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XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no


Cenário Econômico Mundial
Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE
IMPLANTAÇÃO DE UM
TRANSPORTADOR REVENDEDOR
RETALHISTA PARA
COMERCIALIZAÇÃO DE DIESEL NO
VALE DO ARAGUAIA ESTADO DE
GOIÁS
FAUSTO MARTINS BORBA JUNIOR (PUC)
fausto_borba@yahoo.com.br

BORBA, Fausto M. Jr., Análise da viabilidade de implantação de um


transportador revendedor retalhista para comercialização de diesel no
Vale do Araguaia Estado de Goiás. Pontifícia Universidade Católica
de Goiás Este trabalho de pesquisa aapresenta a análise econômica
- financeira de implantação de um revendedor retalhista de
combustível, na cidade de Mozarlândia, Estado de Goiás. O Vale do
Araguaia proporciona cenário propício e demanda carente de um
revendedor retalhista de combustível na região. Essa mesma região
proporciona grande necessidade de diesel para reforma de pastagens e
algumas áreas para abertura de novas pastagens. O objetivo do
trabalho é avaliar a viabilidade econômica desse transportador
revendedor retalhista mostrando ao investidor aonde, quanto e quando
investir. Com esta análise é importante definir neste trabalho a
dimensão do negócio avaliando o tamanho do mercado na região.
Analisar corretamente na forma econômico - financeiramente os riscos
de um novo negócio, é o primeiro passo para não constar entre as sete
de cada dez novas empresas que são fechadas antes de completar um
ano de vida, verificando para o investidor o retorno financeiro do novo
empreendimento. Esta pesquisa que tem por natureza exploratória
documental, abordagem quantitativa, e objetivo de pesquisa descritiva
com construção de um modelo da realidade. Os resultados desse
trabalho foram mostrados em um fluxo de caixa com horizonte de seis
anos onde o mesmo, mostra o retorno do investimento e os indicadores
financeiros se mostram propícios a concepção do negócio. A conclusão
apresentada para este trabalho é a viabilidade de implantação deste
TRR no Vale do Araguaia, mesmo com a aplicação da análise de
risco.

Palavras-chaves: Análise econômica - financeira, revendedor


retalhista de combustível, Vale do Araguaia.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
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1. Introdução
O ramo petrolífero no contexto global, presente nas mais diversas áreas da comunidade
brasileira e mundial, é de grande destaque e enfoque, com presença indispensável para
manutenção da vida na terra. Os combustíveis fósseis viabilizam a utilização de veículos com
motores a combustão, o transporte de pessoas e cargas por meio destes veículos e até mesmo a
geração de energia elétrica entre outras diversas possibilidades.
No Brasil, este ramo esta dividido em escalas de refinarias, distribuidoras e revendedores.
Estas escalas englobam desde a extração do produto até a chegada do mesmo no carro de cada
cidadão brasileiro.
Atualmente, a casta de extração e refinaria de todo o combustível brasileiro se encontra em
mãos de uma grande e praticamente única empresa, a Petrobrás S/A. Das 13 refinarias em
atividade, 10 pertencem à Petrobras e as outras três refinarias são da iniciativa privada,
segundo a BiodieselBR (2010).
A Petrobrás, após o processo de refino do diesel, transporta-o por meio de dutos em sua
maioria, para as distribuidoras de sua marca e também para as demais independentes
(empresas do grupo SINDICOM – BR, Ipiranga, Shell/ Sabba, Chevron, Esso e Repsol YPF e
distribuidoras menores.
As distribuidoras são as responsáveis pela mistura diesel/biodiesel na concentração de 5% de
biodiesel e 95% de diesel. (ANP, 2010) Essa mistura é a entregue nos postos de combustíveis
e transportadores revendedores retalhistas, de agora em diante chamados de TRR. Vale a
ressalva que às distribuidoras não são permitidas pela legislação em vigor em anexo, vender
diretamente para um consumidor final que não tenha CNPJ (ANP, 2010).
O TRR compra o produto da distribuidora e transporta-o para seu estabelecimento, seguindo
todas as normas de regulamentação vigentes. A partir deste momento, com estoque em seus
tanques, poderá vender e entregar a todos os interessados em comprar pequenos ou grandes
volumes de diesel.
A idéia de um TRR é de entrega de combustível para clientes que se encontram a uma
distância relativamente alta em torno dos pólos de distribuição dos estados. Normalmente
cada estado tem de um a dois pólos de distribuição. A idéia de atendimento ao cliente que se
encontra relativamente longe dos pólos de distribuição é para agregar uma diferenciação
destas distribuidoras. Tal diferenciação fica mais clara observando a Figura 1 abaixo, que
mostra a cadeia de suprimentos do mercado de combustível:

Figura 1- Cadeia de Suprimentos de Combustível

Tendo em vista que as distribuidoras têm dificuldade com maior fracionamento de volume,

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principalmente com diferentes rotas, esta operação tem o objetivo de tornar - se viável para o
TRR.
Ao mesmo tempo em que as distribuidoras de combustível têm dificuldade em vendas para
clientes que não atuam no ramo de combustível e estão longe dos pólos, os postos de
combustível também não são autorizados a venderem como retalhistas de combustível, ou seja
posto de combustível só pode colocar produto dentro do tanque de veículos automotores e não
pode encher qualquer outro tipo de vasilhames. Posto de combustível também não pode
encher o tanque de carga de caminhões tanque para entregas. (ANP, 2010). Com esta análise,
a logística para postos de combustível fica inviável. No quesito TRR o caminhão pode sair
direto da distribuidora de combustível ao cliente do TRR, não necessitando a recarga dentro
do TRR e facilitando a operação logística.
Com estas facilidades frente aos postos de combustíveis no quesito entregas, no ambiente de
estudo na região do Vale do Araguaia, Estado de Goiás, com ressalva dessa região não ter
nenhum TRR, este artigo tem por intuito mostrar a viabilidade financeira de implantação ou
não deste empreendimento na região estudada, mais precisamente na cidade de Mozarlândia.
2. Referências bibliográficas
2.1 A distribuição de combustível
A distribuição e comercialização de derivados de petróleo fazem parte da cadeia de valor do
petróleo, sendo os principais agentes destas atividades de distribuição e comercialização as
distribuidoras, os postos de abastecimento e os transportadores revendedores retalhistas. Os
derivados de petróleo são produzidos pelas unidades de refino que armazenam os derivados
nas chamadas bases primárias. As distribuidoras são as responsáveis pela logística de
distribuição dos derivados para o mercado consumidor. Eles retiram os produtos das bases
primárias e transferem-nos para bases próprias ou compartilhadas com terceiros, denominadas
bases secundárias. O transporte para o mercado é feito através de dutos, ferrovias, caminhões,
hidrovias ou por meio marítimo. (ROCHA, 2002, p. 11).
2.2 Mercados de distribuição de combustíveis
As distribuidoras podem adquirir combustível das refinarias, das centrais petroquímicas, dos
importadores, dos formuladores e das usinas e destilarias, não podendo obter diretamente do
mercado internacional. As distribuidoras além de vender para os postos revendedores podem
vender para os transportadores ou diretamente para empresas de transporte, aviação, indústrias
e fazendas. Os consumidores comuns só podem comprar combustível de postos revendedores.
Já as empresas de transporte, aviação, indústrias e fazendas podem adquirir combustível de
transportadores e distribuidoras, além de poder adquirir combustível, exceto gasolina, de
refinarias centrais petroquímicas, importadores, formuladores, usinas, destilarias e do
mercado internacional (PINTO, 2005).
Na estrutura atual as refinarias determinam o preço de acordo com quem compra, ou o
comprador é uma distribuidora ou a venda é feita diretamente para o posto, neste caso o preço
varia dependendo do local do posto e do volume comprado, inclui frete. O preço de revenda é
determinado pelas condições de mercado numa determinada área geográfica onde os postos
competem entre si, chamadas zonas de preço. Estimou-se uma regressão para preço de
revenda, as variáveis que indicavam o refinador foram positivas e significantes. E para zonas
conclui-se que há significantes alterações no preço ocasionadas pelas diferentes zonas.
Devido a essas diferenças, levantaram-se hipóteses que levem a preços mais uniformes
(FIGUEIREDO, 2005).

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2.3 Previsão de demanda


Segundo Henrique Corrêa et. al. (1997), o processo de previsão de vendas é possivelmente o
mais importante dentro de uma função de demanda. O problema da previsão de vendas é que
na maioria dos casos, não conseguimos chegar perto do 100% de previsão. As incertezas das
previsões e os erros correspondentes provêm de duas fontes distintas: a primeira corresponde
ao próprio mercado, que, dada a sua natureza, pode ser bastante instável e de baixa
previsibilidade; a segunda corresponde ao sistema de previsão, que, com base em várias
informações coletadas no mercado e em dados históricos, gera uma informação que pretende
antecipar a demanda futura, informação essa que pode conter incertezas em virtude da própria
eficácia do sistema de previsão.
Ainda segundo Henrique Corrêa at. al. (1997), sistemas de previsão de vendas é o conjunto de
procedimentos de coleta, tratamento e análise de informações que visa gerar uma estimativa
das vendas futuras, medidas em unidades de produtos em cada unidade de tempo. As
principais informações que devem ser consideradas pelo sistema de previsão são:
• Dados Históricos de vendas, período a período.
• Informações relevantes que expliquem comportamentos atípicos das vendas passadas.
• Dados de variáveis correlacionadas às vendas que ajudem a explicar o comportamento
das vendas passadas.
• Situação atual de variáveis que podem afetar o comportamento das vendas no futuro
ou estejam a ele correlacionadas.
• Previsão da situação futura de variáveis que podem afetar o comportamento das
vendas no futuro ou estejam a ele correlacionadas.
• Conhecimento sobre a conjuntura econômica atual e previsão da conjuntura
econômica no futuro.
• Informações de clientes que possam indicar seu comportamento de compra futuro.
• Informações relevantes sobre a atuação de concorrentes que influenciam o
comportamento de vendas.
• Informações sobre decisões da área comercial que podem influenciar o
comportamento de vendas.
2.4 Analogia histórica
Segundo Fitzsimmons (2005), a analogia histórica supõe que a introdução e o padrão de
crescimento de um novo serviço imitará o comportamento de um conceito similar para o qual
existem dados disponíveis. A analogia histórica é freqüentemente utilizada para prever a
penetração no mercado ou ciclo de vida de um novo serviço. O conceito de ciclo de vida de
um produto, como utilizado em marketing, envolve estágios tais como sua introdução,
crescimento, maturidade e declínio.
Para Fitzsimmons (2005), pode-se citar como exemplo famoso de utilização de analogia
histórica a previsão da penetração no mercado da televisão em cores com base na experiência
da introdução da televisão em preto e branco poucos anos antes. É claro que a analogia
apropriada nem sempre é tão óbvia como nesse caso. Por exemplo, o crescimento da demanda
por serviços de limpeza de casa poderia seguir a curva de crescimento por serviços de babás.
Devido à possibilidade de várias interpretações de comportamento de dados prévios e do
possível questionamento associado à analogia definida, a credibilidade de previsões

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associadas a este método é freqüentemente questionada. A aprovação de uma previsão é


definida a partir de uma analogia histórica depende muito da definição de uma analogia
convincente.

2.5 Considerações sobre o local


Segundo Fitzsimmons (2005), a seleção do local requer outras considerações além da
minimização da distância percorrida. A disponibilidade do imóvel representa a maior restrição
na seleção final de um local. Outras questões também devem ser levadas em conta como o
acesso, a visibilidade, o tráfego, estacionamento, espaço para expansão, o ambiente, restrições
de zoneamento e mão de obra habilitada disponível.
2.6 Informações de mercado
Segundo Hisrich e Peters (2004), um dos elementos iniciais importantes de informação que o
empreendedor precisa é o potencial de mercado para o produto ou serviço. A fim de avaliar a
dimensão do mercado, primeiro é necessário que o empreendedor defina esse mercado. Por
exemplo, é provável que o produto seja mais comprado por homens ou mulheres? Por pessoas
de baixa ou alta renda? Por moradores rurais ou urbanos? Por pessoas de alto ou baixo nível
educacional? Um mercado alvo bem definido facilitará a projeção da dimensão do mercado e
as metas de mercado subseqüentes para novo empreendimento.
Para Hisrich e Peters (2004), para avaliar o potencial total do mercado, o empreendedor deve
pensar em associações comerciais, relatórios do governo, a Internet e estudos publicados. Em
alguns casos, essas informações estão prontamente disponíveis. É provável que outras
informações demográficas sobre esse mercado também estejam disponíveis. A partir disso, o
empreendedor é capaz de determinar o tamanho aproximado do mercado.
2.7 Analisando a viabilidade
Segundo Gomes (2009), a análise das demonstrações financeiras e seus indicadores é uma das
principais ferramentas de análise para concessão ou aumento de crédito para pessoas jurídicas.
Ela tem como base o balanço patrimonial, a demonstração de resultado do exercício, e vem
sendo adotada também a demonstração de fluxo de caixa. Portanto, entender o conceito e
aplicação e prática dos indicadores financeiros são essenciais para poder analisar com
segurança na decisão da concessão de crédito.
2.8 O fluxo de caixa e indicadores financeiros
Segundo Dornelas (2005), o fluxo de caixa é a principal ferramenta de planejamento
financeiro do empreendedor. Fazendo uma analogia com a conta corrente de uma pessoa
física em um banco de varejo, administrar o fluxo de caixa de uma empresa é compilar dados
de entrada e de saída de caixa, projetados no tempo.
Como dito por Dornelas (2005), a principal diferença no caso de uma empresa é que a
quantidade de itens a ser gerenciados é muito maior, mas o princípio é o mesmo. As
principais preocupações devem ser honrar os compromissos com os fornecedores, credores,
gastos com o pessoal, impostos etc., e definir as melhores formas de venda do
produto/serviço, visando a obter a receita necessária para que a empresa não fique com o
caixa negativo e não precise recorrer a empréstimos bancários continuamente.
Para Hisrich (2004), um dos maiores problemas enfrentados por um novo empreendimento é
o fluxo de caixa. Em muitas ocasiões, empresas lucrativas fracassam devido à falta de caixa.
Assim sendo, usar o lucro como medida do sucesso de um novo empreendimento pode ser

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ilusório se houver um fluxo de caixa negativo importante.


Ainda segundo Dornelas (2005), o período de tempo coberto pelo fluxo de caixa é
normalmente dividido em intervalos. O número de intervalos depende da natureza do negócio.
De qualquer maneira, o horizonte coberto pelo fluxo de caixa é estabelecido função de
objetivos e metas definidos pela administração A estrutura de um fluxo de caixa detalhado
mensalmente deve ser composto por: Receitas, vendas, custos e despesas variáveis e custos e
despesas fixos.
Segundo Lapponi (1996), a construção de um fluxo de caixa de um projeto de investimento
tem três partes básicas ou atividades bem definidas que ocorrem durante o prazo de análise do
projeto: Data zero onde ocorre os investimentos em ativos fixos e em capital de giro. Data
Terminal onde o capital de giro é integralmente recuperado e os ativos fixos poderão ser
recuperados parcialmente pelo seu valor residual. Da data um até a data terminal onde durante
o prazo de análise o investimento gerará retornos líquidos, denominados fluxo de capital
operacional.
Para Dornelas (2005), o plano financeiro deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com
horizonte de pelo menos três anos, balanço patrimonial, análise do ponto de equilíbrio,
necessidades de investimento, demonstrativo de resultados, análise de indicadores financeiros
do negócio, como faturamento previsto, margem prevista, payback, TIR, IL.
3. Metodologia
3.1 A empresa
O TRR é um empreendimento semelhante a um posto de combustível quando visto em
estrutura física. A grande diferença do TRR para um posto, é que o TRR tem como público
alvo o atacado de combustível, neste caso, exclusivamente o diesel. O diesel e os lubrificantes
são os únicos produtos vendidos em um TRR. As bombas de abastecimento não têm valor
monetário, somente litragem expedida e são de alta vazão. Além de venda no próprio ponto de
venda, o TRR também efetuará entrega de combustível nas fazendas
A entrega de combustível nas fazendas terá uma grande vantagem com referencial a um posto
de combustível. O combustível a ser entregue não necessitará de ir ao ponto de venda para
depois ir para o cliente. Por se tratar de um TRR, o produto poderá viajar do fornecedor do
TRR diretamente ao cliente, o que não poderia ocorrer em um posto de combustível. Isso
facilitaria bem quanto ao custo logístico.
O TRR pertencerá a um grupo de rede de postos de combustíveis. Atualmente esta rede de
postos, já se encontra consolidada no Vale do Araguaia, Goiás. Com mais de 12 anos na
região, já possui uma vasta gama de clientes, além de imagem e marca fortalecida.
A facilidade na logística e redução do custo operacional pode resultar em um preço menor que
o dos postos de combustíveis e uma facilidade para o cliente. A questão de determinação de
rotas pré-definidas tende a reduzir o custo operacional.
3.2 Quanto à natureza, abordagem e procedimentos
A pesquisa possui uma parte exploratória documental, que visa à busca de conteúdos
informativos em periódicos, artigos, trabalhos de pós-graduação latos e stricto sensu, internet,
etc, como forma de suscitar o embasamento de forma satisfatória e cientificamente exequível
o trabalho.
A pesquisa é considerada quantitativa, pois foram aplicados recursos e técnicas estatísticas
que visem quantificar os dados coletados. Houve classificação e relação entre essas variáveis

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para garantir a precisão dos resultados, evitando contradições no processo de análise e


interpretação.
O artigo foi feito por meio de construção de um modelo da realidade, com suas formas de
observação, pesquisa de campo, formas de acesso a esse campo e seus participantes. Segundo
Harada e Conte (2004) estas formas de pesquisa representam uma pesquisa de campo.

3.3 Análise de mercado da região com foco na previsão de demanda


Segundo Dornelas (2005), a projeção de vendas deve ser feita tendo como base a análise de
mercado, a capacidade produtiva e a estratégia de marketing da empresa.
Ainda segundo Dornelas (2005), uma boa forma de obter projeções de vendas é fazer
projeções mensais em termos de volume de vendas e preços praticados, levando-se em
consideração também os índices de retenção dos clientes.
Segundo Chiavenato (2008), a previsão de vendas é a base para o planejamento da produção e
da comercialização.
Esta pode ser detalhada ou desdobrada por território ou por vendedor, a fim de proporcionar
melhor acompanhamento e controle das regiões e da equipe de vendas.
A previsão de vendas segundo Chiavenato (2008) pode ser feita por empresas equivalentes ou
por tendências do mercado. Tratando-se de um novo empreendimento na região, não tendo
equivalentes nas proximidades, a busca será feita por tendências do mercado.
A busca pela tendência do mercado foi feita com visitas a possíveis clientes com perguntas
fechadas e abertas sobre as possibilidades do negócio e negociações.
Foram analisados relatórios de vendas históricas dos postos de combustível da região e feito
análise de possível previsão de demanda para o TRR que se situará próxima a estes postos.
Foi levado em consideração que o único produto trabalhado no TRR é o Biodiesel, com valor
de venda abaixo do valor de mercado dos postos da região.
3.4 Construção do fluxo de caixa
Segundo Hisrich e Peters (2004), antes de ver a viabilidade do negócio, o empreendedor deve
ter uma avaliação completa da rentabilidade do empreendimento. A avaliação dirá em
potencial se o negócio será lucrativo, quanto dinheiro será necessário para iniciar o negócio e
fazer frente às necessidades financeiras de curto prazo e como esse dinheiro será obtido.
Segundo Dornelas (2005), o plano financeiro deve conter demonstrativo de fluxo de caixa
com horizonte de pelo menos três anos, balanço patrimonial, análise do ponto de equilíbrio,
necessidades de investimento, demonstrativo de resultados, análise de indicadores financeiros
do negócio, como faturamento previsto, margem prevista, payback, TIR, IL.
Segundo Hisrich e Peter (2004), a relevância de um estudo de exequibilidade das operações
de fabricação depende da natureza do negócio. A maior parte das informações necessárias
pode ser obtida através do contato direto com a fonte apropriada. O empreender vai precisar
das informações sobre:
1. Localização
2. Operações de fabricação
3. Matérias primas
4. Equipamentos

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5. Habilidades dos funcionários


6. Espaço
7. Despesas Gerais (de vendas e operacionais).
Estas foram as variáveis analisadas para definição do plano operacional do TRR.
A construção do fluxo de caixa dessa análise de viabilidade foi feita a partir de dados
estimados na realidade de mercado de postos de combustíveis da região.
Os dados de investimentos iniciais foram coletados a partir de orçamentos com empresas
prestadoras de serviço e vendedoras de equipamentos para a abertura do TRR. Os custos com
mão de obra também foram calculados com previsão no que existe na região com relação
entre volume vendido e funcionários existentes nos postos. Os custos fixos também foram
analisados comparando aos postos da região, assim como as despesas operacionais.
4. Análise dos dados
4.1 Previsão de demanda
O Vale do Araguaia é composto pelas seguintes cidades: São Miguel do Araguaia, Novo
Planalto, Mundo Novo, Nova Crixás, Crixás, Mozarlândia e Araguapaz. Estas cidades
pertencem quase que exclusivamente ao ramo de produção pecuária. Segundo IBGE (2006), a
produção de animais de grande porte nessas cidades é de respectivamente: 497.140 animais,
89.960 animais, 203.060 animais, 726.990 animais, 229.010 animais, 177.480 animais e
181.850 animais. Totalizando assim 2.105.490 animais de grande porte no Vale do Araguaia.
Em entrevista com o Engenheiro Agrônomo Fausto Martins Borba, foi definido que cada
alqueire de terra comporta cinco animais de grande porte, apresentado aqui para frente como
unidade animal. Assim, para um total de 2.105.490 animais é necessário uma área de 421.098
alqueires de terra.
Essa pastagem precisa de manutenção e reforma. Atividades distintas essas. Sendo a
manutenção imprescindível todo ano e a reforma normalmente representando 10% da área
utilizada para pastagem para que ao final de 10 anos toda a pastagem esteja reformada.
Quanto à manutenção Borba diz que um trator faz por dia 2 alqueires de terra, gastando 16
horas por dia e 8 litros de diesel por hora. Assim, para reformar os 421.098 alqueires do Vale
do Araguaia, será necessário 26.950.272 litros de diesel por ano, ou 2.245.856 litros de diesel
por mês. Desse total, 10% agregaremos para reforma de pastos com uma ressalva.
Segundo Borba, a reforma de pasto consome em torno de duas vezes mais diesel do que a
manutenção do mesmo, pois o trator é muito mais requisitado com um trabalho muito mais
puxado. Assim sendo teremos para reforma de pasto um volume necessário de 673.756 litros
de diesel por mês. Totalizamos assim uma demanda para reforma e manutenção de pastos no
Vale do Araguaia de 2.919.612 litros de diesel por mês.
Lembrando que a idéia do TRR é venda abaixo do preço de mercado dessa região, agregando
altos volumes, propõem-se aqui, um venda inicial de 240.000 litros de diesel por mês. Após o
primeiro ano, utilizar-se-á como taxa de crescimento do empreendimento 9% ao ano. Esse
crescimento se deverá ao TRR atender não somente ao mercado local, mas sim ao mercado de
todo o Vale do Araguaia. Assim, no mês de dezembro do primeiro ano estaremos vendendo
834.852 litros.
4.2 Arranjo físico e custo de implantação
O arranjo físico da estrutura segue o modelo abaixo na Figura 2. Estrutura simples de piso em

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concreto, armação e cobertura de ferro e um escritório simples para organização e


gerenciamento do empreendimento. Duas bombas de alta vazão para abastecimento do
caminhão que vai fazer entregas em fazendas e outros clientes que buscam diretamente no
TRR.

Figura 2- Arranjo Físico TRR


A planta acima nos mostra uma área total de alvenaria de 56m² e uma área de estrutura
metálica e concreto para o piso de 403m². Mostra também a locação dos recursos dentro do
processo, mostrando assim a disposição dos tanques e local das bombas de abastecimento na
pista.
A partir dessa planta baixa, é possível desenvolver a planilha de gastos com maquinário e
material de escritório que será utilizado conforme Figura 3 abaixo.

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Figura 3- Itens para abertura empreendimento


O valor de frete para entrega dos materiais foi embutido nos seus valores unitários assim
como o custo de instalação.
O terreno onde o empreendimento for estabelecido pertence a uma empresa do grupo que
necessita da análise de investimento. Em caso de instalação do TRR, o mesmo pagará um
aluguel fixo e mensal, com contrato de 10 anos com reajuste de 5% ao ano para esta empresa
grupo que alugará o terreno. O valor desse aluguel será de 5.000 reais demonstrados nos
custos mensais.
4.3 O fluxo de caixa
Traduzindo os valores e datas estabelecidas ao longo do cenário em uma ferramenta para
auxiliar a avaliação da viabilidade do investimento, o fluxo de caixa deste modelo informa,
entre outros, a capacidade de liquidar os compromissos de curto e longo prazo.
O fluxo de caixa recebe os dados financeiros das diversas áreas da empresa, como a projeção
das vendas, contas a pagar, contas a receber, compras, folha de pagamento de salários,
tributos, taxas, etc.
O fluxo de caixa em seu modo padrão mensal seguiu a indicação de Dornelas (2005)
conforme Tabela 1 abaixo. Essa análise será prevista por 120 meses com previsões de
faturamento e despesas focadas em relatórios de postos de combustível da região. Será
aplicado o aumento no faturamento em comparação aos postos, do único produto de venda do
TRR, o diesel.
Para construção do fluxo de caixa demonstrado na Tabela 1 foi necessário o estudo de várias
variáveis. A receita partiu de um estudo da região assim como seu potencial de compra de
diesel. Os custos de investimentos saíram do levantamento de itens para abertura do
empreendimento apresentada pela Figura 3. O custo de mão de obra foi levantado a partir de
uma análise do piso da categoria de cada funcionário por cada função exercida e acrescido o
imposto de uma micro empresa adequada ao Lucro Real. Os custos fixos do fluxo de caixa
foram levantados a partir de operações parecidas ao posto de gasolina que mostrou os custos
reais para o trabalho de viabilidade do transportador revendedor retalhista, além disso, foi
acrescida a depreciação dos ativos que sofrem a mesma. Com referência a Lapponi (2000) foi
calculado o capital de giro com base nos tempos de recebimentos de vendas a prazo,
quantidades de dias de estoque de matéria prima e média de dias para pagamento de
fornecedores. Com todos esses dados em mãos foi possível montar o fluxo de caixa
representado com horizonte de 10 anos em sua forma resumida pela Tabela 1 abaixo.
(-) Investimento 1.938.083,10
Taxas
documentos para
funcionamento 11.061,00
Aliquota
Impostos 11,33%

0 1 2 ... 9 10
(-)Investimento
(+) Receita 10.888.869,73 11.868.868,01 ... 21.696.755,03 23.649.462,99
(-)CMV 9.730.479,33 10.606.222,47 ... 19.388.589,61 21.133.562,67
(-)Frete CMV 231.678,08 252.529,11 ... 461.633,09 503.180,06
(-) Custo
Operacional 243.070,56 243.070,56 ... 243.070,56 243.070,56
(-)Depreciação 180.321,48 180.321,48 ... 180.321,48 180.321,48

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(-)Mão de Obra
Direta 188.202,24 190.084,26 ... 203.796,06 205.834,02
Custo Total 10.573.751,69 11.472.227,88 ... 20.477.410,79 22.265.968,79
FCO 279.415,16 351.700,80 ... 1.081.192,54 1.226.744,30
(-) Capital de
Giro 476.932,49 519.856,42 ... 950.317,87 1.035.846,48
(-) Investimento
CG -476.932,49 -42.923,92 -46.787,08 ... -85.528,61 1.035.846,48
(+) Valor
Residual 1.044.531,49
FC -2.426.076,59 236.491,24 304.913,72 ... 995.663,93 3.307.122,27
Taxa Requerida
a.a. 15,00%
VPL R$ 647.725,74
TIR a.a. 20,02%
IL 1,31
Payback (meses) 69
Tabela 1- Fluxo de caixa
O diesel em estudo é subsidiado pelo governo, o mesmo teve durante os anos pequenas
variações de preços, e as pequenas variações foram repassadas em todo o território nacional
pelos postos de combustível, mantendo dessa forma a margem de contribuição. Foram usados
preço médio de venda de 1,88 reais o litro, preço de compra de 1,68 reais o litro e preço de
transporte em 4 centavos por litro. Estes valores foram encontrados em pesquisas de preço de
venda e compra na região onde tem a intenção de implantar o TRR.
4.4 Análise de risco
Esta etapa do estudo pode ser descrita com uma análise sensorial ou análise de sensibilidade
dos indicadores da qualidade do investimento na implantação de um TRR, onde a mesma
relaciona os principais fatores de risco para o empreendimento. Apresenta uma análise
dispersa e cruzada dos fatores de gerenciamento de custos de implantação, risco de quebra de
demanda e risco de quebra de receita simultaneamente em cenários conservadores, atuais e
otimistas.
A metodologia desta combinação de variações é sujeitar o fluxo de caixa às prováveis
incidências dentro destes limites, e simular a ocorrência aleatoriamente de cada uma delas
independentemente dos seus perfis, conservador e agressivo, ambos podem mesclar-se na
aleatoriedade. Para isso arbitrou-se uma amostra de 50 variações, dentro desta matriz, com
uma confiança de 90%, depois foi disparado uma “chuva de pontos” em um gráfico para
visualização do processo randômico. Na chuva de pontos, cada ponto representa uma TIR
mensal, depois de sujeitada às flutuações, 50 TIR´s diferentes ilustradas em um gráfico, como
mostra a Figura 4 abaixo, a chuva de pontos e a linha mediana (que representa o Cenário
Atual) das taxas permanecendo dentro dos limites, para a confiança de 90%.

Figura 4 – Gráfico chuva de pontos

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A dinâmica desta simulação de taxas, variando os fatores críticos definidos previamente que
são as variação da demanda no mês um, de preço médio de venda e de variação de demanda
no primeiro ano pode dar noção de como o mercado pode se comportar sujeito às condições
aleatórias que compõem o cenário na realidade. Por este motivo estabeleceu-se um desvio
padrão com 90% de confiabilidade, para que nas possíveis situações cotidianas inesperadas
verificasse que a TIR em sua mediana da chuva de pontos não fique abaixo do limite inferior
do gráfico, sempre entre os limites ou acima.
Concluindo, o risco na quebra da demanda, se ocorrer abaixo dos 157.464 litros pode refletir
negativamente no VPL sem nunca retornar nada ao empresário do investido ou, abaixo de
194.400 litros no primeiro mês a taxa de atratividade não será interessante.
O risco na flutuação do preço de venda mostra outra realidade preocupante, caso o mercado
sofra uma redução brusca no preço da venda, os prejuízos podem ser catastróficos, pois em
considerar variações modestas nos preços de venda, menos de 10%, a TIR se comportou de
maneira péssima para o investidor, saindo de um patamar esperado considerado bom para um
nível muito ruim ou muito bom ao mesmo tempo.
O risco com o crescimento da demanda no primeiro ano também se mostraram agressivos a
saúde do empreendimento devendo essa ser maior que 10% ao mês no primeiro ano de
implantação do investimento.
O projeto de implantação de um transportador revendedor retalhista de diesel, sediado em
Mozarlândia, Estado de Goiás, sobre a ótica de um investidor pessimista, a viabilidade pode
ser considerada de risco, justamente pelas possíveis distorções na receita e na demanda, onde
a TIR nem se aplica pelo grande prejuízo dado ao investidor.
Sobre a ótica de um investidor agressivo ou mesmo no Cenário Atual, sem grandes flutuações
de mercado, a viabilidade do projeto deve ser aprovada, uma vez que o cenário atual já se
mostra atraente.
5. Conclusão
Os indicadores apresentados pela análise do fluxo de caixa mostram bons números para um
investidor. TIR com valores de 20,02% ao mês, IL de 3,19 e payback de 69 meses, todos
esses valore comparados a uma taxa de atratividade de 15% ao ano. São indicadores e taxas
que animam investidores na concepção de um empreendimento como este.
Apesar dos indicadores do fluxo de caixa mostrar bons números desse projeto, é importante
também a avaliação do resultado da análise de risco.
A análise de risco da viabilidade desse TRR mostra uma chuva de pontos de TIRs. Essa chuva
de pontos mostra uma grande variabilidade de TIRs acima e na linha do cenário atual
desenhado para esse negócio, todavia ainda aparecem pontos significativos de TIRs abaixo da
linha da TIR do cenário atual. Essas várias taxas, podem representar um certo receio na hora
do investimento, e este receio deve ser levado em conta. Cabe aqui quanto à análise de risco,
ao investidor avaliar os riscos das TIRs abaixo do cenário atual e ver se vale a pena para o
mesmo o investimento com a taxa de atratividade a 15%.
Outro ponto quanto à análise de risco que devemos levar em conta é a forma de trabalhar dos
postos de combustíveis da região. A principal diferença de um TRR para um posto de
combustível é, a liberação pela ANP do TRR fazer entregas para os clientes uma vez que
postos de combustíveis não podem fazer abastecimentos que não sejam no veículo do cliente.
Por sua vez o TRR também não pode fazer abastecimentos diretamente nos veículos dos
clientes.

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O detalhe é que, essa é uma norma que não é respeitada na região, os postos de combustíveis
de toda a região vendem e entregam para os clientes como se fosse um TRR.
Esse fator faria com que, de um negócio único na região, o TRR tivesse vários concorrentes,
ilegais, mas concorrentes. A análise aqui também fica a cargo do investidor se vale a pena,
implantar um TRR. Uma vez que implantado, o poder público poderia atuar na região
proibindo a entrega de diesel em fazendas por postos de combustível. Mesmo que o poder
público não agisse, o fluxo de caixa atual prevê o preço médio da região, ou seja, seria
possível permanecer e conquistar novos clientes na região e seguir o fluxo de caixa aplicado.
Concluindo com todas estas análises, é viável montar um TRR na região do Vale do Araguaia,
mais precisamente na cidade de Mozarlândia. Apesar da possível concorrência o projeto
mostra-se viável por trabalhar com o preço médio do mercado. Seguindo a padronização do
fluxo de caixa com as taxas de crescimento estabelecidas no mesmo, o negócio tende a dar
bons retornos com bons indicadores financeiros.
Como sugestões para trabalhos futuros aplicar previsões de demanda com sazonalidade neste,
ou em outro fluxo de caixa, para apurar e refinar mais ainda esta pesquisa. Uma vez que
considerou-se a demanda constante, com crescimento constante para o cálculo das previsão de
venda mensal. Utilizar-se deste material para realização de um plano de negócios referente à
instalação de um TRR no estado de Goiás.
Ainda como sugestão aplicar a este estudo, a venda de lubrificantes e produtos agropecuários
juntamente com o diesel. Avaliar mercado para estes produtos na região do Vale do Araguaia
e avaliar a possibilidade de venda na região.
6. Referências
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de 2010.
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