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2 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
3 CONCEITO DE LINGUAGEM.......................................................................... 4
Bons estudos!
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3 CONCEITO DE LINGUAGEM
Linguagem é a capacidade comum que todos nós seres humanos temos para
comunicar nossas ideias, sentimentos, visão sobre o mundo, a realidade que nós
cerca através de uma série de signos linguísticos que se relacionam e se opõe.
Falando sobre capacidade, a mesma pressupõe uma realização, deve faça uma
relação com outras capacidades que nós temos como seres humanos, por exemplo,
a capacidade de andar, capacidade bem simples com a qual da maioria de nossa
nascemos a menos que sofremos alguma limitação. Essa capacidade existe até o
momento em que passamos a estabelecer por passos uma movimentação em um
espaço, a maioria dos seres humanos tem essa capacidade, mas fica de uma
maneira abstrata, algo que apenas potencialmente existe até o momento em que
verdadeiramente você utiliza suas pernas para realizar um determinado movimento,
a capacidade de andar está diretamente ligada ao ato de caminhar.
As características da linguagem formam um conjunto de especificidade da
nossa capacidade de linguagem que são particulares a nossa espécie podendo
dizer que torna uma das manifestações mais ricas da consciência humana,
podemos dizer que o que constitui o ser humano enquanto ser que se destaca é
justamente sua capacidade de linguagem. Devido à riqueza e pluralidade da
linguagem existem inúmeras características que há podem definir. Podemos definir
a linguagem em seis componentes importantes.
O mesmo acontece com a capacidade de linguagem, ela só se realiza
plenamente no momento em que nós através de um sistema de signos organizados,
ou seja, através de uma língua natural, colocamos em prática a capacidade
comunicativa. A linguagem é algo que pode existir, a língua é a realização desta
capacidade, linguagem é uma capacidade inata, todos nós nascemos com ela,
língua é a materialização desta capacidade.
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Falar de uma capacidade nata pressupõe que estejamos trabalhando com
um conceito natural, ou seja, estou deixando de lado as linguagens artificiais como,
por exemplo, a linguagem da computação, isso pressupõe também que estamos
referindo quando da prática da linguagem, a utilização de línguas naturais, como as
várias línguas que existem, e esteja deixando de lado formas artificiais de
comunicação. Cabe mencionar também que existe um consenso entre os linguistas
de que não existe possibilidade de animais utilizarem a linguagem, existem algumas
formas de comunicação animal, mas nenhuma delas tem a complexidade da
organização sistemática que a linguagem humana possui.
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Linguagem interativa: os indivíduos se relacionam e se comunicam, nós
enquanto interlocutores trocamos informações, impressões, visão do mundo e
construímos e até mesmo reconstruímos a realidade através do processo de
comunicação e de interação em que estamos presentes, o ato de utilização da
linguagem é caracterizado como um ato de constante troca entre os indivíduos.
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esta variação na forma de se expressar e muito menos conseguem estabelecer o
diálogo sendo algo muito específico da comunicação humana.
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recurso da linguagem oral. Esta utiliza-se da altura, do tom de voz e de outras
características para garantir principalmente a clareza do diálogo e a comunicação.
Tanto na fala, quanto na escrita, as palavras são decifradas por partes,
primeiro um signo e depois o outro, formando assim unidades maiores. É só no final
de uma leitura, ou da audição, que temos o texto completo, a mensagem que se
quer passar. Saussure (1970) construiu as bases de suas proposições de
Semiologia, a partir dessas questões sobre o signo linguístico.
Na linguagem escrita, a forma de comunicação se dá pelo traço, ou seja, por
palavras que, através de frases e textos, tem o intuito de informar a mensagem de
maneira clara e coerente para que o interlocutor entenda. O sistema de sinais,
alfabeto, é o recurso primordial da linguagem escrita do Ocidente, pois os fonemas
são representados pelos sons da fala (AGUIAR, 2004).
Não se pode esquecer que existe um conjunto relevante de outras formas de
escritas que se constituíram em sistemas sociais e históricos de civilizações antigas
e que foram preteridas pelo Ocidente. Estas utilizam codificações alfabéticas a partir
de pictogramas, por exemplo a escrita cuneiforme e os hieróglifos na antiguidade,
e ideogramas, ainda usados na escrita chinesa e japonesa, por exemplo. Santaella
e Nöth (2009 apud Campos, 2017) destacam que, quando se faz referência à
linguagem verbal, na maioria das vezes, deixa-se de fora a existência de outras
formas de escrita que surgiram da mímica e do gesto – por esquecimento ou
negligência.
Para nos utilizarmos da linguagem verbal, precisamos conhecer os
vocábulos, considerando ser um mecanismo de comunicação em sociedade. Por
exemplo, o bebê, antes de apreender a falar, vai se apropriando do código verbal a
partir de sons que são interpretados pelos adultos em um arremedo de fala infantil.
É dessa forma que surge, nesse caso, um sentimento de naturalidade da linguagem
infantil. (CAMPOS, 2017).
As onomatopeias, palavras que expressam os diversos sons, são
consideradas linguagem verbal, que são apresentadas através da oralidade e da
escrita. Os índices, ou seja, os sons expressados, não têm semelhança com seus
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referentes. Como “zunzum” não tem sequer semelhança com o inseto abelha ou
“bii-bii” com carro. Veja exemplos no Quadro 1.
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A linguagem não verbal pode ser definida como sendo uma linguagem “[...]
das imagens, das metáforas e dos símbolos, expressa sempre em totalidades que
não se decompõem analiticamente. ” (AGUIAR, 2004, p. 28). Na linguagem não
verbal não há presença de palavras, por isso, ela segue outro tipo de código. Apesar
da ausência da palavra, existe uma linguagem que constrói a mensagem que se
pretende passar. Utiliza-se para isso de outros instrumentos, como imagens, gestos
e sinais. Também, considera-se como linguagem não verbal a manifestação da
pessoa que recebe a mensagem, pois essa geralmente expressa corporalmente
diversas reações, como de atenção, agrado ou desagrado. Tanto o emissor quanto
o receptor da mensagem passada através de linguagem não verbal apresentam os
indícios de significados que devem ser compartilhados por quem passa ou recebe
a mensagem.
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A linguagem gestual é uma forma de comunicação através de movimentos
corporais e gestos de mãos e dedos, como a Libras (linguagem brasileira de sinais
linguagem dos sinais usadas pelos surdos-mudos, e a mímica que são os gestos
ilustrativos desenhados no espaço, igualmente convencionados, que encena uma
mensagem. A Libras é uma língua como qualquer outra, pois tem várias regras,
existe gramática, existe sinais e modos de usar esses sinais. Ela é normativa.
Muitas vezes, a Libras é confundida como uma linguagem visual, por ser uma língua
visual, mas ela é uma linguagem gestual, pois é composta de sinais, gestos e
expressões a partir de uma convenção (FARIAS; SANDERSON; PORTO, 2013).
Também, podem ser referidos como linguagem gestual a expressão facial, que são
as expressões básicas do ser humano, por transmitirem através do movimento dos
músculos suas satisfações e insatisfações sobre determinada coisa. O rosto é a
região do corpo mais vulnerável a expressões, reagindo à diferentes situações,
como alegria, medo, insegurança, ânimo.
No teatro, a linguagem não verbal torna-se mais complexa, concentrando os
sentidos em uma linguagem complexa dos signos em si. Ali são exploradas todas
as possibilidades do espaço. Compõem-se de signos auditivos, como palavras,
música e ruídos; signos visuais, centrados no ator, como expressão facial e
corporal; na aparência exterior, com a maquiagem, o penteado e a indumentária; e
no espaço cênico, com o cenário e a iluminação. Todos esses signos, por sua
presença ou ausência, criam o efeito da comunicação imediata com seu público. A
dança constrói uma linguagem corporal, ela é uma expressão artística que vai além
da mera repetição de passos, gestos e movimentos apreendidos.
Independentemente do estilo e da cultura, a dança representa a expressão de uma
ideia ou sentimentos com intuito de passar uma experiência individual e única de
um ser e de um corpo que se comunica, expressando uma linguagem (SOARES,
2014).
Tanto a linguagem verbal como a não verbal são sistemas de signos
carregados de significados e estão intrínsecos na sociedade, sendo utilizados
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cotidianamente de acordo com a necessidade de cada indivíduo, facilitando a vida
em sociedade.
A aquisição da linguagem tem início muito cedo. Isso porque, desde o seu
nascimento, a criança é exposta constantemente à língua falada pela sua
comunidade linguística, recebendo insumo para, em um período de
aproximadamente três anos, se tornar proficiente em sua língua materna.
Esse processo de desenvolvimento da linguagem ocorre em etapas.
Inicialmente, a criança aprende a reconhecer os fonemas da língua a que é exposta
e interage com as pessoas ao seu redor por meio de choros, arrulhos e risos. À
medida que cresce, ela se torna capaz de produzir os fonemas aprendidos, construir
sílabas simples, imitar os sons da fala emitidos pelos adultos e utilizar gestos para
representar coisas do mundo, demonstrando compreender a dimensão simbólica
da linguagem. Então, em um determinado momento, a criança passa a empregar
palavras e, depois, combiná-las em sentenças simples, até chegar em um estágio
de fluência no idioma. (CASTRO, 2021).
Segundo Castro (2021) as linguagens são sistemas complexos
desenvolvidos pelos seres humanos para se comunicar e simbolizar o mundo, tendo
importante papel na constituição da sua identidade. Muito antes de frequentarem o
ensino formal, as crianças já dominam com proficiência o sistema linguístico (ou os
sistemas linguísticos) usado pela comunidade linguística em que estão inseridas,
pois foram constantemente expostas a ele desde muito cedo. É por isso que
crianças que crescem, por exemplo, em uma comunidade falante de português
brasileiro se tornam proficientes nessa língua, ao passo que crianças expostas
diariamente a outra língua (p. ex.: francês, libras, kaingang, mandarim, etc.) serão
fluentes nessa outra língua.
Ao nascer, o bebê é capaz de perceber a fala e de se comunicar pelo choro,
modificando-o para expressar diferentes necessidades. Mais tarde, entre 1,5 e 3
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meses de idade, o bebê acrescenta aos seus recursos de linguagem os arrulhos e
o riso, e, aos 3 meses, passa a brincar com os sons, imitando os sons produzidos
pelas pessoas que o cercam (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Entre 6 e 10 meses de idade, o bebê começa a balbuciar, isto é, produzir
sílabas simples, formadas por consoante e vogal. Esses sons, como, por exemplo,
“ma-ma-ma-ma”, costumam ser interpretados como a primeira palavra do bebê. No
entanto, o balbucio “[...] não é uma linguagem de verdade, pois não tem nenhum
significado para a criança, embora com o tempo se torne cada vez mais parecido
com palavras” (PAPAIA; FELDMAN, 2013, p. 194 ).
A chave para o desenvolvimento da linguagem é a imitação. De início,
conforme explicam Papalia e Feldman (2013, p. 194), “[...] os bebês acidentalmente
imitam sons do idioma e depois imitam a si próprios produzindo esses sons. Entre
9 e 10 meses, o bebê imita sons deliberadamente sem entendê-los”. Depois de
possuir um repertório de sons, os bebês começam a encadear padrões e, em
seguida, passam a atribuir significados para eles (PAPAIA; FELDMAN, 2013).
Então, são incorporados à linguagem do bebê os gestos simbólicos, como,
por exemplo, soprar para comunicar que algo está quente. Nesse momento, fica
evidente que a criança está compreendendo a dimensão simbólica da linguagem,
isto é, compreendendo que esta é um recurso usado para representar seres,
objetos, ações, processos, eventos, características, sentimentos, desejos, etc. À
medida que a criança vai enriquecendo o seu vocabulário, os gestos de que ela
lançava mão para simbolizar determinadas coisas do mundo passam a ser
substituídas pelas palavras correspondentes. Como esse processo é gradual, é
comum que, até os 3 anos de idade, as crianças combinem gestos e palavras
durante a sua comunicação, o que é um indicativo de que elas estão prestes a usar
sentenças com várias palavras (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
O início da fala linguística do bebê se dá entre os seus 10 e 14 meses de
idade, quando ele pronuncia as suas primeiras palavras. Mais tarde, entre os seus
18 e 24 meses, as crianças já são capazes de unir palavras para construir suas
primeiras sentenças, usando-as para se referir a eventos, pessoas, objetos, etc. do
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seu cotidiano. Por fim, entre 20 e 30 meses de idade, a criança passa a
compreender sentenças cada vez mais complexas e se mostrar mais competente
no uso da sintaxe da sua língua materna, tornando-se mais fluente com os artigos,
as preposições, as conjunções e os plurais, por exemplo. Em torno dos 3 anos de
idade, a fala da criança é “[...] fluente, mais longa e mais complexa. Embora a
criança geralmente omita partes do discurso, ela consegue comunicar com sucesso
o que quer dizer” (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p. 197).
Quando as crianças já estão em fase de formulações sintáticas mais
complexas (20 a 30 meses de idade), é possível conduzir com elas conversas a
partir de leituras. Após ler uma história para a criança, o adulto pode lhe apresentar
desenhos e objetos e, então, convidá-la para recontar a história que ouviu. Nessa
atividade, será possível perceber que a criança já domina um vocabulário diverso,
emprega estruturas linguísticas mais sofisticadas, interpreta a história e constrói a
narrativa usando um tom de voz variável, expressando emoções pela entonação.
(CASTRO, 2021).
Apresentamos algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas
para contribuir no processo de desenvolvimento da linguagem da criança. Durante
a execução de qualquer uma delas, assim como de qualquer atividade que vise ao
desenvolvimento da linguagem, é necessário sempre ter em mente a importância
de valorizar a expressão das crianças, a fim de que o processo de interação social
seja significativo para elas. Nesse sentido, é fundamental que seja oferecida uma
escuta atenta e que, em todos os momentos, haja espaço para brincadeiras, pois o
aspecto lúdico é um fator importante para o processo de construção da linguagem.
(CASTRO, 2021).
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Segundo Castro (2021), a partir da compreensão das fases do
desenvolvimento da linguagem, é possível elaborar atividades que contribuam para
esse processo de acordo com cada uma das etapas e dos estímulos possíveis.
Como vimos nas seções anteriores, a aquisição da linguagem tem início com a
exposição da criança à fala das pessoas que estão em seu entorno. A começar pelo
nível fonológico, a criança vai reconhecendo, discriminando e assimilando as
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estruturas da sua língua materna para, depois, reproduzi-las. Ou seja,
desconsiderando-se aqui o processo de aquisição de línguas gestuais, é pela
escuta que as crianças adquirem insumo para o seu desenvolvimento linguístico.
Tendo isso em conta, as atividades que visam ao desenvolvimento da
linguagem dos bebês devem privilegiar a sua exposição à língua falada. Nesse
sentido, é possível, por exemplo, ler em voz alta para eles ou narrar as atividades
cotidianas enquanto as realiza. Os bebês reagem a esses estímulos com os
recursos de que dispõem (risos, arrulhos, gestos, balbucios, etc., a depender da
etapa de desenvolvimento da linguagem em que se encontram) e percebem que
provocam respostas da pessoa ou das pessoas que estão ao seu redor. Essas
atividades, portanto, além de fornecerem insumos linguísticos para que a criança
posteriormente produza a sua fala linguística, mostram a ela a dimensão social da
linguagem, ao inseri-la em um contexto de interação a qual sempre deve ser
estimulada. (CASTRO, 2021).
Outra possibilidade é cantar para os bebês. Durante essa atividade, pode se
lançar mão de objetos para nomeá-los: berço, mamadeira, água, copo, etc. Saliente-
se que é importante que as palavras sejam apresentadas para a criança em sua
forma correta (de acordo com a variedade linguística do seu entorno social),
manifestadas em frases elaboradas, sem simplificações, de modo que ela possa,
nas fases subsequentes, compreender e empregar as palavras e as estruturas
linguísticas que realmente fazem parte da língua falada pela sua comunidade
linguística.
Ao se nomearem objetos para as crianças, também é importante incentivá- -
las a fazer o mesmo. Nomear o mundo que cerca a criança é fundamental para que
ela associe as palavras aos objetos. Em uma caminhada num parque, por exemplo,
é possível nomear as árvores, as pessoas, os pássaros, outros bebês, os carros,
as bicicletas, as flores, os brinquedos, as cores, os aromas, etc., transformando a
experiência do passeio em um momento de desenvolvimento da linguagem do
bebê. Isso também deve acontecer nos berçários, nas creches e nos espaços de
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cuidado dos bebês, onde cartazes coloridos, música, leitura e conversa devem fazer
parte da dinâmica do espaço e das interações entre cuidadores e bebês.
Assim como as palavras e as estruturas da língua, as crianças também
aprendem a compreender emoções, que são exprimidas pelo tom de voz. Desse
modo, tal aspecto também deve ser considerado durante o desenvolvimento da
linguagem dos bebês. (CASTRO, 2021).
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Reconhecendo que mesmo que os humanos não tenham déficits
neurológicos, podem ocorrer discinesias, por isso em 1970 o termo "psicomotor" foi
utilizado para ganhar força, explicando tais eventos durante o desenvolvimento,
principalmente em crianças. Nessa década, considerando a estreita ligação entre o
aspecto emocional e o movimento do sujeito, diversos autores definiram o
movimento mental como um movimento relacional. (Miguel, 2019).
Desde então, a distinção entre o ponto de vista da reeducação e o ponto de
vista terapêutico começou a ser definida. Ao romper com as técnicas instrumentais
e lidar com o "corpo do sujeito", o método de tratamento gradualmente dá mais
atenção à relação entre a mente e a mente, bem como ao entendimento geral do
assunto. Esse entendimento continua até hoje.
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deseja, e é marcada por uma história única e inscrições matrilineares e patrilineares.
Um exemplo de seu método de construção é a etapa do espelho, a partir dos 6 aos
8 meses de idade, quando a criança se reconhece no espelho e sabe que o que vê
é uma imagem refletida de si mesma. Portanto, como assinalou Le Bouch (1992), a
imagem precede o esquema, logo, sem a imagem, não há esquema corporal.
Tônus: Segundo Sampaio (2009), é a tensão fisiológica dos músculos que garante
o equilíbrio estático e dinâmico, a coordenação e a postura do corpo em qualquer
postura, seja ela estática ou em movimento. Exemplo: A maioria das pessoas com
síndrome de Down tem hipotonia, ou seja, um tônus ou tensão abaixo do normal,
que pode levar ao aumento da mobilidade e flexibilidade e diminuição do equilíbrio,
postura e coordenação.
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É diferente da dominância lateral, que é a maior habilidade desenvolvida em um
lado do corpo devido à dominância do cérebro - isto é, pessoas com dominância do
lado esquerdo do cérebro são mais propensas a desenvolver mais habilidades no
lado direito do corpo, então é mãos corretas. Para os canhotos, a situação é
justamente oposta, pois sua vantagem cerebral está do lado direito, conforme
enfatizado por Sampaio (2009).
5 O PAPEL DO PSICOMOTRICISTA
Até 3 anos A criança sobe Conhece as partes Não se pode ainda Frente, atrás, Agora, depressa,
e desce escadas do corpo (pé, nariz, falar em dominância sobre, sob, rápido, devagar,
alternando os pés cabeça etc.) — a criança utiliza grande, pequeno, hoje, amanhã,
É capaz de parar É capaz de a mão ou o pé ora alto, embaixo, para, espera
um gesto rápido representar seu direito, ora esquerdo sempre em
Consegue andar corpo de forma Dominância ocular relação a si
por obstáculos rudimentar fixa mesmo
Até 4 anos Fica sobre um pé só Dentes, ombros, Continua a Ao lado, longe, Noite, dia, mais
Consegue realizar costas, joelhos, experiência com perto, médio, velho, antes,
saltos de 10 cm de unhas ambos os lados deitar, de pé, depois, maior
altura quadrado, pouco, Reprodução
muito rítmica, 2 ou 3
Progressão de movimentos
tamanhos
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Quadro 1. Habilidades psicomotoras: principais conhecimentos e aquisições
Até 6 anos A criança pode ficar Cotovelos Início do Grosso, fino, Dias da semana e
imóvel com os olhos reconhecimento de metade, ao meio, do mês
fechados direita e esquerda em subir, descer, rolar,
si mesma junto, só
Até 9 anos As imitações tendem Punho, pulso, Reconhecimento de Largo, estreito, Estruturas rítmicas
a desaparecer antebraço direita e esquerda em delgado, espesso, de seis golpes,
Movimentos figuras profundo regularidade de
próprios Noção de tempo
perspectiva
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Segundo a Associação Brasileira de Atividade Psicológica ([2019]), o campo
de atuação do psicólogo pode ser: ensino, instituição e clínica. Em relação ao eixo
de atendimento, a associação destacou os descritos a seguir.
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processo nada mais é do que uma vivência de elementos psicomotores num
importante contexto histórico, cultural e emocional.
Certifique-se de que o aprendizado de conceitos formais esteja relacionado
ao aprendizado de conceitos cotidianos, como construir textos, contar histórias,
postar notícias, fazer compras, limpar a casa e usar operações matemáticas para
calcular quantas pessoas vieram e quantas pessoas vieram. Além disso, segundo
Fonseca (2010 apud Miguel, 2019), para atingir a coordenação motora fina
necessária à construção da escrita, a criança precisa desenvolver uma ampla gama
de habilidades.
De um modo geral, parece óbvio o papel da atividade mental como forma de
construir o desenvolvimento humano sob os diferentes contextos das origens
existentes. Com isso, é possível fortalecer a abordagem interdisciplinar do
movimento mental, o que mostra que o conhecimento é compreendido de forma
diversificada, em que não há separação entre os temas e os temas (emoção,
movimento, cognição) envolvidos no desenvolvimento humano. A atividade mental
pode desempenhar um papel importante nos problemas do desenvolvimento
humano, especialmente em crianças. Todas as possibilidades obtidas por meio de
atividades psicológicas na infância refletirão a qualidade de uma série de processos
de cognição social, emoção e movimento na vida adulta, promovendo assim o
desenvolvimento global do indivíduo. (Miguel, 2019).
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Segundo dados de pesquisas da história humana, os humanos são criaturas
em processo de evolução. Nossos ancestrais eram "macacos" que caminhavam
sobre "quatro patas" e basicamente se moviam para sobreviver, em busca de
alimento e de sua própria defesa. Portanto, ao longo da história da humanidade, os
conceitos humanos e os tratamentos do corpo, assim como o comportamento do
corpo, apresentaram inúmeras mudanças, revelando a relação entre o corpo e um
contexto social específico. (PRIESS, 2018).
Em cada período histórico, o conceito e a imagem do corpo mudaram, de
modo que a cultura corporal do Oriente é diferente da cultura corporal do Ocidente.
O primeiro acredita que a experiência do corpo é a chave para a vivência do mundo
e da consciência do universo, originou-se da tradição mística e respeita o corpo,
enquanto o segundo (ocidental) originou-se da Grécia antiga. (GONÇALVES, 1994).
Ao tentar definir termos diferentes, você pode ter certeza de que as duas
palavras corpo e carne estão intimamente relacionadas e são inseparáveis.
Segundo Prado (2017), o corpo humano integra dimensões como substâncias,
ossos, músculos, hormônios, fezes e sangue. E vem da imaterialidade, emoção,
criatividade, diversão, etc. Portanto, de acordo com as observações, o tangível é
um corpo vivo e experimentado. Então, é a mente e o corpo conectados, envolvendo
as dimensões física, emocional e emocional, ou seja, todo o corpo "físico", suas
emoções, sentimentos e relacionamentos.
De acordo com Gonçalves (1994), desde os primórdios, o homem apresenta
inúmeras formas de conceber e tratar o corpo, considerando técnicas corporais
relacionadas a:
a) movimentos como andar, correr, nadar, pular, entre outros;
b) movimentos corporais expressivos, como expressões faciais, posturas e
gestos;
c) a ética corporal que envolve ideias e sentimentos sobre a aparência, como
vergonha, pudor, ideias e estereótipos de beleza;
d) controle de estruturas dos impulsos e das necessidades.
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De acordo com a origem sociocultural, religião, gênero, classe social, etc.,
esses aspectos podem ter uma ordem diferente. Portanto, só se pode compreender
o corpo a partir da experiência e da vivência que se estabelece na relação consigo
mesmo, com os outros e com o mundo. Todos podem sentir e possuir o próprio
corpo como forma de expressão e interação com o mundo que chamamos de corpo.
(BONFIM, 2003 apud Priess, 2018).
Qual é a relação entre corpo e exercício? É quase impossível falar sobre o
corpo sem vinculá-lo aos exercícios. Quando pensamos em exercício, muitas vezes
pensamos em deslocamento, ou seja, mudança, sair de um estado para outro, neste
caso o nosso corpo. Por outro lado, o movimento inicial das crianças ocorre através
do corpo e interage, experimenta e compreende o mundo ao seu redor através do
corpo. Os bebês aprendem a se comunicar com os pais por meio de movimentos
faciais (que inicialmente podem ser sorrindo ou chorando) ou por meio de diferentes
tipos de expressões de aceitação ou rejeição. É neste momento que o ser humano
começa a compreender seu corpo e a desenvolver sua percepção dos mais diversos
sentidos, incluindo inteligência, espaço, emoção e sociedade. (Prius, 2018).
Portanto, corpo, movimento e expressão são aspectos indissociáveis, ou
seja, é praticamente impossível considerar um aspecto sem vinculá-lo a outros
aspectos.
Expressões corporais e linguagem corporal são uma forma de comunicação
não verbal na qual os indivíduos usam seus corpos para se expressar por meio de
expressões faciais, posturas corporais, gestos e outras expressões físicas. O
processo de expressão corporal / linguagem corporal antecede a linguagem falada
e ainda pode ser considerado uma das formas mais importantes de comunicação
humana hoje. A pesquisa afirma que a comunicação não verbal expressa através
do corpo é responsável por cerca de 93% de toda a comunicação humana, ou seja,
como um todo, nosso corpo está "falando" (PIRES, 2012).
Conforme Priess (2018), a expressão corporal e a linguagem corporal por
muitos momentos se confundem e estão tão relacionadas que fica difícil distingui-
las ou defini-las de forma individualizada. A expressão corporal trata-se de
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diferentes formas de manifestações do corpo que são bastante comuns nas
atividades rítmicas, na dança, no jogo, nos esportes e nas atividades físicas em
geral. Já a linguagem corporal pode demonstrar alguns comportamentos e traços
da personalidade da pessoa. Como exemplo, podemos citar pessoas que ficam
movimentando com frequência determinada parte do corpo (como os pés, ao estar
sentado) e esse movimento pode estar relacionado ao estado de ansiedade ou
nervosismo da pessoa no momento.
Fonte: pensareaprender.com.br
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motoras (corrida, pular, chutar, bater, etc.) são muito importantes para o
desenvolvimento.
Autores como Curtiss (1988) descrevem a educação psicomotora como uma
ferramenta importante para o desenvolvimento de problemas emocionais das
crianças, pode ajudar a expandir sua capacidade de expressar sentimentos. E ajuda
a melhorar a qualidade de suas interações com o mundo exterior. Nesse sentido,
é muito importante educar as crianças a considerarem o “todo”, ou seja, em certo
sentido, cognição (inteligência), emoção (sentimento), sociedade (relacionamento
pessoal com os outros) e esportes trabalham de forma integrada por meio de
atividades interessantes. Apresentações em duplas ou em grupo, música de
acompanhamento, materiais alternativos (balões), elementos como espelhos.
Em ambientes muito diversos, como escolas, é comum ver mudanças
significativas nas habilidades atléticas das crianças. Ritmo, marcha, coordenação,
etc. Essa mudança pode ser devido a vários fatores, como lesão do sistema nervoso
central ou devido à falta de experimentação, emoção, cognição ou apenas esportes
são imaturos. Nestes casos, você pode recorrer à reeducação psicomotora. Esta é
uma forma de usar os esportes como uma padronização. Segundo Oliveira (1999),
o comportamento geral das crianças, em reeducação do exercício, sem experiência
anterior de estimulação bem na hora que eles deveriam ter.
Algumas crianças são apontadas pelos pais ou pelos professores como
trapalhonas, com pouco interesse ou jeito para os desportos ou com dificuldades
para adquirir uma marcha segura ou começar a andar de bicicleta. Os educadores
também destacam aquelas que se sujam muito ao comer, que fazem birras ou que
não gostam de pintar — o que, mais tarde, traduz-se em uma caligrafia disforme.
Esses podem ser alguns sinais de alerta para a existência de alguma perturbação
motora, podendo ser ela do equilíbrio, da coordenação ou de qualquer outro
elemento que compõe a psicomotricidade. A perturbação motora é uma inquietação
corporal causada por uma emoção que desorganiza o viver; ela abrange
perturbações no esquema corporal, no tônus muscular e na imagem corporal,
conforme aponta Fonseca (2012).
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Como todos sabemos, a exploração móvel do ambiente é um meio de
coexistência privilegiado na infância, o que significa crianças com dificuldades pode
ser social ou emocional. Segundo Oliveira (1999), existem alguns indícios de
dificuldade em aprendizagem motora. É importante notar que o paciente não todos
os sintomas devem estar presentes em simultâneo, eles podem aparecer quando
se amadurece.
Na idade pré-escolar, os seguintes sinais podem ser observados:
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trabalho diário entre esses alunos. A detecção dessas interferências pode ser feita
pelo professor das crianças (independentemente da área), por isso, devem
encaminhar aos psicólogos pela reeducação de estruturas instáveis. (MIGUEL,
2019).
Psicomotricista, como profissional atuante na área de educação e
reeducação, para promover a mediação entre o movimento e a descoberta do aluno
sobre seu corpo. O profissional realiza uma atividade a repetição deve ser
restringida pela busca do sucesso. Os erros são considerados "negativos" no
processo. Pelo contrário, do ponto de vista de falsas percepções, os psicólogos
podem se adaptar à situação, desenvolver estratégias que ajudem os alunos a
adquirir habilidades atléticas. O objetivo é fazê-los avançar para novas aquisições
e muito complicado do que o primeiro.
Segundo Fonseca (2012) os educadores que observam alunos com um certo
distúrbio de movimento que às vezes alguns de seus recursos podem causar o
resultado não reflete o esforço despendido. A introdução é a seguinte estratégia
cujo objetivo principal é ajudar a progredir, suas dificuldades serão prejudicadas.
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• Elogie o esforço, e não a habilidade.
• Promova a competição consigo mesmo, e não com os outros.
• A participação deve ser mais importante do que a competição.
• No caso de feedback corretivo, dê informação direta, sucinta e positiva
por exemplo: “Levante a cabeça” ou “Agarre a bola com os dedos
afastados”.
• Se necessário, modifique os materiais por exemplo, use bolas mais
leves ou de diferentes materiais.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque
psicopedagógico. 20. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2015.
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