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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS MARINGÁ


CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

DETERMINAÇÃO DA COR, TURBIDEZ E PH DA ÁGUA

ACADÊMICOS – Grupo 01
BRUNO YOSHIOKA RA: 85637
GUSTAVO HENRIQUE RA: 81940
ROBERTA PAVÃO RA: 82774
RODOLFO BONAN RA: 83316
PROFESSOR: ALEXANDRE
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS DO AMBIENTE
TURMA: B – 002 - 1º ANO

MARINGÁ, 2013
OBJETIVOS
Realizar a calibração dos instrumentos, fazer a determinação de turbidez da
água, referente a partículas sólidas em suspensão, e ainda, realizar análise
cromática e de potencial hidrogeniônico das amostras.
RESUMO
A prática realizada consiste em realizar análises para quatro amostras de
água de diferentes origens. Utilizando equipamentos eletrônicos, foram aferidos os
parâmetros aproximados de potencial hidrogeniônico (pH), turbidez e coloração para
as amostras, para verificar a qualidade da água, para tanto, previamente foi
realizada a calibração dos instrumentos. Nos resultados experimentais constatamos
que a amostra 2 se mostrou mais apta para o consumo humano.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O pH (potencial hidrogeniônico) é uma grandeza físico-química que indica a
acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa. O valor do pH está
compreendido em uma faixa de 14 unidades, que vai de 0-14. Quando o pH é menor
que 7, a solução é ácida, quando o pH é igual a 7 a solução é neutra, e quando é
maior que 7 a solução é básica. O pH interfere em outras propriedades da água, por
exemplo na coloração. Quando a concentração de hidrogênio está na faixa de pH
ácida, a água é corrosiva, e quando está na faixa alcalina, ocorre a formação de
incrustações em tubulações e caldeiras devido à precipitação de sais contidos nesta.
O pH é corrigido com a adição de H 2SO4 em águas muito alcalinas e Ca(OH)2 em
águas de pH muito baixa (ácidas).
A cor é uma percepção visual provocada pela ação de feixe de fótons sobre
células especializadas dos olhos. A coloração de um material é determinada pelas
médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes
refletem. Um objeto terá determinada cor se refletir justamente os raios
correspondentes à frequência daquela cor. A coloração da água pode ser natural ou
resultado de algum tipo de contaminação. Quando for natural, pode ser classificada
em aparente ou verdadeira.
A cor aparente é a consequência de substâncias em suspensão ou no estado
coloidal. Neste caso, basta a retirada das partículas por centrifugação ou deposição,
e a água se torna incolor. A cor verdadeira é resultado de diversos fatores, entre
eles: a decomposição da matéria orgânica; ácidos húmicos; taninos; presença de
íons complexos de ferro e outros elementos de transição. (LENZI, FAVERO E
LUCHESE, 2009)
A turbidez, propriedade de desviar os raios luminosos, é decorrente da
presença de materiais em suspensão na água, finamente divididos ou em estado
coloidal, e de organismos microscópicos. (BRAGA, et al, 2005)
Quando os compostos em suspensão não forem tóxicos, a turbidez é apenas
uma questão de inadequação estética. Porém geralmente micro-organismos
patogênicos se associam a essas partículas em busca de alimentos e proteção, e
assim, desinfetantes passam não serem eficazes o que dificulta o tratamento da
água. Para melhorar a ação dos desinfetantes a água deve então ser decantada.
MATERIAIS E MÉTODOS
- Pissete com água destilada
-Papel absorvente e macio
-Recipientes plásticos
-pHMETRO (Figura 01)
-Turbidímetro (Figura 02)
-Tubeta de vidro
-Colorímetro (Figura 03)

(Figura 01) (Figura 02) (Figura 03)

Para realização dessa prática é importante considerar alguns cuidados, como


a calibração precisa dos instrumentos, secagem e lavagem correta das vidrarias
para não ocorrer contaminação das amostras.
Primeiramente ligou-se o pHMETRO e esperou-se sua estabilização, em
seguida, lavou-se os eletrodos com água destilada enxugando-os com papel
absorvente. Após lavá-los calibrou-se o aparelho com duas soluções tampões de pH
7,01 e 4,01 para uma faixa mínimade 95% de acuracidade, afim de obter um
resultado mais preciso. Assim foi analisada as amostras de água 1 e 2, e aferiu-se
os valores de pH corretamente.
Logo após, ligou-se o colorímetro e no tubo A do aparelho, colocou-se uma
amostra de água destilada para servir de parâmetro para análise das amostras.
Então o tudo B do aparelho foi preenchido com a amostra de água 2 e em seguida 3
e 4. A análise foi feita, comparando visualmente a intensidade da coloração das
amostras com o parâmetro de água destilada quando expostas a luz interna do
aparelho.
Por fim, ligou-se o turbidímetro, calibrando-o de acordo com o padrão
escolhido na escala apropriada para cada uma das amostras separadamente. A
escolha do padrão foi realizada por comparação visual entre a amostra a ser
medida, com as amostras padrões já definidas. Primeiramente calibrou-se na escala
de 0 a 10, usando um padrão de 6,4F.T.U para a análise da amostra 2. Em seguida
calibrou-se na escala de 0 a 100, usando um padrão de 78F.T.U para verificar a
turbidez das amostras 3 e 4.
RESULTADOS
Nas análises foram obtidos os valores apresentados na tabela 01.

Cor (u.C.) pH [H+] Turbidez


F.T.U
Amostra 1 - 10,31 -
Amostra 2 5 8,37 0,1
Amostra 3 20 - 7
Amostra 4 >100 - 26
Tabela 01 – dados obtidos experimentalmente
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos pudemos perceber que com análises simples é
possível comparar amostras e determinar qual é mais “pura”. A maioria das vezes
quando alguém precisa avaliar se uma amostra de água é própria para o consumo
humano, sua cor e turbidez são geralmente relacionadas com a pureza desta,
contudo mesmo uma água incolor e sem turbidez pode estar contaminada por
agentes biológicos ou químicos, sendo necessários outros processos para torná-la
potável.
Dessa maneira, de acordo com suas colorações, nota-se que apenas as
amostras 2 e 3 estão aptas para abastecimento público uma vez que o limite para
isso é 50 u.C., já pela turbidez, somente a amostra 2 está abaixo do limite de 5u.T
para ser considerada potável. Para o consumo, o pH da água deve estar na faixa de
6 a 9,5 para a rede de distribuição, sendo assim a amostra 2 se mostra mais
adequada para essa função, lembrando que, para a vida aquática, o pH da água
deve se manter entre 6 e 9.
Ao utilizar o pHmetro devemos considerar a contaminação do eletrodo com
outra amostra, o que ocasiona erros de medição. Além disso, a calibragem incorreta
também pode acarretar leituras errôneas, assim para assegurar um valor correto
devemos medir o pH da amostra várias vezes, tomando os devidos cuidados.
Durante a utilização do colorímetro é importante considerar a imprecisão da
medida desse equipamento, já que sua análise depende diretamente da habilidade
de comparação visual de quem o manuseia.
Conclui-se assim que dentre todas as amostras, a amostra 2 se mostrou mais
apta para consumo humano, já que ela foi a única que se apresentou dentro dos
limites impostos para a distribuição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGA, B.; HESPANHOL, I; CONEJO, J. G. L.; MIERZWA, J. C; BARROS, M. T. L;


SPENCER, M.; PORTO, M.; NUCCI, N; JULIANO, N.; EIGER, S. Introdução à
Engenharia Ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2ª edição. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318p.

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; LUCHESE, E. B.; Introdução à Química da água:


ciência, vida e sobrevivência. Edição única. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 604p.

Apostila de Laboratório de Ciências do Ambiente para Engenharia Civil.

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