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No articulador é o ramo superior que se movimenta o que difere da oclusão real em que a

mandíbula se move. Se estando no articulador eu queira fazer uma protrusão, vou precisar
fazer uma retrusão da maxila ( ramo superior) e aí a mandíbula irá protruir.

Oclusão significa encontro dos dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula se


aproxima dos maxilares, pela ação dos músculos elevadores.

O sistema estomatognático é formado além dos dentes por : Periodonto, Atm, ossos,
glândulas salivares, nervos, dentes , músculos, vasos sanguíneos e linfáticos.

A partir dos músculos da mastigação que teremos os movimentos mandibulares.

Irá cobrar em prova a ação da cada músculo.

Músculos da mastigação

 Masseter
 Temporal
 Pterigoideo medial
 Pterigoideo lateral
 Músculos acessórios

O primeiro e mais importante da mastigação é o Masseter:

Pela sua origem e inserção, sua principal função é de elevação e protrusão caso haja
contração do feixe profundo.

Quando o masseter está em ação haverá uma elevação e pode haver protrusão da
mandíbula caso haja contração do feixe profundo.

-Ao ocluir o masseter se contrai (palpável)

Temporal- possui três feixes , o feixe anterior também é responsável pela elevação, o
médio devido a seu posicionamento faz a elevação e retrusão , assim como o posterior.

Feixe anterior- elevação

Feixe médio- Elevação e retrusão

Feixe posterior- Retrusão/elevação e retrusão

Tanto o temporal quanto o masseter são palpáveis ao serem contraídos.

Pterigóideo medial- posicionado na parte interna da mandíbula

Função : elevação e protrusão ( semelhante ao masseter, externo)

Origem: fossa pterigoidea

Inserção superfície interna do ângulo da mandíbula

Pterigóideo lateral superior


Função- força de resistência quando os dentes são mantidos em oclusão devido a sua
origem e inserção.

Sempre o movimento que esse músculo faz, vai uma setinha da sua inserção para a
origem.

Origem: Superfície infratemporal da asa maior do esfenoide.

Inserão: Fóvea pterigoidea ( ambas as cabeças ) e disco da ATM ( somente algumas fibras
da cabeça superior)

Pterigóideo lateral inferior

Função- Contração bilateral: protrusão junto com o masseter e o temporal.

Contração unilateral: lateralidade- ( espelhado, ou seja se contraio o lado direito vai haver
a lateralidade esquerda, se contraio o lado esquerdo a minha mandíbula estará fazendo a
lateralidade do lado direito.

Origem: processo pterigoide

Inserção: côndilo.

POSIÇÕES MANDIBULARES: todos os movimentos começam em uma posição para depois ir


para o movimento.

As posições podem ocorrer no sentido horizontal e no sentido vertical.

Plano horizontal, temos a relação cêntrica ou RC- é uma posição ideal da articulação, que
depende apenas da articulação, lembrando que é no sentido horizontal, então estou
falando da mandíbula em relação á maxila no sentido horizontal.

É uma posição ortopedicamente estável.

 Relação cêntrica: posição craniomandibular em sentido horizontal exclusivamente


das articulações temporomandibulares. ( disco articular interposto e não se leva
em consideração a posição dos dentes do paciente) , na qual os côndilos estão
repousando contra a vertente posterior da eminência articular, com o disco
interposto. Logo, estão em uma posição ântero-superior na fossa mandibular
O côndilo está ântero-superior, ou seja pra frente e pra cima na fossa mandibular,
essa posição é de extrema importância para as reabilitações orais, principalmente
aquelas que os pacientes perderam dentes, edêntulos totais, extrusões e perdeu
esse relacionamento horizontal com os dentes, então iremos reabilitar esse
paciente em relação cêntrica , por que é uma posição que vai depender apenas da
articulação temporo mandibular
-Posição fisiológica e reproduzível.
Indicada em casos que o paciente precisa de uma reabilitação intensa, por que não
há como como guiar a mandíbula desse paciente em posição horizontal apenas
pelos dentes.
Técnicas de como colocar o paciente em relação cêntrica
Reprodutibilidade clínica
 Técnica frontal de manipulação
 Técnica bilateral de manipulação
 Técnica com dispositivos de desprogramação oclusal
 Técnica de deglutição

Ao colocar língua no céu da boca, mandíbula se move um pouco pra trás- e provavelmente
essa é sua relação cêntrica.

 Máxima intercuspidação habitual: outra posição no plano horizontal, conhecida


como MH – depende da intercuspidação entre os dentes.
Máxima interdigitação dos dentes independente da posição condilar, posição
adquirida, consciente e habitual de fechamento.
Pode sofrer alteração ao longo do tempo. Então se o paciente perdeu o dente e
teve extrusão do antagonista a MH dele irá mudar.
Se o paciente tem bruxismo e os dentes foram desgastados, a MH dele pode
modificar.
É uma posição que tem o máximo de contatos dentários e a partir da qual são
iniciados os movimentos mandibulares.
Se pedir para fazer protrusão ( mandíbula para frente) os dentes ficarão
intercuspidados, em MH.
Então o simples fato de morder é a máxima intercuspidação habitual, é individual
e depende da fase da vida que esteja vivendo ( quantidade e qualidade dos
dentes)
Máxima intercuspidação habitual
 Sofre alterações ao longo do tempo
 Número máximo de contatos oclusais
 A partir da qual são inciado os movimentos mandibulares

 Oclusão em relação cêntrica: Quando se pede para fechar a boca e estar com essa
interdigitação entre os dentes, se o côndilo de vocês , estiver numa posição mais
ântero-superior eu posso dizer que em relação a articulação vocês estão em RC e
em relação aos dentes estão em MIH.
Então o côndilo numa posição ântero-superior, boca fechada com interdigitação
entre os dentes = oclusão em relação cêntrica.
Relação cêntrica é igual a Máxima intercuspidação habitual
A relação cêntrica não é mais nem menos fisiológica que a máxima
intercuspidação habitual.
Se está em relação cêntrica ou em MIH – não caracteriza patologia.
Dimensão vertical- É uma relação craniomandibular estabelecida pelo grau de
separação entre a mandíbula e a maxila em sentido vertical

Podemos ter a dimensão vertical em repouso ou em oclusão

Paciente com uma dimensão vertical e está ocluindo- dimensão vertical de


oclusão.
A dimensão é alterada a depender do modo repouso ou oclusão.
A dimensão vertical de repouso é levemente maior que a dimensão vertical de
oclusão.
Dimensão vertical de repouso

É um estado de quilíbrio estático dos músculos elevadores e depressores da


mandíbula.
Dentes não estão se tocando.

Já em dimensão vertical de oclusão


 O paciente eleva a mandíbula
 Ocorre toque entre os dentes.

Se eu comparar a dimensão vertical de repouso e comparar com a


dimensão vertical de oclusão, a dimensão vertical de oclusão é menor
que a dimensão vertical de repouso.
Essa diferença vai ser o espaço entre os dentes ( no caso da dimensão vertical de oclusão) que
é o espaço funcional livre ( onde consegue falar, fonema, passa ar)

Esse espaço funcional livre tem em média de 2 á 4mm é reponsável por promover o
relaxamento dos músculos mastigatórios por que só existe espaço funcional livre qu.ando
tenho dimensão vertical de repouso.

Espaço funcional livre

 Tem em média 2 á 4 mm
 Promove relaxamento dos músculos mastigatórios
 Preservar os tecidos de suporte
 Favorecer a estética e deglutição
 Permitir a obtenção do espaço fonético.

Existe alguns métodos para a gente determinar a dimensão vertical de oclusão.


Importante: a dimensão vertical de oclusão pode ser perdida pelo paciente a qualquer
momento da vida.
(Edentulismo)
A dimensão vertical de repouso não será diminuída em caso de edentulismo.
A dimensão vertical de repouso pode ser obtida medindo o canto do olho até o canto
da boca, irá dá o valor.
Se colocar embaixo do nariz até o queixo tem que ser igual.
Essa medida é a dimensão vertical de repouso do paciente, e apartir dai vou diminuir o
espaço funcional livre de 2 á 4 mm, diminuindo 3mm e obtendo a dimensão vertical
de oclusão.
Na maioria das vezes obtendo a dimensão vertical de oclusão de pacientes edêntulos
que precisam de reabilitação extensa, ou dente desgastados, primeiro determino a
dimensão vertical de repouso para depois obter a dimensão vertical de oclusão.
Métodos de determinação da DVO (Empíricos)
 Método métrico ( do canto do olho até a comissura labial, é igual á base distância do
nariz ao mento) depois disso posso pedir pra o paciente fazer o método fonético que é
falar alguns fonemas como por exemplo 66 e não pode tocar dente, caso toque está
invadindo o espaço funcional livre do paciente, e isso faz com que essa dimensão
vertical do paciente esteja alterada.

Então sempre faz um método e confirma com outro.

 Método de Lytle modificado


 Método estético
 Método fonético
Para que se tenha a oclusão ideal são necessários 5 pontos
1. Transmissão das forças oclusais para o longo eixo dos dentes
2. Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos
3. Dimensão vertical de oclusão adequada
4. Guias laterais e anterior
5. RC-MIH

Transmissão das forças oclusais para o longo eixo dos dentes

Quando estou ocluindo o ideal é que quando tem essa força de oclusão a transmissão de força
seja em direção a raíz do dente para que não cause uma força maior nesse dente e ele venha
sair do espaço funcional neutro.

Forças verticais são bem aceitas pelo ligamento periodontal.

Forças horizontais podem criar respostas patológicas, atividade neuromuscular.

Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos

Precisam ser bilaterais e simultâneos de fato.

Oclusão mutuamente protegida

 Dentes posteriores são efetivos durante o fechamento da boca ( forças ao longo eixo)
( recebe melhor forças nos sentido vertical)
 Dentes anteriores estão em uma posição apropriada - mais para a vestibular
(inclinações da fossa) para receber as forças durante os movimentos excêntricos da
mandíbula. (recebe melhor forças no sentido horizontal ) guia lateral e anterior – são
realizada pelos dentes anteriores e caninos.
Uma oclusão que não é mutuamente protegida resulta em vestibularização dos
anteriores (forma de leque)- maior diastema, apresenta mobilidade

Dimensão vertical de oclusão adequada- overbyte e Overjet do paciente que é a relação


de dentes anteriores, sendo guiada pelos dentes posteriores e também influencia nos
dentes anteriores overbyte e Overjet. Lembrando que os contatos devem ser bilaterais e
simultâneos.

Ao falar 66 e houver toque com o dente, há uma invasão do espaço funcional livre dele,
então a dimensão vertical de oclusão desse paciente está aumentada.

Guias laterais e anterior- tem que ser balancelada ( direito e esquerdo)

Quando o paciente vai fazer protrusão (movimento de colocar a mandíbula para


frente) ele é guiado por alguns dentes, o que se toca são os dentes anteriores
( guia anterior)

E se fizer movimento de lateralidade- guia lateral (guia do canino)

RC-MIH- Relação cêntrica igual a máxima intercuspidação habitual.

Côndilo posicionado em posição mais ântero-superior, mas que os dentes estejam ocluindo
também.

Pequenas diferenças entre RC e MIH não é patológico

Pequenas diferenças entre RC e MIH ( contatos prematuros)

Contatos prematuros- contato entre os dentes antes de acontecer MIH.

Os contatos prematuros entre os dentes devem ser puntiformes ( em forma de ponto) se tiver
uma faixa durante a oclusão está errado por que normalmente aquele dente o antagonista
dele está sem a ponta de uma cúspide - por isso está criando uma faixa ao invés do ponto no
contato oclusal.

(a sensação do contato não ocorre com exceção em caso de próteses mal adaptadas)

Oclusão fisiológica

contatos prematuros

Causas:

 Crescimento e desenvolvimento mandibular


 Erupções dentárias
 Causas adquiridas( restaurações, próteses e ortodontia)
 Disfunções (patologias musculares ou da ATM)

Grande discrepâncias entre RC e MIH

 Presença de interferências oclusais


 Trauma oclusal
 Oclusão patológica: Se origina através de uma relação de contato que
interfere com a função ou parafunção

Oclusão
Encontro dos dentes superiores e inferiores, quando a mandíbula se aproxima
dos maxilares, pela ação dos músculos elevadores

Posições: RC, MIH, ORC, DVR, DVO, EFL

Movimentos: Protrusão- guia anterior

Retrusão – sai de MIH para RC

Lateralidade- Guia canino.

Oclusão ideal

1 Transmissão das forças oclusais para o longo eixo dos dentes

2- contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos

3-Dimensão vertical de oclusão adequada

4-Guias laterais e anterior

5-RC= MIH- quando há retrusão- saide MIH para RC

Lateralidade ( guia canina)

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