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1.Introdução......................................................................................................................................2
2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA.....................................3
2.1.Conceito de Psicologia...............................................................................................................3
2.2.Breve Historia da Psicologia......................................................................................................4
2.4.Teorias da Aprendizagem na psicologia e Processo Ensino Aprendizagem.............................6
2.5.O papel da Psicologia da Educação............................................................................................8
2.6. Contribuição da Psicologia para o educador.............................................................................9
2.6.1. Na compreensão nas etapas de desenvolvimento humana.....................................................9
2.6.2.Entende os métodos eficazes de ensino no PEA.....................................................................9
2.6.3.Conhecer os estudantes e as seu Ego.....................................................................................10
2.6.4.Entender os princípios de avaliação......................................................................................10
2.6.5. Gerir conflitos em sala de aula.............................................................................................11
2.6.7.Estimula o interesse em ensinar e aprender...........................................................................11
2.7. A psicologia na formação do educador...................................................................................11
Conclusão.......................................................................................................................................13
Bibliografia.....................................................................................................................................14
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1.Introdução
A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da Educação, pois praticamente
todo comportamento e todo conhecimento humanos são aprendidos. O aprender consiste na
modificação do comportamento do individuo, mas na se dá somente pela mudança natural do
organismo humano ou pela sua maturação e sim através de uma nova experiência. Existem
diferentes modos de aprender, tais como: condicionamento o estimulo evoca a resposta; ensaio e
erro eliminação de erros até se alcançar a resposta correta e discernimento consiste na percepção
da situação; e o que a configura e assim encontrar a solução
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2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA
2.1.Conceito de Psicologia
Não é fácil dar uma definição completa, antes de qualquer coisa o objecto de estudo da psicologia
é o homem. Como se sabe, o homem, na expressão grega é um microcosmo e por isso não pode
ser abrangido em sua totalidade. Esta ciência deve contentar-se em estudar como um ser que
reage ao meio, que percebe e se comporta em decorrência destas percepções; impelido para agir
deste ou daquele modo, seus motivos podem estar claros ou ocultos. Como ser vibrátil emociona-
se, cria, e se constrói, através de experiências, chegando a ser o que é, de modo diferente de
qualquer outro. Ao estudar o comportamento não quer dizer que a Psicologia despreze o estudo
da mente e seus processos. Ainda segundo Teles (1987) nem tudo está claro no conhecimento do
homem, sobre seu comportamento, seus motivos, seus anseios, suas angústias, temores e
esperanças. Seu comportamento e sua mente não se esgotam com pesquisas científicas.
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2.2.Breve Historia da Psicologia
Portanto, etimologicamente, psicologia significa “estudo da alma”. O filósofo grego Platão (427-
347 a.C.), discípulo de Sócrates, postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do
corpo; por outro lado, Aristóteles (384-322 a.C.),discípulo de Platão, afirmava a mortalidade da
alma e sua relação de pertencimento ao corpo. E foram esses filósofos que influenciaram Santo
Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274) já na época da era cristã.
Mas é na Renascença, com o filósofo René Descartes (1596-1659) que é postulada a separação
entre mente e corpo, o que permitirá o avanço da ciência com o estudo do corpo humano morto.
No século 19, com o crescimento da nova ordem económica: o capitalismo, faz-se necessário
ainda mais o avanço da ciência, que deve dar respostas e soluções práticas no campo da técnica.
Em meados desse século, os problemas e temas da Psicologia até então estudados por filósofos,
passam a ser também investigados pelas especialidades da Medicina: Fisiologia, Neuroanatomia
e Neurofisiologia, o que, aos poucos, vai lhe dando o status de ciência. A psicologia científica
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nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século XIX, wilhelm Wundt (1832-1926)
preconiza a Psicologia "sem alma". O conhecimento tido como científico passa então a ser aquele
produzido em laboratórios, com o uso de instrumentos de observação e medição. Embora
a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos
queela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avançoeconômico que
colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que se constituem três
escolas Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo substituídas, no século 20, por novas
teorias. (Bock, 2001)
As crianças estão em constante evolução. Esta se dá através da relação dos pequenos com a
família e com a escola. É através dos órgãos dos sentidos - visão, paladar, tato, olfacto e audição
que a criança percebe e se relaciona com o mundo. É assim que ela age sobre o mundo; esta
acção se transforma na medida em que ela controla e entende mais seu próprio corpo. Esse é o
processo de aprendizagem, que leva a uma mudança do comportamento infantil para integrar
cada vez mais a criança em seu meio social (lar e escola).
Quando a criança começa a estudar, ela já sabe falar. A fala é adquirida naturalmente, geralmente
no ambiente familiar. A psicologia ajuda pais e filhos a compreenderem melhor de que forma as
crianças adquirem conhecimento, de que forma interagem com seus colegas de classe durante as
aulas e na hora do intervalo, e qual a importância destes factores para o desenvolvimento infantil.
A psicologia visa o desenvolvimento pleno da criança em sua relação com a família e com a
escola.
A aprendizagem é um processo activo em que a criança se relaciona com o que ela está
aprendendo e assim vai descobrindo o mundo e construindo a sua própria identidade. Sendo
assim, a psicologia pode ajudar pais e filhos a conhecerem melhor as estratégias de aprendizagem
e os hábitos de estudo infantil. Isto ajuda a melhorar o aprendizado dos alunos, eliminando
justamente as dificuldades de aprendizagem.
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A importância da psicologia na formação de professores’’, tem como objectivo realizar uma
análise sobre a importância e as diversas formas que a psicologia da educação tem a função de
actuar e orienta a prática docente. Têm sido uma das disciplinas obrigatórias nos cursos de
formação de professores.
Numa perspectiva mais ampla, poder-se tratar a Psicologia Escolar e Educacional por algumas de
suas articulações mais antigas.
Jean Piaget (1896-1980), Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934) têm sido considerados os
representantes mais eminentes de um grupo de teóricos que procuram explicar a aprendizagem e
o conhecimento humano dentro de uma linha histórica na qual o sujeito e o objecto interagem em
um processo que resulta na construção e reconstrução das estruturas cognitivas. Sendo assim,
esses teóricos foram denominados de teóricos interacionistas.
Com base em Piaget, para Coutinho e Moreira (1998), “a criança (sujeito) constitui com o meio
(objecto) uma totalidade”; quando esse meio é a escola, o processo de ensino-aprendizagem deve
propiciar à criança a capacidade de desenvolver seu conhecimento cognitivo e afectivo, em que
suas demais aptidões para cada tipo de disciplina específica presente no sistema de ensino e suas
fases e processos pedagógicos surtam efeitos para que tenha uma boa formação.
Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade como
unidade afectiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na
sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que
fornecem ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; a sua interacção com o mundo
biológico não depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais
complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.
Segundo Vygotsky (1998 cit in Netto, e Costa, 2017), a aprendizagem sempre inclui relações
entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de
nós que vai se actualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um
processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contacto com a cultura produzida
pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.
Por outro lado Ribeiro (1995 cit in Sordi, e Regina, 2003), o processo ensino/aprendizagem em
contexto escolar, ganha pois em ser concebido e organizado no quadro global da educação
enquanto processo permanente ao longo da vida, que não se circunscreve a um tempo
determinado nem a um espaço privilegiado mas abarca todo o espectro da vida individual e
social. Nesta linha de ideia iremos discorrer sobre o significado dos dois termos que o compõe.
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Altet (2000). acrescenta que a ideia de ensinar a aprender numa dinâmica interactiva para levar
ao sucesso, em que o efeito-professor tem, a par de outros, uma importância fundamental na
articulação do processo ensino/aprendizagem.” A aprendizagem é fundamentalmente um
processo individual, onde cada pessoa se movimenta com níveis de realização unicamente seus.
Já Arénila et al (2000), define a “ aprendizagem como o período durante o qual uma
pessoa aprende um novo saber para si e o processo pelo qual este novo saber se adquire”.
Conclui-se que a aprendizagem pode ser entendida como um processo de assimilação que
acontece dentro da pessoa, e conduz á transformação e mudanças de comportamento
provocado pelos factores de ordem intrínseco e extrínseco. O ensino/aprendizagem constitui
um processo inter-relacionado envolvendo vários intervenientes da comunidade
educativa. O Processo de ensino/aprendizagem “é um sistema que termina num projecto
pedagógico com objectivos que o professor, a partir da sua planificação, tenta realizar com os
seus alunos na sala de aula, por meio de uma série de sucessivas adaptações”
Muito criticada durante a década de 50 por abranger todos os aspectos e problemas atrelados ao
processo educacional, à psicologia da educação vêm demonstrando a sua importância e
contribuição para a melhor interacção com alunos de diversos grupos e para a melhor capacitação
de professores.
Propõe uma análise multidisciplinar dos fenómenos que envolvem a educação e objectiva estudar
a aprendizagem, medida de diferenças individuais, crescimento e desenvolvimento humano e os
factores que incidem sobre o mesmo.
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“ ensino é a transmissão ou apresentação de certas orientações por parte de alguém, no caso, um
professor, que facilita a aprendizagem do aluno. A aprendizagem envolve três processos:
aquisição de uma nova informação, incorporação desta na experiência da pessoa e avaliação ou
emprego desta informação na vida prática."
Quando aplicada no âmbito escolar, ela ajuda tanto os professores quanto os alunos dos mais
diversos modos. Nesse sentido, a importância da disciplina para o educador é pelo facto de
contribuir:
A vida humana passa por diferentes estágios de desenvolvimento, que vão desde o momento do
nascimento até que se atinja a idade adulta sendo que, entre esse período, estão a infância e a
adolescência. Além disso, para cada uma dessas fases, existem padrões de comportamento
característicos. Por isso educador deve saber identificar tudo isso, com base nos princípios da
Psicologia da Educação, é fundamental. Dessa forma, o educador pode entender quais são os
métodos mais adequados para o desenvolvimento do aprendizado, a depender de qual estágio se
encontra o educando. (Bock, 2001)
Conhecer o aluno é algo fundamental para o bom desenvolvimento da aprendizagem, uma vez
que ele é o factor-chave desse processo. É aí que entra a Psicologia da Educação, que ajuda na
compreensão geral do educando, ao levantar questionamentos como: Em qual estágio ele se
encontra em seu desenvolvimento intelectual, físico, emocional e social; Quais são os seus
interesses; quais são as suas habilidades adquiridas ou inatas.
Há também aqueles aspectos pessoais do aluno que, muito comumente, são deixados de lado no
ambiente educacional. A Psicologia entende que esses são factores que interferem (e muito) no
processo de ensino e aprendizagem. Assim, essa ciência busca entender como o aluno se
comporta em grupo, como está a sua saúde mental e quais são os seus desejos.
Interferências negativas quanto à saúde mental do aluno podem ser responsáveis pela falta de
eficácia no processo de aprendizagem. Nesse sentido, é papel da Psicologia Educacional fazer
com que o professor esteja apto a reconhecer o que está acontecendo, ou seja, quais componentes
podem contribuir para determinado estado mental.
Fornecendo essa visão ao educador, ele não só conseguirá sugerir o procedimento mais adequado
para cada caso, como também estará preparado para lidar com a situação de maneira mais eficaz.
Avaliar o nível de aprendizado do aluno é um processo inerente às práticas de ensino. Por meio
de ferramentas e métodos de avaliação, é possível identificar as limitações do educando, assim
como reconhecer e aprovar seus pontos fortes.
O educador precisa ter em mente que, por reunir pessoas dos mais diferentes contextos e com as
mais diversas opiniões, a sala de aula é um lugar onde podem surgir inúmeros problemas e
conflitos, tensões éticas, brigas, pressão dos colegas, entre outros.
A Psicologia fornece ao educador ferramentas para auxiliar os alunos a lidar melhor com essas e
outras situações, instruindo-os com o que for necessário para superar o problema. Isso ocorre
porque são estudadas na disciplina as características dos potenciais problemas em sala de aula, o
comportamento dos alunos e os ajustes necessários para reverter a situação.
A Psicologia também fornece respaldo ao educador para atrair a atenção do educando de modo
positivo. Por meio de estratégias educativas criativas, é possível inspirar os alunos e suscitar a
vontade de aprender e, por que não, o interesse em ensinar.
O aluno não precisa enxergar os estudos como um processo tedioso ou desgastante. Isso pode ser
feito de maneira mais leve e interactiva, inclusive com actividades que envolvem troca de papéis.
Dessa forma, o educando adquire mais participação activa em sua aprendizagem, desenvolve
autodisciplina e passa a perceber o papel do educador com outro olhar.( Bock, 2001)
Em cada idade, são utilizados diferentes métodos e instrumentos para incentivar o aluno a ser
protagonista de seu aprendizado. Os mais jovens são motivados com jogos e actividades lúdicas,
enquanto os mais velhos apreciam competições e até debates.
Sobre a temática, Severino (1996) diz que a Psicologia da Educação possibilita ao educador
maior eficácia em seu trabalho de interacção com as pessoas, contribuindo também para a
“compreensão dos modos de ser dos sujeitos educandos e do modo de desenvolvimento de sua
sensibilidade, tanto cognitiva quanto afectiva”. Isto é, o autor defende a necessidade da disciplina
nos cursos de formação do magistério. No entanto, acrescenta que tal inclusão não visa formar o
especialista em psicologia, mas, sim, desenvolver no profissional a sensibilidade aos processos
psíquicos. Estes são as mediações, tanto no ensino como na aprendizagem, imprescindíveis para
que educandos e educadores construam sua autonomia, seu autoconceito, a percepção do valor de
si e dos outros, a formação de sua identidade, apropriem-se do saber acumulado e desenvolvam
suas funções psíquicas.
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Conclusão
Concluí se, portanto, que a discussão sobre as disciplinas que compõem a grade curricular do
curso de graduação em pedagogia, é fundamental e imprescindível, uma vez que é de extrema
relevância que o professor conheça as especificidades que envolvem o desenvolvimento da
criança para que possa exercer melhor a sua profissão, promovendo a formação de indivíduos
autónomos.
O conhecimento adquirido pelo aluno na disciplina Psicologia da Educação facilita para que o
professor conheça melhor e aprofunde os conhecimentos psicológicos envolvidos nos fenómenos
educativos presentes no cotidiano escolar, e que requerem do professor a capacidade de aplicação
dos mesmos aos desafios reais que encontra em sua prática de sala de aula.
Uma vez que o professor tem um amplo domínio das capacidades e necessidades de seus alunos,
consegue favorecer um ensino de melhor qualidade, o qual por se tratar também de uma prática
social, necessita da Psicologia da Educação para uma melhor interpretação da realidade e, para a
tomada de decisões coerentes com a situação apresentada levando em consideração o indivíduo,
seu contexto de vida, suas necessidades e capacidades diante de suas vivências escolares, o que
consequentemente resulta em um trabalho efectivo e significativo.
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Bibliografia
Bock, Ana Mercês Bahia; et all (2008) Psicologia da aprendizagem. In: Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva,
Tardif, Maurice. (2007) Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes,.
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