Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho de Pesquisa
Disciplina:
Psicologia Do Desenvolvimeno
Tema:
Desenvolvimento Pré-natal; Os Três Estágios, Influências Ambientais
Discentes: Docente:
Arcenio Odete Masinhe Dra. Marcelina
Carla Vitória Chongola
Ilda Inácio Chichava Wate
Márcia André Mambule
Silvia Adriano Langa Mundoi
2
Conteúdo
1. Introdução............................................................................................................................3
2. Objectivos............................................................................................................................4
2.1. Objectivo geral.............................................................................................................4
2.2. Objectivo específico.....................................................................................................4
2.3. Metodologia.................................................................................................................4
2.4. Materiais usados...........................................................................................................4
3. Fecundação...........................................................................................................................5
4. Etapas do Desenvolvimento Pré-natal..................................................................................6
4.1. Fase Germinativa..........................................................................................................6
4.3. Fase Fetal...................................................................................................................10
5. INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS NO DESENVOLVIMENTO PRE-NATAL...................12
5.1. O Papel da Mãe..........................................................................................................12
5.2. Nutrição......................................................................................................................12
5.3. Actividade Física........................................................................................................13
5.4. Consumo de Drogas...................................................................................................13
5.5. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência HIV/SIDA.................................................15
5.6. Outras doenças...........................................................................................................16
5.7. Idade Materna.............................................................................................................16
5.8. Ameaças Ambientais Externas...................................................................................17
6. CONLUSÃO......................................................................................................................19
7. Referências bibliográficas..............................................................................................20
3
1. Introdução
Algumas crenças comuns, posições filosóficas, consideram o nascimento o primeiro
instante do desenvolvimento da vida humana. Certos pensadores, porém, afirmam que a
vida humana tem seu verdadeiro início na fecundação, ou seja, na união de gâmetas (o
espermatozóide paterno e o ovulo materno). Porém A vida no ventre materno é uma
autêntica vida humana, que se desenvolve não só em termos anatómicos e fisiológicos,
mas também psíquicos.
Cientistas de diferentes áreas, consideram que a partir da fecundação, já existe uma
nova realidade biológica distinta da materna, com todas as determinações hereditárias e
uma individualidade biológica. Portanto, na concepção origina-se uma natureza humana
concreta, isto é, uma pessoa.
E neste presente trabalho abordar-se-á assuntos relacionados com o desenvolvimento
pré-natal, cujo, ocorre em três fases: germinal, embrionária e fetal, as influencia do
ambiente durante todo o estágio pré-natal. E é durante essas três fases de gestação, o
zigoto original unicelular transforma-se em um embrião e depois em um feto.
4
2. Objectivos
2.3. Metodologia
Para realização deste trabalho baseamo-nos na pesquiza de algumas
bibliografias, entrevistas e pesquizas na internet.
5
3. Fecundação
O novo ser começa com a fecundação. No momento em que um espermatozóide
penetra óvulo, forma-se um ovo humano ou zigoto, célula a partir da qual se desenvolve
uma nova pessoa. Todo potencial de um novo ser concentra-se nessa célula a qual uma
vez formada dará início a sua divisão e multiplicação, isto e, ao milagre do crescimento.
Fertilização ocorre nas trompas uterinas. O encontro do ovulo com espermatozóide só é
possível durante um período muito limitado. Os espermatozóides devem alcançar o
ovulo quando este começa sua viagem pela trompa. Se isso não acontecer, o óvulo vai
perdendo vitalidade e morre antes de entrar no útero.
Os espermatozóides, por sua vez, vem de uma longa viagem, impulsionado pelas caudas
e recebem ajuda dos movimentos uterinos para chegar as trompas e fecundar o óvulo.
Das centenas de milhões de espermatozóides de uma ejaculação normal, apenas alguns
milhares penetram nas trompas e alguns poucos alcançam as imediações do ovulo.
Antes de introduzir-se o espermatozóide reconhece o ovulo como pertencente a sua
nova espécie. Esse dinamismo e necessário para que possa ocorrer a penetração.
Assim que um dos espermatozóides atravessa a grossa, membrana que rodeia o ovulo
fecunda-o, ela se torna impermeável, impedindo a entrada de outros espermatozóide, a
cabeça e o colo do espermatozóide são as que penetram no ovulo, pois em geral a cauda
se desprende antes desse momento.
6
Figura 1
Encontro do espermatozóide com o óvulo, para a formação do zigoto
8
4.2. Fase Embrionária (2 a 8 Semanas)
9
A placenta desenvolve-se rapidamente. O cordão umbilical passa a
10
4.3. Fase Fetal
A Fase Fetal Inicia-por volta da oitava semana da gestação. Durante esse período o
novo ser se prepara e atinge o amadurecimento necessário para funcionar com a
capacidade e autonomia exigida pela vida depois do nascimento.
Os órgãos formados no período anterior agora se diferenciam e desenvolvem-se em
termos anatómicos e funcionais.
Aos quatro meses, formam-se no polo cefálico do tubo neural três engrossamentos
que mais tarde vão dar lugar ao cérebro anterior, médio e posterior, dessa forma o
cérebro fica formado.
Por volta do sétimo mês de vida pré-natal, o feto e capaz de sobreviver por si
mesmo, ou seja, e viável, embora um prematuro nessa idade exija cuidados
especial. Com consequência, seus sistemas vitais já funcionam de forma rudimentar
ou estão preparados para funcionar sem dependência biológica do corpo materno.
Neste período surgem na mãe os temores com a relação a proximidade do parto, o medo
da responsabilidade que significa cuidar do filho. O ventre já desenvolvido e um facto
concreto e evidente que impede de fugir do problema. Temores de ter um filho com
deformações físicas ou retardamento mental, surgem acompanhados de fantasias de ter
um filho belo e bom que enchera a família de felicidade. Essas fantasias servem de
refúgio para a mulher durante a gravidez.
O trabalho e as relações sexuais começam à decrescer a medida que se aproxima a hora
do parto. Em geral a actividade sexual diminui, embora a clinica tenha demonstrado que
ele não causa problemas ou danos durante a gravidez normal.
11
perceba.
Desenvolvimentos dos órgãos sexuais. Os tecidos gonadais indiferenciados dão
lugar aos testículos e ovários.
Desenvolvimento do sistema respiratório e excretor, embora estes comecem a
funcionar a partir do nascimento
O fígado começa a atingir o maior tamanho relativo ocupando grande parte do
abdómen.
Processo de ossificação
13-16 Semanas
Desenvolvimento da pele e do cabelo
12
5.
13
5.2. Nutrição
Durante a gravidez, as mulheres precisam comer mais do que o normal: tipicamente, de
300 a 500 calorias a mais por dia, incluindo proteína extra (Winick, 1981). As gestantes
que ganham entre 10 e 21 kg são menos propensas a abortar ou ter bebés natimortos ou
com peso natal perigosamente baixo (Abrams e Parker, 1990).
Exames psiquiátricos sugerem que deficiências nutricionais pré-natais profundas no
primeiro ou segundo trimestre afectam o desenvolvimento cerebral, aumentando o risco
de transtornos de personalidade anti-social aos 18 anos (Neugebauer, Hoek e Suer,
1999).
Apenas recentemente soubemos da importância crítica do ácido fólico (uma vitamina do
grupo B) na dieta de uma gestante. Há algum tempo os cientistas sabem que a China
tem a maior incidência mundial de bebés nascidos com anencefalia e espinha bífida, que
são defeitos no tubo neural mas só nos anos de 1980 os pesquisadores relacionaram esse
fato com a época da concepção dos bebés. Tradicionalmente, os casais chineses casam-
se em Janeiro ou Fevereiro e tentam engravidar o mais breve possível. Isso significa que
as gravidezes, muitas vezes, se iniciam no inverno, quando as mulheres de zonas rurais
têm pouco acesso a frutas e legumes frescos, fontes importantes de ácido fólico.
14
5.4. Consumo de Drogas
Praticamente tudo que uma gestante ingere chega até o útero. As drogas podem
atravessar a placenta, assim como ocorre com o oxigénio, o gás carbónico e a água. A
vulnerabilidade é maior nos primeiros meses de gestação, quando o desenvolvimento é
mais rápido. Alguns problemas resultantes da exposição pré-natal a drogas podem ser
tratados se a presença de uma droga for detectada cedo.
Exemplos específico dos efeitos do uso das seguintes drogas; medicamentos, o álcool,
nicotina e cafeina durante a gravidez
Medicamento
Anteriormente pensava-se que a placenta protegia o feto contra as drogas que a mãe
ingeria durante a gravidez - até o início da década de 1960, quando um tranquilizante,
chamada talidomida, foi proibido depois de ter provocado atrofia ou ausência de
membros, graves deformidades faciais e órgãos defeituosos em cerca de 12 mil bebés. A
tragédia da talidomida sensibilizou os profissionais da medicina e o público para os
perigos potenciais de tomar remédios durante a gestação. Hoje, sabe- se que quase 30
remédios são teratogênicos (Koren, Pastuszak e Ito, 1998).
Nicotina
O fumo durante a gravidez pode aumentar o risco de câncer no bebé. O fumo durante a
gravidez parece ter alguns dos mesmos efeitos que tem o álcool sobre as crianças
quando elas chegam à idade escolar: fraca capacidade de atenção, hiperactividade,
ansiedade, problemas de aprendizagem e comportamentais, problemas perceptivos,
motores e lingüísticos, baixos escores de QI, e problemas neurológicos (Landesman-
Dwyer e Emanuel, 1979; Wright et al., 1983). Um estudo longitudinal de 10 anos
avaliou descendentes de 6 a 23 anos de idade de mulheres que disseram ter fumado
muito durante a gravidez e constatou um risco quatro vezes maior de transtornos de
conduta nos rapazes, iniciados antes da puberdade, e um risco cinco vezes maior de
dependência de drogas entre moças, iniciada na adolescência, em comparação com
15
jovens cujas mães não haviam fumado durante a gravidez (Weissman, Warner,
Wickramaratnee Kandel, 1999).
Álcool
Cafeina
Um estudo com controlo de caso demonstrou que a cafeína não tem efeito sobre baixo
peso natal, nascimento prematuro ou retardo no crescimento letal (Santos, Victora,
Huttly e Carvalhal, 1998). Contudo, o consumo de cafeína tem sido associado ao aborto
espontâneo (Dlugosz et al., 1996), e quatro ou mais chávenas de cafés por dia podem
aumentar dramaticamente o risco de síndrome de morte súbita do lactente (Ford et al.,
1998).
16
5.5. Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência HIV/SIDA
A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença causada pelo vírus
de imunodeficiência humana (HIV), o qual solapa o funcionamento do sistema
imunológico. Se uma gestante tem o vírus no sangue, ele pode chegar à corrente
sanguínea do feto através da placenta. Depois do nascimento, o vírus pode ser
transmitido pelo leite materno. Importantes avanços ocorreram na prevenção, na
detecção e no tratamento da infecção por SIDA em bebés.
17
5.8. Ameaças Ambientais Externas
Substâncias químicas, radiação, extremos de calor e humidade e outras ameaças da vida
moderna podem afectar o desenvolvimento pré-natal. As mulheres que trabalham com
produtos químicos utilizados na fabricação de chips semicondutores têm
aproximadamente o dobro da taxa de aborto de outras operárias (Markoff, 1992). Bebés
expostos a níveis elevados de chumbo no período pré-natal obtêm resultados inferiores
em testes de capacidade cognitiva quando comparados a bebés expostos a níveis baixos
ou moderados (Bellinger, Leviton, Watermaux, Needleman e Rabinowitz, 1987;
Needleman e Gatsonis, 1990). Crianças com exposição pré-natal a metais pesados têm
maior incidência de doenças infantis e menor inteligência do que crianças não-expostas
a esses metais (Lewis, Worobey, Ramsay e McCormack, 1992).
A radiação pode causar mutações genéticas. A radiação nuclear afectou bebés japoneses
após as explosões das bombas atómicas de Hiroxima e Nagasaki (YamazakiSchull,
1990) e bebés alemães após o vazamento na usina atómica de Chernobil na União
Soviética (West Berlin Human Genetics Institute, 1987). A exposição pré-natal à
radiação está associada a maior risco de retardo mental, menor diâmetro da cabeça,
malformações cromossómicas, síndrome de Dawn, convulsões e mau desempenho em
testes de QI e na escola. O período crítico parece ser da oitava a décima quinta semanas
após a fecundação (Yamazaki e Schull, 1990).
18
O uso de cocaína por parte do pai pode causar defeitos congénitos em seus filhos. A
cocaína parece ligar-se ao esperma, e esse esperma com cocaína, então, penetra no
óvulo na concepção. Outras toxinas, como chumbo e mercúrio, podem "ir de boleia" no
esperma da mesma maneira (Yazigi, Odem e Polakoski, 1991).
Pais mais velhos podem ser uma causa significativa de defeitos congênitos (Crow,
1993,1994). A idade avançada do pai (em média no final dos 30 anos) está associada ao
aumento de risco de várias doenças raras, incluindo a síndrome de Marfam
(deformidades da cabeça e dos membros) e nanismo (Evans, 1976). A idade avançada
do pai também pode ser um factor em cerca de 5% dos casos de síndrome de Dawn
(Antonarakis e Dawn Syndrome Collaborative Group, 1991). Mais células masculinas
do que femininas sofrem mutações, e as mutações podem aumentar com a idade
paterna. O tabagismo do pai é uma influência ambiental prejudicial, a qual tem sido
associada a baixo peso natal e maior risco de câncer na idade adulta (Rubin,
Krasilnikoff, Leventhal, Weile e Berget, 1986; Sandler, Everson, Wilcox e Browder,
1985). Nesse tipo de estudo, muitas vezes, é difícil fazer distinção entre exposição pré-
natal à fumaça e exposição durante a infância, e entre o fumo do pai e da mãe. Para
contornar esse problema, pesquisadores fizeram um estudo em Xangai, China, onde os
homens comumente fumam, mas as mulheres não o fazem. O estudo identificou uma
forte conexão entre o tabagismo do pai e o risco de câncer na infância, principalmente
leucemia aguda e linfoma (Ji et al., 1997)
Ultra-som
Amniocentese
Amostragem das vilosidades coriónicas
Embrioscopia
Diagnóstico genético de pré-implantação
Amostragem do cordão umbilical
Exames do sangue materno
Estas técnicas são utilizadas para saber se um bebé está se desenvolvendo normalmente
no útero e algumas condições, anormais podem ser corrigidas através de terapia fetal.
19
6. CONLUSÃO
Ao término deste trabalho, alguns pontos merecem destaque como a importância de
uma assistência pré-natal de alta qualidade e realizada desde cedo, é essencial para um
desenvolvimento saudável. Ela pode levar à detecção de defeitos e distúrbios e,
especialmente quando iniciada cedo e voltada para as necessidades de mulheres em
risco, pode ajudar a evitar a morte da mãe e do bebé, baixo peso natal e outras
complicações de parto.
A comunidade, centros de saúde e agentes de saúde pública devem velar pelo bem estar
da criança e fazer chegar ao grupo alvo tudo a respeito da importância do período pré-
natal e os factores de rico à exposição e consumo descontrolado de drogas, para o bom
desenvolvimento humano.
A manifestação de certos comportamentos indesejados por parte dos nossos filhos, tem
haver em certa parte com os maus hábitos dos progenitores antes fecundação e durante o
desenvolvimento da gravidez.
20
7. Referências bibliográficas
BEE, H. A Criança em Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1996.
GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças,
adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte editora, 2001, 641p.
PAPALIA, D. G. OLDS, S. W. Human Development. McGrawhill. 6ª ed. 1995.
PAPALAIA, E.D, Feldmen, R.D. Wendcos, S.O. Desenvolvimento Humano. 8ª
Edição. Artmed editores. Porto alegre. 2006.
SHAFFER, D.R. Kipp, K- Psicologia do Desenvolvimento Infância e
Adolescência, 8ª Edição. Norte Americana.
PAPALAIA. D. O Mundo da Criança. 10ª Edição. Porto alegre. 2001
ANDERSON, W. F. (1998). Terapia Natural de Genes Humanos, 392(Suppl.),
25-30.
21