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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVINCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TECNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA

PRÉ PROJETO DO CURSO MÉDIO DE ENFERMAGEM

MIOMA UTERINO

Conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres que frequentam o hospital


municipal de Cacuaco sobre o perfil das mulheres com mioma uterino, no
período de Janeiro à Maio de 2023.

LUANDA, 2022
2

Conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres que frequentam o hospital municipal


de Cacuaco sobre o perfil das mulheres com mioma uterino, no período de Janeiro à
Maio de 2023.

Pré projecto apresentado ao Instituto


Técnico Privado de Saúde Ana Estrela
como um dos requisitos para a obtenção do
título de Técnico de Enfermagem.

Integrantes do grupo nº

Orientador:

Hedy Jamba Salote


Licenciado em Ciências de enfermagem
3

Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
1.1. Epidemiologias do mioma uterinas.....................................................................................6
1.2. Formulação de problema.....................................................................................................7
1.3. Justificativa..........................................................................................................................7
1.4. OBJECTIVOS DE ESTUDO...........................................................................................8
1.4.1.Objectivo Geral:.................................................................................................................8
1.4.2.Objectivos específicos:......................................................................................................8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................9
2.1. Definições dos conceitos.....................................................................................................9
2.2. Fibromioma uterino.............................................................................................................9
2.3. Etiologia.............................................................................................................................10
2.4. Fisiopatologia....................................................................................................................10
2.5. Manifestações clinica........................................................................................................12
2.6. Diagnóstico........................................................................................................................13
2.6.1.Imagiologia......................................................................................................................14
2.6.2.Ecografia pélvica transvaginal.........................................................................................14
2.6.3.Tomografia computorizada (TC).....................................................................................15
2.6.4.Ressonância magnética (RMN).......................................................................................15
2.7. Classificação......................................................................................................................16
2.8. Tratamentos.......................................................................................................................17
2.8.1.Classes de fármacos utilizados.........................................................................................17
2.8.2.Tratamento dos miomas na infertilidade..........................................................................18
2.8.2.1.Tratamento hormonal....................................................................................................18
2.8.2.2.Tratamento cirúrgico.....................................................................................................18
2.9. Cuidados de enfermagem em pacientes com miomas.......................................................20
3. METODOLÓGIA............................................................................................................21
3.1. Tipos de estudo..................................................................................................................21
3.2. Local de Estudo.................................................................................................................21
3.3. População em estudo.........................................................................................................21
3.4. Amostra.............................................................................................................................21
3.5. Critérios de inclusão..........................................................................................................21
3.6. Critérios de exclusão.........................................................................................................21
3.7. Procedimentos éticos.........................................................................................................21
3.8. Procedimentos de recolha de dados...................................................................................21
4

3.9. Processamentos de dados...................................................................................................22


3.10.Principais variáveis em estudo..........................................................................................22
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA.............................................................................23
APENDICE
ANEXO
5

1. INTRODUÇÃO
Segundo BOZZINI et al (2002), os miomas uterinos são tumores pélvicos benignos que
se desenvolvem a partir das células musculares lisas do miométrio.
FREGONESE et al (2004) sugerem que o aparecimento de miomas acontece quando
células miometriais somáticas sofrem a perda da regulação do crescimento, originando um
grupo de células monoclonais que irá compor o nódulo leiomiomatoso. Os miomas também
podem ser chamados de leiomiomas, fibromas ou fibromiomas. Pode ser um tumor único ou
vários tumores.
SOUZA (2011) diz que é um problema ginecológico frequente e benigno. Por sua vez,
também lembra que o facto de ser benigno, significa que não é um câncer. Como explica o
autor, o útero é composto por músculos e o mioma é um crescimento anormal de uma área
desta musculatura, formando uma tumoração com formato arredondado. O mioma é composto
exactamente pelo mesmo tecido do útero, sendo apenas uma lesão mais densa.
PINHEIRO et al (2011) e SAYEG et al (2010) determinaram alguns factores
epidemiológicos que têm sido relacionados com os miomas uterinos como: a etnia, factores
hereditários, reprodutivos, níveis de estrogénio, estilo de vida e factores ambientais.
MARSHALL (1998) explica que os miomas são mais comuns em mulheres multíparas,
obesas, de raça negra e com antecedentes familiares de leiomiomas. O presente trabalho teve
como objectivo levantar possíveis explicações para elucidar a ocorrência dos miomas, com
maior incidência, em mulheres com pele negra e ainda expor as dificuldades e as
complicações que os miomas trazem para a vida das mulheres.
A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) consiste na aplicação específica
de uma abordagem científica ou de solução de problemas na prática de enfermagem, servindo
de instrumento para o enfermeiro identificar os problemas de saúde e promover o cuidado de
enfermagem, de maneira ordenada e sistematizada (ALFARO-LEFEVRE, 2005).
O mioma uterino constitui uma condição benigna que pode acometer frequentemente
mulheres em idade fértil, principalmente a partir dos 30 anos, sendo relativamente raro em
mulheres jovens e na pós-menopausa. Mulheres multíparas, oferecem um risco 4 vezes maior
em comparação com mulheres multíparas, sendo o risco atenuado em 20% a 50% em
mulheres que apresentam um filho nascido vivo (BOZZINI, et al, 2002).
6

1.1. Epidemiologias do mioma uterinas


Para, FAERSTEIM (2001), os miomas uterinos (também conhecidos por leiomiomas ou
fibromas uterinos) constituem a principal indicação de histerectomia devido à mobilidade
associada. Registe-se, a título de exemplo, a realização de mais de 200.000 histerectomias e
de cerca de 42.000 miomectomia por ano, por esta patologia, nos Estados Unidos da América
(EUA).
São os tumores pélvicos sólidos benignos mais frequentes na mulher em idade
reprodutiva. Estas neoformações, habitualmente de natureza benigna, bem circunscrita e não
infiltrativas têm origem na camada muscular lisa do miométrio. Os seus constituintes são
músculo liso e matriz extracelular (colagénio, proteoglicanos e fibronectina). (FEBRASCO,
P. et al 2005).
Segundo GRIFFIN, (2005).Sugere-se que ocorram em 20-40% das mulheres em idade
reprodutiva3, contudo a sua prevalência exacta não é conhecida, sendo subestimada3. A este
propósito, vários estudos americanos referem que a presença de miomas uterinos na idade da
menopausa parece ser a regra e não a excepção. É a quinta causa mais frequente de
internamento hospitalar por causa ginecológica não relacionada com a gravidez, em mulheres
dos 15 – 44 anos. O diagnóstico anatomopatológico dos miomas aumenta linearmente com a
idade, até aproximadamente aos 50 anos.
Raros casos antes da menarca regridem tipicamente após a menopausa, na ausência de
terapêutica de substituição hormonal. Durante a gravidez não há consenso se os miomas
crescem, diminuem ou mantêm o mesmo tamanho. Postula-se que, se se verificar um aumento
das suas dimensões, este ocorre no início da gravidez, trata-se de um tema exaustivamente
estudado, contudo não se conhece com precisão a origem e o mecanismo de desenvolvimento
dos miomas uterinos. (AMANT, 2004).
7

1.2. Formulação de problema


Durante a nossa trajectória estudantil, notamos nos bancos de urgências das
maternidades de Luanda muitas mulheres em idade fértil com sinais de sangramento e dores
no baixo-ventre. Muitas delas não sabiam o que se passava. Só depois de uma observação
médica, e exames de imagiologia (ecografia pélvica) ficavam, a saber, que eram miomas
uterinos. Isto tocou-nos muito, porque muitas delas esperavam tanto por filho, com muito
orgulho. Daí surgiu-nos a seguinte pergunta:

Que conhecimentos, atitudes e práticas têm as mulheres que frequentam ao


hospital Municipal do Cacuaco sobre o perfil das mulheres com mioma uterino, no
período de Janeiro à Maio de 2023?

1.3. Justificativa
Com base neste fundamento queremos dizer que durante o nosso currículo estudantil
notamos poucas informações e publicação científica em Angola sobre o mioma uterino e as
medidas de prevenção da doença, na população de maior risco, isto é em mulheres de idade
fértil. Tendo em conta os dados alarmantes constatados na literatura e as situações
vivenciadas durante os estágios curriculares, como acima foi referido, surgiu-nos a motivação
para abordarmos o tema com a finalidade de aprofundar os conhecimentos sobre as causas e
consequências dos miomas uterino, contribuindo assim com os nossos conhecimentos técnico
científicos, através da informação, educação e comunicação.
8

1.4. OBJECTIVOS DE ESTUDO

1.4.1. Objectivo Geral:


 Descrever os conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres que frequentam o hospital
municipal de Cacuaco sobre o perfil das mulheres com mioma uterino, no de Janeiro à
Maio de 2023.

1.4.2. Objectivos específicos:


 Caracterizar as mulheres com mioma uterino quanto a idade, estado civil, habilitação
literária.
 Identificar os conhecimentos, atitudes e praticas das mulheres sobre: Mioma Uterino,
causas, Sinais e sintomas, Medidas de prevenção, Comunicação e Tratamento.
9

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Definições dos conceitos


 Risco gestacional: qualquer patologia ou condição biológica que possa prejudicar a
boa evolução da gestação, do trabalho de parto ou do puérpero;
 Útero: Órgão oco e musculoso que constitui, com as trompas e os ovários, os órgãos
genitais interno da mulher (FALCATO, 2004);
 Menstruação: Perda sanguínea via vaginal, que ocorre devido à descamação do
endotélio do útero causada pelas mudanças cíclicas dos níveis hormonais na ausência
de gravidez (RIDEEL, 2010);

2.2. Fibromioma uterino


É o tumor pélvico benigno mais frequente na mulher em idade reprodutiva, associando-
se a significativa mobilidade e constituindo a principal causa de histerectomia. E um tumor
mesenquimatoso, benigno e monoclonal, com origem nas células musculares lisas do
miométrio (AMANT, F. 2004).
Segundo (BENDA, 2001), os miomas uterinos são tumores benignos que sedes
envolvem a partir das células musculares lisas do miométrio. Eles podem ser classificados
como intramurais (localizados na camada miométrial, com menos de 50% de seu volume
protruindo na superfície serosa do útero), submucosos (localizados na camada interna do
miométrio, com projecção para a cavidade uterina), suberosos (quando possuem mais de 50%
do seu volume projectado na camada serosa do útero) e pediculados (ligados ao útero por um
pedículo).
Cerca de 80% das pacientes com miomatose são assintomáticas. Quando presentes,
porém, os principais sinais e sintomas encontrados são menorragia/ou metrorragia, como
também massa pélvica, efeitos compressivos (sintomas urinários e intestinais),dor e
infertilidade.
Já (CRAMER, 2000). Acredita-se que a menorragia decorra do aumento da superfície
intracavitária, a qual altera a contracção dos vasos endometriais durante o período menstrual,
levando ao ingurgitamento dos vasos tumorais. Já o sangramento intermenstrual
provavelmente decorre de congestão, necrose e ulceração do endométrio que circunda o
mioma.
10

Esses sintomas geralmente são associados à localização do tumor, sendo que os


intramurais e suberosos tendem a causar sintomas compressivos, dor e distorção anatómica de
órgãos adjacentes, enquanto os submucosos produzem sangramento com mais frequência.
Além disso, observou-se que esses últimos estão mais associados à disfunção
reprodutiva. A degeneração sarcomatose, é rara (0,1% dos casos). (DUEHLM, 2002).

2.3. Etiologia
A etiologia e a patogênese dos miomas permanecem como um grande enigma, vários
mecanismos pelos quais esses tumores possam causar redução da fertilidade têm sido
sugeridas:
 Alteração do contorno endométrial, interferindo na implantação;
 Aumento e deformação da cavidade uterina, podendo influir no transporte no acesso
dos espermatozóides;
 Alteração da contractilidade uterina, prejudicando a movimentação normal do esperma;
 Persistência de sangue ou coágulos intra-uterinos, dificultando a implantação;
 Distorção ou obstrução do óstiotubário;
 Anormalidades da vascularização uterina;
 Inflamação intracavitária crónica. Nenhum desses mecanismos, porém, foi comprovado
como factor etiológico de infertilidade.
Segundo FEBRASCO, (2004), ainda chamam a atenção para a possível influência de
outros factores fisiopatológicos não relacionados ao mioma em si, como alterações
endometriais, já que observaram alta taxa de abortamento mesmo após ressecção
histeroscópica impacientes com miomas submucosos.
Tem sido difícil identificar com precisão quais tipos de miomas realmente alteram a
capacidade reprodutiva, pois, muitas vezes, existem outros possíveis factores de infertilidade
associados. Uma revisão sistemática da literatura a respeito da influência de miomas e de sua
ressecção na taxa de fertilidade demonstrou que as mulheres inférteis com miomas
intracavitários têm menores taxas de gestação, implantação e parto após FIV (fertilização
vitro) do que o grupo controle (mulheres inférteis sem miomas) e do que mulheres inférteis
com miomas sem componente intracavitário. (SCHWARTZ, 2001).

2.4. Fisiopatologia
Segundo, AMANT, F. (2004). Miomas são tumores estrogénio-dependentes, podendo,
atingir um tamanho significativo sob a influência desse hormônio. Essa observação é
11

fortemente sugerida pelo facto de que eles tendem a sofrer evolução após a menopausa, assim
como sob efeito do tratamento com agonistas da Gonadotrofina.
Existem evidências de que a progesterona também exerça um papel de estímulo ao
crescimento tumoral, além de outros factores de crescimento locais. A etiologia e a
patogênese dos miomas permanecem como um grande enigma. Vários mecanismos pelos
quais esses tumores possam causar redução da fertilidade têm sido sugeridos:
 Alteração do contorno endométrial, interferindo na implantação;
 Aumento e deformação da cavidade uterina, podendo influir no transporte no acesso dos
espermatozóides;
 Alteração da contractilidade uterina, prejudicando a movimentação normal do esperma;
 Persistência de sangue ou coágulos intra-uterinos, dificultando a implantação;
 Distorção ou obstrução do óstio tubário;
 Anormalidades da vascularização uterina;
 Inflamação intracavitária crónica. Nenhum desses mecanismos, porém, foi comprovado
como factor etiológico de infertilidade.
Para, CRAMER, (2000). Ainda chamam a atenção para possível influência de outros
factores fisiopatológicos não relacionados ao mioma em si, como alterações endometriais, já
que observaram alta taxa de abortamento mesmo após ressecção histeroscópica impacientes
com miomas submucosos.
Tem sido difícil identificar com precisão quais tipos de miomas realmente alteram a
capacidade reprodutiva, pois, muitas vezes, existem outros possíveis factores de infertilidade
associados. Uma revisão sistemática da literatura a respeito da influência de miomas e de sua
ressecção na taxa de fertilidade demonstrou que as mulheres inférteis com miomas
intracavitários têm menores taxas de gestação, implantação e parto após FIV (fertilização
vitro) do que o grupo controle (mulheres inférteis sem miomas) e do que mulheres inférteis
com miomas sem componente intracavitária.
O tamanho tumoral não influenciou significativamente a redução de até 61% no volume
uterino e de até 35%no volume tumoral, com melhorados sintomas. Entretanto, no momento
em que é descontinuado o tratamento, os miomas tendem a alcançar seu tamanho inicial ou
até se tornarem maiores.
Além disso, observou-se uma perda de osso trabécular de até 6%após seis meses de
tratamento, a qual nem sempre é reversível. Dessa forma, o uso desses harmónios deve ser
considerado apenas para casos em que se deseja um alívio sintomático por um período
12

limitado de tempo, ou em casos pré-cirúrgicos, quando diminuição tumoral pode facilitar a


técnica.
Segundo FEBRASCO, (2004), porém, não encontraram diferença no grau de
dificuldade cirúrgica para ressecção de tumores diminuídos sob influência dessas drogas.
Esses autores inclusive ressaltam que a possibilidade de degeneração tumoral dos miomas,
tornando suã extirpação ainda mais difícil.
Outra situação em que essa abordagem terapêutica pode ser benéfica se trata de casos de
pacientes anémicas, devido ao risco cirúrgico de sangramento. Foi demonstrado que o uso de
análogos do GnRH, juntamente com a suplementação de ferro, aumenta significativamente os
valores de hematócrito e hemoglobina dessas pacientes, devido à melhora dos sintomas de
menos-metrorragia. Em mulheres não anémicas, todavia, não se observa tal benefício.
(BENDA, 2001).

2.5. Manifestações clinica


Algumas mulheres podem não apresentar sintomas de mioma tendo o diagnóstico feito
em exames de rotina para aqueles que apresentam sintomas os mais comuns são:
 Sangramento/ hemorragia
 Períodos menstruais prolongados sete dias ou mais de sangramento menstrual;
 Sangramento mensal atípicos, as vezes com coágulos:
 Pressão ou dor pélvica;
 Micção frequente
 Disúria
 Obstipação intestinal
 Dor durante as relações sexual
 Aborto espontâneo
 Infertilidade
 Retenção de gases
 Dores abdominais
 Infecção no trato urinário
 Aumento da intensidade das cólicas menstruais
A suspeita clínica de miomas uterinos é muitas vezes baseada num exame pélvico, no
qual é detectada a presença de um útero aumentado de volume ou de contorno irregular.
Calcula-se que causem sintomas em 20-25% das mulheres em idade reprodutiva, mas uma
inspecção cuidada revela que esta percentagem poderá atingir os 80%. Aproximadamente
13

62% das mulheres sintomáticas apresentam múltiplos sintomas. Frequentemente, são achados
ocasionais no exame pélvico ou ecográfico (VITELO, D, 2006).
Para, (RACKOW, A. 2006). Sangramento uterino excessivo ou dos pélvico ocorrência
de 20% e 50%, dos casos de 30%, apresentam –se com sangramento uterino excessivo, sendo
a menorragia o sintoma mais, frequente, o aumento do voluma do volume do útero com
frequência, promove alteração do habito intestinal ou urinário, (PARKER, 2007).

2.6. Diagnóstico
O diagnóstico diferencial pode ser considerado a três níveis distintos:
Segundo SCHWARTZ, (2001).Um diagnóstico diferencial baseado na clínica: a título
de exemplo, quando o único achado clínico é a hemorragia uterina anormal, deveremos pensar
na possibilidade de existência de uma das seguintes patologias: lesões do colo uterino (pólipo
ou neoplasia cervical), pólipo endométrial, hiperplasia ou até carcinoma endométrial,
adenomiose e finalmente, hemorragia uterina disfuncional. Álgias pélvicas crónicas/
dismenorreia podem fazer-nos suspeitar de endometriose ou adenomiose.
Quando as queixas incidem especificamente no trato urinário ou gastrointestinal e
detectamos um exame ginecológico perfeitamente inocente, deveremos excluir uma causa
primária, respectivamente, do sistema urinário ou gastrointestinal.
A apresentação macroscópica clássica, nodular e circunscrita dos miomas uterinos pode
ser reproduzida por outras lesões uterinas bastante menos frequentes: tumores epiteliais,
outros subtipos de tumores mesenquimatoso (em particular, o leiomiossarcoma), tumor
linfoide, neoplasia metastática, entre outros ainda mais raros.
Microscopicamente, os miomas uterinos são geralmente facilmente identificados pelo
anatomopatologista. No entanto, os tumores mesenquimatosos são os que, eventualmente,
podem suscitar mais dúvidas, podendo ser necessária a realização de um estudo imune-
histoquímico.
Para excluir as patologias acima citadas é fundamental atender à semiologia e realizar
um exame objectivo cuidado, complementado por exames subsidiários, sempre que
necessário. Como se referirá posteriormente, a ecografia pélvica é o exame de imagem de
primeira linha quando há suspeita clínica de miomas uterinos ou na avaliação de patologia
endométrial ou massas anexiais. Em casos seleccionados, a histerossonografia (HsoG) é útil
no diagnóstico diferencial entre miomas submucosos e pólipo endométrial. (TANAKA, Y,
2004).
14

Para, (BENDA, 2001). A biopsia endométrial é recomendada para excluir causas


endometriais e hemorragia uterina disfuncional. A urocultura, estudos uro dinâmicos e
cistoscopia podem justificar-se em caso de sintomatologia urinária. A referência ao
gastroenterologista deve realizar-se sempre que existe forte suspeita de causa gastrointestinal.
No caso de infertilidade, é fundamental excluir outras causas possíveis para além dos miomas
uterinos, uma vez que estes são infrequentemente, uma causa isolada de infertilidade.

2.6.1. Imagiologia
Segundo CRAMER, (2000) Anteriormente, a principal via de abordagem no tratamento
dos miomas uterinos era cirúrgica: a histerectomia ou miomectomia.Com o desenvolvimento
de novas armas terapêuticas menos invasivas e mais adaptadas às necessidades da mulher,
assiste-se à necessidade de definir com exactidão as características, localização e mapeamento
dos miomas.
Para atingir este objectivo, é necessário recorrer a exames de imagem, que possam, com
maior acuidade, distinguir as lesões potencialmente malignas das benignas. Conhecer as
alterações anatómicas induzidas por esta patologia é, cada vez mais, um pressuposto
essencial, de modo à optimizar a informação obtida por estes exames complementares de
diagnóstico.

2.6.2. Ecografia pélvica transvaginal


É o Gold standard da imagiologia na avaliação inicial da paciente com miomas uterinos.
É fácil de usar, é segura, tem baixo custo (comparativamente a outros exames de imagem) e
está facilmente disponível. Contudo, a sua sensibilidade é, em larga escala, operador-
dependente. Ecograficamente, os miomas surgem tipicamente como lesões nodulares sólidas
hipoecogénicas com origem na camada miométrial. Na vasta maioria dos casos, a ecografia
pélvica é suficiente na identificação e no diagnóstico diferencial entre miomas uterinos e
outras patologias pélvicas (PARKR, 2007).
A sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo do uso de sonda abdominal,
em associação com a sonda endovaginal no diagnóstico de miomas uterinos rondam os 90-
98%.A sensibilidade da ecografia aumenta com o uso de sondas com maior frequência e
diminui nos casos de úteros muito volumosos e nos que contêm múltiplos nódulos de mioma6
e também quando os miomas são pequenos ou subserosos. Não é igualmente um método
preciso para a distinção entre leiomiomas, leiomiosarcomas e adenomiose (FAURSTEIN,
2001).
15

Já VITELLO, (2006). O recurso à histerosonografia (HSoG) aumenta a sensibilidade na


detecção de miomas submucosos. Enquanto a sensibilidade e especificidade na detecção de
lesões endometriais focais são de 70% e 96%, respectivamente, quando usamos apenas
ecografia transvaginal, quando recorremos à HSoG, a sensibilidade aumenta para 90%.
Actualmente, se aceita que a HSoG é a técnica mais sensível para avaliar e orientar as
cirurgias endoscópicas dos miomas submucosos. No caso de crescimento rápido dos miomas,
a fluxometria poderá auxiliar no diagnóstico diferencial com leiomiosarcoma, embora estudos
recentes não sejam unânimes nesta afirmação.

2.6.3. Tomografia computorizada (TC)


Tem um papel muito limitado no diagnóstico de miomas uterinos. Não permite o
diagnóstico diferencial com segurança entre miomas uterinos e outras massas uterinas ou
cervicais. O achado mais frequente é o aumento do tamanho uterino ou deformidade dos seus
contornos. A presença de calcificação é o sinal mais específico, mas é encontrado em menos
de 10% dos casos. (SCHWARTS, 2001).

2.6.4. Ressonância magnética (RMN)


Segundo, BRUNNER, (2001). É o método de imagem mais fidedigno no diagnóstico,
mapeamento e caracterização dos miomas uterinos, tendo-se tornado no complemento da
ecografia em casos seleccionados, ultrapassando as suas limitações. Trabalhos bem
conduzidos afirmam que se trata de um exame menos dependente do operador, logo, mais
reprodutível.
O uso de ponderação T2 permite uma resolução de imagem necessária para detalhar a
anatomia pélvica, tornando a RMN superior à TC. Esta sequência permite distinguir três
zonas uterinas: o endométrio tem elevada intensidade de sinal; seguidamente, a zona
funcional (corresponde à camada interna de miométrio, onde existe um aumento do número
de células miometriais e uma diminuição do conteúdo de água e de matriz extracelular) surge
como uma banda com fraco sinal; a zona funcional é histologicamente indistinta do restante
miométrio, que corresponde a uma terceira zona nesta ponderação.
Os nódulos de mioma não degenerados aparecem caracteristicamente na ponderação T2
com baixa intensidade de sinal. Existe uma clara demarcação na intensidade do sinal entre o
nódulo de mioma e o restante miométrio. É útil no diagnóstico diferencial com adenomiose
focal ou difusa e hiperplasia da zona de junção, usando sequências em T1 e T2.
16

Uma das maiores preocupações é, evidentemente, distinguir condições benignas das


malignas – a celular idade e o grau das amostras colhidas são usadas pelo patologista para
distingui-las. Não tem sensibilidade para diferenciar índices metódicos aumentados; contudo,
áreas de maior celular idade podem surgir com sinal hipertenso nas ponderações. Os sarcomas
tendem a serem massas maiores e heterogéneas, com áreas de hemorragia e necrose de
coagulação. A hemorragia em focos necróticos aumenta a intensidade do sinal em sequências.
(GRIFFIN, 2005).
O componente sólido dos sarcomas está marcadamente aumentado e as margens são mal
definidas em oposição aos miomas, que apresentam uma margem bem delimitada devido à
sua pseudo-cápsula. Devido ao facto de ter um custo muito elevado, a realização deste exame
de imagem só se justificará em casos seleccionados de massas pélvicas que suscitam dúvidas
no exame ecográfico; mais de 95% dos miomas uterinos tem uma apresentação ecográfica
típica, não sendo necessária mais investigação imagiologia, especialmente em mulheres
assintomáticas. (FEBRASCO, P. 2005).

2.7. Classificação
Segundo, AMANT, (2004), os miomas podem ser únicos ou múltiplos e ser
classificados segundo a sua localização anatómica. Na literatura podemos encontrar diferentes
tipos de classificação atendendo a localização dos miomas. Quando o intuito é essencialmente
terapêutico.
Os miomas uterinos caracterizam-se de acordo com a sua localização anatómica: a
maioria surge no corpo do útero e uma minoria ao nível do colo uterino ou ligamento largo. A
localização dos miomas relativamente à camada muscular do útero determina a sua
classificação em sub - serosos intramurais ou submucosos.
Os sub – serosos: situam-se imediatamente abaixo da serosa e podem estar ligados ao
corpo uterino por uma base larga ou estreita.
Os intramurais: encontram-se predominantemente na espessura do miométrio,
podendo distorcer a cavidade uterina ou o contorno exterior do útero. Os miomas submucosos
localizados imediatamente abaixo do endométrio também se podem ligar ao restante útero por
uma base larga ou estreita. Apesar do uso alargado desta classificação, poucos miomas são de
um tipo único e, frequentemente, ocupam mais do que uma localização anatómica. A sua
degeneração maligna é rara, inferior a 1%2. Contudo, o diagnóstico de sarcoma uterino deve
ser considerado nas mulheres pós-menopáusicas com massa e dor pélvica e hemorragia
uterina anormal. (WALLACH, 2004).
17

2.8. Tratamentos
Para BRUNNER, (2005). O papel do tratamento farmacológico no plano terapêutico
dos miomas foi, durante muito tempo, pouco relevante, devido à limitada eficácia e/ou aos
efeitos adversos dos medicamentos disponíveis. Esta situação alterou-se nos últimos anos com
o desenvolvimento é comercialização de novos fármacos.
A opção por uma terapêutica médica num contexto de miomas devera ser
individualizada e ter em conta, a gravidade da sintomatologia, o tamanho e a localização das
lesões, a idade o desejo de fertilidade futura. Há ainda que ter em conta as preferências
individuais dá mulher.
No caso de miomas assintomáticos, por regra, não há razão para qualquer intervenção.
A terapêutica médica pode fazer parte de um plano pré-operatório e, nalguns casos, a cirurgia
poderá ser dispensada se a doente entrar na menopausa ou tiver controlo satisfatório da
sintomatologia.
O contributo dos novos fármacos fez redefinir os objectivos da terapêutica médica,
passando incluir, não apenas, o controlo dos sintomas, mas mesmo a redução ou até o
desaparecimento dos nódulos miomatoso. Por outro lado, assiste-se a uma tendência crescente
para evitar tratamentos cirúrgicos, sobretudo se existir o desejo de preservação anatómica e da
fertilidade.
Há, no entanto, que estar atenta às situações de falta de resposta ao tratamento medico,
bem como a alterações eventualmente detectadas em exames imagiologicos de controlo, que
possam suscitar dúvidas quanto a benignidade das lesões e actuar em conformidade. Importa
relembrar que uma das potenciais limitações do tratamento medica e a ausência de material
para diagnóstico histológico. Diversas terapêuticas, hormonais e não hormonais, têm sido
utilizadas para controlo dos sintomas relacionados com os miomas uterinos. O preço e/ou os
efeitos secundários destes tratamentos podem condicionar o seu uso (GPP) (TANAKA,Y.
2004).

2.8.1. Classes de fármacos utilizados


1. Antifibrinoliticos, Anti-inflamatórios não esteróides e Venotropicos.
2. Progestativos e Estro progestativos.
3. Inibidores da Aromatase.
4. Análogos da GnRH.
5. Moduladores Selectivos dos Receptores da Progesterona. (OMAR, R.2012).
18

2.8.2. Tratamento dos miomas na infertilidade


Para BRUNNER, (2005) O tratamento de miomas depende dos sintomas provocados e
dos objectivos terapêuticos. Ainda existem muitas controvérsias sobre qual a técnica ideal
para o tratamento das pacientes com miomas infertilidade, tanto em termos de taxas de
gestação pós-tratamento, quanto de suas complicações. No entanto, é consenso que a conduta
expectante tende a ser a melhor abordagem para mulheres com miomas assintomáticos. Várias
técnicas vêm sendo desenvolvidas e testadas para o tratamento de miomas uterinos. Abaixo,
são descritas as principais opções disponíveis actualmente.

2.8.2.1. Tratamento hormonal


Esta abordagem baseia-se no fato de que os miomas tendem a se desenvolver na
presença de estímulos estrogénio e progestínico e a diminuir sob a acção de androgénios. A
terapia progestínica, incluindo anticoncepção oral, foi proposta para diminuir o tamanho do
útero e promover atrofia endométrial, reduzindo assim, o sangramento. Entretanto, a resposta
a esse tipo de tratamento não só se mostra ineficaz, como pode resultar em crescimento
tumoral. Similarmente, mulheres tratadas com androgénios, tais como gastrónoma e danazol,
por vezes experimentam esse mesmo problema, além de efeitos colaterais significativos.
Dessa forma, nenhuma dessas opções tem recomendação actualmente. Ao longo dos últimos
dez anos, um grande número de estudos tem avaliado o emprego de análogos do GnRH no
tratamento da miomatoso (HUNAFIM, 2005).

2.8.2.2. Tratamento cirúrgico


O tratamento cirúrgico foi durante muito tempo o tratamento de eleição para os miomas
uterinos, que continuam a ser uma das principais indicações para histerectomia. Em Portugal,
apesar de esse ter registado uma diminuição do número de histerectomias por miomas (39,2%
em 2014). Estes continuam a ser a indicação principal para a realização dessa cirurgia, em
mulheres com menos de 50 anos, com valores estáveis ao longo dos últimos anos (59,3% em
2000 59,2%em 2014, p> 0,05). Actualmente continua a ser o tratamento mais eficaz e
definitivo, no entanto outras abordagens terapêuticas, nomeadamente a terapêutica medicam
com acetato de ulipristal (AUP), tem vindo a ganhar crescente importância e devem por isso
ser consideradas (DUEHLM, et al, 2002).
A histerectomia e neste contexto o tratamento com maior eficácia, sobretudo em longo
prazo, mas a miomectomia e, em casos específicos, uma abordagem terapêutica não só
possível, mas até a mais indicada.
19

A embolização das artérias uterinas (EAU), a sua laqueação e outros tratamentos como
a miolise constituem alternativas terapêuticas a considerar, embora com indicações muito
precisas e estritas, e ainda controversas. Em doentes com anemia ferro pénica e de considerar
a utilização de AUP/ agonistas GNR como preparação pré-operatória, e a sua utilização pode
permitir ou facilitar uma abordagem endoscópica, pela redução do volume dos miomas.
(BRUNNER, 2005).

 Histerectomia:
A histerectomia é um dos procedimentos cirúrgicos major mais frequentemente
realizado na pratica clinica em ginecologia, em 33,5% dos casos deve-se a miomas uterinos.
Sendo o procedimento que, com maior eficácia trata os sintomas relacionados com os miomas
uterinos, e também um procedimento cirúrgico que se associa a um período de recuperação
mais longo, a custos elevados e a uma taxa de complicações significativa.
A indicação mais importante para histerectomia e o das mulheres com miomas
sintomáticos, que não desejem preservar a fertilidade e que pretendam um tratamento
definitivo. Podem ser indicações adicionais: Mulheres pós - menopausas com miomas
assintomáticos com crescimento recente e/ou alterações imagiologias suspeitas (discutível e
sem evidencia científica que comprove o beneficio) ou Síndrome. (MAIZLIN, 2007).
Segundo, BRITO, et al (2011). Escolha da via de abordagem para a histerectomia
abdominal versus vaginal versus laparoscópica difícil definir qual a melhor via para a
realização de uma histerectomia no tratamento dos miomas. A decisão depende de vários
factores como o número e localização dos miomas, co-morbidades, experiência do cirurgião,
disponibilidade de equipamento adequado e da vontade da doente.
Numa meta-analise de estudos randomizados realizados pela Cochrane em 2009 que
compara vários parâmetros, como o tempo de retorno as actividades diárias, infecção
hipertermia pós-operatórias, tempo de internamento, tempo operatório, hemorragia intra-
operatória e lesões patogénicas do trato intestinal e urinário, para as diferentes vias de
abordagem de histerectomias realizadas por patologia ginecológica benigna, os autores
concluíram que:
 A histerectomia vaginal deve ser preferida a abdominal sempre que possível, pois.
 Apresentam melhores ou pelo menos iguais resultados em todos os parâmetros
analisados.
20

 Nas situações onde a histerectomia vaginal não e exequível a abordagem laparoscópica


associada pode evitar a necessidade de uma histerectomia abdominal, no entanto o
tempo cirúrgico aumenta de acordo com a extensão do tempo laparoscópica.

2.9. Cuidados de enfermagem em pacientes com miomas


Segundo (BRUNNER, 2005). Cuidados pré-operatórios imediatos: são aqueles
prestados ao paciente dentro das 24 horas antes da hora da cirurgia. Estes cuidados são:
 Repouso no leito;
 Dieta mole, líquida ou zero conforme o caso;
 Banho: a pele, as unhas das mãos e dos pés do paciente devem ser limpas antes da
cirurgia, para diminuir a quantidade de bactérias sobre a pele;
 Enema de limpeza: esse geralmente será administrado após refeição da noite, do dia que
antecede a cirurgia. As vezes efectuar pela manha, no caso da cirurgia marcada para a
tarde, também é prescrita uma dieta zero após a meia-noite;
 Controlo bronco-pulmonar;
 Controlo dos sinais vitais (T. P. R. TA);
 Tricotomia (retirada dos pelos na região pubiana)
 Retirar jóias, vernizes e próteses;
 Passar uma sonda vesical, nasogástrica SOS e indicado pelo médico;
 Cateterizar uma ou dois acessos venosos;
 Transporta- ló até ao bloco com o processo e toda documentação;
 Administração da pré-medicação prescrita para provocar sonolência e para diminuir as
secreções na oro faringe;
 Acompanhar o doente até ao bloco
Ainda o mesmo autor afirma que: Cuidados mediatos: são aqueles prestados aos doentes
desde quando se refere à operação de rotina de que não requer urgência.Estes são:

 Preparação do processo (prontuário) do doente com todos os dados e exames possíveis;


 Preparação psicológica;
 Repouso; Dieta conforme o caso;
 Tratamento de possíveis enfermidades que podem ser causado de risco durante e após a
operação (ex. anemia, hepatite, desidratação, etc.);
 Banho diário; Educação para saúde ao doente e a família;
 Controlo dos sinais vitais;
21

3. METODOLÓGIA

3.1. Tipos de estudo


Para a presente pesquisa, será realizado um estudo observacional descritivo, transversal,
com abordagem quantitativa.

3.2. Local de Estudo


O estudo será realizado no Hospital Municipal do Cacuaco. Situado no município do
Cacuaco em Luanda.

3.3. População em estudo


A população em estudo será constituída todas mulheres que frequentam no Hospital
Municipal do Cacuaco

3.4. Amostra
Para este estudo, a amostra será composta por 21 mulheres que visitam o Hospital
Municipal do Cacuaco de forma aleatória simples.

3.5. Critérios de inclusão


Serão incluídas no presente estudo todas as mulheres que estarão presentes no momento
da pesquisa e que aceitarão em participar da mesma.

3.6. Critérios de exclusão


Serão excluídas da pesquisa as mulheres que não apresentarão condições favoraveis de
participarem da mesma.

3.7. Procedimentos éticos


Visto que o inquérito realizado será anónimo e confidencial, será enviada uma
solicitação de autorização para a recolha de dados a Direcção Geral do Hospital. E aos
participantes serão lhes entregue um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido qual será
assinado pelos mesmos de forma livre e justa a fim de participar no estudo.

3.8. Procedimentos de recolha de dados


Os dados serão recolhidos por meio de fichas de inquérito, elaboradas com perguntas
mistas (abertas e fechadas) pelos pesquisadores.
22

3.9. Processamentos de dados


Os dados serão processados em tabelas, no aplicativo informático (Windows 7), onde
usamos os seguintes programas: Microsoft Word: Para a elaboração do trabalho; Microsoft
Excel: Para a elaboração de tabelas e o Microsoft Office PowerPoint utilizado para a
apresentação dos resultados.

3.10. Principais variáveis em estudo


 Idade, Habilitação literária, estado civil.
 Conhecimento sobre o mioma uterino,
 Causas do mioma,
 Sinais e sintomas
 Medidas de prevenção,
 Meios de comunicação e tratamento.
23

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
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leiomyosarcoma of the uterus: MR findings. J MagnResonImaging(2005).
26

APENDÍCE
27

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVÍNCIAL DA EDUCAÇÃO/ SAÚDE
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE ANA ESTRELA

PROTOCOLO DE PESQUISA DE ENFERMAGEM


FICHA DE INQUÉRITO
Conhecimentos, atitudes e práticas das mulheres que frequentam o hospital municipal
de Cacuaco sobre o perfil das mulheres com mioma uterino, no período de Janeiro à
Maio de 2023.

INQUÉRITO
O presente inquérito é anónimo e confidencial, visa recolher informações sobre os conhecimentos,
atitudes e práticas das mulheres que frequentam o hospital municipal de Cacuaco sobre o
perfil das mulheres com mioma uterino, no período de Janeiro à Maio de 2023 . Agradecemos
que responda as questões com sinceridade e marque com um (x) dentro dos quadrados a sua resposta

I-DADOS SÓCIO DEMOGRÁFICOS

1. Idade_______
2. Estado cível:
a) Casada
b) Solteira
v
c) Viúva
d) Divorciada
3. Nível de escolaridade:
a) Ensino primário
b) 1ª ciclo do ensino secundário
c) 2ª ciclo do ensino secundário
d) Bacharel
e) Licenciado
28

4. Já ouvi falar de mioma uterino?


a. Sim
b. Não
c. Talzve

5. Conheces a causa da doença?


a. Não
b. Talvez
c. Sim

6. Os sinais e sintomas da mioma uterina são:


a. Sangramento menstrual excessivo
b. Períodos menstruais com duração de mais de sete dias
c. Sensação de exuberância na região pélvica
d. Problemas para esvaziar a bexiga
e. Prisão de ventre
f. Dor na coluna ou nas pernas
g. Nenhuma C
h. Todas
C
7. Sobre as medidas de prevenção diga:
7.1. Vai as consultas genecologicas?
a) Sim
b) Não
8. Já alguma vez participou em uma palestra de aconselhamento?
a. Não
b. Sim

9. Como e feito o tratamento do mioma?


a) Tradicional
b) Medicinal
c) Desconheço

Luanda ---------------/--------2023
29

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) participante:


Somos estudante finalista do curso Técnico Médio de Enfermagem do Colégio Ana Estrela.
Estamos a realizar uma pesquisa cujo objectivo é descrever os conhecimentos, atitudes e
práticas das mulheres que frequentam o hospital municipal de Cacuaco sobre o perfil
das mulheres com mioma uterino, no período de Janeiro à Maio de 2023 . Sua
participação envolve respondendo um inquérito contendo várias questões relacionadas ao
assunto em acima referido.

A participação nesse estudo é voluntária e se o (a) senhor (a) decidir participar ou não,
tem absoluta liberdade de fazê-lo.
Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais
rigoroso sigilo. Serão emitidas todas as informações que permitam identificá-lo (a).
Mesmo não tendo benefícios directos por participar, indirectamente você estará a
contribuir para a compreensão do fenómeno estudado e para a produção de conhecimentos
científicos.

Declaro que após ter recebido e entendido os esclarecimentos, aceite participar no estudo.

ENTREVISTADOR/A ENTREVISTADO/A

Luanda aos __________ de __________________ de 2023


30

ANEXO

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