guerra, por exemplo, e poderia até ter escravid certo grau de autonomia, podendo se casar e ter terras. Com o tempo, ele era
ão na integrado à comunidade de que passou a
fazer parte. O comércio de escravizados
África trouxe profundas transformações para a
escravidão na África."
"A escravidão é uma das práticas mais antigas da humanidade, e,
desde os tempos do Egito Antigo, por exemplo, essa instituição já se fazia presente. Quando falamos de escravidão, estamos definindo uma relação entre duas pessoas na qual uma parte é vista como proprietária e a outra, como objeto e propriedade.
Assim sendo, o sentido clássico do conceito de escravidão afirma
que o senhor detém o domínio sobre o seu escravo, enxergando- o como uma propriedade e privando-o de sua liberdade e de suas vontades. Nesse sentido, o destino de um escravo fica totalmente nas mãos de seu senhor, e essa prática se manifestou em diversas partes do planeta, incluindo o continente africano.
Existe documentação de que expedições militares para obtenção
de escravos eram realizadas no Egito por volta de 2700 a.C. Essas expedições visavam a obter escravos na Núbia e trazê-los ao Egito para que fossem revendidos. No Egito, os escravos poderiam ser encaminhados para trabalhos braçais pesados, como em pedreiras." O estudo do processo de escravização dos povos africanos é essencial para que se compreenda a história atual de desigualdade no planeta. Revela uma longa história de exploração e subjugação de populações fragilizadas por outras, mais equipadas, embora por vezes num grau de civilização inferior. Demonstra também que a desestruturação econômica e cultural tem efeitos desastrosos de longa duração. Do ponto de vista econômico, a escravidão foi uma forma eficiente de acumulação primitiva. Parte do atual contexto socioeconômico da África de miséria e exclusão é consequência de fatos passados. Muitos analistas comparavam a escravidão africana em menor escala associada a servidão linhageira com as economias orientais.[1] A escravatura na África contemporânea ainda é praticada, apesar de ilega
Em 2 de dezembro de 1949, a Organização das Nações
Unidas criou a Convenção para a Repressão do Tráfico de Pessoas e do Lenocínio (ou “Exploração da Prostituição de Outrem”). Ao mesmo tempo, o dia 2 de dezembro foi declarado Dia Mundial para a Abolição da Escravidão. Mais de 70 anos depois, a Convenção não perdeu relevância. “Ao mesmo tempo em que foram feitos grandes avanços na compreensão sobre a escravidão moderna e das motivações por trás desse fenômeno, ainda temos um longo caminho pela frente se quisermos eliminá-la por completo”, constata Jasmine O’Connor, diretora da Anti- Slavery Inte...