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Linguagem Jurídica

Prof. Me. Welington Jorge


Formação acadêmica
• Mestrando em Ciências Jurídicas – Unicesumar;
• Mestre em Educação – UEM;
• Direito – Unicesumar;
• Administração – Unifatecie;
• História – UNIFRAN;
• Ciências Sociais – UEM;
EMENTA: Fundamentos da teoria da argumentação jurídica. Argumentação e retórica. A construção da histórica da
argumentação e retórica. Retórica, argumentação, persuasão e ética. Os fundamentos da argumentação. Direito e
argumentação. Direito como prática argumentativa. O discurso e a argumentação jurídica. Lógica jurídica. A
argumentação jurídica e o discurso jurídico. O procedimento argumentativo no direito. A argumentação como
procedimento de decisão. A particularidade do discurso jurídico. A linguagem como elemento de retórica jurídica. A
particularidade da linguagem jurídica. A linguagem jurídica. O estilo da linguagem jurídica. As figuras de linguagem
no discurso jurídico. Os textos e a redação jurídica. Regras para a boa comunicação escrita. A produção de textos
jurídicos. Coerência e coesão nos textos jurídicos. A produção de textos jurídicos orais. A persuasão como arte de
convencimento. A expressão oral como meio de comunicação. A eficácia na comunicação oral. Hermenêutica,
interpretação e argumentação jurídica. Fundamentos de hermenêutica jurídica. O que é isso de hermenêutica? A
função da hermenêutica no direito. Hermenêutica, interpretação e aplicação do direito. A hermenêutica e os
métodos de interpretação. Os procedimentos interpretativos no direito. Métodos de interpretação. Métodos de
interpretação e argumentação. Os desafios argumentativos e interpretativos do direito contemporâneo. O direito
entre a subsunção e a ponderação. A ponderação como método interpretativo. A argumentação como
procedimento no direito contemporâneo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1. Introdução da Disciplina: apresentação do plano de 11. Interpretação Jurídica.
ensino.
12. Linguagem jurídica: termos específicos.
2. Sociedade da Informação e Comunicação.
13. Linguagem Jurídica: termos latinos.
3. Linguagem Jurídica: princípios.
14. Oratória Jurídica.
4. As Formas Lógicas e o Direito: silogismo jurídico.
15. A linguagem jurídica em prática: técnicas de
5. As Formas Lógicas e o Direito: justificação racional entrevistas.
da decisão e raciocínio jurídico.
16. A linguagem jurídica em prática: defesa de um
6. Argumentação e Argumentação Jurídica. argumento.

7. Argumentação Jurídica e Lógica Jurídica Formal. 17. Legal Design.

8. Argumentação Jurídica e Lógica Jurídica Material. 18. Visual Law.

9. Técnicas de Argumentação Oral. 19. Design Thinking.

10. Técnicas de Argumentação Escrita. 20. Tipografia.


AVALIAÇÃO:
1. Atividade de Estudo Prático – AEP: 1,0
2. Prova Integrada: 1,0
3. Avaliação Bimestral: 8,00 (abril e junho).
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BITTAR, Eduardo C. B. Linguagem Jurídica: semiótica, discurso e direito. 8. ed. São
Paulo :SaraivaJur, 2022. (Minha Biblioteca).

PETRI, Maria José Constantino. Manual de Linguagem Jurídica. 4. ed. São Paulo:
Saraiva Jur, 2023. (Minha Biblioteca).

TRUBILHANO, Fabio. Linguagem jurídica e argumentação: teoria e prática. 7. ed.


Barueri-SP: Atlas, 2021. (Minha Biblioteca).

VALVERDE, Alda da Graça Marques. Linguagem e argumentação jurídica. 6. ed.,


Rio de Janeiro: Forense, 2020. (Minha Biblioteca).
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ALVES, Alaôr Caffé. Dialética e direito: linguagem, sentido e realidade. Barueri, SP:
Manole, 2010.
DE SOUZA BRITTO, Melina Carla; DA CRUZ, Fabrício Bittencourt. Visual law e inovação:
uma nova percepção para o processo eletrônico no direito brasileiro. Humanidades &
Inovação, v. 8, n. 47, p. 226-234, 2021.
HENRIQUES, Antonio. Prática da linguagem jurídica: solução de dificuldades, expressões
latinas. 5/2 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINI, Renato. Sociedade da informação: para onde vamos. São Paulo: Trevisan
Editora, 2017.
PEDRO, Gabriel Fernandes; BRAGA, Maria Julia Machado; NAKAYAMA, Juliana Kiyosen.
A importância do visual law como ferramenta facilitadora no direito. Anais do Pró-
Ensino: Mostra Anual de Atividades de Ensino da UEL, n. 3, p. 20-20, 2021.
SEGUNDO, Hugo de Brito Machado (Org.). Epistemologia Jurídica. São Paulo: Atlas,
2015.
PERIÓDICOS COMPLEMENTARES:
Ebsco

Portal Periódicos Capes

Scopus

BDTD- Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações


INTRODUÇÃO
Linguística jurídica
É um ramo do estudo da linguagem que vem se desenvolvendo, dedicado ao estudo da linguagem
do direito.

Linguístico: na medida em que tem por objeto todos os meios linguísticos de que o direito se utiliza.
Examina os signos linguísticos que o direito emprega (as palavras, sob a relação de seu sentido e
forma) e os enunciados que o direito produz (as frases e os textos, tendo em vista sua função,
estrutura, estilo, apresentação, etc.).

Jurídico: porque a linguagem que é observada é aquela do direito (da norma, da decisão, da
convenção, das declarações, das negociações, das relações, do ensino).
INTRODUÇÃO

É banal opor a linguagem usual à linguagem


jurídica, algumas vezes mais especialmente à
linguagem judiciária, isto é, linguagem jurídica é a
denominação geral da linguagem do Direito, mas
ela apresenta vários níveis, como é o caso da
linguagem judiciária, que é aquela usada nos
processos, nos Tribunais.
INTRODUÇÃO
Que alguém tente ler para um público não iniciado
certos artigos de lei ou os motivos de uma decisão de
justiça, a mensagem corre o risco de ser recebida
como um jargão. Essa impressão não é própria apenas
de um público não instruído, mas também de um
auditório culto. Ela deve-se, em parte, à interposição de
certas palavras.
INTRODUÇÃO

O direito pode dar-lhes um ou mais sentidos,


mas é sempre do direito que eles obtêm seu
sentido. Eles não têm nenhum sentido fora do
direito; não têm nenhuma outra função senão
exprimir, na língua, as noções jurídicas. Pode-se
propor nomeá-los “termos de pertinência jurídica
exclusiva”.
INTRODUÇÃO
Há três conceitos para língua:
(1) acervo linguístico, isto é, conjunto de hábitos linguísticos com
que alguém seja capaz de compreender e ser compreendido;
(2) instituição social, a saber, conjunto de convenções
estabelecidas pelo corpo social para que os membros da
sociedade exercitem a língua;
(3) realidade sistemática: conjunto ordenado de signos pelo qual a
sociedade concebe e se exprime.
INTRODUÇÃO

(1) acervo (conjunto, reunião, somatório de


elementos);
(2) socialização (instituição dos membros
constituintes de determinada sociedade);
(3) sistema (organização em um conjunto unitário
de partes num todo).
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A Sociedade da Informação estrutura-se, primeiramente,
a partir de um momento em que há uma aceitação
global, onde o desenvolvimento tecnológico reconstruiu o
modo de ser, de agir, de se relacionar e existir das
pessoas, e propôs os modelos de comunicação vigentes.
Não é possível manter informação e tecnologias
separadas, é algo que vem sendo confirmado e
institucionalizado a partir do desenvolvimento na área
técnica e do conhecimento.
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A Sociedade da Informação e representada
por uma sociedade onde a informação e
utilizada de forma intensa como elemento da
vida econômica, social, cultural e politica,
dependendo de uma base tecnológica para
que se propaguem, caracterizando que esse
processo tornou-se um fenômeno social,
consolidado dentro da sociedade.
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O mundo contemporâneo sofre


transformações estruturais significativas. Esse
processo histórico de desenvolvimento da
ciência e da tecnologia tem universalizado o
homem moderno, criando condições objetivas
para que possamos viver em grupos próximos
e distantes.
LINGUAGEM

Classifica-se a linguagem em verbal e não


verbal. Será verbal quando a comunicação for
realizada por meio de uma língua, seja na
forma falada ou escrita. Por outro lado, será
não verbal quando a comunicação é praticada
sem a utilização de uma língua, como, por
exemplo, a linguagem gestual.
LINGUAGEM
Linguagem por cores (p. ex., semáforo vermelho);
Sons (p. ex., sirene de viatura policial);
Gestos (p. ex., gesto de positivo);
Desenhos gráficos (p. ex., desenho de caveira com ossos cruzados);
Pinturas (p. ex., um quadro artístico);
Símbolos (p. ex., a balança da justiça);
Sinais (p. ex., os sinais de trânsito);
Movimentos sincronizados (p. ex., a dança);
Entre outras tantas possibilidades.
NÍVEIS DE LINGUAGEM

A linguagem verbal se exterioriza por meio do uso da língua


pelo falante. Como os falantes são muitos, eles se expressam
de variadas formas, de acordo com as circunstâncias em que
se encontram. Costuma-se falar em três níveis (registros) de
linguagem: nível culto, coloquial e vulgar.
NÍVEIS DE LINGUAGEM – Nível culto

O nível culto caracteriza-se não só pela observância estrita


das normas gramaticais, mas também pelo uso de
vocabulário mais rico, selecionado. Em latim, dizia-se sermo
urbanus ou sermo eruditus para referir-se à linguagem culta,
a qual era empregada pelos intelectuais, principalmente na
forma escrita.
NÍVEIS DE LINGUAGEM – Nível coloquial

Os latinos falam em sermo usualis, aquele usado no dia a dia,


em casa, na rádio, na televisão, enfim, na comunicação, no
trato corrente ao longo do dia. Parece claro que o nível
coloquial é menos rígido, a gramática não é seguida ao pé da
letra. O jurista, por exemplo, na hora do café ou em casa, não
vai usar o jargão jurídico.
NÍVEIS DE LINGUAGEM – Nível vulgar

Em latim é o sermo plebeius, próprio dos menos aquinhoados


culturalmente, com menor grau de escolaridade, ou mesmo
analfabetos. Como consequência, o vocabulário é restrito,
eivado de graves desvios gramaticais, comumente
contaminado pela gíria, abusivo nos recursos enfáticos, e, por
vezes, com termos de baixo calão.
Reflexões sobre os níveis de linguagem
Na verdade, o nível coloquial e o nível vulgar não são errados sob a
perspectiva comunicativa, sequer apresentam maior ou menor
eficácia argumentativa. Os níveis de linguagem, em realidade,
mostram-se adequados ou inadequados conforme o contexto em
que se inserem. O falante que sabe se comunicar precisa entender
o momento adequado para transitar entre os níveis de linguagem
conforme a situação concreta lhe exige.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM JURÍDICA

No seio da língua nacional, a linguagem jurídica se singulariza


por alguns traços que a constituem como linguagem
especializada. A especificidade dessa linguagem refere-se,
como já vimos, à existência de um vocabulário jurídico e às
particularidades do discurso jurídico.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM JURÍDICA

Esta especificidade pode ser analisada sob outro ângulo, se


introduzirmos outras considerações, como aquelas referentes
às pessoas, ao assunto ou à história. A linguagem do direito é,
sob a reserva de uma ambiguidade que pesa sobre todas
essas características, uma linguagem de grupo, técnica e
tradicional.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM JURÍDICA

Esta ambiguidade de que se fala resulta de ser a linguagem


jurídica ao mesmo tempo culta (na sua origem), popular (por
destinação), técnica (na produção). Sua juridicidade a
especializa quando sua finalidade é a de se destinar a todos.

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