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Aluna: Oluwadara S. B.

Profº: Moisés Santos

Matéria: O Mundo se Comunica

29 de Março de 2023

Os Códigos
A Comunicação não é um privilégio humano.

Comunicar é enviar um sinal que afete o comportamento do outro. O ser humano parece

representar o único ser com capacidade para transportar os estímulos comunicativos aos

diferentes tempos e espaços. Ele pode transcender a materialidade e formular hipóteses e

conceitos, transmitindo conhecimentos por meio de representações simbólicas. A maioria das

línguas humanas é caracterizada por dupla articulação: o significado e o significante, que

formam o signo linguístico. O significado designa o conceito transmitido, já o significante é a

palavra que resgata esse conceito na mente do falante por meio de uma imagem acústica.

Não precisamos do objeto presente para reagir a ele, podemos lembrá-lo, descrevê-lo, imaginá-

lo e até desconstruí-lo por meio das palavras. Por isso, podemos projetar nosso discurso para o

passado e para o futuro, para a ficção e para a realidade. Com um conjunto finito de informações

podemos fazer representações infinitas. Portanto, a linguagem é toda forma de comunicação por

meio de signos. Ela não necessariamente precisa incluir palavras.


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Pode conter gestos, sons, cores, formas e entre outras maneiras simbólicas em que coloca em

interação um emissor e um receptor. Quando organizamos esses sinais comunicativos, criamos

códigos. A língua, por exemplo, é um código. Ela tem usos e regras estabelecidos que podem ser

ensinados e aprendidos e, até onde sabe a ciência hoje, uma exclusividade humana.

A comunicação centrada na palavra é verbal. Um código verbal é, pois, aquele que recorre a

palavras para discursar tanto por meio da oralidade quanto da escrita. Já um código não verbal

se organiza por meio de outros recursos da linguagem, excludente às palavras e utiliza signos

visuais, como, por exemplo, os gestos, postura, ilustrações, placas e músicas. Comunicação é

uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar, participar

algo, tornar comum".

Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre

si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.

A linguística é a área da ciência na qual se estuda a linguagem humana. Como ciência, ela

observa a linguagem em funcionamento e, à luz de uma teoria e sob determinados métodos,

procura explicar e descrever como ela funciona. Temos várias áreas que se dedicam a um aspecto

da linguagem. Alguns exemplos delas são: a fonética (Os sons empregados na fala e na

representação escrita), fonologia (A função linguística dos sons e fonemas), morfologia (A

estrutura interna das palavras), sintaxe (A combinação das palavras para formar frases

gramaticais), semântica (O sentido das palavras e dos enunciados) e entre outras áreas.
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Nem só de palavras vive a comunicação humana. Um gesto, um toque, um olhar pode revelar

muito dos nossos pensamentos e das nossas intenções. A própria figura da imagem, por mais que

seja de um ser humano, está totalmente conectada com a linguagem gestual e expressiva

utilizada nós. Por meio dela identificamos claramente o que está sendo comunicado. E da mesma

maneira de que dispomos de vários recursos para expressar nosso universo interior, também

somos influenciados pelas mensagens alheias, uma vez que comunicamos a interação, e ora

desempenhamos o papel de produtores de conteúdo, ora de receptores. O mundo social é um

organismo vivo e o tempo todo exige de nós uma resposta.

Quando lemos um texto ou ouvimos um discurso, a comunicação é direta, e podemos

interromper a mensagem na segunda ou na terceira palavra. Já as imagens estão por aí, ela nos

cercam. Nossa leitura é simultânea e integral, todos os elementos disparam nosso olhar de uma

só vez e, quando nos apercebemos, fomos tomados por cores, por formas, por luzes e por

movimentos. A comunicação é uma via de mão dupla: uma hora somos produtores e outra hora

consumidores de conteúdos em diversas formas e contextos. Para que a comunicação se efetive,

é necessário que um sinal seja enviado por um emissor e acolhido por um receptor, que, no

processo, emitirá a sua resposta a esse sinal.

No caso da linguagem humana, como já estudamos, destacamos nossa capacidade de transcender

o mundo concreto e de criar representações abstratas para nos expressar. Nos comunicamos por
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meio de signos e usamos essas formas de representação, pois elas têm significados prévios,

construídos coletiva e culturalmente. Os signos podem ser classificados de três formas,

considerando o modo como operam objeto de representação:

Ícones: evocam um significado por semelhança, isto é, remetem seu referente pelas qualidades

que compartilham. O esboço de uma casa ou a planta de um engenheiro remetem à casa pela

similaridade.

Índices: evocam um significado por indícios, por sinalizações físicas, que revelam relação de

proximidade.

Símbolos: evocam um significado por uso convencional, são culturais e precisam ser ensinados.

Para que um símbolo seja eficaz, é necessário que o emissor e o intérprete dominem o mesmo

código. É o código socialmente estabelecido por determinado grupo de uma localidade que

indica se um símbolo é válido ou não naquele contexto. A vida em sociedade tem muitos

desafios e um deles, com certeza, é a comunicação. Encontrar o ponto de interseção entre nossos

desejos, valores e vivências e os daqueles que nos cercam não é nada fácil.

Saber a hora de falar, de gritar, de silenciar ou até de desenhar é um aprendizado constante.

As imagens têm transformado nossa comunicação, tornando-a mais dinâmica, veloz e icônica.

Há situações comunicativas em que, mesmo havendo uma palavra disponível e apropriada na

língua, usar uma imagem parece mais assertivo, por isso, ocasionalmente optamos por usar uma

figurinha, ou um emoji.
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Não é só uma questão de economizar tempo ou caracteres. É a possibilidade de "quebrar gelo",

de trazer a informalidade ao processo e de tornar a conversa mais aconchegante. Os códigos não

verbais podem ser tão expressivos quanto os verbais e até a escrita, por vezes, se vale de sinais

visuais para comunicar, como acontece no uso dos sinais de pontuação ou na variação de cores e

de fontes. Talvez a grande riqueza não esteja em ver tais códigos como concorrentes, mas como

complementares.

As Imagens comerciais são apelo para o consumo, as imagens históricas documentam nossas

vivências e as imagens artísticas nos oferecem um olhar diferenciado para o cotidiano. Mas, para

que uma imagem seja elevada à condição de obra de arte, ela precisa ser legitimada por um

sistema artístico que a acolha, isto é, precisa do reconhecimento de críticos, de curadores e de um

público que lhe atribua valor. Imagens são signos que comunicam. Como signo linguístico, uma

imagem pode ser ícone quando é retrato que captura, no tempo e no espaço, uma cena e a

reproduz. Nesse caso, exerce sua natureza testemunhal. Pode ser índice usado como prova de

uma realidade, caso em que exerce sua natureza certificadora e seu valor não está em si, mas na

relação que estabelece entre o objeto e a situação que se deseja comprovar. Pode ser símbolo

quando representa uma dimensão social, uma tradição, uma ideologia, exercendo, nesse caso, sua

natureza codificada e que precisa ser compreendida no contexto cultural no qual foi produzida.
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Trabalhos citados
Significados - site - https://www.significados.com.br/comunicacao/

Livro de Linguagens - O mundo se comunica - referências nos capítulos 1 ao 3.

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