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1. Noção de escravatura/escravidão
No sistema de escravidão, as pessoas são consideradas propriedade de outras pessoas e são forçadas a
trabalhar sem remuneração ou com remuneração insuficiente, muitas vezes em condições desumanas. A
escravidão pode ser praticada em diferentes contextos, como a escravidão doméstica, a escravidão por
dívida, a escravidão por guerra e a escravidão de pessoas capturadas em expedições ou comércio de
escravos.
Aristóteles - Filósofo grego que escreveu sobre a escravidão em sua obra "Política". Ele defendia
que a escravidão era uma instituição natural, em que algumas pessoas nasceram para serem
escravas e outras para serem senhores.
Friedrich Engels - Filósofo e teórico político alemão, que escreveu sobre a escravidão em sua
obra "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado". Ele argumentou que a
escravidão era um produto da evolução social, em que a classe dominante controlava a produção
e os meios de subsistência da classe subordinada.
Karl Marx - Filósofo alemão, que escreveu sobre a escravidão em sua obra "O Capital". Ele
argumentou que a escravidão era uma forma extrema de exploração capitalista, em que os
trabalhadores eram tratados como mercadorias.
A escravidão tem uma longa história na África, e suas origens remontam a períodos anteriores ao início
do comércio transatlântico de escravos. A seguir, apresentarei algumas informações sobre as origens da
escravidão na África e seu desenvolvimento ao longo do tempo, citando alguns autores renomados.
Origens da escravidão na África: A escravidão na África pré-colonial era diferente daquela que
ocorreu na América e na Europa. Geralmente, a escravidão era resultado de guerras entre tribos
ou clãs, onde os capturados eram escravizados. No entanto, o número de escravos era
Escravidão no período colonial: Durante o período colonial, a escravidão foi abolida em muitos
países africanos pelos colonizadores europeus, mas ainda era praticada em algumas regiões.
Segundo Martin Klein, em seu livro "Slavery and Colonial Rule in French West Africa", a
escravidão foi abolida na África francesa em 1848, mas a abolição não foi bem-sucedida em
todos os lugares e a escravidão continuou sendo praticada em algumas áreas.
Em resumo, a escravidão na África teve origens antigas, relacionadas a guerras entre tribos ou clãs. Com
o comércio transatlântico de escravos, a escravidão se intensificou e teve um impacto significativo na
África. Durante o período colonial, a escravidão foi abolida em muitos países africanos pelos
colonizadores europeus, mas ainda era praticada em algumas regiões.
Conflitos e guerras entre sociedades africanas: Conflitos e guerras entre sociedades africanas
levavam à captura e escravização de indivíduos. Algumas sociedades africanas também usavam a
escravidão como uma forma de punição para membros de grupos rivais.
Fatores culturais e religiosos: Em algumas sociedades africanas, a escravidão era vista como
uma forma legítima de integração de estrangeiros na sociedade. Algumas religiões africanas
também permitiam a escravidão.
A escravidão na África assumiu diversas formas ao longo do tempo, variando de acordo com as práticas
sociais, culturais e econômicas de cada região. Algumas das principais formas de escravidão incluem:
Escravidão por dívida: Essa forma de escravidão envolvia a escravização de indivíduos que não
conseguiam pagar dívidas ou multas. Segundo o antropólogo Richard L. Roberts, a escravidão
por dívida era uma forma de coerção legalmente aceita em muitas sociedades africanas.
As condições de vida dos escravos africanos variavam de acordo com a forma de escravidão e a região em
que viviam. Em geral, os escravos enfrentavam condições precárias de vida e trabalho, com pouco acesso
a recursos básicos como alimentação, abrigo e cuidados médicos. Muitos eram sujeitos a abusos físicos e
psicológicos por parte de seus senhores. Alguns autores que tratam das condições de vida dos escravos
africanos incluem John K. Thornton, Suzanne Miers e Paul E. Lovejoy.
A obtenção de escravos na África ocorreu de várias formas ao longo da história, sendo as principais:
1. Comércio interno de escravos: a escravidão já era uma prática existente em muitas sociedades
africanas antes do contato com europeus e árabes. Neste comércio interno, os escravos eram
obtidos por meio de guerras entre tribos, dívidas, crimes ou capturas em territórios inimigos.
2. Comércio transatlântico de escravos: com a chegada dos europeus, a demanda por escravos
africanos cresceu exponencialmente. O comércio de escravos transatlântico era uma rede
complexa que envolvia a captura de africanos pelos traficantes, a sua venda em grandes centros
comerciais como Luanda e Salvador, o seu transporte em navios negreiros e a sua venda nas
colônias americanas.
3. Trocas de escravos por bens materiais: em muitas sociedades africanas, o comércio de escravos
era utilizado como forma de obtenção de bens materiais, como tecidos, armas e pólvora, que eram
utilizados para fortalecer a posição das elites locais.
4. Comércio de escravos por dívida: em algumas sociedades africanas, a escravidão era uma
forma de quitação de dívidas e multas.
2. Perda de mão de obra e diminuição da produtividade: o comércio de escravos causou uma perda
significativa de mão-de-obra em muitas áreas da África, o que prejudicou a produtividade e o
desenvolvimento econômico do continente.
Alguns autores que abordam as consequências da escravidão na África incluem Walter Rodney, em seu
livro "How Europe Underdeveloped Africa" (1972), que analisa o impacto da escravidão na economia e
desenvolvimento do continente; Joseph E. Inikori, em seu livro "Africans and the Industrial Revolution in
England" (2002), que explora as consequências da escravidão para a economia global; e Catherine
Coquery-Vidrovitch, em "Africa and the Africans in the Nineteenth Century: A Turbulent History"
(1997), que analisa o impacto da escravidão na sociedade e cultura africanas.
A escravidão africana é um tema complexo que oferece várias lições importantes para a compreensão da
história e das relações sociais e econômicas globais. Algumas das principais lições a serem aprendidas
com a escravidão africana incluem:
Alguns autores que abordam essas lições incluem Robin Blackburn, em seu livro "The Making of New
World Slavery: From the Baroque to the Modern, 1492-1800" (1997), que analisa a escravidão como uma
força global; Eduardo Galeano, em "As Veias Abertas da América Latina" (1971), que explora as
consequências históricas da escravidão e do colonialismo na América Latina; e Chinua Achebe, em "Um
Homem de Povo" (1966), que examina as complexidades da sociedade africana pré-colonial e como a
escravidão afetou essas estruturas sociais.
Exercício de aplicação
Elabore uma síntese de no máximo duas páginas sobre a escravatura africana e anexe na plataforma ate na
próxima 6ª feira, data 21.04.2023.