
impacto positivo para as mulheres, visto que eram tratadas com respeito e amor. Por essa razão,
essa dança sempre permanecera nos corações das mulheres que as praticam, com seus gestos
lentos e lindos, demonstrando carinho e amor ao próximo.
A dança do tufo tem como principais características: Batuques com acessórios como apito e
chocalhos; Capulanas, blusas e lenços, geralmente da mesma textura.
Metodologia da pesquisa
Para a realização deste trabalho, teve-se como apoio a as referências bibliográficas, com o fim de
dar mais poder para a realização do mesmo e que também possa permitir uma óptima
compreensão e visão.
Análise de resultados
Segundo Cossa (2017) e Dava (2009). O festival de Ukanyi segue três principais fases, documentadas e
sistematizadas em seus significados.
A primeira fase começa com a denominada de kuhawula mindzheko, o momento em que se anuncia a
abertura oficial da época de Ukanyi, e a partir desse ato fica liberado o consumo. Segundo algumas
pessoas, o consumo da bebida é proibido antes da realização de um ato de devoção aos deuses pelos
chefes tradicionais. Estes devem oferecer o primeiro gole aos defuntos, derramando um bocado do
líquido no chão, um sinal de agradecimento pelas bênçãos e pelas colheitas da época. Nesse ato, é
simbolicamente inaugurado o ndzheko, este uma espécie de copo feito à base da casca de um fruto
silvestre, usado para tomar as bebidas fermentadas, como o Ukanyi.
A segunda fase dessa festividade é a celebração do consumo do Ukanyi, também chamada xikuhwa. Esta
fase é o auge do ritual de Ukanyi, sendo a festa tradicional popular de Ukanyi que “simboliza o encontro
entre os membros de uma comunidade ou de várias comunidades” (Cossa, 2017, p. 251). Esse autor
explica que não se trata apenas de uma reunião entre as pessoas, mas de um encontro destas com os
ancestrais por via de alguns rituais, como o kuphahla4 , tida como uma prática presente em todos os
rituais de Ukanyi e em todas as etapas do ciclo da época de Ukanyi.
A terceira e última fase é o encerramento das festividades. Conhecida como kuhayeka mindzheko5 ,
esta é a etapa na qual se anuncia o fim do Ukanyi e em que se presta agradecimento aos ancestrais pelo
sucesso da época ou se faz a exposição dos dissabores ocorridos, pedindo para que não se repitam em
situações vindouras (Cossa, 2017).
Algumas pessoas na comunidade comentam que a maior parte das famílias que têm o canhoeiro
preparam a bebida, e vizinhos e amigos são convidados para beberem. As famílias que não tenham em
seu quintal ou machamba esta árvore, ajudam as possuidoras a apanharem o fruto do Ukanyi e a
fermentar a bebida. Os líderes comunitários e guardiões dos costumes ficam atentos ao processo e
zelam para que o aspecto sagrado da bebida seja observado, como por exemplo, a proibição da
comercialização (Machanguana & Almeida, 2018).
Conclusão e recomendação
Referências bibliográficas
GETZ, Donald. o evento turístico e o dilema da autenticidade. inː THEOBALD, William (org).
Turismo Global. São Paulo: editora SENAC São Paulo, 2001.
Você foi convidado a como voluntário a participar de uma pesquisaː conotação cultural dos
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