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repetir o passado
Eu vejo um museu 1. SELEPROT
de grandes 2. UERJ
novidades”
CAZUZA, 3. UEG
“O tempo não para”
4. Vamos para o Quadro
A MUDANÇA
REFLEXÃO INICIAL
Expansão dos meios de
comunicação digital
Está em curso uma
revolução, uma revolução na As formas de relação com as
nossa compreensão do que é
ser um ser humano. O que demais coisas do mundo
está em causa é nada mais
Percepção. Captação.
nada menos do que a
natureza da mente humana. Interpretação.
(George Lakoff, 2012, ix.)
Descoberta/Produção de
significados: a SEMIOSE
A SEMIÓTICA DO ENSINO E O
ENSINO DA SEMIÓTICA
A semiótica do ensino e o ensino da semiótica são
duas áreas de pesquisa que se cruzam no domínio
mais vasto da semiótica e da educação. (...) A
semiótica da educação estuda interações
educacionais como processos de semiose. Pesquisas
nesse processo comunicativo pertence aos
fundamentos da pedagogia. Os resultados dessas
pesquisas são relevantes para a escolha de métodos
e meios de ensino. (NÖTH, 1995, p. 221)
CÓDIGOS E SINAIS
No entanto, o leitor só vai tomar conhecimento dessa garrafa e dessa mensagem
no “Conto em letras garrafais” (COLASANTI, 1986, p. 95), permitindo assim que
o leitor construa a imagem de alguém que efetivamente resgata uma garrafa que
por ele passava.
Primeira análise: texto verbal
A expressão pegou-a pelo gargalo pode sugerir outra imagem (exterior ao texto),
de alguém que segura um terceiro pelo pescoço (gargalo) e (sem tirar a rolha)
tenta adivinhar, pois o advérbio cuidadosamente é um ícone da forma como a
garrafa foi analisada pela personagem do conto.
Reiteração do advérbio de negação NÃO constrói uma pista isotópica (de
subtema do texto) referente à não descoberta do que continha a garrafa, de
onde vinha e para quem se destinava.
Mensagens em garrafa evocam a imagem do náufrago que tenta se comunicar
com alguém.
Nesse texto, a garrafa foi trazida pelo vento.
A iconicidade dessa expressão é muito forte, constrói uma ideia extravagante:
garrafa trazida pelo vento?
Primeira análise: texto verbal
O balão de pensamento (ligado por bolinhas) representa a preocupação silenciosa de Mafalda sobre
a possível resposta do coleguinha.
O balão da resposta do menino traz a palavra política entre aspas, as quais podem significar a
indecisão do garoto ou a ênfase da resposta.
O quadro 4 contém o pensamento em voz alta de Mafalda, com sua constatação de que o colega
falou o “palavrão” que ela temia: política.
A cor verde da roupa da professora pode sugerir seu direito assegurado de comandar. O laço e a roupa
vermelha de Mafalda representam a força da personagem. A cor roxa na camisa e nas meias do menino
podem sugerir certa depressão e melancolia, uma vez que o garoto estava inseguro de sua resposta.
Figura 5: Mafalda e a política como um palavrão
c) c) Quadro 3: olhar assustado do menino e boca bem aberta, indicando que disse algo e
que estava incerto de sua resposta; e
d) d) Quadro 4: olhos abertos e fixos de Mafalda, combinados com sua mão sob o queixo,
representam sua decepção ao constatar que a resposta do colega era, de fato, a que ela
supôs.
Quarta análise: a charge Temos a imagem personificada do
mundo acorrentado ao peso do
Figura 6: charge obscurantismo.
A charge, um estilo Tem-se assim a iconicidade da
estagnação, da ausência de uma
de ilustração, cujo
política desenvolvimentista.
objetivo é satirizar
alguém, alguma
situação ou
acontecimento atual.
Quarta análise: a charge As correntes indicam o mundo preso ao atraso.
Por ser uma cor neutra, o cinza não tem nas suas
características a capacidade de estimular ou tranquilizar; e por
não ter uma carga emotiva, é frequentemente caracterizada
como uma cor enfadonha e sem movimento.
Quinta análise: o anúncio
Figura 6: anúncio publicitário
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Referência
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darciliasimoes@gmail.com