Você está na página 1de 25

LINGUAGEM JURÍDICA E HISTÓRIA DO DIREITO

Sumário

NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................... 3

1 - LINGUAGEM JURÍDICA ......................................................................................... 5

1.1 - LINGUAGEM JURÍDICA NO DECORRER DA HISTÓRIA ............................... 7

2 - A ESSENCIALIDADE DA LINGUAGEM PARA O MUNDO JURÍDICO ................... 8

3 - A NECESSIDADE DE ENSINAR A LINGUAGEM JURÍDICA ............................... 11

PARA OS ACADÊMICOS DE DIREITO ......................................................................... 11

4 - O DIREITO NA ANTIGUIDADE ............................................................................. 14

5 - DIREITO NA CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA..................................................... 15

6- DIREITO NA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA ........................................................................ 19

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 22

2
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.
Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais
em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou
outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável


e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta
de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e
valor do serviço oferecido.

3
INTRODUÇÃO

O Direito está presente no nosso dia a dia, mesmo que não notemos: no nascimento
de alguém, quando alguém realiza uma compra em um estabelecimento, quando
efetua o pagamento de impostos, quando há briga entre amigos e/ou vizinhos, na
morte de alguém querido. Logo, independente do ocorrido, o Direito sempre existirá,
em qualquer um dos ramos.

O Direito acaba se comunicando, devido à sua interdisciplinaridade, com diversos


ramos: seja com a sociologia, filosofia, ética ou linguagem, entre outras. Eis, então, a
grande importância da sabedoria e postura enquanto juristas.

O essencial instrumento de trabalho de um advogado é a linguagem, isto é, é a sua


"arma" a qual este utiliza para aplicar todo o conhecimento aprendido e também para
se comunicar com seus clientes, assim como outros operadores da área jurídica.

Como a linguagem do advogado, via de regra, é técnica, esta pode não ser
compreendida adequadamente quando for se comunicar com os seus clientes,
geralmente, este não tem nenhum tipo de conhecimento jurídico. Este estudo pretende
analisar alguns pontos para que de fato haja uma comunicação com sucesso entre os
próprios operadores de direito, assim como quando este se comunicar com seus
clientes.

Os operadores de Direito tem uma grande responsabilidade enquanto profissionais, a


linguagem, portanto, deve ser acessível a todos para que a comunicação tenha
sucesso de fato.

4
1 - LINGUAGEM JURÍDICA

Antes de adentrar ao assunto, é preciso conhecer o conceito de linguagem, sendo esta


a capacidade humana para compreender e aplicar um sistema complexo e dinâmico
de símbolos convencionados, usado em modalidades diversas para comunicar e
pensar. É uma capacidade natural que não carece de justificação, o que torna, pois,
impossível imaginar a vida sem ela, uma vez que constitui um instrumento essencial
para aceder aos pensamentos e conhecimentos.

1. A linguagem é um sistema, isto é, uma totalidade estruturada, com


princípios e leis próprios, sistema esse que pode ser conhecido; 2. A
linguagem é um sistema de sinais ou de signos, isto é, os elementos que
formam a totalidade linguística são um tipo especial de objetos, os signos, ou
objetos que indicam outros, designam outros ou representam outros. Por
exemplo, a fumaça é um signo ou sinal de fogo, a cicatriz é signo ou sinal de
uma ferida, manchas na pele de um determinado formato, tamanho e cor são
signos de sarampo ou de catapora, etc. No caso da linguagem, os signos são
palavras e os componentes das palavras (sons ou letras); 3. A linguagem
indica coisas, isto é, os signos linguísticos (as palavras) possuem uma função
indicativa ou denotativa, pois como que apontam para as coisas que
significam; 4. A linguagem tem uma função comunicativa, isto é, por meio das
palavras entramos em relação com os outros, dialogamos, argumentamos,
persuadimos, relatamos, discutimos, amamos e odiamos, ensinamos e
aprendemos, etc.; 5. A linguagem exprime pensamentos, sentimentos e
valores, isto é, possui uma função de conhecimento e de expressão, sendo
neste caso conotativa, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos
ou significados diferentes, dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito
que a ouve e lê, das condições ou circunstâncias em que foi empregada ou
do contexto em que é usada. (CHAUÍ, 2010, p. 166).

No que lhe concerne, Warat (1994, p. 37) observa que “a linguagem possibilita o
intercâmbio de informações e conhecimentos, funcionando, ainda, como meio de
controle desses conhecimentos”. Por meio da linguagem, tanto escrita como falada,
há a transmissão de mensagens, de conteúdos, que permitem a socialização dos
indivíduos e, por conseguinte, viabiliza a convivência ordenada entre eles.

5
Segundo Brait (1996, p. 96):

Por meio da linguagem, o homem não só veicula informações, mas também


mostra a sua visão sobre o mundo. É a linguagem que permite aos sujeitos
se representarem a si mesmo aos outros e ao mundo. Trata-se, portanto, de
um meio de interação social por excelência.
Juridicamente falando, “linguagem é um sistema de signos utilizados para estabelecer
uma comunicação” (MEDEIROS; TOMASI, 2010, p. 5). Assim, Linguagem Jurídica é
o sistema de signos e sinais, oral ou escrito, que permite a comunicabilidade dos
operadores do Direito.

É também pertinente o pensamento descrito por Mello (2013, p.137) de que, sem
linguagem, “as palavras seriam meros ruídos sem qualquer conteúdo. Não seriam
signos, é dizer, significantes, e a comunicação humana tornar-se-ia impossível”.

No mesmo sentido, explicam Damião e Henriques (2010, p. 18-19) sobre algumas


maneiras de se expressar, citando exemplos:

O homem pode se comunicar pela forma verbal e/ou não verbal. Para a forma
verbal a linguagem oral torna-se ponto crucial; a forma não verbal pode
ocorrer de várias formas, como por exemplo, a linguagem corporal (exemplos:
o testemunho de surdos-mudos pela mímica; a falsidade de um depoimento
pode revelar-se até mesmo pela transpiração, pela palidez ou simples
movimento palpebral) e a linguagem do vestuário (exemplo: a toga é uma
informação que indica a função exercida pelo juiz e a cor negra sinaliza
seriedade e compostura que devem caracterizá-lo).

Todas as formas de comunicação, verbal, não verbal ou mista, devem ser


criteriosamente consideradas, posto que qualquer delas pode ocorrer no desempenho
das diversas profissões ligadas ao Direito. Mas para melhor interpretar faz-se
importante não apenas conceituá-lo, como também tecer breves ponderações sobre
a sua história.

6
1.1 - LINGUAGEM JURÍDICA NO DECORRER DA HISTÓRIA

Observa-se que, quando se inicia o curso de bacharelado em Direito, um dos primeiros


contatos com a linguagem jurídica são os brocardos (expressões latinas), procedentes
do Direito Romano, que ainda são muito utilizados nas atuações do dia a dia do
profissional dessa área. Os brocardos, além de ser um exemplo do linguajar próprio
utilizado pelos juristas romanos, são também considerados como cultura que perdura
até os dias atuais.
Em harmonia com Moreira et al. (2010, p. 140), “o Direito tornou-se uma ciência
jurídica no final do século XI e início do século XII, dando-se início a formação de
juristas letrados”. Ressalta-se, também, da aludida referência que, nessa época, as
pessoas “[...] sem formação acadêmica eram tidas como rústicas, ou seja, ingênuas,
incapazes de malícia, desprovidas de capacidade de avaliação exata das coisas,
suscetíveis de serem enganadas” (MOREIRA et al., 2010, p. 140). Daí adveio a
indispensabilidade de uma comunicação mais adequada, principalmente aos
profissionais do Direito da mencionada era.

Até meados do século XIX, quanto mais rebuscado fosse o linguajar jurídico, maior
era sua eficácia; hodiernamente, com o advento da Modernidade, o acúmulo de
tarefas e, automaticamente, a falta de tempo, essa realidade mudou, quanto mais

7
simples e direta for a linguagem, melhor será sua efetividade. Assim, “ontem o estilo
tendia ao rebuscamento, aos rodeios ou aos circunlóquios; hoje, a vida moderna
obriga a uma redação mais objetiva e concisa” (PAIVA, 2010, p. 10). Portanto, esse
truísmo não sugere menos necessidade, pelo contrário, a linguagem é, e sempre será,
o meio pelo qual o Direito se propaga. Por isso, é inevitável analisar se as faculdades
estão dando a devida importância ao ensino da língua portuguesa e jurídica para o
acadêmico, bem como se os profissionais que já atuam nessa área têm buscado o
aprimoramento do vernáculo (DAMIÃO; HENRIQUES, 2010).

É importante ressaltar que, de acordo com Pereira (2012, p. 1), “a linguagem como
forma de comunicação é imperiosa para o Direito, que acabou por especializá-la,
dentro dos seus moldes, criando uma linguagem jurídica”. Tal a relevância do “dialeto
forense”, que céleres pensadores como São Thomaz de Aquino, citado por Moreira et
al. (2010, p. 140), descreveu que este é “[...] a arte de pensar em ordem e sem erros.”

A particular forma de se comunicar, sem dúvida, fez parte de diversos ramos ligados
ao Direito no decorrer da história, marcando assim a dimensão do “idioma próprio” do
profissional jurista. Uma linguagem que antes tendia ao floreamento e hoje busca uma
característica objetiva e direta, porém, sem descartar suas raízes, como exemplo,
expressões em latim, que ainda são comumente utilizadas nos tempos modernos, o
que enriquece este vocabulário linguístico intrínseco.

Destarte, esses foram alguns dos aspectos mais relevantes que marcaram a história do
linguajar jurídico.

2 - A ESSENCIALIDADE DA LINGUAGEM PARA O MUNDO JURÍDICO

De modo tão importante é a linguagem para o mundo jurídico que a Constituição


Federal de 1988 deixa claro no caput do seu artigo 13, que “a língua portuguesa é o
idioma oficial da República Federativa do Brasil”, e determina também, no seu artigo

133, que “o advogado é indispensável na administração da justiça, [...]” (BRASIL,


1988, on-line). Assim sendo, nesta seção, discorre-se sobre a essencialidade, ou seja,
a específica forma de utilizar a palavra, escrita ou falada, como instrumento de trabalho
dos operadores do Direito.

8
A Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos
Advogados do Brasil), em seu artigo 2º, também fixa essa condição de indispensabilidade
do advogado à administração da justiça, reafirmando em caráter regulamentar a
disposição que já se acha inscrita no próprio texto constitucional.

Sobre a linguagem, o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil


(aprovado pela Resolução nº 02/2015), estabelece em seu artigo 28, a seguinte
assertiva: “consideram-se imperativos de uma correta atuação profissional o emprego
de linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa técnica jurídica”
(BRASIL, 2015, on-line).

Nessa interpretação, bem descreve Chalita (2012, p. 13), “o orador deve ter asseio
quanto à postura, gestos, dicção e aparência, recomendando a representação
dramática de papéis para a ênfase da elocução”. Assim, a linguagem jurídica, que é
constituída pela comunicação verbal, não verbal, e/ou mista, deve obedecer a critérios
e comportamentos apropriados em todas essas questões.

De acordo com Lôbo Netto (2011, p. 27), a profissão jurídica trata-se de “atividade
concebida como um conjunto de atos teologicamente orientados, em um quadro de
continuidade, permanência e integração”. Vale lembrar que o advogado é habilitado a
atuar em defesa de direitos porque obtém apuro técnico (bacharelato), mais aprovação
no exame de ordem, para esse mister.

A importância do advogado é evidente no processo, sendo que a parte, por si só, não
tem condições de figurar no litígio judicial, sem que conte com o apoio técnico do
operador jurídico, que conhece a lei e as implicações legais pertinentes a cada ato
processual. O papel do advogado é, pois, fundamental na interpretação das normas
e, em consequência, na aplicação efetiva da justiça.

Entretanto, o interesse primordial deste estudo, qual seja, a relevância da linguagem


jurídica, não se limita ao ofício do advogado, e sim, expande-se a todas as profissões
relativa ao Direito. Entende-se, dessa forma, que o linguajar particular das atividades
ligadas à justiça, além de uma utilização sociocultural, é também uma imposição
inerente aos que trabalham direta e indiretamente nessa esfera, devendo esses,
utilizá-lo de maneira precisa e técnica.

9
O Direito é a profissão da palavra, e o operador do Direito, mais do que
qualquer outro profissional, precisa saber usá-la com conhecimento, tática e
habilidade. Devese prestar muita atenção à principal ferramenta de trabalho,
que é a palavra escrita e falada, procurando transmitir melhor o pensamento
com elegância, brevidade e clareza. (SABBAG, 2016, p. 18).

Há que se deixar claro que a língua portuguesa é bastante complexa, repleta de


normas gramaticais e de sinônimos, o que pode desencadear diversas interpretações
de um mesmo texto. A falta de habilidade e domínio da linguagem, especificamente o
português jurídico, que se refere às regras gramaticais usuais no discurso, pode
acarretar ao profissional, a falta de capacitação, podendo até mesmo prejudicar a
efetividade da justiça na resolução de lides.

No entanto, deve existir clareza na comunicabilidade dentro do mundo jurídico, e para


melhor entender essa magnitude, descreve-se o trecho da obra de Paiva (2010, p. 13):
“a compreensão deve ser imediata. É importante usar vocabulário acessível, redigir
orações na ordem direta, utilizar períodos curtos e eliminar o emprego excessivo de
adjetivos. Deve-se excluir da escrita ambiguidade, obscuridade ou rebuscamento”.

Para completar esse entendimento, explica Sabbag (2016, p. 96) que “um erro em
petição, sentença ou acórdão tem o condão de retirar-lhe a pujança e a autoridade,
além de espelhar a incapacidade do anunciante”.

Em razão disso, a compreensão e sapiência da linguagem jurídica subordina-se ao


domínio da língua portuguesa, idioma oficial do Brasil, conforme já mencionado acima.
A eficiente comunicação dentro das atividades relacionadas ao Direito, seja para
realizar um discurso congruente ou sustentar uma posição propícia, requer do
profissional uma bagagem de conhecimentos de ambos os vocabulários, os quais se
interagem.

10
3 - A NECESSIDADE DE ENSINAR A LINGUAGEM JURÍDICA
PARA OS ACADÊMICOS DE DIREITO

A linguagem jurídica para acadêmicos de Direito é ministrada, normalmente, no primeiro


e segundo semestre do curso de bacharelado por meio da disciplina

“Português jurídico”. Porém, nota-se que essa matéria é de extrema necessidade ao


bacharel, sendo, portanto, imprescindível sua extensão e interação com todas as
outras disciplinas do curso, visto que por meio da interpretação técnica se torna
possível sanar vícios e erros de linguagem.

Ataliba (2007, p. 187) expõe seu posicionamento ao explicitar em sua obra de Direito
Tributário, que “a tarefa mais significativa do bacharel em Direito é: a interpretação das
normas jurídicas”. Para isso, deve-se ter um cuidado especial no tocante ao ensino e
aprimoramento da língua portuguesa, por ter influência direta na compreensão e
domínio do linguajar jurídico ideal.

Portanto, verifica-se a obrigatoriedade de atentar-se à deficiência educacional a qual


o país atravessa, o que intensifica a preocupação com a carência da linguagem
jurídica durante o curso de Direito, bem como no exercício das carreiras profissionais.

Disso decorre que estudantes e operadores do Direito deparam-se constantemente


com as dificuldades de interpretar leis, produzir textos ou petições, expressarem seus
discursos e posições doutrinárias, justamente devido a essa lacuna no aprendizado,
seja em nível básico, seja em nível superior.

Tal problema deve ser resolvido com bastante dedicação, enfatizando os estudos
nesta área, pois a prática forense e o desempenho eficaz dos discentes de Direito
exigem a habilidade e o domínio da língua portuguesa na busca da concretização da
justiça.

Importante observar que, nas sociedades modernas, as instituições de educação


superior vêm sendo consideradas como uma das responsáveis pela proposição de
ideários e conteúdos marcados pelo processo capitalista-urbanizador. Nesse cenário,
acredita-se que o professor universitário também possa ser visto como um agente a

11
serviço da transferência de saberes, crenças, valores e atitudes que contribuem para
a formação dos alunos, orientando seus modos de vida e suas práticas profissionais
futuras.
A respeito do equilíbrio que os juristas devem ter entre o conhecimento específico do
Direito e a linguagem jurídica, Cruz (2003, p. 207) aduz:

Linguagem e Direito são, portanto, como “a panela e a tampa”, e o Direito


nada seria sem a linguagem. Logo, o Direito não é e não pode ser uma
linguagem estritamente técnica nem especificamente vulgar, bem como o
acadêmico ou operador jurídico não deve se ater apenas ao Direito
instrumental, “esquecendo-se” do Direito material, devendo haver um
equilíbrio entre ambos para obter um bom desempenho jurídico e social,
traduzindo os termos jurídicos e esclarecendo as pessoas em geral.

Complementa no mesmo entendimento, Chalita (2012, p. 15):

[...] o Direito é uma ciência humana e, por isso, não pode ser entendido e
aplicado como se fosse meramente uma técnica, um conhecimento exato.
Dominar o Direito não se resume ao conhecimento das normas, dos
ordenamentos jurídicos. Aplicar o direito não depende apenas da observância
das leis e do estudo das evidências. Embora sustentado firmemente sobre um
saber estabelecido, o Direito deve ir além, para promover a justiça.

Portanto, não restam dúvidas


quanto à relevância da
linguagem, essencial ao
operador jurídico como
ferramenta da comunicação,
nas formas oral ou escrita,
utilizada na atividade forense
para apresentação do pedido
de tutela jurisdicional, de sua
contraposição, para a coleta
de depoimentos e
testemunhos, para a prolação de sentença, dentre outros atos jurídicos inerentes à
profissão. Como exemplo disso, Chalita (2012, p. 28) esclarece:

12
A argumentação nos discursos precisa utilizar elementos de sedução, já que
objetiva-se convencer um público e não buscar a verdade absoluta. A retórica
apresenta-se com grande importância, pois transpõe os fatos em imagens,
com a finalidade de convencer seus receptores, objetivo este visado no
tribunal do júri.

Segundo Camillo (2000, p. 14), não seria possível atingir uma interpretação adequada
dos princípios, normas e leis do ordenamento brasileiro senão pelo correto domínio da
língua portuguesa, concernente às ciências jurídicas:

A linguagem jurídica é científica, pois instrumentaliza e potencializa os mais


diversos institutos da Ciência Dogmática do Direito, permitindo ao operador
do Direito, além do seu mais perfeito manuseio, alcançar o verdadeiro sentido
e alcance das normas jurídicas.

Trata-se, portanto, de uma linguagem revestida de formalidade, e o operador do Direito


deve ter pleno discernimento desta para que possa atuar em qualquer demanda com
profissionalismo exigido à carreira. Assim, é relevante a observação feita por
Gonçalves e Carneiro (2008, p. 7):

O domínio da escrita da Língua Portuguesa é crucial para o Bacharel em


Direito na segunda fase do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Tal prova cobra do candidato à confecção de uma Peça Profissional e de
quatro questões discursivas sobre estudos de caso da área jurídica escolhida
pelo futuro advogado. Muitos, após o exame, percebem que até conheciam a
natureza jurídica que envolvia a petição e as questões, no entanto, a
ferramenta do bem escrever constitui papel relevante para a conquista da nota
mínima que garanta a desejada carteira da OAB, que habilita à advocacia.

Ocorre com frequência, nas disciplinas destinadas à prática jurídica, no decorrer do


curso de Direito, o aproveitamento de peças prontas, modelos de petições, que muitas
vezes até acompanham as obras destinadas a essas matérias; em contrapartida, o
aluno não aprende a confeccionar as peças no linguajar apropriado, tendo dificuldade
no momento de prestar o exame da Ordem.
E não é só por esse motivo, mas durante toda a vida profissional o jurista precisará
pautar-se pela linguagem culta, adequada à atividade forense, para que seja capaz de
interpretar a lei e aplicá-la ao caso concreto.

13
4 - O DIREITO NA ANTIGUIDADE

As leis foram criadas para organizar a sociedade e por consequência a civilização,


estabelecendo o que cada indivíduo poderia ou não fazer. Eram as leis que
determinavam o que era certo e o que era errado. Mas é claro, obedecendo às
determinações religiosas e culturais de cada povo.

Inicialmente as leis partiam de princípios religiosos e tinham por objetivo legitimar (tornar
legal, aceitável) a sociedade tal como ela era.

Civilização pode ser definida como um conjunto de valores, atitudes, opções e


características culturais e materiais compartilhados por uma sociedade.

Os costumes, as regras, as leis, as instituições, o desenvolvimento econômico e


social, as crenças religiosas, os valores sociais, tudo isso diz respeito ao conceito de
civilização.

Entretanto ao empregarmos a palavra civilização devemos ter cuidado ao ser utilizar esse
conceito em contraponto ao conceito de barbárie ou vandalismo.

Pois até certo tempo, a palavra civilização significava ser bom, culto, educado,
preparado e o conceito de barbárie significava ser mal, inculto, não educado, não
preparado.

O conceito de civilização era utilizado para qualificar uma determinada sociedade,


para julgar e condenar civilizações com culturas diferentes das civilizações já
constituídas e com poder.

14
5 - DIREITO NA CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA

Os primeiros códigos da Mesopotâmia que se conhecem são oriundos dos povos


sumérios, os primeiros a se estabelecerem na Mesopotâmia.

O Código Estela dos Abutres de 2.450 a.C., é considerado hoje o mais antigo código
do mundo. Mas na verdade trata-se do mais antigo um tratado diplomático conhecido,
pois ali estão escritos os termos da paz entre Lagash e Umma. Sendo que lutavam
pelos direitos de irrigação e na guerra entre as duas cidades-estados, Lagash foi a
vencedora.

Para comemorar essa vitória o Rei Eannatum que tinha a cunha de ser o “Subjugador
das Terras Inimigas”, mandou erguer um monumento feito de monólito de pedra, entre
as duas cidades, neste monumento esculpiu em escrita cuneiforme os conflitos entre
as duas cidades-estados e após a vitória, mandou fazer os termos da paz. Uma das
inscrições sobre os termos de paz: “Que jamais um homem de Umma cruze a fronteira
de Ningirsu! Que jamais se altere e o seu declive e a sua vala! Que não se movam a
estela! Se ele cruzar a fronteira...se abata sobre Umma.”

Encontra-se hoje no Museu do Louvre em Paris – França, é um calcário (pedaço)


fragmentado da original Estela dos Abutres e foi encontrada em Telloh(antiga Girsu)
atual Iraque em 1881. As dimensões originais da Estela dos Abutres seriam 1,80
metros de altura e 1,30 metros de largura.

O segundo código foi o do Rei Urukagina de Lagash em 2350 a C. O Rei Urukagina,


como governante atacou a corrupção, e pode ser considerado o primeiro reformador
social. Tinha uma tendência para governar em busca da igualdade jurídica entre os
seus cidadãos, um dos exemplos é o decreto que nenhum pobre seria mais obrigado
a vender os próprios bens para os ricos.

O "Código de Urukagina de Lagash" buscava a liberdade e igualdade. Limitava o poder


dos sacerdotes e grandes proprietários de terras. Dispunha sobre usura, roubos,
mortes, dentre outros.

O terceiro código sumério foi o Código de Ur-Nammu (cerca de 2.040 a.C.). Ele foi o
fundador da terceira dinastia da cidade-estado de Ur ( 2.112-2.095 a.C), e reunificou

15
a Mesopotâmia que estava em poder dos acadianos. Na verdade o seu código é uma
compilação das leis do direito sumério.
Esse código surgido na Suméria descreve costumes antigos transformados em leis e
a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas.
Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi
encontrado nas ruínas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da
Mesopotâmia (atualmente Iraque), no século passado (1952), pelo assiriólogo e
professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kromer. Nesse Código
elaborado no mais remoto dos tempos da civilização humana é possível identificar em
seus conteúdos dispositivos diversos que adotavam o princípio da reparabilidade dos
atualmente chamados danos morais (hoje tão menosprezado no seu principal canal
de discussão na Justiça do Rio de Janeiro, que são os Juizados Especiais Cíveis).

O quarto código é as: "Leis de Eshnunna", sendo o primeiro código do povo acadiano
e é composto por duas tábuas encontradas no Iraque, na mesma região que foi
encontrada o Código de Ur-Nammu, e foi por este ter influenciado. Foram escritas
durante o reinado de Dadusha.

Era um corpo legal da cidade mesopotâmia de Eshnunna, e trazia aproximadamente


60 artigos, sendo uma mistura entre direito penal e civil, que futuramente seria a base
do Código de Hamurabi, escritos em língua acádia. A maior parte das penas é
pecuniária, isto é, evita-se a pena de morte na maioria dos casos. Apenas em 5 (cinco)
artigos a pena capital aparece, sendo aplicada para crimes de natureza sexual, para
assaltos e também roubos.

Algumas leis:

- Se um barqueiro é negligente e deixa afundar o barco, ele responderá por tudo


aquilo que deixou afundar;

16
Se um cidadão que não tem o menor crédito sobre outro conserva, no entanto, como
penhor, o escravo desse cidadão, o proprietário do escravo prestará juramento diante
de deus: “Tu não tens o menor crédito sobre mim"; então o dinheiro correspondente ao
valor do escravo deverá ser pago por aquele que com ele está;

- Se um homem toma por mulher a filha de um cidadão sem pedir consentimento


dos pais da moça, e não concluiu um contrato de comunhão e casamento com eles,
a mulher não será sua esposa legítima, mesmo que ela habite um ano na sua casa.
- Se um cidadão dá os seus bens em depósito a um estalajadeiro, e se a parede da
casa não está furada, o batente da porta não está partido, a janela não está
arrancada, e se os bens que ele deu em depósito se perdem, o estalajadeiro deve
indenizá-lo.

- Se um cão for considerado perigoso, e se as autoridades da Porta preveniram o


proprietário do animal, mas o cachorro morder um cidadão causando a morte deste,
o proprietário do cão deve pagar dois terços de uma mina de prata.

O último código apresentado neste artigo é o famoso e sempre citado Código de


Hamurábi. Em 1.905 d.C. uma expedição francesa chefiada pelo arqueólogo Jacques
de Morgan, na região da antiga Mesopotâmia, que hoje corresponde a cidade de
Susa, no atual Irã, encontrou um monumento monolítico talhado em rocha de diorito
negro, sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica com 282
leis em 3.600 linhas. A numeração vai até 282, mas a clausula 13, já naquele tempo
o número 13 era símbolo de azar, portanto foi excluída. (a peça tem 2,25 m de altura,
1,50 m de circunferência na parte superior e 1,90 na base), recebeu este nome por
ter sido feita a mando do Rei Hammurabi que reinou na Babilônia entre 1792 a.C. e
1750 a.C., seu nome pode ser escrito Hamurábi ou Hammurabi, e representa um
conjunto de leis escritas, sendo um dos exemplos mais bem preservados desse tipo
de texto oriundo da Mesopotâmia. Hoje se encontra no Museu do Louvre em Paris –
França.

A sociedade era dividida em três classes, que também pesavam na aplicação do


código:

17
Awilum: Homens livres, proprietários de terras, que não dependiam do palácio e do
tempo;

- Muskênum: Camada intermediária, funcionários públicos, que tinham certas


regalias no uso de terras;

- Wardum: Escravos, que podiam ser comprados e vendidos até que


conseguissem comprar sua liberdade.

Pontos principais do código de Hamurábi, que foi influenciado pelos códigos de


UrNammu e Leis de Eshnunna:

a) lei de talião (olho por olho, dente por dente);

b) falso testemunho;

c) roubo e receptação;

d) estupro;

e) família;

f) escravos;

g) ajuda de fugitivos.

Alguns artigos do Código de Hamurábi:

- Art. 1: Se um homem acusou outro homem e lançou sobre ele suspeita de morte,
mas não pode comprovar, seu acusador será morto;

- Art. 22: Se um homem cometeu um assalto e foi preso, deverá ser morto;

- Art. 25; Se pegou fogo na casa de um homem e o outro que veio apagá-lo roubou
um bem móvel do dono da casa, o ladrão será lançado ao fogo;

18
- Art. 186: Se um homem adotou uma criança desde o seu nascimento e a criou, essa
criança adotada não poderá ser reclamada;

- Art. 229: Se um pedreiro edificou uma casa para um homem, mas não a fortificou e
a casa caiu e matou o seu dono, esse pedreiro será morto;
Art. 230: Se o pedreiro causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho
desse pedreiro.

O código de Hamurábi abrange diversos aspectos da vida babilônica: comércio,


família, propriedade, herança, escravidão, incluindo os delitos e as respectivas
punições segundo a categoria social do acusado e da vítima (Awilum, Muskênum e
Wardum). Sendo aplicada a pena de maior intensidade caso o ofendido fosse um
Awilum e a ofensa perpetrada por um Wardum.

Mesmo sendo considerado como um dos primeiros códigos realmente jurídicos da


história apresenta obviamente muitas diferenças para os atuais.

Elaborado para enaltecer a figura do soberano, não precisava ser seguido pelos
juízes no cotidiano, nem na hora determinar as punições aos acusados.

6- DIREITO NA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA

Até a presente data discute-se se a civilização egípcia teve códigos, isto é um direito
codificado, pois até hoje não foram encontrados textos que atestassem diretamente o
fato.

O faraó era a própria encarnação da divindade (deuses), e dele emanavam todas as


normas, não será possível conceber qualquer decisão política que vinculasse o
soberano pelo seu simples poder temporal. O direito teria de se originar num plano
superior: a revelação divina.

Esse princípio de justiça divina: um princípio de justiça que foi simbolizada pela figura
da deusa Maat, cuja representação é uma balança.

19
A deusa Maat possuía um conteúdo e uma vertente social, ética e cósmica que
confere direta e expressamente ao faraó a responsabilidade de estabelecer a Justiça,
a Paz, o Equilíbrio e a Solidariedade social e cósmica da sociedade terrena. Aplicação
do direito estava subordinada, então, à incidência de um critério divino de justiça. Ao
faraó, que tinha atributos de divindade, incumbia velar pela vigência do princípio de
justiça simbolizado pela deusa Maat;

A função real devia estar conforme aos desígnios da deusa Maat , que “pesa” o
coração contra uma pluma (verdade e justiça): juramento negativo “nada fiz de errado,
ou injusto”.

A deusa Maat é o objetivo a ser perseguido pelos faraós. Tem por essência ser o
'equilíbrio'; o ideal, a esse respeito, é fazer com que as duas partes saíssem do tribunal
satisfeitas.

20
Ao longo da construção do conhecimento, o estudante do curso de Direito, bem como
as universidades, não têm se preocupado muito com o aprendizado da linguagem na
mesma proporção com que se empenham com o ensino sui generis, posto que são
notórias as dificuldades encontradas pelos acadêmicos no que tange à adequada
utilização dessa. Esse fato é percebido devido ao alto índice de reprovação nos
exames da Ordem, nas frágeis petições de alguns profissionais da área, na grade
curricular defasada de cursos universitários, e até mesmo na utilização de material
bibliográfico inadequado, inclusive encontrado na Internet. Isso leva à formação de
um profissional inábil, pois em face de um problema terá dificuldades de interpretar
ou aplicar a norma ao caso concreto, em decorrência da falha do tirocínio.

Vale também frisar que, no passado, o linguajar dos juristas tendia ao rebuscamento,
aos rodeios, aos circunlóquios, contudo, hodiernamente, essencial se faz um
vocábulo prático e conciso. Essa premissa não sugere menor valor, pelo contrário, a
linguagem é, e sempre será, o meio pelo qual o Direito se propaga; o Direito é a
profissão da palavra escrita ou falada, logo, o Direito não existe sem a linguagem.

O assunto possui tamanha importância que até mesmo o Código de Ética e Disciplina
da classe traz a necessidade de se utilizar uma linguagem escorreita e polida, técnica,
objetiva e eficiente, capaz de identificar e analisar leis com primazia. É preciso, à vista
disso, reforçar a docência da língua portuguesa, e consequentemente, do português
jurídico, nas instituições de ensino, a fim de formar profissionais aptos a exercerem
seus ofícios. Esse problema deve ser resolvido com bastante dedicação, enfatizando
os estudos nesse âmbito, já que a palavra é o principal instrumento de trabalho dos
operadores do Direito.

É de suma importância ao jurista um vocabulário enriquecido, mas que,


simultaneamente, saiba praticar uma comunicação global que se estenda a todos,
indistintamente, pois, ao mesmo tempo em que litiga com outros juristas, atende aos
seus clientes e ao público, que podem ser pessoas leigas. Esse cuidado permite
aplicar o ordenamento jurídico sob o aspecto social e atual, e se obter o resultado
almejado nas demandas.

21
BIBLIOGRAFIA

ATALIBA, Geraldo. Elementos de Direito Tributário. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2007.

BRAIT, Beth Bakhtin. A natureza dialógica da linguagem: formas e graus de


representação dessa dimensão constitutiva. Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR,
1996.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 1988.


Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2019.

______. Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994. Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia


e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Brasília: 1994. Disponível em: . Acesso
em: 06 dez. 2019.

______. Resolução 02/2015. Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados


do Brasil – OAB. Brasília: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,
2015. Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2019.

CAMILLO, Carlos Eduardo Nicoletti. Vícios da Linguagem Jurídica. Universidade


Presbiteriana Mackenzie, Faculdade de Direito, 2000. Disponível em: . Acesso em:

06 dez. 2019.

CHALITA, Gabriel. A sedução no discurso: O poder da linguagem nos tribunais de


júri. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo:
Ática, 2010.

CRUZ, Kelly Graziely da. Linguagem: qual sua Importância no Mundo Jurídico?
Direito em Debate. Ano XI n. 19, p. 203-207, jan./jun. 2003. Disponível em: . Acesso
em: 06 dez. 2019.

22
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antônio. Curso de Português Jurídico. 11.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GONÇALVES, Jonas Rodrigo; CARNEIRO, Débora Ferreira. A influência do uso
correto da norma culta da Língua Portuguesa para o direito. Revista Processus de
Estudos de Gestão, Jurídicos e Financeiros. Ano III. Edição n. 7, 2008.

LÔBO NETTO, Paulo Luiz. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 6. ed.


São Paulo: Saraiva, 2011.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de


Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MEDEIROS, João Bosco; TOMASI, Carolina. Português Forense: Língua


Portuguesa para Curso de Direito. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Eficácia das normas constitucionais sobre justiça
social. Revista Direito Social, n. 7, p.137, maio 2013. Disponível em: . Acesso em: 06
dez. 2019.

MOREIRA, Nedriane Scaratti et al. Linguagem jurídica: termos técnicos e juridiquês.


Revista Unoesc & Ciência – ACSA. Joaçaba - SC, v. 1, n. 2, p. 139-146, jul./dez.

2010. Disponível em: . Acesso em: 08 set. 2016.

PAIVA, Marcelo. Português Jurídico. Equipe Técnica de Avaliação, Revisão


Linguística e Editoração da Escola Superior da Advocacia do Distrito Federal.

Brasília, 2010.

PEREIRA, Ricardo Souza. A Linguagem Jurídica. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF:


10 mar. 2012. Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2019.

SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Português Jurídico. 9. ed. São Paulo:


Saraiva, 2016.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo:

23
Cortez, 2002.

WARAT, Luis Alberto. O Direito e sua Linguagem. Porto Alegre: Sérgio Antônio
Fabris, 1994.

AZEVEDO, Gislane. e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. 1. ed. São


Paulo: Editora Ática. 2007.

CASTRO, Flávia Lages de Castro. História do Direito Geral e Brasil. 10. ed. Rio de
Janeiro: Editora Lumen Juris. 2013.

COTRIM, Gilberto. História Global. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

CLINE, Eric H. e GRAHAM, Mark W. Impérios antigos: da Mesopotâmia à origem do


Islã. tradução de Getulio Schanoski Jr 1. ed. São Paulo Madras, 2012.

ÉVANO, Brigitte. Contos e Lendas do Egito Antigo. ilustrações de Marcelino Truong;


tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras. 1998.

KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. Trad. de João Baptista Machado. 3. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.

LEVEQUE, Pierre. As Primeiras Civilizações. Da Idade da pedra aos povos semitas.


2. ed. Lisboa: Edições 70. 2009.

MELLA, Frederico A. Arborio. Dos Sumérios a Babel. A Mesopotâmia História,


Civilização e Cultura. 1 ed. São Paulo: Editora Henus

PINTO, Cristiano Paixão Araujo. Tempo, Modernidade e Direito 1. ed- Belo Horizonte:
Del Rey, 2002.

REDE, Marcelo. Família e Patrimônio. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Mauad. 2009.

24
VIEIRA, Jair Lor. Código de Hamurabi Lei das XII Tábuas Código de Manu. 1. ed.
Bauru: Edipro. 1994. WOLKMER, Antonio Carlos. Fundamentos de história do direito.
2 a . ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.

25

Você também pode gostar