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ORTOPEDIA – BIMLER, KLAMMT e FRANKEL

-AOF de BIMLER:

-Muito fio e pouca RA = aparelho elástico (modelador elástico):

● Ex: NÃO tem cobertura acrílica nas oclusais.

● Fios presos nas duas porções de acrílico, presentes na parte lateral do

processo alveolar do palato.

● Vantagem: paciente consegue fazer muita mobilidade com a boca.

● Desvantagem: fratura muito (principalmente o “arco de condução”,

porque a mand. fica apoiada nele = fio 0,9mm).

-Modelo mostra uma posição de registro da mordida de trabalho: como todo

aparelho funcional, muda a postura mand. e, as F geradas pelos m., são

transferidas pros ossos e parte dentoalveolar, promovendo as modificações.

Ao mesmo tempo, os m. vão se adaptando à nova postura óssea.

-HISTÓRICO OFM:

-Bimler: período pós 2ª guerra mundial.

-Placas de expansão: AOR sup. e inf., que promove expansão transversal

(atualmente: AOR sup. e inf. com torno expansor).

-Bimler criou esse aparelho um pouco depois do Bionator.

-Criou ele com pouca RA porque o Bionator era muito rígido (paciente NÃO

conseguia fazer mov. mand., com exceção de abertura e fechamento).


-Na filosofia da OFM, os aparelhos funcionais devem estimular bem os m.

-“Dispositivos que possuem nenhuma ou pouca cobertura de RA tendem a

transmitir mais energia para as estruturas adjacentes”.

-“O acrílico absorve a energia produzida pela movimentação”.

-IND.:

● Como todo aparelho funcional, é ind. pra pacientes em crescimento.

● 8 a 12 anos.

● Assim como todo AOF, possui uma fase ativa e outra de contenção.

● Fase ativa: pra corrigir Cl ll, divisão 1, em 4 a 6 meses.

● Fase de contenção: com o mesmo aparelho.

-OBS:

● AOF NÃO são ind. pra adultos 🡪 fazem mov. dentário (usar aparelhos

mais ind. pra mov. dentários = aparelhos fixos e alinhadores).

● Também NÃO são ind. pra correções individuais de dentes.

-Tipo A: mais usado.

-Tipo B: muda posição das molas, tem um aço incisal no arco sup., pra alinhar

os incisivos sup. (Cl ll, divisão 2ª = IC pra trás e IL pra frente).

-Tipo C: pra Cl lll (todos AOF possuem uma versão pra Cl lll). Possui arco

semelhante ao do projênico (arco V invertido, pega na mand.).


-TIPO A:

-Gravata: como se fosse uma gravata borboleta – zig zag de fio 0,7 ou 0,8.

Pode ativar esse fio como mola: se empurrar pra FRENTE: vestibularização dos

incisivos (bom pra alinhar incisivos com algum grau de apinhamento).

-Escudo: tira a pressão do lábio – logo, mesmo se NÃO ativar a mola da

gravata, se o escudo tiver afastado do dente, empurrando o lábio pra fora, os

dentes tendem a vestibularizar, porque NÃO recebem pressão do lábio

durante o uso do aparelho.

-Arco dorsal ou de condução: sai do escudo e apoia na parte sup. da RA

(retém toda a parte de baixo = gravata e escudo). É ele que sustenta a mand.

pra frente/ o avanço mand.

-Mola de Coffin: permite ajuste transversal e permite ao paciente elevar o

aparelho com a língua posicionada pra post. e mais no palato, no sentido de

conter o aparelho (porque ele fica completamente solto na boca).

-Molas frontais ou laços incisais: junto com a gravata, forma uma “grade ant.”

-Haletas de acrílico: unem toda a estrutura de fios.

-Aparelho bem mais leve em comparação com outros aparelhos ortopédicos.

-Por que faz essa curva no arco V? É onde o arco V é ativado.


-Se colocar essa curva mais pra frente, projeta o arco V, afastando- o dos inc.:

-Se colocar mais pra trás, tensiona o arco V – ex: corrigir diastema.

-Como ativa o arco V? Abre de um lado e dá curvatura do outro lado.

-IND. BIMLER TIPO A: avanço mand.

-Vestibulariza inc. inf. e protrui inc. sup., principalmente se for usado em idade

inadequada (fase de pouco ou nenhum crescimento) 🡪 efeito dentoalveolar,

o que NÃO é adequado, porque trata- se um problema esquelético com

compensação dentária.

-Após o diagnóstico completo e elaboração do plano de tratamento:

moldagem sup. e inf. pra obtenção de modelos de estudo e mordida

construtiva (cera) 🡪 aparelho confeccionado sobre os modelos de trabalho.

-Mordida construtiva ou de trabalho:

● Mordida pra fins de tratamento: topo a topo ou em D.A. (determinada

área ou determinante ant. = contato dos inc.). Ou seja, estabelecemos

o guia ant. de inc. 🡪 cria uma memória proprioceptiva no paciente 🡪

os m., que estão tensionados no avanço mand., relaxam mais rápido =

menos efeito dental e melhor resposta esquelética.

● Um dos elementos mais importantes no MA dos aparelhos ativadores.

● Registro horizontal, vertical e transversal do novo posicionamento dos

dentes, decorrente do avanço mand. (mordida em cera).

● Muito relacionado com a capacidade de avanço do paciente

(analisar de vai fazer 1 ou + avanços) e o quão Cl ll ele é/ tamanho do

overjet.
-Aparelho ind. quando precisa de pouco avanço mand.

-NÃO muito ind. pra dentadura permanente.

-Ind. AOFR: final de dentadura mista (último período transitório).

-AOF NÃO são ind. pra todas as faixas etárias (cada aparelho funciona melhor

em uma faixa etária).

-D.A.:

● Terço incisal das faces P dos inc. sup. em contato com as faces V dos

inc. inf.

● Objetivo dos aparelhos ortopédicos em geral:

o Extrema excitação neural.

o Grande sensibilidade tátil (fornecida pela D.A./ contato entre os

inc. – paciente tinha overjet, sem guia ou contato ant. 🡪

aparelho garante uma área de contato ant., que estimula muito

a manutenção da postura mand. para, depois, ocorrer o

crescimento).

● Aumenta e reduz a atividade dos m. que projetam e recuam a mand.

(com isso, o paciente memoriza mais rápido a nova posição).

● A mudança de postura terapêutica deve ser realizada dentro de limites

fisiológicos individuais, e trás um resultado efetivamente mais rápido, se

for possível contato entre os inc. em uma D.A.: se avançar demais, o

paciente vai ter muita dor (alternativa: avanço em 2 etapas).

-Mordida construtiva ou de trabalho:

● Geralmente, busca- se um avanço ant. topo a topo. Isso porque,

geralmente, Cl ll divisão 1ª tem curva de Spee acentuada (porque os

inc. NÃO se tocam). Topo a topo ant. desoclui um pouco os post. Logo,

inicialmente, só tem contato entre os inc.


● Essa mordida NÃO pode envolver tec. moles (formato de ferradura). Isso

porque, quando coloca cera em tec. mole, ele cede/ desce, mas o

gesso que moldou o tecido mole NÃO cede 🡪 mordida em cera NÃO

adapta 🡪 aparelho desadaptado.

-Bimler: quando a mand. tenta voltar à sua posição original, pressiona muito o

arco de condução lateral, que une parte sup. e inf.

-Gravata também fratura muito porque, quando a mand. tenta voltar, a

gravata toca nos inc. 🡪 paciente força a gravata.

-Dica pra evitar fratura do arco de condução lateral e da gravata: quando faz

o Bimler, NÃO deixa tocando só os inc., deixar gravata próxima à cervical da

gengiva L dos inc.: quando o paciente força a mand. pra trás, a gravata toca

na gengiva L 🡪 DOR 🡪 m. relaxam 🡪 paciente volta mand. pra frente.

-MOLA DE COFFIN:

● Normaliza posição da língua.

● Ativação: controle transversal (1 a 2mm/ mês).

-Objetivo de todo aparelho funcional: dinâmica de língua adequada.

-Ex: Cl ll tem maxila estreita 🡪 mola de coffin faz com que o paciente levante a

língua e, consequentemente, o aparelho, estimulando o crescimento

transversal da maxila e evita interposição da língua na área de overjet.

-Quando ativamos com o tridente na região post., o aparelho abre na região

ant. e fecha na post.


-Também pode ativar com o lado quadrado do alicate 139 pra dentro e o

lado cônico pra fora.

-Quando ativamos nas duas laterais, ele abre completamente.

-Ind: quando quer alargar a maxila de forma paralela (mesma quantidade

atrás e na frente).

-Tempo de uso diário:

● Aparelhos funcionais devem ficar na boca o máx. possível (pelo menos

20h/dia, sendo que a noite é o principal horário = maior liberação de

hormônios de crescimento): só tirar para comer e escovar.

-Duração do tratamento:

● Depende de quanto tempo/ dia o paciente usa; do grau do problema

e da resposta biológica do paciente.

● Após cerca de 8 meses: fazer sobreposição de telerradiografia pra ver o

quanto a mand. cresceu.

-Contenção:

● Continua usando durante a noite, pra manter o resultado, porque o

paciente continua crescendo após o tratamento.

● 2 fatores favorecem a contenção:

o Altura das cúspides dos permanentes: quando usa AOF muito

precocemente, o paciente ainda tem decíduos (cúspides baixas


e fossas pouco profundas) 🡪 quando tira o aparelho, volta a Cl ll,

porque NÃO tem contenção oclusal/ intercuspidação.

o Se o paciente ainda está em crescimento ou não: às vezes tem

um padrão de crescimento desfavorável, em que a mand. tende

a crescer menos que a maxila (padrão tipo B de Tweed).

-Por isso que é melhor começar a tratar Cl ll mais tarde, pro tratamento NÃO

ficar tão longo.

-Ideal: começar quando tiver faltando cerca de 1 ano e meio pra trocar todos

os decíduos por permanentes 🡪 nesse 1 ano e meio tratamos o problema

esquelético 🡪 contenção natural de altura de cúspides e de profundidade de

fossas.

-MA:

● Trabalha como todos os AOF.

● Estimula o crescimento mand., acelerando o crescimento do côndilo e

apondo um pouco de osso na área post. da cav. glenóide e

movimenta os dentes (leva arcada inf. pra frente e sup. pra trás) = ação

combinada 🡪 esquelética e dentária.

● Se NÃO quiser resposta dentária, usar apoio no esqueleto, NÃO em

dente.

-IND. (todos AOF):

● Meso e braquifacial (rotação anti-horária da mand.).

-CONTRA IND.:

● Dolico (porque o AOF faz a mand. rotacionar no sentido horário,

aumenta a altura facial).

● Pode usar em dolico LEVE.


-DESVANTAGENS:

1. Depende de colaboração do paciente.

2. NÃO faz o “trabalho completo” (AOF NÃO trabalha bem

posicionamento dentário).

3. Fraturas devido ao peso da m. mand.

-OBS: melhor forma de trabalhar dentes girados = aparelho fixo.

-TIPO B (Cl ll, divisão 2):

(placa P com parafuso expansor)

-Tem uma alça tipo mola na região ant., que projeta os IC, pra transformar a Cl

ll, 2 em Cl ll, 1.

-Cl ll, 1: overjet compatível com o avanço mand. necessário.

-Cl ll, 2: inc. atingem a D.A. muito rápido e C, PM e M ainda NÃO corrigiram a

Cl ll. Objetivo dos AOF: empurrar os inc. pra frente, transformando em Cl ll, 1 🡪

overjet compatível com o avanço mand. necessário.

-Bimler tipo B é menos comum, porque tem menos Cl ll, 2.


-Além disso, geralmente, pacientes Cll, 2, possuem bom padrão de

crescimento (meso ou braqui leve) 🡪 respondem bem ao tratamento.

-NÃO tem arco V, só uma mola que tenta corrigir o IL (empurra eles pra L e os

IC pra V, pra fazer o alinhamento da região ant.).

-TIPO C (Cl lll ou mordida cruzada ant.):

-Arco V invertido (Arco de Eschier): tem origem nas aletas sup. e é recurvado

pra baixo: muito parecido com o arco do projênico.

-NÃO tem gravata + escudo, mas tem uma grade na região ant. inf., pra

impedir avanço mand. por interposição lingual.

-Bloqueia o crescimento da mand. e, consequentemente, libera o da maxila.

-Algumas vezes ativamos as molas ou laços incisais sup. pra vestibularizar o IS e,

assim, descruzar a mordida.

-Cl lll hereditária ou muito intensa: esse aparelho NÃO resolve.

-Melhor maneira de tratar Cl lll esquelética SEM cirurgia: miniplacas e

miniparafusos (problema: alto custo e limitação de idade).

-2ª opção: máscara facial (tração da maxila) = tratamento interceptativo.

-Bimler e Frankel pra tratar Cl lll: NÃO recomendados.

-AOF são bons para contenção da má oclusão de Cl lll: miniplacas e

miniparafusos pra corrigir a Cl lll 🡪 paciente continua crescendo 🡪 AOF pra

contenção (no caso da máscara facial, a contenção é feita com Frankel III,

por ex).
-Cl lll é tratado mais cedo que Cl ll.

-Cl lll tem que descruzar a mordida ant. e liberar o crescimento da maxila o

mais precocemente possível. Mas depois, o paciente ainda vai crescer muito

🡪 AOF guia esse crescimento, pra manter o resultado do tratamento.

-OBS: NÃO é ind. tratar bi protrusão com AOF – maioria é tratada com

extração de dentes ou ortognática (se for esquelética).

-KLAMMT:

-Tem um pouco mais de ACRÍLICO.

-2 arcos V.

-Modificação das molas na região dos inc. (SEM gravata e escudo – substituiu

a gravata por 2 molas inf. e o escudo por um arco V inf.).

-Fez essas modificações porque o ponto fraco do Bimler era a gravata e o

arco de condução (tirou o arco de condução e colocou acrílico até a parte

de baixo – duas abas laterais de acrílico que pegam na mand. por L).

-Como tem mais acrílico, ficou + resistente e – elástico (permite menos mov.

mand.).

-É considerado uma EVOLUÇÃO do ATIVADOR (torno expansor embaixo e

encima = expansão sup. e inf. ao mesmo tempo).


-Klammt tirou isso, colocou a mola de coffin e deixou a parte ant. aberta, com

menos volume.

-ATIVADOR ELÁSTICO ABERTO DE KLAMMT:

● Elástico: conforme o paciente morde, ele abre e fecha (vai e vem).

● Aberto: porque NÃO tem RA na região ant.

● Baseou- se no monobloco de Pierre Robin, no Ativador de Andresen e

no aparelho de Bimler (molas e laços incisais semelhantes).

● Klammt achava os aparelhos muito frágeis e, com base nisso,

desenvolveu a elasticidade deles.

● Preocupação de Klammt: construir um aparelho delicado e reduzido,

que pudesse ser usado em período integral, conseguindo assim uma

modificação da forma e função + rapidamente (AOF começam

modificando a função/ tonicidade m. 🡪 modificação da forma

dentoalveolar).

-Variações:

● Inclusão de pelotas de acrílico linguais.

● Escudos labiais (2 botões de acrílico na V sup. – adaptado pra Cl lll,

pacientes com deficiência ântero-post. de maxila 🡪 esses escudos

distendem o lábio sup., tensionando o m., que vai tensionar o periósteo,

aumentando a aposição óssea, estimulando o crescimento da max. pra

frente.).

● Ganchos verticais nos C.


● Arcos P semi- rígidos.

● Modificações nos blocos de acrílico.

-Boa ind.: Cl ll com deficiência TRANSVERSAL e um pouco de APINHAMENTO

dentário ant. (corrige ântero- post. e trabalha o vertical ao mesmo tempo,

além de expandir um pouco e ativar as molas pra alinhar a região ant.).

-Os segmentos de acrílico podem ser modificados em 3 tipos:

1. COM sup.- guia nas faces L (acrílico com recorte contornando a face L

dos dentes – liso e reto na L, pra NÃO tocar no contorno dos dentes).

2. SEM sup.- guia nas faces L (acrílico em contato com a face L com corte

reto).

3. COM cobertura oclusal (acrílico interposto entre os dentes post. sup. e

inf.).

-Vantagem de aparelhos COM cobertura oclusal:

● Protege a parte elástica/ de fios do aparelho.

● Melhor encaixe: trava na intercuspidação 🡪 mais difícil pra mand. voltar

pra post. (em tratamento de Cl ll).

● Pode desgastar RA em pontos diferentes: trabalhar sobremordida ant.

com desgastes ou levante de mordida post. e também pode guiar a

erupção dos dentes, desgastando algumas áreas e outras NÃO.

-Klammt tem AMPLA IND.:


1. Atresia maxilar, COM ou SEM retrognatismo mand. e apinhamento inf.

(atresia maxilar muito grande: disjuntor, pra expansão rápida da maxila

+ Klammt, pra contenção/ manutenção do resultado).

2. Perda precoce de dentes (mantenedor elástico aberto – RA ocupa o

espaço).

3. Protrusão maxilar e retrognatismo mand. (Cl ll – melhor ind. pra AOF).

4. Pré- maxila posicionada mais ant. e mais inf. (Deckbiss – placa de metal

pra trabalhar sobremordida profunda na região ant. – essa placa toca

nos inc. inf., inibindo a erupção deles = erupção diferencial entre

segmento ant. e post.). acrílico: isola propriocepção dos inc.

5. Cl lll funcional (Cl l com mordida cruzada ant./ pseudo Cl lll).

6. Mordida cruzada unilateral funcional (reposiciona a mand.).

-Aparelho de Klammt clássico: aberto na frente.

-Se colocar um batente ant. de metal (Deckbiss), NÃO fica mais aberto na

frente, fica unido no meio.

-Clássico:

-2 segmentos de RA unidos por um arco P (mola de coffin – expande ou

contrai o arco e serve de apoio pra língua gerenciar o aparelho,

principalmente durante a fala) + fios guias linguais (molas digitais ou laços

incisais) + 2 arcos V (ativa igual o Bimler: abre eles, projetando pra ant. ou

post., mexendo na curva post.).

-Blocos de acrílico: mantêm a união da parte metálica; a rigidez do aparelho

e o contato oclusal/ posicionamento ant. da mand. devido à presença de

edentações conseguidas com a mordida construtiva. Além disso, essa


redução na quantidade de acrílico proporciona o posicionamento adequado

da língua e permite a fala.

-Arcos V: mantêm uma distância mín. entre fios e dentes e fios e m.

-Fios guias/ molas digitais/ laços incisais: colocados bem perto das faces P e L

dos inc. sup. e inf.; atuam como reeducadores L, eliminando o contato da

língua com a face L/P dos dentes.

-Arco P ou mola de coffin: une os 2 segmentos de acrílico e pode ser ativado

pra expandir os arcos.

-CARACTERÍSTICAS KLAMMT:

● ATIVADOR: porque induz o posicionamento ant. da mand. e estimula a

atividade dos m. faciais (ou seja, mexe na relação ântero- post. maxilo

mand.).

● ELÁSTICO: porque consiste em 2 segmentos de acrílico unidos por um fio

de aço, em forma de arco P (mola de coffin), que propicia expansão

das arcadas, melhorando a forma de arco e alinhando os dentes.

● ABERTO: porque NÃO tem acrílico na região P ant., o que permite

contato entre língua e palato.

-Normalmente, indicado quando quer GANHO TRANSVERSAL – se NÃO quiser

alargar as arcadas, pode usar um aparelho mais rígido (Bionator).

-IND. (semelhante ao Bimler):

1. Crianças com má oclusão de Cl ll, divisão 1.

2. Com retrognatismo mand. (e um pouco de protrusão maxilar) =

deficiência ântero- post.

3. Na fase de dentadura mista.

4. Com padrão facial de crescimento meso ou braqui.


5. Overjet grande – maior que 4mm (AOF trabalham pouco em overjets

pequenos/ mudam menos a postura mand.).

6. Pequeno apinhamento sup. e inf.

7. Atresia maxilar.

-CONTRA IND (assim como todos AOF): crianças com padrão de crescimento

dolico e mordida cruzada post. esquelética (atresia maxilar severa – tratar 1º

no sentido transversal).

-DESVANTAGENS:

● Depende da colaboração do paciente.

● Contenção até erupção dos 2ºM (ou seja, enquanto o paciente ainda

está em crescimento – só durante a noite, pra NÃO perder o

posicionamento ântero- post. que conseguiu).

-VANTAGENS:

● Tira pra comer (+ confortável pra comer).

● + fácil H.O. e higienização do aparelho.

-Confecção do aparelho:

● Pode escolher a altura.

● Se possível: contato entre os inc. + RA post.

● Esse contato entre os inc. (DA) aumenta a propriocepção à nova

posição espacial da mand.


-Início tratamento meninos: 9 a 10 anos (com 8 anos, os PM ainda vão demorar

cerca de 2 anos e meio pra erupcionar = tratamento + longo).

-IMPA de AOF que tratam Cl ll: aumenta muito = empurrou dentes inf. pra

frente (inc. sup. verticalizam).

-EFEITOS DO KLAMMT NO TRATAMENTO DA Cl ll:

-ESQUELÉTICOS:

● Restrição do crescimento maxilar (praticamente manutenção do SNA).

● Estimulação do crescimento mand. (SNB e ANB muda muito).

● Aumento da altura facial ant. inf.

● Correção da Cl ll.

-DENTÁRIOS:

● Verticalização dos inc. sup.

● Vestibularização dos inc. inf. (porque mesializa os dentes post., devido

ao apoio de acrílico nesses dentes – quando a mand. quer voltar pra D,

os dentes post. seguram, recebem uma F mesial – NÃO do aparelho,

mas dos m. porque, quando os m. puxam a mand. pra trás, os dentes

post. travam 🡪 reação: empurrar esses dentes pra mesial; como os M

migram pra mesial, os inc. vestibularizam – logo, inc. muito

vestibularizados, NÃO indica- se esse aparelho) ou manutenção da

inclinação dos inc. inf.

● Aumento do ângulo interincisivo (porque, muitas vezes, a verticalização

dos sup. é maior que a inclinação dos inf.).

● Redução do overjet.
● Redução ou manutenção do overbite (porque trabalha ântero- post e

vertical).

● Restrição do mov. mesial dos M sup. (M sup. erupcionam indo pra mesial

🡪 aparelho impede isso 🡪 M só desce, estimulando crescimento da

face no sentido vertical).

● Mesialização dos M inf.

-REGULADOR de FUNÇÃO ou FUNCIONAL de FRANKEL:

● Porque regula toda a função bucal, nasal, orofaringeana.

-Todo AOF trabalha baseado na Teoria da Matriz Funcional de Moss: quando

muda a função, muda a forma/ crescimento.

-Matrizes funcionais: membranas; m.; língua; lábios; bochechas; nervos; vias

aéreas.

-Moss descreve 2 grandes matrizes funcionais envolvidas com o crescimento

crânio facial: cerebral e facial.

-Objetivo desse aparelho: reestabelecer as condições fisiológicas do complexo

orofacial.

-O desenvolvimento desses dispositivos foi baseado em:

● Tecidos ósseos NÃO são capazes de crescer por si próprios – as células

ósseas NÃO podem se dividir ou proliferar porque estão encaixadas

numa matriz calcificada.

● A parte dura do osso representa o produto do crescimento que

acontece nos “tecidos afins”, ou seja, nas zonas de crescimento

cartilaginoso e membranoso. Mesmo no efeito piezo- elétrico, o estímulo

precisa primeiro ser transmitido para estas matrizes osteogênicas de

forma a desencadear a ação dos osteoblastos e osteoclastos.


● Ideia terapêutica dos AOF: colocamos uma interferência externa, que

vai trabalhar nos tecidos moles circunvizinhos, modificando as cargas

sobre o osso, modificando o efeito piezo- elétrico e as matrizes

osteogênicas = resposta tecidual diferente. Produto final: mudar o

crescimento ósseo.

-Correção esquelética: AOF.

-Complemento: aparelhos fixos ou alinhadores.

-REGULADOR DE FUNÇÃO – RF-1 (ou Frankel 1):

● Cl l ou Cl ll, divisão 1.

-Frankel 3: escudos labiais sup.

-RA que une partes metálicas: toda externa, esticando bucinador e lábios.

-Dentro: fios.

-Fora: fios e RA.

-Princípio: distensão do bucinador 🡪 tensão no periósteo 🡪 aposição óssea 🡪

crescimento das estruturas.

-Pra tratar Cl ll: encosta escudo na MAXILA e afasta da MAND. (espaço entre

osso e escudo pro osso crescer).

-Pra expandir a MAXILA: afastar o escudo da maxila.

-Escudo de acrílico na L: só se for usar mola nos inc. inf. (caso contrário, o

aparelho NÃO vai ser RA dentro).

-ESCUDOS LATERAIS:
● Estendem- se até o fundo de sulco.

● Espessura máx: 2,5mm (confortável) – espesso, pra NÃO ficar com

bordas cortantes.

● Expandem cápsula peribucal em direção lateral.

● m. forçados a adaptar seu desempenho funcional.

-ESCUDOS LABIAIS INF.:

● Formato romboidal – sup. V do processo alveolar inf. ant. (estimula

aposição óssea na região V ant. dos inc. inf. e sulco V).

● na seção transversal: formato de gota d’água.

● A extremidade D dos escudos labiais inf. NÃO deve sobrepor a

protuberância V das raízes dos C, que poderia dificultar a fala e irritar a

mucosa do lábio inf.

-Promove o selamento labial competente.

-Quando força a região ant. inf., estica o sulco V inf. 🡪 consequentemente, pro

aparelho ficar na boca, o paciente tem que selar os lábios 🡪 estimula um novo

contato de lábios (como se fosse uma fisioterapia pros m. periorais e língua).

-ESCUDO LINGUAL:
-Alinhamento dos inc. inf.: precisa desse escudo, pra conter os fios na L.

-Ideia: fazer o arco reflexo do sistema muscular: aparelho muda a postura 🡪

nova postura estimula um m. 🡪 m. quer voltar pra posição original 🡪 aparelho

NÃO deixa voltar/ trava 🡪 aos poucos, o sistema sensorial entende que a

mand. assumiu uma nova posição.

-Inicialmente, essa nova posição da mand. é só de acomodação. Depois,

como essa nova posição tira o côndilo da FA, ocorre uma reorganização

anatômica = acelera crescimento do côndilo, corrigindo o ântero- post.

-Expansão gradativa da matriz capsular e renovação do treinamento

muscular:

● Pode colocar um fio ou torno expansor, que permitem avançar a mand.

um pouco mais. Ou seja, se NÃO conseguir fazer o avanço total, pode

avançar a mand. aos poucos 🡪 vai distendendo tecido mole aos

poucos.

-ARCO V:

-Função: restringir dentes sup. e maxila.

-ALÇA P:
-Serve de guia pro paciente controlar o aparelho com a língua.

-Assim como todo aparelho funcional, busca deixar a língua mais pra post.,

SEM deixar ela projetar nos inc.

-Essa alça tem uma pequena mola de coffin que podemos expandir se quiser.

-Arco V + Alça P: seguram o aparelho no sentido transversal.

-APOIOS DE C:

-NÃO são obrigatórios: como se fosse um grampo circular nos C, pra impedir

que os C desloquem pra ant., corrigindo a Cl ll (como se fosse um guia

eruptivo do C).

-FIOS TRANSVERSAIS DE CONEXÃO:

-Fios de ligação do escudo L.


-EFEITOS DO RF-1 (semelhante ao Bimler, Klammt e Bionator, porque são AOF

pra tratar Cl ll):

-Corrige a posição ântero- post. da mand.

-Permite erupção dos M.

-Todo AOF que apoia na maxila pra tratar Cl ll, reduz a protrusão da maxila.

-Aumenta AFAI = altura facial ant. inf.

-RF-2:

● Cl l.

● Cl ll, divisão 1.

● Cl ll, divisão 2 (inc. pra L).

-Como tratar Cl l? NÃO faz mordida construtiva com avanço de mand. ou

avança bem pouco 🡪 ativar molas (melhor usar aparelhos ortodônticos, que

fazem mov. dentários, porque pacientes Cl l possuem boa relação maxilo-

mand.).

-Diferença em relação ao RF-1:

● Adição de um arco de protrusão P (ativado pra alinhar os inc. sup./

empurrar pra frente).

● Modificação do apoio de C sup. (modificação da alça do C).


-ARCO DE PROTRUSÃO P:

● Estabiliza o aparelho contra a maxila.

● Previne que os inc. sup. inclinem pra P (ou, quando ativado, empurra os

inc. sup. pra V).

● Apoiado sobre os cíngulos dos inc. sup., evitando supra- irrupção dos

mesmos.

-EFEITOS DO RF-2:

-RF- 3:

● Tratamento de Cl lll por retrusão maxilar e prognatismo mand. suave.

-Diferença: escudo labial que estava embaixo, vai pra cima, porque deseja- se

aposição óssea na região ant. da maxila (ponto A – Cl ll = aposição óssea na

mand./ ponto B).

-Mantém o arco de protrusão P.


-Baixa efetividade no tratamento de Cl lll – melhor usar MÁSCARA FACIAL ou

mini parafusos com mini placas + RF-3 pra contenção/ manutenção da Cl l

obtida.

-ESCUDOS LABIAIS SUP.:

-ARCO V INF. (pra segurar a mand.):

-Pra ajudar a segurar a mand., o escudo bucal é confeccionado em íntimo

contato com a mand. e 2 a 3mm distante da maxila 🡪 distensão do periósteo

🡪 aposição óssea na V da maxila.

-ARCO DE PROTRUSÃO P:

-Quando ativado, empurra os inc. sup.

-ALÇA P:

● Conecta os 2 escudos laterais e estabiliza o aparelho contra a F

construtiva dos m. peribucais.

● Pode ativar um pouco: mov. transversal.

-APOIOS OCLUSAIS:
-RF-4:

-Tratamento de MA.

-NÃO muito usado (NÃO trabalha bem o vertical).

-RF-3 (Cl lll):

● Hipodesenvolvimento da maxila.

● Prognatismo mand.

● Translação mand.

-Analisar cada caso: AOF ou ortognática?

-RF-3: EFEITO “LIP BUMPER”: dado pela alça P.

-Melhor momento pra tratar Cl ll: 2º período transitório (PM começando a

movimentar pra erupcionar): trabalha com ortopedia 1 ano e pouco 🡪

aparelho fixo (depois que trocar todos os dentes).

-Cl ll – colocar Bimler, Klammt ou Frankel? Qual a principal diferença entre

eles?

● Bimler: muito confortável, mas quebra muito (principalmente no arco

que segura a mand.).

● Frankerl: muito desconfortável (escudo V), mas praticamente NÃO

quebra.
● KLAMMT: volume intermediário entre Bimler e Frankel; NÃO muito

confortável quanto o Bimler, mas mais confortável que o Frankel; NÃO

quebra muito.

● Quando NÃO tem apinhamento (formato perfeito do arco): BIONATOR.

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