O documento resume os principais tipos de cimentos odontológicos, incluindo suas composições, usos e propriedades. Descreve cimentos como hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, fosfato de zinco, óxido de zinco e eugenol e resinosos, explicando como cada um é manipulado e suas indicações clínicas como agente protetor pulpar, restaurações provisórias e cimentações.
O documento resume os principais tipos de cimentos odontológicos, incluindo suas composições, usos e propriedades. Descreve cimentos como hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, fosfato de zinco, óxido de zinco e eugenol e resinosos, explicando como cada um é manipulado e suas indicações clínicas como agente protetor pulpar, restaurações provisórias e cimentações.
O documento resume os principais tipos de cimentos odontológicos, incluindo suas composições, usos e propriedades. Descreve cimentos como hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, fosfato de zinco, óxido de zinco e eugenol e resinosos, explicando como cada um é manipulado e suas indicações clínicas como agente protetor pulpar, restaurações provisórias e cimentações.
CIMENTOS ODONTOLÓGICOS • Água (destilada) + pó = água de cal – profilaxia,
limpeza intra-canal e limpeza de cavidade.
Os materiais classificados como cimentos são aqueles que • Pasta – capeamento pulpar indireto, usado em polpa sofrem reação de ácido-base (ressalva para alguns poucos quase exposta. polimerizado por química ou por luz), ou seja, ao serem misturados • Cimento: usado em capeamento pulpar indireto ou em sofrem a reação, o pó tem caráter básico e o líquido ácido. Eles devem: cimentação provisória. • Ter uma boa espessura de película, viscosidade para não escapar, e boa fluidez, como no caso da A manipulação do cimento hidróxido de cálcio é fornecida em cimentação de próteses fixas, por exemplo. um sistema de duas pastas de cores diferentes, sendo uma base e a • Tempo de presa e trabalho adequados. outra catalisadora. Ambas devem ser despejadas em quantidade iguais • Fácil manuseio e consistência ideal, como no caso de numa placa de vidro ou bloco de papel. A espatulação deve ser feita restaurações provisórias. com a espátula n° 72, mistura-se até obter uma cor uniforma e viscosidade adequada. Por possui um pH alcalino (pH 12), impede a Uso indicados: agentes protetores pulpares, restaurações ação bacteriana, prejudicando as funções vitais da bactéria, como o provisórias e cimentações. O cimento deve ser utilizado dependendo metabolismo, crescimento e divisão celular. A ação dos íons de cálcio da situação clínica, mas por via de regra ele deve ser: isolante térmico ativa a fosfatase alcalina, que estimula a formação e dentina e elétrico, favorecer a formação de dentina terciária, adesão a estrutura secundária e dentina reparadora (pela diferenciação das células dentária (dentina), ação bactericida, biocompatibilidade e mesenquimais em odontoblastos). O tempo de presa é de 2,5 a 5,5 insolubilidade. minutos. CIMENTO IONÔMERO DE VIDRO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO O cimento ionômero de vidro (CIV) é um material bastante A principal característica do hidróxido de cálcio é estimular a popular na odontologia, ele é composto por um pó e um líquido, que deposição de dentina, ou seja, como reparador e protetor do completo quando misturados sofrem uma reação ácido-base entre o ácido dentina-polpa. Ele possui baixa resistência a elasticidade, compressão poliacrílico e o vidro aluminossilicato, além disso a mistura do pó e e tração. Dessa forma não deve ser usado em área de forças oclusais do líquido gerará uma líquido viscoso, que sofrerá gelificarão diretas sobre o material. Ele pode ser apresentado das seguintes (endurecimento), a ligação do ionômero a estrutura dental se por formas: ligação química de quelação (através da ligação do CIV com o aminoácido e o radical carboxílico presente no colágeno da dentina). • Pó – usado para capeamento pulpar direto, no caso de O cimento ionômero de vidro pode ser classificado quanto: polpa exposta. A composição química: • Convencional: o cimento é formado por partículas O ionômero de vidro reage muito com a água, por isso ele de alumínio-silicato de cálcio e o líquido de ácido corre o risco de sofre sinérese (contrair) e embebição (expandir). Para poliacrílico. a proteção contra perca ou ganho de água usa-se adesivos resinosos, • Reforçado por metais: tem a mesma composição base de unha incolor ou vernizes (em desuso). Vantagens: boa dos convencionais, porém são adicionadas biocompatibilidade, estética razoável, liberação contínua de flúor, partículas de amálgama ou liga de prata. adesão química a estrutura dental, rápida e fácil manipulação. • Híbridos (modificados por resina): possui uma Desvantagens: deve ser protegido da umidade, afim de evitar sinérese adição de resina. A intenção foi de criar um e embebição, baixa resistência ao desgaste e a forças de tração. ionômero fotoativável, além disso, por possui uma Manipulação: a proporção pó-líquido deve seguir a indicação do porção resinosa, é possível que esse cimento se uma fabricante, devem ser dispostos num bloco de vidro, quimicamente a resinas compostas e sistemas preferencialmente resfriado, o pó deve ser dividido em duas partes, adesivos. Podem apresentar duas (reação ácido- incorporando uma de cada vez por 15 segundos, o tempo de base + polimerização física) ou três presas (reação manipulação não deve ultrapassar os 45 segundos. A presa inicial é de ácido-base + polimerização física + polimerização 6 a 8 minutos e final é de 24 a 48hrs. química - luz). Além disso, o ionômero com resina é menos sensível a umidade e consegue penetrar CIMENTO FOSFATO DE ZINCO melhor nos túbulos dentinários, com aderência física. O cimento fosfato de zinco é apresentado em um pó e um líquido. O pó é composto por óxido de zinco (caráter básico) e o Por indicação clínica: líquido por ácido fosfórico (caráter ácido), ele é usado principalmente • Tipo I: mais fluido, indicado para cimentação de para a cimentação de peças protéticas metálicas, mas também para a inlays, onlays, coroas e bandas ortodônticas. cimentação de bandas ortodônticas ou como base ou forramento sob • Tipo II: mais viscoso, indicado para restaurações restaurações metálicas. Ele também é apresentado de duas formas: o em áreas de baixa tensão (restauração de classe III tipo I – possui presa mais rápida por possuir partículas mais finas no e V). pó e o tipo II – possui presa mais lenta por possuir partículas maiores. • Tipo III: forramento e base para restaurações A manipulação é feita da seguinte forma o pó deve ser despejado no definitivas. canto da placa de vidro grossa, o pó deve ser dividido em 6 partes e as gotas devem colocadas próximas do pó. As 3 partes menores são • Tipo IV: selamento de fóssulas e fissura na face primeiramente misturadas ao líquido por 10 segundos, as duas médias oclusal e obturação de canais radiculares. por 15 segundos e a maior por 30 segundos. O tempo de presa é de ART (tratamento restaurador atraumático) – usa-se o ionômero 2,5 a 8 minutos, a depende do tipo do cimento. de vidro com uma maior concentração de pó. Ele possui apenas adesão mecânicas, por isso o dente deve Manipula-se por 40 a 60 segundos, o tempo de trabalho é de 2 – 3 ser devidamente preparado. A película entre a peça protética e o dente minutos, depende da indicação clínica, e a presa é de cerca de 5 deve ser de no máximo 25 um. Quanto mais viscoso é o cimento, minutos. As propriedades são: menos solúvel ele se torna. Boa resistência e rigidez. Boa estabilidade • Atividade antimicrobiana e anti-inflamatória dimensional do ponto de vista clínico. • Fácil aplicação • Baixa solubilidade CIMENTO ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL • Bom escoamento e bom tempo de presa. • Irritativo aos tecidos O material é formado pela reação entre o óxido de zinco e o • Sabor desagradável eugenol, geralmente encontrado nas formas de um pó e um líquido. Ele é utilizado em cimentações temporárias, base ou forramento, CIMENTOS RESINOSOS restaurador provisório e na obturação de canais radiculares no tratamento endodôntico. A reação de presa é dada por quelação em Basicamente os cimentos resinosos são resinas compostas que a água presente na mistura acelere a reação, e seja um subproduto menos viscosas (ou mais fluidas, semelhante as resinas flow). Eles são dela. De acordo com a finalidade, o cimento óxido de zinco e eugenol bastante usados em procedimentos que requerem resistência a tração pode adquirido em diversas consistências, sendo dos tipos: e compressão, bem como estética e resistência de união. São usados • Tipo I: cimento provisório – indicação para na cimentação de peças protéticas, como coroas, inlays, onlays e cimentações provisórias overlays, braquetes ortodônticos, bandas ortodônticas e etc. • Tipo II: cimento definitivo – indicação para cimentações permanentes e restaurações indiretas. De acordo com a presa do cimento, ele pode ser classificado • Tipo III: materiais restauradores temporários e bases. como: • Tipo IV: forradores cavitários – indicação para a • Autopolimerizado: induzida por reação química. proteção do completo dentina-polpa. • Fotoativados: induzida por reação física com luz, A proporção pó líquido deve ser manipulado de acordo com a através dos monômeros fotossensínveis. indicação clínica, geralmente na obturação usa-se um cimento óxido • Dupla ativação ou dual: são ativados pela luz e por de zinco e eugenol mais fluido, ou seja, 0.25 de líquido para uma reações químicas. porção de pó. Em uma placa de vidro, é posto uma gota em um local em que haja menor chance do líquido escoar pela placa de vidro, em seguida coloca-se uma porção do pó, está deve ser dividida em três Classificação de acordo com a forma de aplicação: partes (50%, 25% e 25%), duas menores e uma maior. A maior parte • Cimentos resinosos convencionais: necessitam da é incorporada e misturada ao pó por 30 segundos, logo as duas aplicação de um adesivo. menores partes são misturadas uma cada vez por 15 segundos cada. • Cimentos resinosos autoaderentes ou autocondicionantes: são usados diretamente ao substrato, não necessitam de nenhum sistema adesivo.
As principais vantagens são alta resistência a compressão e
tração, dureza, baixa solubilidade, união micromecânica aos tecidos dentais, ligas metálicas e superfícies cerâmicas. As principais desvantagens são a sensibilidade a técnica de aplicação, baixa rigidez, possibilidade de infiltração marginal, sensibilidade dental e dificuldade de remoção dos excessos.