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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia- IF Sudeste - Campus Barbacena

Disciplina: Qualidade da Água

Determinação de 𝒑𝑯 e Turbidez

Fabiana de Oliveira Maria

Grigia Campos Cunha Andrade

Helen Bianca da Costa

Barbacena, 14 de Novembro de 2017.


INTRODUÇÃO

Alguns parâmetros físicos e químicos, tais como o pH e a turbidez, necessitam de


análises nas quais podem fornecer informações acerca a potabilidade da água.
A turbidez é um parâmetro físico de qualidade da água caracterizado pela medição
óptica da luz dispersa, resultante da interação entre a luz incidente e um material em
partículas suspenso numa amostra líquida. É um importante parâmetro para avaliação da
qualidade da água, o qual mede a transparência da água, podendo indicar alterações nos
ecossistemas dos corpos d‟água, sendo geralmente medida por meio de turbidímetros.
A determinação do pH é uma das mais comuns e importantes no contexto da
química da água. Ele define o caráter ácido, básico ou neutro de uma solução. Os
organismos aquáticos estão geralmente adaptados às condições de neutralidade e, em
conseqüência, alterações bruscas do pH de uma água pode acarretar no desaparecimento
dos seres presentes na mesma. Os valores fora das faixas recomendadas podem alterar o
sabor da água e contribuir para corrosão do sistema de distribuição de água, ocorrendo
assim, uma possível extração do ferro, cobre, chumbo, zinco e cádmio, e dificultar a
descontaminação das águas.
Logo, com o intuito de verificar esses parâmetros, coletou-se uma amostra de água
localizada no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia- IF Sudeste Campus
Barbacena. Segue as informações da amostragem:
 Localização: IF- Campus Barbacena, Núcleo de Zootecnia
 Manancial: Lagoa
 Local da Coleta: Tanque de Psicultura
 Estado do Tempo: Ensolarado
 Data: 13/11/17
 Horário: 9:37 horas
 Responsável pela amostragem: Fabiana de Oliveira Maria
Assim, no presente trabalho será apresentado a determinação do 𝑝𝐻 e da turbidez
em amostra de água, para classificação e verificação, visando se a presença desse
parâmetro está dentro dos limites permitidos de acordo com a RESOLUÇÃO N° 357, DE 17
DE MARÇO DE 2005.

OBJETIVO

Determinar os parâmetros turbidez e 𝑝𝐻 em amostra de água, classificar e verificar


a amostra de acordo com a legislação.
MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais utilizados na prática:

 Béquer 50 ml;
 Garra;
 Papel Higiênico;
 Pisseta;
 Suporte Universal.

Reagentes utilizados na prática:

 Água Destilada;
 Amostra de Água;
 Solução Tampão 𝑝𝐻 4;
 Solução Tampão 𝑝𝐻 7.

Equipamento utilizado na prática:

 Peagâmetro;
 Turbidímetro.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para determinação destes parâmetros, utilizou-se dois equipamentos o turbidímetro


e o peagamêtro. Sendo que os mesmos encontravam-se calibrados para aula prática.
Para determinação da turbidez, pegou-se uma alíquota da amostra de água já
homogeneizada e transferiu-se para a cubeta e a introduziu no turbidímetro fazendo-se a
leitura, assim obteve-se 85,8 NTU.
Para determinação do 𝑝𝐻 pegou-se uma alíquota da amostra de água já
homogeneizada e transferiu-se para um béquer 50 ml e introduziu o eletrodo na mesma,
esperou-se estabilizar, obtendo-se 𝑝𝐻= 7,39.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 Amostragem:

Na amostragem da água, antes da coleta, fez-se a ambientação do frasco de coleta


com a água que seria analisada devido à importância de que mesmo com o frasco limpo, há
o risco de contaminação com vestígios de outras substâncias que ainda possam estar
impregnadas no material, então para garantir um melhor resultado, fez-se a ambientação na
no frasco, então se no caso ainda houvesse vestígios de outra substância, esse irá interferir
na ambientação e não na análise final. E a estocagem da amostra deu-se por refrigeração.
 Explicação e Resultados e Discussões:
 Turbidez
Para determinação da turbidez utilizou-se o turbidímetro que é um aparelho que faz
a sua determinação quantitativa, sendo possível estabelecer uma correlação entre a
intensidade luminosa registrada pela célula e a concentração do material em suspensão. A
turbidez é medida comparando-se o espalhamento de um feixe de luz ao passar pela
amostra com o espalhamento de um feixe de igual intensidade ao passar por uma
suspensão padrão. Quanto maior o espalhamento maior será a turbidez.
Um dos fatores que interfere este parâmetro é a erosão das margens dos corpos
d’água, pois em estações chuvosas há um aumento da turbidez das águas. A erosão pode
decorrer do mau uso do solo, em que se impede a fixação da vegetação. Este exemplo
mostra também o caráter sistêmico da poluição, ocorrendo interrelações ou transferência de
problemas de um ambiente (água, ar ou solo) para outro.
Nas águas naturais, a presença da turbidez provoca a redução de intensidade dos
raios luminosos que penetram no corpo d’água, influindo decisivamente nas características
do ecossistema presente. Quando sedimentadas, estas partículas formam bancos de lodo
onde a digestão anaeróbia leva à formação de gases metano e gás carbônico,
principalmente, além de nitrogênio gasoso e do gás sulfídrico, este malcheiroso, com odor
característico, de ovo deteriorado.

 pH

O pHmetro ou medidor de pH é um aparelho usado para medição de pH.


Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro. O aparelho é
calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciado em cada soluções de calibração.
Para que se conclua o ajuste é então calibrado em dois ou mais pontos
A influência do pH sobre os ecossistemas aquáticos naturais dá-se diretamente
devido a seus efeitos sobre a fisiologia das diversas espécies. Também o efeito indireto é
muito importante, podendo determinadas condições de pH contribuir para a precipitação de
elementos químicos tóxicos como metais pesados; outras condições podem exercer efeitos
sobre a solubilidade de nutrientes. O valor de pH é também um resultado importante para a
composição dos chamados “índices de qualidade de águas”.

 Comparação com a Legislação


A partir dos resultados obtidos, pode-se verificar que a água analisada está dentro
dos parâmetros permitidos de acordo com a RESOLUÇÃO N° 357, DE 17 DE MARÇO DE
2005, uma vez que, a resolução estabelece um limite de turbidez de 100 NTU e o obtido foi
85,8. Além de que a partir destes pode-se se classificar o corpo d’água como Classe 2 –
Águas Doces. E para o parâmetro pH , viu-se que o mesmo também está dentro dos
parâmetros, uma vez que, a Legislação estabelece uma faixa de pH de 6,0 a 9,0, e obteve-
se pH= 7,39. Podendo assim, de forma geral classificar o corpo d’água como Classe 2 –
Águas Doces.
A turbidez deu um valor relativamente alto, pois o corpo d’água é um tanque de
psicultura. Os peixes influenciam na qualidade da água por meio de processos
como eliminação de dejetos e respiração. A quantidade de ração fornecida
também influencia diretamente na qualidade da água; ao ser oferecida
grande quantidade de alimento aos peixes, ocorrerá à poluição do tanque. Portanto, quanto
mais turva a água, menos indicada será para a criação de peixes, pois impede a penetração
de luz solar e consequentemente o desenvolvimento do fitoplâncton (microvegetais que
vivem na água e que lhe dá cor verde).
A respiração, fotossíntese, adubação, calagem e poluição são os
cinco fatores que causam a mudança de pH na água. Alterações no pH da
água podem provocar até mesmo altas mortalidades em peixes,
especialmente em espécies que apresentam maior dificuldade de estabelecer
o equilíbrio osmótico ao nível das brânquias, o que determina grandes
dificuldades respiratórias.

CONCLUSÕES

Podemos concluir que, a aula teve seu objetivo alcançado, uma vez que,
conseguiu-se determinar os parâmetros pH e turbidez, obtendo-se turbidez=85,8 NTU e
pH= 7,39. E, viu-se que os mesmos estão dentro dos limites permitidos pela RESOLUÇÃO
N° 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005, uma vez que, a resolução estabelece um limite de
turbidez de 100 NTU e o obtido foi 85,8 NTU estabelece uma faixa de pH de 6,0 a 9,0, e
obteve-se pH= 7,39 . Podendo assim enquadra o corpo d’água na Classe 2 – Águas Doces.
Vale ressaltar que as práticas executadas são passíveis de erros.
REFERÊNCIAS

ALCÂNTARA, Enner Herenio de. Análise da turbidez na planície de inundação de Curuaí


(PA, Brasil) integrando dados telemétricos e imagens MODIS/TERRA. São José dos
Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.[Dissertação de Mestrado em
Sensoriamento Remoto]. Available from:< http://urlib. net/sid. inpe. br/mtc-m17, v. 80,
n. 2007, p. 02.15, 2006.

BRASIL, Resolução CONAMA n°357, de 17 de março de 2005. Classificação de águas,


doces, salobras e salinas do Território Nacional. Publicado no D.O.U. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> Acesso em: 18 Nov. 2017.

BUENO, Lara F.; GALBIATTI, Joao Antonio; BORGES, Maurício J. Monitoramento de


variáveis de qualidade da água do Horto Ouro Verde-Conchal-SP. Engenharia Agrícola, p.
742-748, 2005.

CARVALHO, Fernando Tadeu de et al. Influência da turbidez da água do rio Tietê na


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GILBERTO, Nicolella et al. Índice de qualidade de água em microbacia sob uso agrícola e
urbano. Scientia Agricola, 2002.

KUBITZA, Fernando. Qualidade da água na produção de peixes-Parte III (final). Panorama


Aquicultura, v. 8, p. 35-43, 1998.

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