Você está na página 1de 7

TRATAMENTO DE ÁGUA – COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO

Ana P. Capelezzo2 , Eduarda Rosetto1 , Giulia G. Costella1 , Jennifer


Fávero1 , João P. Eckert 1 , Paola F. de Vargas1
1
Alunos da Escola Politécnica/UNOCHAPECÓ 2 Professor ACEA
/UNOCHAPECÓ
Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Resumo

O processo de coagulação/floculação consiste na desestabilização de partículas coloidais em


suspensão em um líquido, a qual é feita através da adição de um produto químico coagulante. A
coagulação é onde ocorre a desestabilização dessas partículas, realizada em agitação rápida, enquanto
a floculação envolve a geração dos flocos em agitação lenta. Esse processo envolve a definição do
pH e dosagem ideal de coagulante, feita através de jar-test, que varia de acordo com cada efluente e
produto químico testado. No presente experimento testou-se os coagulantes sulfato de alumínio e
cloreto férrico, ambos na concentração de 3%, para clarificação de água bruta com resíduos de terra.
O cloreto demonstrou uma atividade ideal no pH de 9 e dosagem de 1 mL/L, sendo que o pH de 7
também apresentou uma boa clarificação. Já o sulfato de alumínio apresentou melhor atividade no
pH de 7 e o teste de dosagem foi inconclusivo.

Palavras-chave: coagulação, floculação, clarificação, jar-test.

1. Introdução água de qualidade superior em relação aos


parâmetros de potabilidade vigentes
Define-se tratamento de água como um (FERREIRA FILHO, 2017). Neste sentido, a
conjunto de manipulações da água em suas coagulação e floculação desempenham um
mais diferentes apresentações, tendo como papel fundamental, garantindo o sucesso das
objetivo a sua adequação ao consumo público. etapas de sedimentação e filtração posteriores
Desde 4000 a.C. relatos na forma de textos e (RICHTER, 2009).
gravuras confirmam que os povos antigos, De forma geral, a coagulação é um
como gregos e egípcios, já estudavam formas processo físico-químico que envolve a
de separação dos sólidos da água através de aplicação de produtos químicos que causam a
filtração, para obtenção de uma água de melhor desestabilização de partículas coloidais em
qualidade para consumo, mesmo que essa suspensão, caracterizada por presença de cor e
qualidade não pudesse ser quantificada turbidez, produzindo partículas passíveis de
(FERREIRA FILHO, 2017). serem removidas por sedimentação. A
Em 1885 começa a ser estudada a coagulação envolve duas fases: a primeira é a
inclusão da etapa de coagulação no tratamento coagulação propriamente dita, onde o
de águas de abastecimento urbano nos Estados coagulante é adicionado reduzindo as forças
Unidos por M. C. Jeunnet, trazendo benefícios que mantêm as partículas separadas; a segunda
significativos e otimizando o processo de é a floculação, onde são promovidas colisões
filtração. Então, a partir de 1900, estabeleceu- entre as partículas desestabilizadas formando
se que todo e qualquer sistema de partículas de maior tamanho, ou seja, os flocos.
abastecimento de águas convencional deveria A etapa de coagulação é realizada em agitação
ser composto por etapas de coagulação rápida, enquanto a floculação ocorre em
química, floculação, sedimentação e filtração, agitação lenta (RICHTER, 2009).
e assim surgem as Estações de Tratamento de Em termos moleculares, as partículas
Água (ETA) (FERREIRA FILHO, 2017). coloidais comuns de serem encontradas em
O objetivo de toda ETA é a melhorar a águas naturais possuem uma carga líquida
qualidade de água em relação aos parâmetros negativa, dessa forma, não se agregam
em que foi captada do manancial, gerando uma naturalmente. E aí que entra o coagulante, que
proporciona cargas positivas ao meio, O aparato experimental é composto por
reduzindo a repulsão e causando a agregação um equipamento próprio para Jar-Test,
das partículas. Essa função é bem composto por 5 béqueres, todos equipados
desempenhada por sais trivalentes, como os de com sistema de agitação através de um
alumínio e ferro, que podem ser adquiridos nas conjunto impelidor de 1 pá conectado a um
formas de sulfato de alumínio e cloreto férrico. eixo. A rotação do impelidor é promovida por
A dissociação em meio aquoso ocorre segundo um motor, que faz uma esteira “andar” e
as Equações (1) e (2) a seguir (FERREIRA promover a rotação do eixo, e,
FILHO, 2017): consequentemente, do impelidor. Todos os
béqueres recebem a mesma agitação, passível
de ajuste em um botão rotativo onde é
escolhido o número de rotações por minuto
(rpm) desejado. O equipamento pode ser
visualizado na Figura 1.
Os sais de alumínio e de ferro são
insolúveis em solução aquosa, e tendem a Figura 1 – Aparato Experimental.
precipitar na forma de hidróxidos (FERREIRA
FILHO, 2017). O pH de coagulação é um
parâmetro determinante para o sucesso do
processo, sendo que o pH resultante depende
do produto químico utilizado, da dose aplicada
e da alcalinidade presente. O conhecimento
desses dados é realizado pelos ensaios de
coagulação ou Jar-Test (RICHTER, 2009).
O sulfato de alumínio em solução é um
ácido corrosivo, adquirido na forma líquida em
um teor de 8%. O cloreto férrico também pode
ser encontrado na forma líquida, usualmente Fonte: os autores, 2023.
fornecido em solução de 42% em peso. Para
que ocorra uma boa coagulação utilizando 2.2 Procedimento Experimental
qualquer dos produtos mencionados, a água O procedimento realizado envolveu a
deve ter alcalinidade suficiente, se não de clarificação de uma amostra de água suja,
forma natural, adicionada através de cal repleta de partículas de terra, proporcionando
virgem ou hidratada, soda cáustica ou outro à água um aspecto “barrento”. Retirou-se uma
alcalinizante (RICHTER, 2009). alíquota dessa amostra, suficiente para
O experimento foi realizado no realização das análises de turbidez, pH e
Laboratório de Operações Unitárias I, na condutividade, em triplicata. Anotou-se os
Universidade Comunitária da Região de resultados.
Chapecó – Unochapecó, visando a avaliação O experimento teve como foco dois
das melhores condições de aplicação dos objetivos: determinar o melhor pH e a melhor
coagulantes cloreto férrico e sulfato de dosagem de produto químico para realização
alumínio, ambos a 3%, para clarificação de do processo físico-químico da
água suja pelo processo físico-químico de coagulação/floculação. Para isso, o
coagulação/floculação. experimento dividiu-se em duas etapas
principais.
Na primeira etapa realizou-se a
2. Metodologia verificação do pH ideal de ação do produto
químico coagulante cloreto férrico a 3% (30
2.1 Aparato Experimental g/L). Para isso, numerou-se os 5 béqueres de 1
a 5, adicionou-se 1 L da amostra de água suja
2
em cada béquer, ligou-se a agitação em um todos os béqueres, e realizou-se a medição dos
nível intermediário e ajustou-se o pH de cada parâmetros de turbidez, pH e condutividade
um deles para 3, 5, 7, 9 e 11, nos béqueres 1, para cada um dos mesmos em triplicata.
2, 3, 4 e 5, respectivamente. Para o ajuste, Repetiu-se todo o procedimento, desta
utilizaram-se soluções de NaOH 1 M e H 2 SO4. vez utilizando o coagulante sulfato de alumínio
Verificou-se o pH em cada béquer através de a 3%.
fitas de pH.
Ajustou-se a agitação para 140 rpm
(rápida) e então adicionou-se 1 mL da solução 3. Resultados e Discussão
de cloreto férrico 3% em cada béquer.
Manteve-se a agitação rápida por 30 segundos, 3.1 Análise de pH
para possibilitar a mistura completa do Na Figura 2 é representado o ajuste de
coagulante, e então reduziu-se a 30 rpm (lenta) pH da solução realizado para cada béquer
e manteve-se dessa forma por 15 minutos, contendo água bruta adicionado ao coagulante.
possibilitando a formação e agregação dos Nota-se que as correções de pH utilizando as
flocos. Após os 15 minutos, desligou-se a soluções de NaOH 1 M e H 2 SO4 foram feitas
agitação e aguardou-se a decantação dos flocos de maneira correta para os dois coagulantes,
naturalmente, através da gravidade, formando visto que as variações entre pH inicial e pH
duas fases (uma do chamado “lodo”, e outra da final se assemelharam, garantindo a eficiência
água clarificada), e anotou-se o tempo de do processo.
decantação verificado em cada um dos
béqueres. Através do menor tempo de Figura 2 - Variação do pH final com o pH
decantação selecionou-se o melhor pH de inicial
atividade do coagulante, a qual foi adotada
para a segunda etapa do experimento. Após a
decantação, coletou-se alíquotas da água
clarificada de todos os béqueres, e realizou-se
a medição dos parâmetros de turbidez, pH e
condutividade para cada um dos mesmos em
triplicata.
Na segunda etapa analisou-se a melhor
dosagem do coagulante, no pH pré-definido.
Para isto, descartou-se as amostras anteriores e
adicionou-se novamente 1 L de amostra de Fonte: os autores, 2023
água suja nos béqueres. Retirou-se uma
alíquota para realização dos testes de pH, Em relação a definição do pH ideal
turbidez e condutividade em triplicata. para os dois coagulantes (cloreto férrico e
Numerou-se os béqueres de 1 a 5, similarmente sulfato de alumínio), ou seja, àquele em a
à etapa anterior, e ligou-se a agitação. Ajustou- decantação dos sólidos ocorreu mais
se o pH de todos os béqueres para o pH pré- rapidamente foi pH 9 e pH 7, respectivamente,
definido, aplicou-se a rotação de 140 rpm e conforme a Tabela 1 do Anexo 1. Este valor
então adicionou-se o coagulante cloreto férrico verificado condiz com a literatura, que traz
a 3% nos volumes de 0,3, 0,5, 0,7, 1 e 1,5 mL faixas de atuação de pH de 4 a 11 para o cloreto
em cada béquer. Manteve-se a agitação rápida férrico e 5 a 7 para o sulfato de alumínio
por 30 segundos, depois reduziu-se a 30 rpm e (RICHTER, 2009).
manteve-se por 15 minutos, onde observou-se Na Figura 3 pode ser observada a
a formação dos flocos. Então, desligou-se a variação de pH conforme o aumento das
agitação e anotou-se o tempo necessário para concentrações de cloreto de ferro e sulfato de
que ocorresse a decantação natural dos flocos. alumínio.
Coletou-se alíquotas da água clarificada de
3
Nota-se a partir da Figura 3 que tanto o atingindo o padrão de potabilidade de tubidez
cloreto férrico, quanto o sulfato de alumínio, inferior a 5 NTU permitido, conforme a
mantiveram a água com um pH elevado, acima Portaria nº 2.914/11 do Ministério da Saúde.
de 7, mesmo com o aumento da concentração, No entanto, esse resultado não foi possível de
tal comportamento é contrário do obtido na ser observado pela análise com sulfato de
literatura, visto que o resultado esperado seria alumínio, visto que se apresentou ineficaz na
a redução tanto da alcalinidade, quanto do pH remoção dos sólidos, registrando a turbidez
em função do aumento das concentrações de mais baixa de 81,27 NTU e uma baixa
cloreto férrico e sulfato de alumínio, inferindo eficiência (cerca de 28,29%).
que estes coagulantes possuem a tendência de
reduzir a alcalinidade da água, como Figura 4 – Variação da turbidez com
supracitado e observado no estudo de Pimenta diferentes concentrações de
et. al, 2017. coagulante/floculante

Figura 3 – Variação de pH com a variação de


concentração de coagulante/floculante

Fonte: os autores, 2023

O aumento da turbidez observado para


Fonte: os autores, 2023 concentrações mais elevadas de sulfato de
alumínio, pode ser explicado pelo fenômeno
de inversão de cargas que ocorre quando o
3.2 Análise de remoção da turbidez coagulante é adicionado em doses excessivas.
A turbidez é uma propriedade da água Esse fenômeno é caracterizado pela alteração
que representa a quantidade de partículas da carga superficial das partículas suspensas,
sólidas em suspensão que causam interferência que passam a ser positivas, intensificando as
na passagem de luz sobre uma amostra. Esta forças de repulsão e consequentemente,
propriedade pode sofrer variações juntamente inibindo a formação de flocos (GUSMÃO,
com outros parâmetros como pH e 2014). Isso não foi observado com o cloreto de
alcalinidade, sendo medida em unidade de ferro, visto que possivelmente, as
turbidez nefelométrica (NTU) (RICHER, concentrações utilizadas não foram altas o
2009). suficiente.
Na Figura 4 pode ser observada a Na Figura 5 pode ser observada a
turbidez residual presente na água para turbidez residual presente na água para
diferentes concentrações dos agentes diferentes valores de pH.
coagulantes/floculantes. Coagulantes a base de sais de alumínio
Nota-se a partir da Figura 4 que o e ferro (sulfato de alumínio e cloreto férrico,
cloreto férrico manteve-se constante na respectivamente), apresentam caráter ácido,
remoção da turbidez da água durante uma liberando íons H+ quando em solução aquosa
longa faixa de concentração, atingindo um (FERREIRA FILHO, 2017). Em geral, o
melhor desempenho na concentração de cloreto férrico possui maior acidez quando
1,95*10-3 g/mL, com uma eficiência de comparado com o sulfato de alumínio e é
92,94% (1,60 NTU de turbidez média) e
4
eficaz em uma faixa mais longa de pH, como férrico, a condutividade passou a diminuir até
já citado anteriormente. Dessa forma, o atingir o valor mínimo de 380,67 μS/cm na
exposto condiz com os resultados obtidos pela máxima concentração, enquanto que o sulfato
Figura 5, onde a turbidez da água contendo de alumínio, manteve-se com baixa
sulfato de alumínio, passa a aumentar a partir condutividade constantemente. Esse ocorrido,
do pH 7, onde o mesmo coagulante, passa a deve-se ao fato de que, após os sólidos
perder sua eficiência na clarificação da água. contidos na água se agruparem formando
flocos, uma baixa concentração de sulfato de
Figura 5 - Variação da turbidez com alumínio e cloreto férrico dissociados ficaram
diferentes pH de coagulante/floculante livres na solução, aumentando a quantidade de
sólidos ionizáveis dissolvidos na água e por
sua vez, contribuindo para a condução da
eletricidade.
Na Figura 7 pode ser observada a
variação da condutividade elétrica para
diferentes valores de pH.

Figura 7 - Variação da condutividade elétrica


com diferentes pH

Fonte: os autores, 2023

3.3 Análise de condutividade elétrica


A condutividade elétrica da água é a
capacidade da mesma em conduzir a
eletricidade, sendo dependente da
concentração de íons na solução (RICHTER,
2009).
A Figura 6 demonstra a variação da
condutividade elétrica (μS/cm) com a Fonte: os autores, 2023
concentração de coagulante/floculante.
Nota-se a partir da Figura 7, que o
Figura 6 - Variação da condutividade elétrica sulfato de alumínio passou a conduzir mais a
com diferentes concentrações de eletricidade com o aumento do pH, atingindo o
coagulante/floculante seu ponto máximo em pH 11. Já o cloreto
férrico atingiu seu pico de condução em pH
mais ácido, próximo a 3.
Ao término do experimento, foi
possível perceber que o melhor desempenho
registrado foi obtido pelo cloreto de ferro, visto
que o tempo de decantação dos sólidos
presentes na água foi muito inferior ao tempo
de decantação obtido pelo sulfato de alumínio,
variando de 3 min. a 5 min., além de necessitar
de uma dosagem mais baixa de coagulante
(concentração de 1,95 *10^-3 g/mL de cloreto
Fonte: os autores, 2023
de ferro), para obter uma eficiência alta de
clarificação (cerca de 92,94%). Em
Nota-se a partir da Figura 6 que acima
contrapartida, não foi possível quantificar a
da concentração de 5,84*10-4 g/mL de cloreto
dosagem ideal o sulfato de alumínio, uma vez
5
que a amostra utilizada não foi suficiente para
a realização da análise, sendo necessária a FERREIRA FILHO, Sidney Seckler.
diluição da mesma. Dessa forma, não ocorreu Tratamento de água: concepção, projeto e
a formação de flocos e a sedimentação dos operação de estações de tratamento. 1 ed.
mesmos, com exceção da amostra de Rio de Janeiro, Elsevier, 2017.
concentração 3,17*10^-3 g/mL, cujo tempo de
sedimentação foi de 55 min, contudo, GUSMÃO, A. L. S. Uso de taninos no
apresentou eficiência baixa de 28,29%. tratamento de água para abastecimento.
2014. Trabalho de diplomação em Engenharia
Química - Escola de Engenharia, Universidade
4. Conclusão Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
2014. Disponível em:
Com o estudo conclui-se que o coagulante https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/
cloreto férrico apresenta melhores resultados 109719/000950670.pdf. Acesso em: 07 ago
em termos de tempo de clarificação para o pH 2023.
de 9 e dosagem de 1 mL/L, sendo que o pH de
7 também apresentou bons resultados de PIMENTA, J. A. A, et. al. Avaliação do sulfato
clarificação. Já o coagulante sulfato de de alumínio, policloreto de alumínio e cloreto
alumínio apresentou um melhor resultado no férrico no tratamento de água bruta do Rio
pH igual a 7, sendo o teste de dosagem Santo Anastácio. Colóquio Exactarum, v. 9,
inconclusivo devido à diluição da amostra. n.3 p. 38 – 56, 2017. DOI:
Em termos de custo, ambos os 10.5747/ce.2017.v09.n 3 .e 203. Disponível
coagulantes trabalham bem em uma faixa de em:
pH próxima à neutralidade. Entretanto, a faixa https://www.researchgate.net/publication/324
de aplicação do cloreto férrico é mais ampla, 205887. Acesso em: 07 ago 2023.
tanto pela literatura quanto pelo que se
verificou no experimento, o que pode levar a RICHTER, Carlos A. Água: métodos e
uma economia em termos de ajuste de tecnologia de tratamento. São Paulo, Blucher,
alcalinidade em uma ETA por exemplo. 2009.

5. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do


Ministro. Portaria nº 2.914, de 12 de
dezembro de 2011. Brasília, 2011.

6
ANEXO 1

Tabela 1 - Determinação de pH ideal da solução


Determinação de pH ideal
Cloreto Férrico 3% Sulfato de Alumínio 3%
Amostra pH Tempo Amostra pH Tempo
1 3 00:07:30 1 3 00:31:00
2 5 00:09:00 2 5 00:57:00
3 7 00:03:30 3 7 00:03:13
4 9 00:02:40 4 9 00:01:04
5 11 00:03:15 5 11 00:01:15
Fonte: os autores, 2023

1. Memória de Cálculo

1.1 Cálculo da concentração de coagulante


Encontrou-se na literatura (RICHTER, 2009) as densidades de cloreto férrico e sulfato de
alumínio, sendo de 1,46 g/mL e 1,69 g/mL, respectivamente. Através disso, foi possível encontrar a
concentração em g/mL de cada coagulante/floculantes utilizado, pela Equação 1.
𝑔 𝑔 1
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ( ) = 𝐷𝑜𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑎𝑔𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 (𝑚𝐿) ∗ 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 ( ) ∗ ( ) (1)
𝑚𝐿 𝑚𝐿 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟 (𝑚𝐿)

Calculando para 1 mL de cloreto férrico:

𝑔 𝑔 1
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ( ) = 1𝑚𝐿 ∗ 1,46 ∗( )
𝑚𝐿 𝑚𝐿 750 𝑚𝐿

𝑔 𝑔
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ( ) = 1,95 ∗ 10 −3
𝑚𝐿 𝑚𝐿

1.2 Cálculo da eficiência de clarificação da água


A eficiência foi calculada em relação a água bruta, através da Equação 2.

𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎 −𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑚 𝑐𝑜𝑎𝑔𝑢𝑙𝑎 𝑛𝑡𝑒


𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (%) = ∗ 100% (2)
𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑎

Calculando para o cloreto férrico:

22,67 𝑁𝑇𝑈 − 1,6 𝑁𝑇𝑈


𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (%) =
22,67 𝑁𝑇𝑈

𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (%) = 92,94%

Você também pode gostar