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Índice

1.Introdução......................................................................................................................................2
2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA.....................................3
2.1.Conceito de Psicologia...............................................................................................................3
2.2.Breve Historia da Psicologia......................................................................................................4
2.4.Teorias da Aprendizagem na psicologia e Processo Ensino Aprendizagem.............................6
2.5.O papel da Psicologia da Educação............................................................................................8
2.6. Contribuição da Psicologia para o educador.............................................................................9
2.6.1. Na compreensão nas etapas de desenvolvimento humana.....................................................9
2.6.2.Entende os métodos eficazes de ensino no PEA.....................................................................9
2.6.3.Conhecer os estudantes e as seu Ego.....................................................................................10
2.6.4.Entender os princípios de avaliação......................................................................................10
2.6.5. Gerir conflitos em sala de aula.............................................................................................11
2.6.7.Estimula o interesse em ensinar e aprender...........................................................................11
2.7. A psicologia na formação do educador...................................................................................11
Conclusão.......................................................................................................................................13
Bibliografia.....................................................................................................................................14

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1.Introdução

A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da Educação, pois praticamente
todo comportamento e todo conhecimento humanos são aprendidos. O aprender consiste na
modificação do comportamento do individuo, mas na se dá somente pela mudança natural do
organismo humano ou pela sua maturação e sim através de uma nova experiência. Existem
diferentes modos de aprender, tais como: condicionamento o estimulo evoca a resposta; ensaio e
erro eliminação de erros até se alcançar a resposta correta e discernimento consiste na percepção
da situação; e o que a configura e assim encontrar a solução

O objectivo do trabalho ee de conhecer a importância da psicologia para o educador e o PEA.


Quanto a metodologia dizer para concretização do presente trabalho recorreu-se a consulta de
livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na internet, técnica de resumo e
digitação, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de trazer o essencial e melhorar o
desenvolvimento científico do trabalho. Esse método é uma revisão do estado da arte do tema, o
qual permite identificar como e onde eles estão disponíveis, no âmbito académico-científico.

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2.IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA O EDUCADOR E O PEA

2.1.Conceito de Psicologia

A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o


comportamento humano. Deriva-se das palavras gregas: psiquê que significa “alma” e logia que
significa “estudo de”. O comportamento e a experiência do homem observado e descrito pelos
filósofos gregos eram vistos como resultado das manifestações da alma.

A psicologia é o estudo científico da mente e do comportamento. O estudo dessa área é


multifacetado e inclui sub-campos, como áreas de desenvolvimento humano, esportes, saúde,
comportamento clínico, social e processos cognitivos. A palavra “psicologia” vem do Grego
antigo psyque, que significa “mente”, e logos, que significa “conhecimento ou estudo”. Como ela
é uma ciência, tenta investigar as causas do comportamento.  Consequentemente, usa
procedimentos sistemáticos e objectivos de observação, medição e análise, apoiados por
interpretações teóricas, generalizações, explicações e previsões.

Não é fácil dar uma definição completa, antes de qualquer coisa o objecto de estudo da psicologia
é o homem. Como se sabe, o homem, na expressão grega é um microcosmo e por isso não pode
ser abrangido em sua totalidade. Esta ciência deve contentar-se em estudar como um ser que
reage ao meio, que percebe e se comporta em decorrência destas percepções; impelido para agir
deste ou daquele modo, seus motivos podem estar claros ou ocultos. Como ser vibrátil emociona-
se, cria, e se constrói, através de experiências, chegando a ser o que é, de modo diferente de
qualquer outro. Ao estudar o comportamento não quer dizer que a Psicologia despreze o estudo
da mente e seus processos. Ainda segundo Teles (1987) nem tudo está claro no conhecimento do
homem, sobre seu comportamento, seus motivos, seus anseios, suas angústias, temores e
esperanças. Seu comportamento e sua mente não se esgotam com pesquisas científicas.

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2.2.Breve Historia da Psicologia

Para compreender a diversidade com que a Psicologia se apresenta hoje, é indispensável


recuperar sua história. A história de sua construção está ligada, em cada momento histórico, às
exigências de conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento humano e aos
novos desafios colocados pela realidade económica e social e pela insaciável necessidade do
homem de compreender a si mesmo. É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de
sistematizar uma Psicologia. O próprio termo vem do grego psyque, que significa alma, e de
logos , que significa razão.

Portanto, etimologicamente, psicologia significa “estudo da alma”. O filósofo grego Platão (427-
347 a.C.), discípulo de Sócrates, postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do
corpo; por outro lado, Aristóteles (384-322 a.C.),discípulo de Platão, afirmava a mortalidade da
alma e sua relação de pertencimento ao corpo. E foram esses filósofos que influenciaram Santo
Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274) já na época da era cristã.

Falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que, ao lado do


poder económico e político, a Igreja Católica também monopolizava o saber e,
consequentemente, o estudo do psiquismo. Santo Agostinho também fazia a cisão entre alma e
corpo, mas considerava a alma uma prova de manifestação divina no homem. São Tomás de
Aquino - vivendo num período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, o aparecimento do
Protestantismo e numa época que se preparava para transição para o capitalismo - considera que o
homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência, afirmando que a busca de
perfeição pelo homem seria a busca de Deus.

Mas é na Renascença, com o filósofo René Descartes (1596-1659) que é postulada a separação
entre mente e corpo, o que permitirá o avanço da ciência com o estudo do corpo humano morto.
No século 19, com o crescimento da nova ordem económica: o capitalismo, faz-se necessário
ainda mais o avanço da ciência, que deve dar respostas e soluções práticas no campo da técnica.
Em meados desse século, os problemas e temas da Psicologia até então estudados por filósofos,
passam a ser também investigados pelas especialidades da Medicina: Fisiologia, Neuroanatomia
e Neurofisiologia, o que, aos poucos, vai lhe dando o status de ciência. A psicologia científica
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nasce quando, de acordo com os padrões de ciência do século XIX, wilhelm Wundt (1832-1926)
preconiza a Psicologia "sem alma". O conhecimento tido como científico passa então a ser aquele
produzido em laboratórios, com o uso de instrumentos de observação e medição. Embora
a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos
queela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avançoeconômico que
colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que se constituem três
escolas Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo substituídas, no século 20, por novas
teorias. (Bock, 2001)

2.3.A importância da Psicologia na Formação de Professores

As crianças estão em constante evolução. Esta se dá através da relação dos pequenos com a
família e com a escola. É através dos órgãos dos sentidos - visão, paladar, tato, olfacto e audição
que a criança percebe e se relaciona com o mundo. É assim que ela age sobre o mundo; esta
acção se transforma na medida em que ela controla e entende mais seu próprio corpo. Esse é o
processo de aprendizagem, que leva a uma mudança do comportamento infantil para integrar
cada vez mais a criança em seu meio social (lar e escola).

Quando a criança começa a estudar, ela já sabe falar. A fala é adquirida naturalmente, geralmente
no ambiente familiar. A psicologia ajuda pais e filhos a compreenderem melhor de que forma as
crianças adquirem conhecimento, de que forma interagem com seus colegas de classe durante as
aulas e na hora do intervalo, e qual a importância destes factores para o desenvolvimento infantil.
A psicologia visa o desenvolvimento pleno da criança em sua relação com a família e com a
escola.

A aprendizagem é um processo activo em que a criança se relaciona com o que ela está
aprendendo e assim vai descobrindo o mundo e construindo a sua própria identidade. Sendo
assim, a psicologia pode ajudar pais e filhos a conhecerem melhor as estratégias de aprendizagem
e os hábitos de estudo infantil. Isto ajuda a melhorar o aprendizado dos alunos, eliminando
justamente as dificuldades de aprendizagem.

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A importância da psicologia na formação de professores’’, tem como objectivo realizar uma
análise sobre a importância e as diversas formas que a psicologia da educação tem a função de
actuar e orienta a prática docente. Têm sido uma das disciplinas obrigatórias nos cursos de
formação de professores.

Por estudar como ocorre o desenvolvimento humano e o processo de ensino e aprendizagem,


atribui-se grande importância a essa área da psicologia, que está directamente ligada à educação e
à prática docente . É fundamental que o professor conheça as condições biológicas, cognitivas,
psicológicas, afectivas, e sociais, de seus alunos, a fim de perceber como deve prosseguir no
ensino e na convivência com os mesmos.

Numa perspectiva mais ampla, poder-se tratar a Psicologia Escolar e Educacional por algumas de
suas articulações mais antigas.

2.4.Teorias da Aprendizagem na psicologia e Processo Ensino Aprendizagem

A obra escrita por Rudolf Goclenius (1547-1628), professor da Universidade de Marburgo na


Alemanha e que ficou muito conhecido na época por suas contribuições à terminologia filosófica.
Logo de início, a história da Psicologia irá se confundir com a história da Filosofia até meados do
século XIX.

A Psicologia se constitui num ramo de conhecimento definido, através de um objecto de estudo


delimitado em que busca compreender os processos mentais, os sentimentos, a razão, o in-
consciente, as actividades psíquicas e o comportamento humano e animal.

Jean Piaget (1896-1980), Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934) têm sido considerados os
representantes mais eminentes de um grupo de teóricos que procuram explicar a aprendizagem e
o conhecimento humano dentro de uma linha histórica na qual o sujeito e o objecto interagem em
um processo que resulta na construção e reconstrução das estruturas cognitivas. Sendo assim,
esses teóricos foram denominados de teóricos interacionistas.

As Teorias da Aprendizagem são modelos teóricos desenvolvidos cientificamente para explicar


como ocorrem os processos de ensino-aprendizagem no transcorrer da história da Psicologia do
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Desenvolvimento Humano e da Psicologia da Educação, buscando dar respostas às perguntas e
indagações surgidas nas instituições de ensino.
Para Piaget (1999 cit in Netto, e Costa, 2017), no Construtivismo a aprendizagem só ocorre
mediante a consolidação das estruturas de pensamento, portanto a aprendizagem sempre se dá
após a consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um estágio para
outro da criança estaria dependente da consolidação e superação do estágio anterior. Sendo assim,
a aprendizagem em si nada mais é do que a substituição de uma resposta generalizada por outra
mais complexa.

Com base em Piaget, para Coutinho e Moreira (1998), “a criança (sujeito) constitui com o meio
(objecto) uma totalidade”; quando esse meio é a escola, o processo de ensino-aprendizagem deve
propiciar à criança a capacidade de desenvolver seu conhecimento cognitivo e afectivo, em que
suas demais aptidões para cada tipo de disciplina específica presente no sistema de ensino e suas
fases e processos pedagógicos surtam efeitos para que tenha uma boa formação.
Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade como
unidade afectiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na
sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que
fornecem ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; a sua interacção com o mundo
biológico não depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais
complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.

Segundo Vygotsky (1998 cit in Netto, e Costa, 2017), a aprendizagem sempre inclui relações
entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de
nós que vai se actualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um
processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contacto com a cultura produzida
pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

Por outro lado Ribeiro (1995 cit in Sordi, e Regina, 2003), o processo ensino/aprendizagem em
contexto escolar, ganha pois em ser concebido e organizado no quadro global da educação
enquanto processo permanente ao longo da vida, que não se circunscreve a um tempo
determinado nem a um espaço privilegiado mas abarca todo o espectro da vida individual e
social. Nesta linha de ideia iremos discorrer sobre o significado dos dois termos que o compõe.
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Altet (2000). acrescenta que a ideia de ensinar a aprender numa dinâmica interactiva para levar
ao sucesso, em que o efeito-professor tem, a par de outros, uma importância fundamental na
articulação do processo ensino/aprendizagem.” A aprendizagem é fundamentalmente um
processo individual, onde cada pessoa se movimenta com níveis de realização unicamente seus.
Já Arénila et al (2000), define a “ aprendizagem como o período durante o qual uma
pessoa aprende um novo saber para si e o processo pelo qual este novo saber se adquire”.
Conclui-se que a aprendizagem pode ser entendida como um processo de assimilação que
acontece dentro da pessoa, e conduz á transformação e mudanças de comportamento
provocado pelos factores de ordem intrínseco e extrínseco. O ensino/aprendizagem constitui
um processo inter-relacionado envolvendo vários intervenientes da comunidade
educativa. O Processo de ensino/aprendizagem “é um sistema que termina num projecto
pedagógico com objectivos que o professor, a partir da sua planificação, tenta realizar com os
seus alunos na sala de aula, por meio de uma série de sucessivas adaptações”

2.5.O papel da Psicologia da Educação

Muito criticada durante a década de 50 por abranger todos os aspectos e problemas atrelados ao
processo educacional, à psicologia da educação vêm demonstrando a sua importância e
contribuição para a melhor interacção com alunos de diversos grupos e para a melhor capacitação
de professores.

Propõe uma análise multidisciplinar dos fenómenos que envolvem a educação e objectiva estudar
a aprendizagem, medida de diferenças individuais, crescimento e desenvolvimento humano e os
factores que incidem sobre o mesmo.

A psicologia da educação tem um papel respeitável no que se trata de aprimoramento de


professores e profissionais da educação, alem de auxiliar na busca de solução de problemas que
envolvam o aprendiz, devendo descobrir o que ocasiona a dificuldade de aprendizado para que se
possa evitá-lo e resolver o problema.

Antes de decorrermos sobre aprendizagem devemos diferenciara-la de ensino, segundo


Teles(1990):

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“ ensino é a transmissão ou apresentação de certas orientações por parte de alguém, no caso, um
professor, que facilita a aprendizagem do aluno. A aprendizagem envolve três processos:
aquisição de uma nova informação, incorporação desta na experiência da pessoa e avaliação ou
emprego desta informação na vida prática."

O aprender consiste na modificação do comportamento do individuo, mas na se dá somente pela


mudança natural do organismo humano ou pela sua maturação e sim através de uma nova
experiência. Existem diferentes modos de aprender, tais como: condicionamento o estimulo
evoca a resposta; ensaio e erro eliminação de erros até se alcançar a resposta correta e
discernimento consiste na percepção da situação; e o que a configura e assim encontrar a solução
ou resposta. solução ou resposta.

2.6. Contribuição da Psicologia para o educador

Quando aplicada no âmbito escolar, ela ajuda tanto os professores quanto os alunos dos mais
diversos modos. Nesse sentido, a importância da disciplina para o educador é pelo facto de
contribuir:

2.6.1. Na compreensão nas etapas de desenvolvimento humana

A vida humana passa por diferentes estágios de desenvolvimento, que vão desde o momento do
nascimento até que se atinja a idade adulta sendo que, entre esse período, estão a infância e a
adolescência. Além disso, para cada uma dessas fases, existem padrões de comportamento
característicos. Por isso educador deve saber identificar tudo isso, com base nos princípios da
Psicologia da Educação, é fundamental. Dessa forma, o educador pode entender quais são os
métodos mais adequados para o desenvolvimento do aprendizado, a depender de qual estágio se
encontra o educando. (Bock, 2001)

2.6.2.Entende os métodos eficazes de ensino no PEA

Segundo a Psicologia da Educação, existem algumas técnicas e abordagens que,


comprovadamente, fazem toda a diferença para o processo de ensino e aprendizagem. Tendo em
mente essas informações, o educador pode inserir no cotidiano escolar alguns desses princípios
em benefício de seus alunos. Como a dinâmica em sala de aula bem como os jogos e brincadeiras
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voltadas para a educação são bastante relevantes para facilitar a aprendizagem. Isso porque esses
recursos são capazes de fazer com que os alunos (sobretudo crianças) absorvam o conteúdo
ensinado de uma maneira divertida, porém saudável e eficaz. (Bock, 2001)

2.6.3.Conhecer os estudantes e as seu Ego

Conhecer o aluno é algo fundamental para o bom desenvolvimento da aprendizagem, uma vez
que ele é o factor-chave desse processo. É aí que entra a Psicologia da Educação, que ajuda na
compreensão geral do educando, ao levantar questionamentos como:  Em qual estágio ele se
encontra em seu desenvolvimento intelectual, físico, emocional e social; Quais são os seus
interesses; quais são as suas habilidades adquiridas ou inatas.

Há também aqueles aspectos pessoais do aluno que, muito comumente, são deixados de lado no
ambiente educacional. A Psicologia entende que esses são factores que interferem (e muito) no
processo de ensino e aprendizagem. Assim, essa ciência busca entender como o aluno se
comporta em grupo, como está a sua saúde mental e quais são os seus desejos.

Interferências negativas quanto à saúde mental do aluno podem ser responsáveis pela falta de
eficácia no processo de aprendizagem. Nesse sentido, é papel da Psicologia Educacional fazer
com que o professor esteja apto a reconhecer o que está acontecendo, ou seja, quais componentes
podem contribuir para determinado estado mental.

Fornecendo essa visão ao educador, ele não só conseguirá sugerir o procedimento mais adequado
para cada caso, como também estará preparado para lidar com a situação de maneira mais eficaz.

2.6.4.Entender os princípios de avaliação

Avaliar o nível de aprendizado do aluno é um processo inerente às práticas de ensino. Por meio
de ferramentas e métodos de avaliação, é possível identificar as limitações do educando, assim
como reconhecer e aprovar seus pontos fortes.

Com o conhecimento da Psicologia, o educador passa a compreender que há vários aspectos


envolvidos na capacidade de assimilar e armazenar o conteúdo. Não se trata apenas de uma
escala de inteligência, mas também da interacção das funções cognitivas e, sem dúvidas, da
vivência emocional da criança e do adolescente. (Bock, 2001)
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2.6.5. Gerir conflitos em sala de aula

O educador precisa ter em mente que, por reunir pessoas dos mais diferentes contextos e com as
mais diversas opiniões, a sala de aula é um lugar onde podem surgir inúmeros problemas e
conflitos, tensões éticas, brigas, pressão dos colegas, entre outros.

A Psicologia fornece ao educador ferramentas para auxiliar os alunos a lidar melhor com essas e
outras situações, instruindo-os com o que for necessário para superar o problema. Isso ocorre
porque são estudadas na disciplina as características dos potenciais problemas em sala de aula, o
comportamento dos alunos e os ajustes necessários para reverter a situação.

2.6.7.Estimula o interesse em ensinar e aprender

A Psicologia também fornece respaldo ao educador para atrair a atenção do educando de modo
positivo. Por meio de estratégias educativas criativas, é possível inspirar os alunos e suscitar a
vontade de aprender e, por que não, o interesse em ensinar.

O aluno não precisa enxergar os estudos como um processo tedioso ou desgastante. Isso pode ser
feito de maneira mais leve e interactiva, inclusive com actividades que envolvem troca de papéis.
Dessa forma, o educando adquire mais participação activa em sua aprendizagem, desenvolve
autodisciplina e passa a perceber o papel do educador com outro olhar.( Bock, 2001)

Em cada idade, são utilizados diferentes métodos e instrumentos para incentivar o aluno a ser
protagonista de seu aprendizado. Os mais jovens são motivados com jogos e actividades lúdicas,
enquanto os mais velhos apreciam competições e até debates.

2.7. A psicologia na formação do educador

A formação docente tem constituído séria preocupação das instituições de formação e de


pesquisas, visto que através desta formação é possível melhorar a qualidade profissional do
professor e, por conseguinte, promover mudanças na qualidade do ensino oferecido. Afinal, os
cursos de formação docente têm como objectivo central oferecer aos licenciandos conhecimentos
teórico-práticos necessários, instrumentalizando-os para o exercício competente da profissão. Os
currículos dos cursos de licenciatura são formados de duas partes. A primeira integra as
disciplinas específicas da área de conhecimento referente à licenciatura, como por exemplo:
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biologia, física, química, etc. A segunda integra disciplinas de fundamentos da educação e
metodologias do ensino. Ambas são relevantes para a formação do futuro professor, pois ao
mesmo tempo em que precisa ter domínio do conhecimento de sua especialização, também deve
compreender os processos educativos, ou seja, possuir autoridade sobre os procedimentos que
permeiam o ensino-aprendizagem. (Azzi, e Sadalla, 2002).

As disciplinas Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Filosofia da Educação,


Didáctica, entre outras, fazem parte dos componentes específicos das ciências da educação, cuja
finalidade é estudar os processos educativos. A disciplina Psicologia da Educação se faz
necessária a partir de conhecimentos teórico-práticos fundamentais a serem abordados junto à
formação de professores. Esses elementos construtivos são indispensáveis à prática docente,
fazem parte dos conhecimentos pedagógicos e dizem respeito aos dois processos básicos do ser
humano: desenvolvimento e aprendizagem.

Em relação à aprendizagem, estuda o processo complexo pelo qual as formas de pensar e os


conhecimentos produzidos historicamente na sociedade são apropriados pelos sujeitos,
procurando mostrar como através da interacção entre professores e alunos e alunos-alunos, é
possível a aquisição do saber e da cultura acumulados. Compreender como se dá a aprendizagem
propicia ao professor melhor planeamento de sua acção pedagógica, no sentido de criar situações
adequadas e favorecedoras à aprendizagem.

Sobre a temática, Severino (1996) diz que a Psicologia da Educação possibilita ao educador
maior eficácia em seu trabalho de interacção com as pessoas, contribuindo também para a
“compreensão dos modos de ser dos sujeitos educandos e do modo de desenvolvimento de sua
sensibilidade, tanto cognitiva quanto afectiva”. Isto é, o autor defende a necessidade da disciplina
nos cursos de formação do magistério. No entanto, acrescenta que tal inclusão não visa formar o
especialista em psicologia, mas, sim, desenvolver no profissional a sensibilidade aos processos
psíquicos. Estes são as mediações, tanto no ensino como na aprendizagem, imprescindíveis para
que educandos e educadores construam sua autonomia, seu autoconceito, a percepção do valor de
si e dos outros, a formação de sua identidade, apropriem-se do saber acumulado e desenvolvam
suas funções psíquicas.

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Conclusão

Concluí se, portanto, que a discussão sobre as disciplinas que compõem a grade curricular do
curso de graduação em pedagogia, é fundamental e imprescindível, uma vez que é de extrema
relevância que o professor conheça as especificidades que envolvem o desenvolvimento da
criança para que possa exercer melhor a sua profissão, promovendo a formação de indivíduos
autónomos.

Ainda a importância da Psicologia da Educação para aprofundar o conhecimento do aluno em


formação, pois ela oferece subsídios e fortalece as práticas do professor em sala de aula, uma vez
que possibilita um maior conhecimento dos processos específicos de desenvolvimento dos
alunos, fazendo com que o professor tenha maior segurança e domínio sobre sua acção e possa
criar estratégias mais eficazes de ensino/aprendizagem.

O conhecimento adquirido pelo aluno na disciplina Psicologia da Educação facilita para que o
professor conheça melhor e aprofunde os conhecimentos psicológicos envolvidos nos fenómenos
educativos presentes no cotidiano escolar, e que requerem do professor a capacidade de aplicação
dos mesmos aos desafios reais que encontra em sua prática de sala de aula.

Uma vez que o professor tem um amplo domínio das capacidades e necessidades de seus alunos,
consegue favorecer um ensino de melhor qualidade, o qual por se tratar também de uma prática
social, necessita da Psicologia da Educação para uma melhor interpretação da realidade e, para a
tomada de decisões coerentes com a situação apresentada levando em consideração o indivíduo,
seu contexto de vida, suas necessidades e capacidades diante de suas vivências escolares, o que
consequentemente resulta em um trabalho efectivo e significativo.

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Bibliografia

Teles, Antônio Xavier. (1987). Psicologia Moderna. Ed. Ática. 25 ª Edição

Bock, A. M. M. (2001) A Psicanálise. Psicologias – uma introdução ao estudo de Psicologia.

São Paulo: Editora Saraiva, ,

Arends, R. I. (1995) Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw-Hill,.

Bock, Ana Mercês Bahia; et all (2008) Psicologia da aprendizagem. In: Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva,

Severino, A. J. (1996) Educação e subjectividade: a hora e vez da Psicologia da Educação. In.


Filosofia da Educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD,.

Azzi, R. G.; Sadalla, A. M. F. de A. (Org.). (2002) Psicologia e formação docente: desafios e


conversas. São Paulo: Casa do Psicólogo,.

Tardif, Maurice. (2007) Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes,.

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