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Logo, para Barthes, são três mensagens constituídas a partir das imagens e esta
será a ordem que esta pesquisa seguirá para analisar o discurso visual. A imagem se
revela à percepção imediatamente como uma primeira mensagem, como “uma série
de signos descontínuos” (BARTHES: 1990, p. 28). Contudo, este conceito é
meramente operacional, pois a imagem revelada à consciência de um observador já é,
imediatamente, alicerçada e contextualizada, tornando-se, inicialmente, uma
mensagem literal. Ao reconhecer os objetos de uma imagem, ou, mesmo, ao se lançar
uma hipótese sobre o que a imagem se assemelha, já se perde a inocência da imagem,
relacionando-a a algum contexto. Neste sentido, a primeira e a segunda mensagens
estão relacionadas desde a percepção da imagem à sua ancoragem em algum
reconhecimento, alguma similaridade. A percepção e a busca de uma associação por
similaridade da imagem, com um fenômeno, tornam-se atos intrinsecamente
relacionados e simultâneos. Este é o momento da denotação, da relação literal entre
signo e fenômeno na imagem. Desta forma, estando as duas primeiras mensagens
entrelaçadas, resta a terceira mensagem: a dos signos conotados.
(10)
Descida da Cruz, entre 1600 e 1604
Michelângelo Caravaggio.
(11)
Campanha Pure Smirnoff, anos de 1990
(12)
As Meninas (1656 – 1657)
Diego Velázquez (1599 – 1660)