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Reabilitação Bucal em Odontopediatria

Retomando...
Principal Fotoiniciador das Resinas Compostas = Canforoquinona – absorve
luz azul, comprimento de onda entre 400 e 500nm.

● Potência do fotopolimerizador (mW)

● Área Irradiada (cm2)

● Densidade de energia requerida para completa polimerização: 16 J/cm2

Incremento de 2mm de espessura: 400 mW/cm2, por 40s = 16J/cm2 alto grau
de conversão de monômeros.
Profundidade de polimerização é afetada pela cor da resina, tamanho das
partículas, temperatura. Fator de configuração da Cavidade.
Correção:

● Principal Fotoiniciador das Resinas Compostas = Canforoquinona –


absorve luz azul, comprimento de onda entre 400 e 500nm. – O
fotoiniciador deve ter a capacidade de fotoiniciar e o principal elemento é
a canforoquinona que está presente nas nossas resinas.
● Intensidade de Luz do Fotopolimerizador ou Irradiância (mW/cm2)
o Valores aceitos para os fotopolimerizadores: mínimo de 600 to
1000 mW/cm2
● Dose de energia = Irradiância X tempo
o Dose de energia mínima requerida para polimerizar as resinas
compostas: varia de 6J/cm2 a 24 J/cm2 para um incremento de 2
mm.
o Exemplo: se a intensidade de luz do fotopolimerizador for de 600
mW/cm2, e o tempo de fotopolimerização for de 20s =
12000mW/cm2 = 12J/cm2 = alto grau de conversão de
monômeros. – Tudo depende da cor, da distância, do tipo de
cavidade que temos.
● Profundidade de polimerização: é afetada pela cor da resina, tamanho
das partículas, temperatura, fator de configuração da cavidade.
O sucesso clínico de uma restauração com resina composta depende:

● Da técnica operatória,
● Das características da restauração que inclui: localização, tamanho e
profundidade da cavidade relativa à posição da ponta do
fotopolimerizador,
● Da energia requerida pela resina composta usada que é influenciada
pela cor e,
● Do espectro de emissão de luz para atingir os fotoiniciadores presentes
na resina composta. O principal fotoiniciador é a canforoquinona, porém
podemos ter outros tipos de fotoiniciadores e cada fabricante
recomendará, qual o melhor para ser usado.
Tipos de retenção Intra-canal
2- Pino de Fibra de Vidro

● Ele tem vantagens a outros tipos de núcleo, por ser estético, como no
caso do reforço metálico, não temos o problema de ser prateado, o
problema dele é ser mais caro, então devemos usar na indicação correta
e outra vantagem é que com apenas 1 fio conseguimos fazer 3 núcleos
em dentes decíduos.
● Esse pino apresenta vários diâmetros, 1mm, 1,5mm, 2mm.

● Uma das marcas Fiberpost

Devemos então selecionar o pino que caiba em nosso canal preparado (1/3 do
canal do dente decíduo), devemos então cortar o pino em uma altura onde
tenhamos pelo menos mais de 1mm de resina acima dele para que não interfira
na incisal do dente, sendo um pouquinho mais baixo que a altura da coroa,
depois de feito isso, vamos condicionar a dentina no interior do canal
preparado, fazer a aplicação do primer e adesivo e fazer a cimentação do pino,
polimerizamos e preparamos o pino com o silano, se não tivermos silano
podemos fazer condicionamento ácido do pino, e por fim fazemos a cimentação
do pino e a confecção da parte coronária do núcleo. A cimentação é feita com
cimento resinoso e depois vamos fazer o núcleo em resina composta, de
preferência híbrida, por dar mais resistência.
Restaurações sobre o núcleo podem ser:
Diretas:

● Em resina composta – resina composta ou matriz plástica de celuloide

Semi – Diretas ou Indiretas

● Coroas em resina composta – vamos moldar o núcleo e no modelo,


vamos construir a coroa em resina composta, podendo usar a mesma
que usamos na restauração direta, fazendo a polimerização com o
fotopolimerizador.
● Coroas em resina acrílica prensada – quando mandamos para o
laboratório na clínica, é feito enceramento, troquel e prensagem da
resina acrílica. Devemos fazer a escolha da cor que fica sempre entre 61
e 62 para os dentes decíduos.
● Coroas policarbonato – coroas pré fabricadas mais difíceis de serem
encontradas no mercado, a coroa vem pronta, podemos fazer o
reembasamento, mas devemos apenas adaptá-las.
● Coroas de Zircônia - coroas pré fabricadas presentes no mercado a
partir de 2001 a coroa vem pronta, podemos fazer o reembasamento,
mas devemos apenas adaptá-las, essas coroas tem uma ótima estética,
resistência muito boa, mas são caras para o uso clínico.
Restaurações semi – diretas em resina composta
Exemplo: A paciente chega com os dentes completamente desgastados , é
feito o tratamento endodôntico, o preparo dos canais e a confecção dos
núcleos, 2 com pino de fibra de vidro e dois em resina composta sem reforço
metálico. As paredes do preparo do núcleo devem estar ligeiramente
expulsivas, ou com uma convergência de cervical para incisal, ligeira
expulsividade em torno de 6° para que seja possível a cimentação da coroa,
sem a presença de áreas retentivas.
O preparo deve ter o término cervical em chanfrado profundo, terminando em
estrutura dentária. Nem sempre usamos o fio afastador em crianças devido ao
comportamento delas ser mais difícil, então preferimos deixar o fio afastador a
nível gengival e no máximo ligeiramente subgengival, de forma que
conseguimos moldar sem a colocação do fio. Quando necessário, se ficar sub,
colocamos o fio para moldar.
A moldagem pode ser feita com a silicona pesada e com a silicona leve para
copiar os detalhes mais finos do preparo. Sobre o modelo serão
confeccionadas as coroas em resina composta.
Cimentação
Cimentos Resinosos Duais 🡪 Ex.: Rely X ARc

● Sistemas adesivos mais adequados para usar com esses cimentos:


o Sistemas adesivos convencionais de três passos.
o Sistemas adesivos autocondicionantes de dois passos

Tentamos evitar sistemas adesivos simplificados, como o de 1 passo ou o de 2


passos convencionais, pois existe uma incompatibilidade dos cimentos
simplificados com os resinosos duais.
Incompatibilidade entre Sistemas Adesivos Simplificados e Cimentos
Resinosos Duais

● Convencionais simplificados

● Autocondicionantes de passo único

Monômeros ácidos não polimerizados de adesivo – interagem com a amina


terciária do cimento resinoso e impedem que elas atuem como catalisadoras na
reação de polimerização do cimento.
Adesivos simplificados se comportam como membrana permeáveis após a
polimerização, podem acarretar em maiores chances de degradação.
Cimentos Resinosos auto -adesivos
Podem ser utilizados!
Eliminam a necessidade de pré-tratamento do dente (condicionamento ácido e
aplicação de primer e adesivo).
Esse tipo de cimento não é melhor que os outros, não tem vantagens em cima
dos outros além de eliminar os passos técnicos de preparação do dente.
Sequência de cimentação da coroa
Como foi utilizado o sistema adesivo com condicional de 3 passos, vamos fazer
o condicionamento ácido do dente preparado, e da peça protética, aplicando
primer e adesivo na peça e no núcleo e polimerizamos, em seguida o cimento é
preparado e levamos a peça em posição, removendo os excessos, por ser um
cimento dual teremos uma presa química, mas podemos ajudar com a
incidência da luz do fotopolimerizador.
Após as restaurações devemos fazer o acompanhamento.
Resina composta indireta com pino
Moldagem dos canais preparados, com a finalidade de cimentar como peça
única o pino com a resina, pode ser moldado com silicone leve, onde utilizamos
um palito preparado para introduzir no interior do canal e empurrar a silicone
leve de encontro com as paredes do canal, assim moldando melhor e evitando
bolhas.

O palito pode ser preparado com uma cunha de madeira, ou palito de dente,
palito de fósforo, basta dar conicidade para ele.
Feita a colocação da silicona leve no palito, preparamos a silicona pesada,
colocamos na moldeira e levamos na posição, com o cuidado de deixar o palito
na altura dos dentes vizinhos para não interferir na colocação da moldeira.
Após a moldagem com silicona pesada, removemos a moldagem com tudo
junto.
Sequência: silicona leve 🡪 interior do canal 🡪 introdução do palito 🡪
manipulação silicona pesada 🡪 leva em posição com a moldeira 🡪
remove tudo.
Em casos onde utilizamos o pino de fibra de vidro, devemos fazer a moldagem
anatômica, pegamos o pino de fibra de vidro, cortamos na altura adequada,
isolamos o gesso, com cel – lac ou glicerina, colocamos resina composta no
interior do canal e introduzimos o pino, fazendo uma pré – polimerização por 10
ou 20s, tiramos do interior do canal, polimerizamos novamente o pino na mão e
fazemos isso até que haja o preenchimento e moldagem de todo o canal com o
pino.
Em seguida fazemos a parte coronária da restauração que pode ser feita só
como um núcleo e depois cimentar uma coroa ou já reconstruímos toda a coroa
e cimentamos como peça única. O único problema da peça única é que ela fica
mais pesada, correndo mais risco dela se deslocar da cavidade, devemos,
portanto, nos atentar a adaptação da peça e assentamento.
Condicionamento da dentina de dentes decíduos 10s! A peça deve ser
condicionada, devemos aplicar primer e adesivo e preparar o cimento resinoso,
pincelando na peça e levando em posição e fotoativando.
Reabilitação de dentes posteriores
Restauração direta 🡪 Resina composta:
Nesse caso a restauração pode ser feita em incrementos, ou em casos onde
temos a oclusal íntegra, podemos moldar a oclusal e usar como um template
para ajudar na restauração.
Para realizar a moldagem devemos fazer inicialmente a profilaxia das oclusais,
isolamos a superfície oclusal, usamos uma resina composta mais fluida
(FLOW), pode ser isolada com glicerina ou com detergente (ype) (não usar a
vaselina por ser muito oleosa), em seguida pegamos a resina, aplicamos na
oclusal e colamos o microbrush na oclusal, para podermos manipular a cópia e
por fim só fotopolimerizamos a resina.
Confeccionamos o preparo cavitário, removendo o esmalte dental que se
encontra sem suporte de dentina, no exemplo citado, foi necessário que fizesse
um forramento com CIV e condicionamento ácido, esmalte 30s e dentina 10s,
lavagem, secagem, aplicação do primer e do adesivo e começa a restauração
pela técnica incremental. E a última camada que corresponde a parte estética,
colocamos a resina e o template que confeccionamos em posição.
Em seguida pré polimerizamos, removemos o template e terminamos a
polimerização da resina composta. Devemos fazer o teste oclusal com
carbono.
Resina composta semi – direta ou indireta
Primeiramente fazemos o preparo, moldagem e coloca-se restauração
provisória para aguardar até o momento que a restauração indireta fique
pronta. A restauração indireta é confeccionada sobre o modelo, onde vamos
colocando a resina composta de forma incremental. Após seu preparo
devemos isolar o dente, fazer o condicionamento ácido da peça, remoção do
cimento provisório e do cimento provisório (cotosol). Fazemos o forramento
com CIV, condicionamento do dente e podemos usar um cimento resinoso.
Restaurações indiretas – COROAS DE AÇO – pré fabricadas
Objetivos

● Restabelecer a altura cérvico-oclusal e do diâmetro mésio – distal

● Recuperar a oclusão

● Devolver a eficiência mastigatória

Foram muito utilizadas até os anos 2000, depois sumiram do mercado e agora
voltaram.
Como são coroas pré-fabricadas a coroa delas é padrão, exigindo a adaptação
para cada paciente.
Vantagens: em comparação com as metálico – fundidas

● Baixo custo

● Facilidade de execução

● Pode ser realizada em uma única sessão

● Não mancha

● Resistente aos fluidos bucais

Desvantagens:

● Estética

● Dificuldade de adaptação na cervical

● Padrão anatômico

Seleção da coroa:
Medir o diâmetro mesio – distal do dente que vai receber a coroa, com um
compasso de ponta seca. Medimos pelo maior diâmetro ou pelo diâmetro mais
cervical da coroa. Geralmente selecionamos 3 coroas, a do tamanho exato,
uma maior e uma menor.
Preparo do dente
● Ligeiramente expulsivo

● Rompimento do contato proximal

● Término do preparo sem ombro

O preparo é bem sutil, removemos apenas as partes mais retentivas da coroa.


Adaptação da coroa
A coroa é oca por dentro, ela é confeccionada com um material bem fino, onde
vamos adaptando ela pelo recorte cervical com uma tesoura para ouro, com
pedras abrasivas fazemos desgaste para retirar as rebarbas deixada pela
tesoura, podemos usar discos e borrachas abrasivas para dar polimento. O
ajuste cervical pode ser feito a partir do uso de um alicate, damos uma
pequena curvatura na coroa para que ela se adapte melhor ao dente e crie
uma certa retenção na cervical. Vamos provar a coroa na boca e avaliar a
gengiva, se tivermos uma isquemia que se mantém significa que a coroa está
muito alta e necessita ainda de ajustes, então novamente fazemos os ajustes e
provamos, se neste momento houver uma isquemia que desaparece com o
tempo, então está certo, pois a coroa deve ir pouco subgengival para se
adaptar, mas não muito para não provocar problemas gengivais.
Os ajustes são feitos a nível cervical e não oclusal, pois o material da coroa é
muito fino e pode furar. Conferimos o ajuste da coroa com uma sonda.
Cimentação da coroa
Pode ser feita com CIV, cimento de fosfato de zinco e pode ser feita com
cimento resinoso.
O cimento deve estar em uma consistência adequada para que forme uma fina
camada, colocamos no interior da coroa, levamos em posição e após a presa
do cimento devemos fazer a checagem oclusal.
Quando o dente apresentar grande destruição podemos confeccionar um
núcleo para a coroa, pois ela fica retida basicamente na cervical.
É interessante observarmos o alinhamento do arco, fazendo com que o sulco
central da coroa fique na mesma direção que os demais.
Problemas Associados ao emprego inadequado da técnica

● Inclinação da coroa durante a cimentação, gerando contatos prematuros


e consequente desenvolvimento de má – oclusão e até mesmo mordida
cruzada.
● Bordas deficientes facilitando o acúmulo de placa bacteriana e
inflamação gengival e problemas periodontais.
Mantenedores de Espaço
Função:

● Manter o espaço para irrupção do sucessor permanente

● Não interferir no desenvolvimento de dentes e arcos dentários

● Impedir a extrusão do dente antagonista

● Restabelecer a função mastigatória e fonética e estética

● Papel no desenvolvimento psico – emocional

Tipos de mantenedores de espaço


Fixos:

● Anteriores:
o Prótese fixa funcional
o Prótese fixa adesiva
o Prótese fixa com fio ortodôntico
o Prótese fixa em cant – lever
● Posteriores:
o Banda alça
o Coroa alça

Existem outras possibilidades que os profissionais podem fazer.


Removíveis – são as nossas maiores opções
Tem sido o mais viável, mesmo sendo dependente da colaboração dos
pacientes.
Prótese Fixa Funcional

Pensou -se em colocar uma prótese que permitisse o crescimento do arco na


região anterior. Este tipo de prótese está indicada quando se tem a perda de
um elemento dentário e quando os dentes vizinhos estão já apresentam algum
grau de destruição, necessitando de algum tipo de restauração indireta.
Assim os dentes vizinhos funcionariam como pilares e coloca-se um pôntico,
sendo fixado em um dos pilares com um fio. Todo o conjunto é colocado e
cimentado, podendo ser com cimento de fosfato de zinco ou com CIV. À
medida que vai tendo um aumento nessa região do arco, o fio vai deslizando
com a canaleta e permite a abertura.
Para o paciente usar esse tipo de prótese, ele deve ter um pouco de overjet,
com a maxila um pouco à frente da mandíbula, para que consigamos colar o fio
pela palatina, portanto as palatinas desses dentes ficam mais volumosas.
Prótese Fixa Adesiva

Nesse caso, invés de colocarmos o fio correndo, podemos colar com uma fita
do tipo Hi – bond, assim colamos o pôntico nessa fita e colocamos a fita nos
dentes pilares, utilizado em casos onde o paciente não apresenta a destruição
dos dentes vizinhos.
Podemos fazer os procedimentos em modelo e posteriormente transferir para a
boca. Devemos também orientar a criança a passar o fio dental com um
artefato que a permita passar por cima da fita.
Prótese Fixa Adesiva com Fio Ortodôntico

Pegamos o dente de acrílico e adaptamos ao fio ortodôntico, colamos ele e


cimentamos na boca. Em casos onde o paciente apresenta a mordida aberta,
não é necessário fazer o desgaste na palatina, porém se ele tiver uma oclusão
mais sem overjet ou mordida aberta podemos fazer um ligeiro desgaste na
palatina dos dentes para poder colar o fio ortodôntico na palatina dos pilares.
O aparelho deve ser muito bem colado com a resina composta para que não
caia na boca do paciente. Porém tanto nesse caso como o da fita, eles não
permitem o crescimento da região e sabemos que até os 5 anos de idade essa
região não demanda tanto crescimento. Começando a ser significativo apenas
após a irrupção dos incisivos inferiores.
Assim, até os 5 anos e meio ou 6 anos de idade, devemos observar pois esse
tipo de prótese não vai permitir o crescimento do arco nesta região. Se
notarmos que começa a prejudicar o paciente, o rebordo do paciente ficando
mais espesso, devemos remover a prótese
Prótese fixa em “cant – lever”
Fica como se fosse um pôntico suspenso, porém é complicado pois o paciente
não pode morder nada nessa região para que ele não desloque a peça.
Não é algo feito mais, pois dão preferência ou para o fio ortodôntico ou para o
aparelho removível.
Nessa técnica é colocado o pôntico suspenso junto ao pilar que é cimentado na
boca do paciente, podemos colocar um fio ortodôntico para dar sustentação ao
pôntico.
Para dentes posteriores: Banda alça e Coroa alça

Banda alça: Banda ortodôntica na qual soldamos um fio ortodôntico que vai
tocar a distal do dente vizinho ao espaço protético, mantendo o espaço
protético, estando indicada quando temos perda do primeiro molar decíduo, ou
quando temos a perda do segundo molar decíduo e o primeiro molar
permanente já está em posição.
Tanto a banda como a coroa alça apresentam a desvantagem de não
recuperar a oclusão na região, podemos ter a extrusão do dente antagonista.
Qual das duas escolher?
- A opção é se o dente vizinho for íntegro ou que precise de uma restauração
pequena, optamos pela banda, porém se o dente vizinho já tiver grande
destruição e precisa receber uma coroa indireta, ai fazemos a coroa de aço e
soldamos o fio ortodôntico que apoia do dente ao espaço protético. Assim
mantemos o espaço ântero – posterior.
Esses casos são interessantes quando temos a perda de um único elemento
dentário.
Quando o dente estiver quase irrompendo, removemos a banda alça pois seu
objetivo já foi concluído.
Exemplo questão de prova: se o paciente perde um dente do lado direito e dois
do lado esquerdo, não faz sentido colocarmos a banda alça de um lado e
mantedor de espaço do outro, uma vez que do lado esquerdo já está indicada a
colocação do mantedor de espaço, podemos utiliza-lo no lado direito também,
mesmo que tenhamos a perda de um único elemento dental. O mesmo
princípio vale para o mantenedor do espaço.
Prótese Removível

São indicadas principalmente em casos de perdas de mais de um elemento


dentário.
Independente do motivo pelo o qual o paciente perdeu os seus dentes, ou
então os que nem tiveram seus dentes formados, podemos usar esse aparelho
que nada mais é que uma placa de Hawley com grampos de retenção e com a
presença de dentes artificiais para que seja funcional e capaz de devolver a
mastigação para o paciente.
Ela não devolverá completamente a força mastigatória para o paciente, mas ela
devolve a capacidade de mastigação e evita hábitos como interposição lingual
durante a fala e deglutição.
Podemos confeccionar a prótese com grampos do tipo ADAMS e grampos
circulares.
Os caninos decíduos tendem a distalizar e vestibularizar, promovendo o
aumento da distância intercanina que promove o alinhamento dos dentes
permanentes, portanto, quando o paciente tiver a presença do germe dos
caninos, o grampo circular vindo de distal – mesial no canino, impede esse
processo prejudicando o aumento da distância intercanina e alinhamento.
Portanto, nos pacientes que apresentam os germes dentários é interessante
que na época de erupção dos incisivos inferiores a gente corte o grampo
circular.
Outra opção que temos é colocar o grampo de mesial – distal (ponta ativa na
distal) pois é menos prejudicial que de distal – mesial, mas ainda é prejudicial.
E uma terceira opção, que é a mais indicada, é a colocação de um arco
vestibular que auxilia na estabilização do aparelho, embora não seja de
retenção, ajuda na retenção e não prejudica a distância intercanina.
Sempre que for possível mandar os dentes nos arcos, devemos manter, pois
eles ajudam na retenção do aparelho.
Sem a reabilitação com o aparelho removível, a criança fica com ar de
envelhecimento em casos com grande perda dental.
O aparelho removível deve ter um acompanhamento, no dia da sua entrega
devemos orientar os pais e as crianças como colocar e remover (deslocar pelo
grampo de retenção mais posterior e deslocar), o aparelho, como higienizar
(escovar, pelo menos 1 vez por semana colocar na água com hipoclorito (1
colher de hipoclorito para 1L de água) de sódio por 30 minutos usar clorexidina,
tabletes usados para limpar PT).
Prótese Total
Ainda existem casos onde os pacientes perdem todos os dentes de uma
arcada, portanto quando o paciente perde a contenção posterior devemos
devolver a dimensão vertical para o paciente.
Para realizar a prótese total, vamos fazer a moldagem anatômica com
moldeiras de estoque, é confeccionado o modelo de estudo, sobre ele é feita
as moldeiras individuais e realizamos a moldagem funcional com selamento
de bordas com a godiva. No caso das crianças, os dentes podem estar
irrompendo nos impedindo de fazer a moldagem de bordas, nessa situação
podemos pensar em realizar uma prótese dentomucossuportada com o grampo
no dente que está irrompendo. Após esses procedimentos fazemos a
moldagem com a pasta zinco enólica, porém na criança pode ser feito com
alginato, só não pode ser feita com material à base de silicone, pois ela é mais
rígida e a prótese não vai se adaptar muito bem na boca da criança.
Sobre o modelo de trabalho é confeccionada a base de prova e os roletes de
cera e fazemos a determinação da dimensão vertical.

� Determinação da dimensão vertical: devemos dividir a face em três


terços e avaliar a altura desses terços, que devem ser correspondentes,
também podemos pedir para que o paciente fale algumas palavras
(mamão, mamãe) para analisarmos quando o lábio vai ficar em repouso,
assim obtermos dimensão vertical de repouso, vamos diminuir 3 mm
que seria correspondente ao Espaço funcional livre assim temos então
a Dimensão vertical de oclusão e seria nessa dimensão que vamos
confeccionar a prótese. Essa é a forma fonética, temos também a forma
métrica que consiste em medir as três porções da face e a outra forma é
medir a distância entre o canto externo do olho e a base do nariz, que
deve ser correspondente à distância do terço inferior da face. Após a
determinação da dimensão vertical, vamos colocar os roletes de cera na
boca do paciente, com a base de prova (tudo no mesmo dia), para
verificarmos se a dimensão está muito aumentada ou diminuída.
Chegamos a essa conclusão analisando se a face da paciente está
harmônica e também pedindo para a paciente pronunciar os mesmo
sons de anteriormente para chegar a fonética.
Deixando os roletes de cera na altura certa e fazendo a demarcação da linha
mediana e da região de comissura bucal e altura do sorriso. Feito isso fixamos
as bases de prova com um grampo e fazemos a montagem em articulador.
No caso das crianças não é possível realizar a tomada de arco facial, pois não
existe arco facial para as crianças, então montamos no articulador do tipo
charneira, ou montamos em articulador semi – ajustável nos padrões
pequenos, com as angulações padrões.
Montamos os dentes em cera, que podem ser conseguidos em dental, ou
podemos moldar pacientes com dentes normais, íntegros e utilizamos como
base. Com os dentes em cera provamos na boca, arrumamos o que for
necessário, no momento da prova, podemos fazer uso de adesivos como
corega e mandamos para que ocorra a Acrilização.
Instalação das próteses
Devemos fazer a checagem da oclusão, removendo os contatos prematuros,
aliviando freios e bridas.
Reabilitação Bucal

● Diagnóstico – é essencial antes de fazer a reabilitação.

● Planejamento adequado

● Conhecimento e domínio das técnicas

● Proservação – o paciente deve ser acompanhado, a prótese tende a se


desadaptar naturalmente devido ao crescimento da criança, portanto
temos que nos atentar para o acompanhamento para que as próteses
sejam trocadas. Dos 3 aos 5 anos, não temos modificações significativas
no arco, então não precisamos trocar tanto as próteses, porém, após os
5 anos a criança começa a apresentar surtos de crescimento e irrupção
dos dentes, sendo necessário que ocorra a troca da prótese por diversas
vezes. Devemos acompanhar os pacientes até que virem adultos.

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