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ÍNDICE

Introdução...................................................................................................................................2

O Conceito da figura retorica......................................................................................................3

A funcao da figura retorica.........................................................................................................3

Figuras retoricas..........................................................................................................................3

Figuras de palavras......................................................................................................................4

Figuras de sentido.......................................................................................................................5

Figuras de construção................................................................................................................8

Figuras de pensamento................................................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia……………………………………………………………………………………12
Introdução

O presente trabalho é feito no âmbito das lições leccionadas na disciplina de retorica e, versa em
torno do tema figuras da retórica. O conhecimento das principais figuras de retórica mostra-se de
extrema importância para todos os que desejam um dia tornarem-se bons oradores.

No entanto, as figuras retóricas são formas não convencionais de usar as palavras para lhes
dar expressividade, vivacidade ou beleza, com o objectivo de surpreender, mover, sugerir ou
persuadir.

A figura retórica é portanto, uma fruição a mais, uma licença estilística para facilitar a aceitação
do argumento.

Este trabalho está, organizado da seguinte forma: a parte introdutória, desenvolvimento,


conclusão.

Objectivos gerais

 Conhecer as figuras retóricas.

Objectivos específicos

 Trazer a conceptualização da figura e a sua função;


 Fazer o levantamento das figuras retóricas: de palavras, de pensamento, de sentido e, de
construção.

Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, privilegiou-se o uso das fontes bibliográficas física e
exploração de sítios de internet.
1. O Conceito da figura retórica

As figuras literárias, também conhecidas como figuras retóricas, são formas não convencionais
de usar as palavras para lhes dar expressividade, vivacidade ou beleza, com o objectivo de
surpreender, mover, sugerir ou persuadir.

As figuras literárias são típicas do discurso literário e de seus diferentes géneros (poesia,


narrativa, ensaio, drama), em que a linguagem é um fim em si mesma e, é transformada para
aprimorarem suas possibilidades expressivas.1

Ainda continuando, na senda da conceptualização, o doutrinário Reboul, Olivier, na sua obra


intitulada introdução a retórica, conceptualiza a figura retorica como um recurso de estilo que
permite expressar-se de modo simultaneamente livre e codificado. Livre, no sentido de que não
somos obrigados a recorrer a ela para comunicar-nos.

A figura da retorica apresenta a característica de ser codificado, porque cada figura constitui uma
estrutura conhecida, repetível e transmissível.

Este doutrinário chama atenção de que a expressão figuras de retorica não é pleonasmo, pois
existe figuras não retoricas, que são poéticas, humorísticas ou simplesmente de palavras. A
figura só é de retorica quando desempenha o papel persuasivo.2

2. A função da figura retorica

Segundo Reboul, Olivier a figura de retorica é funcional. A figura retorica é portanto, uma
fruição a mais, uma licença estilística para facilitar a aceitação do argumento. A figura está mais
relacionada com o delectare e raramente com o movere.

3. Figuras retóricas

Em primeiro lugar, vamos abordar a função argumentativa das principais figuras de


retorica, a partir da classificação feita pelo doutrinário Reboul, Olivier (2004), em

1
Figuras literárias ou retóricas (explicação e exemplos) - Expresiones 2023 (ninanelsonbooks.com) acesso no dia
20.03.2023
2
Reboul, Olivier, (2004), Introducao a retorica, sao Paulo, Pag.113
introdução a retórica, tendo em conta suas relações com o discurso em que se encaixam.
Segundo este critério as figuras podem ser:

a) Figuras de palavras, como o trocadilho, a rima, que dizem respeito a matéria


sonora do discurso.

b) Figuras de sentido, como a metáfora, que dizem respeito a significação das palavras ou dos
grupos de palavras.

c) Figuras de construção, como a elipse ou antítese, que dizem respeito à estrutura da frase, por vezes do
discurso.

d) Figuras de pensamento como a alegoria, a ironia, que dizem respeito à relação do discurso com o seu
sujeito (o orador) ou com seu objecto.

3.1 Figuras de palavras

Estas figuras são caracterizadas pelo facto de serem intraduzíveis, de poderem ser destruídas por
menos que se mude sua matéria sonora. Por isso, parecem reservadas a poesia ou, a rigor, ao
humorismo.

As figuras retoricas de palavras dividem-se em dois grupos: figuras de ritmo e figuras de som.

Para os antigos, o ritmo tem importância capital, pois é a música do discurso, o que torna a
expressão harmoniosa ou tocante, sempre fácil de ser retida. O autor salienta que, os elementos
constitutivos do ritmo, não são marcados em todas línguas.

No entanto, os provérbios, os slogans, certas frases antológicas muitas vezes têm um ritmo
próprio graças ao qual ficam na memória.

Em todos os casos, o ritmo gera um sentimento de evidência próprio a satisfazer o espirito, mas
também a conseguir sua adesão… põem o pensamento sobre trilhos.

A segunda categoria de figuras de palavras "figuras de som".


As figuras de som implicam fonemas, silabas ou palavras

a) Fonemas: Aliteração, em que há repetição de uma mesma letra na frase.


b) Silabas: paronomásia: Traduttore, traditore, de cuja tradução não sobra grande coisa
(tradutor, traidor).
c) Palavras: a figura baseia-se ora na homonímia, ora na polissemia.

Trocadilho sobretudo fático, deixando o adversário sem palavras por desarma-la, a antanáclase
tem alcance argumentativo, permitindo pseudotautologias.

A Força persuasiva de figuras retoricas de palavras, elas facilitam a atenção e a lembrança, mas
não é só isso. As figuras de palavras instauram uma harmonia aparente, porém incisiva,
sugerindo que, se os sons se assemelham, provavelmente não é por acaso. A harmonia é
comprovada pelo prazer.

3.2 Figuras de sentido

As figuras de sentidos são diferentes das de palavras. As figuras de palavras dizem respeito aos
significantes, as de sentido dizem respeito aos significados. Portanto, podem ser traduzidas sem-
ou sem nem tantos-estragos. Elas consistem em empregar um termo (ou vários) com um sentido
que não lhe é habitual.

O exemplo da frase: O olho escuta... Esta estranha metáfora de Claudel poderia levar a
pensar em "desvio", transgressão da norma lexical segundo a qual o olho deve
enxergar e não se intrometer no serviço dos vizinhos... Mas, restabelecendo-se o termo
próprio, perde-se sentido, pois o olho que "escuta" uma obra de arte compreende-a, e
compreende-a porque lhe obedece. Portanto escuta é o termo exacto. Isso acontece
com toda verdadeira figura.

Em outras palavras, a figura de sentido desempenha papel lexical; não que acrescente palavras ao
léxico, mas enriquece o sentido das palavras.

Os Tropos simples: metonímias, sinédoques, metáforas.


 Metonímia designa uma coisa pelo nome de outra que lhe está habitualmente associada.
Seu poder argumentativo é antes de tudo o da denominação, que ressalta o aspecto da
coisa que interessa ao orador. Assim, 0 trono e o altar e uma metonímia valorizadora.
 A sinédoque distingue-se da metonímia por designar uma coisa por meio de outra que
tem com ela uma relação de necessidade, de tal modo que a primeira não existiria sem a
segunda.

Por exemplo cem cabeças por cem pessoas.

 Existe a sinédoque de antonomásia que consiste em designar uma totalidade ou uma


espécie pelo nome de um individuo considerado seu representante: Joffre ganhou a
batalha do Marne, como se ele estivesse la sozinho!
 Metáfora designa uma coisa com o nome de outra que tenha com ela uma relação de
semelhança. Diz-se metáfora é uma comparação abreviada, que substitui o é por é.

Exemplo de construção frásica com uso da metáfora "Sofia e uma pedra de gelo". Há de fato
uma comparação (e pouco benevolente), mas de outro tipo, porque Sofia não é da espécie
dos seres que podem transformar-se em gelo; a semelhança em que se baseia essa metáfora
prove de termos heterogéneos, que não têm matéria nem medida em comum; Sofia não é
nem uma pedra de gelo, nem é como uma pedra de gelo.

Em resumo, se desenvolvermos a metáfora e lhe restituirmos seu como, termos uma figura de
comparação especial, que os antigos chamavam de eikon, simile, e que, como os, chamaremos
de simile. O simile é uma comparação entre termos heterogéneos.

Tropos complexos: hipálage, enálage, oximoro, hipérbole, etc

 Hipérbole aumenta ou diminui as coisas em excesso, apresentando-se bem acima ou bem


abaixo do que são…

Exemplo de frase: Estou morto de cansaço.


A hipérbole pode ser auxese quando amplia em sentido positivo (esse gigante); e pode ser
tapinose quando amplia em sentido negativo (esse anão). O significado é sempre figurado bem
maior ou bem menor que o significado próprio.

Justificação do uso do exagero nessa figura: a hipérbole não tem a intenção de enganar, mas de
levar a própria verdade, e de fixar, através do que ele diz de incrível, aquilo que realmente
preciso crer.

 A hipálage é um deslocamento de atribuição.

A hipálage é uma figura de linguagem que atribui a um ser uma característica pertencente a
outro, com o qual mantém uma relação na situação comunicativa. Tal recurso é empregado para
gerar determinados efeitos de sentido, tornando o texto mais expressivo3

e) Exemplo de figura de hipálage "mortos a vagarem pelos Infernos".

 A enálage é um deslocamento gramatical: do adjectivo para o advérbio, como em


Vote certo; de uma pessoa para outra e de um tempo verbal para outro, como em O
que estaremos fazendo? Por “o que você esta fazendo”?

A enálage torna as coisas mais presentes, embora também mais confusas.

 Oximoro

Oximoro é a mais estranha das figuras; consiste em unir dois termos incompatíveis,
fazendo de conta que não são: Essa escura claridade que cai das estrelas (, 0 sol

negro, Como é possível? M. Prandi responde que ele indica um conflito entre dois
enunciadores.

3
Hipálage - Figura de linguagem - Português - InfoEscola acesso no dia 21.03.2023
3.3 Figuras de construção

As figuras abaixo dizem respeito a construção de frase, ou mesmo do discurso. Algumas


procedem por subtracção, outras por repetição, outras por permutação.

Figuras de subtracção: Elipse, assíndeto, aposiopese ou reticência.

 A elipse

A elipse consiste em retirar palavras necessárias a construção, mas não ao sentido. Isso
acontece, por exemplo, no proverbio Longe dos olhos, longe do coração. As palavras
que desaparecem são adjuntos ou copulativos, como o verbo ser, o artigo, a preposição,
etc, mas isso também pode acontecer com vocábulos plenos.

Parece que a elipse é antes um meio de criar figuras do que propriamente uma figura. Por
meio de cortes na frase, ela produz metonímia, enálage (Pense [com vistas a uma coisa]
grande), oximoro (0 sol [não impede que para mim tudo seja] negro), metáfora (Sofia é fria
como] uma pedra de gelo).

 O assíndeto é uma elipse que suprime os termos conectivos, tanto cronológicos


(antes, depois) quanto lógicos (porém, pois, portanto). O assíndeto e ao mesmo
tempo expressivo, pelo efeito surpresa (Vim, vi, venci), e pedag6gico, pois deixa
por conta do auditório o trabalho de restabelecer o elo que falta, e isso o
arregimenta, torna-o cúmplice do orador, a despeito de suas reticências.

 A aposiopese, ou reticência, interrompe a frase para passar ao auditório a tarefa de


completa-la; figura por excelência da insinuação, do despudor, da calúnia, mas também
do pudor, da admiração, do amor, sua força argumentativa advém do fato de retirar o
argumento do debate para incitar o outro a retoma-lo por sua conta, a preencher por sua
conta os três pontos de suspensão.

Figuras de repetição: Epanalepse e antítese.

 Chamamos de epanalepse a figura de repetição pura e simples. Propõe duplo


problema, o da correcção e, o da utilidade

Evidentemente, a epanalepse também diz respeito aos patos. Quando de Gaulle exclama
em sua mensagem de 18 de junho de 1940:

“Pois a França não está sozinha, não está sozinha, não está sozinha”.

Está expressando sua convicção patética, que tudo parecia desmentir então. Não se deve
confundir epanalepse com antanáclase, que é a repetição de palavra com sentidos
diferentes.

 A a n t í t e s e é oposição filosófica de teses ou a uma oposição retorica, que


sobressai graças a repetição.

3.4 Figuras de pensamento

As Figuras de Pensamento fazem parte de um dos grupos das figuras de linguagem, ao lado das
figuras de palavras, das figuras de sintaxe e das figuras de som. Utilizadas para produzir maior
expressividade à comunicação, as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias,
pensamentos4.

 A Alegoria 

Alegoria (do grego "alegoria" que significa “dizer o outro”) é um conceito filosófico e uma
figura de retórica, utilizada em diversas artes (pintura, escultura, arquitectura, música, etc.) que
significa literalmente, o ato de falar sobre outra coisa. Ela deixa de lado seu sentido meramente
denotativo, para pôr em prática o sentido figurado das palavras, ou seja, a duplicidade de
sentidos, ou mesmo sua plurissignificação (multiplicidade de significados).5

 A ironia

4
https://www.todamateria.com.br/figuras-de-pensamento/ acesso no dia 20.03.2023
5
https://www.todamateria.com.br/alegoria/ acesso no dia 19.03.2023
Ironia é uma figura de linguagem que consiste em sugerir o contrário do que se afirma. Pode
também ser entendida como uma zombaria. Em ambos os casos, para ser identificada, ela
depende do contexto (da situação) e do conhecimento do interlocutor. Na linguagem oral, os
gestos do enunciador também são importantes para o seu entendimento."

 Apóstrofe

Apostrofe é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de pensamento. Ela é
caracterizada pelas expressões que envolvem invocações, chamamentos e interpelações de um
interlocutor (seres reais ou não).

Por esse motivo, a apóstrofe exerce a função sintáctica de vocativo, sendo, portanto, uma
característica dos discursos directos.

De tal maneira, ela interrompe a narração com o intuito de invocar alguém ou algo que esteja
presente ou ausente no momento da fala.

 A gradação

A gradação é empregada por meio da enumeração de elementos frasais. Tem o intuito de


enfatizar as ideias numa sentença de ritmo crescente, até atingir o clímax (grau máximo).

Ou seja, ela oferece maior expressividade ao texto utilizando uma sequência de palavras que
intensificam uma ideia de maneira gradativa, e por isso recebe esse nome.

 A personificação

A personificação é utilizada para atribuir sensações, sentimentos, comportamentos,


características e/ou qualidades essencialmente humanas (seres animados) aos objectos
inanimados ou seres irracionais.6

6
Ironia: definição, tipos, exemplos, exercícios - Brasil Escola (uol.com.br) acesso no dia 18.03.2023
Conclusão

Feita a pesquisa chegamos a conclusões seguintes: As figuras literárias, também conhecidas


como figuras retóricas, são formas não convencionais de usar as palavras para lhes dar
expressividade, vivacidade ou beleza, com o objectivo de surpreender, mover, sugerir ou
persuadir.

As figuras literárias são típicas do discurso literário e de seus diferentes géneros (poesia,


narrativa, ensaio, drama), em que a linguagem é um fim em si mesma e, é transformada para
aprimorarem suas possibilidades expressivas.7

Ao longo da pesquisa tivemos como principal fonte de busca de informação, o manual de


Reboul, Olivier, introdução a retorica, são paulo,2004, para além de buscas nos sítios de internet.
O Olivier Reboul classifica as figuras retoricas tendo em conta o critério de suas relações com o
discurso, classificando as em: figuras de pensamento, sentido, construção e de palavras. O
domínio das figuras de retorica mostra-se de extrema importância para facilitar a aceitação do
argumento. A figura está mais relacionado com o delectare e raramente com o movere.

7
Figuras literárias ou retóricas (explicação e exemplos) - Expresiones 2023 (ninanelsonbooks.com) acesso no dia
20.03.2023
Bibliografia

Manual

 Reboul, Olivier. Introdução a retórica. São Paulo, 2004.

Sitios de internet

 Figuras literárias ou retóricas (explicação e exemplos) - Expresiones 2023


(ninanelsonbooks.com) acesso no dia 20.03.2023
 Hipálage - Figura de linguagem - Português - InfoEscola acesso no dia 21.03.2023
 https://www.todamateria.com.br/alegoria/ acesso no dia 19.20.2023
 https://www.todamateria.com.br/figuras-de-pensamento/ acesso no dia 20.03.2023
 Ironia: definição, tipos, exemplos, exercícios - Brasil Escola (uol.com.br) acesso no dia
18.03.2023

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