Prova dos Dentes em Cera e determinando que tipo (formato, tamanho, largura,

características, mais feminizada ou masculinizada, o

Revisão do que já foi feito em um paciente de
uso de fotografias de quando o paciente tinha dentes
PT para chegar até à prova dos dentes: anamnese
ou com a antiga prótese auxilia o técnico). Os
completa, histórico do paciente em relação a prótese
pacientes as vezes tem dificuldade de adaptar-se à
anterior (o que quer melhorar ou permanecer),
nova prótese então pode fazer uma foto da antiga e
identificação do tipo de saliva, tipo de mucosa (se é
basear-se por ela, pois a prótese deve agradar o
flácida, fina), atividade da língua e dos músculos,
paciente que irá usar e não o dentista. Ele comenta
determinou-se um diagnóstico para esse paciente,
sobre ser muito comum a realização de próteses
radiografias e exames complementares para alguma
sem o auxílio do cirurgião dentista, apenas do
alteração invisível ao olho; feito isso na primeira
técnico, e que eles não têm o conhecimento
consulta em seguida fez-se as moldagens,
científico de fisiologia do sistema estomatognático,
investigação da própria prótese para analisar se o
tem apenas o conhecimento prático, porém, existem
paciente tem alguma parafunção; logo após fez-se a
técnicos que fazem bem melhor que muitos
moldeira individual 2mm aquém do limite da área
dentistas. Então o conhecimento é o que nos
chapeável para que possa anatomizar o limite dessa
diferencia dos técnicos e nos dá respaldo ao fazer
moldeira com a moldagem compressiva em godiva e
uma prótese.
depois fez-se a moldagem mucostática com material
com material fluido (pasta zinco enólica, silicona). (A partir daqui ele segue a aula com o E-Book
Então a moldagem mista tem essa vantagem de sobre a estética do sorriso)
individualizar o material firme as áreas que têm
Link do E-Book pra quem quiser:
movimento que são as áreas limites da área
chapeável (inserções fibrosas e musculares) fazem https://www.dropbox.com/sh/bickebj46trmb6j/
sua impressão com material mais rígido e as áreas AAAwdSKtChSw6aHJMneUI2RRa?
que não tem movimento recebe um material mais dl=0&preview=E-Book+-+A+Est
fluido para não interferir na posição e %C3%A9tica+do+Sorriso.pdf
compressibilidade dessas áreas que vão receber
carga primária da prótese, então fez-se essa O que ver na análise do rosto que é
moldagem com dupla técnica: compressiva nas importante: as linhas verticais. As principais são: a
bordas e mucostática no restante da área de suporte linha mediana que divide o rosto em hemisfério
que vai receber carga secundária da prótese e esquerdo e direito, ela vai passar pelo filtro labial
depois enviou-se novamente para o laboratório (arco do cupido) e a glabela; a montagem dos
requisitando a confecção dos planos de orientação, dentes deve ser iniciada sempre a partir da linha
a primeira requisição feita ao laboratório é da média.
moldeira individual. No plano de orientação enviado
ao consultório faz-se todos os ajustes: auto suporte
do lábio, altura do lábio em relação à borda incisal
do modelo superior, fez-se as linhas de referências e
depois plano oclusal e bucal; após determinada
todas as medidas do rodete superior partiu para o
rodete inferior para determinar a posição da
mandíbula no sentido vertical e horizontal. No
sentido horizontal foi posicionada em relação central,
com o côndilo em relação central (como o paciente
de PT não tem referência dentária, é impossível
montar em MIH, por isso vai montar em relação
central) e determinação vertical dada pela dimensão
vertical do paciente, o tamanho do rodete inferior.
Determinado o volume de cera que terá em superior
e inferior e feito esse encaixe entre os dois planos de
orientação fez-se a fixação e transferiu para um
articulador semi-ajustável para que possa montar os
dentes. Nessa etapa clínica reenvia uma nova
requisição ao laboratório pedindo que faça os dentes
Linha média da face (sagital mediana)
Os primeiros dentes que são montados são
os incisivos centrais superiores e foi determinado no
plano de cera a linha mediana; as outras linhas
importantes são: a linha do canto do olho e a da
asa do nariz que é justamente a linha que determina
a linha dos caninos. A linha que passa próxima o
canto da boca é a que determina a distal dos
caninos, então a distância entre a linha dos caninos
vai determinar a largura dos meus dentes anteriores.
Linhas canto dos olhos e asa do nariz
Linha asa do nariz - canino
Nas linhas horizontais o paralelismo entre
elas traz harmonia estética para o paciente (por isso
Ernesto Severó incomoda); a borda incisal dos
incisivos ela preferencialmente, por um padrão
estético, deverá estar paralela a essas linhas
horizontais; como a linha mais fácil de estar paralela
ao solo, anatomicamente falando, é a interpupilar,
ao realizar o ajuste do plano superior na região
anterior com a régua de Fox posiciona na base do
rodete superior e coloca outra régua na linha
interpupilar e ver se estão pararelos.

Corredor bucal, é isso que vamos determinar em
um paciente, o espaço micro entre mucosa jugal,
faces vestibulares e que permite a entrada de luz,
fazendo sombra nos dentes posteriores, além disso,
a harmonia entre os terços da face. Os terços da
face possuem o terço superior, médio e inferior.
(Localização dos terços: Terço Facial Superior:
ponto tríquio ao ponto Glabela; Terço Facial
Médio: ponto Glabela ao ponto SubNasal; Terço
Facial Inferior: ponto SubNasal ao ponto
Mentoniano). A harmonia entre os terços da face
determinam esteticamente o paciente, então
utilizamos esses critérios também para determinar a
dimensão vertical, a distância entre o canto do olho e
mento, distância entre canto do olho e comissura
labial, distância entre mento e base nasal. A
proporção disso tudo determina os terços da
face.
Temos uma proporção dentro do próprio terço da
face, em que o ideal é que o ponto subnasal até o
tubérculo labial seja metade da distância entre esse
tubérculo e o ponto.
O professor mostra imagem de uma paciente com
rosto mais arredondado, mas ressalta que nem
sempre pegamos um paciente com o mesmo
formato e que características podem interferir na
confecção da prótese, por exemplo, terços da face
diferentes, uma orelha mais alta que outra, um
olho mais alto que outro, entre outros.
Finalizando planejamento da face, vamos para
análise do sorriso. Quando o paciente sorri, o que
vai aparecer no sorriso do paciente (muita gengiva,
pouca gengiva). Recebemos a prótese, colocamos
na boca do paciente e pedimos para ele sorrir.
Iremos notar o quanto o lábio levanta, o quanto
é mostrado de dente e gengiva (nesse caso
ainda cera) para saber se há harmonia ou não.
Além disso, outra coisa que iremos analisar no
sorriso é a função.
O professor ressalta a importância da avaliação da
exposição incisal dos centrais. Com o lábio em
repouso (entreaberto), em que mulheres apresentam
entre 1 e 2 mm e homens entre 4 e 6 mm.
Com relação a pacientes idosos, existe um desgaste
natural do esmalte dentário, diminuindo o tamanho
dos dentes. (Ele ressalta que é natural pacientes
mais idosos apresentar essa característica)
O senso estético na hora de falar com o paciente
pode determinar muita coisa. A forma que você
determina a posição de um dente é a avaliação
fonética, porque na pronúncia do “m” “n”, o lábio
inferior toca na borda incisal do dente, então se o
paciente apresenta dificuldade na pronúncia, pode
alterar a altura dos incisivos centrais para facilitar a
fonética aliado a estética.
Depois de ser feita a exposição incisal dos centrais,
fazemos a pronúncia exagerada para determinar o
tamanho do dente. É o que chamamos de sorriso
forçado (pronúncia exagerada da letra i). Iremos ver
como o lábio vai se relacionar com a borda gengival
do paciente. O normal é que ele fique ou passando
na gengiva marginal do dente ou um pouquinho
acima.
A curvatura do dente é determinada pelo lábio
inferior, utilizamos como critério na PT. Nem sempre
teremos lábios simétricos em um sorriso, às vezes, o
paciente levanta mais um do que o outro, bem como,
alteração em posição de orelha.
Sobre sorriso alto, sorriso médio e sorriso baixo
vocês já conhecem, mas há pacientes que o sorriso
é baixo e o lábio não levanta durante o sorriso, você
não vai conseguir. Se o lábio do paciente levanta
muito pode ser utilizado a toxina botulínica para
diminuir a atividade labial.
E por último, realiza-se a análise do dente. A
posição que o protético vai montar os dentes, a
inclinação, onde vai está ausente, a situação das
papilas, se estão grossas ou finas, como está
montado o arco gengival, caracterização da gengiva
(lisa, rugosa, sadia), posição dos pontos de contato,
tudo isso tem que ser observado.
Ponto de contato, ponto de ameia, se as ameias
incisais estão corretas, proporção das ameias, tudo
isso é visto na montagem dos dentes.
Então conseguem ver esses aumentos da ameia?
Da ameia do central pro lateral existe um aumento,
do lateral para o canino existe outro aumento, do
canino para o pré-molar existe outro aumento de
escuridão, conseguem ver o espaço escuro? Aqui
pequeno e aqui maior.
Figura 1 ele mostrou outra imagem mostrando os 2 arcos,
mas não consegui achar, a que explica melhor essa “ameia
incisal” é essa.
A ascendência das ameias incisivas e cervicais, a
inclinação dessas ameias (os ângulos), a proporção
do tamanho do dente, isso aqui a gente vai ta com a
altura do dente, linha mediana, linha dos caninos,
então tem várias análises importantes que a gente
vai fazer com o paciente, exatamente tudo isso que
vamos avaliar. Vamos ao início da aula:
Então todas as coisas que a gente determinou no
nosso plano de orientação, todas vão ter que ser
analisadas, qual foi a primeira coisa que a gente
determinou?
-Suporte labial, então a gente vai está próximo do
paciente e ele com a boca fechada, a gente vai olhar
o perfil dele e se esse suporte labial está adequado
ou não, se a boca está murcha ou está proeminente
(o lábio) ou está bem posicionado. Qual foi a
segunda coisa que a gente avaliou?
- O lábio em relação a altura do rodete, o quanto
mostra a borda incisal, então a gente vai pedir para o
paciente entre abrir a boca e ver o quanto expôs de
borda incisal, se está adequado e como a gente
planejou.
Depois a gente ver a questão estética:
- As linhas do sorriso, as linhas do canino e o
tamanho do dente, a gente pede para o paciente
sorrir, pede para o paciente fazer algumas
pronúncias, o “M” para ver se os incisivos estão
batendo no local certo, para ver se o tamanho e a
largura dos dentes estão ok, para ver a posição das
ameias tanto cervicais quanto incisais, das papilas,
dos entes dos arcos gengivais se estão corretos bem
posicionados ou não, da inclinação dos dentes em
relação ao plano mediano, os centrais geralmente
são posicionados reto e os dentes vão caindo um
pouco para distal, quando vão mais para posterior,
vamos observar todas essas características
estéticas. Depois o que a gente fez? A gente nem
chegou ainda no inferior, estamos no superior:
- Agora vamos ver o plano oclusal, se a borda do
incisivo está paralela a linha papilar, se o plano
oclusal está ascendente pra distal, paralelo ao Plano
de Camper, se quando o paciente sorrir tem o
corredor bucal ajustado.
-Depois que a gente termina essa análise estética do
sorriso, a gente vai fazer as analises funcionais, que
é aí que entra análise do inferior. A gente pede para
o paciente fechar a boca, pra ver se com oclusão o
paciente está com a dimensão vertical correta, se
toca bilateralmente ao mesmo tempo, ou se toca
mais de um lado do que do outro, se quando toca a
mandíbula está em relação central, se quando fala
ele consegue pronunciar os fonemas, ele tem
espaço funcional livre, a gente tem que avaliar todas
essas condições. Quem rege a estética do sorriso
desde muito tempo é a prótese total, tudo que você
ver hoje de analise de estética de sorriso, vem dos
conhecimentos adquiridos lá atrás pela prótese total,
a PT foi quem direcionou todos esses
conhecimentos de padrões estéticos que a gente
trabalha também na prótese fixa. Então não é
simplesmente colocar uma lente de contato, para
fazer uma analise estética correta outros parâmetros
tem que ser avaliados, o conhecimento de total
fornece a você esse conhecimento.
Então quando você usa prótese total dupla o
trespasse tem que ser 1mm, vamos pensar porque
o trespasse vertical e horizontal entre próteses totais
duplas, tem que ser 1mm ou 2mm, não pode ser um
trespasse profundo como o meu que é 4 a 5mm, por
que a gente determina trespasses pequenos para
próteses totais? Por que a gente usa dentes com
cúspides baixas para prótese total e não usa dentes
com cúspides altas? Cúspide alta dariam mais
função mastigatória mas mesmo assim a gente usa
baixa?
Resposta: Imagina a quantidade de tempo e de força
que um paciente de PT vai fazer em um movimento
protusivo, se esse movimento for muito extenso a
chance dele deslocar a prótese é muito maior, então
na PT esse deslocamento dos dentes tem que ser
o mais rápido possível, por isso a gente utiliza
cúspides baixas e pouco trespasse, porque se não a
gente vai encontrar muita força oblíqua nessa
prótese, deslocando ela mais facilmente e como a
retenção é puramente a base da prótese e a área de
mucosa e é uma retenção fraca,(porque depende
muito da qualidade da saliva dele) então a gente
trabalha com pouco trespasse, com oclusões
rápidas, prefiro que ele faça mais ciclos
mastigatórios, do que mastigue tudo de uma vez só,
porque aí ele vai se sentir confortável em mastigar
com uma prótese que não está deslocando, se fosse
cúspide alta e trespasses profundos na hora que ele
mastigar a prótese descola e ele vai ter dificuldade
de função. Então a gente vai trabalhar com
trespasse pequenos.
Na PT dupla os dentes anteriores não se tocam,
eles ficam pertinho mas não se tocam, a gente faz
contato lateral posterior simultâneo, sem contato
anterior, ele só vai ter contato anterior nos
movimentos protusivos, e quando ele fizer a
protusão preferencialmente( ao contrário do que trás
a literatura para dentes normais) a gente vai ter
contato no lado de balanceio, então na hora que
tocam os dentes anteriores em protusão, se tocam
os dentes anteriores ao mesmo tempo não tem
problema, o dente natural é ao contrário, eu uso os
anteriores para proteger os posteriores, para
proteger o tecido periodontal dos posteriores, mas
não existe tecido periodontal em uma prótese, então
se eu tiver contato tanto na frente como atrás eu
consigo estabilizar essa prótese em posição, se
quando eu faço lateralidade na direita no meu lado
de balanceio esquerdo tem contato eu dificulto essa
saída de posição, então se houver esse contato no
lado de balanceio na PT não tem problema, não é
obrigatório, mas não tem problema.
- E super importante é a aprovação do paciente, o
paciente tem que olhar a prótese, sorrir, falar,
deglutir e dizer ok estou satisfeito.
Quando você tem uma PT montada sobre dentes
naturais e o antagonista não é prótese, aí eu tenho
um periodonto, eu tenho que proteger o periodonto,
aí a montagem dos meus dentes vai ser em cima do
que eu tenho no antagonista. Quando é PT dupla eu
determino tudo, o paciente não tem nenhum
parâmetro, mas quando o paciente tem dente, os
dentes vão reger a montagem da minha prótese, eu
tenho que montar minha prótese para ocluir no que
ele tem e para sorrir com o que ele tem.
Então eu faço essa prova, com pouco transpasse
vertical, essa prova do tamanho dos dentes, vejo a
posição das papilas, das ameias cervicais todas
aquelas análises que a gente fez.
E agora a gente manda para o laboratório com uma
nova aquisição, o que a gente vai pedir agora? A
gente vai pedir agora que ele confeccione a prótese,
prense com a gengiva que a gente escolher, a gente
vai fazer a seleção da cor da gengiva agora, existe
várias cores, todas gengivas são diferentes, sua
gengiva é mais pálida do que a do seu colega,
pacientes negros tem uma gengiva mais arroxeada,
mais pigmentada. Então a gente escolhe a cor da
gengiva e envia para o laboratório a cor escolhida,
geralmente o que a que a gente pega como
referência para essa escolha em um paciente de PT
dupla é a cor do lábio molhado, por quê? Porque
quando o paciente sorrir, não ficará um contraste
entre a prótese e o lábio dele, mas se o paciente é
portador de PT, mas no antagonista tem dente e tem
aquela gengiva mais esbranquiçada mais pálida por
conta da inserção conjuntiva, aí a gente vai pegar a
partir da cor da gengiva do paciente mesmo, então
esses são os 2 critérios que vamos utilizar pra definir
a cor da gengiva e a gente envia para o laboratório a
cor da gengiva que a gente quer e qual a escala que
a gente utilizou.
Aqui no brasil a escala mais utilizada é a escala de
Tomas Gomes, foi um protético q fez essa escala,
quando ele fez ele determinou quais são os padrões
de cores que são mais comuns e a gente tem essas
cores de resinas em amostras , como se fosse
aquela escala VIPI para dente, eu tenho escala
Tomas Gomes para gengiva, eu aproximo a escala
da gengiva e vejo qual a cor mais parecida com a
cor da gengiva do paciente e envio a escolha para o
laboratório, o laboratório vai fazer a prensagem
dessa prótese, essa prensagem que é trocar toda a
cera mal adaptada e fazer a base de próxima
realmente bem adaptada, com cor com acabamento
e polimento com caracterização dessa gengiva, ele
pode fazer isso com resina termopolimerizável
(cozinha ela sobre uma agua com uma alta
temperatura sobre pressão para polimerizar) ou ele
faz essa resina de micro-ondas, onde calor vai ser
dado pelo micro-ondas, tem essas resinas desses
dois tipos.
Depois disso, ele manda de volta para você essas
próteses prontas, elas tem que está completamente
bem acabadas, polidas, sem perolas de resina na
base da prótese para não machucar o paciente, sem
porosidade internas, sem trincas, a prótese ela tem
que vim intacta bem polida para o paciente usar,
você recebe essa prótese limpa e desinfecciona ela
com detergente ou sabão, e leva para a boca do
paciente.
Tudo que você fez na seção de prova de dentes,
você vai fazer novamente agora, para ver se algum
dente durante a prensagem da prótese mudou de
posição, se alguma coisa que você avaliou e deu
certo antes e agora ta dando errado. Eu não sei se
vocês notaram que na prova de dentes eu não faço
movimentos excursivos para ver se protusão e
lateralidade está bom, porque os dentes estão em
cera, se o paciente fizer esses movimentos com a
mandíbula vai descolar todos os dentes, então todos
esses movimentos a gente vai fazer agora, com a
prótese pronta que a gente faz essas analises
oclusais no paciente. Então eu faço todas as que a
gente comentou na prova de dente, mais as analises
funcionais e oclusais, e ver como o paciente se
sente agora. E se o paciente reclamar de dor ou
sensibilidade? É normal, é como se fosse um sapato
que você tirou e usava a 2 anos, esse sapato ele
tem o formato do seu pé, se você calça um novo, vai
ficar diferente e com certeza o paciente sentirá essa
diferença. Até porque a base da antiga prótese foi
montada em uma mucosa de 5 anos atrás, não é a
mesma mucosa que ele tem hoje, foi reabsorvida,
então o paciente vai sentir diferença, muitas vezes
quando o paciente pega a prótese nova ele sente
uma diferença enorme da extensão da prótese, por
que você coloca a prótese no limite da área
chapeável e o protético nem sempre usa esse limite
da área chapeável, o protético nem sempre coloca o
suporte labial adequado.
Então toda essa força vai ser transmitida a mucosa
de prótese. O paciente tem que ter cuidado nas
refeições dele com alimentos consistentes. Todas
essas recomendações são dadas ao paciente, todas
essas avaliações são feitas: avaliações funcionais,
fonéticas... pede pro paciente falar, deglutir, sorrir,
faz as avaliações oclusais, observa tudo o que foi
feito, dá as orientações de uso pro paciente; forma
de mastigação e higienização(é importante que ele
higienize com escovas diferentes, com sabão e que
a escova não seja muito rígida por que se não ela
vai criar rugosidades na base da prótese
favorecendo a adesão do fungo). A prótese tem que
ser limpa e escovada depois de todas as refeições,
tanto a parte basal quanto a parte polida e
preferencialmente o paciente dormir sem a prótese.
Existe uma troca natural do epitélio, as células
morrem e se você fica com essa prótese todo tempo
na boca essas células vão se depositando na
superfície basal, e na resina existe uma adesão
muito grande de qualquer processo biológico,
mesmo que polida, por isso que restaurações
próximo a margem gengival de cerâmica,
desenvolvem menos doença periodontal do que
resina, por que a resina com o tempo apodrecem na
boca, ela vai ficando muito rugosa. Então quanto
mais a gente conseguir utilizar essa prótese com
uma escova macia, uma limpeza correta, sem
utilização durante o sono... tira essa prótese e deixa
a mucosa descansar.
Professor, vamos supor que a prótese esteja
machucando a área basal a mucosa do paciente,
como faço esse ajuste? Vou pegar essa PT e
manipular um material fluido de moldagem, como a
silicona de condensação, e carrego essa prótese,
como se fosse fazer uma moldagem, como se fosse
utilizar da prótese uma moldeira individual e peço
pro paciente colocar a prótese e fechar a boca, aí eu
vou ver que vai ter áreas que o meu material de
moldagem não vai recobrir a área basal, aquelas
áreas estão compressivas e aí vou fazer um ajuste
leve e depois vamos polir, acabamento e polimento.
Isso pode acontecer na borda de prótese, então vou
colocar a prótese em posição e puxar o lábio e ver
se quando eu traciono o lábio a prótese desloca, é
sinal que a prótese está ultrapassando o limite da
área chapeável, ao invés de estar apenas em área
de gengiva inserida ela está ultrapassando. Na hora
que você fez a moldagem, você falhou na naquela
região.
E por que a gente tem tanto cuidado na moldagem
funcional? Por que a gente não faz esse ajuste logo
no final? Por que é muito melhor termos uma borda
de prótese anatomizada dentro da boca do paciente,
da forma que ele tem do que eu fazer isso
visualmente na mão. A moldagem consegue dizer se
eu faço corretamente exatamente a anatomia da
boca e a prótese fica encaixadinha ali. Posso errar?
Posso, mas os erros pontuais serão corrigidos ali
com uma broca na hora da instalação. Mas fazer
uma borda de prótese inteira na mão ou esculpir na
mão, a chance de você deixar com subcontorno ou
sobrecontorno no osso é muito maior. Então cuidado
na hora da moldagem e pequenos ajustes na
instalação.
E avaliar a retenção também(aperta de um lado e do
outro pra ver se desloca, aperta na frente pra ver se
desloca lá atrás), verificar a estabilidade dessa
prótese, se toda vez que ele fecha, ela fica no
mesmo lugar. É possível que a oclusão dele antiga
esteja numa posição condilar diferente da que a que
você está propondo agora, então a paciente pode ter
essa dificuldade de mastigar e se você sabe disso,
está alerta pra avisar o paciente que ele pode sentir
uma dificuldade de mastigação no início, porque
estamos colocando a mordida dele numa posição
mais favorável da que estava antes pra melhorar
toda estética e função de mastigação, e que com um
tempo ele se sentirá melhor. Quando você tem essa
previsão e não fala pro paciente antes disso
acontecer, ele acha que você não foi competente e
está dando desculpa. Quando você pega um
paciente que tem mucosa flácida, rebordo pequeno,
condições orais que não favorecem a retenção, tem
a língua grande e ativa que fica empurrando a
prótese toda hora, você já avisa pra ele que é
possível que se use um adesivo pra compensar um
pouco essa pouca estabilidade que ele tem.