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Tipologia (U.

Ero, 1973)
Signo: Designação genérica para tudo o que está no lugar de um referente e reenvio para esse mesmo
referente (tudo pode ser um signo, na tradição da semiótica de Pierce)
• Signos naturais- signos que não têm origem voluntária mas podem ser interpretadas (ex: o fumo
que indica fogo, o bocejo involuntário) ex: guarda-chuva, Mary Poppins
• Signos artificiais- Signos voluntariamente produzidos para comunicar, eventualmente inseridos
num sistema organizado (ex: palavras da linguagem verbal; sinais do código de estrada; o espirro que
pode interromper a aula)

Tipologia (Fiske)
• Indício- manifestação física de algo que, podendo ser interpretada e, por conseguinte, ter
sentido, não é produzido com essa intenção.
• Icone- sinal constituído pela imagem de um objeto, que o reproduz (ex:fotografia, desenho)
• Símbolo- sinal com um sentido culturalmente marcado (ex: o leão como representação de força
ou poder) ex: série empire
• Signo- signo voluntariamente produzido para comunicar, que se insere num sistema organizado.
• As várias luzes vermelhas- ícones que se transformam em símbolos
• Trono de Game of thrones- símbolo (feito com as espadas dos vencidos)
Ícones- imagens podem funcionar como símbolos

Modelo semiótico- modelo alternativo

Semiótica: Pierce
Ciência dos signos (portadores de sentido/ bases da
significação)
Semiologia: Saussure
A comunicação humana é um processo simbólico, contínuo de interpretação do mundo e de partilha desse
conhecimento com os outros através de mensagens verbais, não verbais e para verbais.

Gestos- comunicação não verbal/ comunicação para-verbal


Uma criança a apontar ( universais aceno)
Culturais e ritualizados (cumprimento)

Tipologia de gestos
1. Ilustradores: representam o sentido
2. Adaptadores: mostram auto-adaptação dos interlocutores (um ao outro/ e ao contexto)
3. Afetivos: indiciam emoções (positivas ou negativas)
4. Reguladores: ajudam a regular a interação verbal (ex: tomada de palavra)
5. Emblemáticos: simbolizam realidades culturais

Háptica- o toque na comunicação


• Todos temos expectativas sobre o que é aceitável na "ética do toque".
• Comportamentos que contrariam as expectativas potenciam problemas.
• Variabilidade intercultural- "high-contact" versus "lox-contact cultures"
• Necessidade de informação sobre o que é esperado noutros contextos culturais
• Possibilidade de aferir tipo de relação em função do toqu

A linguagem silenciosa- Edward T.Hall


-Antropólogo especialista nas dimensões culturais da significação / comunicação
"O espaço Fala"
- O ato de reivindicar e defender um território é denominado territorialidade.
-deriva de cultura para cultura
 De acda vez que um limite invisível é ultrapassado há diferentes reações da pessoa que os cria.
 A maioria dos animais tem limites determinados para a sua territorialidade.
 Tratamos o espaço como tratamos o sexo. Está lá mas não falamos sobre isso. Caso falemos não é
esperado que sejamos técnicos ou sérios acerca disso.
 A nossa cultura faz-nos reprimir e desassociar os sentimentos que temos à cerca de espaço,
Estas dimensões condicionam a nossa atuação pública e a comunicação

Hall propôs uma divisão da comunicação de acordo com o espaço, isto é, de acordo com a distância que
separa os interlocutores:

-Espaço intímo (até 0.5 m)- comunicação com pessoas muito intímas (mãe e bebé, ex.)
-Espaço pessoal (até 1.2 m)- comunicação com amigos
-Espaço social (até 3 m)- comunicação com amigos, conhecidos, colegas
-Espaço público (mais de 3 m de distância)- comunicação pública (orador e audiência, professor e alunos)

O espaço pessoal é como um território marcado simbolicamente, que faz parte do próprio indivíduo e
pode ser comunicado através de:
• Estatuto relativo de gabinetes/ escritórios numa empresa
• Placas com os nomes nas portas

O espaço pessoal também pode ser um território móvel:


• Pela geografia
• Pela cultura
• Pelo indivíduo

O espaço pessoal pode ser definido pelos sentidos:


• Ruído
• Tempo
• Distância

O espaço pessoa pode alargar-se ou contrair-se conforma as culturas, o estado psíquico, a relação social, a
atividade...
• A "bolha" de cada indivíduo no norte (EUA, países nórdicos) é maior do que no sul
(Mediterrâneo, África), é menos importante entre pessoal de saúde do que entre juristas.
O espaço não é apenas visual/tátil, mas também auditivo e olfativo...
• Tratamento doo ruído na Alemanha/ em Portugal (estudo no café)

O espaço também pode ser comunicativo em edifícios- a arquitetura organiza os espaços com significado
e simbolismo, algo que pode ser estudado pela semiótica. Assim:
-As igrejas têm uma planta em forma de cruz latina
-Os anfiteatros estão organizados em semicírculo, para facilitar a comunicação pública.
-Os estádios de futebol são ovalados, para maximizar o espaço; alguns têm o mesmo simbolismo das
igrejas.
-Os estabelecimentos prisionais e os centros comerciais estão organizados em "avenidas" que permitem
visualizar lojas/ celas.
-Os mercados estão organizados em fileiras de bancas.

Pragmática
Comunicar implica obter um determinado efeito.
Comunicar é um comportamento humano
Comunicar implica ação, intenção, poder.

Sentido e uso
O sentido da palavra é o seu uso.
(1) Tem horas que me diga?
(2) Podes passar me o sal
(3) Isto é um molho de bróculos.

Uma palavra desligada do contexto suscita interpretações erradas. Jhon. L. Austin.

Ex: Vénus, estrela da manhã, estrela da tarde ou estrela do pastor


Se o referente (objeto) é sempre o mesmo, os sentidos de todas estas expressões não o é, pois estrela da
manhã não tem o mesmo sentido que estrela da tarde , tal como o carro vermelho não tem o mesmo
sentido do carro da patrícia. O sentido acaba por ser interno a uma dada língua, sendo d+++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
++++++elimitado pelos sentidos de outros signos.
Com isto, podemos perceber que há uma espécie de núcleo duro de sentido, contudo este sentido também
está associado a imagens que dependem da experiência individual de cada um, logo existem múltiplos
sentidos conotativos.

Diferença entre a extensão do signo (classe de objetos a que se pode aplicar, que no exemplo de carro vão
desde um veículo automóvel a um brinquedo de carro) e a sua intenção ( determinadas propriedades
representadas pelo traço de sentido ( como ter rodas, ou ser um meio de transporte). Logo o signo carro,
pode acabar por ter diferentes significados para determinadas pessoas.
Por sua vez, o signo em causa permite a todos, desde que pertençam á mesma comunidade linguística e
abstraindo de todos os sentidos conotativos, falar do mesmo objeto.
Com isto entendemos que acima dos usos individuais está um núcleo comum que autoriza a
intercompreensão.

SAUSSURE diz que a linguagem é uma instituição social, que uma pessoa sozinha não iria conseguir
criar ou modificar , e que seria aprendida num contexto de comunidade mediante estímulo.

Sentido e context
Uma palavra desligada do contexto suscita interpretações interpretações erradas.
(1)Aluga-se rapaz (com serventia de cozinha)
(2) Saldos de Homem-mulher-criança.

-Contexto
Através das palavras, podemos aplicar-lhes diferentes significados mesmo elas sendo foneticamente
iguais. As mensagens com estas por vezes, podem ser interpretadas de diversas maneiras, dependendo do
indivíduo. Esta dimensão é dificil de explicar devido à sua contigência (dependência de um contexto
específico) e pela abrangência ( impossibilidade de sistematização). Diferentes palavras podem ter
impactos diferentes em variadas comunidades, devido à história e à evolução cultural que a sociedade
despoletou ex: exército e exército de talibãs.

Palavra permite agir sobre o mundo que nos rodeia


Um dos muitos paradoxos que existem na linguagem é o sentido invisível. Ex. Cratz afixado a dizer:
aluga-se rapaz individual 8com serventia de cozinha) e saldos de homem, mulher e criança, seriam muito
limitado o interlocutor que achasse que se estava a alugar um rapaz ou a vender seres humanos a preços
convidativos.

A forma dos falantes lidarem com estes desafios é conhecerem o seu contexto. O contexto corresponde a
uma situação comunicativa global, abrangendo a situação física, as crenças e conhecimentos que temos
do mundo, relacionamento de interlocutores.

Uma frase não é enunciada para representar algo, mas para fazer algo.
Cada enunciado performativo tem uma ato de fala.
Cada ato de fala tem uma dada força ilocutória.
As condições de felicidade do contexto garantem o sucesso do ato de fala. (J. L. AUSTIN, HOW TO DO
THINGS WITH WORDS)

Os atos ilocutórios só são válidos se se cumprirem determinadas condições de felicidade que gatrantem o
seu estatuto jurídico (para uma condenação ser vãlida, por exemplo, é necessário que sejka proferida por
um juíz, num julgamento, em tribunal…)

Tipos de atos ilocutórios


Assertivos- constatam uma realidade
Diretivos-influenciam outrem
Compromissivos/comissivos-comprometem o falante
Expressivos-substituem um comportamento
Declarativos- instauram uma realidade

-Os atos ilocutórios de J.Austin e J.Sarle


-O relacionamento e o estatuto relativo dos falantes é outro ponto a ter em conta na aceção mais lata do
contexto, por este autorizar ou impedir determinados discursos, que correspondem a ações concretas.
~fenómeno da linguagem em ação: possibilidade de realizar um qualquer ato, apenas e só pelo nosso
discurso.
Cada utilização da fala é um ato de fala/ato ilocutório específico.
Duas facetas nestes atos- a de intenção comunicativa, que corresponde ao ato ilocutório propriamente
dito; e a de efeito pragmático/ ato perlocutório. Os atos ilocutórios podem ser configurados de forma
direta ( Saia!) ou indireta (Eu gostava que saísse por uns momentos). Trata-se neste segundo exemplo de
uma asserção com valor ilocutório de pedido, ou seja de um ato constativo na aparência, que "esconde"
um ato diretivo, aquele que realmente interessa. E cujo sucesso ou "felicidade", nos termos de Austin,
será avaliado pelo comportamento conforme do interlocutor, ou seja pelo efeito perlocutório.

Os atos ilocutórios inserem-se em episódios comunicativos distintos que, por sua vez, dependem de
contingências variadas, as chamadas condições de felicidade(todas as condições a que é preciso obedecer
para obter o efeito perlocutório desejado).
Existe um procedimento que tem de ser cumprido na totalidade pelas partes envolvidas (e inclui um
espaço e momento temporal próprios) , estando estas partes detentoras de ume estado relativo apropriado
e genuinamente empenhadas na sua execução.
Ex: Um juíz ao condenar um réu a tempo de cadeia, a condenação é tornada .legal pelo cargo que ocupa,
pelo espaço em que o faz e pelas provas apresentadas contra o arguído. No entanto todos os contextos
comunicativos são "legais" e "jurídicos".
Para lá das competências verbais e cognitivas, existem comportamentos adequados aos objetivos que
pretendemos atingir e, às situações de comunicação em que nos vemos envolvidos ao longo do dia.

A comunicação é um processo multifacetado de ajustes:


1. Comunicação verbal(linguagem/línguas)
2. Comunicação não verbal 8gestos, imagens, movimentos espaços, objetos)
3. Comunicação para-verbal (entoação, timbre, altura da voz, pausas, velocidade, alguns gestos
específicos)

Conservar registos e transmitir saber na pré história era transmitida através de desenhos ou da memória
(contando histórias)

Constituída por signos (diferentes sinais por possuírem um significado construído, isto é transmitirem
uma dada mensagem)
Caráter articulado= conjunto de sons ou fonemas formam morfemas-conjuntos de morfemas organizados
formam palavras- conjunto de palavras organizadas segundo regras sintáticas formam frases- conjunto de
frases textos.

A linguagem verbal
-É uma capacidade específica dos seres humanos
-Está representada em cerca de 6000 a 7000 variantes ( línguas naturais/ dialetos…)
 -Maior variação/ diversidade em África/ Ásia (mas também línguas com grupos mais pequenos
de falantes)
 - Organizadas em 116 "famílias" diferentes, com 6 dominantes (5/6 dos falantes em todo o
mundo): Afro-Asiática-Niger-Congo-Austronésia (sudeste asiático)-sino-tibetana-trans-nova-
guiné(pacífico)-indo-europeu.
 - A maioria da população mundial é plurilingue (o monolinguismo é exceção, por razões
políticas)
A maior parte da população mundial é plurilingue (o monolinguismo é exceção, por razõoes políticas).
A diversidade linguística é a regra e não a exceção a nível mundial

Importância da linguagem verbal


 Dimensão referencial: a linguagem representa o mundo
 Dimensão pragmática: a linguagem realiza atos
 Dimensão afetiva: a linguagem exprime emoções
 Dimensão social: a linguagem estabelece relações
 Dimensão cognitiva: a linguagem sustenta o pensamento

A linguagem verbal é um dos fatores que faz de nós humanos, podendo ser inata (geneticamente inscrita
no código genético).

Importância da aquisição da linguagem verbal

SOCIALIZAÇÃO

A linguagem verbal é uma ferramenta da cooperação- através dela, integramos nos num grupo
 Constatação através do estudo das comunidades humanas
 Constatação através di estudo das línguas
 Constatação através das consequências da privação da linguagem

FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO
A linguagem verbal transmite/ revela comportamentos (grau de conhecimentos, capacidades cognitivas,
mentira num inquérito policial ou num exame médico);
 Constatação através do estudo da aquisição da linguagem pelas crianças (manifestação do
desenvolvimento da inteligência).
 Constatação através dos raciocínios sobre a sua própria linguagem
 Importância no diagnóstico e tratamento de problemas cerebrais causados por acidentes, traumas
(afasias).

Linguagem, pensamento e cultura- entre a fala, o cérebro e a comunidade

Teoria do inatismo
DNA/ADN idêntico aos outros serves vivos
Biologicamente, somos Homo Sapiens e Homo "loquens"
 Faculdade inata de concatenar cérebro, voz e audição para nos integrarmos no grupo de humanos
a que pertencemos, através da aquisição de uma língua natural.
 Forma de cooperação intraespecífica (= interna à espécie), construída a partir de uma forma
superior de comunicação- a linguagem (verbal)

"MECANISMO DE AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM" (N. CHOMOSKY, THE LANGUIAGE


INSTINCT)
 Criatividade da linguagem =combinações originais: todas as frases são combinações originais de
palavras- uma criança não pode tê-las ouvido todas antes de as produzir.
 Analogia com o software: Por conseguinte, o cérebro humano não funciona como um baú, mas
como um programa 8de computador),, com diferentes módulos (para os sons/ fonemas, os
morfemas, as palavras, os grupos de palavras, etc…)

Nature/Natureza- argumentos a favor do inatismo

Argumento da analogia- os produtos da linguagem humana, sobretudo infantil, mostram uma lógica
absoluta, sem exceções, indiciando que aprendem a regra e a sobre generalização
-sabo (sei)
-fazi, trazi( (fiz, trouxe)

Argumento da "piobreza de estímulo


 As crianças não são ensinadas formalmente a falar- desenvolvem a sua gramática muito depressa
e de forma consistente, compreendendo e produzindo frases novas sem explicação.
Input muito pobre
 Os adultos usam uma linguagem especial, a que se chama por vezes maternalês/ motherese (falar
com bebés)

Se as crianças desenvolvem a linguagem verbal muito depressa nestas condições, então…


 Logicamente, os seres humanos devem nascer já dotados de uma Gramática Universal que lhes
permite selecionar os modelos estruturais específicos das diferentes línguas.

A linguagem tem de ser adquirida antes da adolescência- passado esse período, a "janela" fecha-se.

Não existe uma resposta para a pergunta sobre os fatores que mais o intervêm na linguagem verbal; a
genética (herança biológica) e a socialização (cultura) serão igualmente importantes.

FISKE INTRODUCTION TO COMMUNICATION STUDIES

Funcionamento do cérebro
Procuramos sempre construir sentido a partir do que ouvimos/lemos (por mais absurdo que nos pareça)

Consideramos que, se nos trasmitem algo, é porque é interpretável.

No cérebro, existem áreas específicas para a linguagem.

O que faz funcionar a interpretação da linguagem verbal, o que desencadeias as inferências e implicaturas
que nos levam a compreender pressupostos e subentendidos são mecanismos cognitivos próprios dos
seres humanos.

No cérebro, existem áreas específicas para a linguagem, situadas sobretudo no hemisfério esquerdo.
A identificação dessas áreas foi feita na sequência de perturbações da linguagem, sempre associadas a
lesões aí situadas.

Área da Broca- lateralização: a linguagem verbal estaria situada no hemisfério esquerdo do cérebro.
Desde então, estabeleceu-se mais especificamente que esta área é o ponto do cérebro da produção da
linguagem.

Área de Wernicke- situada no lado esquerdo do cérebro, reforçou a hipótese de lateralização. Esta área
está ligada mais especificamente à compreensão da linguagem verbal.

O córtex motor é responsável pelos movimentos motores. Tem um papel crucial na linguagem pois
controla os movimentos articulatórios.

Outras áreas do cérebro são igualmente importantes. Áreas envolvidas na perceção visual.

Pode-se dizer que, embora as funções centrais da produção e da compreensão da linguagem estejam
situadas nas áreas da Broca e de Wernicke, ambas no hemisfério esquerdo, existem igualmente outras
áreas, situadas em outros pontos do cérebro, sem as quais não se processa a linguagem verbal. Trata-se de
um processamento interativo extremamente complexo e sobre qual sabemos ainda muito pouco.

A hipótese da lateralização (= especialização do cérebro em funções, sendo a esquerda a da linguagem)


teve de ser reformulada, pois não é absolutamente exata. Como se pode ver na imagem, o que acontece é
que diferentes partes do cérebro estarão envolvidas em diferentes operações relacionadas com a
linguagem:

 Dois dois lados o cérebro, o córtex auditivo (um para cada ouvido) permite processar o que
ouvimos.
 No hemisfério direito, situa-se a área de processamento espacial: é o que utilizamos quando
queremos consultar um mapa, explicamos direções, estabelecemos um itinerário ou nos
deslocamos- vou sair de cas, virar á direita…
 No hemisfério esquerdo, em cima e atrás, situa-se a área geral da interpretação, que também
envolve raciocínios matemáticos- existem fortes indícios de que muitos desempenhos menos
conseguidos na matemática não estão ligados às dificuldades de cálculo, mas sim às dificuldades
de processamento da linguagem.

1. Ouvimos e processamos a informação recebida- córtex auditivo e Wernicke


2. Vemos e processamos a informação recebida- córtex visual e Wernicke
3. Concatenamos e produzimos, isto é, pensamos, falamos ou escrevemos- córtex motor e Broca

Afasias (perturbações no processamento da linguagem verbal)

As provas mais significativas da forma como a linguagem é processada no cérebro surgem da


investigação sobre afasias- perturbações da linguagem.

APHASIA
Designa qualquer problema com a comunicação através da linguagem verbal geralmente provocado por
traumatismo ou AVC que afeta especificamente as áreas do cérebro relacionadas com a linguagem.

PACIENTES AFÁSICOS revelam dificuldades ou mesmo impossibilidade em transmitir mensagens


verbais, compreender o que ouvem, ler e ou escrever, contar e ou lidar com responsabilidades e dinheiro.

Tipos de afasias (ordem crescente de gravidade)

Afasia da broca (afeta a formação de palavras)


 Afeta a produção de linguagem, embora a compreensão se mantenha, pacientes produzem
palavras mas não as ligam entre si

Afasia de Wernicke
 Afeta a compreensão da linguagem, mas não a produção; pacientes podem falar muito mas o que
dizem não faz sentido.

Afasia "da condução"


 Afeta a reprodução de palavras; pacientes não conseguem repetir o que ouvem

Afasia global
 Afeta todas as competências linguísticas de compreensão e produção.

7. O mini-mundo que criamos para nós próprios revela bastante sobre nós.
O ambiente físico : O ambiente é importante no estudo da comunicação não verbal em duas
formas:
-As escolhas que tomamos à cerca do ambiente em que vivemos e operamos revelam muito à cerca
de nós, sendo extensões da nossa personalidade.
-O comportamento não-verbal é alterado pelos vários ambientes em que comunicamos.
Espaço: Cada cultura tem formas bem-estabelecidas de regular relações espaciais. Quão
fisicamente perto estamos dispostos a estar dos outros?
Proxémica estuda precisamente isto
-Espaço intimo: até 0.5 metros
-Espaço pessoal: até1.2 m
-Espaço social: até 3 m
-Espaço público: mais de 3 m
Quanto mais gostamos de uma pessoa, mais próximos estamos.
Território: A forma como as pessoas usam o espaço e os objetos para comunicar ocupação e
pertença de espaço é determinado territoriamente.
Nós anunciamos que o espaço nos pertence através de marcas territoriais- coisas e ações que
significam que a área foi ocupada.
COMO INTERPRETAR DICAS NÃO VERBAIS DE FORMA MAIS PRECISA
 Explicar a estrutura de três partes de Mehrabian para interpretar pistas não-verbais

Como é que nós damos um sentido a todas as nossas dicas não verbais que recebemos dos outros?
Trabalhando as nossas capacidades interpretativas exige, em primeiro lugar, ter noção da importância dos
elementos não verbais no processo comunicativo. Em segundo lugar está a nossa diposição e maturidade
emocional para fazer do nosso próprio comportamento algo secundário ao de outra pessoa.
Mehrabian work
 Imediatismo: Explica porque somos "arrastados" para certas pessoas e não outras.
 Excitação: Dicas não verbais de excitação comunicam sentimentos de interesse.
 Dominação: O balanceamento de poder numa relação. Esta dominação indica status, posição e
importãncia.

Quando interpretamos a mensagem não-verbal de alguém devemos ter em conta que há um grande
espaço para erros.

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