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sentido e
linguagem
Stuart Hall
Stuart Hall
(Jamaica:1932- Reino Unido:2014)
1932: Nasce o “caçula de três filhos do mais alto funcionário negro da
United Fruit Company, em Jamaica, e de uma mulher que tinha sido criada
por uma tia ligada à elite colonial local.”;
1951: Se muda para Inglaterra, “com bolsa para estudar Letras de Língua
Inglesa em Oxford”;
-Anticolonialista;
-Militou no movimento pelo desarme nuclear, criado como resposta à
Guerra Fria ;
-Estudou cultura popular, cultura de massa, indústria cultural;
-Buscou colaborar para utilização dos filmes produzidos pela indústria
cultural para o ensino;
-1957: ”Hall começou a dar aula para adultos”;
-1979: Organiza curso superior para adultos em modalidade “semi-
presenciais, em que os alunos se encontravam periodicamente por alguns
dias mas estudavam em casa com o auxílio de transmissões pela televisão
aberta, em horários em que não havia programação normal, como as cinco
horas da manhã”;
-”Não estar em casa”.
REFLETIVA
A linguagem simplesmente reflete um sentido que já existe lá
fora no mundo dos objetos, pessoas e eventos (refletiva)? P.1
INTENCIONAL
“A linguagem expressa apenas o que o falante ou escritor ou
pintor quer dizer, o sentido pessoalmente pretendido por ele ou
ela (intencional)?” P.1
CONSTRUCIONISTA
“O sentido é construído na e pela linguagem (construcionista)?”
P.1
REPRESENTAÇÃO
O Shorter Oxford English Dictionary sugere dois sentidos relevantes para a palavra:
P.3
REPRESENTAÇÃO
P.3
SISTEMAS DE
REPRESENTAÇÃO
Agrupamento
“O termo geral que usamos para palavras, sons ou imagens que carregam sentido é signos.
Esses signos respondem por ou representam os conceitos e as relações conceituais entre eles,
que nós carregamos em nossas cabeças e que, juntos, constroem os sistemas de sentido da
nossa cultura.
“As cores não têm nenhum sentido fixo ou ‘verdadeiro’ nesse sentido.
Vermelho não significa ‘Pare’ na natural, nem verde significa ‘Siga’. Em
outras configurações, o vermelho pode responder por, simbolizar ou
representar ‘sangue’ ou ‘perigo’ ou ‘comunismo’; e verde pode
representar ‘Irlanda’ ou ‘o campo’ ou ‘ambientalismo’. Até esses
sentidos podem mudar. P. 15
O legado de Saussure
-1857-1913
-Linguista suíço;
-‘pai da linguística moderna’;
-”Para Saussure, de acordo com Jonathan Culler (1976, p.19), a
produção do sentido depende da linguagem: ‘A linguagem é um
sistema de sinais’. Sons, imagens, palavras escritas, pinturas,
fotografias, etc. funcionam como signos dentro da linguagem ‘apenas
quando eles servem para expressar ou comunicar idéias... [para]
comunicar idéias, eles devem ser parte de um sistema de convenções...’
(ibid.)” p. 20
Significante e
Significado
“Saussure analisou o signo em dois outros elementos. Havia,
argumentou ele, a forma (a verdadeira palavra, imagem, foto, etc.) e
havia a idéia ou conceito na sua cabeça com a qual a forma era
associada. Saussure chamou o primeiro elemento de significante, e o
segundo elemento – o conceito correspondente que ele desencadeia na
sua cabeça – o significado.” p. 20
“Os dois são necessários para produzir sentido, mas é a relação entre
eles, fixada pelo nosso código cultural e linguístico, que sustenta a
representação. Então ‘o signo é a união de uma forma que significa
(significante)... e uma idéia significada (significado).” p. 20
A diferença
“Outro problema é que Saussure tendeu a focar nos aspectos formais da linguagem. [...] A
atenção aos seus aspectos formais realmente tirou a atenção das características mais
interativas e dialógicas da linguagem – a linguagem como ela é realmente usada, como ela
funciona em situações reais, em diálogo entre diferentes tipos de interlocutores. Então, não é
surpreendente que, para Saussure, a questão do poder na linguagem – por exemplo, entre
interlocutores de diferentes status e posições – não surgiu.” p.25
Crítica do modelo de
Saussure
“A linguagem não é um objeto que pode ser estudado com a precisão de uma ciência como a
das leis. Teóricos culturais posteriores aprendeu com o ‘estruturalismo’ de Saussure, mas
abandonaram sua premissa científica. A linguagem permanece governada por regras. Mas não
é um sistema ‘fechado’ que pode ser reduzido aos seus elementos formais. Uma vez que está
constantemente mudando, ela é, por definição, uma definição em aberto.” p.25
“o caso é que vários daqueles que haviam sido mais influenciados pela quebra radical de
Saussure com todo o modelo refletivo e o intencional da representação, se apoiaram em seu
trabalho, não imitando seu enfoque científico e ‘estruturalista’, mas aplicando seu modelo de
um modo bem mais solto, em aberto – i.e. ‘pós-estruturalista’.” p.25
Semiótica
“ ‘Uma ciência que estude a vida dos signos dentro da sociedade... Eu devo chamá-la
semiologia, do grego semeion “signos”...’ (p.16). Esse enfoque geral no estudo dos signos na
cultura, e da cultura como um tipo de ‘linguagem’, que Saussure projetou, agora é
generalizadamente conhecido pelo termo semiótica.” p.26
“O argumento fundamental por trás da abordagem semiótica é que, uma vez que todos os
objetos culturais expressam sentido, e todas as práticas culturais dependem do sentido, eles
devem fazer uso dos signos; e à medida que eles fazem, eles devem funcionar como a
linguagem funciona, e serem suscetíveis a uma análise que basicamente faz uso dos conceitos
lingüísticos de Saussure” p.27
“um programa de televisão como Eastenders, por exemplo, nós teríamos que tratar as imagens
na tela como significantes, o uso do código da novela televisiva como gênero, para descobrir
como cada imagem na tela fez uso dessas regras para ‘dizer algo’ (significados) que o
espectador pudesse ‘ler’ ou interpretar dentro do quadro de um tipo particular de narrativa
televisiva (veja a discussão e análise das novelas da TV no Capítulo 6).” Barthes - p.27
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