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UNIVERSIDADE SAO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

DELEGAÇÃO DE XAI-XAI
CURSO: LICENCIATURA EM FARMÁCIA
FARMÁCIA CLÍNICA II

Atencão Farmacêutica em pacientes com patologias do Sistema Reprodutor e Obstetrícia

Xai-Xai, aos 18 de Abril de 2023


UNIVERSIDADES SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE

CURSO: LICENCIATURA EM FAMÁCIA

Cadeira de Farmacia Clínica II

Atencão Farmacêutica em pacientes com patologias do Sistema Reprodutor e Obstetrícia

Grupo II Docente: Arlindo Arão Sitoe


Nomes dos Estudante: Farmacêutico
Alda Nhaule
Claudia Muianga
Eurelio Muaco
Lizete Zandamela
Hortencia Benzane
Jeronimo Chissano
Mario Mulaicho
Nafra BiBi Sumine
Rosalina Diotrefa
Samuel Maunze
Verónica Macome

Xai-Xai, ao 18 de Abril de 2023

Sumário
6 exames hormonais para diagnosticar a infertilidade feminina.............................................10
2. Progesterona...................................................................................................................11
4. Prolactina........................................................................................................................11
5. Hormônio antimulleriano (AMH)...................................................................................11
6. Inibina B.........................................................................................................................12
7. Infertilidade masculina...................................................................................................12
8. Obstetrícia................................................................................................................................................
8.1. Hipertensão induzida pela gravidez/ pré-eclâmpsia..................................................................................
9. Prevenção ou interrupção do trabalho de parto prematuro........................................................................
9.1. Extensão do problema e etiologia.............................................................................................................
9.2. Prevenção do trabalho de parto prematuro:............................................................................................
Diagnóstico......................................................................................................................................................
10. Tratamento do Parto Prematuro...............................................................................................................
11. Terapia com progesterona........................................................................................................................
12. Nódulos ovarianos não cancerosos.....................................................................................................................
Cistos ovarianos...............................................................................................................................................
Cistos funcionais..............................................................................................................................................
13. Tumores benignos....................................................................................................................................
13.1. Sintomas...........................................................................................................................................
14. Diagnóstico...............................................................................................................................................
15. Tratamento................................................................................................................................................
16. Dor na mama (Mastalgia).........................................................................................................................
16.1. Causas da dor na mama....................................................................................................................
16.2. Avaliação da dor na mama................................................................................................................
Sinais de alerta..................................................................................................................................................
Exames.............................................................................................................................................................
16.3. Tratamento da dor na mama.............................................................................................................
Estudo de caso..................................................................................................................................................
17. Conclusão.................................................................................................................................................
18. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................

1. Introdução
Segumdo American College of Obstetricians and Gynecologists (2020) As mulheres também necessitam de
avaliação ginecológica de rotina, que pode ser feita por ginecologista, médico generalista ou da família; este
tipo de avaliação é recomendado anualmente para todas as mulheres sexualmente ativas ou com  > 18 anos.
As avaliações obstétricas focalizam questões relacionadas à gestação. A avaliação ginecológica ou obstétrica
pode incluir exame pélvico quando indicado de acordo com a anamnese ou sintomas e com o acordado com
a paciente. Muitas mulheres esperam que seus ginecologistas façam uma avaliação médica geral, bem como
ginecológica. Além do rastreamento e possível exame físico, uma consulta do bem-estar da mulher deve
incluir aconselhamento e discussão de imunizações com base na idade e fatores de risco.
No nosso dia a dia os problemas ginecológicos e obstétricos têm sido acentuados. Os miomas, quistos,
infertilidade, etc, são problemas que merecem maior atenção pois criam muitas complicações nas famílias e
frustrações. As populações necessitam tomar em consideração as consultas pré-natais. Os médicos devem
acompanhar esses pacientes desde a consulta pré-natal até ao parto para tratar as doenças que podem causar
problemas as mulheres gravidas tais como: pré-eclâmpsia, eclampsia e tantos outros problemas que o trabalho
irá abordar. É um trabalho estruturados por introdução, objetivos, desenvolvimento e conclusão cuja sua
elaboração baseou se na revisão de literatura dos manuais mais recentes.

2. Objectivos
a. Objectivo geral
 Compreender a Atencão Farmacêutica em pacientes com patologias do Sistema Reprodutor e
Obstetrícia

b. Objetivos específicos
 Conceituar o sistema ou aparelho reprodutor humano
 Descrever a Fisiopatologia dos problemas mais comuns,
 Indicar descrever os exames de laboratório para acaompanhamento,
 Detalhar manejo farmacológico e não farmacológico,
 Explicar detecção, solução e prevenção dos problemas relacionados aos medicamentos
 Fazer o monitoramento terapêutico
 Quistos, miomas e mastalgia;
 Avaliar a Infertelidade feminina e masculino
 Discutir casos clínicos

3. SISTEMA REPRODUTOR HUMANO


O sistema ou aparelho reprodutor humano é constituído no sexo masculino pelos testículos, ductos genitais,
glândulas acessórias e pênis e no sexo feminino pelos ovários, dois ovidutos (também denominados trompa de
Falópio), útero, vagina e duas glândulas mamárias. A seguir será descrito resumidamente estes aparelhos.
( GOODMAN e GILMAN, et all-2019)

APARELHO REPRODUTOR MASCULINO

APARELHO REPRODUTOR FEMININO:

4. Endometriose
A endometriose é um distúrbio dependente de estrogênio que resulta de tecido endometrial ectopicamente
localizado fora da cavidade uterina ( GOODMAN e GILMAN, et all-2019). Afeta predominantemente mulheres
durante os anos reprodutivos, com prevalência de 0,5 a 5% nas mulheres férteis e de 25 a 40% em mulheres
inférteis.

a. Fisiopatologia

A hipótese mais amplamente aceita para a fisiopatologia da endometriose é de que as células endometriais são
transportadas da cavidade uterina durante a menstruação e subsequentemente se implantam em locais ectópicos.
Fluxo retrógrado do tecido menstrual pelas tubas uterinas é comum e pode transportar células endometriais
viáveis para as cavidades pélvica e abdominal; o sistema linfático ou circulatório pode transportar as células
endometriais viáveis para locais distantes (p. ex., a cavidade pleural) ( GOODMAN e GILMAN, et all-2019).
Outra hipótese é a metaplasia celômica: o epitélio celômico se transforma em glândulas semelhantes às
endometriais.

b. Exames de laboratório

É possível identificar e controlar a evolução doença por meio da avaliação do aumento do fator CA125 no sangue.

c. Diagnóstico

O diagnóstico costuma ser feito por ocasião de laparoscopia, seja realizada por queixa de dor pélvica inexplicada
(dismenorreia ou dispareunia), seja por infertilidade. Embora mal compreendida, a infertilidade parece refletir o
envolvimento das tubas uterinas com o processo subjacente e, possivelmente, o comprometimento da maturação de
oócitos ( GOODMAN e GILMAN, et all-2019).

d. Tratamento
Como a proliferação de tecido endometrial ectópico responde a hormônios esteroides ovarianos, muitas
abordagens para terapia sintomática visam à produção de um estado relativamente hipoestrogênico.
A associação de contraceptivos orais tem sido um tratamento padrão de primeira escolha para sintomas de
endometriose, e evidências substanciais originadas de estudos observacionais garantem seu benefício. Acredita-
se que o mecanismo de ação predominante consista em suprimir a secreção de gonadotropina, com subsequente
inibição da biossíntese de estrogênio. Progestinas (p. ex., medroxiprogesterona, dienogeste) também têm sido
usadas para promover decidualização do tecido endometrial ectópico.
O SIU de levonorgestrel, que está aprovado para contracepção, também tem sido usado sem indicação na bula
para esse propósito, bem como para a menorragia.
Os agonistas estáveis do GnRH podem suprimir a secreção de gonadotropina e, portanto, efetuar uma
esterilização médica.
Os fármacos com indicação para endometriose incluem leuprorrelina, cosserrelina e nafarrelina; outros
agonistas do GnRH também podem ser usados sem indicação na bula para esse propósito. Em decorrência de
reduções significativas na densidade óssea e de sintomas de abstinência de estrogênio, a terapia de reposição
("add-back") com um estrogênio sintético em dose baixa (p. ex., estrogênios equinos conjugados, 0,625-1,25
mg) ou uma progestina em dose elevada (p. ex., noretindrona, 5 mg) foi usada quando a duração da terapia
excedeu 6 meses (Olive, 2008). O danazol, um androgênio sintético que inibe a produção de gonadotropina
mediante inibição por retroalimentação do eixo hipofisário-ovariano, também está aprovado pela FDA para
tratamento de endometriose. Hoje, raramente é usado em consequência dos seus efeitos adversos significativos,
incluindo hirsutismo e elevação de transaminases hepáticas. Na Europa e em outros locais, a antiprogestina
gestrinona foi empregada.

Em virtude de sua capacidade de bloquear a etapa terminal na biossíntese de estrogênio, os inibidores da aromatase
estão em fase de investigação para a endometriose ( GOODMAN e GILMAN, et all-2019).

4. Leiomiomas uterinos (fibroides uterinos)


Os leiomiomas uterinos sao tumores benignos de musculo liso sensiveis ao estrogenio no utero, que podem
causar menorragia, com anemia e dor pelvica associadas.
4.1. Fisiopatologia
 A maioria dos miomas é múltiplo, e cada um se desenvolve de uma única célula do músculo liso, tornando-os
de origem monoclonal. Como respondem a estrogênio, os miomas tendem a aumentar durante os anos
reprodutivos e a diminuir de tamanho após a menopausa.

4.2. Diagnostico

Exame de imagem (ultrassonografia com infusão de soro fisiológico ou RM) presume-se o diagnóstico de
miomas uterinos se o exame pélvico bimanual detectar útero aumentado, móvel e irregular que é palpável. A
confirmação requer exames de imagem, que geralmente são indicados se

 Os miomas são um novo achado.


 O tamanho deles aumentou.
 Causam sintomas.
 Precisam ser diferenciados de outras anormalidades (p. ex., massas ovarianas).
Quando testes de imagem são indicados, ultrassonografia (geralmente transvaginal) ou sonografia com injeção de
soro fisiológico (sonohisterografia) é tipicamente feita. Na sonografia com infusão de soro fisiológico, o soro
fisiológico é instilado no interior do útero, possibilitando ao examinador localizar com maior precisão os miomas.

Se a ultrassonografia, incluindo sonografia com infusão de soro fisiológico (se feita), for inconclusiva, RM, o
exame de imagem mais preciso, deve ser realizada. Pode-se usar histeroscopia para visualizar diretamente
miomas submucosos uterinos suspeitos e, se necessário, fazer biópsia ou ressecção de pequenas lesões
( GOODMAN e GILMAN, et all-2019).

4.2. Tratamento
O tratamento com um agonista do GnRH, durante 3 a 6 meses, diminui o tamanho dos fibroides e, quando associado
ao uso de ferro suplementar, melhora a anemia.
Os efeitos dos agonistas do GnRH sao temporarios, com crescimento recorrente gradual dos leiomiomas para o
tamanho anterior dentro de varios meses apos a interrupcao do tratamento.
Os agonistas do GnRH tem sido usados amplamente para o tratamento pre-operatorio dos leiomiomas uterinos, tanto
para miomectomia como para histerectomia. Foi constatado
que os agonistas do GnRH melhoram os parametros hematologicos, diminuem o tempo de internacao e reduzem a
perda de sangue, a duracao da cirurgia e a dor pos-operatoria quando administrados durante 3 meses no pre-operatorio.
5. Câncer de próstata
Segundo (KATZUNG, Bertram G. TREVOR, Anthony J.-2017) o Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata,
glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O
câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja  uma doença comum, por
medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
5.2. Fisiopatologia
A próstata é uma glândula pertencente ao grupo de glândulas sexuais acessórias do aparelho reprodutor masculino,
situada entre a bexiga e o reto. Sua função compreende em secretar o líquido prostático, que é formado por inúmeras
enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA) e, também, por outras substâncias essenciais para
a produção de energia e sobrevivência dos espermatozóides (PEREIRA et al., 2021). O desenvolvimento do câncer
de próstata (CAP) se dá, basicamente, pela multiplicação desordenada de células do tecido que podem originar, na
sequência, metástases com capacidade de invadir órgãos vizinhos e potencial de se espalharem pelo corpo por meio
dos sistemas linfático e sanguíneo (PEREIRA et al., 2021).
5.3. Exames laboratoriais
PSA (exame de sangue)
O PSA é um hormônio e o resultado normal desse exame deve apontar valores menores do que 4 ng/mL. Sendo
assim, quando este valor está acima do normal, pode ser que exista a inflamação da próstata ou até câncer
(KATZUNG, Bertram G. TREVOR, Anthony J.-2017)

5.4. Tratamento
A terapia antiandrogenica constitui a principal terapia clinica para o cancer de prostata. A terapia antiandrogenica
combinada com agonista do GnRH continuo e um antagonista dos receptores de androgenio e tao efetiva quanto a
castracao cirurgica para reduzir as concentracoes sericas de testosterona e seus efeitos. A leuprolida, a gosserrelina,
a histrelina, a busserrelina e a triptorrelina foram aprovadas para essa indicacao. A formulacao preferida e uma das
formas de deposito de acao longa, que fornecem 1, 3, 4, 6 ou 12 meses de terapia ativa. Durante os primeiros 7 a 10
dias com analogo do GnRH, os niveis sericos de testosterona aumentam, devido a acao agonista do farmaco; isso
pode precipitar dor em pacientes com metastases osseas e crescimento do tumor e sintomas neurologicos em
pacientes com metastases vertebrais. Alem disso, pode agravar temporariamente os sintomas de obstrucao urinaria.
Essas exacerbacoes do tumor podem ser habitualmente evitadas com a administracao concomitante de um
antagonista
dos receptores de androgenio (flutamida, bicalutamida ou nilutamida). Dentro de cerca de duas semanas, os niveis
sericos de testosterona caem para a faixa hipogonadica.
6. Infertilidade feminina
Em geral, define-se infertilidade como a incapacidade de conceber após 1 ano de relações sexuais
regulares e desprotegidas.
Infertilidade é definida como uma doença pela OMS.

Em geral, as relações sexuais frequentes e desprotegidas resultam em concepção para 50% dos
casais em 3 meses, para 75% em 6 meses e para 90% em 1 ano.

A infertilidade pode ser causada pelos seguintes:

 Alterações espermáticas (35% dos casais)


 Disfunção ovulatória ou (com menos frequência) diminuição da reserva ovariana (cerca de 20%)
 Disfunção tubária e anormalidades pélvicas (cerca de 30%)
 Alterações no muco cervical (≤ 5%)
 Fatores não identificados (cerca de 10%)
A incapacidade de conceber muitas vezes leva a sentimentos de ansiedade, tristeza, frustração,
raiva, culpa, ressentimento e inadequação.

Os casais que desejam conceber são encorajados a ter relações sexuais frequentes quando a concepção é mais
provável— durante 6 dias, e particularmente 3 dias antes da ovulação. É mais provável que a ovulação ocorra
cerca de 14 dias antes do início do próximo período menstrual.

6.1. Exame laboratorial

6 exames hormonais para diagnosticar a infertilidade feminina

A desregulação de alguns hormônios pode estar associada a problemas que causam a infertilidade feminina ,
como a ausência ou inadequação da ovulação. Assim, exames de sangue podem ajudar a identificar esses fatores.
Conheça alguns deles (KATZUNG, Bertram G. TREVOR, Anthony J.-2017).

1. LH e FSH

O hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) atuam no amadurecimento e liberação do
óvulo, sendo por meio deles que ocorre o crescimento do folículo, revestimento que envolve o óvulo antes da
ovulação.
– Na era atual de ampla disponibilidade de gonadotrofinas e da tecnologia reprodutiva assistida, o uso da
administracao pulsatil de GnRH para o tratamento da infertilidade tornou-se incomum. Embora o GnRH pulsatil
tenha menos tendencia do que as gonadotrofinas a produzir gravidez multipla e SHEO, a inconveniencia e o custo
associados ao uso continuo de uma bomba intravenosa e as dificuldades na obtencao de GnRH nativo (gonadorrelina)
representam barreiras para o uso do GnRH pulsatil. Quando essa abordagem e utilizada, uma bomba programavel
portatil, movida a bateria, e um tubo intravenoso permitem a liberacao de pulsos de gonadorrelina a cada 90 minutos.
A gonadorrelina ou um analogo agonista do GnRH podem ser usados para precipitar um surto de LH e a ovulacao em
mulheres com infertilidade, submetidas a inducao da ovulacao com gonadotrofinas. Tradicionalmente, a hCG tem
sido usada para desencadear a ovulacao nessa situacao. Entretanto, ha algumas evidencias de que a gonadorrelina ou
um agonista do GnRH tem menos tendencia do que a hCG a causar SHEO.
O FSH, quando produzido em níveis elevados, pode ser responsável por uma menor reserva ovariana, insuficiência
hormonal dos ovários ou também pela falência ovariana (KATZUNG, Bertram G. TREVOR, Anthony J.-2017)

2. Progesterona

A progesterona é um hormônio produzido no ovário na segunda metade do ciclo menstrual, portanto, depois da
ovulação, sendo esse período conhecido como fase lútea. Ele é responsável por preparar o endométrio para receber
um possível embrião e tornar viável a implantação do embrião na parede uterina (KATZUNG, Bertram G. TREVOR,
Anthony J.-2017).

Quando a progesterona apresenta-se com níveis baixos no organismo

3. TSH – tireoide

O hormônio estimulante da tireoide (TSH) é um importante fator no momento de engravidar. Ele atua em conjunto
com hormônios reprodutivos, como a progesterona, para garantir um funcionado correto dos ovários e também
atua no amadurecimento dos óvulos.

4. Prolactina

Além de desempenhar um papel importante durante a amamentação, a prolactina é um hormônio que atua
diretamente nas chances de concepção. Durante o ciclo menstrual, ela é responsável pelo hormônio que libera a
gonadotrofina (GnRH), que, por sua vez, funciona regulando a liberação dos hormônios FSH e LH.

5. Hormônio antimulleriano (AMH)

O hormônio antimulleriano é produzido pelas células da granulosa de folículos antrais e pré-antrais no ovário e os
níveis dele podem ser medidos por exame de sangue. Uma vez que ele é produzido pelos folículos em crescimento
ou com potencial de crescimento, permite acompanhar a reserva ovariana, pois indiretamente indica a quantidade e
a qualidade dos folículos ainda existentes nos ovários.
6. Inibina B

A inibina B é um hormônio produzido pelos folículos ovarianos, funcionando como um marcador da atividade


ovariana e indicando a quantidade de óvulos obtidos. Os níveis mais elevados ocorrem na fase folicular entre o 7º
e o 12º dia do ciclo menstrual, com pico durante a ovulação e queda na fase lútea.

Quando identificado níveis baixos de inibina B a mulher apresenta uma menor reserva ovariana, que pode se
responsável pelas maiores dificuldades de engravidar e, inclusive, infertilidade.

Os exames hormonais durante a investigação do diagnóstico da infertilidade feminina são muito importantes para
indicar qual a causa do problema e identificar quais os tratamentos mais apropriados considerando a causa da
infertilidade.

7. Infertilidade masculina
– E possivel utilizar a gonadorrelina pulsatil para a infertilidade em homens com hipogonadismo hipogonadotrofico
hipotalamico. Utiliza-se uma bomba portatil para a infusao intravenosa de gonadorrelina a cada 90 minutos. E preciso
determinar regularmente os niveis sericos de testosterona e efetuar uma analise do semen. Sao necessarios pelo menos
3 a 6 meses de infusao pulsatil para observar o aparecimento de um numero significativo de espermatozoides.

Conforme descrito anteriormente, o tratamento do hipogonadismo hipogonadotrofico costuma ser realizado com hCG
ou hMG ou seus equivalentes recombinantes

8. Obstetrícia

A palavra “obstetrícia” vem do latim “obstetrix” e quer dizer “ficar ao lado”, porque esse profissional acompanha a
paciente e fornece assistência, auxiliando no nascimento da criança. É a ciência da saúde e a profissão de saúde que
lida com a gravidez, o parto e o período pós-parto (incluindo os cuidados ao recém-nascido),[1] além da saúde
sexual e reprodutiva das mulheres ao longo de suas vidas.

8.1. Hipertensão induzida pela gravidez/ pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia consiste em hipertensão de início recente com proteinúria após 20 semanas de gestação. A eclâmpsia
consiste em convulsões generalizadas inexplicáveis em pacientes com pré-eclâmpsia. A pré-eclâmpsia se desenvolve
no pós-parto em 25% dos casos.
Diferencia-se a pré-eclâmpsia da hipertensão crônica e da hipertensão gestacional pela presença de proteinúria de
início recente e/ou lesão de órgão-alvo.
A pré-eclâmpsia é grave se causar disfunção significativa de órgãos (p. ex., insuficiência renal, insuficiência hepática,
edema pulmonar, sintomas visuais), mesmo na ausência de proteinúria.
A síndrome HELLP (hemólise, elevação das enzimas hepáticas, plaquetas baixas, na sigla em inglês) é uma doença
relacionada que ocorre em 10 a 20% das mulheres que têm pré-eclâmpsia com características graves ou eclâmpsia.
Avaliar e monitorar atentamente a mãe e o feto, geralmente em uma unidade hospitalar especializada, mas, às vezes, é
possível realizar monitoramento ambulatorial.
Geralmente indica-se o parto quando a gestação tem ≥ 37 semanas, mas se for diagnosticada pré-eclâmpsia com
características graves, fazer o parto na 34ª semana; se a síndrome HELLP ou eclâmpsia for diagnosticada, fazer o
parto imediatamente.
Tratar a eclâmpsia imediatamente com sulfato de magnésio para evitar a recorrência das convulsões; considerar o uso
de sulfato de magnésio para profilaxia convulsiva em mulheres com pré-eclâmpsia com características graves, mas
geralmente não naquelas com pré-eclâmpsia leve.
Se o sulfato de magnésio for administrado para profilaxia convulsiva, continuá-lo por 12 a 24 horas após o parto.
Administrar ácido acetilsalicílico em baixas doses a mulheres com certos fatores de risco entre 12 a 28 semanas de
gestação para reduzir o risco de pré-eclâmpsia, de preferência antes de 16 semanas de gestação.

A pré-eclâmpsia, definida como uma PA de 140/90 mmHg ou mais, que aparece depois de 20 semanas de gestação,
acompanhada de proteinúria de início recente (≥300 mg/24 h), pode levar a complicações potencialmente fatais tanto
para a mãe quanto para o feto. A eclâmpsia, que se refere ao início de convulsões na préeclâmpsia, é uma emergência
médica.
O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o parto, que está indicado se houver eclâmpsia iminente ou franca. Caso
contrário, o manejo consiste em restrição das atividades, repouso no leito e monitoramento rigoroso. A restrição de sal
ou outras medidas que produzam contração do volume sanguíneo devem ser evitadas. Os agentes anti-hipertensivos
são usados antes da indução do trabalho de parto se a PAD for superior a 105 mmHg, com uma meta de PAD de 95 a
105 mmHg. A hidralazina intravenosa (IV) é mais usada; o labetalol IV também é efetivo.
A hipertensão crônica é definida como uma PA elevada que foi observada antes do início da gravidez. A metildopa é
considerada o fármaco de escolha, devido à experiência com o seu uso. Os β-bloqueadores (mas não o atenolol), o
labetalol e os BCC também constituem alternativas razoáveis. Os inibidores da ECA, os BRA e o inibidor direto da
renina, o alisquireno, estão contraindicados durante a gravidez.

9. Prevenção ou interrupção do trabalho de parto prematuro

9.1. Extensão do problema e etiologia


O nascimento prematuro, definido como parto antes de 37 semanas de gestação, ocorre em mais de 10% das gestações
nos Estados Unidos e está gradativamente aumentando em frequência; está associado a complicações significativas,
como síndrome de angústia respiratória neonatal, hipertensão pulmonar e hemorragia intracraniana.
Embora incompletamente compreendido, os fatores de risco para trabalho de parto prematuro incluem gestação
multifetal, ruptura prematura das membranas, infecção intrauterina e insuficiência placentária. Quanto mais prematuro
o recém-nascido, maior o risco de complicações, justificando esforços para impedir ou interromper o trabalho de parto
prematuro.
O objetivo terapêutico no trabalho de parto prematuro é retardar o parto, de modo que a mãe possa ser transportada
para uma instituição regional especializada na assistência a recém-nascidos prematuros e com disponibilidade de
agentes de suporte para administração; esses tratamentos de suporte incluem glicocorticoides para estimular a
maturação pulmonar do feto (ver Cap. 46) e antibióticos (p. ex., eritromicina, ampicilina) para diminuir a frequência
de infecção neonatal por Streptococcus ~-hemolítico do grupo B. Em decorrência de preocupações sobre os efeitos
deletérios causados pela antibioticoterapia, é essencial que os antibióticos não sejam administrados de modo
indiscriminado a todas as mulheres com suspeita de trabalho de parto prematuro, sendo reservados para aquelas com
ruptura prematura das membranas e sinais de infecção.

9.2. Prevenção do trabalho de parto prematuro:


 O trabalho de parto que ocorre antes de 37 semanas da gravidez é considerado prematuro.
 Os bebês que nascem prematuramente podem apresentar graves problemas de saúde.
 Diagnóstico do trabalho de parto prematuro costuma ser óbvio.
 Medidas como repouso e medicamentos podem ser usadas para adiar o trabalho de parto.
 Pode também ser necessário utilizar antibióticos ou corticosteroides.
 Avaliação médica

Diagnóstico
O diagnóstico do trabalho de parto prematuro costuma ser óbvio, com base nos sinais de que o trabalho de parto
está iniciado e na duração da gravidez.

Podem ser coletadas amostras do colo do útero, da vagina e do ânus para cultura. A análise dessas amostras pode
sugerir uma infecção específica como sendo a causa do trabalho de parto prematuro.

Uma amostra de urina pode ser analisada e cultivada (colocada em condições que estimulem o crescimento de
micro-organismos) para verificar se há infecção dos rins e bexiga.

10. Tratamento do Parto Prematuro


 Às vezes, é permitido que o trabalho de parto prossiga
 Usar antibióticos até que uma infecção seja descartada
 Se for necessário adiar o trabalho de parto, repouso, líquidos, medicamentos que retardam o trabalho de parto,
antibióticos e, às vezes, corticosteroides

Se ocorrer sangramento vaginal ou se as membranas ao redor do feto se romperem, o melhor é permitir a


continuação do trabalho de parto.
Se não ocorrer sangramento vaginal e se as membranas não estiverem vazando líquido amniótico (o líquido que
envolve o feto no útero), é aconselhável que a mulher repouse e limite suas atividades o máximo possível,
preferencialmente para as sedentárias. A mulher recebe líquidos e pode receber medicamentos para desacelerar o
trabalho de parto. Essas medidas muitas vezes podem adiar o trabalho de parto por um breve período.

Medicamentos para desacelerar o trabalho de parto incluem:

 Sulfato de magnésio: Este medicamento é frequentemente administrado por via intravenosa para interromper o
trabalho de parto prematuro, especialmente se a gravidez tiver menos de 32 semanas. O sulfato de magnésio
também parece causar uma redução significativa do risco de sangramento no cérebro e dos problemas decorrentes
no desenvolvimento do cérebro do recém-nascido, como a paralisia cerebral. No entanto, se a dose for alta demais,
pode afetar as frequências cardíaca e respiratória da mulher.
 Bloqueadores dos canais de cálcio: Esses medicamentos costumam ser usados para tratar hipertensão arterial. Eles
às vezes causam dores de cabeça e pressão arterial baixa na mulher.
 Inibidores da prostaglandina: Esses medicamentos podem reduzir a quantidade de líquido amniótico
temporariamente. Eles não são usados depois da 32ª semana de gravidez porque podem causar problemas cardíacos
ao feto.
A mulher recebe antibióticos até que os resultados da cultura sejam recebidos. Se os resultados forem negativos, os
antibióticos são interrompidos.

Se o colo do útero se abrir (dilatar) mais de cinco centímetros, o trabalho de parto costuma prosseguir até o
nascimento do bebê.

Se houver rompimento das membranas entre a 24ª e a 34ª semana de gravidez, são administrados corticosteroides
para ajudar os pulmões do feto a amadurecerem, exceto se houver expectativa de que o parto ocorrerá logo. Os
médicos também consideram a administração de corticoides, em caso de ruptura das membranas

 Entre 34 e 37 semanas de gravidez, se houver o risco de parto prematuro e a mulher não tiver tomado nenhum
corticosteroide mais cedo durante a gravidez

 A partir de 23 semanas de gravidez, se houver o risco de parto prematuro dentro de 7 dias

O corticosteroide ajuda os pulmões e outros órgãos do feto a amadurecerem mais rapidamente. Ele também reduz o
risco de que, após o nascimento, o bebê tenha dificuldade de respirar (síndrome de dificuldade respiratória neonatal )
ou outros problemas relacionados à prematuridade (por exemplo, sangramento cerebral).
Mulheres que tiveram um parto prematuro possivelmente receberão uma progestina em gestações futuras. Esse
medicamento reduz o risco de outro parto prematuro. A progestina é iniciada durante o segundo trimestre e continua
a ser administrada até pouco antes do parto.
11. Terapia com progesterona
Os níveis de progesterona em algumas espécies diminuem consideravelmente em associação ao trabalho de parto, ao
passo que a administração de progesterona inibe a secreção de citocinas pró-inflamatórias e retarda o amadurecimento
do colo do útero. Assim, a progesterona e seus derivados têm sido há muito defendidos para diminuir o início do
trabalho de parto prematuro em mulheres com risco aumentado em razão de parto prematuro prévio.
Apesar de consideráveis controvérsias, estudos randomizados recentes têm despertado interesse nessa abordagem. Foi
constatado que o caproato de hidroxiprogesterona, em uma dose de 250 mg administrada semanalmente por injeção
intramuscular, reduz o parto prematuro em cerca de um terço das mulheres com parto prematuro prévio de um único
feto. A administração vaginal de progesterona (200 mg a cada noite) demonstrou reduzir o parto prematuro em
mulheres com encurtamento cervical no segundo trimestre por ultrassonografia. O papel da progesterona na prevenção
do parto prematuro em gestações múltiplas é controverso.

12. Nódulos ovarianos não cancerosos.


A maioria dos cistos e tumores não cancerosos não causa sintomas, mas alguns causam dor e sensação de peso na
pelve.

É possível que o médico detecte nódulos durante um exame pélvico, e então utilize ultrassonografia para confirmar o
diagnóstico.

Alguns cistos desaparecem sozinhos.

Cistos ou tumores podem ser removidos através de uma ou mais incisões pequenas ou mesmo uma incisão grande
no abdômen e, às vezes, o ovário afetado também precisa ser removido.

Cistos ovarianos

Cistos ovarianos são bolsas repletas de líquido que se formam dentro ou sobre um ovário. Tais cistos são
relativamente comuns. A maioria não é cancerosa (benigna) e desaparece sozinha. Cistos cancerosos costumam
ocorrer em mulheres com mais de 40 anos de idade.

Cistos funcionais
Os cistos funcionais se formam a partir das cavidades repletas de líquido (folículos) nos ovários. Cada folículo
contém um óvulo. Normalmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo libera um óvulo e então desaparece
depois que o óvulo é liberado. Contudo, se o óvulo não for liberado, o folículo pode continuar a aumentar,
formando um cisto maior.
Aproximadamente um terço das mulheres que menstruam têm cistos. Cistos funcionais raramente surgem após a
menopausa.

Há dois tipos de cistos funcionais:

 Cistos foliculares: Esses cistos se formam conforme o óvulo está se desenvolvendo no folículo.


 Cistos do corpo lúteo: Esses cistos se desenvolvem a partir da estrutura que se forma após a ruptura do folículo e
liberação do óvulo. Essa estrutura é chamada de corpo lúteo. Os cistos do corpo lúteo podem sangrar, fazendo com
que o ovário fique volumoso ou eles podem se romper. Se o cisto se romper, os líquidos escapam para os espaços
no abdômen (cavidade abdominal) e podem causar dor intensa.
A maioria dos cistos funcionais tem menos de aproximadamente 1,5 centímetros de diâmetro. Alguns medem
cinco centímetros ou mais.

Os cistos funcionais normalmente desaparecem sozinhos depois de alguns dias ou semanas.

13. Tumores benignos


Tumores de ovário não cancerosos (benignos) em geral crescem lentamente e é raro que se tornem cancerosos. Os
mais comuns incluem:

 Teratomas císticos benignos (cistos dermoides): Esses tumores normalmente se desenvolvem a partir de todas as
três camadas de tecido no embrião (denominadas de célula germinativa). Todos os órgãos se formam a partir
desses tecidos. Assim, teratomas podem conter tecidos de outras estruturas, como nervos, glândulas e pele.
 Fibromas: Esses tumores são massas sólidas formadas por tecido conjuntivo (o tecido que une as estruturas). O
crescimento dos fibromas é lento e eles costumam ter menos de sete centímetros de diâmetro. Normalmente
ocorrem apenas em um lado.
 Cistadenomas: Esses cistos repletos de líquidos se desenvolvem a partir da superfície do ovário e contêm algum
tecido das glândulas nos ovários.

13.1. Sintomas
A maioria dos cistos funcionais e dos tumores ovarianos não cancerosos não causa sintomas. Ocasionalmente, há
dor na área pélvica ou dor ocorre durante as relações sexuais.

Alguns cistos produzem hormônios que afetam os períodos menstruais. Assim, as menstruações podem ser
irregulares ou mais intensas que o normal. É possível que ocorram manchas de sangue entre as menstruações. Em
mulheres na pós-menopausa, tais cistos podem causar sangramento vaginal.

Se os cistos do corpo lúteo sangrarem, eles podem causar dor ou sensibilidade na área pélvica.

Ocasionalmente, dor abdominal intensa ocorre, porque um cisto ou massa grande causa a torção do ovário (um
distúrbio denominado torção anexial).
O acúmulo de fluido no abdômen (ascite) pode ocorrer na presença de fibromas ou câncer de ovário. A ascite pode
causar uma sensação de pressão ou peso no abdômen.

14. Diagnóstico
 Um exame pélvico
 Ultrassonografia

Às vezes, o médico detecta cistos ou tumores durante um exame pélvico de rotina. Às vezes, a suspeita do médico
toma por base os sintomas. Muitas vezes, eles são identificados quando um exame de diagnóstico por imagem (por
exemplo, ultrassonografia) é realizado por outro motivo.
Uma ultrassonografia na qual um dispositivo de ultrassom é inserido na vagina ( ultrassonografia transvaginal ) é
realizada quando for necessário confirmar o diagnóstico.
Um exame de gravidez é realizado para descartar a hipótese de gravidez, incluindo gravidez localizada fora do
útero (gravidez ectópica).
Caso os exames de imagem sugiram que o nódulo pode ser canceroso, o médico o remove e o examina ao
microscópio. Um laparoscópio inserido através de uma pequena incisão um pouco abaixo do umbigo pode ser
utilizado para examinar os ovários e remover o nódulo.
O médico pode também realizar exames de sangue para verificar a presença de substâncias chamadas de
marcadores de tumor, que podem aparecer no sangue ou aumentar quando alguns tipos de câncer estão presentes.
Esses exames de sangue podem ajudar a confirmar ou descartar a hipótese de câncer.

15. Tratamento
 Às vezes, cirurgia

Se os cistos ovarianos tiverem menos de aproximadamente cinco centímetros de diâmetro, eles normalmente
desaparecem sem tratamento. A ultrassonografia é feita periodicamente para verificar.

Se um cisto tiver mais de cinco centímetros e não desaparecer, pode ser necessário removê-lo. Se o câncer não
puder ser descartado, o ovário será removido. Se o cisto for canceroso, tanto os cistos como o ovário afetado e as
trompas de Falópio são removidos.

Os tumores benignos, tais como fibromas e cistadenomas, exigem tratamento.

Se possível, o cisto ou tumor será removido por meio de um dos procedimentos a seguir:

 Laparoscopia
 Laparotomia

A laparoscopia exige a realização de uma ou mais incisões pequenas no abdômen. Ela é feita em um hospital e
normalmente requer um anestésico geral. No entanto, a mulher talvez não precise passar a noite no hospital.
A laparotomia é parecida, mas exige a realização de uma incisão maior e uma internação de um dia para outro no
hospital.
O procedimento que será usado depende do tamanho do nódulo e se outros órgãos foram afetados.

Caso tecnicamente possível, o objetivo do médico é preservar os ovários ao remover apenas o cisto (cistectomia).

A remoção do ovário afetado (ooforectomia) é necessária no caso de:

 Fibromas ou outros tumores sólidos se o tumor não puder ser removido por cistectomia
 Cistadenomas
 Teratomas císticos maiores que 10 centímetros
 Cistos que não podem ser cirurgicamente separados do ovário
 A maioria dos cistos que ocorre em mulheres na pós-menopausa e que medem aproximadamente cinco centímetros
ou mais

16. Dor na mama (Mastalgia)


Muitas mulheres sentem dor na mama. A dor na mama pode ocorrer em uma ou ambas as mamas

16.1. Causas da dor na mama


As causas prováveis de dor na mama dependem de a dor ser sentida em um local específico ou por toda a mama.

Se a dor ocorre em uma região, ela pode ser causada por Cistos na mama

Raramente, infecções da mama, como um abscesso. Se a dor afeta a mama toda, ela pode ser causada por:

 Alterações hormonais
 Alterações fibrocísticas
 Mamas volumosas que alongam os tecidos de suporte
 Ocasionalmente, uma infecção generalizada da mama

Se a dor na mama for o único sintoma, ela não costuma ser um sinal de câncer de mama.

Alterações nos níveis dos hormônios femininos estrogênio e progesterona podem causar dor na mama. Os níveis
destes hormônios aumentam um pouco antes ou durante a menstruação e durante a gravidez. Quando esses níveis
aumentam, eles causam o aumento de tamanho das glândulas mamárias e dos dutos das mamas e fazem com que as
mamas retenham líquido. Os seios, então, ficam inchados e, às vezes, doloridos. Essa dor costuma ser sentida por toda
a mama, fazendo que elas fiquem sensíveis ao toque. A dor relacionada à menstruação pode ficar indo e voltando
durante meses ou anos. Tomar pílulas anticoncepcionais (contraceptivos orais) ou terapia hormonal depois da
menopausa também pode causar o aumento das concentrações hormonais e causar este tipo de dor ( Meher S, Duley
L, Hunter K, Askie L-2017)
16.2. Avaliação da dor na mama

Sinais de alerta
Certos sintomas e características devem receber uma atenção especial:

Dor grave, vermelhidão e inchaço

Presença de nódulo, mamilo invertido ou determinadas alterações na pele

Exames
O médico examina a mama e os tecidos ao redor dela para ver se existem anomalias, como alterações na pele, nódulos
e sensibilidade. Se não houver alterações, a dor é provavelmente devido a alterações hormonais ou mamas grandes.

Um exame de gravidez é realizado se a mulher tiver sintomas que sugerem gravidez, como atraso na menstruação e
náusea matinal. Outros exames podem ser feitos com base nos outros sintomas da mulher ( Meher S, Duley L, Hunter
K, Askie L-2017)

16.3. Tratamento da dor na mama


Dor leve na mama geralmente desaparece finalmente, mesmo sem tratamento.

Dor que ocorre durante a menstruação geralmente pode ser aliviada com paracetamol ou um anti-inflamatório não
esteroide (AINE).

Danazol (um hormônio sintético relacionado à testosterona) ou tamoxifeno (um medicamento usado para tratar o
câncer de mama) podem ser usados para dor intensa durante a menstruação. Esses medicamentos inibem a atividade
dos hormônios femininos estrogênio e progesterona, o que pode deixar as mamas inchadas e doloridas. Esses
medicamentos têm efeitos colaterais se forem tomados por bastante tempo; assim, eles normalmente são usados por
apenas um curto período.

Para dor na mama relacionada à gravidez, usar um sutiã firme e sustentador, tomar paracetamol ou ambos, podem
ajudar.

Interromper o uso de pílulas anticoncepcionais ou terapia endócrina pode ajudar a aliviar os sintomas.

O uso de óleo de prímula-da-noite, um suplemento nutritivo, pode vir a ajudar a aliviar a dor na mama relacionada à
menstruação ou à gravidez em algumas mulheres.

Se um distúrbio específico for identificado como a causa, o distúrbio será tratado. Por exemplo, se um cisto for a
causa, a drenagem do líquido do cisto geralmente alivia a dor ( Meher S, Duley L, Hunter K, Askie L-2017).

Estudo de caso
Uma mulher de 25 anos com menarca aos 13 anos e periodos menstruais regulares ate um ano atras queixa-se de
ondas de calor, ressecamento da pele e da vagina, fraqueza, sono insufi ciente e periodos menstruais escassos e
infrequentes de um ano de duracao. Ela marca uma consulta com o ginecologista, que solicita a determinacao dos
niveis plasmaticos de hormonio foliculo-estimulante e hormonio luteinizante, e ambos demonstram elevacao
moderada.
O diagnostico estabelecido e de insufi ciencia ovariana prematura, e a recomendacao e a terapia de reposicao com
estrogenio e progesterona. A absorciometria de dupla energia (DEXA) revela um escore t de densidade ossea de <
2,5 DP, isto e, osteoporose franca. Como se deve proceder a reposicao dos hormonios ovarianos defi cientes? Que
outras medidas ela deve tomar contra a osteoporose enquanto esta sendo tratada?

2 Caso clinico
Paciente de 29 anos, nuligesta, procura atendimento médico em virtude do desejo de gravidez.
Atividade sexual cerca de 2 a 3 vezes por semana, sem uso de métodos contraceptivos há 7 meses, sem sucesso em
engravidar. Ciclos menstruais regulares. Dismenorréia leve no segundo dia do ciclo. Antecedentes pessoais,
ginecológicos e familiares
Esposo de 31 anos, saudável, sem antecedentes importantes ou uso de medicações, sem filhos de outro
relacionamento.
Pergunta-se: Qual a melhor conduta neste momento?
 Devemos orientar ao casal como maximizar o potencial reprodutivo
 Devemos esclarecer ao casal que a fecundida humana é relativamente baixa e mostrar um gráfico de taxa de
gestação acumulada por tempo de tentativa
 Devemos eliminar mitos e tabus relacionados a prática reprodutiva e chance de concepção
17. Conclusão

O sistema ou aparelho reprodutor humano é constituído no sexo masculino pelos testículos, ductos genitais, glândulas
acessórias e pênis e no sexo feminino pelos ovários, dois ovidutos, útero, vagina e duas glândulas mamárias. A
endometriose é um distúrbio dependente de estrogênio que resulta de tecido endometrial ectopicamente localizado
fora da cavidade uterina fisiopatologia da endometriose é de que as células endometriais são transportadas da
cavidade uterina durante a menstruação e subsequentemente se implantam em locais ectópicos. Exame é avaliação
do aumento do fator CA125 no sangue. Contraceptivos orais tem sido um tratamento padrão de primeira escolha para
sintomas de endometriose. Os leiomiomas uterinos sao tumores benignos de musculo liso sensiveis ao estrogenio no
utero. Exame de imagem (ultrassonografia com infusão de soro fisiológico ou RM) . O tratamento com um agonista
do GnRH, durante 3 a 6 meses. Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da
bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.

Na obstetrícia, o profissional acompanha a paciente e fornece assistência, auxiliando no nascimento da criança. O


objetivo terapêutico no trabalho de parto prematuro é retardar o parto, de modo que a mãe possa ser transportada para
uma instituição regional especializada na assistência a recém-nascidos prematuros.

A avaliação do risco faz parte da rotina pré-natal. História familiar e  avaliação genética são especialmente
importantes. O risco gestacional também é avaliado durante ou logo após o parto e a qualquer momento em que os
eventos possam modificar o estado. Avaliam-se os fatores de risco sistematicamente porque cada fator presente
aumenta o risco geral.
18. BIBLIOGRAFIA
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preeclampsia: ACOG Practice Bulletin, Number 222. Obstet Gynecol 135 (6):e237–e260, 2020.
 GOODMAN e GILMAN, et all. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 13a dição. Brasil, Rio de
Janeiro, McGraw – Hill,2019.
 KATZUNG, Bertram G. TREVOR, Anthony J. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª Edição. McGraw Hill
Education. São Paulo. Brasil.2017.
 Karen Whalen, Richard Finkel, Thomas A. Panavelil. Farmacologia ilustrada; 6ª edição Porto Alegre :
Artmed, 2016.
 Ministério da Saúde. Normas para o Diagnóstico, Tratamento e Controlo da Hipertensão Arterial e
Outros Factores de Risco Cardiovasculares. Moçambique. Maputo,2011.
 CRAIG, Charles R; STITZEL, Robert E. Farmacologia Moderna com aplicações clínicas. Sexta Edição .
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  Roberge S, Nicolaides K, Demers S et al: The role of aspirin dose on the prevention of preeclampsia and
fetal growth restriction: Systematic review and meta-analysis. Am J Obstet Gynecol 216 (2):110–120.e6,
2017. doi: 10.1016/j.ajog.2016.09.076
  Meher S, Duley L, Hunter K, Askie L: Antiplatelet therapy before or after 16 weeks’ gestation for
preventing preeclampsia: An individual participant data meta-analysis. Am J Obstet Gynecol 216 (2):121–
128.e2, 2017. doi: 10.1016/j.ajog.2016.10.016

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