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1. Introdução ............................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................. 11
Nesse sentido, a História Econômica é o ramo da História que estuda os fenômenos econômicos
no tempo, e também o ramo da economia, que estuda os fatos à luz da análise econômica.
Relativamente a estrutura do trabalho, este está dividido em quatro seções além desta introdução
e procedimentos metodológicos: a segunda seção traz a revisão de literatura; na terceira, as
considerações finais do estudo.
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologias
Utilizou-se como metodologia: a revisão de literatura, a fim de fomentar o debate, provendo
fontes capazes de esclarecer e possibilitar uma rica descrição do tema proposto. A revisão de
literatura fez-se com base na utilização de artigos científicos, apostilas virtuais, websites e
manuais.
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2. A gênese e formação da história econômica
Segundo Motta e Rebollar (2015, p.11) refere que a História Econômica tem raízes no século
XIX, em virtude da ação da chamada Escola Histórica de Economia e, ainda, devido à ênfase
dada ao fator econômico na interpretação da realidade histórica pelo Marxismo. Já, no século
XX, em virtude das reformulações que se deram na estrutura do conhecimento histórico, as
produções históricas explicitam um efetivo contato entre a Economia, fornecedora de acervo
teórico, e a História.
Para o autor após a década de 1930, deu-se o aparecimento da História Econômica Quantitativa,
com utilização flagrante dos dados estatísticos. Pouco depois de 1945, tivemos a afirmação da
História Econômica Quantitativa e Qualitativa. Os temas mais comuns são: apreensão das
estruturas econômicas, das conjunturas ou dos movimentos de fluxo e refluxo da vida
econômica, em termos qualitativos e quantitativos.
Após 1945, surgiu a preocupação com crises econômicas, crescimento econômico, estudos dos
preços e dos movimentos dos preços (inflação e deflação), produção e consumo, macro e
microempresas. A História Social implantou-se como uma exigência da História Econômica e
se afirmou com uma aproximação entre a Sociologia e Antropologia. A partir da década de
1930, voltou-se, sobretudo, para o estudo das estruturas sociais e das relações coletivas, tanto
em termos quantitativos quanto qualitativos.
Portanto, os grandes problemas da humanidade em termos de economia, tal como as crises que
tem ocorrido, os progressos econômicos, a Revolução Industrial, a Revolução Agrícola, a
Revolução Financeira e muitas outras formas de problema que a humanidade tem enfrentado,
isso sempre tem a ajuda da História. Essa exerce a sua grande influência na economia como
elemento basilar da solução dos problemas econômicos que todos atravessam em diferentes
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épocas, pois o fundamento mais importante são os documentos históricos que proporcionam
sustentáculos. (Motta e Rebollar, 2015, p. 12).
Segundo Motta e Rebollar (2015, p.13) após a primeira Guerra Mundial (1914-1919), a História
Econômica abrange grandes discussões, principalmente por meio da Economic History Review
e da Annales d’Histoire Economique et Sociale, abrindo novas perspectivas e espaços de
debates. A História Econômica é introduzida em importantes programas universitários como os
de Cambridge (1928) e de Oxford (1931), completando a sua “emancipação” com a criação de
seções especiais que lhe são fornecidas em congressos, ampliando ainda mais o seu fórum de
debate.
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Fica posto então que a questão central do estudo da Economia consiste em “como alocar
recursos produtivos limitados para satisfazer todas as necessidades da população.”
(Vasconcellos; Garcia, 2004, p. 2). Em outras palavras, a Economia estuda a maneira como se
administram os recursos escassos com o fim de estimular a produção de bens e serviços, e de
como distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.
Se a escassez de recursos não existisse, ou seja, se todos os bens fossem abundantes, não haveria
necessidade de questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de
pagamentos, desemprego, concentração de renda, desenvolvimento econômico, entre outros a
serem estudados, já que esses problemas provavelmente não existiriam e obviamente nem a
necessidade de se estudar economia.
Para Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que é uma economia, uma vez que em
qualquer parte do mundo ela é um grupo de pessoas que interagem umas com as outras e, dessa
forma, vão levando a vida. Em outras palavras, Economia é a ciência que estuda os processos
de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços. Os economistas
estudam a forma de os indivíduos, os diferentes coletivos, as empresas de negócios e os
governos alcançarem seus objetivos no campo econômico. Seu estudo pode ser dividido em
dois grandes campos: a microeconomia, teoria dos preços, e a macroeconomia. Antes da
Renascença (séculos XV e XVI) era quase impossível a visualização da Economia como campo
específico de estudo, pois estava restrita à dominação do Estado e da Igreja, à força dos
costumes e às crenças religiosas e filosóficas, à natureza e à amplitude limitada da atividade
econômica. No entanto, a atividade econômica para a satisfação de necessidades ocorreu em
todas as épocas da história humana.
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Ainda de acordo com esse autor, o início do estudo da economia coincidiu com os grandes
avanços na área de Física e Biologia nos séculos XVIII e XIX. A construção do núcleo científico
inicial da Economia, por exemplo, foi desenvolvida com base nas chamadas concepções
organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas). Segundo o Grupo Organicista, a Economia se
comportaria como um órgão vivo, daí de se utilizarem termos como funções, circulação, fluxos,
na Teoria Econômica. De acordo com o Grupo Mecanicista, as leis da Economia se
comportariam como determinadas leis da Física.
Disso advém os termos estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças etc. Com o passar do
tempo, predominou uma concepção humanística, que coloca em plano superior os móveis
psicológicos da atividade humana. Afinal, a economia repousa sobre os atos humanos, e é por
excelência uma ciência social, pois objetiva a satisfação das necessidades humanas.
(Vasconcellos, 2001).
É importante observar que embora a economia ainda não se constituísse em uma ciência, já se
praticava na antiguidade, quando os gregos fizeram importantes contribuições, assim como no
período medieval, por meio do trabalho dos escolásticos. Mais tarde, do século XV ao XVIII,
emergiu o mercantilismo, que era uma política econômica e, posteriormente, a fisiocracia, com
o seu princípio liberal do “Laissez faire, laissez passer” (Deixe fazer, deixe passar). No entanto,
em 1776, o economista Adam Smith publicou sua obra “Uma investigação sobre a natureza e
as causas da riqueza das nações” inaugurando a Escola Clássica de Economia Política Inglesa.
A partir desse evento, a economia adquire um estatuto científico desvinculando-se dos preceitos
políticos e filosóficos, característicos da fase anterior. (Motta e Rebollar, 2015, p.16).
Assim como os fisiocratas, Adam Smith adotou uma atitude liberal, apoiando o não
intervencionismo. Por isso é considerado o “Pai da Economia Liberal”, por meio da “Teoria da
Mão Invisível”. Esse defendia também que o valor do produto correspondia à soma de três
fatores: salário, lucros e aluguéis.
Ainda segundo este autor por volta de 1817, David Ricardo, outro economista clássico, publica
a obra “Princípios da economia política e tributação”, inserindo o aspecto político na análise
econômica. Sua tese girava em torno da distinção entre as noções de valor e de riqueza. O valor
define-se como a quantidade de trabalho dispendida à produção do bem, conforme as condições
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de sua produção. Já a riqueza definia-se como os bens úteis e agradáveis às pessoas. Tal como
Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho era decisiva para o valor de um bem.
Em 1848, um dos defensores da Teoria do Utilitarismo, John Stuart Mill publica a obra
“Princípios de Economia Política”, considerada um dos compêndios econômicos ou políticos
mais importantes da metade do século XIX. Essa obra consolida o pensamento econômico
clássico, perpassando todas as escolas econômicas presentes até o momento, desde Smith,
Ricardo, Say, Fisiocracia, Mercantilismo, entre outras.
Passado alguns anos, em 1867, ao escrever O Capital, Karl Marx revolucionou a forma de
pensar a economia da época, em especial o capitalismo. Partindo da teoria do valor, de David
Ricardo, Karl Marx defendeu que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho
socialmente necessário para sua produção.
O lucro não se realiza por meio da troca de mercadorias, mas sim no processo de produção.
Nesse sentido, a crítica de Marx voltava-se diretamente ao capital. No ano de 1870, William
Stanley Jevons, Anton Menger e Léon Walras defendem a substituição da Teoria do valor do
trabalho, da Escola de Economia Clássica, pela Teoria do valor baseado na utilidade marginal.
Em 1936, John Maynard Keynes renovou as teorias clássicas e reformulou a política de livre
mercado, por meio da Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Keynes acreditava que a
economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária,
que desapareceria graças às forças do mercado. Contudo, essa tese sofreu fortes críticas das
escolas alemã e norte-americana.
A escola histórica alemã de economia, por exemplo, critica a ideia da utilização de termos
abstratos no conceito de economia, baseadas em supostas leis universais, desconsiderando o
estudo dos fatos concretos em cada contexto nacional. Essa escola entendia que a história era a
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principal fonte de conhecimento sobre as ações humanas e sobre as matérias econômicas. Nesse
sentido, a economia dependia das particularidades culturais e não poderia ser tomada por
universal (como os modelos matemáticos). (Motta e Rebollar, 2015, p.17).
Passados meio século após a Segunda Guerra Mundial, o estudo sobre a economia sofreu
mudanças significativas, uma vez que passou a ter uma abordagem predominante nas diversas
especialidades, por meio da aplicação de procedimentos matemáticos e estatísticos a problemas
de economia. A partir daí o cálculo passou a fazer parte do raciocínio econômico,
acompanhando a dinâmica da mundialização capitalista. (Motta e Rebollar, 2015, p.17).
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Conclusão
Concluímos que a Economia se desenvolveu como ciência no decorrer dos últimos 500 anos,
coincidindo com o desenvolvimento das práticas comerciais e com a criação de estados-nações.
Contudo, é preciso destacar que na Antiguidade, o pensamento econômico começou a ser
moldado, inicialmente, de forma filosófica, por exemplo, a palavra economia remonta à Grécia
antiga, onde oeconomicus significava “gerenciamento das questões domésticas”. Nesse
contexto, os pensadores gregos Aristóteles e Platão fizeram algumas contribuições importantes
para o pensamento econômico.
Diante do exposto, a economia evoluiu como ciência e influenciou a condução das atividades
comerciais ao longo dos séculos por meio de suas escolas, teorias e pensadores.
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Referências bibliográficas
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