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RETENTORES INTRARADICULARES

Pinos de Fibra de Vidro


Realização

RANNA KARINE DE OLIVEIRA COSTA BARROS


DIANE FIGUEREDO DA SILVA
JOÃO PAULO ANDRADE DE LIMA
Objetivos
A reabilitação de dentes tratados endodonticamente tem
sido um desafio para a odontologia restauradora. A falta de
remanescente dental para fornecer suporte e retenção ao
material restaurador, bem como a necessidade de obtenção
de formas para retenção e resistência do preparo protético,
são indicações de necessidade de retentor intrarradicular
(SANTANA et al., 2011).
Existem diversos materiais utilizados como retentores
intra-radiculares: o núcleo metálico fundido e os pinos pré-
fabricados metálicos e não metálicos, dentre eles os mais
utilizados são os pinos de fibra de vidro, que possuem
vantagens como estética, módulo de elasticidade próximo a
dentina, reduzindo os riscos de fraturas,
biocompatibilidade, transmissão de luz, forças uniformes,
técnica mais rápida (FRANCO et al., 2014). No passado,
acreditava-se que os pinos reforçavam a estrutura dos
dentes que haviam sofrido tratamento endodôntico, porém
diversas pesquisas já confirmaram que tal reforço não
ocorre.
Pinos estão indicados em dentes tratados
endodonticamente e que apresentam grande perda de
estrutura dentária (até 2mm), ou, ainda, quando apenas uma
ou nenhuma parede cavitária estiver intacta.

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Material Utilizado

®
1. Ácido (Condac37 - FGM)
O ácido fosfórico age de formas diferentes quando comparamos
sua ação em esmalte e dentina. No esmalte, cria porosidades em
sua superfície, através de um processo de desmineralização,
permitindo, então, a penetração do adesivo.
Já na dentina, é o responsável pela remoção da smear layer,
alarga os túbulos dentinários e expõe a rede de fibras colágenas.
Nos processos de pinos intrarradiculares é utilizado o ácido
fosfórico a 37% por 15 segundos em todo o canal (do fundo até a
porção coronária), após isso, lavar com água abundante em
seringas descartáveis.Em caso de adesivos autocondicionantes é
necessário apenas na coroa dental. (Condac37)

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2. Adesivo (Ambar Universal APS - FGM)
O adesivo propriamente dito é nada mais que uma resina fluida
polimerizável, cuja função é molhar os substratos, de modo a
atuar como um agente intermediário entre a estrutura dental.
No esmalte, a interação do adesivo com o tecido envolve o
preenchimento das irregularidades e microporosidades criadas
pelo condicionamento ácido.(BARATIERI.,2010) Para os
procedimentos de pinos intrarradiculares, a aplicação do
adesivo é feita tanto no canal radicular, quanto no pino de
fibra de vidro, utilizando o mircrobrush com pouco adesivo
(microbrushs diferentes para cada etapa), pode ser utilizado
tanto os convencionais(Ambar) quanto aos autocondicionantes
(Ambar universal), após a aplicação é necessário
fotopolimerizar por 40s.

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3. Silano ( Dentnsply sirona)
Trata-se de uma molécula bifuncional derivada do silício e
que é utilizada como agente de união. Através de reações
químicas, é capaz de unir a porção orgânica do cimento
resinoso à inorgânica da cerâmica. Nos procedimentos
utilizando pinos de fibra de vidro,o silano tem a
funcionalidade fazer o elo de ligação entre a porção orgânica
e inorgânica entre o pino e a substância, sua aplicação é
feita através do microbrush (retirar os excessos) e então
deve ser aplicado no pino por 1 min ( Dentnsply sirona).

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4. Cimento (Alcem - FGM)
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Os cimentos contemporâneos podem ser divididos em
convencionais e adesivos, de acordo com o tipo de interação
que apresentam com a estrutura dental. Em linhas gerais, a
cimentação de uma restauração indireta tem como principais
funções: promover a retenção da peça protética, promover o
vedamento da interface entre a restauração e o substrato
,oferecer suporte mecânico ao material restaurador, realizar o
selamento dos tubulos dentinários e colaborar para a estética
adequada (BARATIERI.,2010). Nos procedimentos de
cimentação de pinos é utilizado o cimento resinoso dual, pois
a mistura é realizada na aplicação, auxiliando no processo de
polimerização

®
5. Pinos de Fibra de Vidro (Fiber Post - Maquira)

Os pinos de fibra de vidro tem uma chance menor de fraturar


raiz quando comparados com os de núcleo metálico fundido.
Sua confecção é bastante simples e pode ser realizada em um
período de cerca de 15 minutos, com um custo até 10 vezes
menor do que o pino de metal.

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Instrumentais para

Cimentação

1. Microbrush
2.Kit Clínico

3. Brocas Peeso (1,2,3) 4. Ponta Rhein

5. Brocas Diamantadas 6. Isolamento Absoluto


1014 4138 3216 3118

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7. Régua Milimetrada 8. Cânula

9. Fotopolimerizador 10. Bolinha de Algodão

10. Turbina de Alta e Micromotor +


9. Matriz de Poliéster
Contraangulo

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11. Lapiseira n° 7 12. Hollemback

13. Cursor Endodôntico 14. Resina Composta

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Técnica de Cimentação
do
Pino

Limpeza do Pino
A superfície do pino é limpa
com uma bolinha de algodão
embebida em álcool;

Aplicação do Silano
O pino recebe múltiplas
camadas de um agente
silano, seguidas de suaves
jatos de ar, para evaporação
dos solventes;

Aplicação do Adesivo
1.Inicialmente, os dentes adjacentes
devem ser protegidos com uma matriz
de poliéster para evitar o contato
inadvertido com o ácido fosfórico;

2.O ácido é inserido, com a ponta


aplicadora posicionada no fundo do
canal radicular (assegurando que o
condicionamento será feito de “dentro
para fora”). É importante que o
condicionamento seja estendido por
7 toda a superfície que receberá adesivo,
cimento e compósito;
3.Após 15 seg, o ácido é lavado
com cânulas de irrigação -
capazes de percorrer toda a
extensão radicular preparada - e
simultaneamente, aspirado com
cânulas suctoras acopladas a um
sugador de alta potência;

4.Após lavagem abundante, o


excesso de umidade é
removido com pontas de papel
absorvente;

5.Aplicação do adesivo dual no


substrato dental, com auxílio
de microbrush de tamanho
compatível com a luz do canal;

6.Toda a área que receberá


resina composta e a superfície
do pino deve ser recoberta pelo
adesivo.

Aplicação do Cimento no Canal


Um cimento resinoso dual é,
então, manipulado e aplicado à
superfície do canal, por meio de
seringas tipo Centrix ou brocas
Lêntulo;

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Aplicação do Cimento no Pino

Agora o cimento deve


ser aplicado à superfície
do pino e levado em
posição e submetido à
pressão digital, até que
se alcance a mesma
altura definida
previamente à
cimentação, durante a
prova do pino;

Remoção dos Excesoos

Os excessos devem ser


removidos com o auxílio de
uma sonda exploradora;

Fotopolimerização

Logo após realiza-se a


fotoativação por tempo igual
ou superior ao recomendado
pelo fabricante do cimento;
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Confecção da Porção Coronal com Resina

Composta

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Referências

BARATIERI. LUIZ NARCISO. ODONTOLOGIA


RESTAURADORA: FUNDAMENTOS E TÉCNICAS. 1°
EDIÇÃO. SÃO PAULO: SANTOS, 2010

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